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̊ ano
#etapa2
Semana 14
9º. ano História

 SEMANA 14

 2o SEMESTRE

 9o ANO – EF2

 NESTE GUIA VOCÊ VAI ESTUDAR


A NOVA REPÚBLICA NO BRASIL

 VOL. 4

 PÁG. 18 À 34

PROFa. MARIA BETHÂNIA


Semana 14 – #etapa2 2
A luta pela terra

A questão da concentração de terra no Brasil pode ser compreendida pelas


características da colonização e ocupação do território desde o século XVI.

Foram séculos de invasões e expropriações de

©Shutterstock/Chingraph
terra, com descolamento das populações
originárias, que ainda hoje lutam para garantir
seus territórios.

As comunidades remanescentes de quilombos e os territórios


tradicionais das comunidades negras, assim como populações
tradicionais também lutam há muito tempo por esse direito,
denunciando invasões, organizando protestos, buscando
por meios legais a posse da terra, atuando no
voluntariado e mostrando para a sociedade a Para você, a questão agrária está
relacionada com a desigualdade
importância da manutenção da população campesina
social? Reflita.
no campo, entre outras formas de divulgação.
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Leia o texto do Incra (Instituto Nacional da Reforma Agrária) publicado durante
o governo de Fernando Henrique Cardoso

O problema fundiário remonta a 1530, com a criação das capitanias hereditárias


e do sistema de sesmarias – grandes glebas distribuídas pela Coroa portuguesa a
quem se dispusesse a cultivá-las dando em troca um sexto da produção. Nascia o
latifúndio. A independência, em 1822, piorou o quadro: a inevitável troca de donos
das terras se deu sob a lei do mais forte, em meio a grande violência. Os conflitos,
então, não envolviam trabalhadores rurais – praticamente todos eram escravos – ,
mas proprietários e grileiros acompanhados por bandos armados.
Retratos do Brasil. Belo Horizonte: Manifesto, 2007, p. 102.

Esse texto consegue explicar a luta pela terra? Todos os sujeitos envolvidos estão
representados?

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As Ligas Camponesas

Você já ouviu falar em Ligas Camponesas?

Em 1955, os trabalhadores rurais do Nordeste passaram a se organizar em Ligas


Camponesas. As Ligas foram fundados pelo advogado Francisco Julião, em
Pernambuco, a fim de defender os camponeses, criar condições de assistência
educacional e de saúde, além de um fundo de auxílio e recebeu o nome de
Sociedade Agrícola e Pecuária de Plantadores de Pernambuco (SAPPP). Foi a
imprensa que passou a chamar os trabalhadores organizados de “liga”, devido
à influência do Partido Comunista do Brasil (PCB), em organizações similares no
período. O Golpe de 1964 colocou fim à organização, com perseguições, prisões,
torturas e assassinatos.

Saiba mais no link do Memorial da Democracia, onde você pode acessar diversos
materiais.

http://memorialdademocracia.com.br/conflitos/pe

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Pastoral da Terra (CPT)

Em 1975, a Igreja Católica fundou a Comissão Pastoral da Terra com objetivo de


defender os trabalhadores rurais, posseiros e peões da Amazônia. Com o tempo,
absorveu outras igrejas cristãs. Ao ampliar sua atuação, a CPT passou a dar suporte
para a organização da população do campo, se estendendo para todo o Brasil e se
envolvendo na luta pela Reforma Agrária.
Defende o respeito ao meio ambiente, o direito à água, a produção orgânica, a
agroecologia e o uso e resgate de sementes crioulas e tradicionais, combate o
desmatamento, as queimadas e o uso de agrotóxicos.
Navegue pela linha do tempo sobre os massacres no campo, no link:

https://www.cptnacional.org.br/mnc/index.php

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Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST)

Fundado com apoio da CPT, o movimento surgiu como reação ao projeto


de colonização dos anos de 1970, que resultaram na perda das terras dos
camponeses. A construção da barragem da Usina de Itaipu, no Paraná, deu origem
a um movimento organizado dos camponeses que perderam suas terras. Várias
ocupações foram realizadas no Sul do país, resultando na articulação e unificação
das lutas em 1984, com a fundação do MST, cujo lema “terra não se ganha, se
conquista” valorizava os sujeitos envolvidos e suas ações em prol da Reforma
Agrária.

A principal forma de pressão para a desapropriação das terras improdutivas é a


ocupação e o estabelecimento de acampamentos. Atualmente o MST possui mais de
350 mil famílias, organizadas na produção de alimentos. São 100 cooperativas, 96
agroindústrias, 1,9 mil associações.

Mais informações em: https://mst.org.br/quem-somos/.

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Observe as imagens.

Os produtores rurais do MST


comercializam sua produção em
feiras e eventos em todo o Brasil.

©Shutterstock/Alf Ribeiro
Você já parou para pensar de onde vêm
os alimentos que sua família consome?

Qual a importância da Reforma Agrária:


para a população da cidade;

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para a população do campo;

k/Alf R
para a redução das desigualdades no

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©Shutt
Brasil?

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Para ir além

Acesse os links abaixo para saber mais sobre as Ligas Camponesas, a Comissão
Pastoral da Terra e o MST:

http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/ligas-camponesas

http://fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/comissao-pastoral-da-terra-cpt

http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/
movimento-dos-trabalhadores-sem-terra-mst

Saiba mais sobre o Direito à Terra em:

https://terradedireitos.org.br/casos-emblematicos

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