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Circuitos Elétricos I

Guia Didático Nº 1
Guilherme da Silva Lima

Curso Técnico em
Eletroeletrônica
Guilherme da Silva Lima

Circuitos Elétricos I
Edição utilizada na pandemia da Covid-19

Ribeirão das Neves


Instituto Federal de Minas Gerais
2020
Apresentação do módulo da disciplina

Este módulo é constituído por 48 aulas, cujos conteúdo de cada uma são apresentados,
a seguir. Este módulo se constituí parte da estratégica pedagógica do IFMG campus
Ribeirão das Neves para o fornecimento do ensino remoto emergencial devido à
pandemia da Covid-19.

Aula 1 Carga elétrica – Lei de Coulomb

Aula 2 Carga elétrica – Lei de Coulomb

Aula 3 Carga elétrica – Lei de Coulomb

Aula 4 Carga elétrica – Lei de Coulomb

Aula 5 Campo elétrico

Aula 6 Campo elétrico

Aula 7 Campo elétrico

Aula 8 Campo elétrico

Aula 9 Potencial elétrico

Aula 10 Potencial elétrico

Aula 11 Potencial elétrico

Aula 12 Potencial elétrico

Aula 13 Corrente elétrica e resistência elétrica

Aula 14 Corrente elétrica e resistência elétrica

Aula 15 Corrente elétrica e resistência elétrica

Aula 16 Corrente elétrica e resistência elétrica

Aula 17 Definição de nó, malha e ramo em circuitos elétricos.

Aula 18 Definição de nó, malha e ramo em circuitos elétricos.

Aula 19 Lei de Ohm.

Aula 20 Lei de Ohm.

Aula 21 Aplicações da Lei de Ohm.

Aula 22 Aplicações da Lei de Ohm.


Aula 23 Definição de Potência Elétrica em Circuitos de Corrente Contínua.

Aula 24 Definição de Potência Elétrica em Circuitos de Corrente Contínua.

Aula 25 Cálculo do Consumo de Energia de Equipamentos Elétricos.

Aula 26 Cálculo do Consumo de Energia de Equipamentos Elétricos.

Aula 27 Lei de Kirchhoff das Tensões (LKT).

Aula 28 Lei de Kirchhoff das Tensões (LKT).

Aula 29 Lei de Kirchhoff das Correntes (LKC).

Aula 30 Lei de Kirchhoff das Correntes (LKC).

Aula 31 Associação de Resistores em Série e Paralelo.

Aula 32 Associação de Resistores em Série e Paralelo.

Aula 33 Transformação Estrela-Triângulo.

Aula 34 Transformação Estrela-Triângulo.

Aula 35 Transformação Estrela-Triângulo.

Aula 36 Transformação Triângulo-Estrela.

Aula 37 Transformação Triângulo-Estrela.

Aula 38 Transformação Triângulo-Estrela.

Aula 39 Associação de Resistores em Circuitos Mistos.

Aula 40 Associação de Resistores em Circuitos Mistos.

Aula 41 Definição de Capacitores Elétricos.

Aula 42 Definição de Capacitores Elétricos.

Aula 43 Associação de Capacitores Série e Paralelo.

Aula 44 Associação de Capacitores Série e Paralelo.

Aula 45 Definição de Indutores.

Aula 46 Definição de Indutores.

Aula 47 Associação de Indutores Série e Paralelo.

Aula 48 Associação de Indutores Série e Paralelo.

Carga horária: 48 horas/aulas.


Estudo proposto: 3 horas/aulas diárias.
Aula 1, 2, 3 e 4 - Carga elétrica – Lei de Coulomb.

Introdução à disciplina

A disciplina Circuitos Elétricos I tem como objetivo apresentar ferramentas de análise de


circuitos que serão essenciais no desenvolvimento do curso técnico em eletroeletrônica. Tudo o que
será visto e discutido são pré-requisitos para as disciplinas técnicas do curso do segundo e terceiro
anos. É muito importante que você se familiarize com todos os conceitos que teremos a oportunidade
de trabalhar.

Carga elétrica e Lei de Coulomb

Para se entender o funcionamento de circuito elétricos é necessário ter o conhecimento básico de


eletricidade. Um dos primeiros conceitos a serem estudos são os de carga elétrica e lei de Coulomb.
Para entendermos esses conceitos leia as páginas de 13 a 29 da referência de eletricidade básica
(ALVARENGA e LUZ, 2013), disponibilizada no Moodle.

Atividade

Após a leitura do texto, faça as atividades 9, 10, 14 e 15 da página 36 da referência de


eletricidade básica (ALVARENGA e LUZ, 2013). Explique o raciocínio utilizado para obter as
respostas.
Essa atividade deverá ser entregue na atividade denominada “Exercícios de Carga elétrica e Lei
de Coulomb” que está disponível no Moodle.
O único formato de arquivo aceito será o formato .pdf. Dessa forma, digitalize as repostas feitas à
mão e compacte tudo em um só arquivo. Caso seja necessário, o você poderá utilizar o aplicativo
Microsoft Office Lens - PDF para digitalizar os trabalhos feitos a mão (manuscritos) para o formato
pdf. Esse aplicativo está disponível gratuitamente para Android na Play Store. Para maiores
informações veja o vídeo: Manual de Instalação do Aplicativo Microsoft Office Lens.

Valor da atividade 2,5 pontos.


Aula 5, 6, 7 e 8 - Campo elétrico.

Campo elétrico

O campo elétrico é uma grandeza física vetorial fundamental para o entendimento do movimento
de cargas elétricas. Para entendermos esse conceito leia as páginas de 38 a 48 da referência de
eletricidade básica (ALVARENGA e LUZ, 2013), disponibilizada no Moodle.

Atividade

Após a leitura do texto, faça as atividades 2, 3, 6 e 10 da página 60 da referência de eletricidade


básica (ALVARENGA e LUZ, 2013). Explique o raciocínio utilizado para obter as respostas.
Essa atividade deverá ser entregue na atividade denominada “Exercícios sobre Campo Elétrico”
que está disponível no Moodle.
O único formato de arquivo aceito será o formato .pdf. Dessa forma, digitalize as repostas feitas à
mão e compacte tudo em um só arquivo. Caso seja necessário, o você poderá utilizar o aplicativo
Microsoft Office Lens - PDF para digitalizar os trabalhos feitos a mão (manuscritos) para o formato
pdf. Esse aplicativo está disponível gratuitamente para Android na Play Store. Para maiores
informações veja o vídeo: Manual de Instalação do Aplicativo Microsoft Office Lens.

Valor da atividade 2,5 pontos.


Aula 9, 10, 11 e 12 - Potencial elétrico.

Potencial elétrico

O potencial elétrico é a primeira grandeza prática que utilizamos comumente em circuitos


elétricos. Para entendermos esse conceito leia as páginas de 63 a 76 da referência de eletricidade
básica (ALVARENGA e LUZ, 2013), disponibilizada no Moodle.

