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Relatório Final
PLANO DE MANEJO DAS RPPN’S ACURIZAL, PENHA E
DOROCHÊ
Relatório Final
Coordenação do Subprojeto
Gislaine Eberhard
Ecotrópica- Fundação de Apoio à Vida nos Trópicos
Dezembro de 2003
PLANO DE MANEJO DAS RPPN’S ACURIZAL, PENHA E DOROCHÊ
RESUMO EXECUTIVO
INTRODUÇÃO
O Subprojeto 2.1 Programa de Gerenciamento para o Desenvolvimento de Zonas Tampão nas
Vizinhanças das Reservas Naturais Acurizal, Penha e Dorochê, coordenado e executado pela
Fundação Ecotrópica no âmbito do Projeto “Implementação de Práticas de Gerenciamento
Integrado de Bacia Hidrográfica para o Pantanal e Alto Paraguai” (ANA/GEF/PNUMA/
OEA).
Tem como objetivo geral contribuir para a conservação da biodiversidade e dos ciclos
biogeoquímicos do Pantanal através do estabelecimento de pautas de manejo para Reservas
Particulares do Patrimônio Natural, com reflexos na conduta conservacionista da Bacia
Hidrográfica do Alto Paraguai.
Como objetivo específico busca dotar as Reservas Particulares do Patrimônio Natural
(RPPN's) Acurizal, Penha e Dorochê localizadas no entorno do Parque Nacional do Pantanal,
de um Plano de Manejo exeqüível e participativo que considerando as variáveis envolvidas,
dentro das Reservas e no conjunto das terras baixas e terras altas da Bacia Hidrográfica,
indique ações de manejo que garantam a incolumidade das áreas protegidas.
O complexo formado pela Planície Pantaneira e a Serra do Amolar na divisa dos estados de
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, junto à fronteira com a Bolívia, compõem um dos
maiores patrimônios de diversidade biológica no Brasil. (Foto 1)
i
Figura 1. Imagem de satélite Landsat do Pantanal no contato com a Serra do Amolar.
ii
As RPPN’s Acurizal, Penha e Doroché formam juntamente com o Parque Nacional, o
Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal Mato-grossense, distinguido pela UNESCO com
o titulo de Sitio do Patrimônio Natural Mundial e Área Núcleo da Reserva da Biosfera do
Pantanal. (Figura 2, Fotos 2, 3, 4, 5, 6 e 7).
Fonte: Ecotrópica.
Figura 2. Área do Parque Nacional e das RPPN’s Acurizal, Penha e Dorochê.
iii
Fonte: Acervo Ecotrópica.
Foto 2. Aspecto da Reserva da Penha (1).
iv
Fonte: Zig Koch/Acervo Ecotrópica.
Foto 4. Aspecto da Reserva Acurizal (1).
v
Fonte: Acervo Ecotrópica.
Foto 6. Imagem de Satélite Landsat da Região da Reserva Doroché.
vi
A legislação prevê que toda RPPN deve ter um Plano Básico de Utilização, ordenando o uso
da propriedade em conformidade com a Legislação.
No caso das RPPN’s Acurizal, Penha e Dorochê, optou-se por elaborar um Plano de Manejo
mais aprofundado do que o Plano Básico de Utilização. Para tanto, utilizou-se como base, o
Roteiro Metodológico para o Planejamento de Unidades de Conservação de Uso Indireto, do
IBAMA, cruzado com outras metodologias, uma vez que não existe uma metodologia
específica para reservas privadas.
Atividades realizadas no Subprojeto
As atividades foram desenvolvidas através da implementação de sete etapas claramente
definidas no processo de planejamento tendo como balizadores o Objetivo Institucional de
criar e manter as RPPN´s, os Objetivos Gerais e Específicos de cada uma das três Reservas,
levando sempre em conta o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense e a Área Natural de
Desenvolvimento Sustentável de San Matias na Bolívia.
vii
Fonte: Acervo Ecotrópica.
Foto 8. Aspecto da Visita de Campo.
Reunião de nivelamento técnico com o objetivo de transversalizar as diferentes áreas
temáticas e fomentar a discussão de conteúdo entre as diferentes linhas de conhecimento.
Agosto de 2003. Novo sobrevôo sobre a área mapeada a uma altitude de 2000 pés. Fotografias
panorâmicas digitais georeferenciadas foram obtidas durante o sobrevôo com auxílio de um
GPS acoplado a uma câmera digital de 2.1 megapixel (Foto 9).
viii
• Etapa 5. Sistematização das informações gerais sobre as Reservas, Entorno, Contexto
Estadual, Federal, Regional, Internacional
Esta etapa constou de reuniões técnicas temáticas, atividades de geoprocessamento, confecção
de mapas locacionais e temáticos, cruzamento de informações, consolidação preliminar do
Plano de Manejo.
1. ANTECEDENTES NO PCBAP
1.1. Informações disponíveis
As diretrizes gerais para a implementação do Plano de Conservação têm como objetivo definir
os parâmetros de um desenvolvimento sustentável na Bacia do Alto Paraguai.
No âmbito da preservação, há duas linhas de ação que devem definir as políticas a serem
aplicadas na BAP:
ix
• uma, deve pautar-se pela seleção e indicação de áreas para unidades de conservação de
uso direto ou indireto;
x
permitem que o proprietário decida que limitações de uso da terra quer impor a sua
propriedade.
Apesar de serem um eficiente instrumento de conservação da natureza, os espaços protegidos
ressentem-se de uma tendência mundial: transformarem-se em "ilhas" de ecossistemas
conservados num "mar" de degradação. Não apenas a conexão desses espaços, com outras
áreas naturais, é fundamental para assegurar os processos essenciais para a manutenção de sua
diversidade biológica, como também tais processos são estreitamente dependentes do que
acontece fora da área protegida, ou seja, de como o espaço é utilizado além dos limites da
unidade de conservação.
As unidades de conservação representam uma das melhores estratégias de proteção aos
atributos e patrimônio naturais. Nestas áreas, a fauna e a flora são conservadas, assim como os
processos ecológicos que regem os ecossistemas, garantindo a manutenção do estoque da
biodiversidade.
No Brasil, a Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN - que é a reserva oficial de
propriedades particulares, parte do princípio democrático da manifestação expressa de
vontade do proprietário, onde a "vontade de proteger" é o ponto de partida e o início do
procedimento que culmina na criação de uma RPPN. O decreto que criou as RPPN’s é bem
claro.
Sua destinação não pode ser outra senão a de proteção integral dos recursos, admitindo-se,
neste contexto, a prática do turismo ecológico, a educação ambiental e a educação científica.
xi
Lei Agrícola, Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991
“Artigo 104. São isentas de tributação e do pagamento do imposto Territorial Rural as áreas
dos imóveis rurais consideradas de preservação permanente e de reserva legal, previstas na
Lei nº 4771, de 1965 com nova redação dada pela Lei nº 7803, de 1989”.
A lei Florestal de 1965 extinguiu a classificação de florestas até então vigente e a única
modalidade de gravame em área particular que permaneceu está prevista no artigo 6º.
“O proprietário de florestas não preservada, nos termos desta Lei, poderá grava-lá com
perpetuidade, desde que verificada a existência de interesse público pela autoridade florestal.
O vínculo constará de termo assinado perante a autoridade e será averbado à margem da
inscrição no Registro Público”.
A Reserva Particular do Patrimônio Natural veio, regulamentar o artigo 6º do Código
Florestal - Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965.
O novo decreto que regulamenta a introdução das RPPN’ s assinado pelo Sr. Presidente da
República em 5 de junho de 1996 define RPPN como:
Artigo 1º - Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN é área de domínio privado a
ser especialmente protegida, por iniciativa de seu proprietário mediante reconhecimento do
Poder Público, por ser considerada de relevante importância pela sua biodiversidade, ou
pelo seu aspecto paisagístico, ou ainda por suas características ambientais que justificam
ações de recuperação.
O objetivo da RPPN é a proteção dos recursos ambientais representativos da região, em áreas
particulares onde só admite atividades de cunho científico, cultural, educacional, recreativo e
de lazer.
O Brasil tem hoje mais de 100 RPPN’ s com aproximadamente 250.000 hectares de área total
protegida espalhados em todo o país havendo representatividade em todas as regiões do país.
xii
As litologias encontradas estão associadas com a Formação Bocaina, Formação Urucum e o
complexo ígneo básico-ultrabásico das Intrusivas Rincón Del Tigre.
Parte Unidade Pantanal do Paraguai
Caracterizada pela grande incidência de baías e longo período de inundação, que se estende
por mais de 6 meses, apresenta grandes áreas permanentemente inundadas. Predominam nesta
área solos Glei Pouco Húmico, que, como os demais solos da unidade, apresentam caráter
eutrófico e argila de atividade alta.
As fisionomias predominantes são Floresta Estacional Semidecidual/Formações Pioneiras
(ecótono), Formações Pioneiras e Savana/Formações Pioneiras (ecótonos). A principal
Formação Pioneira é o cambarazal.
Nesta unidade, ocorrem grandes lagoas, praticamente sem plantas aquáticas. Área de
reprodução em sistema de piracema para as espécies de pintado, pacu, cachara, barbado,
dourado e curimbatá. Contém o Parque Nacional do Pantanal e a Estação Ecológica de
Taiamã.
Parte Unidade Pantanal de Cáceres
É constituída, essencialmente, por sedimentos da Formação Pantanal. Este Pantanal passa por
um período de inundação moderada em torno de 6 meses ao ano. Plintossolos, freqüentemente
com caráter abrupto, e Planossolos às vezes plínticos, são as classes de solo dominantes.
As fisionomias predominantes são Savana Arborizada, Savana Gramíneo-lenhosa +
Arborizada e Floresta Estacional Semidecidual Aluvial. Nesta unidade, encontra-se a Estação
Ecológica de Taiamã, numa ilha do rio Paraguai.
xiii
de acordo com suas finalidades. Estabelece desta forma diretrizes básicas para o manejo da
Unidade.
O Plano é flexível e dinâmico de tal forma que possa, progressivamente, evoluir em
conhecimento e ações, ao mesmo tempo em que é gradativo, contínuo, e participativo.
O Plano é gradativo, porque a evolução dos conhecimentos sobre os recursos da Unidade de
Conservação, ao longo da sua existência, condicionam a ampliação e o aprofundamento das
ações de manejo sobre os seus recursos.
O Plano é contínuo porque cada novo ano sempre englobará os conhecimentos e as ações do
ano precedente. Além disto, cada novo ano será planejado durante a implementação do ano
anterior, não existindo interrupção entre os anos.
O Plano de Manejo é flexível, porque sua estrutura apresenta a possibilidade de agregar novos
conhecimentos e eventuais correções ao manejo durante a implementação em qualquer época.
As ações de monitoria e reavaliação efetuadas durante a implantação do Plano indicarão a
necessidade de se fazer ou não tais correções.
O Plano é participativo, porque sua elaboração prevê o envolvimento de atores da sociedade
no planejamento, através das Oficinas de Planejamento. Além disso, sua estrutura prevê ações
no entorno das Unidades visando à cooperação das populações vizinhas e a melhoria da sua
qualidade de vida.
xiv
4. ESTRUTURA DO PLANO DE MANEJO DAS RESERVAS ACURIZAL, PENHA E
DOROCHÊ
4.1. Informações gerais sobre as reservas
4.1.1. Ficha técnica das reservas
Quadro 1. Ficha técnica da RPPN Acurizal.
xv
Quadro 2. Ficha técnica da RPPN Penha.
xvi
Quadro 3. Ficha técnica da RPPN Dorochê.
• Acurizal e Penha
Acesso por via aérea em aeronaves com capacidade de operação em pista de pouso gramada,
com 600 metros de comprimento.
Acesso por via terrestre e fluvial partindo de Cuiabá em veículo terrestre fazendo o percurso
de 100 km em estrada asfaltada até Poconé e daí tomando a MT 060, Transpantaneira até
Porto Jofre com um percurso de 147 km. O percurso é completado por via fluvial pelo rio
Cuiabá até sua foz no rio Paraguai e subindo por este até a sede de Acurizal, num total fluvial
de cerca de180 km.
Acesso por via fluvial a partir de Corumbá num percurso de cerca de 200km.
xvii
• Dorochê
Acesso por via terrestre e fluvial partindo de Cuiabá em veículo terrestre fazendo o percurso
de 100 km em estrada asfaltada até Poconé e daí tomando a MT 060, Transpantaneira até
Porto Jofre com um percurso de 147 km. O percurso é completado por via fluvial pelo rio
Cuiabá até no Parque Nacional e daí subindo pelo rio Cará-Cará num total fluvial de cerca de
300 km.
• Penha: De acordo com informações locais a Fazenda Penha teria herdado seu nome do
nome do Morro da Penha, localizado na região.
• RPPN Dorochê possui escritura de venda e compra lavrada no Livro nº 5.943, folha 56,
translado primeiro, do 9º Cartório de Notas – São Paulo.
xviii
4.2. Contexto internacional
• Não está ainda contemplada na lista acima a Reserva Particular do Patrimônio Natural
SESC Pantanal, que foi designada em 2003.
• Pantanal foi reconhecido como Reserva da Biosfera Mundial pela Organização das
Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), no dia 9 de novembro
de 2000.
• Até setembro /2003, existiam nove RPPN’s Federais em Mato Grosso, perfazendo um
total de 155.967,46 hectares protegidos e catorze RPPN’s Federais em Mato Grosso do
Sul, perfazendo um total de 59.482,58 hectares protegidos.
• Possui uma área de 135.000 ha e perímetro de 260 km. Está localizado no extremo
sudoeste do estado de Mato Grosso, no município de Poconé, junto à divisa com o
estado de Mato Grosso do Sul, na confluência dos rios Paraguai e Cuiabá.
xix
4.4. Contexto estadual de Mato Grosso
• Constituição do estado de Mato Grosso do Sul, Capítulo VIII, artigos 222, 224 e 225.
xx
• A Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989, que regulamentou o artigo 159, inciso I,
alínea "c" da Constituição Federal, de 1988, criou os Fundo Constitucional de
Financiamento do Centro-Oeste–FCO, que tem por objetivo contribuir para o
desenvolvimento econômico e social da Região Centro-Oeste, mediante financiamentos
direcionados às atividades produtivas, voltados aos setores econômicos industrial, agro-
industrial, agropecuário, mineral, turístico, comercial e de serviços. A área de atuação
do FCO abrange o Distrito Federal e os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul.
xxi
• Plano de Desenvolvimento Turístico Sustentável de Mato Grosso do Sul–PDTUR.
• Projeto ANA/GEF/PNUMA/OEA.
• Entorno Imediato
Uma faixa de aproximadamente dez quilômetros circundando o perímetro formado pelas
Reservas e o Parque Nacional, atingindo as comunidades do Amolar, da Ilha Paraíso, da Ilha
da Ínsua, Palmital, Fazendas Mandioré, Santo Antônio e Jaguaribe, bem como a borda leste
da Área de Manejo Natural Integrado San Matias na Bolívia e a borda oeste do Parque
Estadual de Guirá. Esses são os pontos que localmente requerem uma atenção mais direta e
permanente por parte das Reservas e do Parque Nacional (Figura 4).
• Zona de Amortecimento
Pantanal Mato-grossense.
• Zona de Influência
Terras Altas Peri-Pantaneiras da Bacia do Alto Paraguai.
xxii
xxiii
Fazenda Caraguatá
Fazenda Rumo ao Oeste
Fazenda Bananal
RPPN Faz. Acurizal Porto Triunfo
Faz. Gaíva
Sede do PARNA
Palmital
Porto São Felipe
Fonte: Ecotrópica.
Figura 4. Zona de Entorno Imediato.
xxiv
O Parque Nacional conta com um Plano de Ação Emergencial elaborado em 1994 e um Plano
de Pesquisa elaborado em 1997. Neste momento está em fase de elaboração o Plano de
Manejo do Parque.
• Arqueologia
A área foi um verdadeiro entroncamento de povos oriundos do Chaco (boliviano, paraguaio e
argentino) e ainda da Amazônia, tendo recebido influências andinas. Vestígios materiais
desses povos, representados pelos sítios arqueológicos encontrados na região, são um
importante registro dessa história pretérita, de alto potencial informativo para a arqueologia.
Os sítios inclusos na área definida nesta primeira etapa do projeto, que se encontram
registrados nas áreas do Parque Nacional e nas Reservas Particulares, encontram-se no quadro
4.
As pesquisas também foram realizadas no IPHAN, junto ao Cadastro Nacional de Sítios
Arqueológicos (CNSA) e destes, foram retiradas algumas das informações, que serão
reproduzidas em seguida e outras que apontam áreas ainda não visitados oficialmente pelo
corpo técnico do IPHAN.
Abaixo, estão apresentados alguns dos sítios encontrados na região, como Morro do Caracará,
Morrinho Pelado, Praia do Acurizal e complexo de letreiros da Baía Gaia.
Quadro 4. Inventário de sítios arqueológicos do Complexo de Unidades (PARNA E
RPPN’s).
xxv
O Morro do Caracará, na área do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, descrito por
Pardi, 1987, como um imenso sítio arqueológico, devido a imensa complexidade de vestígios
que sugerem várias ocupações diferentes. A região da praia foi descrita como possuidora de
deferentes tipos e alta concentração de cerâmica (Foto 11). A subida do morro é coberta de
lajes e blocos com petroglifos, como se pode observar na foto 12.
xxvi
No Morrinho Pelado, localizado na Fazenda Acurizal, foram descritos por Pardi, 1987,
petroglifos e pilões, dois painéis e dois blocos, totalizando três afloramentos com vestígios, 1
painel, 01 bloco com pilões e outro bloco com pilões e petroglifos.
xxvii
Fonte: Arquivo IPHAN, 1987.
Foto 14. Vista geral da praia do Acurizal.
Foram considerados, por Pardi 1987, na lagoa Gaíva como 07 registros distintos, embora
semelhantes e próximos uns dos outros. Os motivos predominantes foram os “astronômicos”,
zoomorfos e geométricos em geral.
xxviii
caracterizada por vasilhas pequenas, com altura que raramente ultrapassam os 30 cm e com
formato de meia esfera e menos freqüentemente esférica com pescoço (jarras e moringas) -,
localizados a uma altitude inferior a 100 metros (Foto 16).
• Hidrografia
Para essa etapa de elaboração da primeira versão do Plano de Manejo das Reservas Acurizal,
Penha e Dorochê, não foram realizados estudos referentes à Hidrografia. As informações
contidas no mapa de drenagem foram embasadas nas informações secundárias do Projeto
Radambrasil, Mapa Base da DSG, escalas 1:250.000 e 1:100.000, PCBAP, análise de
aerofotos e imagens de satélite Landsat TM 5.
Todo o material foi processado e georeferenciado em Sistema de Informação Geográfica. O
aprofundamento do conhecimento específico nesta área será motivo de indicação de manejo
para aprofundamento do conhecimento local (Figuras 5 e 6).
• Geologia
Para esta etapa de elaboração da primeira versão do Plano de Manejo das Reservas Acurizal,
Penha e Dorochê, não foram realizados estudos referentes à Geologia das Reservas. As
informações contidas no mapa de geologia foram embasadas nas informações secundárias do
Projeto Radambrasil, Mapa Base da DSG, escalas 1:250.000 e 1:100.000, PCBAP, análise de
aerofotos e imagens de satélite Landsat TM 5. Todo o material foi processado e
georeferenciado em Sistema de Informação Geográfica.
As Reservas Acurizal e Penha repousam em parte sobre a Formação Urucum, na porção da
Serra do Amolar e parte sobre a Formação Pantanal. A Reserva Dorochê está localizada
integralmente na Formação Pantanal (Figura 7).
Entre as litologias que constituem a Formação Urucum, predominam arcóseos grosseiros,
conglomeráticos, vindo subordinadamente conglomerados arcoseanos, arenitos arcoseanos e
silitos calcíferos e piritosos, grauvacas e calcários.
xxix
A norte de Corumbá, ao longo da fronteira Brasil – Bolívia, a mesma ocorre nas serras do
Bonfim e do Amolar, nos morros de Ínsua e outros, isolados na planície constituída pelo
depósito da Formação Pantanal. Ao sul, ocorre na Cachoeira Grande do Rio Apa e em terras
das fazendas São Miguel, Oriente, Florida e Alegre, nas vicinais que as interligam.
A Formação Pantanal é constituída por sedimentos arenosos, siltico-argilosos, argilo-arenosos
e areno-conglomeráticos semi-consolidados a inconsolidados. Formam depósitos fluviais e
lacustres, em áreas inundáveis periodicamente sujeitas, ou não, a inundações ocasionais. A
diferenciação pedológica se dá em função da variação do lençol freático.
Suas relações de contatos são feitas de maneiras discordante com as rochas Pré-Cambrianas,
Silurianas e Devorianas, tendo seus depósitos mais recentes recoberto acumulações
Quaternárias mais antigas, como a Formação Xaraiés e depósitos detríticos (DEL’ ARCO et
al, 1982).
O aprofundamento do conhecimento específico nesta área será motivo de indicação de manejo
para aprofundamento do conhecimento local.
xxx
xxxi
Figura 5. Reprodução fidelidade de escala do Mapa de Drenagem das Reservas Acurizal e Penha 1:250.000.
xxxii
Figura 6. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Drenagem da Reserva Dorochê 1:250.000.
57°40' 57°35' 57°30'
425000 430000 435000 440000 445000 450000
BRASIL
8040000
RI
8040000
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ESTADO DE MATO GR OSSO DO SUL
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RPPN´ s F AZ END A ACURIZ AL e F AZ END A PENHA
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17°45'
17°45'
I
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Lago a PROJETO ALTO PARAGUAI Convenções
8035000
8035000
Gaíva (ANA/GEF/PNUMA/OEA)
Subprojeto: 2.1 Rios, corixos e vazantes
Programa de gerenciame nto pa ra o des envolvimento de Zonas Tampão
nas vizinhanças das Reservas Acurizal, Penha e Dorochê Lagoas e baías
Baía da F igueira
Limite Internacioanal
MAPA DE GEOLOGIA
8030000
8030000
Limite Estadual
ESC ALA - 1/250.000
Baía de Acuriz al Caminhos
17°50'
#
17°50'
Pista de pouso
8025000
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ALUVIÕES ATUAIS
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17°55'
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FORMAÇÃO U RUCUM
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8010000
8010000
ão Jo
18°00'
18°00'
QP Ha
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8005000
ESC ALA - 1:250000
MATO GROSSO 5 0 5 Kilom eters
PSu
DO SUL
Fontes:
Lagoa - Base cartográfica da DSG, escala 1/250.000, folhas:
Mandior é Morraria da Ínsua, SE.21- V-D e Amolar SE.21-Y-B
- PCBAP, 1997
18°5'
18°5'
- RADAMBRASIL, 1982
8000000
8000000
Figura 7. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Geologia das Reservas Acurizal e Penha 1:250.000
BRASIL
ESTA DO DE MATO GR OSSO
8080000
MAPA GEOLÓGICO
e ESC ALA - 1/250.000
gr
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Feijão
Co rixo
8075000
8075000
17°25'
17°25'
gr e
Ale
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E DA ÁREA DE TRABALHO
8070000
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Legenda
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MATO GR OSSO
8065000
8065000
17°30'
17°30'
Convenções
BAP Rios, corixos e vazantes
Lagoas e baías
ÁREA DE TRABALHO
Limites da RP PN
rá
MATO GR OSSO
DO SU L
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ca
ra # Sede da RP PN
8060000
8060000
Ca
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R
ESCALA - 1:250000
480000 485000 490000 495000
5 0 5 Kilometer s
57°10' 57°5'
Fontes:
- Base cartográfica da DSG, esc ala 1/250.000, folhas: Morraria da Ínsua, SE.21-V-D
e Ilha Camargo, SE.21-X-C.
