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7/29/2019 Hotel Planejamento 1

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- J.
Hotel Planejamento 1

----Q tema "hotel" é desses que se vão


ror,tando complexos na medída em que
mais se está inirjadÕ-efn s-equs desdobra-

meq{.1 . i :r "J-- un -{r::ql4esàinado a abri-


gar p.'tsoa; cleerige+sheterogêneas, com

temfe.snentos, oropósitos e interesses


muito orversus, rJill f,uiel requer planeja-
meiltc de ;':.rdos ôtj asp*$os que com-
põem sua existência em permanente
atividade. Como um estabelecimento co-
mercial peculiar, com infindáveis exigên-
cias de organizaçâo, ele nunca se pode

permitir fechar-se ou deixar de estar aler-


ta para as necessídades da clientela.
Neste livro, a riqueza do tema benefi-
cia-se da vasta experiência dos autores na
elaboração e desenvolvimento de nume-
rosos projetos de edifícios hoteleiros. Eles
começaram a acumular esse saber aplica-

do a específicas condições brasileiras em


meados dos anos 70 e são pioneiros num
trabalho que no país ainda hoje atrai raros
profissionais.
O núcleo de Hotel: plan,ejamento e
projeto, que se inicia na fase anterior à
construção do edifício, íncluindo questoes
de áreas instalações,
e de elaboração do
programa e do dimensionamento, aborda
também temas que se integram no con-
texto geral da edificação, situando-a de
forma ampla no fenômeno hoteleiro: um
breve histórico da hotelaria, a definição
do produto a ser oferecido_, a localização
re_

e parâmetros de custos
de implanta@ e equípamentos,

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5UMÁRlo

Nclta do ed'itor, 7
ÀgradecirnemCIã, :'9
Prefáeio, 1L
Iatrodução, 13
Um breve histdrico,, 16
Definição do produto, 26
tçcalÍaaçãq, 36
Tipos de hotel, 42
0 projeto, 88
Parânrçtros de custos, 234
Bibliografi-,ã,, 239
Índice gga1,,24!

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NOTA DO EDITOR

A expansão do mercado turístico nacional, acompanhando a tendência


mundial, tem exigido do empresariado e do pessoal gerencial-administrativo
do setor hoteleiro atenção maior à crescente complexidade desse mercado.
Respaldados em dêcadas de experiência na elaboraçáo, desenvolvimen-
to, coordenaçã,o e supervisão de projetos arquitetônic.'s de vulto, os autores
de Hotel: planejamento e projeto detalham as etapas necessárias à concepção
de um projeto e, ao analisar os diversos tipos de hotéis, estudam aviabilidade
e asvaúâveis que influenciam na decisão quanto ao porte, Iocalizaçáo e estilo
do empreendimento.
Ao apresentar mais uma publicaçáo da ârea de Hotelaria e Turismo, a
Editora SENAC São Paulo estâ certa de contribuir com um instrumento
valiosíssimo para profissionais de arquiterura e engenharia, empresários do
setor e estudantes e pesquisadores interessados no tema.

I
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AGRADECIMENTOS

adecimentos
Queremos manifestar nossos profundos agt
ANcera.PAGLIUSOBASSO,peladedicaçáoeentusiasmoComqueparticÈ
des-
pou desta empreitada, desdobrando-se sempre que precisamos de aiuda,
de o levantamento de informações, escolha de ilustrações, produção
de
que sequer
desenhos, copidesque, sugestões; algumas que pedíamos e outras
eiaboraÇão des-
imagrnâvamos. Enfim, uma arquiteta dos sete instrumentoslA
te livro teria sido bem mais difícil sem sua colabotaçáo-
LucraNe. BoN DUARTE, pelo desenvolvimento da pesquisa
bibliográfica
inicial e de índices hoteleiros.
AMAURI ANTONTO PELLOSO,pela ConSultoria que forneceu pafa o setor de
equipamentos pafa cozinhas e lavanderias, com a disponibilidade
e compe-
sua empresa
tência que cafact eúzamsua atuaçào, bem atestadas pelo êxito de
consultoria, a Placontec'
de
LUIZ ANTONiO DE MORAES, pela Contribuição no que se refere aos siste-
mas de ar-condicionado e exaustão'
Hrcton PERTZ, que reviu e complementou as informações relacionadas
com os sistemas eiétricos.
JoRGE DuARTE, pela colabonçáo na parte de

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12 HOTEL: pLANEJAMENïO E PROJETo

No Brasil, conceitos avançados no campo do planejamento hoteleiro


também têm recebido destaque. A complexidade que envolve as funções de
hospedagem e atividades administrativas dos novos modelos de empreendi*
mentos hoteleiros no mundo globalizado é o eixo central do pioneiro traba-
lho desenvolvido por Nelson Andrade, Paulo Lucio de tsrito e wilson Edson
Jorge. Baseada na experiência e no aprendizado profissional dos autores, a
olsra é um guia seguro para os peregrinadores em busca da Meca do conhe_
cimento hoteleiro. Amparados em eficiente metodologia e grande acuidade,
eles detalham as etapas necessárias paru dimensionar, com precisão, os fâto-
res inerentes à concepção de um projeto hoteleiro. Estão agrupados os itens
que antecedem o projeto arquitetônico, como a definição do seguimento de
mercado que se pretende atingiÍ, o perfil dos usuários, a
co-financeira do empreendimento e sua localizaçã,o, a tipologia
viabilidadeeconômi-
do edifício, o
número de apatamentos, o padrão das instalações e os equipamentos neces-
sários, e os itens pertinentes ao projeto técnico, como os sistemas hidráulico-
sanitários e eletrônicos que devem ser utilizados, a divisão dos setores
compreendidos no hotel, a configuração dos andares e das âreas sociais e
recreativas do prédio e a melhor forma de administraf o empreendimento.
Todo o entendimento necessâno para o sucesso do projeto estâ mapeado

nos tópicos, subtópicos,


desenvolvimento hoteleirográficos e ilustrações,
no Brasil que recuperam a história do
e no mundo e expõem os fatores respon-
sáveis pelo atual estâgio evolutivo do turismo nos continentes. A partir dessa
clata abotdagem acerca dos caminhos e perspectivas do mercado turístico inter-
nacional, os autores edificam seu esquema de trabalho, detalhando os atuais
tipos de hotéis e a melhor forma de escolher um empreendimento. Andrade,
Brito e Jorge consideram todas as variáveis que envolvem e influenciam essa
decisão estratégica, sinalizando, com exatidão, os fatores da viabilidade.Trata-
se de um trabalho completo, inclusive na análise do projeto de arquitetura e do
programa administrativo mais adequado ao porte e ao estilo do hotel.
Quadros comparativos permitem a visualização dos mercados hotelei-
ros mundiais e as diferenças qualitativas e quantitativas pertinentes. perfeito
pan empresários que pÍetendem montar estabelecimentos baseados em re-
ceitas que deram certo no exterior e para quem prefere distanciar-se de mo_
delos preconcebidos. Tudo listado com prós e contras.
A presente "bíl)lia" comprova,
profissionais e autores desta colaboraçã,o só, a dedicação
por siinovadora, e o empenho
instrumento dos
fundamental
para os corpos gerenciais, funcionais, administrativos e profissionais da ca-
deia hoteleira.
Julio Serson
Presidente da ABIH-SP - Associação Brasileira da Indústria Hoteleira São paulo
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TNTRODUçAO

O dinamismo que o setor hoteleiro vem demonstrando nos últimos anos


não se reflete nas informações disponíveis sobre o planejamento e o projeto
de hotéis, que continuam escassas, nem no número de profissionais atuantes
no setor, ainda pequeno. Tanto é assim que este é o primeiro livro voltado
para o tema do planejamento e do projeto de hotéis que se publica no Brasil
a partit da experiência obtida no próprio país. E isso na passagem do século!

A experiência
os levaram dosà autores
e induziram produçãoé resultante dosedifícios
de inúmeros caminhos profissionais
hoteleiros. que
O apren-
dizado intrínseco a esse processo significou um dispêndio importante em
pesquisa, pois, no período em que começamos a trabalhar nessa ârea, em
meados da década de 70, pouca era a experiência acumulada no Brasil. Além
disso, havia absoluta falta de dados e informações sistematizadas. Hoje, no
que diz respeito à disponibilidade de dados e informações, a sifuação não se
modificou muito.

o livrodetem,
acumulada portanto,
atividades uma vertente
profissionais. de criação
A outra baseada
vertente vem denaum
experiência
curso de
extensão para profissionais que vimos desenvolvendo e ministrando nos últi-
mos anos, sobre este tema. Essa segunda vertente trouxe-nos a experiência
didâtica que diz muito da forma e do interesse dos temas abordados.
o núcleo do livro envolve o projeto do hotel, e inclui as questões das
âreas e instalações, da elaboraçáo do programa e do dimensionamento. os
demais temas abordados se integram no contexto geral da edificação, procu-
rando situâ-la de forma mais ampla no
co da hotelaria, a definição do produto afenômeno hoteleiro:
ser oferecido, um dalocalizaçào
a questão breve históri-

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14 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

do empreendimento, os tipos mais freqüentes de hotéis e parâmetros de cus-


tos de implantaçáo e de equipamentos.
Embora os hotéis não se limitem a edifícios, sendo comuns empreendi-
mentos hoteleiros mais diversificados, entre os quais complexos coniuntos
externos de instalações de recreação e de esportes, cujo exemplo mais signi-
ficativo é o resort, neste livro são tratados principalmente os setores e as
instalações do hotel compreendidos em edifícios. Isso porque, de um lado, a
grande maioria dos hotéis incluem-se nesse caso e, de outro, é tal a variedade
das situações que fogem ao comum que sua abordagem requereria vm trata-
mento caso a caso. As abordagens de carátet geral e as particularizadas para
cada setor específico dos hotéis focalizam aspectos funcionais e requisitos
físicos considerados importantes, sendo complementadas por informações
relativas aos respectivos dimensionamentos.
O edifício de um hotel tem como peculiaridadebâsica sua complexida-
de, advinda da diversidade do programa e do fato de ter de funcionar
ininterruptamente. A diversidade do ptogtama decorre da grande quantidade
de funções normalmente exercidas pelo hotel e do conjunto de atividades
complementares que acontecem em suas dependências. A função de hospe-
dagem, que pressupóe apartamentos confortáveis, bem dimensionados, devi-
ambientes agradâveis, somam-se atividades
damente equipados
administrativas, e com
industriais (produção de alimentos, lavanderia), comerciais
(restaurantes e lojas), centrais de sistemas (âgua fria e quente, vaporl energia,
ar-condicionado), de manutenção, além de outras atividades relacionadas com
a realizaçáo de eventos, com a recreação e o lazet
A complexidade de um hotel e suas dimensões, eue precisam estar
acima de um mínimo para toÍnâlo viável economicamente, resultam em em-
preendimento oneroso e muito sensível aos custos finais de construção de
operação e manutenção. Assim, o projeto precisa ter dimensionamentos cor-
retos, favorecer estritamente as circulações geradas e exigidas pelos compo-
nentes, equipamentos escolhidos com rigor e outros quesitos mais.
Se formos avaliar o hotel em etapas anteriores ao projeto, é necessário
lembrar que a decisão de construí-lo estarâ vinculada ao binômio mercado/
localizaçáo. Daí iráo decorrer a tipologia do hotel, o número de apartamentos,
o padráo das instalações e os equipamentos necessários para o atendimento
do segmento de mercado a que ele se dirige.
Os cuidados necessários à implantaçáo de um hotel, no qual o projeto
físico é um elemento fundamental,levaram as grandes cadeias hoteleiras in-
ternacionais a estabelecer normas e requisitos rigorosos para implantar ou

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TNTRODUçÃO 15

operar hotéis. Edifícios projetados e construídos sem o estrito atendimento


dessas normas e requisitos ou são rejeitados, ou precisam ser modificados.
Para completar essa primeira referência sobre o planejamento e o proje-
to de hotéis vale a pena lembrar que o edifício hoteleiro çxige tais
especificidades de organizaçáo e de equipamentos que dificilmente poderá
sei convertrdo para outro uso, caso o empreendimento não se viabilize. Pro-
fissionalmente, temos sido solicitados também para solucionar o problema
inverso: edifícios em estágios diferenciados de construção que precisariam ser
convertidos em hotel.
É muito comum também encontrarmos casos de ampliação e outras
reformas para hotéis já estabelecidos, sem que a obra se apóie em projeto
suficientemente desenvolvido. Isso acontece porque o proprietâriojulga des-
necessário o investimento em consultoria ou em projeto, confiando apenas
em sua experiência e na sua assessoria habitual. Tivemos a oportunidade de
constatar o desperdício e os custos adicionais causados por essa atitude, às
vezes sem que o próprio empresário se dê conta deles, E parte desses custos
evitáveis vão ocorrer permanentemente na operaçã,o do hotel, pois são decor-
rentes da organização espacial das áreas que abrigam as diversas funções, que
exigem mais empregados, mais material de reposição, etc.
Este livro é destinado principalmente aos profissionais de arquitetura e
engenharia envolvidos em estudos e projetos de hotelaria, empresários do
setor e investidores potenciais que pretendam se aproximat do mesmo. Ele
pode ainda ser útil a estudantes e pesquisadores que, por diversos motivos,
tenham interesse no tema. Leitores de outras procedências são também bem-
vindos.
Esperamos que nossa iniciativa seja efetivamente útil paru o leitor.