Atividade

Após a leitura do texto, faça as atividades 1, 4, 6 e 7 da página 85 da referência de eletricidade


básica (ALVARENGA e LUZ, 2013). Explique o raciocínio utilizado para obter as respostas.
Essa atividade deverá ser entregue na atividade denominada “Exercícios sobre Potencial
Elétrico” que está disponível no Moodle.
O único formato de arquivo aceito será o formato .pdf. Dessa forma, digitalize as repostas feitas à
mão e compacte tudo em um só arquivo. Caso seja necessário, o você poderá utilizar o aplicativo
Microsoft Office Lens - PDF para digitalizar os trabalhos feitos a mão (manuscritos) para o formato
pdf. Esse aplicativo está disponível gratuitamente para Android na Play Store. Para maiores
informações veja o vídeo: Manual de Instalação do Aplicativo Microsoft Office Lens.

Valor da atividade 2,5 pontos.


Aula 13, 14, 15 e 16 - Corrente elétrica e resistência elétrica.

Corrente elétrica e resistência elétrica

Após a definição de potencial elétrico, iremos apresentar as definições de corrente e resistência


elétricas. Com base nestas três grandezas elétricas iremos construir toda a teoria de circuitos
elétricos. As definições de corrente e resistência elétricas irão ser encontradas através da leitura das
páginas de 93 a 108 da referência de eletricidade básica (ALVARENGA e LUZ, 2013),
disponibilizada no Moodle.

Atividade

Após a leitura do texto, faça as atividades 2 e 3 da página 138 da referência de eletricidade básica
(ALVARENGA e LUZ, 2013). Explique o raciocínio utilizado para obter as respostas.
Essa atividade deverá ser entregue na atividade denominada “Exercícios sobre Corrente e
Resistência Elétricas” que está disponível no Moodle.
O único formato de arquivo aceito será o formato .pdf. Dessa forma, digitalize as repostas feitas à
mão e compacte tudo em um só arquivo. Caso seja necessário, o você poderá utilizar o aplicativo
Microsoft Office Lens - PDF para digitalizar os trabalhos feitos a mão (manuscritos) para o formato
pdf. Esse aplicativo está disponível gratuitamente para Android na Play Store. Para maiores
informações veja o vídeo: Manual de Instalação do Aplicativo Microsoft Office Lens.

Valor da atividade 2,5 pontos.


Aula 17 - Definição de nó, malha e ramo em circuitos elétricos.

Símbolos de componentes elétricos

A diferença de potencial, também conhecida como tensão, é a força eletromotriz necessária para
deslocar um elétron em um condutor (ALEXANDER; SADIKU, 2013). A grandeza diferença de
potencial será representada pela letra V e o modelo de circuito elétrico de uma fonte de tensão é
apresentado na Figura 1.
Fontes de tensão são elementos de circuito que são capazes de manter a diferença de potencial
constante entre seus terminais, independentemente do circuito. Ou seja, o valor da fonte V não se
altera. Na Figura 1 o sinal de mais (+) representa o potencial maior da fonte e o sinal de menos (-)
representa o potencial menor da fonte. Em uma fonte de tensão, os elétrons (corrente elétrica,
representada na Figura 1 pela letra I) flui do potencial menor para o potencial maior, ou seja, os
elétrons ganham energia ao passar pela fonte de tensão.

Figura 1 - Símbolos de Fontes de Tensão. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

A Figura 2 apresenta um resistor elétrico, cujo valor de sua resistência é apresentado pela letra R.
Um resistor é um elemento de circuito que se opõem a passagem da corrente elétrica, ou seja, os
elétrons perdem energia ao atravessarem um resistor.

Figura 2 - Símbolo de Resistor. Fonte: Autor.


Definição de Ramo

“Um ramo de um circuito pode ser considerado como um componente simples do circuito, como
exemplo um resistor ou uma fonte; entretanto, esse termo é aplicado também a um grupo de
componentes que são percorridos pela mesma corrente.” (O'MALLEY, 1983). Dessa forma, toda
parte de um circuito elétrico percorrida pela mesma corrente é considerada um ramo do circuito,
conforme indicado na Figura 3. Assim nessa figura, o Ramo 1 é composto pela fonte de tensão de 5V
e pelo resistor de 2 Ω, o Ramo 2 é composto pelo resistor de 8 Ω e o Ramo 3 é composto pela fonte
de tensão de 3V e pelo resistor de 8 Ω.

Ramo 1

Ramo 2
Ramo 3

Figura 3 – Exemplo de identificação de ramos de um circuito. Fonte: Autor.

Definição de Nó

Um nó de um circuito elétrico são os pontos que ligam os elementos de circuito diferentes, ou


seja, sempre entre dois elementos de circuito existirá um nó. Assim, pode-se dizer que os nós de um
circuito têm o mesmo potencial elétrico. A Figura 4 apresenta um exemplo de identificação de nós
em um circuito. Percebe-se que um elemento de circuito é sempre ligado por dois nós, como pode ser
visto o resistor de 2 Ω é ligado pelos nós 1 e 2, ao passo que o resistor de 4 Ω é ligado pelos nós 1 e
3. Na parte inferior da Figura 4, nota-se que existe um único nó, o Nó 4, pois não existe nenhum
elemento de circuito ali. Assim, pode-se concluir que quando não existe um elemento de circuito o
potencial elétrico e o nó se mantem os mesmos.

Nó 2 Nó 1 Nó 3

Nó 4 Nó 4 Nó 4

Figura 4 – Exemplo de identificação de nós de um circuito. Fonte: Autor.


Definição de Malha

Uma malha é um caminho fechado de um circuito que não possui nenhum caminho ou elemento
de circuito (resistor ou fonte) em seu interior (O'MALLEY, 1983). A Figura 5 apresenta um exemplo
de identificação de malhas. A Malha 1 é o caminho fechado composto pela fonte de 5 V e pelos
resistores de 2 Ω e 8 Ω. A Malha 2 é o caminho fechado composto pela fonte de 3 V e pelos
resistores de 4 Ω e 8 Ω.

Malha 1 Malha 2

Figura 5 – Exemplo de identificação de malhas de um circuito. Fonte: Autor.


Aula 18 - Definição de nó, malha e ramo em circuitos elétricos.

Atividade de Fixação

Exercício 1 - Identifique nos circuitos a seguir a quantidade de nós, ramos e malhas.

(a)

(b)
Aulas 19 e 20 - Lei de Ohm.

Lei de Ohm

A lei de Ohm é uma expressão matemática que relaciona as grandezas elétricas: diferença de
potencial (tensão), corrente e resistência. A lei de Ohm relaciona estas grandezas em um resistor.
Matematicamente, a lei de Ohm é descrita pela equação a seguir
𝑉 = 𝑅𝐼
em que 𝑉 é a diferença de potencial (tensão) no resistor, 𝑅 é o valor da resistência do resistor e 𝐼 é a
corrente que passa no resistor.
Fisicamente, todo material tem uma resistência (relembre a formulação para o cálculo do valor da
resistência de um condutor visto em sala), sendo que em circuitos elétricos este material ganha o
nome de resistor. Quando um resistor é percorrido por uma corrente (relembre a definição de
corrente), os elétrons que a constituem perdem energia, dessa forma o potencial elétrico (relembre a
definição de potencial elétrico) no início do resistor será maior que o potencial elétrico no final do
resistor. Considerando que o início do resistor da Figura 6 é o Nó 1 e o final do resistor é o Nó 2, o
potencial elétrico será maior no Nó 1 que no Nó 2, assim existirá uma diferença de potencial 𝑉 no
resistor. A lei de Ohm é uma expressão matemática através da qual é possível calcular a diferença de
potencial 𝑉 em um resistor com valor conhecido (em nossa disciplina o valor da resistência é sempre
conhecido) quando se conhece a corrente que passa nele. Não é difícil concluir que quando se
conhece a diferença de potencial a que um resistor está submetido, pode-se calcular a corrente que
passa por ele.

