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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO

DEPARTAMENTO DE MÚSICA

Tópicos em História da Música I

Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro

Discente: Carmem Ribeiro Costa (6438124)

Fichamento do capítulo 10 - Raynor

O capítulo se inicia citando dois autores, Whythorne e Morley, que escreveram sobre a
decadência da música no século XVI.

Segundo Whythorne, não havia "falta de entusiasmo musical ou degradação do gosto; o que
lhe parecia perigoso era a falta, entre profissionais e amadores, de preparo musical." (p. 153)

A Reforma impactou no uso de órgãos nas igrejas, e afetou também a educação musical. Os
saberes musicais foram fragmentados e o música não era mais "executante, musicólogo e
compositor criativo" (p. 155) como era antes da Reforma.

Devido à dissolução dos mosteiros, no tempo dos Tudors, muitos músicos (entre outros
profissionais) ficaram desempregados. Os prejuízos na educação musical foram grandes e " a
música como disciplina intelectual geralmente considerada como de valor deixou de ser parte
da educação" (p. 160)

Importante citar que, no Hospital de Cristo, uma casa de caridade, em 1589, os dirigentes da
escola de música proibiram que crianças sem deficiências estudassem música. Em muitas
igrejas não era permitido que meninos ricos fossem coristas. A educação musical mínima
parece ser considerada uma tentativa de garantir algum meio de subsistência para quem não
conseguiria trabalhar em nada mais.

"o patrocínio privado não desempenhou papel decisivo no desenvolvimento da música inglesa
(...) os músicos empregados em casas ricas na Inglaterra não deixaram um acervo importante
de composições" (p. 165)

Os nobres empregavam músicos em suas casas, sendo muitos estrangeiros. Nessas casas, a
música era uma "atividade amadorista exercida como hábito agradável pela família e seus
serviçais" (p. 170). Já nas casas de classe média londrina, a música era socialmente
importante como diversão familiar. (idem) "O cultivo da música pela classe média talvez se
restringisse a Londres" (p. 171)

As músicas compostas a partir desse período tinham como característica marcante a sua
adaptabilidade a diferentes instrumentações.
O teatro inglês tinha necessariamente música e saber música era muito importante para um
ator, havendo situações em que músicos eram contratados especialmente para as peças.

"O que a sociedade inglesa de classe média da idade de ouro de fato desenvolveu foi o íntimo
prazer social da música de câmara, tanto para vozes como instrumentos" (p. 179)

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