Os autores

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18 HOTEL: PLANËJAMENTO E PROJETO

INTRODUçÃO
O comércio é o responsável histórico pelas formas mais antigas de oferta
hoteleira. As rotas comerciais da Antiguidade, na Lsia, na Europa e na Africa,
getaram núcleos urbanos e centros de hospedagem para o atendimento aos
viajantes. Na Idade Média, a hospedagem era feita em mosteiros e abadias.
Nessa época, atender os viajantes era uma obrigação moral e espiritual.
Mais tarde, com o advento das monarquias nacionais, a hospedagem era
exercida pelo próprio Estado, nos palácios da nobreza ou nas instalações
militares e adminisïrativas. Os viajantes que não contavam com o beneplácito
do Estado eïam atendidos, precariamente, em albergues e estalagens. Poste-
riormente, com a Revolução Industrial e a expansão do capitalismo, a hospe-
dagem passou a ser tratada como uma atividade estritamente econômica a ser
explorada comercialmente. Os hotéis cor.rr staff padronizado, formado por
gerentes e recepcionistas, apârecem somente no início do século XD(.
O turismo passa por uma transformaçã.o ndrcalapartrr da Segunda Guer-
ra Mundial, com a expansão acelerada da economia mundial, a melhoria da
renda de amplas faixas da população (basicamente nos países mais desenvolvi-
dos da Europa central, nos EUA e no Canadâ) e a ampliaçáo e melhoria dos
sistemas de transporte e comunicação, principalmente com a entrada em cena
dos aviões a jato paÍa passageiros, de grande capacidade e longo alcance.
Após a Segunda Guerra Mundial, o turismo passa a ser uma atividade
econômica significativa, principalmente para os países desenvolvidos, nos quais
havta crescimento e ampliação da renda da população, o que geÍava mais
disponibilidades de tempo e recursos paÍa o lazer. O processo de desenvolvi-
mento e de globalizaçáo da economia mundial, além de gerat um progressivo
fluxo de viagens regionais e intemacionais, ampliou de forma acelerada o
setor de lazer e de turismo, que passou a ser, efetivamente, o grande promo-
tor de redes hoteleiras. A sociedade de consumo de massa ampliou-se pata o
setor de lazer e de turismo.
É importante lembrar que a classe média, enquanto base para uma so-
ciedade de consumo de massa, apatece no século )O(, e, em casos como o
Brasil, após a década de 40. Nos países desenvolvidos, o operariado com
capacidade aquisitiva para o lazer e o turismo passa a ser repÍesentativo no
mesmo período.
O conceito de quarto com banheiro privativo, hoje chamado apafia-
mento, foi introduzido pelo suíço César Ritz, em 1870, no primeiro estabeleci-

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BREVE HISTORICO rg

mento hoteleiro pÌanejado em paris, e atingiu os Estados unidos em 190g,


com o Statler Hotel Company.l
A história da hotelaria no mundo possui marcos que delimitam mudan-
ças importantes no processo de evolução do setor.

MARCOS DA HOTELARIA NO MUNDO


An'liguidade a Bri'Íània
ãïï,ïï3ï:ï:,ïïjï:ïi:r:ï:ï:ffiï::
Pontos de paradas e de catavanas.
idade Média Abadias e mosteiros que acolhiam hóspedes.
e Acomodações junto aos postos de articulação dos correios.

Moderna Abrigos pata cntzados e peregrinos.


Era
1790 surgimento de hotéis narnglaterra, naEuropa e nos EUA, no
final do século X\TII, estimulados pela Revolução Industrial,
1850 Áreas próximas às estações ferroviárias passam a concentrar
os hotéis no final do século XIX e nos primeiros anos do
século )O(.

7870 Introdução do quarto com banheiro privativo (apartamento).


1920 Grande número de hotéis construídos, na década de 20, nos
EUA e Europa, gerado pela prosperidade econômica.
7950 Novo surto de construção de hotéis nos anos 50, coincidin-
do com a era dos jatos e o grande incremento do movimen-
to tuÍístico mundial.
7970 Entrada em opeÍação dos Boeing 747, em 1969/7970.

' t''t"tt^ ção de sistemas boteleiros - conceitos básicos(São paulo: Editora


"^^- ^
SE\--{.C Sao paulo, 1995).

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20 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

A HOTELARIA NO BRASIL
No período colonial, os viajantes se hospedavam nas casas-grandes dos
engenhos e fazendas, nos casarões das cidades, nos conventos e, principalmen-
te, nos ranchos
proprietários que existiam à beira das estradas, erguidos, em geral, pelos
das terras marginais. Eram alpendres construídos às
vezes ao lado
de estabelecimentos ústicos que fomeciam alimentos e bebidas aos viajantes.
Aos ranchos e pousadas ao longo das estradas foram se agregando outras ativi-
dades comerciais e de prestação de serviços que deram origem a povoados e,
opornrnamente, a cidades. Nessa época era comum as famílias receberem hós-
pedes em suas casas, havendo, em muitas, o quarto de hóspedes.
Movidos pelo dever da candade, os jesuítas e outras ordens recebiam
nos conventos personalidades ilustres e alguns outros hóspedes. No mosteiro
de São Bento, no Rio deJaneiro, foi construído, na segunda metade do século
XVI[, edifício exclusivo para hospedana.

No século XVIII começaram a surgir na cidade do Rio de Janeiro estala-


gens) ou casas de pasto, que ofereciam alojamento aos interessados, embriões
de futuros hotéis. As casas de pasto ofereciam, inicialmente, refeições a preço
fixo, mas seus proprietários ampliaram os negócios e passaram a oferecer
também quartos para dormir.
Em 1808, a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro e a conse-
qüente abertura dos portos trouxeram um grande fluxo de estrangeiros, que
aqui vieram exercer funções diplomáticas, científicas e comerciais. Com isso,
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BREVE HISTORICO 21

houve aumento da demanda por alojamentos, e nos anos seguintes os proprie-


tários da maioria das casas de pensão, hospedarias e tavernas passaram a
utilizar a denominação de hotel, com a intenção de elevar o conceito da casa,
independentemente da quantidade dos quartos e do padrã.o dos serviços ofe-
recidos.2 Cabe destacar, nessa época, o Hotel Pharoux, pela localizaçáo estra-
tégica junto ao cais do porto, no Largo do Paço, considerado um dos
estabelecimentos de maior prestígio no Rio de Janeiro.

:.t-,r:iÊ{*a-:

ffi
o problema da escassez de hotéis no Rio de Janeiro, gu€ jâ acontecia
em
criarmeados do nn
o Decreto 1160,xIX,
século prosseguiu no século )o(, levando o governo a
de 23 de dezembro de 1907, que isentava por sete
anos, de todos os emolumentos e impostos municipais, os cinco primeiros
grandes hotéis que se instalassem no Rio de Janeiro. Esses hotéis vieram, e
com eles o Hotel Avenida, o rraior do Brasil, inaugurado em l-908. O Avenida,
com 220 quartos, maÍca, por assim dizer, a maioridade da hotelaria no Rio de
Ianeiro.

' A fixação do termo "hotel" no jatgáo nacional se deu, definitivamente, em virtude da necessida-
de de anunciar o serviço junto aos estrangeiros da cidade do Rio de Janeiro. A Gazeta do Rio de
-laneiro, por exemplo, tÍaz, no ano de 181.7, anúncio de um mesmo estabelecimento com denom!
nação de Hospedaria do Reino do Brasil e depois Hôtel Royaume du Brésil.

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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

A partir da década d" 3O passam a ser implantados grandes hotéis nas


capitais, nas estâncias minerais e nas âreas de apelo paisagístico, cuja ocupa-
çáo erapromovida pelos cassinos que funcionavamjunto aos hotéis. F;m7946,
com a proibição dos jogos de azar. os cassinos foram fechados e) como con-
seqüência,
os hotéis
Exemplos muito a que estavam
conhecidos vinculados
dessa fase acabatam
são os hotéis fechando
Araxâ as portas.
e Quitandinha.
Em 1966 é criada a Embrarur e. junto com ela, o Fungetur (Fundo Geral
de Turismo), que aora de incentivos fiscais na implantaçã,o de hotéis,
^través
promovendo uma nova fase na hotelaria brasileira, principalmente no seg-
mento de hotéis de luxo, os chamados cinco estÍelas. Esse novo surto hotelei-
ro leva também a mudanças nas leis de zoneamento das grandes capitais,
tornando a legislação mais flexível e favorâvel à construção de hotéis. Nos
anos 60 e 70 chegam ao Brasil as redes hoteleiras internacionais. Mesmo sem
um número importante de hotéis, essas redes váo ctiat uma nova orientação
na ofefia hoteleira, com novos padrões de serviços e de preços.
A expansão da hotelaria sob a tutela da Embratur, que tem como pano
de fundo uma demanda crescente e em grande paíte reprimida, teve como
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24 HOTEL: pLANEJAMENTO E PROJETO

conseqüência um desequilíbrio no perfil de hotéis novos oferecidos, pois a


maior parte peÍtencia à categoria 5 estrelas. Segmentos_llqp-ort4glç*da de_
manda, como os ligados a negócios e serviços qúãu"r.um hotéis de catego-
riaõ nrédia e..o.,ffi, têm sido negligerrci4dgq,€úaqdo d";;ã
reirimida
'* - ou malservida, à espera d" .r- ateldiment" ;;i, "-.,ã"
;d"o"rd- '--' -

Âs péisiiéêÌivas de crescimento da i"auri.ïu-tt"r"i-; B;íìa" pï"


missoras, em função da rclativa estabilizaçáo da economia do país e do au_
mento acentuado das viagens furísticas nos dois últimos anos, principalmente
ao exterior, o que significa que a estabilizaçáo da moeda e dos preços condu_
ziu à incorporaçáo do item viagens ao orçamento familiar, pelo menos entre a
classe média. As viagens turísticas ao exterior apresentam um componente
importante para a hotelaria
brasileira: os turistas brasileiros, 80 por cento dos

quais se destinam aos Estados Unidos. passam a conhecer o padrãoda hotelaria


de países desenvolvidos, que apresentam melhor qualidade e menores pre-
ços' Gradualmente, esses turistas irão pressionar as empresas do setor hotelei-
ro no Brasil a oferecer mais qualidade e preços menores.
RecentemeÍ7te, a montagem de funds, a partir dos fundos de pensão e
de financiamentos do BNDES, tem sido uma das poucas alternativas pata a
implantação de novos hotéis. Ainda aqui, na utilizaçào
predominado os hotéis de luxo e de grande porte. desses capitais, têm
Outra tendência importante é que, nos últimos anos, cadeias hoteleiras
internacionais vêm promovendo uma política mais sistemãtica para ampliar
sua participação no mercado brasileiro, visando inclusive os segmentos de
mercado menos atëndidos (hotéis econômicos). De modo geral,a continuida-
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BREVE HISTORICO 25

de dessa política trarâ alterações significativas nos padrões da oferta atual. A


concorrência se tornarâ mais acircada, com conseqüente diminuiçã.o das tari-
fas, e os padrões de atendimento ao cliente deverão melhorar e se aprimorar.
A dinâmica vigente no setor hoteleiro é bem atestada pelo conjunto de
empreendimentos previstos para as cidades de São Paulo e Guarulhos, por
exemplo. Está prevista a implantaçáo de 38 hotéis até o ano 2002 na cidade de
São Paulo. Em Guarulhos, em função da demanda causada pelo aeroporto
internacional,haverâ sete novos hotéis. As redes hoteleiras internacionais Accor,
Best Western, Hyatt, Ramada Renaissance, Marriot, Choice, Posadas e Meliá
têm participaçã.o de peso nos empreendimentos, em sua maior parte de pa.
dráo 4/5 estrelas e com mais de duzentos apartamentos. Estão previstos tam-
bém dois centros de exposições e feiras, que cobrirão uma ârea em que São
Paulo )ávem apresentando demandas reprimidas, atendendo o segmento mais
importante de viagens e estadias na regiã,o, o turismo de negócios.
No que diz respeito a empÍeendimentos do tipo resort, inteÍessa salien-
tar, pelo porte, o complexo turístico multiresort em fase final de construção
em Sauípe, ptaia 90 quilômetros ao norte de Salvador, Bahia. O complexo,
que está sendo instalado em uma ârea de 1.750 hectares, prevê a implantaçã,o
de cinco hotéis e seis pousadas, em um total de 1.650 apartamentos. Os em-
preendedores se impuseram o objetivo de construir um novo destino turístico
do zero, "a Cancún brasileira". O empreendimento se tornou vìâveI com o
investimento público em uma infra-estrutura de acesso - aLinha Verde, rodo-
via que liga Salvador a Sergipe - e com a garantia do futuro fornecimento de
âgua, energia, esgoto e telefonia paÍa a região.