I Nó 1
+
R V
-
Nó 2

Figura 6 – Figura representativa da Lei de Ohm. Fonte: Autor.

A lei de Ohm é a base para a teoria de circuitos. Importantíssima para o curso técnico em
eletroeletrônica. O entendimento dessa lei servirá para diversas disciplinas do curso.
Aulas 19 e 20 - Lei de Ohm.

Exemplos Numéricos com a Lei de Ohm

A Figura 7(a) apresenta um resistor cuja resistência vale 10 Ω e que é percorrido por uma
corrente de 5 A.

Nó 1 Nó 1
5A I
50 V
+ +
10 Ω V 10 Ω V
- -
Nó 2
Nó 2
10 V

(a) (b)
Figura 7 – Figura para o desenvolvimento de exemplos numéricos com a Lei de Ohm. Fonte: Autor.

Se desejarmos determinar qual é a diferença de potencial que aparecerá neste resistor, devemos
aplicar lei de Ohm
𝑉 = 𝑅𝐼
nessa equação R (resistência) vale 10 e I (corrente) vale 5, ou seja
𝑉 = 10 ∗ 5
𝑉 = 50
Assim, a diferença de potencial que aparecerá no resistor vale 50 Volts, 50 V.
Na Figura 7(b) é apresentado o mesmo resistor de 10 Ω, só que para essa nova situação é dito que
o potencial elétrico no Nó 1 vale 50 V e o potencial elétrico no Nó 2 vale 10 V. Deseja-se conhecer a
corrente (I) que passa neste resistor. Para determinarmos essa corrente, devemos aplicar lei de Ohm
𝑉 = 𝑅𝐼
O valor da resistência (R) é conhecido e vale 10 Ω. Entretanto, o valor da diferença de potencial
(V) ainda não é conhecido. Para determinar o valor da diferença de potencial a que a resistor está
submetido é necessário fazer a diferença entre o valor do potencial do Nó onde a corrente entra (no
resistor) e o valor do potencial do Nó onde a corrente sai (do resistor). Assim,
𝑉 = (𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟) − (𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟)
Numericamente
𝑉 = 50 − 10
𝑉 = 40
Agora que já conhecemos o valor da diferença de potencial, podemos retornar a lei de Ohm para
calcular a corrente que passa no resistor,
𝑉 = 𝑅𝐼
Isolando a corrente na equação acima, temos
𝑉
=𝐼
𝑅
ou
𝑉
𝐼=
𝑅
Substituindo os valores numéricos
𝑉 40
𝐼= = =4
𝑅 10
Dessa forma a corrente que passa no resistor vale 4 A.
Aula 21 - Aplicações da Lei de Ohm.

Definição de Fonte de Corrente

Fontes de corrente, mostrada na Figura 8, são elementos de circuito que são capazes de manter a
corrente constante no ramo (relembre a definição de ramo) em que estão inseridas
independentemente do circuito. Ou seja, o valor da fonte 𝑖 não se altera.

Figura 8 - Símbolo de Fonte de Corrente. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

Aplicações da Lei de Ohm em Circuitos Elétricos

Dado o circuito elétrico da Figura 9, desejamos calcular a corrente que passa pelo resistor. Para
iniciar a solução do problema é possível verificar que na Figura 9 que existem dois nós, um ramo e
uma malha (identifique na figura). Nota-se também a presença de uma fonte de tensão e de um
resistor. A fonte de tensão tem diferença de potencial constante de 30 V, ao passo que o resistor tem
valor de resistência de 5 kΩ que é igual a 5000 Ω (relembre a tabela de prefixos). Lembre-se que
uma fonte de tensão tem por característica manter a diferença de potencial entre os nós que a
conectam sempre constante. Como os nós que ligam o resistor e a fonte são os mesmos na Figura 9 a
diferença de potencial no resistor e na fonte é a mesma. Assim, se a diferença de potencial na fonte
vale 30 V a diferença de potencial no resistor também vale 30 V.

Figura 9 – Circuito elétrico simples com fonte de tensão. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

Matematicamente, a lei de Ohm é escrita como


𝑉 = 𝑅𝐼
Isolante a corrente que desejamos calcular, fica
𝑉
𝐼=
𝑅
Substituindo os valores numéricos conhecidos, temos
𝑉 30
𝐼= = = 0,006
𝑅 5000
Dessa forma, a corrente que passa pelo resistor vale 0,006 A que é igual à 6 mA (relembre a
tabela de prefixos).
Dado o circuito elétrico da Figura 10 desejamos calcular a diferença de potencial no resistor. Para
iniciar a solução do problema é possível verificar que na Figura 10 que existem dois nós, um ramo e
uma malha (identifique na figura). Nota-se também a presença de uma fonte de corrente e de um
resistor. A fonte de corrente tem valor de 3 mA que é igual a 0,003 A (relembre a tabela de prefixos),
ao passo que o resistor tem valor de resistência de 10 kΩ que é igual a 10000 Ω (relembre a tabela de
prefixos). Sabe-se que a fonte de corrente mantém a corrente constante no ramo em que está inserida.
Como a fonte de corrente e o resistor estão no mesmo ramo, a corrente que passa no resistor vale
0,003 A. Podemos então aplicar a lei de Ohm
𝑉 = 𝑅𝐼
Substituindo os valores numéricos conhecidos, temos
𝑉 = 10000 ∗ 0,003 = 30
Dessa forma, a diferença de potencial no resistor é de 30 V.

Figura 10 – Circuito elétrico simples com fonte de corrente. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).
Aula 22 - Aplicações da Lei de Ohm.

Atividade de Fixação

Exercício 2 - Calcule a corrente que passa no resistor de 6 Ω. Dica: Avalie qual é a diferença de
potencial a que o resistor está submetido.
Aula 23 - Definição de Potência Elétrica em Circuitos de Corrente Contínua.