- PCBAP, 1997
Figura 9. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Solos das Reservas Acurizal e Penha 1:250.000.
Legenda de solos Acurizal e Penha:
HGPe6 – Glei Pouco Húmico eutrófico Ta A moderado textura indiscriminada + Glei Húmico
eutrófico Ta textura indiscriminada + Planossolo eutrófico Ta A moderado textura
arenosa/média e média/argilosa relevo plano.
HGPe9 – Glei Pouco Húmico eutrófico Ta A moderado textura indiscriminada + Solos
Aluviais eutróficos Ta A moderado textura indiscriminada relevo plano.
Ple2 – Planosoolo eutróifico Ta A moderado textura arenosa/média e média/argilosa +
Solometz Solodizado Ta A moderado textura arenosa/média e arenosa/argilosa relevo plano.
PVe28 – Podzólico Vermelho-Amarelo eutrófico Tb Abrupto A moderado e Chernozêmico
textura média/argilosa e arenosa/média relevo plano.
Rd – Solos Litólicos distróficos A moderado textura indiscriminada relevo forte ondulado +
Podzólico Vermelho-Amarelo distrófico e álico Tb A moderado textura média relevo
ondulado e forte ondulado + Afloramentos Rochosos relevo escarpado e montanhoso.
N/C – Não Cadastrado
xxxvi
xxxvii
Figura 10. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Solos da Reserva Dorochê 1:250.00
Legenda de solos Dorochê:
Ae – Solos Aluviais eutróficos Tb A moderado textura indiscriminada + Glei Pouco Húmico
eutrófico Tb A moderado textura argilosa + Plintossolo distrófico Tb A moderado textura
argilosa relevo plano.
Pta1 – Plintossolo álico Tb A moderado textura argilosa + Glei Pouco Húmico distrófico Ta
A moderado textura argilosa + Hidromórfico Cinzento distrófico Ta A moderado textura
argilosa relevo plano.
Pta5 – Plintossolo álico Tb A moderado textura arenosa/média e média/argilosa + Planossolo
álico Tb plíntico A moderado textura arenosa/argilosa + Planossolo álico Tb A moderado
textura arenosa/argilosa e média/argilosa relevo plano.
PTd3 – Plintossolo distrófico Ta A moderado textura argilosa + Vertissolo A moderado
textura argilosa + Glei Pouco Húmico eutrófico Ta A moderado textura argilosa relevo plano.
PTd6 – Plintossolo distrófico Ta A moderado textura média/argilosa + Planossolo eutrófico
Ta A moderado Textura média/argilosa + Vertissolo A moderado textura argilosa relevo
plano.
• Geomorfologia
Para esta etapa de elaboração da primeira versão do Plano de Manejo das Reservas Acurizal,
Penha e Dorochê, não foram realizados estudos referentes à Geomorfologia das Reservas. As
informações contidas no mapa de geomorfologia foram embasadas nas informações
secundárias do Projeto Radambrasil, Mapa Base da DSG, escalas 1:250.000 e 1:100.000,
PCBAP, análise de aerofotos e imagens de satélite Landsat TM 5. Todo o material foi
processado e georeferenciado em Sistema de Informação Geográfica (Figura 11 e 12).
A Reservas Acurizal e Penha estão inseridas em duas Zonas Ambientais da Bacia, uma vez
que parte delas está contemplada na Unidade Residuais do Amolar e parte na Unidade
Pantanal do Paraguai, ocorrendo, no entanto, a possibilidade de participação da Unidade
Pantanal de Cáceres na região de contato da Reserva Acurizal com a Lagoa Gaíva.
A Unidade Residuais do Amolar, segundo o PCBAP, é formada por solos Litólicos em relevo
com forma de morros, coberta com vegetação de Floresta Estacional, é área de refúgio de
fauna e conta com a presença de sítios arqueológicos e pinturas rupestres.
Abrange o conjunto de serras que, a norte de Corumbá, alinha-se na divisa com a Bolívia,
balizando o curso do rio Paraguai, dentre as quais destaca-se a Serra do Amolar, tanto em
extensão como em altitude. Junto a elas, áreas rebaixadas quase ao nível do Pantanal
suavizam o contato, muitas vezes íngreme, com as terras inundáveis.
As litologias encontradas estão associadas com a Formação Bocaina (calcários dolomíticos e
dolomitos), Formação Urucum (conglomerados petromíticos, arcóseos, grauvacas e
paraconglomerados) e o complexo ígneo básico-ultrabásico das Intrusivas Rincón Del Tigre.
A Unidade Pantanal do Paraguai, unidade corresponde, em sua maior parte, à extensa planície
de inundação do rio Paraguai, desde a ilha do Caracará, nos limites do Pantanal de Cáceres até
as bordas do Maciço do Urucum, ao sul de Corumbá. Caracterizada pela grande incidência de
baías e longo período de inundação, que se estende por mais de 6 meses, apresenta grandes
áreas permanentemente inundadas.
xxxviii
57°40' 57°35' 57°30'
425000 430000 435000 440000 445000 450000 455000 BRASIL
8040000
8040000
ESTADO DE MATO GR OSSO DO SUL
17°45'
17°45'
a23 PROJETO ALTO PARAGUAI Convenções
Lago a MATO GROSSO
8035000
(ANA/GEF/PNUMA/OEA)
8035000
Gaíva Rios, corixo s e vazantes
Subprojeto: 2.1
a22 Programa de gerenciamento para o des envolvimento de Zonas Tampão Lagoas e baías
nas vizinhanças das Reservas Acurizal, Penha e Do rochê
Baía da Figueira Limite Internacioanal
MAPA DE GEOMORFOLOGIA
Limite Estadual
8030000
8030000
ESCALA - 1/250.000 Caminhos
a23 Baía de Acuriz al 2003 Limites das RPPN´s
17°50'
#
RPPN FAZENDA ACURIZAL
17°50'
Apfl ? # Sede de RP PN
? Pista de pou so
8025000
Có
8025000
r.
Cór. Garapeira da
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Apfl
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Relevo de topo contínuo e aguça do, fraca ordem de aprofundamento de drenagem,
a22
8020000
8020000
a23 Relevo de topo contínuo e aguça do, média ordem de aprofundamento de
R io
17°55'
a23
17°55'
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Planície fluviolacustre. Área plan a resultante da combinação de processos
IL
Apfl
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Pediplano inumado. Superfície d e aplana mento elaborada por processos de
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8015000
8015000
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pediplanação e posteriormente re coberta por sedimentos quaternários.
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#? RPPN FAZENDAApPflENHA
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BRA SIL
E DA ÁREA DO PROJETO
8010000
8010000
o Jorg
18°00'
18°00'
5 0 5 Kilom eters
o Bu
8005000
BAP
8005000
gio
a22
18°5'
Figura 11. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Geomorfologia das Reservas Acurizal e Penha 1:250.000.
BRASIL
ESTADO DE MATO GR OSSO
8080000
Rios, corixos e vazantes
Lagoas e baías
MAPA GEOMORFOLÓGICO
Limites da RPPN
re
eg
Al ESCALA - 1/250.000 ? Pista de Pouso
io
R
Corixo
Feijã o 2003 # Sede da RPPN
8075000
8075000
17°25'
17°25'
r e
Aleg Apfl
R io
xl
Baía d as Conchas
Uval
BRASIL
8070000
E DA ÁREA DE TRABALHO
rá
ca
ra
ESCALA - 1:250000
Ca
io
5 0 5 Kilo mete rs
R
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR
Apfl Zona 21S - Datum: W GS84
MATO GR OSSO Origem da quilometragem UTM = Equador e Meridiano 57° W Gr.
8065000
8065000
17°30'
17°30'
Aai3
BAP
Fonte:
ÁREA DE TRABALHO - Base cartográfica da DSG, escala 1/250.000, folhas: Morraria da Ínsua, S E.21-V-D
e Ilha Camargo, SE.21-X-C
MATO GR OSSO - PCBAP, 1997
á
ar DO SU L - RADMBR ASIL, 1982
8060000
8060000
ra
Ca
io
R
Aai3 Áreas de acumulação inundáveis. Áreas planas com cober tura arenos a,
periódica ou permanentemente alagadas, precariamente incorporadas
à rede de drenagem e calssificadas segundo o grau de umidade em três
categorias: A ai1 - pouco úmido; Aai2 - úmido; Aai3 - muito úmido.
Planície fluviolacustre. Área plana resultante da combinação de proc essos
Apfl
de acumulaç ão fluviais e lacustre, geralmente comportando canais
anastomosados.
Figura 12. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Geomorfologia da Reserva Doroché 1:250.000.
4.8.2. Caracterização dos fatores bióticos e dos ambientes naturais das reservas
• Vegetação
Na elaboração de planos de manejo para unidades de conservação de uso indireto, a coleta e
análise de dados secundários sobre a vegetação e flora das unidades, com base em pesquisas
bibliográficas, é um dos passos iniciais, conforme recomenda o “Roteiro Metodológico para o
Planejamento de Unidades de Conservação de Uso Indireto” (IBAMA, 1996).
HOEHNE (1936), referindo-se a flora pantaneira, concluiu que esta apresenta duas floras
opostas, uma dos terrenos secos e calcários, xerófila e a dos banhados e terrenos não
calcários, hidrófilos. Neste trabalho o Pantanal é para o autor um misto de Amazonas e Ceará,
Hilea e Caatinga. As Caatingas, segundo HOEHNE, são encontradas somente nos fragmentos
das serras de Dourados e Amolar, sempre em áreas que possuem afloramentos rochosos
calcários.
A flora xerófila é bem caracterizada por espécies como: Cereus peruvianos, Opuntia stenarta,
Peireskia sancha-rosa, Cereus bonplandii, Monvillea cavendishii, Jatropha urens,
Chidosculus phyllacantha, Loasa parviflora, Ceiba pentandra, Ceiba pubiflora, e outras.
Neste mesmo trabalho censura Herzog (sem data), quando este dá a entender que formações
xerófilas ocorrem por todo o Pantanal, esclarecendo ainda que as falsas caatingas estão
estreitamente ligadas a áreas de afloramentos calcários, sendo um caso de influência edáfica.
As espécies típicas chaquenhas, Schinopsis balansae, S. lorentzi, Aspidosperma sp., estão
limitadas somente ao sul do Pantanal (WILHELMY, 1957). VALVERDE (1972) denomina
Mato dos Inselbereger Calcários as formações florestais fortemente decíduas dos pequenos
morros calcários dispersos na planície pantaneira sendo Chorisia ventricosa (barriguda)
típica. Os cipós são numerosos e algumas plantas são providas de espinhos.
Matas ciliares são descritas por AGUIRRE em 1945 para o Pantanal. “Estas são de árvores
frondosas, que apenas margeiam os rios, corixos e baias, como Ficus sp. (figueira), Vochysia
tucanorum (cambará), Tecoma ipê (“peuva-roxa”) e Cecropia sp. Para as bordas cita Inga
edulis e Inga nobilis (ingás) e junto às margens o sarã de espinho e sarã de leite.
FERRI (1979) menciona entre outras ocorrências em matas de galeria as espécies: Attalea
princeps (Acuri), Triplaris formicosa (pau-de-novato), Genipa americana (genipapo), Ficus
sp. (figueira), Inga sp. (ingazeiro), Cecropia sp. (embaúva)”. HOEHNE (1936) cita as matas
emaranhadas de Desmoncus, Bactris e Astrocarium sob a denominação de “Formações
hidrófilas de terra firme”.
Vários autores, entre eles COLE (1960), KULHMANN (1953/54), FERRI (1980) e RIZZINI
(1979) consideram o Pantanal como um complexo de vegetais em função das variações dos
ambientes condicionados pelas alterações dos longos períodos de seca e inundações. Para
COLE (1960) este complexo envolve diversos tipos de savanas e matas.
Adamoli (1982) discute a validade da utilização do termo “Complexo do Pantanal”; e
considera que a sua vegetação incorpora elementos das províncias fitogeográficas adjacentes a
saber: a leste o cerrado do Brasil Central, a nordeste as florestas semidecíduas relacionadas
com a floresta Amazônica e no sudoeste a floresta chaquenha seca originária da Bolívia e
Paraguai.
LOUREIRO et. Al. (1982) mapeando a vegetação das folhas SE. 21 Corumbá e parte da SE.
20 para o projeto Radan brasil, definiram para a maior parte da planície pantaneira quatro sub-
xli
regiões fitoecológicas: 1. Savana (Cerrado); 2. Savana Estépica (Chaquenha); 3. Floresta
Estacional semi-decidual; 4. Floresta Estacional decidual e áreas de tensão ecológica, áreas
submetidas à ação antrópica.
Dados recentes da literatura analisada, indicam para o pantanal a ocorrência de 1.863 espécies
de plantas superiores distribuídas em 136 famílias e 774 gêneros, sendo o maior numero
registrado para as famílias Poaceae 212 e Leguminosae 240 e Cyperaceae 92 e Asteraceae 87
espécies respectivamente (Pott & Pott 1996).
As RPPN’s Acurizal, Penha e Dorochê por apresentarem uma localização estratégica no
Pantanal de Mato Grosso, onde a diversidade de habitats se alterna, (desde aquáticos
permanentes, habitats com fase aquática e habitats estritamente terrestres) e promete a
ocorrência de espécies ainda não citadas para o Pantanal bem como tipos de vegetação ou de
comunidades de plantas.
Nesse contexto destaca-se a importância da região, ora estudada, como área de conservação
para a flora, pois a Serra do Amolar (RPPNs Penha e Acurizal), reúne encraves de vegetação
de Savana (campos rupestres, cerrado e cerradão), vegetação Chaquenha e Florestas
Deciduais; enquanto que na RPPN Dorochê, encontram-se as Florestas Semidecíduas (Aluvial
e das Terras Baixas), a vegetação aquática, a Savana inundável e as áreas de comunidades
pioneiras (áreas de tensão ecológica).
Mais recentemente Pott et al. (2001), elaborou uma listagem da flora vascular, principalmente
fanerogâmica, para a região durante o Levantamento Ecológico Rápido do PARNA. Foram
totalizados 1.006 espécies, pertencentes a 529 gêneros e 125 famílias e as hexicatas
depositadas nos herbários da Embrapa Gado de Corte e da UFMT.
Esses autores reconhecem que a flora da planície do PARNA é relativamente pobre em
espécies, devido à pequena variabilidade de ambientes, quase todos de forte inundação, sendo
a riqueza grandemente aumentada com a flora dos morros. No geral, a região apresenta
poucas espécies de orquídeas e bromélias, bem como de samambaias, condizente com a baixa
representação desses grupos no Pantanal, principalmente de epífitas, em relação a biomas
florestais úmidos.
Esse trabalho identificou quatro endemismos: Arachis diogoi (amendoim-bravo), Discocactus
ferricola (cacto), Habranthus pantanalensis (lirio-do-campo) e Stilpnoappus pantanalensis
(roxinha), não restritos ao PARNA e RPPNs, embora reconheceram que poderia haver mais
algumas espécies endêmicas na flora da morraria.
Encontraram uma provável espécie nova Bauhinia sp. e identificaram as cactáceas
Ceistocactus baumannii ssp. horstii e Quiabentia verticillata como novas ocorrências para o
Brasil, e Utricularia trichophylla nova para Mato Grosso do Sul (Pott et al. 2001).
O levantamento da flora do PARNA e entorno contribuiu enormemente para o conhecimento
da flora da região, constituindo a base para o mapeamento das RPPNs.
xlii
As classes foram interpretadas e agrupadas, quando necessário. A partir da interpretação,
delimitou-se as unidades de mapeamento, sempre recorrendo a imagem inicial para sanar
dúvidas. Para checar a vegetação mapeada, realizou-se um sobrevôo sobre a área mapeada a
uma altura aproximada de 2000 pés (Figuras 13 e 14).
Fotografias panorâmicas digitais georeferenciadas foram obtidas durante o sobrevôo com
auxílio de um GPS acoplado a uma câmera digital megapixel.
As fotografias foram então inseridas em um banco de dados e plotados os pontos em um
sistema de informações geoprocessadas (SIG), de modo a facilitar a confirmação das unidades
mapeadas. Tal metodologia mostrou-se eficiente e prática, uma vez que a Fundação
Ecotrópica já dispunha de tais recursos tecnológicos.
Legenda do Mapeamento
• Sistema Primário
• Savana (Cerrado)
Sd – Florestada (cerradão);
Sa – Arborizada (campo cerrado, cerrado, cerrado aberto);
Sg – Gramíneio-lenhosa (campo, campo limpo, campo sujo, caronal, campina e campo
alagado).
xliii
S/Pa - Savana/Formações Pioneiras
• RPPN Dorochê
Foram mapeadas nessa área as seguintes classes; Savana, Floresta Estacional Semidecidual,
Formação Pioneira (vegetação com influência fluvial), Áreas de Tensão Ecológica (Ecótonos)
e áreas de Sucessão Natural.
• Savana
Na classe Savana foi identificada somente uma subclasse: a Savana Gramíneo Lenhosa com
6.882 hectares, caracterizada por um estrato graminóide denso entremeado por plantas
lenhosas raquíticas. Ocorre principalmente na região Sul da área mapeada, formando um
corredor de leste para oeste (vazante), aumentando sua área à medida que o gradiente de
inundação aumenta.
Esta formação está sujeita a forte inundação e recebe a denominação regional de campo
inundável ou marmiquezal, de acordo com dominância das espécies na área. Assim, quando a
formação é campestre, apresenta dominância de gramíneas como Panicum pernambucense
(capim-do-brejo) e Paspalum fasciculatum (praieiro); enquanto que, quando a formação
apresenta a dominância de arbustos como Aspilia latissima (malmequer), Ipomoea carnea ssp.
fistulosa (algodão bravo), Polygonum acuminatum (erva-de-bicho), Cissus spinosa (cipó-de-
arraia) entre outras, recebe o nome regional de marmiquezal (Pott et al. 2001).
Na classificação da imagem foi possível identificar as duas variações da Savana Gramíneo
Lenhosa, sendo mapeado como Sg1 e Sg2, respectivamente. Essas variações na cobertura
vegetal refletem o efeito das cheias anuais e o gradiente de inundação do solo, que interferem
na dinâmica das populações, alterando a composição das espécies nas comunidades.
xliv
• Aluvial
A primeira ocorre junto às drenagens que cortam a área, rio Caracará e córrego Alegre. Ao
longo do rio Caracará, região sul da área mapeada, a Floresta Estacional Semidecidual Aluvial
(floresta ciliar) é facilmente identificada, pois faz contato com a Savana Gramíneo Lenhosa,
enquanto ao norte, região do córrego alegre, não foi possível mapear esta formação, pois
forma um ecótono com a Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas.
A Floresta Ciliar foi caracterizada na região da foz do rio Caracará por Pott et al. (2001) e tem
como espécies características Ruprechtia brachysepala (canjiquinha), Triplaris americana
(novateiro), Inga vera ssp. affinis (ingá), Albizia polyanta (bigueiro), Eugenia sp., Alchornia
discolor (uva-brava), Sapium obovatum (sarã-de-leite) e Vochysia divergens (cambará), entre
outras.
Muitas dessas espécies são consideradas pioneiras (Triplaris americana, Alchornia discolor,
Sapium obovatum, Vochysia divergens), e estão relacionadas ao processo de sucessão natural
desencadeado pela deposição e formação dos diques aluviais, muito comuns nessa região.
Essa formação tem como ameaça o fogo devido a grande quantidade de matéria orgânica
acumulada sobre o solo. Outro processo que poderá ameaçar esta formação são os processos
erosivos que promovem o solapamento das margens dos diques, isto só poderá ocorrer com
mudanças da rede de drenagem ou transito intensivo de embarcações.
• Formações Pioneiras
Foram identificadas duas subclasses, Formação Pioneira Herbácea (3642 ha), relacionada a
vegetação em constante processo de sucessão(meandros abandonados e baías) e Formações
Pioneiras de Cambará (Vochysia divergens) com 3659 ha; árvore pioneira que em anos mais
secos avança sobre as áreas inundáveis.
No presente estudo foi possível, devido ao tamanho da área, identificar as duas subclasses.
Essa informação é relevante na questão do manejo, pois as áreas de Formações Pioneiras
Herbáceas estão sendo invadidas pela braquiária, espécie introduzida, enquanto que o
cambará avança sobre as áreas de campo (Savana Gramíneo Lenhosa).
• Herbáceas
A vegetação pioneira herbácea que recobre as áreas inundadas da região do rio Caracará, foi
caracterizada por Pott et al. (2001), que distinguiu os seguintes ambientes rio, corixo, vazante,
córrego, lagoas pequenas, lagoas grandes, brejo, batume, esses habitats possuem uma
xlv
característica importante que é a alternância das comunidades vegetais entre os períodos de
seca e cheia.
Essa mudança da vegetação está relacionada a produtividade do ecossistema, tanto da
biomassa vegetal quanto da fauna aquática associada. As espécies que caracterizam essa
vegetação são Eichhornia azurea (camalote), Eichhornia crassipes (aguapé), Panicum
elephantipes, Paspalum repens (capim-fofo), Ipomoea carnea ssp. fistulosa (algodão-bravo),
Vigna aff. Lasiocarpa (feijãozinho-do-brejo), Aspilia latissima (malmequer), Hydrocotyle
ranunculoides, Polygonum ferrugineum (fumeiro), Lemna aequinoctialis, entre outras.
A Brachiaria subquadripara (tanner-grass), espécie introduzida, é uma das espécies que
ameaçam as comunidades de macrófitas aquáticas, principalmente no rio Caracará, onde foi
encontrada com maior abundância entre as áreas levantadas por Pott et al. (2001).
• Áreas Antrópicas
Foram identificadas somente nas proximidades da antiga sede da então Fazenda Dorochê,
atualmente desabitada. A área identificada é muito restrita, somente 19ha, não tendo
relevância no mapeamento.
Aqui cabe ressaltar, que a fazenda Dorochê foi sendo desativada a partir da grande cheia de
1974, quando se retirou o gado, as áreas de campo se recuperaram rapidamente, enquanto que
as poucas áreas desmatadas iniciaram um processo de sucessão ecológica, que se confunde
com o processo de avanço das formações pioneiras de cambará.
xlvi
• Floresta Estacional Decidual
Nessa classe foi mapeado somente uma subclasse a Floresta Estacional Decidual das Terras
Baixas (mata seca), com 7.066 ha e ocorre, principalmente, ao longo de todo lado oeste da
Serra do Amolar. Está relacionada a relevo plano, de solo fértil coberto por espessa camada de
matéria orgânica e à altimetrias inferiores a 150m.
