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Gestão ambiental

baseada na ciência

A Década da Ciência Oceânica para o


Desenvolvimento Sustentável (2021 a 2030) é um
marco proposto pela ONU para apoiar a
implementação da Agenda 2030 na busca por um
oceano limpo, saudável, resiliente e produtivo. O
TerraMar colaborou para atingir esses objetivos por
meio do desenvolvimento de iniciativas que
aproximam o conhecimento científico e o tradicional
do planejamento e gestão de políticas publicas
ambientais.

É por meio de uma ciência atrelada ao conhecimento


tradicional que é possível entender melhor sobre as

Foto: 50milímetros/GIZ
espécies, como elas interagem entre si, com os
ecossistemas e com os seres humanos, além de
compreender como as atividades antrópicas impactam
o meio ambiente e a forma de minimizar esses
impactos. Novas tecnologias, mais eficientes e
sustentáveis, assim como maneiras de monitorar os
resultados das ações de conservação também surgem
com as pesquisas científicas.

Contribuições científicas
“Ciência Cidadã: participação social na pesquisa científica” foi o tema escolhido para o II Seminário de Pesquisa da
Costa dos Corais, realizado em Maceió, em 2019, com o apoio do TerraMar. 180 pessoas e 20 palestrantes
participaram do evento organizado para aproximar a ciência da gestão do território e das comunidades locais.

A criação de um novo sistema de monitoramento da qualidade da água que utiliza o conceito de Internet das
Coisas (IoT) está em desenvolvimento por um grupo da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) com a
contribuição do TerraMar. Esse sistema, inovador e de baixo custo, prevê a disponibilização de dados em tempo real
através de plataformas digitais. Em caráter experimental, o projeto, que também recebe o apoio do CNPq, será
testado em duas bacias hidrográficas do município de Porto Seguro.

A avaliação da qualidade da água dos rios Santo Antônio, Camaragibe e Manguaba na Área de Proteção
Ambiental (APA) Costa dos Corais foi realizada pelo TerraMar em parceria com o ICMBio e a Universidade Federal
de Alagoas (UFAL).

O TerraMar apoiou o monitoramento participativo de manguezais e da pesca artesanal e sua biodiversidade


associada no âmbito do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Programa Monitora) do ICMBio.
Em 2019, cientistas e gestores/as do ICMBio se mobilizaram para conhecer o nível de contaminação
de espécies e de sedimentos na região dos Abrolhos para melhor avaliar os impactos do
derramamento de óleo no litoral do nordeste. O TerraMar colaborou com a pesquisa junto à
Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e ao ICMBio.

Outro exemplo de discussão conjunta entre pesquisadores, organizada pelo TerraMar e pelo
Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do estado do Espírito Santo (Iema), foi a reunião
técnica para nivelamento do conhecimento existente sobre os Recifes Esquecidos, uma região
com riqueza e abundância de espécies marinhas no norte do Espírito Santo, mas pouco conhecida.
Gestão ambiental baseada na ciência

Áreas Prioritárias na Além disso, para facilitar a compreensão das Áreas


Zona Costeira Marinha Prioritárias e o uso das suas bases de dados, foi
desenvolvido o Manual de Apoio de Utilização das
e na Mata Atlântica Áreas Prioritárias da Zona Costeira e Marinha e Mata
Atlântica.
Para se fazer uma boa gestão ambiental, bases de
dados científicas e atualizadas são essenciais. As
Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização
Sustentável e Repartição dos Benefícios da
Biodiversidade reúnem diversos bancos de dados
econômicos, sociais e ambientais, para identificar
áreas e medidas prioritárias para a conservação da
biodiversidade. O TerraMar apoiou a 2ª atualização
das Áreas Prioritárias, um instrumento de política
pública que fornece informações importantes para a
criação de unidades de conservação (UCs), o
licenciamento de atividades potencialmente
poluidoras, a fiscalização e o fomento ao uso Instrumentos econômicos
sustentável da biodiversidade, entre outras iniciativas.
para a gestão de manguezais
Buscando capacitar gestores públicos dos estados de
Áreas prioritárias para conservação da
Pernambuco, Alagoas, Bahia e Espírito Santo para o
biodiversidade da zona costeira e marinha
desenvolvimento de políticas para conservação e uso
sustentável dos manguezais, o Projeto TerraMar e a
Conservação Estratégica (CSF) promoveram, em 2021,
um curso sobre instrumentos econômicos para
gestão de manguezais. Intercalando partes teóricas e
práticas, o curso ofereceu uma introdução a ferramentas
de análise econômica e discutiu a elaboração de
estratégias eficientes e eficazes para formulação de
políticas para a conservação de manguezais de acordo
com a realidade de cada Estado.

Foto: Studio Lumix/GIZ

Em parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas


(IPÊ) e o MMA, o TerraMar realizou uma capacitação
e seminários para servidores e servidoras estaduais
(da Bahia, Espírito Santo, Alagoas e Pernambuco) e
federais (ICMBio e Ibama), sobre o uso das
informações das Áreas Prioritárias para desenvolver
medidas e políticas públicas locais de conservação.

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