MARCOS DA HOTELARIA NO BRASIL


1808 Mudança da corte portuguesa para o Brasil, o que incentiva a im-

plantação de hospedarias no Rio de Janeiro.


1904 Primeira lei de incentivos paru a implantação de hotéis no Rio de
Janeiro.
1946 Proibição dos jogos de azar e fechamento dos cassinos, o que
inviabtliza os hotéis construídos para esse fim.
1966 Criaçáo da Embratur e do Fungetur, que viabil izam a implantaçào
de grandes hotéis, inclusive nas âreas da Sudam e da Sudene.
r990 Entrada definitiva das cadeias hoteleiras internacionais no país.

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28 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

DEMANDA E OFERTA
A melhoria do sistema mundial de comunicações e.de transportes e a
dir.ulgação de culturas de regiões outrora longínquas ou pouco conhecidas
praticamente unificou o planeta como ârea de interesse turístico. A facilidade
de acesso aproximou os países e as regiões. A expansão da economia incor-
poÍou novos e significativos contingentes à sociedade de consumo, na qual o
turismo se insere como um segmento importante e em contínuo crescimento.
As viagens passaram a fazer parte da cultura e das aspirações das populações,
fazendo com que a demanda turística passasse a ser crescente. A oferta hote-
leira evoluiu em função dessa demanda.
A importância do turismo é tal que, em 7995, ele representava 3,38
trilhões de dólares no faturamento bruto da economia mundial2,98 trilhões
de dólares na composição do PIB mundial (10,8 por cento do total) e 21.2
milhões de empregos (10,7 por cento do total). A situação do Mercosul,
identificada no Quadro 7, é diferente: o tuÍismo contribui com7,75 por cento

QUADRO Í
O MERCOSUL EM FACE DO TURISMO MUNDIAL

Indicadores Mercosul Mundo


1992 1995 2005* 1992 1995 2005*
Faturamento bruto (US$ bilhões) 7n oq 156,44 3,217 3,380 7,176
Empregos (milhões) -7 tr,^
10,26 192 212 338
% do total 6,80 Í-ì <Í-ì 6,39 10,5 10,7 1 1,8

Contribuição ao PIB (US$ bilhÕes) \1 7q 61 \-7 135,65 2,852 2,983 6,337


% do total 7,15 7,15 7,14 1 1.0 10,9 11,4

Investimentos (US$ bilhóes)


% do total
oqô
6,09
4,1
I t,zl14
6.08
24,60
6,07
t15 697
1 1,5
1,614
11 ,9

Gastos do governo (US$ bilhões) 3,46 4,14 9,18 273 312 u3


% do total 3,64 3,63 3,61 6,0 6q 6,8

Consumo pessoal (US$ bilhões) 32,19 38.38 84,65 1,789 1,898 3,866
% do total 7.18 7,18 7,17 11,4 11,4 11 ,7
lmpostos (U5$ bilhões) 10,69 12,69 ?7 0? 627 656 1,405
% do total qq? ),4 | 5,43 11,3 11 ,1 11,6
* Estimativas
Fonte: WTTC (World Travel and Tourism Council). Artigo extraído do jornal Folha de S.
Paulo, 18 de fevereiro de 1996.

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DEF|N|çÃO DO PRODUTO 2s

do PIR regional e 6,4 por cento do emprego total, o que sugere um potencial
turístico ainda não suficientemente explorado nesses países, inclusive, ou prin-
cipalmente, no Brasil.
A recuperação econômica da Espanha no período pós-Franco, quando
iniciou sua integraçáo
do turismo, que contirrua a ser na
efetiva Comunidade
o carro-chefe da economia foi
Européia, possível através
do país. Na divisão
e distribuiçáo de atividades econômicas nacionais, no contexto da Comunida-
de Européia, Portugal teve sua economia vinculadabasicamente às atividades
turísticas.
A evolução da hotelaria, a espinha dorsal do turismo, levou o sistema
hoteleiro a trabalhar a demanda de forma a canalizâ-la e moldâ-la gradual-
mente a seus interesses. Do ponto de vista de mercado, a demanda passou a
ser trabalhada pot segmentos de mercado, processo que se mostrou o mais
adequado pata a orientação do crescimento hoteleiro.

SEGMENTO DE MERCADO

Segmento de mercado é o universo de consumidores com determinados


objetivos, anseios, expectativas e necessidades comuns em relação a determi-
nado produto. Em relaçào ao setor hoteleiro, o segmento de mercado é o
conjunto de consumidores cujos interesses irão orientar o tipo de produto, no
caso o tipo de hotel, que satisfaça especificamente àqueles interesses. São
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;ff:, por execurivos de nível intermediário, técnicos,
profissionais e vendedores que viajam a negócios e que preferem (ou
podem apenas) pag r tarlfas mais baixas. seu objetivo é mais o con-
forto do que a sofisticação
Esse segmento das instalações e dos serviços hoteleiros.
gerou o aparecimento dos hotéis econômicos, atual-
mente objeto de uma grande expansão no Brasil.
o contingente de mercado caracterizado por executivos, políticos e
artistas que procuram hotéis de alto nível, que ofereçam mais discri-
ção e preservem o hóspede. São hotéis menores, mas bastante sofisti-
cados nos serviços e nas instalações.
o público que procura descanso e fortalecimento físico e mental em
ambientes isolados, com paisagens ricas e caractefísticas. Essa deman-
da é o contraponto à vida trbana moderna, que provoca tensão e
estresse. Gerou o aparecimento de resorts e, como seu desdobramen-
to, os spas, mais voltados para recondicionamento físico.

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30 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Outros contingentes podem ser citados como exemplo de demandas


específicas que caracterizam novos segmentos.
Os surfistas podem ser um segmento de mercado paÍa o qual o produto
a ser oferecido pelo setor hoteleiro é um resort ao lado do mar, onde haja
condições
Pescadores prâtica de são
para a amadores surfe.
um segmento de mercado para o turismo na
regiã,o do Pantanal mato-grossense; eles podem vir a viabilizar a implantação
de hotéis específicos.
Deve-se acrescentar que é em torno de segmentos de mercado que a
hotelaria vem se estrufurando nas últimas décadas. Os hotéis que trabalham
com um público diferenciado apenas pelo poder aquisitivo vêm cedendo
espaço àqueles destinados a segmentos específicos.
O setor hoteleiro comportâ uma boa dose de riscos e ganhos substanciais
em determinadas circunstâncias. Os riscos do setor estão, em boa parte, vincu-
lados ao conhecimento insufìciente do mercado, principalmente da demanda, à
Iocalizaçáo mal equacionada, aos projetos mal resolvidos, avma administração
(em que se inclui o padráo de serviços prestados) pouco eficiente.
No caso brasileiro, o pano de fundo desse quadro é uma cultura hotelei-
ra incipiente e um mercado até pouco tempo restrito e pouco competitivo, em
que a oferta é imposta a usuários com poucas alternativas, sem experiência e
informações suficientes para avaliar o custo de sua estadia e a qualidade do
serviço. Abatxa cultura do setor tem levado a experiências infelizes, como a
implantaçáo de hotéis que vieram a se tornar problemas praticamente insolú-
veis quanto à viabilidade do mercado.
A decisão de implantar hotéis no Brasil ocorre, muitas vezes, sem que
haja uma política hoteleira coerente e sistemática. Esse tipo de decisão brota
de conjunturas aleatóúas: do interesse de um empresário que não é do setor
seus investimentos; do objetivo de atendef a \ma demanda
de diversificar mal atendida em um local específico; do interesse de utllizar
flagrantemente
um terreno bem iocalizado; da possibilidade de utilizaçáo de recursos dispo-
níveis para o setor, etc.
De modo geral, os hotéis são implantados sem estudos suficientes. Se,
por um Iado, a falta de experiência empresarial é ainda considerável, por
outro, o quadro profissional habilitado a esfudar, orieÍttar, projetar e adminis-
trar um hotel é limitado. São poucos os profissionais em condiçáo de respon-
der bem às solicitações do setor hoteleiro. Isso é reflexo, inclusive, país.
do pequeno
número de escolas de hotelaria de nível superior existentes no As que
existem são bem recentes. Até pouquíssimo tempo, a ínica altetnativa qrüe

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DEFTNTçÃO DO PRODUTO 31

restava a um interessado em formação superior no setor hoteleiro era fazer o


curso ou uma pós-graduaçáo no exterior.
Esse quadro vem sendo alterado gradualmente pelas redes hoteleiras
internacionais. O mercado brasileiro é suficientemente grande e tem possibi-
lidades concretas de crescimento acentuado pan que as redes internacionais
se interessem por ele. Se bem que a aínçã.o dessas redes, até o presente, é
bem menor do que se poderia esperar. Afora determinados casos e exemplos
de atuaçáo, elas não vêm investindo sistematicamente no mercado brasileiro,
preferindo atuar com venda de franquias e repasse de know-bow e controle
da operaçáo de hotéis que se incorporem à sua bandeira. Elas não têm inves-
tido de forma significativa nos empreendimentos, o que mantém os Íecursos
financeiros como fator escasso nos empreendimentos hoteleiros no Brasil.
O parque hoteleiro brasileiro apresenta hoje cerca de 2.700 estabeleci-
mentos e 108 mil apartamentos, o que significa menos de 1 apartamento por
1 mil habitantes. Guardando as devidas proporções, se compaÍarmos o índice
brasileiro com o da França (7 apartamento/10O habitantes) e o dos Estados
Unidos (I apartamento/7O habitantes), veremos o quanto nosso parque hote-
leiro pode crescer.
Em sua maiona (83 por cento), os hotéis brasileiros são administrados por
,:mpresas
familiares; o restante (I7 por cento) está ligado a cadeias hoteleiras.

ELEMENTOS CRíTTCOS NA DEC|SÃO DE TMPLANTAçÃO


DE UM HOTEL

As decisões básicas a serem tomadas na implantaçã.o de um hotel pas-


sam necessariamente pelas questões:

. PAra. quem hotel se destina (segmento de mercado) e qual o tipo de


hotel que seo pretende implantar?
. Ond,e localizá.-lo?
' A primeira questão pode jâ estar respondida se a empresa (a cadeia
hoteleira ou o empÍesário) interessada na implantação tiver se especializado
em um produto ou se, por condições predeterminadas, inclusive após estudos
de mercado, estiver interessada em investir em um produto específico. Nesse
caso, a questão bâsica passa a ser onde implantar esse determinado produto.
De qualquer forma, a resposta adequada para essas questões requer um
conbecimento mínimo do mercado, tanto da demanda (tamanho, característi-
cas e tendências) quanto da oferta (que hotéis existem e como atendem aque-

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32 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

la demanda). Quanto mais amplo o território que se pretende av^IiaÍ, mais


genéficas serão as informações necessárias sobre o mercado. Quanto mais
precisa alocahzação, mais aprofundadas e específicas deverão ser as informa-
ções sobre o mercado. Conhecer o mercado brasileiro como um todo
significa
trabalhar com variáveis mais amplas e genéricas, enquanto conhecer o merca-
do de uma cidade, por exemplo, significa conhecer o mercado de forma
detalhada, com varíáveis mais específicas.
A decisão de localizaçáo de um empreendimento hoteleiro pode se
orientar sobre âreas progressivamente mais restritas: inicialmente, avalia-se o
mercado em nível mais genérico, em um território mais amplo - um estado ou
Llma regiáo maior ou menof que o estado. Em seguida, avalia-se o mercado
(ou área) selecionadas
de forma mais aprofundada,em um conjunto de cidades
na escala anterior.
o produto adequado pafa um local predeterminado - ou seja, o tipo do
hotel a ser implantado - é uma questão que se coloca quando se pretende
investir em determinada regiáo ou cidade e ainda não se tem uma idéia pre-
cisa do tipo de hotel mais adequado às condições do mercado local'
A nomenclatura de classificaçáo dos hotéis varia segundo a entidade
consultada, ou segundo a própria tendência do mercado. No capítulo "Tipos
de hotel", apresentamos uma nomenclatura bastante usada, coín característi-
cas específicas de classificação pof tipo de hotéis, dirigidos a segmentos espe-
cíficos da demanda. Essa classificação engloba, basicamente, hotéis centrais
(d,owntown botels), hotéis não-centrais, hotéis econômicos, hotéis de aeropor-
tos e resorrs (hotéis de lazer).
A decisão sobre o tipo de hotel a ser escolhido passa por uma avaliaçáo
do mercado local, em termos de oferta e de demanda'
A aualiaçã,o d.a oferta da área estudada é um processo mais râpido e mais
econômico, que abrange um levantamento dos hotéis existentes na ârea ou cida-
de selecionadas. A avaliaçáoda demanda é um estudo mais complexo, no qual se
pfocura trabalhar por amostf agem e/ou através de informações indiretas.
o tamanbo do botel está intimamente ligado ao tipo ou categoria. Em
alguns casos, esse tamanh o iâ está limitado pela legislação pública, restando a
questão de como viabllizar o hotel com tamanho predeterminado. É o caso de
hotéis na ârea do Pantan al mato-grossense, de pousadas ou hotéis ecológicos,
(Instituto Brasileiro
que
do Meio um limite ededosapartamentos
têm Ambiente Recursos Naturais pelo Ibama
fixadosRenováveis)'

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DEFtNTçÃO DO PRODUTO 33

Geralmente, o tamanho de um determinado tipo de hotel, caractetizado


pelavariâvel apartamentos, ou unidades babitacionais (IJH),' está vinculado
à sua rentabilidade e aos custos de implantaçáo e operação, que Se exprime
pelo número de apafiamentos. Assim, é possível estimar o custo médio do
hotel tendo por base o custo que cada padráo de apartamento terá no total
das áreas do empreendimento. Por exemplo, um apartamento de padrão su-
perior demanda de 65 a 85 metros quadrados da ârea construída de um hotel,
o que representa, nesse padráo,um custo médio de 150 mil a 200 mil dólares.
A composição de custos será retomada com mais profundidade no capítulo
"Parâmetros de custos".