Essa formação se estende a oeste em direção a Bolívia e a leste faz contato com a Savana.
Áreas disjuntas também ocorrem na face leste da Serra do Amolar, mas em menor proporção
e geralmente, em processo de regeneração.
A flora presente nessa formação foi inventariada por Pot et al (2001), que encontraram
Phyllostylon rhamnoides (lenheiro), Lonchocarpus sp., Gallesia integrifolia (pau-alho),
Caesalpinia taubertiana (coração-de-negro), Anadenanthera colubrina (angico), Ceiba
pubiflora (barriguda), Piptadenia gonoacantha, Swatzia jorori (sangue-de-bugre), entre
outras.
A principal ameaça é o fogo, que pode se espalhar facilmente durante o período seco devido a
grande quantidade de serapilheira presente no solo, outra ameaça é a retirada de espécies
madeireiras, o que pode reduzir as suas populações, principalmente no lado oeste da Serra do
Amolar, área de entorno das RPPNs e onde há a maior ocorrência dessa formação.
• Savana
Essa classe tem ampla distribuição na Serra do Amolar, ocupando 30.000 hectares da área
mapeada, principalmente nas áreas declivosas e topos de pequenos morros, mas também
ocorre em menor proporção nas áreas planas onde o solo é bem drenado. Foram identificadas
três subclasses; a Gramíneo Lenhosa, a Arborizada e a Florestada.
• Gramíneo Lenhosa
Os campos recobrem 4.315 ha, principalmente em áreas de encostas íngremes na Serra do
Amolar (campo rupestre) e áreas planas onde há ressumagem do lençol freático durante a
estação chuvosa (campo úmido). Essa unidade pode fazer contato abrupto com a Floresta
Estacional Semidecidual Aluvial ou transicionar na forma de ecótono para a Savana
Arborizada.
Os campos rupestres associados a solos litólicos e afloramentos rochosos da Serra do Amolar
apresentam na sua composição florística gramíneas como Axonopus aureus, Mesosetum
ansatum, Schizachyrium semiberbe, Trachypogon spicatus; árvores esparças de cerrado como
Qualea dichotoma (pau-terrinha), Hancornia speciosa (mangaba) e Kielmeyera rubriflora.
Os campos úmidos podem apresentar dominância de uma espécie, como Elyonurus muticus
(capim-carona) que forma o caronal, vegetação muito susceptível ao fogo, mas em geral
apresentam composição variada de gramineas como Andropogon bicornis (rabo-de-burro), A.
hypogymus (rabo-de-lobo), Sorghastrum setosum, Paspalum plicatulum (felpudo), Loudetia
xlvii
flammida (rabo-de-lobo) e outras espécies herbáceas como Angelonia salicariefolia, Arachis
diogoi, (amendoim-bravo) Clitoria falcata, etc.
• Arborizada
O cerrado (senso stricto), recobre 3675 ha e ocorre principalmente em áreas de solo de textura
arenosa, em relevo de inclinação moderada, com afloramentos rochosos. Essa característica
influencia na distribuição dos indivíduos arbustivos e arbóreos, onde há maior concentração
de matacões e afloramentos rochosos há um menor adensamento da comunidade e a
fisionomia se torna mais campestre.
As espécies que ocorrem nessa formação segundo as amostragens feitas por Pott et al. (2001)
são Davilla elliptica (lixeirinha), Hymatanthus obovatus (angélica), Byrsonima coccolobifolia
(sumanera), Qualea grandiflora (pau-terra), Q. parviflora (pau-terrinha), Bowdichia
virgilioides (sucupira), Kielmeyera coriacea (gordiana) e Lafoensia pacari (managaba-brava).
• Florestada
Essa subclasse recobre 2.471 ha e ocorre em toda área mapeada, principalmente nas encostas
inferiores da Serra do Amolar em contato com a Floresta Estacional Decidual, que está
situada em relevo plano e nas altimetrias inferiores a 150m; e com a Savana Gramíneo
Lenhosa e ou Savana Arborizada nas altimetrias mais elevadas da Serra, dependendo sempre,
da profundidade e tipo de solo; solos litólicos transiciona para campo e quando o solo é de
textura arenosa transiciona para Savana Arborizada (cerrrado).
As espécies que caracterizam a formação são Myracroduon urundeuva (aroeira), Tabebuia
impetiginosa (piuva-da-mata), Plattypodium elegans (canzileiro), Pseudobombax sp.
(embiruçu), Callistene fasciculata (cavão-branco), Magonia pubescens (timbó) e Astronium
fraxinifolium (gonçaleiro) entre outras. O sub-bosque é ralo apresentando arbustos de
Alibertia sessilis (marmelada-preta) e Esenbeckia almavillia e no estrato herbáceo Paspalum
sp. e Heteropterys sp.
• Formações Pioneiras
Essa formação ocorre ao longo do Rio Paraguai e no entorno das baías Gaiba e Mandioré com
uma área total de 4.955 ha. Recobre ambientes de rio, corixo, vazante, córrego, lagoas
pequenas, lagoas grandes, brejo e batume, esses habitats são importantes refúgios para a fauna
aquática. Há uma alternância das comunidades vegetais entre os períodos de seca e cheia; tal
mudança altera a produtividade do ecossistema, tanto da biomassa vegetal quanto da fauna
aquática associada.
As espécies que caracterizam essa vegetação ao longo do rio Paraguai são Eichhornia azurea
(camalote), Eichhornia crassipes (aguapé), que dominam as margens do rio Paraguai, corixos
e vazantes; enquanto que nas áreas de baías e lagoas tem menor expressão. Nessas áreas há
dominância de outras espécies como Hymenachne amplexicaulis (capim-de-capivara),
Polygonum acuminatum (erva-de-bicho), que são espécies forrageiras.
Áreas de varzea ao longo dos riachos que descem a Serra do Amolar, também apresentam
comunidades Pioneiras herbáceas distintas das áreas da Planície do Pantanal, no entanto não
são mapeáveis nessa escala de trabalho. Segundo Pott et al. (2001), muitas espécies são
exclusivas dessas áreas, tais como Eleocharis mínima (lodo), Echinodorus tenellus, Pfaffia
glomerata (ginseng-do-pantanal), Habenaria aricaensis (orquídea), Aeschynomene
xlviii
fluminensis (cortiça), entre outras. Nessa subclasse foi mapeado somente a Formação Pioneira
Herbácea (Pah), não sendo encontrado portanto, formações de Cambarazal.
• Áreas Antrópicas
As áreas antropizadas estão distribuídas nas nos vales de relevo plano da Serra do Amolar e
no lado Oeste desta. Do lado leste, essas áreas constituem principalmente em áreas de
pastagens abandonadas em processo de regeneração (VS; vegetação secundária), e do lado
Oeste são encontrados as áreas de pecuária extensiva (AP).
No total foram mapeados 874 ha, distribuídos entre as formações de Floresta Estacional
Decidual, Savana Florestada e Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, em ordem
decrescente de áreas antropizadas. Provavelmente, deva existir um número maior de áreas em
regeneração, devido ao histórico de ocupação da área.
Essas áreas, nas RPPNs estão em franco desenvolvimento, existindo diversos estágios
sucessionais, desde áreas de pastagens plantadas com elementos de Savana até as áreas de
Floresta que sofreram corte seletivo de espécies madeireiras, onde algumas espécies
regeneraram através de rebrota de raízes e caule.
Quanto à flora dessas formações é composta pelos elementos, principalmente, da formação de
Savana. Somente na formação de Floresta Estacional Aluvial o acuri (Scheelea phalerata),
apresenta populações adensadas, servindo como indicador de área antropizada. A principal
ameaça a essas áreas é o fogo, pois são áreas que apresentam uma grande quantidade de
biomassa, principalmente de gramíneas.
As áreas de pastagem plantada (AP) encontram-se no domínio da Floresta Estacional
Decidual, lado Oeste da Serra e representam um total de 4.291hectares. Essas áreas são
historicamente manejadas com fogo, essa forma tradicional de manejo faz parte da cultura
local e representa uma ameaça para a vegetação das RPPNs Acurizal e Penha.
xlix
l
Figura 13. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Vegetação das Reservas Acurizal e Penha 1:250.000.
li
lii
Figura 14. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Vegetação da Reserva Dorochê 1:250.000.
liii
• Fauna
A imensa planície inundável do Pantanal tem sido repetidamente apontada como uma das
áreas mais importantes para a sobrevivência de inúmeras espécies de vertebrados sul-
americanos que, fora dali, são consideradas raras ou ameaçadas (BRASIL, 1997). A
concentração local de populações de peixes, aves, anfíbios, répteis e mamíferos chega a ser
notável (veja, p. ex., LUTZ, 1946).
Contrasta com esta riqueza faunística a escassez de trabalhos científicos sobre aspectos
relacionados à magnitude da diversidade e da abundância de vertebrados na região pantaneira,
bem como sobre estrutura das comunidades e história natural das espécies presentes no
Pantanal.
Peixes, aves e mamíferos tiveram as listagens de espécies ocorrentes na bacia revistas a partir
daquelas apresentadas no PCBAP, ampliadas ou, mesmo, utilizadas como referência para a
elaboração de listagens mais recentes, disponíveis na literatura especializada (e.g., peixes -
BRITSKY, SILIMON & BALZAC, 1999; aves – TUBELIS & TOMAS, in prep.; mamíferos
– MAURO, apud ADAMOLI & POTT, 1999).
Já para anfíbios e répteis, não houve atualização das listagens de espécies do Pantanal, até o
momento, em relação ao que foi disponibilizado pelo PCBAP, mas o documento reconhece
que o exame de material adicional, depositado em grandes coleções zoológicas como as da
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Museu de Zoologia da Universidade de
São Paulo (MZUSP), Universidade de Brasília (UnB) e Museu Nacional do Rio de Janeiro
(MNRJ), poderá evidenciar novos registros de espécies de anfíbios e de répteis para a área da
bacia do Alto Paraguai (BRASIL, 1997).
Na elaboração de planos de manejo para unidades de conservação de uso indireto, a coleta e
análise de dados secundários sobre a fauna das unidades, com base em pesquisas
bibliográficas, é um dos passos iniciais, conforme recomenda o “Roteiro Metodológico para o
Planejamento de Unidades de Conservação de Uso Indireto” (IBAMA, 1996).
Inventários expeditos de campo, em fases subsequentes da elaboração do plano de manejo,
deverão evidenciar quais das referências aqui citadas (e outras que venham a ser recuperadas
no decorrer dos trabalhos) estarão mais diretamente relacionadas às necessidades do plano de
manejo das áreas mencionadas.
As referências bibliográficas são apresentadas segundo o grupo taxonômico a que se referem,
havendo uma listagem em separado, também, para citações sobre vertebrados em geral e para
aquelas em que há menção específica a material oriundo da área de interesse deste subprojeto
(PARNA e reservas naturais Acurizal, Penha e Dorochê).
Foram recuperadas 205 referências sobre diversos aspectos relacionados à presença de
vertebrados na planície do Pantanal, distribuídas por grupo taxonômico conforme aponta o
quadro 5.
Para cada um dos demais grupos de vertebrados, entre 38-49 referências foram recuperadas.
Apenas três referências fazem menção específica a estudos realizados nas áreas de interesse
direto deste subprojeto, envolvendo aspectos relacionados a um levantamento rápido de
espécies (FBCN, 1992?), à biomassa de mamíferos em Acurizal (SCHALLER, 1983) e à
estrutura etária de uma população de jacaré-paguá, Paleosuchus palpebrosus, na serra do
Amolar (CAMPOS, COUTINHO & ABERCROMBIE, 1995).
liv
Quadro 5. Número de referências bibliográficas sobre fauna da planície inundável do
Pantanal recuperadas para cada um dos grupos de vertebrados, com
indicação do número de referências que fazem menção específica às áreas das
reservas naturais Acurizal, Penha, Dorochê e Parque Nacional do Pantanal.
lv
As distribuições das espécies de répteis foram extraídas de diversas publicações avulsas; as de
aves (Ordens Rheiformes até Charadriiformes) foram inferidas a partir dos mapas de
ocorrência apresentados por BLAKE, 1977.
As distribuições de mamíferos são aquelas indicadas na “Lista das Espécies de Mamíferos
Continentais do Brasil”, organizada por Maurício Schneider (dados não publicados).
Na coluna “Status de Conservação”, o Anexo I da CITES inclui àquelas espécies efetivamente
ameaçadas de extinção. Do Anexo II fazem parte “todas as espécies que, embora atualmente
não se encontrem necessariamente em perigo de extinção, poderão chegar a esta situação, a
menos que o comércio de espécimes de tais espécies esteja sujeito a regulamentação rigorosa
a fim de evitar exploração incompatível com sua sobrevivência” (MOURA, 1979).
As espécies incluídas pelo IBAMA na lista oficial de animais brasileiros ameaçados de
extinção e os critérios de inclusão constam do trabalho de BERNARDES, MACHADO &
RYLANDS (1990). Para aves, as espécies ameaçadas segundo critérios da IUCN são aquelas
constantes em COLLAR, GONZAGA, KRABBE et al. (1992).
Ao final do trabalho são incluídos, como anexos, encartes contendo as listas das espécies
atualmente conhecidas em áreas situadas nas reservas (também denominadas, em algumas
ocasiões ao longo deste relatório, como “áreas-núcleo”) ou do PNP (aqui considerado como
“entorno imediato”, juntamente com outras áreas lindeiras às reservas Acurizal, Penha e
Dorochê, como a Ilha da Ínsua ou as Fazendas Boabaide e Bela Vista, por exemplo).
São conhecidas para as áreas-núcleo e seu entorno imediato, até o momento, 411 espécies de
vertebrados: 08 peixes, 25 anfíbios, 27 répteis, 276 aves e 75 mamíferos. Pesquisas de campo
adicionais, sistemáticas, certamente elevarão em muito este número, já que as listas
apresentadas baseiam-se, quase que exclusivamente, em dados extraídos da literatura.
Realizada em 1992, como resultado de parceria entre a Fundação Brasileira para a
Conservação da Natureza (FBCN), The Nature Conservancy (TNC) e Instituto Brasileiro de
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a 1ª Avaliação Ecológica Rápida (AER) da região
do Parque Nacional do Pantanal (PNP) e adjacências, possibilitou, pela primeira vez, a
reunião de informações sobre a composição da fauna de vertebrados (exceto peixes) na área
do parque, a maior parte delas oriundas de observações de campo.
Outro documento informal que menciona espécimes de vertebrados obtidos em áreas das
reservas é a compilação de dados secundários sobre a Fauna de Mato Grosso, elaborada em
decorrência do “Zoneamento Sócio-Econômico Ecológico do Estado de Mato Grosso”
(inserido no PRODEAGRO – Projeto de Desenvolvimento Agro-Ambiental de Mato Grosso).
O estudo foi feito com base na literatura e no exame de espécimes depositados no Museu de
Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), uma das maiores, senão a maior, coleção
zoológica do país.
• Ictiofauna
Peixes possivelmente constitui o grupo de vertebrados melhor estudado na Bacia do Alto
Paraguai (BAP), do ponto de vista taxonômico. Também é o grupo de maior importância
sócio-econômica na região (veja CATELLA, NASCIMENTO, MORAES et al., 1997).
Entre as publicações mais significativas sobre peixes na área da BAP incluem-se aquelas de
CATELLA, NASCIMENTO, MORAES et al. (1997), que apresentaram, além da lista de
lvi
espécies, informações pesqueiras, sobre padrões ecológicos gerais e também sobre
conservação, e o livro de BRITSKI, SILIMON & LOPES (1999).
Este último pode ser considerado como o mais completo e atualizado estudo sobre taxonomia
de peixes do Pantanal, reunindo caracterizações morfológicas de 263 espécies.
Inventários conduzidos durante a “Primeira Expedição Aquarap Pantanal-Sul”, organizada
pelo Conservation International em 1998, com a colaboração do Field Museum de Chicago e
Museu de Zoologia da USP, resultaram em duas importantes publicações sobre peixes do
Pantanal, em fase final de publicação, abordam a diversidade, distribuição, hábitats críticos e
valor econômico dos peixes dos rios Negro, Negrinho, Taboco, Taquari e Miranda
(WILLINK, FROEHLICH, MACHADO-ALLISON et al., no prelo) e a estrutura ecológica e
geográfica em assembléias de peixes do Pantanal de Mato Grosso do Sul (CHERNOFF &
WILLINK, no prelo).
A ocorrência de endemismos, ainda não comprovada, é esperada particularmente nos córregos
de altitude e de encostas da Serra do Amolar.
Optou-se por apresentar no presente relatório (Quadro 6) apenas a escassa lista de espécies de
peixes cuja ocorrência é presumivelmente mais freqüente na região das reservas e do parque,
com base em informações constantes do Plano de Ação Emergencial para o PNP
(CAMPELLO, 1994), bem como de outros relatórios e documentos não indexados.
A lista apresentada inclui tão somente oito espécies de peixes, menos de 3% das 295 espécies
listadas para o Pantanal, o que evidentemente constitui forte indicação da necessidade de
inventários da ictiofauna local.
A lista geral de espécies de peixes referidas para o Pantanal pelo PCBAP (CATELLA,
NASCIMENTO, MORAES et al., 1997), organizada com base em dados de Heraldo Britski e
colaboradores, Agostinho Catella e Emiko Resende, é apresentada apenas ao final do presente
relatório. A esta lista foram acrescidas espécies somente anotadas para a região a partir do
documento referente aos resultados da Expedição AquaRAP (MENEZES, FROEHLICH,
OYAKAWA et al., 2000).
• Herpetofauna
Um total de 40 espécies de anfíbios anuros e 167 espécies de répteis foram, até o momento,
registradas para a BAP, sendo que metade destas espécies de répteis estão presentes na
planície de inundação (Quadro 7). Listas compreensivas de espécies da herpetofauna da bacia
foram disponibilizadas, pela primeira vez, pelo PCBAP (COUTINHO, CAMPOS, MOURÃO
et al., 1997), mas as abrangências das listagens de anfíbios e répteis ali apresentadas são
bastante distintas.
Anfíbios foram listados a partir de escasso material testemunho depositado na coleção do
núcleo de pesquisas EMBRAPA-Pantanal (antigo CPAP, em Corumbá) ou obtido em algumas
poucas coletas adicionais, particularmente nos arredores de Corumbá e da Faz. Nhumirim, na
região da Nhecolândia. Este material inclui representantes de (COUTINHO, CAMPOS,
MOURÃO et al., 1997).
As Reservas Naturais Acurizal e Penha nunca foram alvo de coletas oficiais de material
herpetológico. Entretanto, estudos sobre uma população de jacaré-paguá (Paleosuchus
palpebrosus) foram realizados em Acurizal, em 1994, por pesquisadores da EMBRAPA-
Pantanal (CAMPOS, COUTINHO & ABERCROMBIE, 1995), sendo possível que material
lvii
herpetológico adicional da região tenha sido coletado e esteja depositado na coleção daquele
centro de pesquisa.
A presença de P. palpebrosus (não registrado para nenhuma outra área da planície inundável
do Pantanal) na Serra do Amolar e as características fisiográficas únicas da região apontam
para a provável ocorrência de espécies de anfíbios e de répteis adicionais àquelas amplamente
distribuídas em hábitats inundáveis da planície, havendo, mesmo, a possibilidade de
ocorrência de espécies endêmicas.
Os levantamentos preliminares da herpetofauna na área do PARNA, por exemplo,
evidenciaram a presença de um pequeno lagarto do gênero Gonatodes (Gekkonidae) que
parece não corresponder a nenhuma espécie previamente descrita, e que merece ser melhor
estudada no decorrer dos trabalhos do plano de manejo do parque e áreas vizinhas.
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) abriga uma pequena mas significativa
coleção de anfíbios provenientes do PNP. Os espécimes foram obtidos em 1987, durante
expedição científica organizada por Adalberto Meira, então chefe daquela unidade de
conservação.A expedição tinha por objetivo fazer uma primeira aproximação da fauna de
vertebrados do parque.
A literatura, o exame de material colecionado e observações diretas em campo permitiram
listar para as áreas-núcleo um total de 25 espécies de anfíbios anuros, em 11 gêneros e 5
famílias (Quadro 7). Este número possivelmente representa em torno de 70% do total de
espécies esperado para a área, que deve incluir, ainda, tanto formas características de áreas
inundáveis do Pantanal (e.g., Scinax acuminatus, S. fuscomarginatus), como espécies com
distribuição limitada a porções mais restritas das áreas altas do entorno (como Phyllomedusa
sauvagei).
Quanto aos répteis, estão positivamente registradas para as áreas-núcleo 27 espécies (quadro
7), o que certamente está bastante aquém da riqueza esperada para a região. O grupo é
tradicionalmente mais difícil de amostrar, especialmente as serpentes, com atividade secretiva
e de encontro fortuito (apenas 10 espécies foram registradas para a área, num universo de pelo
menos 45 espécies possíveis).
Anfíbios dependem de corpos d’água para sua reprodução e sobrevivência, sendo bastante
sensíveis a mudanças na qualidade ambiental.
Além disto, são organismos residentes, apresentam curto tempo de geração (a população
muda rapidamente quando exposta a fatores ambientais capazes de afetá-la) e constituem, em
geral, populações vigorosas na planície inundável do Pantanal (impactos ambientais têm
efeitos visíveis no tamanho populacional).
Outro fator que torna relativamente mais fácil monitorar a distribuição de anfíbios em uma
determinada área, em relação a outros grupos de vertebrados, é o fato de que machos de
anfíbios anuros produzem sons para atração de fêmeas, durante a época reprodutiva.
Os “cantos” ou “vocalizações” são, assim como os das aves, próprios de cada espécie e
facilmente identificáveis (ou diretamente, no campo, ou mediante análise posterior de
gravações).
A integridade de comunidade local e tendência populacional em anfíbios pode, assim, ser
detectadas com relativa facilidade acompanhando-se, ao longo do tempo, o número de
vocalizações de cada espécie ouvidas em determinada área.
lviii
Quadro 6. Espécies de peixes anotadas para o Pantanal, com indicação daquelas já
registradas em áreas das Reservas Particulares do Patrimônio Natural
Acurizal, Penha e Dorochê e seu entorno imediato.