Definição de Potência

Potência é a velocidade com que se consume/absorve ou se gera energia. A unidade de medida


para a potência de um circuito de corrente contínua é o Watts (W) (ALEXANDER; SADIKU, 2013).
Matematicamente, a potência elétrica de um elemento de circuito é determinada pela equação a
seguir
𝑃 = 𝑉𝐼
em que 𝑃 é a letra que representa a potência, 𝑉 é a letra que representa a diferença de potencial a que
o elemento de circuito está submetida e 𝐼 é a letra que representa a corrente que passa pelo elemento
de circuito. Em um circuito elétrico, a velocidade com que se gera energia tem que ser igual a
velocidade com que se consume energia. Dito de outra forma, a soma das potências dos elementos
que geram energia tem que se igual à soma das potências dos elementos que consumem energia. Para
os elementos de circuito já conhecidos, pode-se classificar as fontes de tensão e de corrente como
elementos que geram energia e os resistores como elementos que consumem energia.
Para Figura 10, mostrada novamente a seguir, sabe-se que a corrente que passa no resistor é de
0,003 A e a diferença de potencial no resistor é de 30 V (conforme visto na aula 5 deste guia
didático). Dessa forma, para determina a potência dissipada, ou seja, a potência consumida pelo
resistor é só aplicar a formula,
𝑃 = 𝑉𝐼
Substituindo os valores conhecidos, ou seja, 𝑉 = 30 e 𝐼 = 0,003, temos
𝑃 = 30 ∗ 0,003 = 0,09
Assim, a potência consumida pelo resistor é de 0,09 W o que é igual a 90 mW (relembre a tabela
de prefixos). Conclui-se que para determinar a potência de um elemento de circuito é necessário
conhecer a diferença de potencial e a corrente.

Figura 10 – Circuito elétrico simples com fonte de corrente. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).
Aula 24 - Definição de Potência Elétrica em Circuitos de Corrente Contínua.

Atividade de Fixação

Exercício 3 – Determine a potência que é consumida pelo resistor de 6 Ω.


Aula 25 - Cálculo do Consumo de Energia de Equipamentos Elétricos.

Definição de Energia em Circuitos Elétricos

Energia é a capacidade de realizar trabalho. A unidade de medida para a energia consumida ou


gerada por um elemento de circuito é o Joule (J) (ALEXANDER; SADIKU, 2013).
Matematicamente, a energia elétrica que é consumida ou gerada por um elemento de circuito é
determinada pela equação a seguir
𝑊 = 𝑃𝛥𝑡
em que 𝑊 é a letra que representa a energia, 𝑃 é a letra que representa a potência do elemento de
circuito e 𝛥𝑡 é a variação do tempo em que o elemento de circuito ficou ligado. Pode-se observar que
a energia que é gerada ou consumida depende diretamente do tempo. Se por um lado, a potência
independe do tempo, por outro, a energia é função do tempo.
Para o exemplo da Figura 11, sabe-se que a potência que é consumida pelo resistor é de 0,09 W,
conforme mostrado no exemplo da aula 7 deste guia didático. Imaginando que o circuito dessa figura
fique em funcionamento por 30 minutos, determine a energia consumida pelo resistor. Para
solucionar essa questão, não podemos esquecer de colocar o tempo na unidade de base do Sistema
Internacional (relembre as unidades de base). A unidade de base do tempo é o segundo, assim o
circuito fica em funcionamento por 1800 segundos o que equivale a 30 minutos.
Aplicando a formula de energia
𝑊 = 𝑃𝛥𝑡
e substituindo os valores numéricos conhecidos, temos
𝑊 = 0,09 ∗ 1800 = 162
Dessa forma, a energia consumida pelo resistor foi de 162 J.

Figura 11 – Circuito elétrico simples com fonte de corrente. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

Cálculo da Energia Consumida por Equipamentos Elétricos

A unidade de medida padrão para a energia é o Joule (J), entretanto para a medição do consumo
de energia elétrica em residências, comércios e pequenas industrias é necessário a utilização de uma
unidade de medida mais prática, o kWh. Essa unidade de medida é a que aparece nas contas de
energia das nossas residências (verifica na conta da sua casa!). Nesta aula será visto como se
converte Joules em kWh e como pode ser estimado o consumo de energia das nossas residências.
Sabe-se que a energia é obtida pela multiplicação da potência pelo tempo. Assim, fazendo uma
análise dimensional (para investigar a unidade de uma grandeza física) na formula da aula anterior,
verificamos que um Joule equivale a um Walt*segundo, ou seja, J = Ws. Pode-se mostrar que
1 kWh = (1/3.600.000) J, ou seja a um kWh é uma grandeza muito maior que um Joule.
Suponha que uma residência tenha 5 equipamentos elétricos que consumem energia: (1) ar
condicionado; (2) batedeira; (3) churrasqueira elétrica; (4) ebulidor; e (5) televisão. A tabela 1
apresenta a potência de cada equipamento dado em (W). Os valores de potência de um equipamento
podem ser encontrados nos próprios equipamentos através das suas placas de identificação. A
terceira coluna da tabela 1 apresenta o tempo em segundos que os equipamentos ficam ligados em
média nesta residência por mês, ao passo que a energia consumida em (Ws) por cada equipamento é
mostrada na quarta coluna. O resultado da quarta coluna é obtido através do produto da segunda com
a terceira coluna, ou seja, multiplicando a potência do equipamento pelo tempo de consumo. O
resultado da quinta coluna que mostra a energia em (Wh) é obtida através da divisão da quarta
coluna por 3.600, ou seja, convertendo o resultado de segundos para horas. Para obter o resultado da
sexta coluna, energia em kWh, pode-se ou dividir o resultado da quinta coluna por 1.000 ou dividir o
resultado da quarta coluna por 3.600.000. A energia total consumida é obtida somando as linhas da
sexta coluna.
IMPORTANTÍSSIMO: Ao utilizar a calculadora tome cuidado com o ponto e a virgula. No
Brasil e na Europa, o ponto é utilizado para separar os milhares (grupo de três dígitos inteiros), ao
passo que a virgula é utilizada para separar os decimais (fração de um número inteiro). Nas
calculadoras científicas, que seguem na maioria das vezes o padrão norte americano, a virgula e o
ponto tem funções contrarias ou padrão brasileiro e europeu.
Tabela 1 – Determinação da Energia Consumida em uma Residência Mensalmente

Potência do Tempo de uso Energia Energia Energia consumida


Equipamento
equipamento (W) mensal (s) consumida (Ws) consumida (Wh) (kWh)
Ar
1300 540.000 702.000.000 195.000 195
condicionado
Batedeira 300 14.400 4.320.000 1.200 1,2
Churrasqueira 3000 10.800 32.400.000 9.000 9,0
Ebulidor 2000 108.000 216.000.000 60.000 60
Televisão 100 648.000 64.800.000 18.000 18
Energia total consumida pela unidade residencial 283,2
Aula 26 - Cálculo do Consumo de Energia de Equipamentos Elétricos.

Atividade de Fixação

Exercício 4 - Estime a consumo de energia da sua casa. Para isso, preencha a tabela a seguir. Na
coluna (Equipamento) deve ser listado ao menos 10 equipamentos elétricos presentes na sua casa. Na
coluna (Potência do equipamento) deve ser colocada a potência de cada equipamento (confira na
placa de identificação do equipamento qual é a sua potência ou consulte na internet). Na coluna
(Tempo de uso mensal) estime o tempo que o equipamento fica ligado em sua residência por mês
(escreva o resultado em segundos). A quarta, a quinta e a sexta colunas devem ser preenchidas
conforme procedimento descrito na aula anterior.
Compare o resultado final da tabela com o consumo de energia que aparece na conta de energia
da sua casa.

Potência do Tempo de uso Energia Energia Energia consumida


Equipamento
equipamento (W) mensal (s) consumida (Ws) consumida (Wh) (kWh)

Energia total consumida pela unidade residencial


Aula 27 - Lei de Kirchhoff das Correntes (LKC).

