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Nome: Breno Gomes Peixoto Curso: Eletroeletrônica 2° ano

Professor: Gilbert Daniel Matéria: Artes

Estudo Teórico II: Assistir ao vídeo sobre a obra de Hélio Oiticica e produzir um texto
contextualizando Três obras de Hélio Oiticica.

Hélio Oiticica é um artista que desde seu início foi se inovando e se desprendendo
dos padrões do que seria a arte. Do quadro ao espaço, percebe-se que suas obras se tem
já na década de 60 um significado mais extenso do que a simples admiração de uma
pintura qualquer. Citando uma experiência do autor em questão, Hélio chega a um ponto
onde é levado a “experimentar” o cotidiano da favela da Mangueira, lugar
costumeiramente visitado pelo mesmo, nisto suas obras produzidas a partir deste
momento começar a apresentar elementos mais voltados a realidade das camadas
populares do Brasil no período em questão.

Citando de modo geral suas obras, têm-se os Bólides, a Tropicália e de modo mais
concreto, “Nas quebradas”. Os bólides “nasceram” no mesmo período aproximadamente
dos parangoles, em meados de 1964, sua característica idealizada por Oiticica seria o de
apresentar as coisas como realmente são, em sua forma mais pura, a citar uma obra desta
generalização, têm-se o “Bólide V. 1”, está obra apresenta a cor, quebrando o estigma de
representação somente, nesta, é possível encontrar a cor em sua forma “total”, como
discorrido pelo apresentador, já que vemos o pigmento e não sua diluição numa obra
qualquer que o fora. Fazendo parte deste acervo das bólides, encontramos em suma
maioria, recipientes de vidro, guardando por exemplo brita e conchas a fim de vermos a
cor do objeto como realmente vem a ser, ademais, não se apresenta somente a cor de um
objeto em si, a bólide Cara de Cavalo se destaca por ser uma homenagem do artista ao
marginal, logo amigo da Mangueira, que no período, fora morto por ideais de
libertinagem.

Visto que suas obras ganham um maior significado já neste período de repressão
das autoridades, onde o mesmo busca representar os acontecimentos as tornando uma
chave de períodos, temos a Tropicália. Sendo um termo geral sobre o que está
representado no espaço em questão, encontramos um local tropical, plantas e areia fazem
presença, porquanto, Hélio tratou de dispor ao chão poemas e frases, escritos por ele e
outros a convite, nisso, traz à tona novamente suas obras de espaços de interação, onde
se é possível entrar em labirintos e outros.

Apesar de não ser acompanhado de modo direto no documentário, uma terceira


contextualização da obra, em minha concepção será por sobre a obra “Nas quebradas”. A
mesma foi apresentada de modo breve ao final do vídeo, mas me chamou a atenção pelo
fato de ser uma obra disposta num local público a céu aberto, no entanto, apresenta uma
construção de modo singelo. “Na quebradas” faz referência a favela, telhas e britas
compõem esta obra, e fazendo ligação a história e convivência do artista Hélio se entende
que neste ponto suas obras estão saturadas da representação destes locais, não sendo um
ponto negativo, antes é possível perceber o quão importantes e influenciáveis esta
convivência nas favelas lhe aprouveram em significado para novas obras.

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