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM CHARACIFORMES
• Família Anostomidae
Leporinus elongatus x RB 1c
Valenciennes, 1849
• Família Characidae
Myleinae
Piaractus mesopotamicus x RB ba, ri 1c
(Holmberg, 1887)
Salminae
Salminus maxillosus x RB ri 1c
Valenciennes, 1849
Serrasalminae
Pygocentrus nattereri x RB ba, ri 1c
Kner, 1860
• Família Prochilodontidae
Prochilodus lineatus x RB 1c
(Valenciennes, 1847)
ORDEM SILURIFORMES
• Família Pimelodidae
Paulicea luetkeni x RB ri 1c
(Steindachner, 1875)
Pinirampus pirinampu x RB ri 1c
(Spix, 1829)
Pseudoplatystoma x RB ri 1c
fasciatum (Linnaeus,
1766)
ABREVIAÇÕES:
Ocorrência local: A/P – conjunto formado pelas reservas Acurizal e Penha; D – Dorochê; EI – entorno
imediato (veja definição no texto);
Hábitats: ba – baías; br – brejo; co – córrego de encosta; ri – rio;
Fontes (de informação):MC – material depositado em coleção científica; OP – observação pessoal; RB
– registro bibliográfico;
Distribuição: am – bacia amazônica; pr – bacia do Prata; to – bacia do Tocantins; EN – endêmico de
áreas de inundação sob a influência do rio Paraguai; EX – exótico, de ampla distribuição na América
do Sul;
Status de conservação: CI – espécies ameaçadas segundo critérios da CITES, podendo estar incluídas
no Anexo I ou Anexo II da referida convenção (veja texto, em “Metodologia”); IB – espécies
ameaçadas segundo critérios do IBAMA; UI – espécies ameaçadas segundo critérios IUCN.
lix
Quadro 7. Espécies de anfíbios e de répteis anotadas para áreas das Reservas
Particulares do Patrimônio Natural Acurizal, Penha e Dorochê e seu entorno
imediato.
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
AMPHIBIA - ORDEM ANURA
• Família Bufonidae
Bufo paracnemis Lutz, x x RB; OP an; se ca, ce, ch 1f
1925
• Família Hylidae
Hyla albopunctata Spix, x RB ce, ch, fa 1f
1824
Hyla aff. geographica x x RB; OP br am, ce, fa 1f
Hyla minuta Peters, 1872 x RB am,ca,ce,ch,fa 1f
Hyla nana Boulenger, x OP co; ri ca, ce, ch
1889
Hyla punctata (Schneider, x OP br ce, ch
1799)
Hyla raniceps (Cope, x x RB; OP br; co am, ce, ch 1f
1862)
Phrynohyas venulosa x x RB; OP an am, ce, ch 1f
(Laurenti, 1768)
Phyllomedusa x OP co am, ce, ch
hypocondrialis (Daudin,
1802)
Scinax cf. nebulosa (Spix, x OP br am
1824)
Scinax fuscovarius (ª Lutz, x OP an ca, ce, ch, fa
1925)
Scinax nasicus (Cope, x OP an ch
1862)
• Família Leptodactylidae
Adenomera cf. x OP ac; se am, ce, ch
hylaedactyla (Cope, 1868)
Adenomera sp. x x OP pa ch
Leptodactylus chaquensis x OP pa; ri ce,ch
Cei, 1950
Leptodactylus elenae x OP se ce,ch
Heyer, 1978
Leptodactylus fuscus x x OP pa; ri am,ca,ce,ch,fa
(Schneider, 1799)
Leptodactylus x OP ca, ce, ch, fa
labyrinthicus (Spix, 1824)
Leptodactylus mystacinus x OP se ce
(Burmeister, 1861)
Leptodactylus aff. x RB; OP in ch 1f
Ocellatus
Leptodactylus podicipinus x x RB; OP ri ce, ch 1f
(Cope, 1862)
Physalaemus albonotatus x OP pa ce,ch
(Steindachner, 1862)
lx
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
AMPHIBIA - ORDEM ANURA (cont.)
• Família Microhylidae
Elachistocleis cf. ovalis x OP ch
(Schneider, 1799)
• Família Pseudidade
Lysapsus limellus Cope, x x RB; OP ba; ri ce, ch 1f
1862
Pseudis paradoxus x OP ba ce, ch
(Linnaeus, 1758)
REPTILIA - ORDEM TESTUDINES
• Família Testudinidae
Geochelone carbonaria x OP ac am,ca,ce,ch II
(Spix, 1824)
REPTILIA – ORDEM SAURIA
• Família Iguanidae
Iguana iguana (Linnaeus, x RB; OP ci; ri; se am,ca,ce,ch 1f
1758)
• Família Polychrotidae
Polychrus acutirostris x MC; OP an ca,ce,ch
Spix, 1825
• Família Tropiduridae
Tropidurus cf. torquatus x RB; MC ci ce, fa 1f
(Wied, 1820)
Hemidactylus mabouia x OP an EX
(Moreau de Jonnès, 1818)
Phyllopezus pollicaris x x MC; OP ce ca,ce,ch
(Spix, 1825)
• Família Gymnophthalmidae
Pantodactylus schreibersii x MC ce, ch, cs
(Wiegmann, 1834)
• Família Teiidae
Ameiva ameiva (Linnaeus, x RB am,ca,ce,ch,cs,fa 1f
1758)
Dracaena paraguayensis x RB in EN 1f
Amaral, 1950
Kentropyx aff. viridistriga x RB; OP in EN? 1f
Tupinambis cf. teguixin x RB ci am, ce II* 1f
(Linnaeus, 1758)
• Família Scincidae
Mabuya nigropunctata x MC; RB ci am, ce, fa 1f
(Spix, 1825)
• Família Anguidae
Ophiodes striatus (Spix, x RB ci ce, ch 1f
1824)
lxi
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
REPTILIA – ORDEM SERPENTES
• Família Boidae
Boa constrictor Linnaeus, x OP se am,ca,ce,ch,fa II
1758
Eunectes notaeus Cope x RB; OP in; ri EN II
1862
• Família Colubridae
Clelia sp. * x RB ca,ce,ch,fa 1f
Chironius cf. laurenti x OP ci; se ce
Dixon, Wiest e Cei, 1993
Hydrodynastes gigas x RB in ce, ch 1f
(Dumeril, Bibron e
Dumeril, 1854)
Liophis typhlus (Linnaeus, x RB am,ca,ce,ch,fa 1d
1758)
Oxyrhopus rhombifer x RB ce, ch, fa 1p
(Dumeril, Bibron e
Dumeril, 1854)
Philodryas nattereri x RB; MC ce ca, ce 1f
Steindachner, 1870
Philodryas patagoniensis x MC ri ce, ch, cs, fa
(Girard, 1857)
Sibynomorphus turgidus x RB ce, ch 1p
(Cope, 1868)
Thamnodynastes aff. x RB; MC br EN 1f
strigilis
REPTILIA – CROCODILIA
• Família Alligatoridae
Caiman yacare (Daudin, x x RB; OP ri EN II 1f
1802)
Paleosuchus palpebrosus x RB co am,ca,ce,ch II 1c
(Cuvier, 1807)
ABREVIAÇÕES:
Ocorrência local: A/P – conjunto formado pelas reservas Acurizal e Penha; D – Dorochê; EI – entorno
imediato (veja definição no texto);
Hábitats: ac – mata de acuris (“acurizal”); an – ambiente antrópico; ba – baías; br – brejo; ce –
cerrado; ci – mata ciliar; co – córrego de encosta; in – campos sazonalmente inundáveis; pa – pasto; ri
– ambientes ripários; se – mata semidecídua;
Fontes (de informação): MC – material depositado em coleção científica; OP – observação pessoal;
RB – registro bibliográfico;
Distribuição: am –Amazônia; ca – Caatinga; ce – Cerrados; ch – Chaco; cs – campos do sul; fa –
Floresta Atlântica; EN – endêmico de áreas de inundação sob a influência do rio Paraguai; EX –
exótico, de ampla distribuição na América do Sul;
Status de conservação: CI – espécies ameaçadas segundo critérios da CITES, podendo estar incluídas
no Anexo I ou Anexo II da referida convenção (veja texto, em “Metodologia”).
O asterisco (*) indica que a espécie avistada no PNP, embora com nome idêntico àquele constante do
Anexo II, pode não representar o mesmo táxon a que se refere o anexo, em virtude de alterações
taxonômicas recentes no gênero Tupinambis; IB – espécies ameaçadas segundo critérios do IBAMA;
UI – espécies ameaçadas segundo critérios da IUCN;
lxii
Nota: * Apenas uma muda de pele desta serpente foi encontrada durante a primeira AER (Marcos A.
Carvalho, com. pess.). À época, o material foi inequivocamente atribuído ao gênero Clelia,
posteriormente desmembrado em dois gêneros distintos: Clelia e Boiruna. Ambos estão representados
na porção norte do Pantanal, podendo o material obtido na reserva Dorochê tratar-se tanto de C.
bicolor como de B. maculata.
• Avifauna
O Pantanal é considerado como área-chave, em território brasileiro, para a reprodução de aves
aquáticas, sendo também um importante ponto de alimentação e descanso para diversas
espécies migratórias (ANTAS, 1994; SICK, 1997).
Representantes das famílias Ardeidae (garças), Ciconiidae (cabeça-secas), Anhingidae
(biguatingas), Phalacrocoracidae (biguás) e Threskiornithidae (curicacas, frangos d’água), em
particular, estabelecem anualmente grandes colônias reprodutivas em sítios especiais no
interior da planície inundável do Pantanal (veja YAMASHITA & VALLE, 1990).
Pelo menos sete publicações formais fornecem registros de presença de espécies de aves em
localidades na planície inundável do Pantanal. Em conjunto, estas publicações permitem
confirmar para a planície a ocorrência de 444 espécies, das quais 28% são migratórias, não
havendo endemismos.
Além das investigações sobre composição taxonômica, abundância relativa e utilização de
hábitats em taxocenoses locais de aves, a literatura recente tem registrado o incremento de
estudos sobre aspectos da biologia e da conservação de espécies como a arara-azul
(Anodorhynchus hyacinthinus) e o tuiuiú (Jabiru mycteria), considerados como símbolos do
Pantanal.
Estão listadas no quadro 8 as 210 espécies de aves mencionadas no relatório da AER (FBCN,
1992), mais 66 espécies adicionais avistadas em Acurizal pelos zoólogos George Schaller
(New York Zoological Society – NYZS) e Peter Wescott (Universidade Estadual de Londrina
– UEL).
Estão incluídas no quadro 8, também, espécies avistadas por Rick Hansen, pesquisador da
Illinois University que substituiu Schaller em suas pesquisas sobre mamíferos de Acurizal, no
período entre 15 de agosto e 26 de setembro de 1978.
A listagem resultante destas três observações independentes, num total de 276 espécies, foi
confrontada com a recente atualização da lista de espécies de aves da planície inundável do
Pantanal apresentada por TUBELIS & TOMÁS (no prelo), para uma avaliação preliminar das
mudanças nomenclaturais. Para diversas das espécies listadas houve, aparentemente,
mudanças na nomenclatura genérica e/ou específica; adicionalmente, numerosas espécies
foram realocadas no nível de família, em decorrência de estudos sistemáticos e/ou
filogenéticos publicados na última década.
Alguns registros (e.g., Butorides virescens, Tigrisoma fasciatum) não parecem plausíveis face
ao que se conhece da distribuição das espécies. Assim, faz-se necessária, também aqui, o
aprofundamento futuro, para uma análise crítica da lista disponível e obtenção de dados de
campo adicionais.
lxiii
A lista de aves apresentada difere em abrangência daquelas dos demais grupos taxonômicos.
Para peixes, anfíbios, répteis e mamíferos, as listas são locais, incluindo apenas espécies
seguramente registradas para as reservas ou seu entorno imediato.
A de aves inclui registros obtidos desde o início da Rodovia Transpantaneira (MT 070), em
Poconé (16º15’S; 56º36’O), até Porto Jofre (17º17’S; 58º45’O), na margem do rio Cuiabá, e
deste ponto até Porto Caracará, sede do PNP (17º52’S; 57º27’O), já no entorno das reservas
(FBCN, 1992).
Quadro 8. Espécies de aves anotadas para áreas das Reservas Particulares do
Patrimônio Natural Acurizal, Penha e Dorochê e seu entorno imediato.
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM RHEIFORMES
• Família Rheidae
Rhea americana x ? RB ce; ci ca, ce, ch 1f, 1h, 1w
(Linnaeus, 1758)
ORDEM TINAMIFORMES
• Família Tinamidae
Crypturellus obsoletus x RB ci am, fa 1h
(Temminck, 1825)
Crypturellus parvirostris x RB ci am,ca,ce,ch,fa 1h, 1w
(Wagler, 1827)
Crypturellus undulatus ? RB am, ce, ch 1f
(Temminck, 1815)
ORDEM PODICIPEDIFORMES
• Família Podicipedidae
Tachybaptus dominicus x RB ri am,ca,ce,ch,fa 1h
(Linnaeus, 1766)
Podilymbus podiceps ? RB am,ca,ce,ch,fa 1f
(Linnaeus, 1758)
ORDEM PELECANIFORMES
• Família Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus x ? RB ri 1f, 1h, 1w
(Gmelin, 1789)
• Família Anhingidae
Anhinga anhinga x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Linnaeus, 1766)
ORDEM CICONIIFORMES
• Família Ardeidae
Syrigma sibilatrix x ? RB ri ce, ch 1f, 1h, 1w
(Temminck, 1824)
Tigrisoma lineatum x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Boddaert, 1783)
Tigrisoma fasciatum x RB ri am (?), fa (?) 1h
(Such, 1825)
Ardeola ibis (Linnaeus, ? RB ri am 1f
1758)
Butorides striatus x ? RB ri ca, ch, fa 1f, 1h
(Linnaeus, 1758)
lxiv
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM CICONIIFORMES (Cont.)
• Família Ardeidae (Cont.)
Butorides virescens x RB ri AC (?) 1h, 1w
(Linnaeus, 1758)
Ardea alba Linnaeus, 1758 x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
Ardea cocoi Linnaeus, x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
1766
Egretta thula (Molina, x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
1782)
• Família Ciconiidae
Mycteria americana ? RB am,ca,ce,ch,fa 1f, 1w
Linnaeus, 1758
Ciconia maguari (Gmelin, ? RB am,ca,ce,ch,fa 1f, 1w
1789)
Jabiru mycteria x ? RB ci, pa, ri am,ca,ce,ch 1f, 1h, 1w
(Lichtenstein, 1819)
• Família Threskiornithidae
Harpiprion caerulescens x ? RB ce, ri ch 1f, 1h, 1w
(Vieillot, 1817)
Theristicus caudatus x ? RB ce, pa am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Boddaert, 1783)
Mesembrinibis cayennensis x RB ri am,ca,ce,ch,fa 1h, 1w
(Gmelin, 1789)
Phimosus infuscatus x ? RB ri ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Lichtenstein, 1823)
Ajaia ajaja (Linnaeus, ? RB am,ca,ce,ch,fa 1f
1758)
ORDEM ANSERIFORMES
• Família Anhimidae
Chauna torquata (Oken, x ? RB ri ch 1f, 1h, 1w
1816)
• Família Anatidae
Dendrocygna autumnalis x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Linnaeus, 1758)
Dendrocygna viduata x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Linnaeus, 1766)
Cairina moschata x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Linnaeus, 1758)
Amazonetta brasiliensis x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Gmelin, 1789)
ORDEM FALCONIFORMES
• Família Cathartidae
Cathartes aura (Linnaeus, x ? RB ce, ci, pa am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
1758)
Cathartes burrovianus x ? RB ce, pa am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
Cassin, 1845
lxv
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM FALCONIFORMES (Cont.)
• Família Cathartidae (Cont.)
Coragyps atratus x ? RB ce, ci, pa am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Bechstein, 1793)
Sarcoramphus papa x ? RB ce, ci am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Linnaeus, 1758)
• Família Accipitridae
Pandion haliaetus x x RB; OP ri MS 1f, 1h
(Linnaeus, 1758)
Elanoides forficatus x RB ri am,ca,ce,ch,fa 1h
(Linnaeus, 1758)
Gampsonyx swainsonii x RB am,ca,ce.ch.fa 1w
Vigors, 1825
Elanus leucurus (Vieillot, ? RB ca,ce,ch,fa 1f, 1w
1818)
Rostrhamus sociabilis x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Vieillot, 1817)
Ictinia plumbea (Gmelin, x ? RB ce am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h
1788)
Busarellus nigricollis x ? RB ce, ci, pa am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Latham, 1790)
Accipiter striatus Vieillot, x RB ce, ch, cs, fa 1w
1808
Buteogallus urubitinga x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Gmelin, 1788)
Buteogallus meridionalis x ? RB ce, ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Latham, 1790)
Harpyhaliaetus coronatus ? RB ce, ch, fa x 1f
(Vieillot, 1817)
Buteo albicaudatus ? RB ce,ch,fa 1f, 1w
Vieillot, 1816
Buteo magnirostris x ? RB ce,ci,pa,ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Gmelin, 1788)
Spizaetus ornatus (Daudin, x RB ci am,ca,ce,ch,fa 1h
1800)
• Família Falconidae
Herpetotheres cachinnans x RB ri am,ca,ce,ch,fa 1h, 1w
(Linnaeus, 1758)
Falco sparverius Linneus, x ? RB ce ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
1758
• Família Falconidae
Falco rufigularis Daudin, x RB ce am,ca,ce,ch,fa 1h, 1w
1800
Caracara plancus (J.F. x ? RB ce, se, ci am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
Miller, 1777)
Milvago chimachima x ? RB ce, pa am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h
(Vieillot, 1816)
lxvi
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM GALLIFORMES
• Família Cracidae
Ortalis canicollis Wagler, x ? RB ce, ri ch 1f, 1h
1830
Penelope superciliaris ? RB am,ca,ce,ch,fa 1f
Temminck, 1815
Penelope ochrogaster x ? RB ce, ri EN x 1f, 1h, 1w
Pelzeln, 1870
Aburria pipile (Jacquin, x ? RB ce, ci, ri am, ch x 1f, 1h, 1w
1784)
Crax fasciolata Spix, 1825 x ? RB ri ce, ch 1f, 1h, 1w
ORDEM GRUIFORMES
• Família Aramidae
Aramus guarauna x ? RB ce, ci, ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Linnaeus, 1766)
• Família Rallidae
Aramides cajanea (Müller, x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
1776)
Porphyrula martinica ? RB am,ca,ce,ch,fa 1f
(Linnaeus, 1776)
• Família Heliornithidae
Heliornis fulica (Boddaert, ? RB am,ca,ce,ch,fa 1f, 1w
1791)
• Família Eurypygidae
Eurypyga helias (Pellas, ? RB am, ce,ch 1f, 1w
1781)
• Família Cariamidae
Cariama cristata Linnaeus, x ? RB ce, ci, pa ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
1766
ORDEM CHARADRIIFORMES
• Família Jacanidae
Jacana jacana (Linnaeus, x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
1760)
• Família Recurvirostridae
Himantopus himantopus x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
(Linnaeus, 1758)
• Família Charadriidae
Vanellus cayanus (Latham, x RB ri am,ce,ch 1h, 1w
1790)
Vanellus chilensis (Molina, x ? RB pa, ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
1782)
Pluvialis dominica (P.L.S. ? RB am,ca,ce,ch,fa 1f
Müller, 1776)
Charadrius collaris x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
Vieillot, 1818
lxvii
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM CHARADRIIFORMES (Cont.)
• Família Scolopacidae
Tringa solitaria Wilson, x ? RB ri MS 1f, 1h
1813
Tringa flavipes (Gmelin, x RB ri MS 1h
1789)
Tringa melanoleuca ? RB MS 1f
(Gmelin, 1789)
Actitis macularia ? RB MS 1f
(Linnaeus, 1766)
Calidris fuscicollis ? RB MS 1f
(Vieillot, 1819)
Bartramia longicauda ? RB MS 1f
(Bechstein, 1812)
Gallinago gallinago ? RB MS 1f
(Linnaeus, 1760)
• Família Laridae
Phaetusa simplex (Gmelin, x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
1789)
Sterna superciliaris x ? RB ri am,ca,ce,ch,fa 1f, 1h, 1w
Vieillot, 1819
• Família Rhynchopidae
Rhynchops niger Linnaeus, x ? RB ri am, ce 1f, 1h, 1w
1758
ORDEM COLUMBIFORMES
• Família Columbidae
Columba picazuro x ? RB ce,pa 1f, 1h, 1w
Temminck, 1813
Columba plumbea Vieillot, x ce,pa 1h, 1w
1818
Zenaida auriculata (Des x ? RB ce,pa 1f, 1h, 1w
Murs, 1847)
Columbina squammata ? RB 1f, 1w
(Lesson,1831)
Columbina minuta ? RB 1f
(Linnaeus, 1766)
Columbina talpacoti x ? RB ce,pa 1f, 1h, 1w
(Temminck, 1810)
Columbina picui x ? RB ce,pa 1f, 1h
(Temminck, 1813)
Claravis pretiosa (Ferrari- ? RB 1f
Perez, 1886)
Uropelia campestris (Spix, x RB ce,pa 1h, 1w
1825)
Leptotila verreauxi ? RB 1f
(Bonaparte, 1855)
Geotrygon montana x RB ce,pa 1h, 1w
(Linnaeus, 1758)
lxviii
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM PSITTACIFORMES
• Família Psittacidae
Anodorhynchus x x RB x 1f, 1w
hyacinthinus (Latham,
1790)
Ara chloroptera G.R. x RB 1f, 1h, 1w
Gray, 1859
Primolius auricollis x ? RB ce, pa 1f, 1h, 1w
(Cassin, 1853)
Aratinga aurea (Gmelin, x ? RB ce, pa 1f, 1h
1788)
Nandayus nenday (Vieillot, x RB ce, pa 1h, 1w
1823)
Pyrrhura molinae x x RB ce, se, pa EN 1f, 1h, 1w
(Massena & Souance,
1854)
Myiopsitta monachus x ? RB ce, pa, ri 1f, 1h, 1w
(Boddaert, 1783)
Brotogeris versicolorus x RB ce,se,ci, pa 1h, 1w
P.L.S. Muller, 1766
Brotogeris chiriri (Vieillot, ? RB 1f
1818)
Pionus menstruus x RB ce, pa am 1h, 1w
(Linnaeus, 1766)
Pionus maximiliani (Kuhl, x RB ce, se 1h
1820)
Amazona aestiva x ? RB se 1f, 1h
(Linnaeus, 1758)
Amazona amazonica ? RB 1f
(Linnaeus, 1766)
ORDEM CUCULIFORMES
• Família Cuculidae
Piaya cayana (Linnaeus, x ? RB ce, pa 1f, 1h, 1w
1766)
Piaya minuta (Vieillot, x ? RB ce,pa am 1f, 1h, 1w
1817)
Chrotophaga major x ? RB ri 1f, 1h,1w
Gmelin, 1788
Chrotophaga ani Linnaeus, x ? RB ce, pa, ri 1f, 1h, 1w
1758
Guira guira (Gmelin, x ? RB ce, pa, ri 1f, 1h,1w
1788)
Tapera naevia (Linnaeus, x ? RB ce, pa 1f, 1h, 1w
1766)
ORDEM STRIGIFORMES
• Família Strigidae
Otus choliba (Vieillot, x RB 1w
1817)
Bubo virginianus (Gmelin, x ? RB ci 1f, 1h
1788)
lxix
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM STRIGIFORMES (Cont.)
• Família Strigidae (Cont.)
