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REINALDO GOMES DIAS DOS SANTOS
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Resumo
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Abstract
The use of camera traps in studies carried out in Brazil is recent. The high cost
of equipment and constant spending on consumables can, in some cases, limit
the number of units and sampling time. The present study aimed to discuss
methodological issues with a view to optimizing the use of equipment in the
inventory of mammalian fauna, avifauna and herpetofauna. In the records, there
was a predominance of nocturnal and twilight, but there were daytime samples.
The registration of wildlife, that is, wild fauna, is a fundamental tool in
maintaining a balanced environment. According to the 1988 constitution, section
I, a balanced environment is defined as “the set of conditions, laws, influences
and interactions of a physical, chemical and biological order, which allows,
shelters and governs life in all its forms” . Wild fauna provides ecosystem
services necessary for human life, such as food, pollination and dispersal of
plants, regulation of population balance and pest control. Therefore, knowledge
about fauna is essential for the conservation of species and the habitats where
they live.
Keywords: Cameras, Atlantic Forest, inventories, fauna and park.
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1. Introdução
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O Município de Caraguatatuba está no domínio da Mata Atlântica e tem
cerca de 75% de seu território recoberto por vegetação natural. O município conta
com seis Unidades de Conservação, sendo 5 unidades registradas no SNUC e
uma sem registro. Entre as seis unidades, três têm área compartilhada com outros
municípios. Cerca de 1.851 km² destas unidades de conservação estão dentro dos
limites do município, que representa 4% da área de unidades de conservação do
Estado de São Paulo e 1,6% da área das unidades de conservação do bioma da
Mata Atlântica.
As Unidades de Conservação do Parque Natural Municipal do Juqueriquerê
e o Grande Parque Ecológico e Turístico de Caraguatatuba são da esfera
administrativa municipal, a Reserva Particular do Patrimônio Natural Sítio do Jacu é
da esfera administrativa federal e as demais são estaduais. Entre estes, apenas o
Parque Estadual da Serra do Mar possui Plano de Manejo e Conselho Gestor. O
mapa a seguir apresenta a disposição das Unidades de Conservação existentes no
município.
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A partir dos dados apresentados, pode-se afirmar que o Município de
Caraguatatuba se mostra como um território importante na preservação do bioma
da Mata Atlântica, um bioma que cada vez mais se mostra necessário a sua
proteção, tanto por sua riqueza natural, quanto por seu quadro de preservação, que
como mostrado neste item de Unidades de Conservação, está pouco preservado,
com apenas 10% da sua área original
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prazo, corroborando com VOSS & EMMONS (1996) ao considerar o caráter parcial
ou complementar do método na amostragem da mastofauna, devendo ser utilizado
em associação com outras técnicas para obtenção de dados da comunidade de
mamíferos na totalidade. Considerando o alto custo do equipamento e os gastos
com a manutenção dos estudos (baterias e filmes) e revelação/ampliação dos
negativos, que em muitos casos atuam como fator limitante do número de
armadilhas fotográficas utilizadas e do tempo de amostragem, o presente estudo
objetivou comparar a riqueza de espécies e o sucesso de amostragem obtido em
diferentes fisionomias vegetacionais, trilhas e horários, visando auxiliar a adoção
de desenhos amostrais mais eficientes e adequados à amostragem qualitativa da
mastofauna em estudos futuros.
2. Objetivos
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é sua utilização pode tornar a amostragem seletiva, aumentando o grau de detecção
de determinadas espécies.
2.1 Específicos
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(presença de espécimes em frutificação, sombreamento, etc.), proximidade a
corpos d’água, presença de rastros ou outros vestígios de atividade
mastofaunística, entre outros. Os equipamentos eram vistoriados em
intervalos regulares (aproximadamente 15 dias) para manutenção geral, troca
de bateria e pilhas, quando necessário; limpeza e verificação do estado de
funcionamento do equipamento, sendo fixadas em árvores com diâmetro
superior a 15 cm, a aproximadamente 45 cm do solo. Tiras de elástico foram
utilizadas para fixar o equipamento na posição considerada ideal, objetivando
a obtenção de fotografias de boa qualidade e enquadramento, tendo sido
utilizadas também correntes e cadeados para evitar a perda de armadilhas.
Quando o número e/ou qualidade dos registros obtidos revelava-se muito
pequeno (menos de uma fotografia a cada três dias), o equipamento era
remanejado para outros pontos de amostragem. Durante o Período 1 foram
realizadas amostragens em três pontos da trilha da capivara.
• Período 2. Durante esta segunda abordagem (novembro de 2023 a março de
2024) foram utilizadas duas armadilhas fotográficas modelo WPC. A partir do
mapeamento das principais trilhas internas e limites da U’C foram
selecionados 04 pontos para instalação das câmeras, estando
homogeneamente distribuídos na reserva (obedecendo à distância mínima de
100 m entre pontos).
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conservação. Será considerado um raio de 500 a 1000m no entorno do
empreendimento público. As amostragens ocorrerão em uma campanha de 20 dias
mensais. A seguir serão descritas as técnicas de amostragem que serão
empregadas para cada grupo faunístico, assim como os táxons encontrados no
local.