Lei de Kirchhoff das Correntes

A lei de Kirchhoff das Correntes (LKC) diz que a soma das correntes que entram em um nó é
igual a soma das correntes que saem desse nó (O'MALLEY, 1983). Dito de outra forma, a LKC
indica que o total de elétrons que chegam em um nó deve ser igual ao total de elétrons de deixam
esse nó. Essa lei está fundamentada na conservação da carga elétrica, ou seja, não se pode criar e
nem destruir um elétron dentro de um circuito.
A Figura 12 ilustra a aplicação da lei de Kirchhoff das correntes. Nela é mostrado o Nó 1 e as
correntes que entram e saem dele. As setas que apontam no sentido do nó indicam que a corrente está
entrando no nó. As setas que apontam no sentido contrário do nó indicam que a corrente está saindo
do nó. Dito de outra forma, se a seta aponta para o nó a corrente está entrando, ao passo que se a seta
aponta para fora do nó a corrente está saindo. Na Figura 12, as correntes 𝑖1 , 𝑖3 e 𝑖4 estão entrando no
Nó 1, ao passo que as correntes 𝑖2 e 𝑖5 estão saindo do Nó 1.
Aplicando a LKC ao Nó 1 é possível verificar matematicamente que
𝑖1 + 𝑖3 + 𝑖4 = 𝑖2 + 𝑖5
Ou seja, a soma das correntes que entram no nó é igual a soma das correntes que saem do nó.
A LKC é válida para todos os nós de um circuito elétrico (essa lei deve ser aplicada para cada nó
de forma separada, para cada nó existirá uma equação matemática), sendo válida independentemente
da quantidade de nós presentes no circuito.

Nó 1

Figura 12 – Correntes em um nó para ilustrar a LKC. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).


Aula 27 - Lei de Kirchhoff das Correntes (LKC).

Aplicação Numérica da Lei de Kirchhoff das Correntes

A Figura 13 apresenta um exemplo de aplicação da LKC.

Nó 2 Nó 1

Figura 13 – Aplicação numérica da LKC. Fonte: (O’MALLEY, 1983).

Neste exemplo, deseja-se determinar as correntes 𝑖1 e 𝑖2 . Verifique que existem dois nós dentro
da área circulada da figura. Partindo-se do Nó 1, nota-se que as correntes 𝑖2 e a corrente de 10 A
estão entrando neste nó, ao passo que as correntes de 2 A e 3 A estão saindo deste nó. Aplicando a
LKC no Nó 1 é possível verificar que
𝑖2 + 10 = 2 + 3
Ou seja,
𝑖2 = −5
A corrente 𝑖2 vale -5 A. O valor negativo encontrado para essa corrente indica que fisicamente a
corrente está com o sentido contrário ao mostrado pela seta.
Avaliando agora o Nó 2, verifica-se que as correntes de 16 A, 8 A e 9 A estão entrando nesse nó,
ao passo que as correntes 𝑖1 e 𝑖2 estão saindo dele. Aplicando a LKC no Nó 2 é possível verificar que
𝑖1 + 𝑖2 = 16 + 8 + 9
Ou seja,
𝑖1 + 𝑖2 = 33
Como 𝑖2 = −5, fica
𝑖1 + (−5) = 33
𝑖1 = 38
A corrente 𝑖1 vale 38 A.
Assim, para aplicar a LKC deve-se identificar os nós do circuito, analisar quais correntes estão
entrando ou saindo dos nós e escrever uma equação para cada nó.
Aula 28 - Lei de Kirchhoff das Correntes (LKC).

Atividade de Fixação

Exercício 5 - Determine o valor das correntes 𝐼1 , 𝐼2 e 𝐼3 do circuito a seguir. Dica: identifique os nós
do circuito e aplique a LKC para cada um deles.

Fonte: (O’MALLEY, 1983).


Aula 29 - Lei de Kirchhoff das Tensões (LKT).

Lei de Kirchhoff das Tensões

A lei de Kirchhoff das Tensões diz que a soma dos ganhos de tensão em uma malha é igual a
soma das quedas de tensão (O'MALLEY, 1983). Lembre-se que uma malha é um caminho fechado
sem nenhum outro caminho dentro. Lembre-se também que sempre existirá um ganho de tensão
quando a corrente entrar pelo terminal negativo e sair pelo terminal positivo de um elemento de
circuito (os elétrons ganharão energia neste processo) e sempre existirá uma queda de tensão quando
a corrente entrar pelo terminal positivo e sair pelo terminal negativo de um elemento de circuito (os
elétrons perderão energia neste processo).
A Figura 14 apresenta um circuito que contém uma única malha. Verifique inicialmente que cada
elemento de circuito apresenta uma diferença de potencial diferente, arbitrada/escolhida em um
primeiro momento. Nesse circuito apareceu pela primeira vez o símbolo de um retângulo para
representar um elemento de circuito. Esse símbolo é genérico e é utilizado sempre para descrever um
elemento de circuito qualquer, pode ser um resistor, uma fonte de tensão, uma fonte de corrente ou
outro elemento. Note que existe uma seta circulando a malha. Essa seta indica o sentido de
circulação da corrente da malha para a aplicação da LKT. Em nossa disciplina adotaremos como
padrão o sentido de circulação horário. Obedecendo esse sentido de circulação na Figura 14, quando
a seta entrar no terminal negativo de um elemento de circuito ocorrerá um ganho de tensão e quando
a seta entra no terminal positivo ocorrerá uma queda de tensão. Neste exemplo, as tensões 𝑣1 e 𝑣4
são ganhos de tensão e as tensões 𝑣2 , 𝑣3 e 𝑣5 são quedas de tensão.
Matematicamente, aplicando a LKT a malha presente neste circuito temos,
𝑣1 + 𝑣4 = 𝑣2 + 𝑣3 + 𝑣5

Figura 14 – Circuito com uma única malha para ilustrar a LKT. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

A lei de Ohm e as leis de Kirchhoff são as leis básicas para a teoria de circuitos elétricos. A
compreensão dessas leis é o fundamento para tudo o que será desenvolvido posteriormente.
Aula 29 - Lei de Kirchhoff das Tensões (LKT).

Aplicação Numérica da Lei de Kirchhoff das Tensões

A Figura 15 apresenta um circuito elétrico com uma única malha onde se deseja determinar o
valor da diferença de potencial v. Como se conhece os valores das diferenças de potencial de todos
os elementos de circuitos presentes, para solucionar o problema deve-se escolher o sentido de
circulação da corrente de malha como sendo o sentido horário e investigar quais elementos produzem
ganhos de tensão e quais produzem quedas de tensão. Neste exemplo, são ganhos de tensão 40 V e
10 V e são quedas de tensão 20 V, 60 V e a tensão desconhecida v. Aplicando a LKT temos,
40 + 10 = 20 + 60 + 𝑣
50 = 80 + 𝑣
−30 = 𝑣
Assim, a tensão desconhecida vale -30 V.

Figura 15 – Circuito com uma única malha para ilustrar a LKT. Fonte: (O’MALLEY, 1983).
Aula 30 - Lei de Kirchhoff das Tensões (LKT).