Pulsatrix perspicillata x RB ci 1h
(Latham, 1790)
Glaucidium brasilianum ? RB 1f
(Gmelin, 1788)
Athene cunicularia Molina, ? RB 1f
1782
ORDEM CAPRIMULGIFORMES
• Família Caprimulgidae
Chordeiles pusillus Gould, ? RB 1f
1861
Podager nacunda (Vieillot, x ? RB 1f, 1w
1817)
Nyctidromus albicollis ? RB 1f
(Gmelin, 1789)
Caprimulgus maculicaudus ? RB pa, ri 1f
(Lawrence, 1862)
Caprimulgus parvulus x RB 1w
Gould, 1937
Caprimulgus rufus x RB pa, ri 1h, 1w
Boddaert, 1783
ORDEM APODIFORMES
• Família Trochilidae
Phaethornis aff. ? RB EN 1f
subochraceus Todd, 1915
Campylopterus largipennis x RB ce 1h, 1w
(Boddaert, 1783)
Eupetomena macroura x RB ce, pa 1h, 1w
(Gmelin, 1788)
Melanotrochilus fuscus x RB 1w
(Vieillot, 1817)
Chlorostilbon aureoventris x ? RB ce, pa 1f, 1h, 1w
(Orbigny & Lafresnaye,
1838)
Thalurania furcata ? RB 1f
(Gmelin, 1788)
Hylocharis chrysura x ? RB ce 1f, 1h, 1w
(Shaw, 1812)
Heliomaster furcifer x ? RB 1f, 1w
(Shaw, 1812)
Heliomaster squamosus x RB 1w
(Temminck, 1823)
ORDEM TROGONIFORMES
• Família Trogonidae
Trogon curucui Linnaeus, x ? RB ce, ci 1f, 1h, 1w
1766
lxx
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM CORACIIFORMES
• Família Momotidae
Momotus momota x ? RB ci 1f, 1h, 1w
(Linnaeus, 1766)
• Família Alcedinidae
Megaceryle torquata x ? RB ri 1f, 1h, 1w
(Linnaeus, 1766)
Chloroceryle amazona x ? RB ri 1f, 1h, 1w
(Latham, 1790)
Chloroceryle americana x ? RB ri 1f, 1h, 1w
(Gmelin, 1788)
Chloroceryle inda ? RB 1f
(Linnaeus, 1766)
Chloroceryle aenea x RB ri 1h, 1w
(Pallas, 1764)
ORDEM GALBULIFORMES
• Família Galbulidae
Galbula ruficauda Cuvier, x ? RB ci, ri 1f, 1h,1w
1816
• Família Bucconidae
Monasa nigrifrons (Spix, x ? RB ce, ci 1h, 1w
1824)
Monasa morphoeus Hahn 1f
& Kuster, 1823
ORDEM PICIFORMES
• Família Picidae
Picumnus cirratus x RB ce, ci 1h, 1w
Temminck, 1825
Picumnus nebulosus x RB ce 1h, 1w
Sundevall, 1866
Melanerpes candidus x RB ce 1h, 1w
(Otto, 1796)
Picoides mixtus (Boddaert, x RB 1f, 1w
1783)
Veniliornis passerinus ? RB 1f
(Linnaeus, 1766)
Piculus chrysochloros x ? RB ce 1h, 1w
(Vieillot, 1818)
Colaptes melanochloros x ? RB ce, ci 1f, 1h, 1w
(Gmelin, 1788)
Colaptes campestris ? RB 1f
(Vieillot, 1818)
Celeus lugubris (Malherbe, x RB ce, ci 1h, 1w
1851)
Celeus flavescens (Gmelin, x RB ce, se 1h
1788)
Dryocopus lineatus x ? RB ce, se, ci 1f, 1h, 1w
(Linnaeus, 1766)
lxxi
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM PICIFORMES (Cont.)
• Família Ramphastidae
Pteroglossus castanotis x ? RB ce, ci 1f, 1h, 1w
Gould, 1834
Ramphastos toco P.L.S. x ? RB ce,se, ci, ri 1f, 1h, 1w
Muller, 1776
ORDEM PASSERIFORMES
• Família Dendrocolaptidae
Sittasomus griseicapillus x ? RB ce, se 1f, 1h, 1w
(Vieillot, 1818)
Xiphocolaptes major x ? RB ce, se 1f, 1h, 1w
(Vieillot, 1818)
Dendrocolaptes picumnus x RB ce 1h, 1w
Lichtenstein, 1820
Lepidocolaptes x ? RB ce 1f, 1h, 1w
angustirostris (Vieillot,
1818)
• Família Formicariidae
Taraba major (Vieillot, x ? RB ce, ri 1f, 1h, 1w
1816)
Thamnophilus doliatus x ? RB 1f, 1w
(Linnaeus, 1764)
Thamnophilus punctatus ? RB 1f
(Shaw, 1809)
Herpsilochmus pileatus ? RB 1f
Lichtenstein, 1823
Formicivora rufa (Wied- ? RB 1f
Neuwied, 1831)
Cercomacra melanaria ? RB 1f
(Menetries, 1835)
• Família Furnariidae
Furnarius leucopus x ? RB ce, pa 1f, 1h, 1w
Swainson, 1838
Furnarius rufus (Gmelin, x ? RB ce, pa 1f, 1h, 1w
1788)
Schoeniophylax ? RB 1f
phryganophila (Vieillot,
1817)
Synallaxis albescens ? RB 1f
Temminck, 1823
Cranioleuca vulpina ? RB 1f
(Pelzeln, 1856)
Certhiaxis cinnamomea ? RB 1f
(Gmelin, 1788)
Phacellodomus rufifrons x ? RB 1f, 1w
(Wied-Neuwied, 1821)
Phacellodomus ruber x RB 1w
(Vieillot, 1817)
Pseudoseisura cristata ? RB 1f
(Spix, 1824)
lxxii
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM PASSERIFORMES (Cont.)
• Família Furnariidae (Cont.)
Philydor rufus (Vieillot, ? RB 1f
1818)
Dendrocincla fuliginosa ? RB 1f
(Vieillot, 1818)
• Família Tyrannidae
Hemitriccus ? RB 1f
margaritaceiventer
(Orbigny & Lafresnaye,
1837)
Todirostrum cinereum ? RB 1f
(Linnaeus, 1766)
Camptostoma obsoletum ? RB 1f
(Temminck, 1824)
Elaenia flavogaster ? RB 1f
(Thunberg, 1822)
Elaenia spectabilis ? RB 1f
Pelzeln, 1868
Tolmomyias sulphurescens ? RB 1f
(Spix, 1825)
Hirundinea ferruginea ? RB 1f
(Gmelin, 1788)
Lathrotriccus euleri ? RB 1f
(Cabanis, 1868)
Contopus cinereus (Spix, ? RB 1f
1825)
Pyrocephalus rubinus x ? RB ce, ri 1f, 1h
(Boddaert, 1783)
Xolmis irupero (Vieillot, x RB 1w
1823)
Fluvicola pica (Boddaert, x ? RB ri 1f, 1h
1783)
Arundinicola leucocephala x ? RB ri 1f, 1h
(Linnaeus, 1764)
Gubernetes yetapa ? RB 1f
(Vieillot, 1818)
Colonia colonus (Vieillot, x ? RB ci 1f, 1h, 1w
1818)
Machetornis rixosus x ? RB ce,pa 1f, 1h
(Vieillot, 1819)
Sirystes sibilator (Vieillot, ? RB 1f
1818)
Myiarchus swainsoni ? RB 1f
Cabanis & Heine, 1859
Myiarchus tyrannulus x ? RB ce, se, ri 1f, 1w
P.L.S. Muller, 1776
Megarhynchus pitangua x RB ce, pa, ri 1h
(Linnaeus, 1766)
Myiodynastes maculatus x RB ri 1h
P.L.S. Muller, 1776
lxxiii
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM PASSERIFORMES (Cont.)
• Família Tyrannidae (Cont.)
Myiozetetes cayanensis ? RB 1f
(Linnaeus, 1766)
Legatus leucophaius ? RB 1f
(Vieillot, 1818)
Tyrannus melancholicus x RB ce, pa 1h
(Vieillot, 1819)
Tyrannus savana Vieillot, x ? RB ce 1f
1808
Tyrannus tyrannus 1h
(Linnaeus, 1758)
Philohydor lictor ? RB 1f
(Lichtenstein, 1823)
Pitangus sulphuratus x ? RB ce, pa, ri 1f, 1h
Linnaeus, 1766
Pachyramphus viridis x RB 1w
(Vieillot, 1816)
Pachyramphus ? RB 1f
polychopterus (Vieillot,
1818)
Tityra cayana (Linnaeus, ? RB 1f
1766)
• Família Pipridae
Antilophia galeata ? RB 1f
(Lichtenstein, 1823)
• Família Cotingidae
Piprites chloris RB 1f
(Temminck, 1822)
• Família Hirundinidae
Tachycineta albiventer x ? RB ri 1f, 1h
(Boddaert, 1783)
Progne tapera (Linnaeus, ? RB 1f
1766)
Progne chalybea (Gmelin, x RB ri, pa 1h
1789)
Notiochelidon cyanoleuca ? RB 1f
(Vieillot, 1817)
Stelgidopteryx ruficollis x RB ri 1h
(Vieillot, 1817)
• Família Muscicapidae
Turdus rufiventris Vieillot, x ? RB ce, pa 1f, 1w
1818
Turdus leucomelas x ? RB se, pa 1f, 1w
Vieillot, 1818
• Família Muscicapidae
Turdus amaurochalinus ? RB 1f
Cabanis, 1850
lxxiv
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM PASSERIFORMES (Cont.)
• Família Sturnidae
Mimus saturninus ? RB 1f
(Lichtenstein, 1823)
Mimus triurus (Vieillot, x RB ce, ri 1h
1818)
• Família Certhiidae
Donacobius atricapillus x ? RB ri 1f, 1h
(Linnaeus, 1766)
Campylorhynchus turdinus ? RB 1f
(Wied-Neuwied, 1821)
Thryothorus genibarbis ? RB 1f
Swainson, 1838
Thryothorus leucotis x RB ce 1h
Lafresnaye, 1845
Troglodytes aedon Vieillot, ? RB 1f
1809
Ramphocaenus melanurus ? RB 1f
Vieillot, 1819
Polioptila dumicola x RB; OP ce, ci 1w
(Vieillot, 1817)
• Família Vireonidae
Cyclarhis gujanensis x ? RB ce, se, ci 1f, 1w
(Gmelin, 1789)
Vireo chivi (?) ? RB 1f
Hylophilus poicilotis ? RB 1f
Temminck, 1822
• Família Corvidae
Cyanocorax cyanomelas x ? RB ce, ci, se 1f, 1h
(Vieillot, 1818)
Cyanocorax chrysops x RB ce, ci, ri 1h
(Vieillot, 1818)
• Família Passeridae
Passer domesticus x ? RB pa 1f, 1h
(Linnaeus, 1758)
• Família Fringillidae
Zonotrichia capensis ? RB 1f
(P.L.S. Müller, 1776)
Ammodramus humeralis x ? RB ce, ri 1f, 1h, 1w
(Bosc, 1792)
Gubernatrix cristata x RB 1w
(Vieillot, 1817)
Paroaria capitata x ? RB ri 1f, 1h, 1w
(Orbigny & Lafresnaye,
1837)
Paroaria coronata (J.F. x ? RB ri 1f, 1h, 1w
Müller, 1766)
Cyanocompsa cyanoides x RB ce, pa 1h
(Lafresnaye, 1847)
lxxv
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM PASSERIFORMES (Cont.)
• Família Fringillidae (Cont.)
Cyanerpes cyaneus x RB 1w
(Linnaeus, 1766)
Coryphospingus cucullatus x ? RB ce, pa 1f, 1h, 1w
(P.L.S. Müller, 1776)
Sicalis citrina Pelzeln, ? RB 1f
1870
Sicalis flaveola (Linnaeus, x RB ce, pa 1h, 1w
1766)
Emberizoides herbicola ? RB 1f
(Vieillot, 1817)
Volatinia jacarina x ? RB pa 1f, 1h, 1w
(Linnaeus, 1766)
Sporophila aff. plumbea ? RB 1f
(Wied-Neuwied, 1830)
Sporophila collaris x RB pa, ri 1h
(Boddaert, 1783)
Sporophila caerulescens x RB ce, pa, ri 1h, 1w
(Vieillot, 1823)
Sporophila lineola ? RB 1f
(Linnaeus, 1758)
Sporophila leucoptera x ? RB pa 1a,1f, 1h,
(Vieillot, 1817) 1w
Saltator maximus (P.L.S. ? RB 1f
Müller, 1776)
Saltator coerulescens x RB ce, pa, ri 1h, 1w
Vieillot, 1817
Saltator atricollis Vieillot, ? RB 1f
1817
Parula pitiayumi (Vieillot, x RB ce, ri 1h, 1w
1817)
Schistochlamys ruficapillus ? RB 1f
(Vieillot, 1817)
Tachyphonus rufus ? RB 1f
(Boddaert, 1783)
Ramphocelus carbo x ? RB ce, ri 1f, 1h
(Pallas, 1764)
Thraupis sayaca x ? RB ce, pa 1f, 1h, 1w
(Linnaeus, 1766)
Thraupis palmarum ? RB 1f
(Wied-Neuwied,1821)
Euphonia chlorotica ? RB 1f
(Linnaeus, 1766)
Euphonia violacea x RB 1w
(Linnaeus, 1758)
Geothlypis aequinoctialis x ? RB ri 1f, 1h, 1w
(Gmelin, 1789)
Basileuterus flaveolus ? RB 1f
(S.F. Baird, 1865)
lxxvi
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM PASSERIFORMES (Cont.)
• Família Fringillidae (Cont.)
Basileuterus rivularis x RB 1w
(Wied-Neuwied, 1821)
Coereba flaveola ? RB 1f
(Linnaeus, 1758)
Conirostrum speciosum x RB ri 1h, 1w
(Temminck, 1824)
Psarocolius decumanus x ? RB se, ri 1f, 1h, 1w
(Pallas, 1769)
Cacicus cela (Linnaeus, x ? RB ce, ri 1f, 1h, 1w
1758)
Cacicus solitarius x ? RB se, ri 1f, 1h, 1w
(Vieillot, 1816)
Icterus cayanensis x RB ce, ri 1h, 1w
(Linnaeus, 1766)
Icterus icterus (Linnaeus, x RB ce, se, ri 1h, 1w
1766)
Agelaius cyanopus x ? RB ce 1f, 1h, 1w
Vieillot,1819
Sturnella militaris x RB ri 1h
(Linnaeus, 1758)
Pseudoleistes girahuro ? RB 1f
(Vieillot, 1819)
Gnorimopsar chopi ? RB 1f
(Vieillot, 1819)
Molothrus bonariensis x ? RB ce 1f, 1h, 1w
(Gmelin, 1789)
Molothrus oryzivorus ? RB 1f
(Gmelin, 1788)
ABREVIAÇÕES:
Ocorrência local: A/P – conjunto formado pelas reservas Acurizal e Penha; D – Dorochê; EI – entorno
imediato (veja definição no texto); a interrogação indica que a espécie está incluída, sem indicação
mais precisa de local de avistamento, na lista de aves observadas durante a AER do Parque Nacional
do Pantanal, que inclui observações realizadas ao longo da rodovia “Transpantaneira” e do rio Cuiabá
(veja texto);
Hábitats: ba – baías; ce – cerrado; ci – mata ciliar; pa – pasto; ri – ambientes ripários; se – floresta
semidecídua;
Fontes (de informação): MC – material depositado em coleção científica; OP – observação pessoal;
RB – registro bibliográfico;
Distribuição: AC – América Central (registro no Pantanal pode ser errôneo); EN – endêmico de áreas
de inundação sob a influência do rio Paraguai; am –Amazônia; ca – Caatinga; ce – Cerrados; ch –
Chaco; fa – Floresta Atlântica; MS – migrante setentrional;
Status de conservação: CI – espécies ameaçadas segundo critérios da CITES, podendo estar incluídas
no Anexo I ou Anexo II da referida convenção (veja no texto, em “Metodologia”); IB - espécies
ameaçadas segundo critérios do IBAMA; UI - espécies ameaçadas segundo critérios da IUCN.
lxxvii
Segundo estes critérios, entre as espécies constantes do quadro 9 apenas duas estariam
efetivamente em risco de extinção: Harpyhaliaetus coronatus e Anodorhynchus hyacinthinus.
Outras duas espécies (Rhea americana e Penelope ochrogaster) são consideradas como
ameaçadas e diversas outras, como “vulneráveis” (e.g., Ciconia maguari, Pandion haliaetus,
Crax fasciolata, Uropelia campestris, Ara chloroptera, Nandayus nenday, Phaethornis
subochraceus).
• Mastofauna
Quando comparados aos demais grupos de vertebrados, os mamíferos apresentam baixa
riqueza de espécies no Pantanal, apenas 95 espécies foram registradas, até agora, na planície;
(MAURO, apud ADÁMOLI & POTT, 1999), sendo escassos os inventários de mastofauna na
planície inundável. Entre estes podem ser citados os de ALLEN (1916) e SCHALLER (1983),
que realizaram inventários em áreas em parte ou totalmente não inundáveis na serra do
Urucum (cercanias de Corumbá) e Serra do Amolar, respectivamente.
Em áreas da planície inundável, destacam-se os trabalhos de Cleber J.R. Alho e colaboradores
(e.g., ALHO et al., 1988) na região central do Pantanal da Nhecolândia, porção sul da
planície, e os de DALPONTE & CINTRA (1986) no Pantanal de Poconé (Pantanal norte),
estes últimos não publicados formalmente.
A escassez de registros de literatura sobre a ocorrência de espécies de mamíferos em distintas
localidades no Pantanal foi recentemente compensada, ao menos para algumas espécies de
grande porte ameaçadas de extinção, como o cervo-do-Pantanal (Blastocerus dichotomus), o
veado-campeiro (Ozotocerus bezoarticus) e o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla),
pela realização de censos aéreos que forneceram acurados registros de distribuição, uso de
hábitats e estimativas de densidades populacionais em toda a extensão da planície.
Cervos-do-Pantanal e capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris), cujas populações também
foram avaliadas durante os censos aéreos, são os mamíferos que mais freqüentemente
aparecem em citações sobre vertebrados no Pantanal.
Pelo menos dois terços da fauna total de mamíferos atualmente conhecida para o Pantanal (95
espécies, segundo lista apresentada por MAURO, apud ADAMOLI & POTT, 1999) estão
positivamente registrados para áreas da reserva de Acurizal e do PNP, em conjunto.
Considerando que este grupo foi amostrado em levantamentos expeditos de campo, nas duas
áreas, conclui-se que a riqueza local de espécies de mamíferos (Quadro 9) parece ser
relativamente menor do que aquela estimada para os demais grupos de vertebrados, o que
parece constituir padrão geral em faunas neotropicais.
Entretanto, pelo menos uma ordem de mamíferos foi, aparentemente, mal amostrada nos
levantamentos já realizados na região do PNP e entorno: roedores. Com grande potencial
como bioindicador, este grupo é, proporcionalmente, muito numeroso quando considerada a
fauna total de mamíferos continentais conhecida para o Brasil (493 espécies, de cujo total
pequenos roedores representam c. 28%, segundo “check-list” organizado por M. Schneider,
não publicado).
Em relação ao total de espécies conhecidas para o Pantanal, roedores representam 18%,
proporção que diminui ainda mais, quando analisada a mastofauna conhecida para Acurizal e
para o PNP: 75 espécies, até o momento (dados de SCHALLER, 1983, e de FBCN, 1992,
conjugados), das quais roedores representam apenas 12%. Assim, inventários adicionais
lxxviii
dirigidos para a obtenção de pequenos roedores, em particular, poderão elevar
significativamente a riqueza de espécies de mamíferos conhecida para a região.
Algumas das espécies do quadro 9 não constam da lista de mamíferos de Mato Grosso
apresentada no relatório de “consolidação de dados secundários” do PRODEAGRO (1997). É
o caso, por exemplo, dos morcegos Centronycteris maximiliani, Promops nasutus, Tadarida
brasiliensis e duas espécies de roedor do gênero Akodon. Algumas destas espécies, por terem
sido anotadas por Schaller para a Fazenda Acurizal, constituem registros para Mato Grosso do
Sul, mas ao menos as duas primeiras foram mencionadas no relatório da primeira AER do
PNP.
Referem-se, portanto, a material seguramente obtido em Mato Grosso. Sua ausência na lista
fornecida pelo PRODEAGRO tanto pode indicar que espécimes-testemunho foram
examinados e não correspondem às identificações inicialmente feitas pelos autores que os
citaram para a região, como podem indicar falhas na cobertura bibliográfica do
PRODEAGRO.
Outras ausências na lista do PRODEAGRO (e.g., Aotus trivirgatus, Mazama rufa, Sciurus
langsdorffi, Dusycion sp.) possivelmente são devidas a identificações consideradas errôneas,
sinonimizações ou outras alterações taxonômicas, incluindo o reconhecimento de espécies
plenas em táxons antes considerados como abrigando apenas subespécies.
A espécie está hoje restrita à Amazônia Venezuelana e porções adjacentes do Brasil
(EISENBERG & REDFORD, 1999), sendo mais provável em Acurizal a ocorrência de um de
seus congêneres, A. azarae ou A. infulatus.
De modo semelhante, SCHALLER (1983) cita para Acurizal a presença de um canídeo
silvestre do gênero Dusicyon, cuja denominação genérica atual corresponderia a Pseudalopex.
A presença de espécie deste gênero em Acurizal, entretanto, carece de confirmação.
Alterações nomenclaturais são provavelmente responsáveis pela ausência, também, de
espécies como Artibeus fallax, Mazama rufa, Sciurus langsdorffi, Oryzomys delicatus e O.
fornesi (todas listadas para o PNP e entorno) em obras de referência sobre mamíferos
neotropicais, como aquela de EISENBERG & REDFORD (1999).
Em qualquer caso, fica evidente a importância do envolvimento, em etapas subsequentes do
plano de manejo, de especialista em mastozoologia para a realização de observações
adicionais em campo, exame de espécimes anteriormente colecionados e análise de listas e
literatura disponíveis.
lxxix
Quadro 9. Espécies de mamíferos anotadas para áreas das Reservas Particulares do
Patrimônio Natural Acurizal, Penha e Dorochê e seu entorno imediato.
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM DIDELPHIMORPHIA
• Família Didelphidae
Didelphinae
Didelphis albiventris Lund, x RB am,ca,ce,cs,ma 1s
1840
Monodelphis brevicaudata x RB am 1s
(Erxleben, 1777)
Philander opossum x RB ci; se am,ce 1f
(Linnaeus, 1758)
Thylamys pusilla x RB ce 1s
(Desmarest, 1804)
ORDEM XENARTHRA
• Família Dasypodidae
Dasypodinae
Dasypus novemcinctus x ? x RB se am,ca,ce,cs,ma 1f, 1s
Linnaeus, 1758
Euphractus sexcinctus x RB am,ca,ce,cs,ma 1s
(Linnaeus, 1758)
Priodontes maximus Kerr, x RB am,ce,ma 1s
1792
Tolypeutes matacus x RB ce 1s
(Desmarest, 1804)
• Família Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla x ? RB am,ca,ce,cs,ma II x 1f, 1s
Linnaeus, 1758
Tamandua tetradactyla x ? RB am,ca,ce,cs,ma II 1f, 1s
Linnaeus, 1758
ORDEM CHIROPTERA
• Família Emballonuridae
Centronycteris maximiliani ? RB ci am,ca,ma 1f
(Fischer, 1829)
Peropteryx macrotis x RB am,ca,ce,ma 1s
(Wagner, 1843)
Rhynchonycteris naso x ? x RB ci am,ca,ce,ma 1f, 1s
(Wied-Neuwied, 1820)
Saccopteryx bilineata x RB ci am,ca,ce,ma 1f, 1s
(Temminck, 1838)
• Família Noctilionidae
Noctilio albiventris x ? x RB; OP an; ci am,ca,ce,ma 1f, 1s
Desmarest, 1818
• Família Phyllostomidae
Phyllostominae
Micronycteris sp. x RB ci am 1f
Micronycteris minuta x RB am,ca,ce,ma 1s
(Gervais, 1856)
Phyllostomus hastatus x RB am,ca,ce,ma 1s
(Pallas, 1767)
lxxx
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM CHIROPTERA (Cont.)