4.1. Avifauna
4.2. Mastofauna
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4.3. Herpetofauna
4.3.1 Répteis
4.3.2 Anfíbios
MASTOFAUNA
ESPÉCIES
FAMILIA NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR/POPULAR OBS: AUTOR
AMEAÇADAS
Caviidae Hydrochoerus hydrochaeris Capivara OV LC (Linnaeus, 1766)
Didelphidae Didelphis aurita Saruê OV LC (Lund, 1840)
Erithizontidae Coendou spinosus Ouriço cacheiro OV LC ( Cuvier , 1822)
Sciuridae Sciurus aestuans Caxinguelê OV LC (Linnaeus, 1766)
Mustelidae Lontra longicaudis Lontra OV NT (Olfers, 1818)
HERPETOFAUNA
ESPÉCIES
FAMILIA NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR/POPULAR OBS: AUTOR
AMEAÇADAS
Colubridae Chironius bicarinatus Cobra-cipó-verde OV LC (Wied, 1820)
Colubridae Liophis miliaris Cobra d'água OV LC (Linnaeus, 1758)
Colubridae Spilotes pullatus Caninana OV LC (Linnaeus, 1758)
Hylidae Dendropsophus sp Perereca-do-brejo RV LC Fitzinger, 1843
Teiidae Tupinambis teguixin Teiú RV LC Salvator Duméril & Bibron, 1839
Tropiduridae Tropidurus torquatus Calango FO LC Kunz & Borges-Martins 2013
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AVIFAUNA
ESPÉCIES
FAMILIA NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR OBS: AUTOR
AMEAÇADAS
Accipitridae Chondrohierax uncinatus Gavião caracoleiro OV LC (Temminck, 1822)
Accipitridae Rupornis magnirostris Gavião carijó OV/RV LC (Gmelin, 1788)
Ardeidae Ardea alba Garça branca OV LC (Linnaeus, 1758)
Ardeidae Ardea cocoi Garça moura OV LC (Linnaeus, 1766)
Ardeidae Bubulcus ibis Garça vaqueira OV LC (Linnaeus, 1758)
Ardeidae Egretta caerulea Garça-azul OV LC Linnaeus, 1758
Ardeidae Nycticorax nycticorax socó savacu OV LC (Linnaeus, 1758)
Ardeidae Syrigma sibilatrix maria faceira OV LC (Temminck, 1811)
Cathartidae Coragyps atratus Urubu-preto OV LC (Bechstein, 1793)
Charadriidae Vanellus chilensis Quero quero OV LC (Molina, 1782)
Coerebidae Coereba flaveola Cambacica RV/OV LC (Linnaeus, 1758)
Columbidae Columbina talpacoti Rolinha-roxa OV LC (Temminck, 1824)
Columbidae Columbia livia Pomba domestica OV NA (Gmelin, 1789)
Falconidae Caracara plancus Carcará OV LC (Miller, 1777)
Fregatidae Fregata magnificens Fragata RV LC (Degland & Gerbe, 1867)
Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena OV LC (Vieillot, 1817)
Laridae Larus dominicanus Gaivotão OV LC (Lichtenstein, 1823)
Laridae Larus fuscus gaivota da asa escura OV LC (Linnaeus, 1758)
Laridae Thalasseus maximus Trinta réis real OV LC (Boddaert, 1783)
Laridae Rynchops niger Talhar mar OV LC (Linnaeus, 1758)
Phalacrocoracidae Nannopterum brasilianus Biguá OV LC (Gmelin, 1789)
Picidae Colaptes campestris Pica pau do campo OV LC (Vieillot, 1818)
Rallidae Gallinula galeata Frango D'água comum OV LC (Lichtenstein, 1818)
Ramphastidae Ramphastos toco Tucanuçu OV LC (Statius Muller, 1776)
Scolopacidae Tringa flavipes Maçarico de pé amarelo OV LC (Gmelin, 1789)
Strigidae Athene cunicularia Coruja-buraqueira OV LC (Molina, 1782)
Sulidae Sula leucogaster Atobá OV LC (Boddaert, 1783)
Tyrannidae Pitangus sulphuratus Bem-te-vi RV/OV LC (Linnaeus, 1766)
Tyrannidae fluvicola nengeta Lavadeira-mascarada OV LC (Linnaeus, 1766)
Tyrannidae Sirystes sibilator Gritador OV LC (Vigors, 1825)
Threskiornithidae Theristicus caudatus Curicaca OV LC (Boddaert, 1783)
Threskiornithidae Phimosus infuscatus Tapicuru OV LC (Lichtenstein, 1823)
Threskiornithidae Platalea ajaja Colhereiro OV LC (Linnaeus, 1758)
5.1. Avifauna
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5.2. Mastofauna
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5.3. Herpetofauna
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6. Área principal do estudo
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7. Fotos
7.1. Mastofauna
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7.2. Avifauna
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7.3. Herpetofauna
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8. Considerações finais
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9. Referências
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