Atividade de Fixação

Exercício 6 – Determine o valor das tensões 𝑉1, 𝑉2 e 𝑉3. Dica: identifique as malhas do circuito e
aplique a LKT para cada uma delas.

Fonte: (O’MALLEY, 1983).

Atividade Avaliativa

Entregue as atividades de fixação das aulas 18, 22, 24, 26, 28 e 30 deste guia didático em um
único arquivo no Moodle da disciplina, na tarefa denominada “Atividade Avaliativa das Leis Básicas
de Circuitos Elétricos”. O único formato de arquivo aceito será o formato .pdf. Dessa forma,
digitalize as repostas feitas à mão e compacte tudo em um só arquivo. As atividades dessa semana
serão avaliadas em 10 pontos.
Aula 31 - Associação de Resistores em Série e Paralelo.

Elementos de Circuito em Série

Dois ou mais elementos de circuitos estarão em série quando forem percorridos pela mesma
corrente elétrica (O'MALLEY, 1983).

Elementos de Circuito em Paralelo

Dois ou mais elementos de circuitos estarão em paralelo se forem ligados pelos mesmos nós, ou
seja, se estiverem submetidos a mesma diferença de potencial (O'MALLEY, 1983).

Identificação de Elementos de Circuito em Série e Paralelo

Na Figura 16 é possível verificar que os resistores de 1 Ω e 5 Ω estão em série, pois só existe um


caminho para a corrente. Assim, a corrente que passa pelos dois resistores é a mesma. Por outro lado,
os resistores de 6 Ω e 3 Ω estão em paralelo, pois esses resistores estão ligados pelos mesmos nós (dê
nome aos nós desse circuito para identificar isso). Assim, a diferença de potencial neles é a mesma.
Os outros resistores não estão nem em série e nem em paralelo.

Figura 16 – Exemplo para identificação de elementos de circuito em série e paralelo.

Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

Associação de Resistores em Série

A resistência equivalente de qualquer número de resistores ligados em série é a soma das


resistências individuais (ALEXANDER; SADIKU, 2013). Quando dois resistores, 𝑅1 e 𝑅2 ,
estiverem ligados em série conforme apresentado na Figura 17, eles podem ser substituídos por um
resistor 𝑅𝑒𝑞 que tem resistência equivalente à eles. Para determinar o valor numérico da resistência
equivalente é só fazer
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2

Figura 17 – Associação de resistores em série. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

Associação de resistores em paralelo

A resistência equivalente de dois resistores ligados em paralelo é igual ao produto de suas


resistências dividido pela sua soma (ALEXANDER; SADIKU, 2013). Quando dois resistores, 𝑅1 e
𝑅2 , estiverem ligados em paralelo conforme apresentado na Figura 18, eles podem ser substituídos
por um resistor 𝑅𝑒𝑞 que tem resistência equivalente à eles. Para determinar o valor numérico da
resistência equivalente é só fazer
𝑅1 𝑅2
𝑅𝑒𝑞 =
𝑅1 + 𝑅2

Figura 18 – Associação de resistores em paralelo. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

Exemplo numérico

Obtenha o resistor equivalente 𝑅𝑎𝑏 do circuito elétrico a seguir:


Observe na figura acima que os resistores de 1 Ω e 5 Ω estão em série, pois estão no mesmo
ramo, assim o resistor equivalente aos dois pode ser determinado como
𝑅𝑒𝑞1 = 1 + 5 = 6

Redesenhando o circuito, fica

Observe na figura acima que os resistores de 4 Ω e 6 Ω estão em paralelo, pois são ligados pelos
mesmos nós, assim podemos determinar o resistor equivalente como
4∗6
𝑅𝑒𝑞2 = = 2,4
4+6
Redesenhado o circuito, temos

Nó c Nó d

Na figura acima os resistores de 2,4 Ω e 12 Ω estão ligados pelos mesmos nós (nó d e nó b),
dessa forma eles estão em paralelo. Assim temos
2,4 ∗ 12
𝑅𝑒𝑞3 = =2
2,4 + 12
Redesenhando o circuito, fica
Note na figura acima que os resistores de 2 Ω e 1 Ω estão em série. Assim temos que
𝑅𝑒𝑞4 = 1 + 2 = 3

Redesenhando temos o seguinte circuito

Note na figura acima que os resistores de 3 Ω e 6 Ω estão em paralelo. Assim temos que
3∗6
𝑅𝑒𝑞5 = =2
3+6
Redesenhando temos o seguinte circuito

Note na figura acima que os resistores de 3 Ω e 2 Ω estão em paralelo. Assim temos que
3∗2
𝑅𝑒𝑞6 = = 1,2
3+2
Redesenhando temos o seguinte circuito
Por fim, observe que na figura acima que os resistores de 10 Ω e 1,2 Ω estão em série. Assim
temos que
𝑅𝑎𝑏 = 10 + 1,2 = 11,2
Logo o circuito final fica assim
Aula 32 - Associação de Resistores em Série e Paralelo.

Atividade de Fixação

Exercício 1 - Determine o valor da resistência equivalente dos circuitos a seguir. Dica:


Identifique se os resistores estão em série ou em paralelo, em caso positivo, associe os resistores
conforme mostrado na aula 19 e redesenhe o circuito substituindo os resistores associados pelo
resistor equivalente.

(a)

(b)
Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).
Aulas 33 e 34 - Transformação Estrela-Triângulo.

Introdução aos Circuitos em Estrela e em Triângulo

Em análise de circuitos, muita das vezes, surgem situações práticas em que os resistores
presentes em um circuito não estão nem em série e nem em paralelo, conforme circuito apresentado
na Figura 19 (Verifique que não existem resistores nem em série e nem em paralelo!).

Figura 19 – Circuito em ponte. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

Um conjunto de três resistores formarão uma estrela (na concepção de circuitos elétricos) quando
eles estiverem dispostos da maneira apresentada na Figura 20. Ao passo que três resistores formarão
um triângulo (na concepção de circuitos elétricos) quando eles estirem dispostos da maneira
apresentada na Figura 21.

Figura 20 – Resistores dispostos em forma de estrela. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

Figura 21 – Resistores dispostos em forma de triângulo. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).


Transformação Estrela-Triângulo

A transformação estrela-triângulo reside em substituir os resistores que estão dispostos


fisicamente conforme Figura 20, por resistores dispostos conforme Figura 21. A Figura 22 apresenta
um esquema de circuito elétrico em que é superposta uma estrela dentro de um triângulo. Para
realizar a troca dos resistores que compõem a estrela (interna na Figura 22) pelos resistores do
triângulo (externo na Figura 22) é necessário o ajuste nos valores dos resistores da estrela. Este ajuste
é realizado pelas equações a seguir (ALEXANDER; SADIKU, 2013)
𝑅1 𝑅2 + 𝑅1 𝑅3 + 𝑅2 𝑅3
𝑅𝑎 =
𝑅1
𝑅1 𝑅2 + 𝑅1 𝑅3 + 𝑅2 𝑅3
𝑅𝑏 =
𝑅2
𝑅1 𝑅2 + 𝑅1 𝑅3 + 𝑅2 𝑅3
𝑅𝑐 =
𝑅3
Na transformação estrela-triângulo, converte-se um circuito que tem resistores ligados em estrela
para um circuito que tem resistores ligados em triângulo.