VIABI LIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DO EMPREENDI MENTO

Para um empreendimento ser considerado viâvel economicamente, ele


deve proporcionar uma remuneraçáo do capital investido igual ou acima da
remuneração oferecida pelo mercado (custo de oportunidade). Normalmente,
no Brasil, caso seja reahzado com oS cuidados que sua implantaçào exige, um
empreendimento hoteleiro pode ser bastante viável, mesmo levando em con-
ta os riscos que o setor comPorta.
A avaliaçáo da viabilidade de um empreendimento hoteleiro passa por
uma série de decisões tomadas progressivamente. Inicialmente, é preciso de-
cidir sobre a grandeza do ínvestimento que se pÍetende realizat e as fontes de
onde virá esse investimento. Em seguida, é preciso decidir o tipo de hotel que
se pretende irnplantar, seu tamanho aproximado e o local onde será implan-
tado. pode haver uma inversão na ordem do processo decisório, mas haverâ
sempre o momento em que será necessário conhecer a viabilidade econômi-

co-financeira
O estudododeempreendimento
viabilidade é umem questão. fundamental para orientar a
instrumento
decisão final sobre o investimento, inclusive para aperfeiçoar o seu perfil. O
estudo permite montaf alternativas pafa o empreendimento, nas quais podem
ser testados tamanhos diferentes pua diferentes tipos de hotel. Nesse estudo
é comum prefixar o tipo e o tamanho do hotel e, a partit dessas premissas,
calcular outras variâveis que compõem o perfil do empreendimento.
O estudo de viabilidade econômico-financeira, do ponto de vista algé-
brico, é um conjunto de equações que relacionam variâveis independentes
(aquelas que são prefixadas) e dependentes (aquelas que devem ser calcula-

' Nomenclaturu uttlizada peia Embratur


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34 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

das a pafiir das vaúâveis independentes). lJma vez fixados os valores de


determinadas variâveis, chega-se aos valores das demais variáveis.
Sáo variâveis independentes do estudo de viabilidade aquelas prefixa-
das ou calculadas anteriormente, por exemplo:

' Custo de implantaçáo: abrange todos os investimentos envolvidos com


imóvei.s e móveis do estabelecimento (terreno, projeto, infra-estrutura,
obras civis e instalações, equipamentos, etc.).,
. Diârias.
' Despesas operacionais: abrangem salârios e encargos (derivados do
perfil e montante do quadro de funcionários do hotel), custos das
vendas, despesas com marketing, com manutenção e energia, custos
(quando
administrativos
exercida por umae de gerenciamento
cadera específica), aluguel doa operaçáo
terreno (ou valoré
dodohotel
global do terreno), etc.
. Impostos indiretos: federais (Cofins, IR, PIS e IpMF), estaduais (ICMS)
e municipais (ISS e IPTU).
. Seguro predial.
. Juros: a serem pagos sobre o capital financiado e as condições de
pagamento.

O estudo de viabilidade econômico-financeira tabalha algebricamente


o conjunto dessas variáveis em um fluxo de caixa calculado anual ou mensal-
mente, para um período de dez a vinte anos. Se a precisão do trabalho o
exigir, o fluxo de caixa pode ser trabalhado mensalmente.
O fluxo de caixa permite chegar a um balanço econômico-financeiro
global para o empreendimento e verificar se a remuneraçáo do capital inves-
tido é suficiente para justificâ-lo. Ele também permite obter respostas para
questões
a positivo,importantes, comode
ou seja, a partir o ano
queemanoque o saldo de caixa passa
o empreendimento passade negativo
a ser auto-
suficiente financeiramente.
Podem ser feitos tantos fluxos de caixa quantos o estudo do empreendi-
mento exigir. Como as variâveis independentes podem assumir mais de um
valor (por exemplo, as diârias médias do hotel poderão vaúar de 50 a 70
dólares), a maÍgem de risco do empreendimento pode ser verificada caso os
valores das vaúâveis (diárias médias, no caso) oscilem no período abrangido
pelo fluxo de caixa.

'z Para mars detalhes, ver capítulo "Parâmetros de custos"

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DEFTNTçÃO DO PRODUTO 35

Pode-se também fixar os valores de variáveis dependentes (receitas, TIR


- tax interna de retorno), e, fazendo o caminho inverso dos cálculos, verificar
que resultado esses novos valores ftariam para uma determinada vanÌâvel
independente. Por exemplo, para obter uma remuneraçáo adequada do capi-
tal investido,pela
respondido preço deveria
queutilizaçáo
do fluxo de caixa do
ter a diâria hotel? Esse tipo de questão é
no sentido inverso. Ele é, portan-
to, um caminho de duas mãos.
O estudo de viabilidade permite, assim, testar e alterar as variãveis inde-
pendentes e, inclusive, avaliar as decisões tomadas anteriormente. Por exem-
plo, o estudo pode indicar a necessidade de o hotel ter um número de
apartamentos superi oÍ ao previsto inicialmente.
De qualquer forma, é preciso lembrar que a estraté.gia assumida para o
empreendimento está embutida no estudo de viabilidade e em um de seus
componentes, o fluxo de caixa. Essa estratégia implica a montagem de alteç
nativas, inclusive sobre os preços de mercado. Por exemplo, caso a competi-
ção se acirre, obrigando avma diminuição dos preços praticados, é necessário
saber que margem de variaçáo de preços o empreendimento pode suportar
sem entrar em déficits e por quanto tempo é possível suportar essa situação.
A avaliaçáo dos problemas que o empreendimento pode vir a enfrentar ga-
Íante uma importante margem de manobÍa em face da concorrência.

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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO


38

INTRODUçÃO

Nunca é demais erÉatiZat a importância dalocalízaçáo de um empreen-


resultar na inviabiltzaçáo
dimento hoteleiro. Uma localizaçáomal resolvida pode
do empreendimento.
O estudo de localização de um empfeendimento hoteleiro pode envol-
ver diferentes escalas no tefritóÍio.Para cada escala se chegatâ auma fesposta
com precisão diferente, e, para cada uma delas, será diferente o método atra-
vés do qual se fatâ a escolha do local'
Em determinados CaSoS, o estudo delocalização envolve uma macfoescala,
quando o que se pretende é saber qual seria a melhor região pafa o empfeen-
dimento ou, no caso de implantação de uma rede hoteleira, que cidades de
determinada regráo são mais adequadas para receber os hotéis.
Em outros casos, já se tem uma decisão sobre aregtáo ou a cidade onde
se pretende instalar o empreendimento hoteleiro' O passo seguinte setia
a

escolha do terreno específico, na tegláo ou na cidade'


que
Finalmente, em determinados casos, existe previamente um teffeno
se pretend e utllizar pata implantar um empreendimento hoteleiro'
A questão
q.,è ,. coloca nesses casos é se aquele é um local adequado e conveniente
para um empreendimento hoteleiro ou para um determinado tipo de hotel'
o
i.rr..ro tantã pode estaf em uma ârea não-urbana (em uma praia isolada, em
uma fazenda, em uma ilha) ou em uma cidade (no centro urbano, iunto artma
CaSo' o
avenidamovimentada, junto ao acesso à rodovia regional, etc')' Nesse
estudo de suporte à decisão deverâ envolver o mercado específico da
cidade
e a condição de outfas âreas altetnat\as mais bem situadas ou em condições
similares à âtea em questão.

REGIONAL
ESTUDO DE LOCALTZAçÃO EM ESCALA
No caso em que se avalia a localização em escala regional, deve-se
de
pafiir de uma tipologia já determinada pan o empfeendimento hoteleiro,
e de
uma avaliação suficiãnte da demanda potencial para o empreendimento
uma estratégia de captaçáo dessa demanda. o passo seguinte em relação
à

localrzaçã"o do empreendimento setâ realizaf ]uma pesquisa que


aponte para
o
local mais favorâvel paÍa a sua implantaçáo'
se o empreendimento não tem apoio urbano - por exemplo, vm
resort
vinculado a vantageÍrs paisagísticas e de meio ambiente, longe de qualquer
cidade que pudes ie garantir-lhe apoio em serviços e infra-estrutura -'
a con-
usuá-
dição bâsicapafa Seu funcionamento é ser acessível aos usuários' Se os
rios vêm de regiOes distantes, o tfanspofte mais importante é o aéreo,
ea
viabilidade do empreendimento dependerá da existência de um aefoporto
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LOCALTZAçÃO

em condições de receber as aeronaves que partem do local de origem dos


hóspedes. A acessibilidade deve estar garanttda também por rodovias em
bom estado, transrtâveis o ano todo e, de preferência, pavimentadas. A acessi-
bilidade deve ser equacionada levando-se em conta o tempo de viagem rnâxi-
mo que o hóspede se dispõe a suportar, e esse tempo dependerá dos atrativos
do empreendimento em comparaçáo a empreendimentos similares, Os de-
mais fatores de viabilidade estão em um segundo nível de importância, mas
também são fundamentais: os custos de implantaçáo e operação, gue incor-
poram os custos de alojamento para os funcionários e as condições para sua
contataçáo em local retirado, a logística global de funcionamento do estabe-
lecimento, as vantagens comparativas de empreendimentos similares, etc.
No sul do estado de São Paulo, por exemplo, existe uma rcgiáo com um
complexo de cavernas extremamente atraentes, próximo à serra do Mar, na
maior extensão de mata Atlântica do estado. O acesso ao local, apesar de sua
proximidade à região metropolitana de São Paulo - que representa uma de-
manda turística potencial inegável -, aÌnda é precâria. A duplicaçao da Rodo-
via Régis Bittencourt (BR 116) sem dúvida facilitarâ o acesso àregiáo, o que
irâ alterar positivamente as condições de viabilidade de empreendimentos
turísticos voltados païa potencial ambiental.
^qrtele
No caso de o empreendimento ser localizado em cidades, a avaliaçáo da
rede urbana deve incorporar um quadro de referência em que as cidades são
comparadas em ordem hierárquica, segundo sua importância. As vaúâveis a
serem incluídas no quadro são montante
da economia, e dinâmica
qualidade de recursos
de vida, crescimento da popula-e
em educação
çáo urbana, dinàmica
saúde, facilidades de acesso e comunicação. Em muitos casos, a disponibilidade
de dados irâ orientar a montagem do quadro de referência. Esses estudos traba-
lham com dados secundários, e somente nas decisões finais é que interessa
rcalizar uma pesquisa direta para obtenção de dados. Assim, o quadro de refe-
rência terá. as variáveis disponíveis, e sua precisão, controlada, dependerâ da
qualidade e da importància dessas variáveis. Essa precisão deve ser controlada,
pois a pafiiï dela é que se darâ a decisão dalocalização do empreendimento.

ESTUDO DE LOCALIZACAO EM ESCALA URBANA

A escolha de um local para empreendimento hoteleiro, em determinada


cidade, vai depender de fatores que variam ou têm pesos diferentes em rela-
ção ao tipo específico de hotel que se pretende instalar. A escolha da melhor
locahzaçáo vai depender do tipo de hotel em estudo. Para determinados tipos

de hotel vão pesar, basicamente, os seguintes fatores de localizaçáo:

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HOTEL: PLANEJAMËNTO E PROJEÏO

HOTEL CENTRAL
. Tem como objetivo ficar ou no centro da cidade,ou o mais próximo possíüel.
. RestriçÒes quanto ao uso e à ocupação do solo.
. Compatibilidade entfe o preço do terreno, o poÍte e o padrão do empreendi-
mento.
estudos Odecusto do terreno
viabilidade não pode ultrapassar o valor determinado pelos
econômico-financeira.
. Facilidade de acesso ao aeroporto e às principais vias da cidade.
. Existência de redes de infra-estrutura confiáveis (âgta, esgoto, energia elétrica,
telefones).
. Localização em via sem congestionamento de trânsito.
. Localizaçào de fácil ..lentificação na cidade.