• Família Phyllostomidae (Cont.)
Glossophaginae
Glossophaga soricina x RB am,ca,ce,cs,ma 1s
(Pallas, 1766)
Carolliinae
Carollia perspicillata x RB am,ca,ce,cs,ma 1s
(Linnaeus, 1758)
Stenodermatinae
Artibeus fallax x RB 1s
Artibeus jamaicensis x RB am,ca,ce,ma 1s
Leach, 1821
Artibeus lituratus (Olfers, x RB am,ca,ce,ma 1s
1818)
Chiroderma villosum x RB am,ce,ma 1s
Peters, 1860
Sturnira lilium (E. x RB am,ca,ce,cs,ma 1s
Geoffroy, 1810)
Desmodontinae
Desmodus rotundus (E. x x RB an; ci am,ca,ce,cs,ma 1f
Geoffroy, 1810)
Diaemus youngi (Jentink, x RB am,ca,ce,cs,ma 1s
1893)
• Família Vespertilionidae
Eptesicus furinalis x RB am,ca,ce,cs,ma 1s
(d’Orbigny, 1847)
Myotis albescens (E. x RB am,ca,ce,ma 1s
Geoffroy, 1806)
Myotis nigricans (Schinz, x x RB an am,ca,ce,ma 1f, 1s
1821)
• Família Molossidae
Eumops auripendulus x RB am,ca,ce,ma 1s
(Shaw, 1800)
Molossops temminckii x RB ca,ce,cs 1s
(Burmeister, 1854)
Molossus ater E. Geoffroy, x RB am,ca,ce,ma 1s
1805
Molossus molossus (Pallas, x RB am,ca,ce,cs,ma 1s
1766)
Promops nasutus (Spix, x RB an am,ca,ce 1f
1823)
Tadarida brasiliensis (I. x RB ce,cs,ma 1s
Geoffroy, 1824)
ORDEM PRIMATES
• Família Callitrichidae
Callithrix argentata x RB am 1s
Linnaeus, 1771
lxxxi
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM PRIMATES (Cont.)
• Família Cebidae
Alouattinae
Alouatta caraya x ? x RB ci ce,cs 1f, 1s
(Humboldt, 1812)
Aotinae
Aotus trivirgatus x RB am 1s
(Humboldt, 1811) (??)
Callicebinae
Callicebus moloch x RB am 1s
Hoffmannsegg, 1807
Cebinae
Cebus apella (Linnaeus, x ? x RB am,ca,ce,cs,ma 1f, 1s
1758)
ORDEM CARNIVORA
• Família Canidae
Cerdocyon thous x RB ca,ce,cs,ma 1s
(Linnaeus, 1766)
Chrysocyon brachyurus x RB ce,cs 1s
Illiger, 1815
Dusicyon sp. (??) x RB 1s
• Família Felidae
Felinae
Herpailurus yaguaroundi x RB am,ca,ce,cs,ma 1s
(Lacépède, 1809)
Leopardus pardalis x RB am,ce,ma 1s
Linnaeus, 1758
Puma concolor Linnaeus, x RB am,ca,ce,cs,ma 1s
1771
Pantherinae
Panthera onca (Linnaeus, x x x RB am,ca,ce,cs,ma I x 1f, 1s
1758)
• Família Mustelidae
Lutrinae
Lutra longicaudis (Olfers, ? x RB am,ce,cs,ma I x 1f
1818)
Pteronura brasiliensis x x RB am,ce,ma I x 1f
(Gmelin, 1788)
Eira barbara (Linnaeus, x RB am,ce,ma 1s
1758)
• Família Procyonidae
Procyoninae
Nasua nasua (Linnaeus, x ? x RB am,ce,cs,ma 1f, 1s
1766)
Procyon cancrivorus (G. x RB 1s
Cuvier, 1798)
lxxxii
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM PERISSODACTYLA
• Família Tapiridae
Tapirus terrestris x ? RB am,ce,ma II 1f, 1s
(Linnaeus, 1758)
ORDEM ARTIODACTYLA
• Família Tayassuidae
Pecari tajacu Linnaeus, x x RB se am,ca,ce,cs,ma 1f, 1s
1758
Tayassu pecari (Link, x ? x RB am,ca,ce,cs,ma 1f, 1s
1795)
• Família Cervidae
Odocoileinae
Blastocerus dichotomus x x x RB in ce I x 1f, 1s
(Illiger, 1815)
Mazama americana ? RB am,ca,ce,cs,ma 1f
(Erxleben, 1777)
• Família Cervidae
Mazama gouazoupira (G. x RB am,ca,ce,cs,ma 1s
Fischer, 1814)
Mazama rufa (??) x RB 1s
Ozotoceros bezoarticus x RB ce,cs,ma 1p, 1s
(Linnaeus, 1758)
ORDEM RODENTIA
Sciurognathi
• Família Sciuridae
Sciurus langsdorffi (??) x RB 1s
• Família Muridae
Sigmodontinae
Akodon lasiurus x RB 1s
Akodon varius Thomas, x RB 1s
1902
Calomys callosus x RB ca,ce,cs,ma 1s
(Rengger, 1830)
Holochilus brasiliensis ? x RB ci; in ca,ce,cs,ma 1f
Desmarest, 1819
Oecomys concolor x RB am 1f, 1s
(Wagner, 1845)
Oryzomys delicatus (??) x RB 1f, 1s
Oryzomys fornesi (??) x RB ci; in 1f
Hystricognathi
• Família Erethizontidae
Coendou prehensilis ? x RB am,ca,ce,ma 1f
(Linnaeus, 1758)
• Família Hydrochaeridae
Hydrochaeris hydrochaeris x x x OP; RB am,ca,ce,cs,ma 1f, 1s
(Linnaeus, 1766)
lxxxiii
Continuação:
ESPÉCIES OCORRÊNCIA FONTES HÁBITATS DISTRIBUIÇÃO STATUS DE REF.
LOCAL CONSERVAÇÃO
A/P D EI CI IB IU
ORDEM RODENTIA (Cont.)
• Família Dasyproctidae
Dasyprocta sp. x x ? RB 1f, 1s
• Família Echimyidae
Echimyinae
Proechimys sp. x RB 1s
Trichomys apereoides x x RB ce ca,ce 1f, 1s
(Lund, 1839)
ORDEM LAGOMORPHA
• Família Leporidae
Sylvilagus brasiliensis x RB am,ca,ce,cs,ma 1s
(Linnaeus, 1758)
ABREVIAÇÕES:
Ocorrência: A/P – conjunto formado pelas reservas Acurizal e Penha; D – Dorochê; EI – entorno
imediato (veja definição no texto); a interrogação (?) foi utilizada para assinalar espécies registradas,
no relatório da AER, como presentes no “rio Caracará/fora do Parque”, o que presumivelmente
corresponde à região da RPPN Dorochê e fazendas lindeiras.
Fontes de referência: MC – material depositado em coleção científica; OP – observação pessoal; RB –
registro bibliográfico;
Hábitats: ac – mata de acuris (“acurizal”); an – ambiente antrópico; ba – baías; br – brejo; ce –
cerrado; ci – mata ciliar; co – córrego de encosta; in – campos sazonalmente inundáveis; pa – pasto; ri
– ambientes ripários; se – mata semidecídua;
Distribuição: am – Amazônia; ca – Caatinga; ce – Cerrado; cs – campos do Sul; E – endêmico de áreas
de inundação sob a influência do rio Paraguai; ma – Floresta Atlântica;
Status de conservação: CI – espécies ameaçadas segundo critérios da CITES, podendo estar incluídas
no Anexo I ou Anexo II da referida convenção (veja no texto, em “Metodologia”); IB - espécies
ameaçadas segundo critérios do IBAMA; UI - espécies ameaçadas segundo critérios da IUCN.
Além das espécies de mamíferos apontadas pelo quadro 9, é mencionada no Plano de Ação
Emergencial do PNP a presença, no parque e/ou em seu entorno, do cachorro-do-mato-
vinagre Speothos venaticus e do tatu Tolypeutes tricinctus. Não há, entretanto, qualquer
informação adicional em apoio a estas citações (e.g., circunstâncias do registro, fonte da
informação, etc).
lxxxiv
No final do século XV a imensa planície inundável, foi transformada pelo Tratado de
Tordesilhas, em terras pertencentes à Coroa Espanhola. Xarayes e Laguna de los Xarayes
foram os nomes utilizados pelos primeiros exploradores espanhóis no século XVI para a
designação desta vasta região periodicamente inundada. (Costa, 1999). O interesse da
Espanha era, além da ocupação das terras, a descoberta e a exploração de riquezas minerais. O
que foi dificultado pela resistência oposta sociedades indígenas que habitavam essas terras
pantaneiras. Era território original de diversas nações e povos indígenas, entre outros dos
guarani Payaguá, Guaxarapos e Xarayes.
No século XVII, os portugueses implementaram dois tipos de movimentos de ocupação
territorial: as entradas, organização do governo imperial, que não obtiveram resultado e as
bandeiras, organizadas por particulares, que se constituíram no elemento mais importante,
pois adentraram para o oeste, pelo que Valverde (1972) denomina porta falsa dos pantanais, o
caminho São Paulo-Cuiabá e ocuparam estrategicamente, as terras de Espanha, inclusive os
Pantanais.
Em meados do século XVIII a denominação castelhana de Laguna de Xarayes, cede então Em
meados do século XVIII, o Pantanal, ainda que juridicamente pertencentes aos espanhóis,
passaram a ser explorados pelos bandeirantes paulistas, que tinham por objetivo, expandir as
ocupações portuguesas, buscar riquezas minerais e capturar índios para o trabalho escravo.
O reconhecimento das conquistas bandeirantes na área dos pantanais foi a criação da capitania
de Mato grosso em 1746, e os núcleos posteriores como o de Coimbra em 1775, hoje Mato
Grosso do Sul; em 1778 os núcleos de Vila Maria, hoje Cáceres MT; Albuquerque hoje
Corumbá e 1797, o núcleo de Miranda MS (Higa, 1987; Maranhão, 1996).
O processo de ocupação, considerando principalmente as atividades econômicas, apresentava-
se com a característica inicial de um sistema extrativista, que se incorporou à realidade local,
permanecendo até os dias de hoje, numa convivência com outras atividades (Eberhard, 1991).
A ocupação do Pantanal se deu através da fazenda de gado de grande extensão, como unidade
básica de produção, que se implantou com sucesso na planície inundável, devido a “interação”
dos sertanistas com índios entre eles os guatós, tornando-se a única economia estável que
permanece até os dias atuais.
A Guerra do Paraguai (1864-1870), mesmo que não discutidas suas causas, tornou mais aberta
navegação e o mercado, mas foi desastrosa para o Pantanal provocando um despovoamento
na região. Grande parte da população se viu obrigada a abandonar suas terras, deslocando-se
para Cuiabá, a medida que as forças paraguaias avançavam do sul para o norte até Cáceres
(Higa, 1987; Maranhão, 1996).
Com o término da Guerra do Paraguai, as propriedades foram novamente agrupadas em
grandes latifúndios, comerciantes estrangeiros adquiriram terras e financiaram
empreendimentos, particularmente a Argentina e o Uruguai, por seus grandes frigoríficos,
mediadores entre a produção pantaneira e o capital inglês.
Houve uma aceleração no ritmo da ocupação do Pantanal, intensificou-se o comércio,
instalando-se as primeiras charqueadas, assegurou-se a livre navegação do rio Paraguai,
estabelecendo-se todo um processo de valorização das terras pantaneiras, bem como um
estímulo ao comércio de gado (carne seca, chifres, couro e solas), As usinas açucareiras foram
possibilitadas pela navegação, pois a via fluvial permitiu o transporte da maquinaria
lxxxv
necessária para sua implantação, implicando na completa retirada da mata ciliar,
principalmente nas áreas próximas às usinas e entornos fornecedores de cana-de-açúcar.
Dentro desse panorama, no século XX, mais precisamente em 1914, é construída a estrada de
ferro Noroeste, ligando São Paulo–Bauru-Campo Grande, desviando sua rota inicial, a qual
teria como ponto final Cuiabá, fazendo-a chegar ao rio Paraguai. A Ferrovia estimulou o
comércio de gado e valorizou as terras pantaneiras, atraindo novos empresários,
principalmente de São Paulo, dando início ao que Corrêa Filho (1946) denominou de
“segundo ciclo de influência paulista”.
O final dos anos cinqüenta e os anos sessenta viram o avanço da fronteira agrícola na direção
centro-oeste e norte, na razão direta da expansão do capitalismo do centro sul do país. No
Pantanal, a estrutura fundiária já estava definida na mão de proprietários particulares, não
tendo sido alcançado por programas de implantação de projetos de colonização, nem se
constituindo em área de interesse prioritário para empresários do centro-sul.
O Pantanal representou historicamente um papel relevante no abastecimento de carne,
principalmente para os núcleos urbanos do sul e sudeste do país. Mantendo-se ainda hoje a
organização espacial, com características de concentração fundiária, baseando sua economia
na pecuária de corte, com um sistema de criação extensivo, forçado em parte pelas próprias
condições ambientais.
A imagem dos pantanais como atrativo para a caça e pesca começou a se consolidar a partir
da Expedição Científica Roossevelt-Rondon (1913-1914). A partir dessa expedição, onde
foram realizadas várias caçadas, um mercado de safaris de caça e pesca se desenvolveu até a
década de setenta (Maranhão, 1996).
A atividade industrial, a partir do final do século XIX, vinculada aos antigos engenhos de
açúcar e aguardente, não mais são encontrados em áreas pantaneiras. A atividade mineral é
praticamente inexistente, exceto a região de Urucum, pois a maioria dos locais de produção se
encontra na periferia pantaneira (Eberhard, 1991).
O entusiasmo pelas monoculturas de exportação tem levado muitos empresários a esse
investimento, com todo seu rastro de impactos negativos para a região pantaneira. Incluindo-
se aí Hidrovia Paraná-Paraguai, cujo Projeto envolve 05 países (Argentina, Bolívia, Brasil,
Paraguai e Uruguai) e uma via fluvial de cerca de 3.400 km desde Cáceres(MT) até Nueva
Palmira no Uruguai, para navegação de porte oceânico, propondo-se o desenvolvimento de
exportações principalmente para a soja, minérios e madeira (ICV, 1997).
lxxxvi
Um dos maiores impasses foi criado pelo exército brasileiro, por possuir um destacamento
militar na área, o destacamento de porto Índio, alegando risco de soberania nacional, uma vez
que estão em região de fronteira Brasil com a Bolívia. Mas ambas as partes interessadas
chegaram a um grande entendimento, parte da ilha foi transformada em reserva indígena e
uma parte menor continua sendo ocupada pelo exército, sendo considerados pelos Guató, de
uma certa forma como aliados (Oliveira, 2000, p. 4).
A área indígena Guató possui 12.716 ha, tendo como principais atividades produtivas a
agricultura (“roças de toco”), com plantações de mandioca, milho e feijão, além de variadas
espécies de árvores frutíferas, a pecuária e a pesca sobre a qual muito se reclamou das
dificuldades encontradas em pescar algumas das espécies mais apreciadas como o pacu.
Estando essas atividades voltadas tanto para a sobrevivência, como para a comercialização de
excedentes, na dependência das condições para o transporte e venda de seus produtos nos
centros urbanos e/ou empreendimentos turísticos situados no Pantanal (PCBAP, 1997).
Os assentamentos das famílias estão sobre sítios arqueológicos associados diretamente a sua
etnia, sendo os Guató os únicos sobreviventes de todos os grupos canoeiros que ocuparam a
região platina no passado.
lxxxvii
possibilita as constatações de experiências fundamentadas em fatos reais como as empíricas e
aceitas como verdadeiras (Nogueira, 1990, PCBAP, 1997).
Em Poconé ainda é encontrado o fazendeiro tradicional, carregando consigo toda uma gama
de valores, hábito e conhecimentos, que no passado não tão longínquo (até a década de 60) o
destacava enquanto agora, representa uma dificuldade a mais no ajustamento ao novo
ordenamento sócio-econômico.
lxxxviii
XIX, também se fizeram presentes na região, deixando marcas principalmente na arquitetura
da cidade de Corumbá (Gonçalves, 1999).
Os Paraguaios, que permaneceram por dois anos na região (1865-1867) durante a “Guerra do
Paraguai” deixaram marcas nos costumes da população que permaneceram até os dias de
hoje. E a partir do final da Guerra, Corumbá e Ladário, passaram a abrigar forças militares,
principalmente da Marinha do Brasil (onde seu maior efetivo de origem era a Cidade do Rio
de Janeiro) acabou por disseminar parte de costumes cariocas nessa região (Gonçalves, 1999).
Na área rural da região corumbaense, composta basicamente por dois povos o pantaneiro e o
boliviano da fronteira, segundo observações de Gonçalves No entanto, permanecendo viva
entre a população, principalmente entre a rural, algumas destas expressões culturais como
artesanato em couro, manifestações (católicas), crenças no sobrenatural (ligadas a raízes
indígenas) e os hábitos alimentares, ligados a pecuária e a zona ribeirinha (Gonçalves, 1999).
lxxxix
limitado mercado cuiabano, na baixada desenvolveu-se a pecuária do tipo extensiva (Higa,
1987).
• A volta do garimpo
Com a chegada do asfalto a Cuiabá e ao interior do estado, Poconé reiniciou seu processo de
desenvolvimento, diversificou sua economia, até então baseada na criação de gado, passando
também a desenvolver-se no setor agrícola.
Com a alta da valorização do ouro, reativou na década de 80, o setor extrativo em diversos
pontos do município. Para essa atividade, peões e vaqueiros deixaram suas atividades no
campo, bem como empresários e fazendeiros que passaram a capitalizar lucros mais
significativos com a produção de ouro.
Dados coletados por Vieira (1996) evidenciaram que:
• 81% dos garimpos localizavam-se nas proximidades da cidade, sendo ocupada uma área
de 357 hectares, com produção média, em 1989, de 61.358 grama/mês, correspondendo
a 7.915 gramas de ouro garimpo/ano;
• para cada miligrama de ouro extraído, foram utilizados 1.472,35 quilos de mercúrio
para o ano de 1989; e
xc
• A Rodovia MT-060 e suas conseqüências
A Rodovia MT-060, construída na década de 70, com extensão de 143 km, no trecho que liga
Poconé-Porto Jofre, rodovia localmente chamada Transpantaneira, foi implantada em
revestimento primário (encascalhada) com greide elevado facilitando o escoamento da
produção e deslocamento para o pantaneiro e visitantes e oportunidades de exploração
turística.
Esta rodovia foi transformada em Unidade de Conservação Estadual, na categoria de Estrada–
Parque em 1996, ainda sem um plano de Manejo, tendo por objetivos a conservação da biota,
a valorização do patrimônio natural, da economia e da cultura regional (Tocantins, 1998;
Oliveira 1999).
O turismo aparece no cenário pantaneiro como alternativa de entrada de recursos para a
pecuária.
xci
A Reserva Acurizal, considerada o centro das atividades, dispõe de excelente infra-estrutura
para acomodações de hóspedes e pesquisadores (Fotos 17 e 18) e conta com o apoio de várias
embarcações, uma aeronave de pequeno porte e veículo.
xcii
4.8.5. Definição e análise de conflitos de uso/ameaças/fontes
Considerando os objetivos gerais das Reservas, foram analisados os conflitos que podem se
interpor entre o objetivo de conservação e o sucesso em atingi-lo (Quadro 10).
Quadro 10. Definição e análise de conflitos de uso/ameaças/fontes.
OBJETIVO DA RPPN AMEAÇAS
ACURIZAL PENHA DOROCHÊ
Integrar um conjunto de • Pressão antrópica direta e • Pressão antrópica direta e • Incêndios freqüentes
UCs que contribuam para a indireta sobre recursos indireta sobre recursos nas RPPNs originados
formação e manutenção de naturais e acervo arqueológico naturais e acervo arqueológico no entorno;
um corredor ecológico da Reserva e do entorno; da Reserva e do entorno; • Risco de alteração da
entre o PARNA do • Incêndios freqüentes nas • Incêndios freqüentes nas dinâmica e da qualidade
Pantanal e ANMI San RPPNs originados no entorno; RPPNs originados no entorno; da água da planície
Matias (Bolívia)
• Risco de alteração da • Risco de alteração da pantaneira;
dinâmica e da qualidade da dinâmica e da qualidade da • Falta de integração com
água da planície pantaneira; água da planície pantaneira; a gestão e manejo das
• Falta de integração com a • Falta de integração com a UCs públicas brasileiras
gestão e manejo das UCs gestão e manejo das UCs e bolivianas.
Públicas brasileiras e públicas brasileiras e
bolivianas; bolivianas;
• Invasão das Reservas pelo • Invasão das Reservas pelo
trade turístico. trade turístico.
Garantir a sustentabilidade • Fragilidade financeira da • Fragilidade financeira da • Fragilidade financeira
financeira da Reserva Unidade; Unidade; da Unidade;
• Fragilidade institucional da • Fragilidade institucional da • Fragilidade institucional
Ecotrópica; Ecotrópica; da Ecotrópica;
• Inexistência de processos • Inexistência de processos • Inexistência de
formais na gestão institucional formais na gestão institucional processos formais na
da RPPN – poder de decisão, da RPPN – poder de decisão, gestão institucional da
autoridade, quem planeja, autoridade, quem planeja, RPPN – poder de
quem executa; quem executa; decisão, autoridade,
• Ineficiência/precariedade do • Ineficiência/precariedade do quem planeja, quem
sistema de comunicação entre sistema de comunicação entre executa;
as RPPNs e delas com as as RPPNs e delas com as • Ineficiência/precariedad
cidades vizinhas; cidades vizinhas; e do sistema de
• Fragilidade nas relações • Fragilidade nas relações comunicação entre as
interinsticucionais com interinsticucionais com RPPNs e delas com as
IBAMA e Prefeitura de IBAMA e Prefeitura de cidades vizinhas;
Corumbá; Corumbá; • Fragilidade nas relações
• Desconhecimento dos limites • Desconhecimento dos limites interinsticucionais com
efetivos da Reserva; efetivos da Reserva; IBAMA e Prefeitura de
Corumbá;
• Ausência delimitação das • Ausência delimitação das
zonas e áreas geográficas zonas e áreas geográficas • Desconhecimento dos
dentro das RPPNs para ações dentro das RPPNs para ações limites efetivos das
de manejo; de manejo; Reserva;
• Infra-estrutura imprópria e • Infra-estrutura imprópria e • Ausência delimitação
insuficiente para uma RPPN. insuficiente para uma RPPN. das zonas e áreas
Sistemas atuais não adotam o Sistemas atuais não adotam o geográficas dentro das
mínimo impacto; mínimo impacto; RPPNs para ações de
manejo;
• Sistema viário interno é • Sistema viário interno é
inadequado para uma RPPN. inadequado para uma RPPN. • Dificuldade de acesso
Sistemas atuais não adotam o para a RPPN;
mínimo impacto. • Infra-estrutura
inexistente.
xciii
4.9. Planejamento das reservas
4.9.1. Estabelecimento dos objetivos específicos do Plano de Manejo com base no SNUC
e diretrizes institucionais
Objetivo Institucional da Ecotrópica ao estabelecer as RPPNs
• Proteção
• Pesquisa
• Educação
• Proteção
• Pesquisa
• Educação
xciv
• Ampliar o nível de conhecimento e participação da população na conservação dos
ambientes envolvidos.
xcv
Quadro 12. Ação para 2 anos da RPPN Acurizal.