Figura 22 – Esquema para realizar a transformação Estrela-Triângulo. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

Exemplo Numérico de Transformação Estrela-Triângulo

Obtenha os valores dos resistores 𝑅𝑎 , 𝑅𝑏 e 𝑅𝑐 que substituem eletricamente os resistores da


estrela dada na Figura 23. Para obter os valores desejados, pode-se simplesmente aplicar as
formulações dadas na aula 22.
𝑅1 𝑅2 + 𝑅1 𝑅3 + 𝑅2 𝑅3
𝑅𝑎 =
𝑅1
𝑅1 𝑅2 + 𝑅1 𝑅3 + 𝑅2 𝑅3
𝑅𝑏 =
𝑅2
𝑅1 𝑅2 + 𝑅1 𝑅3 + 𝑅2 𝑅3
𝑅𝑐 =
𝑅3
Substituindo valores, tempos
10 ∗ 20 + 10 ∗ 40 + 20 ∗ 40
𝑅𝑎 = = 140
10
10 ∗ 20 + 10 ∗ 40 + 20 ∗ 40
𝑅𝑏 = = 70
20
10 ∗ 20 + 10 ∗ 40 + 20 ∗ 40
𝑅𝑐 = = 35
40
Verifique as contas.

Figura 23 – Exemplo de transformação Estrela-Triângulo. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).


Aula 35 - Transformação Estrela-Triângulo.

Exercício de Fixação

Exercício 2 - Faça a transformação estrela-triângulo no circuito a seguir para determinar os


valores dos resistores 𝑅𝑎 , 𝑅𝑏 e 𝑅𝑐 . Dica: atenção na utilização da formulação, observe onde estão
localizados os valores de 𝑅1 , 𝑅2 e 𝑅3 para essa configuração de 𝑅𝑎 , 𝑅𝑏 e 𝑅𝑐 .

15 Ω 25 Ω

35 Ω
Aulas 36 e 37 - Transformação Triângulo-Estrela.

Transformação Triângulo-Estrela

A transformação triângulo-estrela reside em realizar a troca dos resistores que compõem o


triângulo (resistores externos da Figura 24) pelos resistores da estrela (resistores internos da Figura
24), sendo necessário para isso o ajuste nos valores dos resistores do triângulo. Este ajuste é
realizado pelas equações a seguir (ALEXANDER; SADIKU, 2013)
𝑅𝑏 𝑅𝑐
𝑅1 =
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 + 𝑅𝑐
𝑅𝑎 𝑅𝑐
𝑅2 =
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 + 𝑅𝑐
𝑅𝑎 𝑅𝑏
𝑅3 =
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 + 𝑅𝑐
Na transformação triângulo-estrela, converte-se um circuito que tem resistores ligados em
triângulo para um circuito que tem resistores ligados em estrela.

Figura 24 – Esquema para realizar a transformação Triângulo-Estrela. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

Exemplo Numérico de Transformação Triângulo-Estrela

Obtenha os valores dos resistores 𝑅1 , 𝑅2 e 𝑅3 que substituem eletricamente os resistores do


triângulo dada na Figura 25. Para obter os valores desejados, pode-se simplesmente aplicar as
formulações dadas na aula 24.
𝑅𝑏 𝑅𝑐
𝑅1 =
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 + 𝑅𝑐
𝑅𝑎 𝑅𝑐
𝑅2 =
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 + 𝑅𝑐
𝑅𝑎 𝑅𝑏
𝑅3 =
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 + 𝑅𝑐
Comparando a Figura 24 com a Figura 25 é possível verificar que 𝑅𝑎 = 15 Ω, 𝑅𝑏 = 10 Ω e 𝑅𝑐 = 25 Ω
(Verifique!), substituindo os valores nas formulas temos,
10 ∗ 25
𝑅1 = =5
15 + 10 + 25
15 ∗ 25
𝑅2 = = 7,5
15 + 10 + 25
15 ∗ 10
𝑅3 = =3
15 + 10 + 25
Verifique as contas.

Figura 25 – Exemplo de transformação Triângulo-Estrela. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).


Aula 38 - Transformação Triângulo-Estrela.

Exercício de Fixação

Exercício 3 - Faça a transformação triângulo-estrela no circuito a seguir para determinar os


valores dos resistores 𝑅1 , 𝑅2 e 𝑅3 . Dica: atenção na utilização da formulação, observe onde estão
localizados os valores de 𝑅𝑎 , 𝑅𝑏 e 𝑅𝑐 para essa configuração de 𝑅1 , 𝑅2 e 𝑅3 .

150 Ω

75 Ω 50 Ω
Aula 39 e 40 - Associação de Resistores em Circuitos Mistos.

Exercício de Fixação

Exercício 4 - Associe os resistores do circuito a seguir. Dica: para desenvolver a associação de


resistores a seguir verifique primeiramente se existem resistores em série ou em paralelo, caso não
haja faça uma transformação estrela-triângulo ou triângulo-estrela, após a transformação avalie se
existem resistores em série ou em paralelo e proceda a associação de resistores.
Aula 41 - Definição de Capacitores Elétricos.

Capacitores em Corrente Contínua

Capacitores são elementos passivos, ou seja, que não são capazes de gerar energia, que são
projetados para armazenar energia em corrente contínua em seu campo elétrico (ALEXANDER;
SADIKU, 2013). Aqui aparece uma diferença fundamental entre fontes (de tensão e de corrente),
resistores e capacitores. As fontes são elementos de circuito que geram energia (elementos ativos),
ou seja, fornecem energia para os elétrons aumentando o potencial no circuito. Os resistores são
elementos de circuito que consumem energia (elementos passivos), ou seja, os elétrons perdem
energia ao passarem por um resistor o que diminui o potencial do circuito. Os capacitores, por sua
vez, são elementos passivos que armazenam energia, ou seja, não geram e nem consumem energia.
Um capacitor fundamental é constituído por duas placas paralelas condutoras separadas por um
material isolante, conforme Figura 26. A existência de um material isolante entre as placas paralelas
impede que os elétrons passem de uma placa condutora para a outra (Relembre a definição de
material isolante). Assim, em regime permanente, caso o capacitor seja submetido a uma diferença
de potencial (por uma fonte de tensão como mostrado na Figura 26) acontecerá uma reparação de
cargas nas placas paralelas do capacitor, ficando uma das placas carregadas positivamente e a outra
carregada negativamente. A carga 𝑞 que é acumulada nas placas é função da diferença de potencial
imposta sobre elas 𝑣 e da capacitância 𝐶 do capacitor. Capacitância é a razão entre a carga
depositada em uma placa de um capacitor e a diferença de potencial entre as duas placas, sendo a
unidade de medida da capacitância o farads (F) (ALEXANDER; SADIKU, 2013). Matematicamente,
a carga armazenada no capacitor pode ser calculada como
𝑞 = 𝐶𝑣
Com o conhecimento da diferença de potencial imposta sobre as placas, 𝑣, e da capacitância é
possível determinar a energia que é armazenada no capacitor, 𝐸𝐶 , através da equação
1
𝐸𝐶 = 𝐶𝑣 2
2
É importante observar que em corrente contínua o capacitor se comporta como um circuito
aberto, ou seja não passa corrente através do capacitor. Os elétrons não passam pelo meio isolante
que separa as placas paralelas do capacitor.