HOTEL ECONOMICO
. Localizaçáo na principal via de ligação entre a rodovia regional de acesso à
cidade e o centro urbano.
. Localizaçáo de fácil visualizaçáo e identificação em relaçáo à cidade e à rodovia.
. Terreno de custo baixo e com dimensões adequadas para petmiúr pátio de estacio=
namento e uma consffuÉo horizontal ou, no máXimo, de três pavimentos.
. Terreno servido por redes de infra-estrutura (drenagem, âgta, esgoto, energia
elétrica, comunicações).

HOTEL DE CONVENçÕEs
. Localização em cidades caracterizadas como impofiantes centros de negócios
e de serviços.
. Existência de redes confiáveis de infra-estrutura urbana'
. Localizaçã"o de fácil identificaçáo na cidade.
. Dimensões de terreno que permita implantar âreas de estacionamento de veículos.

RESORT OU HOTEL DE LAZER


. Localização em região com meio ambiente de grande apelo turístico e paisagístico.
. Terreno de grandes dimensões (inclusive com trechos de floresta, quando
possível), que permitaaimplantação de campo de golfe, hípica, paÍqÌle aquático,
quadras de esportes, marina, etc.
I Local de fácil acesso a aeroporto.
! Local de fácil identificaçáo em relação à estrada ou à rodovia.

HOTEL DE SELVA
Localizaçâo em meio a floresta ou pafque ecológico, com grande apelo turís-
tico e paisagístico.
Facilidade de acesso por meio de rodovia ou hidrovia.
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7/29/2019 Hotel Planejamento 1

LOCALTZAçÃO 41

. Terreno com grandes dimensões, que permita âreas de esportes ao ar livre,


ancoradouros de barcos, parque aquático, etc.
Localizaçáo em terreno não-inundável e relativamente protegido contra insetos.

HOTEL-CA55INO
. Local de fâci. acesso ao aeroporto por meio de rodovias de bom desempenho.
' Existência de redes confiáveis de infra-estrutuÍa urbana.
. Localização em via sem congestionamento de trânsito.
. Dimensões de terreno que permitam implantar âreas de estacionamento, lazer
e tecteaçáo.
' Localização em âreas com recursos paisagísticos.

ESTUDO DE VIABILIDADE PARA TERRENO ESPECíFICO


Paru saber se determinado terreno é adequado à implantação de deter-
minado hotel, é preciso verificar se ele se enquadra nos critérios de
macrolocalizaçáo necessários ao tipo de hotel prefixado. Isto é, se a posição
relativa do terreno no bairro e na cidade oferece as vantagens de Iocalizaçáo
requeridas, inclusive no que diz respeito às redes de infra-estrutura urbana.
Inicialmente, deve-se verificar a Iegislaçã.o municipal de zoneamento e
uso do solo incidente sobre a ârea; é preciso saber se ela permite o uso
hoteleiro e quais são os índices de ocupaçáo e utrlizaçào admitidos. Isso
determina se o hotel tem um uso compatíveI com a legislação e qual ârea
poderâ ser construída.
É necessário verificar também se o valor imobiliário do terreno se en-
quadra no estudo de viabilidade econômico-financeira do hotel. Pode ser que
o valor do terreno seja muito alto para o empreendimento, o que significaria
um uso inadequado do capital fixo.
Além disso, é preciso avaliar a trbanização do entorno do terreno, os
usos e as atividades próximas ou contíguas ao entorno. Pode ser que sejam
inadequados à imagem do hotel. Um padrão de urbanizaçáo deteriorado ou
um processo de decadênciã nas proximidades do terreno não são compatí-
veis com o uso hoteleiro-
Finalmente, é necessário avaliar as condições físicas do terreno:
, Declividade: quanto maior, maiores custos com movimento de teïra e
com obras de contenção.
. subsolo: terrenos com baixa resistência exigem funda-
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çoes mals onefosas.

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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO


44

TNTRODUçAO

o mercado, em fesposta à diversidade das demandas, assim como à


Competição com outfos estabelecimentos concofrentes na captaçáo dos hós-
pedes, fez surgir, ao longo do tempo, muitos tipos de hotel, Com caracteúsli-
cas própfias em função da sua localizaçáo e do segmento do mercado ao qual
estão voltados.
O extraordinârio desenvolvimento do turismo e sua diversificaçáo (lazer.
negócios, Congressos, etc.), ocorridos nas últimas décadas paralelamente eo
encuftamento das distâncias e ao barateamento das viagens proporcionados
pela evolução dos tfanspoftes, vem criando a necessidade de novos tipos de
hotel, dirigidos aos nichos de mercado que vão sendo criados ou aos
preexistentes.
Com isso, novas Cadeias hoteleiras têm surgido, e cadeias mais antigas
passafama ofefecer novos pfodutos, visando ampliat ou, pelo menos, manter
sua particiPaçáo no mercado.
Por exemplo, a Holiday Inn, cadeia ameficarla com hotéis no Brasil'
oferece um coniunto de produtos diversificados que visam atender diferentes
tipos de clientes pof meio da ofetta de instalações e serviços diferenciados
baixo' e os
com pfeços variados. Entre os Holiday Inn Express, de preço mais
Holiday Inn crown e Plaza, de preço mais alto, há os Holiday Inn Garden
court, de padráo médio e pfeços moderados, os Holiday Inn Hotel, também
de padráo médio e com uma gama mais completa de serwiços, e os Holidar-
Inn Sunspree Resort.
A Choice, outfa cadeia internacional, opera os padrões Sleep Inn. ne
faixa maisbarxa de tarrfas, os Comfort Inn e os Quality Inn,
cadeias nas faixase inter-
americanas eurcF
mediârias, e os Clariofr, na categoúa luxo. Outras
péias operam também hotéis devâtias categorias' A Accor, uma cadeia frances;
que també m a't)a no Brasil, opefa desde os hotéis de padrão econômico Ihris
até osprodutos mais sofisticados da linha Sofitel' passando pelo padtáo NÍercure'
de nível intermediário.
Entre os produtos hoteleiros que catactetizam essa proposta constânïe
de novos atrativos para atender um mercado cada dia mais diversificadc'-
podem ser mencionados os hotéis-residências (apart-hotéis,flats) e' mais re-
,1

iï centemente, os hotéis dentro de hotéis, em que um mesmo hotel destina pefiÉ


de suas instalações para nichos especiais do mercado de hóspedes' com ofer-
:i
t1

rl
ta de instalações e serviços diferenciados em rclaçáo ao hotel como um tcdc'
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7/29/2019 Hotel Planejamento 1

TIPOS DE HOTEL

CLASSIFICACÃO DOS HOTÉIs

Os hotéis podem ser classificados, ou, expressando de outra forma, os


tipos de hotéis podem ser definidos:

. Conforme o padráo e as características das suas instalações, ou seja, o


grau de conforto, a qualidade dos serviços e os preços. A Embrafur e
a ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) classificam os
hotéis dessa maneira. Esse tipo de classificação pretende informar ao
público os níveis de conforto, os preços e os serviços oferecidos;
orientar investidores e empresários; constituir instrumento de política
de incentivo às atividades turísticas, etc,
. Conforme sua localizaçáo: hotéis de cidade, de praia, de montanha,
de aeroporto, etc.
. Conforme sua destinação: hotéis de turismo, negócios;,lazer, cassino,
convenções, econômicos, etc.)
No Quadro 2, sáo apresentados os meios de hospedagem segundo o
mais recente sistema de classificaçáo da Embratur, instituído pela Deliberaçáo
Normariva 367, de 23/11/96.
QUADRO 2
OS MEIOS DE HOSPEDAGEM DE TURISMO E AS CARACTERíSflCAS QUE OS DISTINGUEM
Tipo Localização Natureza da Clientela lnfra-estrutura

Preferencia lmente em Mista, Hospedagem e,


urbana. ed dependendo da
vaflos ta!, categoria, alguma
(partido ora infra-estruturapara
nrco vert uns, ora outros. lazer e negocros

Hotel histórico - HH Em prédios, locais Mista, com executi-


oucidades *-.---.""-pelo e Ìunsï45. com tElfÍttd d

-***^ïBmëiïi'õ"r.'o
urbano e rural).
srgn predominância
de uns e
hospedagem

Hotel de lazer - HL Areas rurais Normalmen Areas, instalações,


local turísti fora partido rpamenïos e ser-
urbano. arquitetônico
horizontaì.
Pousada -P ais turísticos Predominantemen- Turistasemvìagens Restrita à
normalmente fora io nerfirìn do- rp
,-creaçao e nospeoagem
do centro urbano. arquitetônìco
horizontal.
lazer.

Fonte: ur / Inmetro: Regulamento e matriz de classificação dos meios de hospedagem


e turr

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7/29/2019 Hotel Planejamento 1

46 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETo

Ainda segundo o sistema de classificaçáo da Eml:ltatuf, os meios de


hospedagem e turismo são classificados em categorias representadas de
vma a 5 estrelas: luxo superior, 5 estrelas, H, HH, }l.L; 4 estrelas, H,HH,HL;
sta.ndard. superior, J estrelas, H, HH, HL, P; standard, 2 estrelas, H, HL,
HH, P; simples, 1 estrela, H, HL, HH, P.
A ABIH estabeleceu outra classificação (uma autoclassificaçáo, iâ qloe
feita pelos próprios hoteleiros e apenas chancelada pela ABIH), segundo a
qual os hotéis são divididos entre as categorias superluxo (6 estrelas); luxo (5
estrelas); superior (4 estrelas); turística (3 estrelas); econômica (2 estrelas) e
simples (1 estrela).
Adotando-se outÍos critérios, pode-se chegar a novas classificações. Con-

vém ainda umum


categoria, e queque
mesmo hotel pode caractetísticasemcomuns
ser classificado mais dea
uma lembrar mesmo hotel pode reunir
mais de um tipo. Por exemplo, um hotel de montanha voltado pata o Iazer
pode ser enquadrado simultaneamente nas categorias delazet, de alto luxo e
também como hotel de convenções.
Não pretendemos abordar aqui a totalidade de tipos de hotel, mesmo
porque, em face do dinamismo do setor, a cada ano novos tipos e subtipos
vêm se juntar aos existentes, tornando a tarefa possivelmente incompleta.
por outro lado, os principais tipos de hotel reúnem características comuns
a vârios subtipos deles derivados. Assim sendo, ressalvada a necessidade de
sempre atentat para as especificidades de cada hotel, vârias das análises feitas
acerca dos tipos principais são perfeitamente aplicáveis aos que deles derivam.
Vamos comentar os seguintes tipos principais de hotel: hotéis centrais
(d.owntoun botels); hotéis náo-centÍais; hotéis de aeroporto; hotéis de lazer;
hotéis econômicos; outros tipos de hotel.
A seguir, para cada um dos principais tipos de hotel abordaremos as-
pectos relevantes. que de alguma forma os distinguem dos demais, erÌtre os
quais alocalização, o tamanho e a diversidade das instalações, as catactetístt'
cas do lobby, dos apartamentos e das âreas de estacionamento.

HOTÉ15 CENTRAIS

São hotéis urbanos, localtzados em áreas centÍais das cidades, próximo


a festaufantes, bares, cinemas, teatfos, lojaS, SedeS de empresas, etc. NaS gran-
des metrópoles, o conceito de âtea central deve ser ampliado pan abtanger
os diversos subcentros - oS chamados centros expandidos - ou algumas re-
giões particulares das cidades, como as faixas de praias no Rio de Janeiro ou
Recife, por exemplo.
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7/29/2019 Hotel Planejamento 1

TIPOS DE HOTEL 47

Localização
Os hotéis localizados em áreas centrais têm na proximidade das princi-
pais atividades de comércio, serviços e lazer um importante fator de atraçáo
de hóspedes. E é por essa ruzáo que, na maioda das cidades, as âreas centrais
reúnem a maior quantidade de hotéis.
Se por um lado a localização central é um fator altamente positivo para
o sucesso de determinado hotel a ser construído, a acirrada competição entre
os hotéis de uma mesma ârea impõe a necessidade de outros cuidados de
planejamento.
A microlocalização, por exemplo, é um fator da maior importância. Si-
tuar-se em uma zona ptestigiosa, em meio a um comércio diversificado e de
qualidade, e não em uma zoÍra em processo de decadência faz grande dife-
rença. A facilidade de acesso a outros pontos de interesse da cidade, a dispo-
nibilidade de bom transporte público, a qualidade do ambiente urbano da
vizinhança, a segurança, etc. são fatores de diferenciação que podem trazer
vantagens a um hotel em relação a seus competidores mais diretos. Assim, no
planejamento de um novo hotel central, sua localização deve ser cuidadosa-
mente estudada. A situação atual e as tendências de desenvolvimento da cida-
de - que poderão influir positiva ou negativamente sobre o futuro
empreendimento devem ser levadas em consideraçáo.
Em cidades-,como São Paulo, com elevadas taxas de crescimento
demográfico e urbano há um constante deslocamento de atividades pata fio-
vas frontekas. Zonas prestigiosas e valorizadas entram em decadência num
processo muitas vezes extremamente rápido, vêm seus imóveis desvaloriza-
dos e tornam-se menos adequadas para as atividades nelas instaladas, que
sofrem grandes prejuízos.
É importante considerar que nem todos os hotéis centrais se destinam a

um mesmo tipo dequanto


conseqüentemente hóspede.às Há variações
tarifas quantoseraos
que podem níveis dee renda
cobradas) (e
a outros
fatores, o que determina critérios diferenciados pafa sua localizaçáo. São co-
muns hotéis voltados preferencialmente para tipos muito particulares de hós-
pedes, como os destinados a pequenos comerciantes ou a executivos do
mercado financeiro, pata os quais é importante a proximidade de centros de
comércio atacadista no primeiro caso, e da ârea bancária ou da bolsa de
valores, no segundo.

tênciaEm
de algumas
praias com áreascomo
cidades, Rio de Janeiro, Salvador e Recife, a coexis-
de acentuado desenvolvimento urbano viabiliza
n"téis destinados tanto a executivos quanto a turistas.