DESAFIOS JAN/DEZ-2004 JAN/DEZ-2005
• Pressão antrópica direta e • Implementar com IBAMA uma estratégia • Manter com IBAMA uma estratégia
indireta sobre recursos conjunta de intensificação de controle da conjunta de intensificação de controle da
naturais e acervo arqueológico RPPN e do PARNA Pantanal (E/P). RPPN e do PARNA Pantanal (E/P).
da Reserva e do entorno • Informar as pessoas que atuam na RPPN • Informar as pessoas do entorno da RPPN
/População de entorno explora quanto a importância dos recursos naturais e quanto a importância dos recursos
os recursos da Reserva. patrimônio arqueológico (E/P) – ação direta. naturais e patrimônio arqueológico
• Risco de alteração da • Informar as pessoas do entorno da RPPN (N/P).
dinâmica e da qualidade da quanto a importância dos recursos naturais e • Informar as pessoas do entorno da RPPN
água. patrimônio arqueológico (N/P) – visitação, quanto a importância dos recursos
• Conhecimento científico materiais. naturais e patrimônio arqueológico
insuficiente sobre os processos • Identificar as pressões antrópica indiretas que (N/P).
biogeoquímicos dos atuam sobre a reserva e definir ações para • Identificar as pressões antrópica indiretas
ecossistemas envolvidos. minimizá-las – baseline para monitoramento que atuam sobre a reserva e definir ações
• Invasão das Reservas pelo (I/T-P). para minimizá-las – baseline para
Trade turístico. • Estabelecer uma sala de interpretação para monitoramento e iniciar a implementar
• O turista, empresário de os visitantes – infra-estrutura, materiais (I/P). de ações recomendadas (I/P).
turismo e seus funcionários • Estimular visitação controlada e orientada à • Sala de interpretação implementada (I/P).
não informados ou Reserva de Acurizal (I/P). • Estimular visitação controlada e
conscientizados da presença,
• Elaboração de materiais de informação sobre orientada à Reserva de Acurizal (I/P).
limites e papel da Reserva.
as RPPN – folder, placas informativas, vídeos• Elaboração de materiais de informação
• Baixo nível de conscientização – para uso no trade turísticos em geral (I/P). sobre as RPPN – folder, placas
da população em geral sobre a informativas, vídeos – para uso no trade
Reserva, sua função e turísticos em geral (I/P).
necessidades.
• Incêndios freqüentes nas • Levantamento do histórico dos incêndios • Identificação e implantação de vias de
RPPNs originados no entorno. anteriores (I/T). acesso para o combate de incêndio (N/P).
• Identificação de pontos de entrada mais • Meio de comunicação eficiente para
comum/pontos críticos (E/T). acionar brigada e prevenção (N/P).
• Vigilância preventiva no entorno da RPPN • Vigilância preventiva no entorno da
(I/P). RPPN (I/P).
• Formação e equipar brigada local, • Formação e equipar brigada local,
envolvendo a população de entorno em envolvendo a população de entorno em
conjunto com PREV-FOGO, IBAMA. (I/P). conjunto com PREV-FOGO, IBAMA.
(I/P).
• Desenvolver protocolos de combate
emergencial a incêndio na RPPN (E/T).
• Desenvolver ações de educação sobre efeitos • Desenvolver ações de educação sobre
dos incêndios voltada às comunidades, efeitos dos incêndios voltada às
empresários de turismo e turistas. (I/P) comunidades, empresários de turismo e
turistas (I/P).
• Integração com a gestão e • Contatar as instituições na Bolívia para • Estabelecer ações de cooperação – se
manejo das UCs públicas estabelecer interesses comuns e sinergia houver interesse mútuo (N/P).
Brasileiras e Bolivianas. (N/P)
• Dificuldade nas relações • Analisar possibilidades formais de parceria
interinstitucionais com com IBAMA para ações de interesse comum
IBAMA e Prefeituras. – controle, pesquisa, manejo, comunicação
• Ineficiência/precariedade do entre RPPN e parque, etc. (N /T)
sistema de comunicação entre • Analisar os sistemas de comunicação que • Estabelecer e desenvolver parceria para
as RPPNs e delas com as podem ser usados na integração das implantar sistema de comunicação
Unidades vizinhas. atividades do corredor ecológico – rádio, (vide item Incêndio) (N/P)
celular global, celular satélite rural (N/T)
• Estabelecer e implementar ações em parceria • Estabelecer e implementar ações em
com IBAMA e prefeituras envolvidas (N/P) parceria com IBAMA (N/P)
LEGENDA:
E – Emergencial; I – Importante; N – ações necessárias no horizonte de tempo, usando oportunidades;
P – permanente; T – temporário.
xcvi
Quadro 13. Ação para 2 anos da RPPN Penha.
DESAFIOS JAN/DEZ-2004 JAN/DEZ-2005
• Pressão antrópica direta e indireta • Implementar com IBAMA uma estratégia • Manter com IBAMA uma estratégia
sobre recursos naturais e acervo conjunta de intensificação de controle da conjunta de intensificação de controle da
arqueológico da reserva e do RPPN e do PARNA Pantanal (E/P). RPPN e do PARNA Pantanal (E/P).
entorno/população do entorno • Informar as pessoas que atuam na RPPN • Informar as pessoas do entorno da RPPN
explora os recursos da Reserva. quanto a importância dos recursos quanto a importância dos recursos
• Risco de alteração da dinâmica e naturais e patrimônio arqueológico (E/P) naturais e patrimônio arqueológico (N/P).
da qualidade da água. ação direta. • Informar as pessoas do entorno da RPPN
• Conhecimento científico • Informar as pessoas do entorno da RPPN quanto a importância dos recursos
insuficiente sobre processos quanto a importância dos recursos naturais e patrimônio arqueológico (N/P).
biogeoquímicos dos ecossistemas naturais e patrimônio arqueológico (N/P)- • Identificar as pressões antrópicas
envolvidos visitação, materiais. indiretas que atuam sobre a reserva e
• Invasão das Reservas pelo trade • Identificar as pressões antrópicas indiretas definir ações para minimiza-las –
turístico. que atuam sobre a reserva e definir ações baseline para monitoramento e iniciar a
• O turista, empresário de turismo e para minimiza-las – baseline para implementação de ações recomendadas
seus funcionários não informados monitoramento (I/T-P). (I/P).
ou não conscientizados da • Estimular visitação controlada e orientada • Estimular visitação controlada e
presença, limites e papel da à Reserva Penha (I/P). orientada à Reserva Penha (I/P).
Reserva. • Elaboração de materiais de informação • Elaboração de materiais de informação
• Baixo nível de conscientização da sobre as RPPN – folder, placas sobre as RPPN – folder, placas
população em geral sobre a informativas, vídeos- para uso no trade informativas, vídeos- para uso no trade
Reserva, sua função e turístico em geral (I/P). turístico em geral (I/P).
necessidades.
• Incêndios freqüentes na RPPN • Levantamento do histórico dos incêndios • Identificação e implantação de vias de
originados no entorno anteriores (I/T). acesso para o combate a incêndio (N/P).
• Identificação de pontos de entrada mais • Meio de comunicação eficiente para
comum/pontos críticos (E/T). acionar brigada e prevenção (N/P).
• Vigilância preventiva no entorno da • Vigilância preventiva no entorno da
RPPN (I/P). RPPN (I/P).
• Formação e equipar brigada local, • Formação e equipar brigada local,
envolvendo a população de entorno em envolvendo a população de entorno em
conjunto com PREV-FOGO, IBAMA conjunto com PREV-FOGO, IBAMA
(I/P). (I/P).
• Desenvolver protocolos de combate
emergencial a incêndio na RPPN (E/T).
• Desenvolver ações de educação sobre • Desenvolver ações de educação sobre
efeitos dos incêndios voltada às efeitos dos incêndios voltada às
comunidades, empresários de turismo e comunidades, empresários de turismo e
turistas (I/P). turistas (I/P).
• Integração com gestão e manejo • Contatar as instituições na Bolívia para • Estabelecer ações de cooperação se
das UC´s públicas Brasileiras e estabelecer interesses comuns e sinergia houver interesse mútuo (N/P).
Bolivianas. (N/P).
• Dificuldade nas relações • Analisar as possibilidades formais de
interistitucionais com IBAMA e parceria com o IBAMA para ações de
Prefeituras. interesse comum – controle, pesquisa,
• Ineficiência/precariedade do manejo, comunicação entre RPPN e
sistema de comunicação entre as Parque Nacional, etc (N/T).
RPPN´s e delas com as Unidades • Analisar os sistemas de comunicação que • Estabelecer e desenvolver parceria para
vizinhas. podem ser usados na integração das implantar sistema de comunicação (vide
atividades do corredor ecológico – rádio, item Incêndio) (N/P).
celular global, celular satélite rural (N/T).
• Estabelecer e implementar ações em • Estabelecer e implementar ações em
parceria com IBAMA e prefeituras parceria com IBAMA (N/P).
envolvidas (N/P).
xcvii
Continuação:
DESAFIOS JAN/DEZ-2004 JAN/DEZ-2005
• Desconhecimentos dos limites •Busca de recursos para demarcar os • Demarcação dos limites da Reserva
efetivos da Reserva. limites (N/T). (N/T).
• Ausência delimitação das zonas e
áreas geográficas dentro das
RPPNs para ações de manejo.
• Infra-estrutura imprópria e
insuficiente para uma RPPN.
Sistemas atuais não adotam o
mínimo impacto.
• Sistema viário interno é
inadequado para uma RPPN.
Sistemas atuais não adotam o
mínimo impacto.
• Existência de cercas
remanescentes da fazenda de
gado.
• Existência de áreas alteradas em
APPs e de estradas, caminhos que
Alteraram a paisagem natural.
• Existência de espécies exóticas de • Colaborar com as pesquisas em execução
gramíneas e de molusco sobre a ocorrência e dispersão do
(mexilhão dourado). mexilhão dourado na reserva Penha
• Conhecimento científico • Workshop de pesquisadores para desenhar
insuficiente sobre a um programa de ciências para as RPPN,
biodiversidade local- aprofundar aproveitando o baseline existente (I/T).
o conhecimento do inventário. • Estabelecimento de regulamentação e
• Potencial extinção local da procedimentos da Ecotrópica para o
espécie. desenvolvimento de pesquisa na RPPN
• Conhecimento insuficiente sobre (I/T).
a ocorrência da arara-azul grande. • Apoiar iniciativas de estudos sobre
• Conhecimento insuficiente da arqueologia local (N/P).
arqueologia local.
• Inexistência de
regulamentação/procedimentos da
Ecotrópica para o
desenvolvimento de pesquisas
dentro da RPPN.
• Aperfeiçoamento permanente da • Formação continuidade da equipe da • Formação continuidade da equipe da
equipe da ecotrópica que atua Ecotrópica (I/P). Ecotrópica (I/P)
dentro e fora da RPPN quanto a
• Analisar as oportunidades de treinamento
questões de conservação,
disponíveis. Ex: PREV-FOGO, SEBRAE
serviços, etc.
(N/T).
• Fragilidade institucional e • Ações continuadas de captação financeira • Ações continuadas de captação financeira
financeira da Ecotrópica. (/P). (/P).
• Implementação de atividades de • Determinar e monitorar os custos fixos
ecoturismo para gerar recursos para os da Ecotrópica e da Reserva (E/P).
custos fixos da Reserva (/P).
• Determinar e monitorar os custos fixos da
Ecotrópica e da Reserva (E/P).
• Fortalecimento permanente da equipe da
Ecotrópica (E/P).
LEGENDA:
E – Emergencial; I – Importante; N – ações necessárias no horizonte de tempo, usando oportunidades;
P – permanente; T – temporário.
xcviii
Quadro 14. Ação para 2 anos da RPPN Dorochê.
DESAFIOS JAN/DEZ-2004 JAN/DEZ-2005
• Pressão antrópica direta e indireta • Implementar com IBAMA uma • Manter com IBAMA uma estratégia
sobre recursos naturais e acervo estratégia conjunta de intensificação de conjunta de intensificação de controle da
arqueológico da reserva e do controle da RPPN e do PARNA RPPN e do PARNA Pantanal (E/P).
entorno/população do entorno Pantanal (E/P). • Informar as pessoas do entorno da RPPN
explora os recursos da Reserva. • Identificar as pressões antrópicas quanto a importância dos recursos
• Risco de alteração da dinâmica e da indiretas que atuam sobre a reserva e naturais e patrimônio arqueológico (N/P).
qualidade da água. definir ações para minimiza-las – • Identificar as pressões antrópicas
• Conhecimento científico insuficiente baseline para monitoramento (I/T-P). indiretas que atuam sobre a reserva e
sobre processos biogeoquímicos dos definir ações para minimiza-las –
ecossistemas envolvidos. baseline para monitoramento e iniciar a
• Invasão das Reservas pelo trade implementação de ações recomendadas
turístico (checar designação). (I/P).
• O turista, empresário de turismo e
seus funcionários não informados ou
não conscientizados da presença,
limites e papel da Reserva.
• Baixo nível de conscientização da
população em geral sobre a Reserva,
sua função e necessidades.
• Incêndios freqüentes na RPPN • Levantamento do histórico dos • Identificação e implantação de vias de
originados no entorno incêndios anteriores (I/T). acesso para o combate a incêndio (N/P).
• Identificação de pontos de entrada • Meio de comunicação eficiente para
mais comum/pontos críticos (E/T). acionar brigada e prevenção (N/P).
• Vigilância preventiva no entorno da • Vigilância preventiva no entorno da
RPPN (I/P). RPPN (I/P).
• Formação e equipar brigada local, • Formação e equipar brigada local,
envolvendo a população de entorno em envolvendo a população de entorno em
conjunto com PREV-FOGO, IBAMA conjunto com PREV-FOGO, IBAMA
(I/P). (I/P).
• Desenvolver protocolos de combate • Analisar as possibilidades formais de
emergencial a incêndio na RPPN parceria com o IBAMA para ações de
(E/T). interesse comum – controle, pesquisa,
manejo, comunicação entre RPPN e
Parque Nacional, etc (N/T).
• Desconhecimentos dos limites • Busca de recursos para demarcar os • Demarcação dos limites da Reserva
efetivos da Reserva. limites (N/T). (N/T).
• Ausência delimitação das zonas e
áreas geográficas dentro das RPPNs
para ações de manejo.
• Infra-estrutura imprópria e
insuficiente para uma RPPN.
Sistemas atuais não adotam o
mínimo impacto.
• Sistema viário interno é inadequado
para uma RPPN. Sistemas atuais não
adotam o mínimo impacto.
• Existência de cercas remanescentes
da fazenda de gado.
• Existência de áreas alteradas em
APPs e de estradas, caminhos que
alteraram a paisagem natural.
xcix
Continuação:
DESAFIOS JAN/DEZ-2004 JAN/DEZ-2005
• Existência de espécies exóticas de • Levantamento das espécies de
gramíneas e de molusco (mexilhão gramíneas introduzidas na Reserva
dourado). (/T).
• Definição das medidas a serem
adotadas nos anos subseqüentes.
• Colaborar com as pesquisas em
execução sobre a ocorrência e
dispersão do mexilhão dourado na
Reserva Dorochê.
• Conhecimento científico insuficiente • Levantamento das espécies de
sobre a biodiversidade local- gramíneas introduzidas na Reserva
aprofundar o conhecimento do (/T).
inventário. • Definição das medidas a serem
• Potencial extinção local da espécie. adotadas nos anos subseqüentes.
• Conhecimento insuficiente sobre a • Colaborar com as pesquisas em
ocorrência da arara-azul grande. execução sobre a ocorrência e
• Conhecimento insuficiente da dispersão do mexilhão dourado na
arqueologia local. Reserva Dorochê.
• Inexistência de • Workshop de pesquisadores para
regulamentação/procedimentos da desenhar um programa de ciências
Ecotrópica para o desenvolvimento para a RPPN, aproveitando o baseline
de pesquisas dentro da RPPN. existente (I/T).
• Estabelecimento de regulamentação e
procedimentos da Ecotrópica para o
desenvolvimento de pesquisa na RPPN
(I/T).
• Apoiar iniciativas de estudos sobre
arqueologia local (N/P).
• Analisar as oportunidades de
treinamento disponíveis. Ex: PREV-
FOGO, SEBRAE (N/T).
• Fragilidade institucional e financeira • Ações continuadas de captação • Ações continuadas de captação financeira
da Ecotrópica. financeira (/P). (/P).
• Fortalecimento permanente da equipe
da Ecotrópica (E/P).
LEGENDA:
E – Emergencial; I – Importante; N – ações necessárias no horizonte de tempo, usando oportunidades;
P – permanente; T – temporário.
c
57°40' 57°35' 57°30' 57°25'
425000 430000 435000 440000 445000 450000 455000
8040000
8040000
BRASIL
17°45'
17°45'
8035000
PROJETO ALTO PARAGUAI
(ANA/GEF/PNUMA/OEA)
Subprojeto: 2.1
Programa de gerenciamento para o des envolvimento de Zonas Tampão
nas vizinhanças das Reservas Acurizal, Penha e Dorochê Convenções
8030000
8030000
MAPA DE ZONEAMENTO DAS RPPN´s Limites das RPPN´s
ACURIZAL E PENHA
RPPN Acurizal # Sedes das RPPN´s
17°50'
#
17°50'
ESCALA - 1/250.000
2003
8025000
8025000
xciii
LOCALIZAÇÃO DA BAC IA
DO ALTO PARAGUAI
BRASIL E DA ÁREA DO PROJETO
8020000
8020000
Legenda
17°55'
17°55'
ZONA DE U SO INTENSIVO
E USO ESPECIAL
MAT O GROSSO
RPPN Penha RPPN ACURIZAL
8015000
8015000
BAP RPPN PENHA
ÁREA DO PROJETO
ZONA DE R ECUPERAÇÃO
BOLÍVIA
# MAT O GROSSO
DO SUL
RPPN ACURIZAL
8010000
8010000
18°00'
18°00'
RPPN PENHA
8005000
MATO GROSSO ESCALA - 1:250000
5 0 5 Kilometers
DO SUL
Fonte:
- Base cartográfica da DSG, escala 1/250.000, folhas:
Morraria da Ínsua, SE.21-V-D e Amolar SE.21-Y-B
18°5'
18°5'
8000000
8000000
Figura 15. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Zoneamento das Reservas Acurizal e Penha 1:250.000.
BRASIL
ESTADO DE MATO GR OSSO
RPPN DOROC HÊ
57°10' 57°5'
480000 485000 490000 495000 500000
57°00'
PROJETO ALTO PARAGUAI
(ANA/GEF/PNUMA/OEA)
Subprojeto: 2.1
8080000
8080000
Programa de gerenciamento e desenvolvimento de Zonas Tampão
nas vizinhanças das RPPN´s Acurizal, Penha e Dorochê
MAPA DE ZONEAMENTO DA
RPPN DOROCHÊ
ESCALA - 1/250.000
8075000
8075000
17°25'
17°25'
2003
RPPN Dorochê
#
8070000
8070000
xciv
LOCALIZAÇÃO DA
BACIA DO ALTO PARAGUAI
BRASIL E DA ÁR EA DE TRABALHO
17°30'
8065000
8065000
17°30'
Convenções
MATO GR OSSO Limites da RPPN
# Sede da RPPN
BAP
8060000
8060000
ÁREA DE TRABALHO
MATO GR OSSO
57°00'
DO SU L
480000 485000 490000 495000 500000
57°10' 57°5'
ESCALA - 1:250000
5 0 5 Kilo mete rs
Legenda
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR
Zona 21S - Datum: W GS84
Área de Uso Intensivo e Uso Especial
Origem da quilometragem UTM = Equador e Meridiano 57° W Gr.
Zona de Recuperação Acrescidas as constantes: 10.000 Km e 500 Km respectivamente
Fonte:
- Base cartográfica da DSG, escala 1/250.000, folhas: Morraria da Ínsua, SE.21-V-D
e Ilha Camargo, SE.21-X-C.
Figura 16. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Zoneamento da Reserva Doroché 1:250.000
Em virtude do baixo acúmulo de conhecimento científico disponível sobre a região a ser
incorporado na atual fase de elaboração do Plano de Manejo e, em virtude das Reservas terem
sido utilizadas historicamente por centenas de anos como fazendas de gados, em sistema
convencional, que incluiu fogo e introdução de espécies exóticas, a equipe de elaboração do
Plano, decidiu que toda a área das Reserva estará preliminarmente incluída em Zona de
Recuperação.
Essa é uma classificação provisória, que deverá ser alterada quando as espécies exóticas
forem retiradas, a restauração natural ou induzida estiver completada ou quando o
conhecimento sobre a Reserva assim o indicar.
• Sub-programa de Pesquisa
• Sub-programa de Recreação
ciii
• Sub-programa de Interpretação e Educação Ambiental
• Organizar os serviços de tal forma que transmitam ao visitante e aos habitantes das
zonas de entorno, conhecimentos e valores sobre o patrimônio biótico e abiótico das
Reservas, do Pantanal e da BAP, promovendo a compreensão dos fenômenos naturais,
predispondo o indivíduo a atenuar seu comportamento em relação a natureza.
• Sub-programa de Proteção
civ
• Identificar as pressões antrópica diretas e indiretas que atuam sobre as Reservas e
definir ações para minimizá-las.
• Conhecer a situação fundiária das Reservas para ter o domínio real sobre elas.
cv
4.11.2. Circulação interna
6. RESULTADOS
Plano de Manejo das Reservas Acurizal, Penha e Dorochê realizado, contendo em sua Versão
Preliminar, um conjunto de indicações gerenciais, políticas e técnicas que, se implementadas
em conjunto e sinérgicamente, poderão garantir a incolumidade das Reservas em seu papel de
participantes do Corredor Ecológico.
cvi
7. CONCLUSÕES
• Antecedentes no PCBAP
• O PCBAP indica como ação de ordem geral, divulgar os mecanismos de incentivo fiscal
com o objetivo de ampliar as unidades de conservação enquadradas na categoria de
Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPNs e em suas diretrizes específicas
cria uma Unidade de Conservação na Morraria da Ínsua e Serra do Amolar.