Figura 26 – Capacitor de placas paralelas. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).


Aula 42 - Definição de Capacitores Elétricos.

Símbolo de Circuito

O símbolo utilizado para representar os capacitores em circuitos elétricos é apresentado na Figura


27.

Figura 27 – Símbolo de circuito para capacitores elétricos. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

Atividade

Exercício 5 - Faça uma breve pesquisa sobre capacitores de poliéster, cerâmico e eletrolítico.
Discuta a diferença entre esses tipos de capacitores e suas aplicações práticas.
Aula 43 - Associação de Capacitores: Série e Paralelo.

Associação de Capacitores em Paralelo

De forma análoga ao realizado na associação de resistores, pode-se associar capacitores para que
se obtenha um circuito simplificado equivalente. Dado o circuito da Figura 28(a), consegue-se
reduzi-lo para o circuito da Figura 28(b). O procedimento para isso é realizar a soma das
capacitâncias (ALEXANDER; SADIKU, 2013).
𝐶𝑒𝑞 = 𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 + ⋯ + 𝐶𝑁

Percebe-se pela Figura 28(a) que os capacitores estão ligados em paralelo, ou seja, estão ligados
pelos mesmos nós. Assim, nota-se que a associação de capacitores em paralelo é feita através da
soma das capacitâncias individuais.

(a) N capacitores conectados em paralelo (b) Circuito equivalente para os capacitores em paralelo.
Figura 28 – Método de associação de capacitâncias em paralelo. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

Associação de Capacitores em Série

A Figura 29(a) apresenta um circuito com N capacitores em série, consegue-se reduzi-lo para o
circuito da Figura 29(b). O procedimento para isso é computar a relação do produto pela soma das
capacitâncias associadas duas a duas (ALEXANDER; SADIKU, 2013).
𝐶1 . 𝐶2
𝐶𝑒𝑞1 =
𝐶1 + 𝐶2
Na Figura 29(a) os capacitores estão ligados em série, ou seja, estão no mesmo ramo.

(a) N capacitores conectados em série (b) Circuito equivalente para os capacitores em série.
Figura 29 – Método de associação de capacitâncias em série. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).
Aula 44 - Associação de Capacitores Série e Paralelo.

Exercício de Fixação

Exercício 6 – Obtenha a capacitância equivalente dos circuitos a seguir:


Aula 45 - Definição de Indutores.

Indutores em corrente contínua

Indutores são elementos de circuitos passivos projetos para armazenar energia em seu campo
magnético (ALEXANDER; SADIKU, 2013). O comportamento magnético dos materiais será alvo
de estudo da disciplina Máquinas Elétricas. Para os alunos que desejarem mais informações sobre
campos magnéticos podem encontra-las em (ÁLVARES; LUZ, 2011).
A Figura 30 apresenta a forma clássica de um indutor. Basicamente, um indutor é uma bobina de
fio condutor. Essa bobina contém um número de espiras enroladas em um núcleo que tipicamente é
de algum material ferromagnético. Dependo da quantidade de espiras, da área de seção transversal do
núcleo, do comprimento do indutor e do material de que é feito o núcleo, existirá uma indutância
associado ao indutor. Indutância é a propriedade física segundo a qual um indutor se opõe à mudança
do fluxo de corrente através dele, a unidade de medida da indutância é o henry [H] (ALEXANDER;
SADIKU, 2013). Conhecendo a valor da indutância associada ao indutor (representada pela letra 𝐿) e
da corrente que passa pelo indutor (representada pela letra 𝑖) é possível determinar a energia
armazenada no indutor (representada pela letra 𝐸𝐼 ) como
1 2
𝐸𝐼 = 𝐿𝑖
2
É importante observar que em circuitos elétricos de corrente contínua o indutor se comporta
como um condutor ideal, ou seja, não existe diferença de potencial no indutor.

Figura 30 – Forma clássica de um indutor. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

O símbolo utilizado para representar os indutores em circuitos elétricos é o apresentado na Figura


31.

Figura 31 – Símbolo de circuito para indutores. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).


Aula 46 - Definição de Indutores.

Atividade

Exercício 7 - Faça uma breve pesquisa sobre indutores. Mostre como são construídos os
indutores e apresente as principais aplicações práticas deles.
Aula 47 - Associação de Indutores Série e Paralelo.

Associação de Indutores em Série

De forma análoga ao realizado na associação de resistores, pode-se associar indutores para a


obtenção de um circuito simplificado equivalente. Dado o circuito da Figura 32(a), consegue-se
reduzi-lo para o circuito da Figura 32(b). O procedimento para isso é realizar a soma das indutâncias.
𝐿𝑒𝑞 = 𝐿1 + 𝐿2 + 𝐿3 + ⋯ + 𝐿𝑁

Percebe-se pela Figura 32(a) que os indutores estão ligados em série, ou seja, estão no mesmo
ramo. Assim, nota-se que a associação de indutores em série é feita de forma análoga ao realizado
com a associação de resistores em série.

(a) N indutores conectados em série (b) Circuito equivalente para os indutores em série.
Figura 32 – Método de associação de indutores em série. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).

Associação de Indutores em Paralelo

A Figura 33(a) apresenta um circuito com N indutores em paralelo, consegue-se reduzi-lo para o
circuito da Figura 33(b). O procedimento para isso é computar a relação do produto pela soma das
indutâncias associadas duas a duas.
𝐿1 . 𝐿2
𝐿𝑒𝑞 =
𝐿1 + 𝐿2
Na Figura 33(a) os indutores estão ligados em paralelo, ou seja, estão ligados pelos mesmo nós.

(a) N indutores conectados em paralelo (b) Circuito equivalente para os indutores em paralelo.
Figura 33 – Método de associação de indutores em paralelo. Fonte: (ALEXANDER; SADIKU, 2013).
Aula 48 - Associação de Indutores Série e Paralelo.

Exercício de Fixação

Exercício 8 – Obtenha a indutância equivalente dos circuitos a seguir:

Atividade Avaliativa

Entregue as atividades de fixação das aulas 32, 35, 38, 39, 40, 42, 44, 46 e 48 deste guia didático
em um único arquivo no Moodle da disciplina, na tarefa denominada “Atividade Avaliativa sobre
Elementos de Circuitos Passivos”. O único formato de arquivo aceito será o formato .pdf. Dessa
forma, digitalize as repostas feitas à mão e compacte tudo em um só arquivo. As atividades dessa
semana serão avaliadas em 10 pontos.
REFERÊNCIAS

ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de Circuitos Elétricos, 5a ed., McGraw


Hill, 2013.
ÁLVARES, Beatriz Alvarenga; LUZ, Antônio Máximo Ribeiro. Física – Contexto e Aplicações: 3º
ano. São Paulo: Sicipione, 2013.
O'MALLEY, John. Análise de Circuitos, Bookman, 2a. ed, 1983.

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