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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO


48

UmaspectoimpoftanteaobseÍvaffiaescolhadoterreno,a|émdefor-
ma,dimensões,topo'IÍafiaeoutrosatributosnofmalmenteConsiderados,são e forne-
e visitantes, de prestadofes de serviÇo
as flras de acesso de hóspedes
Cedofes.Amãodedireçãodasruaspodecriardificuldadesptàfàoadequado
posicionamentodasdiferentesentradasedosfluxosdesejados.Poressara-
zâo,etambémpofqueasmãosdedireçãoestãosujeitasamldanças,édese-
jâvel,semprequepossível,escolherumterrenonoqualaadequadasolução
paf^oSaCeSSoS.fl.,*o,decirculaçãodeveículosindependadosentidodo
tráfego.

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TIPOS DE HOTEL 51

Tamanho e diversidade das instalações


Os hotéis centrais podem ser grandes ou pequenos (com muitos ou pou-
cos apartamentos), apresentar maior ou menor diversidade de instalações (res-
taurantes, bares, lojas, salas de reunião, etc.), sem que isso determine maior ou
menor possibilidade de sucesso ou fracasso. O MaksotdPlaza e o L'Hotel, em
São Paulo, situados a menos de 100 metros um do outro, ilustram bem essa
afirmaçáo. O Maksoud Plaza tem mais de quatrocentos apaÍtamentos, vários
restaurantes e bares, um teatro e um centro de eventos de porte considerável, e
beneficia-se de sua excepcionallocalização junto à avenida Paulista para movi-
mentaÍ todas as suas instalações. O L'Hotel, com apenas 82 apartamentos e um
restaurante, usa como atraçáo para seus hóspedes toda a infra-estrutura da

rcgláo, inclusive
clientela a oferecida
de alto poder seu concoffente.
peloAmbos
aquisitivo. Ambos são destinados à
são hotéis bem-sucedidos.
Um dos fatores de distinção entÍe os dois hotéis, determinante pata as
respectivas características enquanto empreendimentos hoteleiros, é a dimen-
são dos terrenos em que forarn construídos; 8.300 metros quadrados, no caso
do MaksoudPlaza, e 1 mil metros quadrados, no caso do L'Hotel.
Com efeito, o porte e a diversidade das instalações dos hotéis localiza-
dos nas âreas centrais das cidades derivam, parauma mesma e determinada
condiçãododeque
mente, mercado, das dimensões terrenos disponíveis - e, natural-
dospermitam
as diferentes legislações construir neles - e dos
respectivos preços, cuja participaçáo expressiva na composiçáo geral de custos
do empreendimento leva necessariamente à utllizaçáo máxima das possibili-
dades de construção em determinada ãrea. Terrenos pequenos comportam
hotéis pequenos. Em terrenos grandes só são viáveis hotéis de porte corres-
pondente.
Haveúa um tamanho ideal de hotel (por exemplo, em número de apar-
tamentos) para as âreas centrais das cidades? Ou, colocando de outra forma,
em condições ideais de mercado e sem constrangimentos orçamentârios tanto
para a aquisição do terreno como para a construção, montagens e equipa-
mentos, que tamanho e que características deveriam idealmente ter os hotéis
centfais?
Não há uma resposta satisfatória para essa questão. Nos Estados Unidos,
são muito comuns hotéis centrais com número elevado de quartos, geralmen-
te acìma de quinhentos, e, muito freqüentemente, acima de mil. Na Europa,
predominam hotéis menores) que possuem duzentos e trezentos quaÍtos. Essa
diferença se explica, de um lado, pelo dinamismo e pela grandiosidade do
mercado americano, e de outro, pelos fatores de natureza histórica e/ouurba-

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52 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

nística que impõem a utilização de edificações euÍopéias antigas ou severas


restrições construtiva s paÍa edificações novas, ou ainda pela escassez de grafi-
des terrenos disponíveis.
As grandes cadeias internacionais com origem nos Estados tlnidos ou
a implantar
inspiradas no modelo
hotéis de grande porte,americano ofazem Sempre
e só nào tendem, quando,que possível,
ainda que em condições
não ideais, lhes convém implantar em determinado lugar uma nova unidade
sob sr-la bandeira. É o caso de muitos hotéis implantados na Europa e da
maioria dos hotéis implantados em países não pertencentes ao primeiro mun-
do. Mesmo na Europa há alguns gfandes hotéis que se aproximam cJos mil
apartameÍrtos, Como o Forum Hotel de Londres, com )10 apartamentos, e o
Lafayette de Paris, com mil apartamentos.

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TIPOS DE HOTEL 55

Aparentemente, a tendência é que os novos hotéis sejam tão grandes


quanto possível, respeitadas as limitações impostas pelo mercado e por outras
razões locais. Os hotéis com grande número de apartamentos, muitos restau-
rantes e bares, salas de reunião, âteas de recreaçã,o e Iazer, etc. teriam a
preferência
cias de que de muitos hóspedes
disporiam, pela variedadereduzidos,
a custos relativamente das facilidades e conveniên-
devido aos ganhos
de escala na oferta dos serviços.
Essa preferência, no entanto, não pode ser generalizada. para uma par-
cela considerável de hóspedes, os hotéis menores (entre cinqüenta e duzen-
tos apartamentos) proporcionam um ambiente mais acolhedor, oferecem mais
atenção e um padrão de serviços mais eficiente e menos impessoal. Alguns
especialistas questionam até mesmo a economia de escala supostamente ob-

tida na
pois operação
eles de grandes hotéis com menos de quinhentos apartamentos,
demandam estrutura administrativa mais complexa (com vários ní-
veis de supervisão e elevado grau de hierarquizaçáo) e, portanto mais cara.
,
Segundo esses especialistas, hotéis menores, que possam ser operados com
menor número de funcionários por apartamento, e com estrutura adminis-
trativa simplificada podem reduzir seus custos e manter as condições de
competitividade no mercado.Hã quem considere um hotel verdadeiramente
luxuoso incompatível com um grande número d,e apaftamentos.
Concluindo, não há um tamanho ideal a ser recomendado para hotéis
centrais (ou para qualquer tipo de hotel). As dimensões e demais características
de um hotel central são aquelas estabelecidas pelo mercado e pelos recursos
financeiros disponíveis para custear o empreendimento. Em outras palavras,
dependem das demandas quantitativas e quaiitativas por instalações hoteleiras
da cidade ou do setor da cidade, dos recursos financeiros que podem e/ou
pretendem ser investidos, dos terrenos disponíveis (em termos de dimensões e
custos) e da legislação de uso do solo vigente. É importante considerar também
fatores relacionados com a experiência e asensibilidade dos futuros operadores
no que diz respeito ao segmento de mercado que pretendem atender.
Características do lobby

O lobby, ou saguão, é a ârea que mais contribui para a imagem positiva


ou negativa do hotel, logo depois dos apartamentos. Acontecem no lobby o
primeiro e o último contato do hóspede com o hotel. Além dessa importância
mercadológica, ele tem também importância estratégicano funcionamento do
hotel, umavez que é nele que se situa a recepção e é principalmente através
dele que se tem acesso às demais âreas públicas do hotel (lojas, bares, restau_
rantes, locais de reunião, etc.).

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56 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

A importância do lobby pode ser avaliada pela qualidade dos materiais,


do mobiliário e da decoração que os hotéis de todos os níveis utilizam, sem-
pre superior à dos demais ambientes, incluindo os apartamentos.
Nas cidades, os hotéis centrais costumam abrigar importantes eventos
de caráter social, cultural e artístico, e os lobbies são comumente a ante-sala
dos ambientes onde esses eventos ocorÍem, quando não o espaço principal.
Objetivando evitar conflitos entre os hóspedes e o grande número de pessoas
que geralmente afluem a esses eventos, devem ser previstos, sempre que
possível, faixas de circulação privilegiadas para hóspedes ou acessos inde-
pendentes para restaurantes, bares e salas de reunião. Nos hotéis Maksoud
Plaza e Renaissance, em São Paulo, por exemplo, favorecidos por contar com
frente para três ruas e com desníveis naturais, foi possível Iocalizar entadas
em ruas e pavimentos diferentes.
Avalonzação dos lobbies ganhou uma importante contribuiçáo atra-
vés dos átrios recriados pelo arquiteto e empreendedor americano John
Portman, que projetov par^ a cadeiaHyatt os magníficos hotéis de Atlanta,
San Francisco e Chicago O'Hare, entre outros. Esses átrios são verdadei-
ras praças' com fontes e vegetação de porte variado, que se estendem até
os últimos pavimentos, formando um imenso espaço interno cheio de
luz, percorrido por modernos e silenciosos elevadores panoÍâmicos.
Características dos apartamentos
Pode-se afirmar que existe atualmente um padrão básico de quarto adota-
do nos aparÍamentos (constituídos por vestíbulo, banheiro e quartos) de hotéis
em todo o mundo, cujas dimensões, com pequenas variações da ordem de 10
por cento, são 3,80 metros de largura por 5,50 metros de comprimento. Há
variações maiores em alguns hotéis independentes de padráo inferior, resultan-
tes de projetos equivocados ou de adaptações de edifícios originalmente
projetados e/ou construídos pata outra.s destinações. Há, ainda, variações em
alguns tipos especiais de hotel, aqueles caracteúzados como econômicos e que,
embora centrais, serão tratados como um tipo diferenciado, mais adiante.
A largura de aproximadamente 3,80 metros permite acomodar em fren-
te às camas uma cômoda e/ou uma mesa de trabalho, com espaço adicional
para cadeira ou poltrona e circulação entÍe elas. Larguras maiores são desne-
cessárias e até mesmo indesejáveis, quando implicam a redução do número
potencial de apartamentos de uma frente de rua e quando implicam em pa-
nos maiores de lajes e extensão de fachada, que encarecem a construção.
Quando se deseja aumentar a ârea dos quartos, é preferível que isso
sela feito no comprimento, pois assim podem ser acÍescentados ao mobi-

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TÌPOs DE HOTEL 57

liário poltronas ou um sofâ-cama, que aumentam o conforto e/ou possibi-


litam a acomodaçáo de mais pessoas.
Um importante requisito dos quartos dos hotéis centrais é a disponibilidade
de espaço, mobiliário e equipamentos - as chamadas estações de trabalho -, que
proporcionam aos executivos, tipo de hóspede cadavez mais comum, a possibi-
lidade de dar seqüência às suas atividades normais de trabalho.
Nos hotéis centrais, teÍraços só são justificáveis em cidades de clima
ameno praticamente o ano todo e apenas em locais de onde se possa desfru-
tar de vistas de grande interesse ebeleza, naturais ou não. É o caso dos hotéis
da orla litorânea de cidades como o Rio de Janeiro, Salvador ou Recife, para
mencionar apenas cidades brasileiras. Não é o caso de hotéis de cidades
como São Paulo, Curitiba ou Belo Horizonte, em que nem o clima nem a
paisagem justificam os custos adicionais e outros inconvenientes apresenta-
dos peìos terfaços.
Estacionamento
A quantidade de vagas de estacionamento nos hotéis centrais é determi-
nada menos pelo número de apartamentos do que pela presença de depen-
dências como festaurantes, bares, salas de reunião, etc. freqüentadas também
por moradores da própria cidade. Os hóspedes,
cadavez mais do quando
mesmo procedentes
aviáo como meio de
de locais pouco distantes, utilizam-se
transporte. Algumas vag s, no entanto, são sempre necessáúas, pata atender a
uma parcela de hóspedes mototrzados com caflos próprios ou alugados. A
quantificação efetiva das vagas necessárias, além das exigidas pela legislação
de cada cidade ou local, deve ser feita em função da quantidade de
freqüentadores das diversas dependências do hotel, considerando-se os res-
pectivos horários de funcionamento e sua concomitância.1
Como nos hotéis centrais as âreas de estacionamento situam-se
geralmente em subsolo e/ou outros pavimentos que não o têtreo, para
onde os automóveis são conduZidos por manobristas, é conveniente
resefvaf espaço no pavimento térfeo, próximo à entrada principal do
hotel, para algumas vagas destinadas a visitantes de curta permanência.
Vagas para ônibus de turismo devem ser igualmente previstas.