• A Reservas Acurizal e Penha estão inseridas em duas Zonas Ambientais da Bacia, uma
vez que parte delas está contemplada na Unidade Residuais do Amolar que é formada
por solos Litólicos em relevo com forma de morros, coberta com vegetação de Floresta
Estacional, é área de refúgio de fauna e conta com a presença de sítios arqueológicos e
pinturas rupestres e parte na Unidade Pantanal do Paraguai que se caracteriza por é
formada essencialmente por sedimentos arenosos inconsolidados e semiconsolidados da
Formação Pantanal e depósitos aluviais de idade holocênica.
• A Reserva Penha foi criada por meio da Portaria 07 do IBAMA do dia 19 de fevereiro
de 1997, com uma extenção de 13.200 hectares, localizada no município de
Corumbá/MS nas coordenadas geográficas 17°58’43” S e 57°30’21” W.
cvii
• A Reserva Dorochê por meio da Portaria 06 do IBAMA do dia 19 de fevereiro de 1997,
com uma extenção de 25.518 hectares, localizada no município de Poconé/MT nas
coordenadas geográficas 17°27’08” S e 57°01’28” W.
• Até setembro /2003, existiam nove RPPN’s Federais em Mato Grosso, perfazendo um
total de 155.967,46 hectares protegidos e catorze RPPN’s Federais em Mato Grosso do
Sul, perfazendo um total de 59.482,58 hectares protegidos.
cviii
• Para a RPPN Dorochê foram mapeadas as seguintes classes vegetacionais: Savana,
Floresta Estacional Semidecidual, Formação Pioneira (vegetação com influência
fluvial), Áreas de Tensão Ecológica (Ecótonos) e áreas de Sucessão Natural.
• Objetivos Específicos das Reservas Acurizal e Penha são proteger amostras da planície
inundável do Pantanal do Rio Paraguai e Serra do Amolar e agregar áreas altas
(ambientes secos) ao PARNA do Pantanal, além de identificar e apoiar pesquisas e
ações que contribuam para o conservação da Reserva e dos ambientes envolvidos
inclusive com a participação da população.
• As áreas que anteriormente abrigavam as sedes das fazendas serão reservadas para
abrigar a Zonas de Uso Intensivo, e a Zonas de Uso Especial e foi definido
provisoriamente que o restante das áreas, devido ao uso anterior, serão consideradas
Zonas de Recuperação.
cix
• Programa de Integração com as Zonas de Entorno - desenvolver ações e atitudes
que contribuam para proteger as Reservas dos impactos ambientais originários da
Zona de Entorno Imediato. Conterá os subprogramas relações públicas, controle
ambiental e de Incentivo a Alternativas de Desenvolvimento;
• Resultados
• Plano de Manejo das Reservas Acurizal, Penha e Dorochê realizado, contendo em sua
Versão Preliminar, um conjunto de indicações gerenciais, políticas e técnicas que, se
implementadas em conjunto e sinérgicamente, poderão garantir a incolumidade das
Reservas em seu papel de participantes do Corredor Ecológico.
8. RECOMENDAÇÕES
8.1. Primeira Ordem
8.1.1. AÇÃO 1: Desenvolver por si ou em conjunto com outras instituições públicas e
privadas um base line que demonstre o atual estado ambiental da Bacia
Hidrográfica e defina um conjunto de indicadores para monitoramento de
qualidade ambiental
• Duração: 1 ano.
• Justificativa:
A ausência de um marco zero para indicadores de alteração de qualidade ambiental no
Pantanal, tem sido uma das grandes limitantes para o entendimento da dinâmica de
degradação da Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai.
Muito se tem dito sobre as alterações nas partes altas da bacia, causadas pelo crescimento
vertiginoso da expansão agropecuária, crescimento desordenado dos centros urbanos,
industrialização e atividades minerárias.
cx
No entanto, faltam parâmetros reais que permitam construir a figura total, que venha a gerar
um arcabouço técnico utilizável na produção e implementação de políticas públicas. ações de
planejamento e medidas eficazes de prevenção e controle.
• Duração: 10 anos.
• Justificativa:
Boa parte dos problemas de alteração de dinâmica hídrica e de sedimentos que afetam a
planície tem origem no desmatamento das paisagens que formam as cabeceiras dos rios que
convergem para o Pantanal a partir do planalto de entorno.
No entanto, não existe até o momento um processo permanente de avaliação da dinâmica de
desmatamento na Bacia que nos permita conhecer a evolução do problema ao longo do tempo,
sua real dimensão e suas perspectivas futuras.
A partir do baseline que deverá mostrar a fitofisionomia atual da Bacia Hidrográfica, esta
ação deverá demonstrar a dinâmica da alteração de cobertura vegetal nos últimos 30 anos e
com base nos programas regionais e locais, estimar a figura de simplificação da paisagem na
região para os próximos anos. O conhecimento gerado deverá ser incorporado na formação e
implementação de políticas públicas e de planejamento de desenvolvimento.
• Objetivos:
Geral: O objetivo geral do projeto é implementar um programa de médio e longo prazo para
gerar conhecimentos e treinamento de novos profissionais capazes de monitorar os aspectos
bióticos e abióticos do Corredor Norte/Sul, ao longo do Rio Paraguai, contribuindo assim para
a formulação de diretrizes e políticas públicas para a conservação do Pantanal, sua
biodiversidade e funções ecossistêmicas.
Específicos:
cxi
• Promover o monitoramento a longo prazo dos ecossistemas aquáticos para avaliar a
variabilidade e ameaça às populações.
• Duração: 10 anos.
cxii
• Justificativa:
Embora o Pantanal seja uma das maiores áreas úmidas do planeta, ainda em bom estado de
conservação pouco se conhece sobre as características ecológicas dos seus corpos de água. A
primeira iniciativa para diagnosticar a situação ecológica de trechos do corredor Norte-Sul foi
implementada através do Programa de Avaliação Ecológica – AquaRAP em 2002,
desenvolvido Rio Sepotuba e cabeceiras do Rio Paraguai pela CI-Brasil em parceria com a
Ecotrópica.
Os resultados preliminares da expedição indicam que a conservação destas áreas de cabeceira
é fundamental para assegurar a preservação da biodiversidade e a manutenção dos serviços
ecológicos de toda a bacia. Mais especificamente, a recuperação de Matas de Galeria e de
nascentes é essencial para garantir água em volume e quantidade à BAP.
Em geral, a situação das cabeceiras dos rios inventariadas é muito preocupante, a maioria
apresentando péssimo estado de conservação. Os estudos indicaram ainda a necessidade de
promover levantamentos biológicos e estudos ecológicos amplos e de longa duração.
Tanta nas áreas bem conservadas quanto nos remanescentes fragmentados como forma de
subsidiar os processos e manejos necessários para manutenção da complexidade e riqueza
biológica na região.
Como conseqüência do workshop de áreas prioritárias e resultados da expedição AquaRAP a
Ecotrópica tenta ampliar o conhecimento e criar um programa permanente de inventário e
monitoramento do estado de conservação do Corredor Ecológico Norte-Sul na BAP.
• Objetivos:
• Duração: 10 anos.
cxiii
• Justificativa:
A total dependência existente entre as terras altas da bacia e as terras baixas, faz com que o
Pantanal seja uma grande fossa séptica para onde fluem todos os insumos físicos, químicos e
biológicos que são introduzidos nas águas do Planalto de entorno. A total ausência de
protocolos mínimos, instrumentalização adequada e um baseline competente permite supor
que o Pantanal é, no momento, refém de muitos processos de degradação ambiental.
A medida em que o fenômeno de ocupação agropecuária cresce e traz consigo todo um
conjunto de industrialização e crescimento urbano, estes processos degradatórios e os
acidentes ambientais só tendem a aumentar. Neste sentido é de extrema importância que o
estado e a sociedade se preparem para fazer frente a esta demanda, de forma preventiva e
corretiva.
• Duração: 10 anos.
• Justificativa:
Os incêndios florestais representam um dos mais importantes fatores de risco que podem
impedir o sucesso de atividades conservacionistas na Serra do Amolar. Historicamente as
comunidades locais tem usado o fogo como mecanismo de limpeza de campo. Como é usual a
falta de preocupação com sua propagação, é muito frequente que o fogo saia de controle,
assuma características de incêndio e atinja a moradia.
A partir deste momento, seu controle torna-se quase impossível. Este fato tem causado
incêndios recorrentes na região há mais de cem anos.
• Duração: 10 anos.
cxiv
• Justificativa:
A Ecotrópica carece de um processo institucional permanente e eficiente de captação
financeira que lhe garanta autonomia e segurança de longo prazo para cumprir com suas ações
conservacionistas de gestão das Reservas.
Neste sentido, a presente atividade, prevê a manutenção dos custos mínimos de
funcionamento, ao mesmo tempo em que desenvolve e consolida um programa de captação
continuada de recursos financeiros.
• Objetivos:
• Duração: 10 anos.
cxv
• Justificativa:
A conservação da qualidade ambiental das Reservas é o objetivo maior do presente Plano de
Manejo.
Este objetivo deverá ser perseguido através de dois níveis de intervenção. O primeiro
denominado de Primeira Ordem, contém as ações de caráter ecossistêmico que devem fazer
frente aos riscos de degradação que possam atingir as Reservas a partir da Zona de Entorno
Imediato de Amortecimento e de Influência.
O segundo, denominado de Segunda Ordem, objeto da ação prevista neste ítem, contém as
ações mais setorizadas ou localizadas no interior das Reservas, que devem fazer frente aos
riscos de degradação internos ou externos.
Quadro 15. Ações recomendadas.
cxvi
PLANO DE MANEJO DAS RPPN’S ACURIZAL, PENHA E DOROCHÊ
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 1
1. ANTECEDENTES NO PCBAP 11
1.1. Informações disponíveis 11
1.2. Recomendações apresentadas 11
cxvii
4.4.3. Reservas Particulares do Patrimônio Natural estaduais 46
4.4.4. Unidades de Conservação estaduais 46
4.4.5. Legislação ICMS Ecológico 47
4.4.6. Marcos legais diversos 49
4.4.7. FEMA 51
4.4.8. Telefones úteis que poderão ser acionados em Mato Grosso 53
4.5. Contexto estadual de Mato Grosso do Sul 53
4.5.1. Constituição do estado de Mato Grosso do Sul 53
4.5.2. Legislação RPPN’s estaduais 54
4.5.3. Reservas Particulares do Patrimônio Natural estaduais 55
4.5.4. Unidades de Conservação estaduais 56
4.5.5. Legislação do ICMS Ecológico 57
4.5.6. Marcos legais diversos 58
4.5.7. IMAP 61
4.5.8. Telefones úteis que podem ser acionados em Mato Grosso do Sul 62
4.6. Contexto regional 62
4.6.1. Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste – FCO 62
4.6.2. Ações previstas para o Pantanal segundo Orçamento da União/2003 63
4.6.3. O Plano de Desenvolvimento Turístico Sustentável de Mato Grosso do
Sul - PDTur 64
4.6.4. Programa Áreas Protegidas da Amazônia - ARPA 64
4.6.5. Projeto GEF Pantanal/Alto Paraguai 65
4.7. As Reservas e Zonas de Entorno 66
4.7.1. As Reservas e a definição geográfica do entorno 66
4.7.2. Descrição e Caracterização das Reservas como Zona Núcleo da Reserva
da Biosfera e Sítio do Patrimônio Natural Mundial 68
4.7.3. Descrição da Zona de Entorno Imediato 68
4.7.4. Descrição da Zona de Amortecimento 69
4.7.5. Descrição da Zona de Influêcia 70
4.8. Diagnóstico físico/conservacionista das reservas 70
4.8.1. Caracterização dos fatores abióticos das reservas 72
4.8.2. Caracterização dos fatores bióticos e dos ambientes naturais das reservas 97
4.8.3. Aspectos culturais e históricos 173
4.8.4. Aspectos institucionais 190
4.8.5. Definição e análise de conflitos de uso/ameaças/fontes 192
4.9. Planejamento das reservas 194
4.9.1. Estabelecimento dos objetivos específicos do Plano de Manejo com base
no SNUC e diretrizes institucionais 194
4.9.2. Estabelecimento das diretrizes de planejamento 195
4.9.3. Zoneamento das reservas 200
4.10. Programa de Manejo das reservas 204
4.10.1. Programa de conhecimento 204
4.10.2. Programa de uso público 205
4.10.3. Programa de integração com as Zonas de Entorno 205
4.10.4. Programa de manejo do meio ambiente 207
4.10.5. Programa de operacionalização 207
4.11. Áreas de desenvolvimento de infra-estrutura interna 208
4.11.1. Capacidade de suporte 208
4.11.2. Circulação interna 208
cxviii
4.12. Definição do organograma e fluxograma das reservas 208
4.13. Planos operativos 209
4.14. Planejamento físico-financeiro de curto, médio e longo prazo 209
6. RESULTADOS 210
7. CONCLUSÕES 210
8. RECOMENDAÇÕES 214
8.1. Primeira Ordem 214
8.1.1. AÇÃO 1: Desenvolver por si ou em conjunto com outras instituições
públicas e privadas um base line que demonstre o atual estado ambiental
da Bacia Hidrográfica e defina um conjunto de indicadores para
monitoramento de qualidade ambiental 214
8.1.2. AÇÃO 2: Desenvolver e operacionalizar por si ou em conjunto com
outras instituições públicas e privadas um programa permanente de
monitoramento da cobertura vegetal da Bacia 214
8.1.3. AÇÃO 3: Implantar e operar uma Unidade Flutuante de Monitoramento
de Qualidade de Água, Dinâmica de Fundo de Rio e de Biodiversidade 215
8.1.4. AÇÃO 4: Desenvolver e operacionalizar por si ou em conjunto com
outras instituições públicas e privadas um “early warning system” para
prevenir ou fazer frente em tempo hábil a eventuais acidentes ecológicos
na Bacia 217
8.1.5. AÇÃO 5: Desenvolver por si ou em conjunto com outras instituições
públicas ou privadas um programa de prevenção e combate a incêndios
florestais 217
8.1.6. AÇÃO 6: Dotar a Ecotrópica de mecanismos de captação financeira
capazes de garantir um fluxo permanente de recursos financeiros capazes
de garantir a implementação dos mecanismos de gestão e manejo
necessários para garantir a incolumidade das Reservas 218
8.2. Segunda Ordem 218
8.2.1. AÇÃO 7: Desenvolvimento de ações de Conservação das Reservas
Acurizal, Penha e Doroché 218
cxix
9.3.6. Referências específicas sobre Vertebrados na área do Parque Nacional do
Pantanal e Reservas do Patrimônio Natural Acurizal, Dorochê e Penha 272
ANEXOS
1. “CHECK-LIST” DE PEIXES DAS RESERVAS PARTICULARES DO
PATRIMÔNIO NATURAL – ACURIZAL, PENHA E DOROCHÊ, E DE SEU
ENTORNO IMEDIATO
2. “CHECK-LIST” DE ANFÍBIOS E RÉPTEIS DAS RESERVAS
PARTICULARES DO PATRIMÔNIO NATURAL – ACURIZAL, PENHA E
DOROCHÊ, E DE SEU ENTORNO IMEDIATO
3. “CHECK-LIST” DE AVES DAS RESERVAS PARTICULARES DO
PATRIMÔNIO NATURAL – ACURIZAL, PENHA E DOROCHÊ, E DE SEU
ENTORNO IMEDIATO
4. “CHECK-LIST” DE MAMÍFEROS DAS RESERVAS PARTICULARES DO
PATRIMÔNIO NATURAL – ACURIZAL, PENHA E DOROCHÊ, E DE SEU
ENTORNO IMEDIATO
LISTA DE FIGURAS
1. Imagem de satélite Landsat do Pantanal no contato com a Serra do Amolar 2
2. Área do Parque Nacional e das RPPN’s Acurizal, Penha e Dorochê 3
3. Reprodução sem fidelidade de escala do Entorno convencionado para as RPPN’s 67
4. Zona de Entorno Imediato 69
5. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Drenagem das Reservas Acurizal
e Penha 1:250.000 81
6. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Drenagem da Reserva Dorochê
1:250.000 82
7. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Geologia das Reservas Acurizal e
Penha 1:250.000 86
8. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Geologia da Reserva Dorochê 87
9. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Solos das Reservas Acurizal e
Penha 1:250.000 90
10. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Solos da Reserva Dorochê
1:250.00 92
11. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Geomorfologia das Reservas
Acurizal e Penha 1:250.000 94
12. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Geomorfologia da Reserva
Doroché 1:250.000 95
13. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Vegetação das Reservas Acurizal
e Penha 1:250.000 114
14. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Vegetação da Reserva Dorochê
1:250.000 116
15. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Zoneamento das Reservas
Acurizal e Penha 1:250.000 202
16. Reprodução sem fidelidade de escala do Mapa de Zoneamento da Reserva Doroché
1:250.000 203
cxx
LISTA DE QUADROS
1. Ficha técnica da RPPN Acurizal 25
2. Ficha técnica da RPPN Penha 26
3. Ficha técnica da RPPN Dorochê 27
4. RPPNs Federais em Mato Grosso 37
5. RPPN’s Federais em Mato Grosso do Sul 38
6. Unidades de Conservação Federais em Mato Grosso 38
7. Unidades de Conservação Federais em Mato Grosso do Sul 39
8. Unidades de Conservação Estaduais de Mato Grosso 46
9. RPPNs Estaduais de Mato Grosso do Sul 56
10. Unidades de Proteção Integral de Mato Grosso do Sul 56
11. Unidades de Uso Sustentável de Mato Grosso do Sul 57
12. Organograma do IMAP 61
13. Inventário de sítios arqueológicos do Complexo de Unidades (Parna e RPPN’s) 73
14. Número de referências bibliográficas sobre fauna da planície inundável do Pantanal
recuperada para cada um dos grupos de vertebrados, com indicação do número de
referências que fazem menção específica às áreas das reservas naturais Acurizal,
Penha, Dorochê e Parque Nacional do Pantanal 124
15. Espécies de peixes anotadas para o Pantanal, com indicação daquelas já registradas
em áreas das Reservas Particulares do Patrimônio Natural Acurizal, Penha e
Dorochê e seu entorno imediato 130
16. Espécies de anfíbios e de répteis anotadas para áreas das Reservas Particulares do
Patrimônio Natural Acurizal, Penha e Dorochê e seu entorno imediato 133
17. Espécies de aves anotadas para áreas das Reservas Particulares do Patrimônio
Natural Acurizal, Penha e Dorochê e seu entorno imediato 139
18. Espécies de mamíferos anotadas para áreas das Reservas Particulares do Patrimônio
Natural Acurizal, Penha e Dorochê e seu entorno imediato 155
19. Representatividade do material de anfíbios e de diferentes grupos de répteis na
coleção CEUCH (Corumbá, MS) até agosto/2002, com indicação das localidades
melhor amostradas 164
20. Representatividade do material de anfíbios e de diferentes grupos de répteis na
coleção CHAFB (Aquidauana, MS) até fevereiro/2003, com indicação das
localidades melhor amostradas 165
21. Representatividade do material de répteis depositado na coleção CPAP (EMBRAPA
Pantanal, Corumbá, MS) até agosto/2002, com indicação das localidades melhor
amostradas 166
22. Representatividade do material de diferentes grupos de répteis na coleção UFMS
(Campo Grande, MS) até maio/1996, com indicação das localidades melhor
amostradas 168
23. Representatividade do material de anfíbios e de diferentes grupos de répteis na
coleção UFMT 169
24. Principais localidades da porção norte do Pantanal representadas na coleção
MZUSP até 1996 e registros de espécies de mamíferos para cada uma delas 171
25. Definição e análise de conflitos de uso/ameaças/fontes 192
26. Estabelecimento das Diretrizes de Planejamento 195
27. Ação para 2 anos da RPPN Acurizal 196
28. Ação para 2 anos da RPPN Penha 197
29. Ações recomendadas 220
cxxi
LISTA DE FOTOS
1. Pantanal Mato-grossense na região de contato com a Serra do Amolar 1
2. Aspecto da Reserva da Penha (1) 4
3. Aspecto da Reserva da Penha (2) 4
4. Aspecto da Reserva Acurizal (1) 5
5. Aspecto da Reserva Acurizal (2) 5
6. Imagem de Satélite Landsat da região da Reserva Doroché 6
7. Aspecto da Reserva Doroché 6
8. Aspecto da visita de campo 9
9. Aspecto do sobrevôo de agosto de 2003 9
10. Aspecto da reunião técnica 10
11. Detalhe da superfície da praia, onde se observam tipos diferentes de fragmentos de
cerâmica, ossos animais e material lítico em grande densidade 73
12. Petroglifos e pintura vermelha superpostas, com 3,5 m de largura por 1,40 m de 74
altura, situado a 200 m do nível do rio
13. Aspectos do bloco com petroglifos, possuindo com 87cmx 98 cm de altura 75
14. Vista geral da praia do Acurizal 76
15. Letreiro da Gaíva VI 76
16. Vasilhas pequenas de cerâmica da Tradição Pantanal 78
17. Vista parcial da sede da Reserva Acurizal 191
18. Vista geral da sede da Reserva Acurizal 191
SIGLAS E ABREVIATURAS
cxxii
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBDF Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
IMAP Instituto de Meio Ambiente Pantanal
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
IPHAM Instituto do Patrimônio Histórico do Amazonas
ITR Imposto sobre Propriedade Territorial Rural
MA Maranhão
MMA Ministério do Meio Ambiente
MNRJ Museu Nacional do Rio de Janeiro
MPEG Museu Paraense Emílio Goeldi
MS Mato Grosso do Sul
MT Mato Grosso
MYZS New York Zoological Society
OEA Organização dos Estados Americanos
OMEA Órgão Estadual do Meio Ambiente
ONG Organização Não-Governamental
PARNA Parque Nacional do Pantanal
PCBAP Plano de Conservação para a Bacia do Alto Paraguai
PDTUR Plano de Desenvolvimento Turístico Sustentável de Mato Grosso do Sul
PNP Parque Nacional do Pantanal
PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
PROBIO Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica
Brasileira
PRODEAGRO Projeto de Desenvolvimento Agroambiental do Estado de Mato Grosso
PRODEPAN Programa de Desenvolvimento do Pantanal
PRODOESTE Programa de Desenvolvimento do Centro-Oeste
RAMSAR Convenção Internacional sobre Áreas Úmidas e Aves Migratórias
RFFSA Estrada de Ferro Noroeste do Brasil
RPPN Reserva Particular do Patrimônio Natural
RS Rio Grande do Sul
SCA Secretaria de Coordenação da Amazônia
SEPLAN Secretaria do Estado de Planejamento e Coordenação Geral
SESC Serviço Social do Comércio
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservação
TNC The Nature Conservancy
TO Tocantins
UC’s Unidades de Conservação
UEL Universidade Estadual de Londrina
UFMS Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
UFMT Universidade Federal de Mato Grosso
UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
USP Universidade de São Paulo
cxxiii