Enr São Paulo, a legislação qlre Íege a construção de hotéis (Lei 8.006/74) exige vffra- vaga para
cada dois quartos com fiìenos de 50 rrretros quadrados, LÌlna vaga para cada quarto maior do que
i0 metros quadrados, além de vagas adicionais para cada 100 metros quadrados de área de
restaurantes e afins. e para cada 10 metros quadrados de áreas de reuniào.
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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO


QUADRO 3
HOTÉIS CENTRAIS: SíNTESE

Localização Asáreasdeintensaatividadecomercial,denegocios'derecreaçãoede
lazer são as mais adequadas.
a As áreas em processo de decadência devem ser evitadas'
com requisi-
a A oreferência de atendimento a nichos especiais de mercado
tos particulares de localização deve estar predefinida'
, A legislação de uso do solo no local deve possibilitar a construção
de um
hote|comtamannocompatíve|comorndicadoporestudospréviosde
mercado.
,opreçodoterrenodeveestarsituadodentrodosparâmetrosindicados
pelo estudo de viabilidade'
, As dimensóes e a fOrma do terreno devem proporcionar acessos
e condi-

çÕesdecirculaçãoadequadosparahÓspedes'visitantes'funcionáriose
Íornecedores, e para os veículos de passeio e de carga'

Tamanho e oAáreatotaldeconstruçãoéfunçãodaáreadeterrenodisponíve|eda
diversidade das legislação de uso do solo.
instalaçÕes .onúmerodeapartamentosdeveserdefinidope|osparâmetrosindicados
em estudo Prévio de mercado'
.Aouantidadederestaurantes,bares,|ocaisparareunião,etc'deveser

definidaemfunçãodonúmerodeapartamentosedaconcorrênciacom
estabelecimentos similares disponíveis nas imedtaçÓes

Características . É importante fator de valorização do hote''


do lobby . Devem ser observadas no seu planejamento condiçoes
de circulaÇão de
hóspedes(entreaentrada,arecepçãoeose|evadoressociais)adequadas
enão-conf|itantescomasdemaiscircuIaçÓes,particuIarmenteasdestina-
das a não-hosPedes.
. Devem ser previstos, sempre que possível, acessos independentes
da en-
prìncipal para restaurante' bares e locais de reuntão.
trada do hotel
e 5'50 metros de
Características Drmensóes básrcas dos quartos: 3,80 metros de largura
oos comprimento, com variaçÓes de cerca de 10 por cento'
pessoas portadoras de
apartamentos Devem ser previstos apartamentos especiais para
defìciências físicas.'
Devem ser previstos terraços apenas em locais voltados Para Palsagens
sionificativas e climas amenos'

cento dos apartamentos sejam destinados a portadores


de
'z A Embratur recomenda que 2 por
NBR 9050 da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas)'
deficiências físicas. Ver também

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TIPOS DE HOTEL 59

Estacionamento r São necessárias poucas vagas para hospedes, pois a maioria dos hóspedes
dos hotéis centrais utiliza o avião como meio de transporte predominante.
O número de vagas, respeitada a legislação, deve ser dimensionado em
função das áreas do hotel destinadas aos demais freqüentadores das suas
instalaçÕes, como restaurantes, bares, locais de reunião, etc.
A disponibilidade de vagas pode constituir-se em importante fator estra-
tégico para a captação de eventos e freqüentadores das instalações so-
ciais do hotel.
r Devem ser previstas algumas vagas proximo à entrada principal do hotel
para visitantes de curta permanência.

HOTÉIS NÃO-CENTRAIS

elevadoA escassez de âreas bem localizadas e com dimensões suficientes, o


preço dos terrenos e fatores o congestionamento do trâfego e a
insegurança crescente das âreas centrais têm levado ao deslocamehto de
muitos novos empreendimentos hoteleiros para áreas afastadas do cen-
tro das cidades, mas que contam com boas condições de acesso e nas
quais esses problemas não existem ou são menos acentuados.
Ao mesmo tenpo, algumas dessas âreas, pelas mesmas razões, vêm
atraindo empreendimentos de outras naturezas, passando a concentrar ativi-
dades diversificadas e reunindo os atrativos e as condições necessária s para
viabllizar a implantação de hotéis.
Nos Estados Unidos, cerca de 70 por cento dos novos hotéis estão
sendo construídos nos chamados subúrbios. Em São Paulo, há os casos jâ
bastante antigos do Novotel Morumbi e do Transamérica, na marginal do
rio Pinheiros. Mais recentemente, abúram suas portas o Meliá, também na
margrnal do Pinheiros, junto ao Vorld Trade Center São Paulo, próximo à

concentração de Accor,
cadeia francesa escritórios
ao da Avenida
lado Luís Carlos
do NovoteI, da mesma e o Sofitel,
Berrini, cadeia, da
antigo
Ibirapuera Park, ambos na avenida Sena Madureira, próximo ao parque do
Ibirapuera. No Rio de Janeiro há mais de vinte anos, aproveitando a aces-
sibilidade proporcionada pela avenida Niemeyer e a presença das praias,
foram construídos os hotéis Sheraton, Intercontinental Rio e Nacional, sig-
nificativamente distantes do centro da cidade e também das âreas jâ então
muito valorizadas de Copacabana e lpanema.

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7/29/2019 Hotel Planejamento 1

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

{'; '
-,; Í
,'::::::ai
.r,:itl

r'r:*x1i;::..

Localização
A locahzação, um atributo de fundamental importància para qualquer
tipo de hotel, adquire, no CaSo dos hotéis não-Centfais, um peso ainda maìor
como fator condicionante do sucesso ou do fracasso do empreendimento.
O hotel não-central deve dispor de condições e meios de acesso fácil às princi-
pals âreas de interesse da cidade ou do setor em que se localaa. Deve estar próximo
aaveridas,vias expressas ou rodovias que o liguem tão rapidamente quanto possível
ao centro principal dacidadee a subcenffos, no caso de cidades maiores, ao aeropor-
to ou a áreas particulares de interesse estratégico, visando atender nichos específicos
de mercado, como áreas de grande concentÍação industrial ou de atrativos fr:rísúcos,
A acessibilidade por meio de transporte público, em países e cidades
onde o transporte público de qualidade existe, é um requisito muito desejável,
Nas cidades brasileiras, o transpofte pfivado é o único que pode, até aqui, ser
considerado em empreendimentos hoteleiros de alguma qualidade. A medida
que o automóvel passa a ser predominante, a visibilidade do hotel adqttire
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7/29/2019 Hotel Planejamento 1

TIPOS DE HOTEL 61

trevos de acesso, às cidades ou a sub-regiões metropolitanas constitui um atra-


tivo que permite diferenciá-lo de seus competidores menos visíveis.
É imporante,rnlcralaa@o e no planejamento de um hotel não-central,atentar
para as tendências de desenvolvimento da re$áo e para a anâljre. de planos de desen-

volvimento dessa mesma região existentes ou em elatxxapo, de modo a velitfrcat a


compatibilidade entre suzts propostas de ocupação e uso do solo com os objetivos
iniciais do empreendimento e a continuação dessa compatibilidade ao longo do tempo.
Nesse sentido, pode ser importante prever, na fase de implantação, es-
paços para futuras expansões que acompanhem o potencial de desenvolvi-
mento do local. Além de pouco onerosa, essa previsão pode ser estratégica,
uma vez que futuras aquisições de terreno poderão não ser mais possíveis.
Outro fator a ser considerado é a disponibilidade de infra-estrutura vista
de maneira dinàmica, desde o momento da construção e ao longo do tempo,
tendo em vista a repercussão sobre os custos do empreendimento. É impor-
tante considerar a eventual necessidade de suprir deficiências da rede públi-
ca? por exemplo, com a perfuração de poços profundos ou a construção de
estação própria pata tratamento de esgotos.

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xxxrrlr
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62 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJEÏO

Tamanho e diversidade das instalações


Localizar o hotel em determinadas regiões menos centrais pode ser van-
tajoso. Nessas âreas, o valor unitário dos terrenos é significativamente menor,
o que tofna viâve| a úiIizaçáo de terrenos maiores e a construção de uma
infra-estrutura de rccreaçáo maior e melhor e mais âteas de estacionamento
para hóspedes, visitantes e freqüentadores de restaurantes e locais de reu-
nião. Os hotéis não-centrais podem, assim, oferecer quadras de tênis, piscinas
em âreas al:ertas, instalações amplas e bem equipadas para eventos e outras
atrações Íatamente encontradas nos hotéis centrais, nas mesmas proporções'
O Hotel Transamérica é o mais típico exemplo de hotel não-centrai em
São paulo. Está num local bastante afastado do centro histórico da cidade,
próximo à concentração de indústrias da regiáo de Santo Amaro. Foi implan-
tado em um terreno de 1+.2ffi metros quadrados e inaugurado na década de
70, com 220 apartamentos. um grande Centro de eventos e quadras de tênis'
Mais tarde, o número de apartamentos e suítes foi ampliado para 406 unida-
des, com acréscimo de nor-as instalações de serviço e de lazer.
O Novotel Morumbi. construído na mesma época, não dispunha de átea de
teffeno suficiente para implantar instalações que compensassem sua distância das
âreas deinteresse da cidade daquele tempo, quando não existiam nem os sboppings
Morumbi e Market Place. nem a concentração de escritórios da avenida Luís
Carlos Berrini. Quanto aos outros hotéis náo-centrais de São Paulo iâ menciona-
dos - o Sofitel e o Novotel da ar-enida Sena Madureka- em termos de diversidade
suas instalações nada diferem daquelas de um hotel tipicamente central. Isso
acontece, taIveZ, pela descarucÍeiza3o. em São Paulo' do que se convencionou
designar como o centro da cidade - dctusntoum -, conceito que se mantém na
maioiadas cidades, mesmo nas grandes metrópoles. Essa descaractetuaçáo ocoÍÏe
pela conju gaçáo de fatores como a fuga do centro, emmais processo deacfescente
baratos; expecta-
deterioração; a pÍocura de mais Segurança e de terrenos
tiva de contínuo crescimento da cidade, o que relativiza as distâncias; e a crescen-
te diversifi caçáo das âreas de concentração de negócios, comércio, cultura e
Iazer.
As características mais comuns que diferenciam um hotel não-central típi-
co dos hotéis centrais são implantação em terrenos de maiores dimensões, uma
relativaauto-suficiência emm térra de restaurantes, bares e serviços em geral,
instalações reforçadas para eventos e infra-estrutura de esportes, recreação e
lazer mais desenvolvida.Paraviabiiizar essa infra-estrufura mais desenvolvida'
os hotéis não-centrais necessitam de um número suficiente de apattamentos
para dar supoÍte econômico à operação de todos os serviços oferecidos'
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TIPOS DE HOTEL 63

Características do lobby
As mesmas considerações feitas com relaçào aos hotéis centrais valem
pata os lobbies dos hotéis mais afastados. Dependendo das regiões onde se
situam, geralmente menos servidas por restauÍantes, bares, lojas, etc., os hotéis
não-centrais tendem a suprir essas deficiências incluindo em seu interior parte
das instalações e dos serviços indisponíveis nas rcdondezas. Isso pode se refle-
tir na necessidade de lobbies mais amplos. Por outro lado, uma atividade social
menos intensa, cuja ocorrência seria mais comum e freqüente nos hotéis cen-
trais, indicaria a tendência para a criaçáo de lobbies de menor dimensão.
Características dos apartamentos
As dimensões usualmente adotadas nos hotéis centrais são tambémvâ-
lidas para os ^partamentos dos hotéis não-centrais. Aplicam-se, igualmente,
os mesmos comentários, com exceção ao que se refere aos terraços. Os hotéis
náo-cenúais, devido às dimensões maiores dos teÍrenos e do tratamento
paisagístico que pode ser dado a âreas externas de esportes elazer, proporci-
onam as condições necessárias para viabilizar terraços, mesmo em locais na-
turalmente desprovidos de atrativos paisagísticos.
Estacionamento
Nos hotéis não-centrais é maior a necessidade de vagas para estaciona-
mento do que nos hotéis centrais. Em locais mais afastados de outros centros
de interesse e com menos altetnativas de transporte público, aumenta a pof-
centagem de hóspedes que se utilizam do automóvel, próprio ou alugado.
Para os demais usuários (não-hóspedes), freqüentadores dos restaurantes, dos
night clubs, das instalações esportivas e de recreaçáo, e, principalmente, dos
locais de reunião, em grande parte moradores da própria cidade ou de cida-
des vizinhas, o automóvel é o meio de transporte predominante, quando não
o único, particularmente nas cidades e/ou locais carentes ou totalmente des-
providos de transporte público de qualidade.
Ainda que a legislação de uso e ocupação do solo possa desconsiderar
a necessidade diferenctada de vagas para estacionamento, é importante, no
planejamento do hotel, dimensionar cuidadosamente as vagas vinculadas a
cada uma das suas dependências, considerando os diferentes horários das
respectivas funções exercidas e atentando ainda para a simultaneidade que,

necessariamente, ocorre entre as funções.

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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO


64
QUADRO4
HOTÉIS NÃO-CENTRAIS: SíNTESE

Localização .
áreas de interesse da
Deve haver fácil acesso ao centro e às prìncipais
crdade ou região
.DevemsercurdadosamenteanaIisadasastendênciasdedesenvo|vimen-
to do local Pretendido'
. A legislação de uso do solo do local deve possibilitar a construção de um hotel
.omtamanhocompatÍvelcomoindicadoporestudospréviosdemercado.
.Deveserava|iadaaconveniênciadeáreasparafuturasexpansÓes.
.osnichosespeciaisdemercadoparaosquaisohote|quersevoltar
devem ser Predefinidos'
.opreçodoterrenodeveestarsituadodentrodosparâmetrosindicados
estudo de viabrlidade'
PordimensÓes e a forma do terreno devem proporcionar acessos e
' As
condiçÓesdecirculaçáoadequadosparahospedes,vtsitantes,funcroná.
e de carga'
rios e fornecedores' e para os veículos de passeio
.oterrenodevecomportaráreassuficientesparaaquantidadedevagas
de estacionamento Pretendida'
. É desejável que o terreno seja visível a
partir das vias principais de acesso'
. Deve ier verìficada a infra-estrutura de água,
esgotos, energia, teleco-
municaçÓes e gás' existente ou planejada'

Tamanho e . A área total deusoconstrução é f unção da área de terreno disponível e da


diversidade das legislação de do solo'
nstarações'
*:n:ïïffï:ïï,':.":'ïi.ï,:ï:,:: :ï:ï::J;:',ïiï.ïi:;:
tos,maioracapacidadedohote|desuportardeterminada|ocaIização.
para reuniáo' etc' deve ser
A quantìdade de restaurantes, bares, locais
dos usuários potenci-
definida em função do número de apartamentos e
ais de regióes limítrofes que o hotel'pretenda
captar'

características . Aplicam-se aos hotéis não-centrais os mesmos comentários feitos para


do tobbv e outras facitidades (não-
. it#::Ï;ïï"jtú, .0..,.ro de restaurantes
disooníveisnasimediaçÓesdohote|)poderáinfluenciarnasdimensÓese
outras características do lobbY'
/obbies menores'
Menor atividade social apontaria na direção de
. de largura e 5'50 metros
Características DimensÓes básicas dos quartos: 3,80 metros
por cento'
oos de comprimento' com variaçoes de cerca de 10
apartamentos . Devem ser previstos apartamentos especiais destinados a portadores de
def iciências.
' ]",'fff;,::ï ff i :ifi nì: :ï: : 3 ïï: :iÏ
l"J i.iÏli';,: I f '
amplo e convenlenremente tratado paisagisticamente'
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TIPOS DE HOTEL
65

Estacionamento . são necessárias mais vagas para hóspedes do que nos hotéis centrars,
tendo em vista a maror probabilidade de que um número significativo
deles utilize automóveis, próprios ou alugados;
o número de vagas, respeitada a legislação, deve ser dimensionado em
função também das áreas do hotel destinadas aos demais freqüentaoores
das suas instalações (restaurantes, bares, locais de reunião)e em função
da disponibilidade de transporte público.
são também menores as possibilidades de existir. nas proximidades.
estacionamentos alternativos.

HOTÉIS ECONOMTCOS
Para determinados tipos de hóspedes, são desnecessárias muitas das insta-
lações e dos serviços disponíveis nos hotéis convencionais de diversas categori-
as. É o caso, por exemplo, de profissionais de vendas ou de representação de
empresas em suas viagens rotineiras pelo interior dos estados. Esses profissio-
nais necessitam apenas de um bom apartamento, com boas instalações sanitâ-
rias, no pouco tempo que permanecem no hotel, entre o fim de um exaustivo
dia de trabalho ou de viagem e a manhá do dia seguinte. Restaurantes, ambien-
tes de lazer, sauna, piscina, serviço de quarto 24horas, etc. são perfeitamente
dispensáveis para esse tipo de hóspede, que) no entanto
, faz questão
de conforto, higiene, café da manhã completo e confiabilidade absoluta
das instalações.
Assim, os hotéis econômicos não podem ser confundidos com hotéis
com instalações mais ou menos diversificadas, porém de alguma forma precã-
rias ou decadentes, que procuram oferecer úma gama vaúada de serviços
num arremedo dos hotéis de categoria superior. O que esse tipo de hotel tem
em comum com os hotéis econômicos de que aqui tratamos são apenas as
tarifas reduzidas que oferecem, oriundas dabaixa qualidade das suas instala-

rem e dos seus setwiços,


çõesfundamentalmente fatotarifas
doAs instalaçõesdos
de as reduzidas hotéis econômicos decor-
e os serviços serem limitados
ao que é essencial, sem prejuízo da qualidade e da eficiência da operação.
A característtcabâsica dos hotéis econômicos advém da redução das instala-
ções e dos serviços ao mínimo considerado essencial ao tipo de hóspede a que se
destinam. As instalações resumem-se, de manetra geral, a apattamento de dimen-
sões e mobiliário adequados, com instalações sanitárias completas e ar-condiciona-
do, uma pequena recepção, Iocal para café da manhã"ou uma pequena lanchonete,

e estacionamento.
roupas os serviços
de cama e banho, limitam-se ao atendimento na recepção, à troca das
àIknpeza e à manutenção das dependências do hotel e
ao preparo do café da manhá e ao funcionamento de eventual lanchonete.

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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO


oo

Algumascadeiashoteleirasinternacionaistêmentreseusprodutoshotéis
que'comalgumasVafiações'enquadram-SenaCzltegoriz-dehotéiseconômi-
tem o produto sleep Inn' com
cos aqui definida. A choice Hotels International
para construção em teffe-
unidaães de 6Za pouco mais de 700 apartamentos,
nos de cerc de 5 mil metros quadrados a7 milmetros quadrados' A Holiday
InntemoprodutoHolidaylnnExpress;aAccor'oprodutolbis;eaMehâ'o
produtoSolMeliá.EssascadeiasComeçamagot2-aserimplantadasnoBrasil,
,"rpond".rdo à demanda por hotéis com essas características'
Algumastentativasanterioresdeimplantaçáodehotéiseconômicosno
devido principal-
Brasil encontraram e continuam a encontrar dificuldades'
co{n os custos da construção
mente à faltade investidores dispostos a afcaf
necessária para garantir a
simultânea de uma quantidade mínima de hotéis,
(reservas' compras' treinamento
economia de escala Ã^ op.ruçao do conjunto
com serviços de qualidade e
de pessoa l, centrahzzçáo de algumas atividades)
Canard, de Lages eJoinville, implan-
tanfasreduzidas. os hotéis econômicos Le
considerados um sucesso patcial'
tados pof empfesas brasileiras, podem ser
Localização
A|oca|tzaçãopreferencia|parahotéiseconômicosépróximoarodovi-
as,juntoaentradasdecidadesoujuntoaentroncamentosdeondederivam
acessosparamaisdeumacidade.Aimplantaçáoaolongodeumeixorodo_
vtâtiopodeadotatcomocritériode|oca|izaçáo,a|émdarededecidades,
pontosconsideradosestratégicosparapandasemviagensdepercursomui-
tolongo,ComoSãoPaulo_Brasíia,Rio-SalvadoÍ,e[C.Emgrandescidades,é
expandidos'
chamados centros
desejável localtzatos hotéis econômicos nos
de ônibus'
próximo a estações de trem' metrô ou terminais
Tamanho e diversidade das instalações
Tendoemvistaanecessáriasimpltficaçáodosprocedimentos
ter' preferivel-
devem
operacionais e de manutenção, os hotéis econômicos
entre 60 e 100' aproximadamen-
mente, número reduzido de apaÏtamentos,
ev|t^f a insta|açâo ou o uso obrigatório de elevadores, tanto p^ra
te. Para
quanto p^f^ oserviço, é desejável que a construçáo seia predomi
hóspedes entre
Dois pavimentos estabelecem uma boarclaçáo
nantemente do uso de e'lesradores e as âreas de terreno necessárias' um
horizãntal.
a desnecessidade
númeromaiordepavímêntoq-deveseradotadoapenasquandoopreçodo
tefrenoouapoucadilporribilidadedeterrenosmaiorescomlocaltzaçáo
adequada assim o recomendar'
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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Características do lobbY
Nos hotéis econômicos, o lobby limita-se a um pequeno ambiente de
e de
estar e à âreada recepção, em que o atendente pode ser o próprio gerente,
onde tem total controle sobre o movimento de entada e saída dos hóspedes'
Características dos aparta mentos
Algumas cadeias internacionais mantêm em seus hotéis de tarlfa reduzida
quartos de dimensões semelhantes às dos quartos de seus produtos de tarffa
mais elevada. Em certas rotas, algumas cadeias adotam apartamentos até
maio-
res, quando quefem atair famlias que vtaiam de carro. Nesses casos'
quartos
maiofes, particulafmente no comprimento, permitem a colocaçáo de camas
em um mesmo quarto'
adicionais ou sofás-ca mas, paÍa acomodar toda a faní\a podem ser menofes
No entanto, em hotéis econômicos, os apattamentos
do que o padrão adotado universalmente em hotéis mais caros' Apartamentos
com uma única cama podem ser combinados com apaftamentos de duas
ca-
mas. os espaços para circulação podem ser reduzidos, assim como a dimensão
O
dos armários. Da mesma forma, os banheiros podem Sef bastante compactos'
que não pode faltar nos quartos é uma mesa, que possa comportaf um compu-
tador portâtll, e espaço adicional para o desenvolvimento de trabalhos'
uma iluminaçáo cuidadosamente proietada para tral>alho, leitura ou re-
pouso, assim como ar-condicionado. são requisitos indispensáveis.
Estacionamento
Nos hotéis econômicos, particularmente nos situados fora de áreas ur-
banas, é importante dispor de vagas de estacionamento em quantidade
equi-
.uma vez que a clientela bâsica é
valente ao número de quartos, pelo menos,
constituída pot vraiantes com seus próprios automóveis'

QUADRO 5
HOTÉIS ECONÔMICOS: SíNTESE

As áreas às margens de rodovias proximo a entradas de ctdades são


as
Localização
mais favoráveis.
Deve ser considerada a localização em pontos estratégicos para
paradas
em rotas de viagens longas.
Emcidades,foradaáreamaiscentra|,hotérseconÔmicosdevemser
localizados junto a estaçÕes de trem, de metrô, ou terminais de Ônibus'
para a
Tamanho e As instalaçóes são reduzidas, limitadas a apartamentos, área
diversidade recepção e sala para a administração, sala para café da manhã ou
das instalaçoes pequena lanchonete e dependências para equipamentos'
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TIPOS DE HOTEL

' A lavanderia pode ser pequena. como alternativa, os serviços de


lavagem de roupa podem ser terceirizados ou concentrados em uma
lavanderra de porte médio que preste serviços a um con junto de hotéis
de uma mesma rede.
Para evitar a necessidade
' de elevadores,
possível, solução arquitetônica horizontal.deve ser adotada, sempre que
Características r Deve se resumir à recepção e a pequeno ambiente de estar.
do lobby

Características dos . O número de apartamentos deve ser reduzido (entre 60 e pouco


apartamentos mais de 100 unidades, aproximadamente).
os apartamentos podem ser maiores ou menores do que os correspon-
dentes de hotéis de categoria superior; dependendo da clientela.
Devem ser previstos apartamentos especiais destinados a portadores de
def iciências.
Em hotéis destinados a viajantes a serviço, geralmente sozinhos, os
apartamentos podem ser significativamente menores, assim como os
banheiros.
Apartamentos com uma única cama podem ser combinados com
apartamentos com camas duplas.
a É importante adequar o mobiliário do apartamento ao tamanho reduzi-
do, projetando cuidadosamente o espaço disponível.
a Instalaçoes para trabalho devem ser consideradas um requisito essencial.
Estacionamento o o número de vagas deve ser equivalente ao número de apartamentos.

HOTÉIS DE AEROPORTO

São casos particulares de hotéis não-centrais. Com o extraordinârio


desenvolvimento do transporte aéreo , pratrcamente o único utilizado nas
viagens de negócio e turismo de média e longa distância, e considerando

dos aeroportos, estes e suas regiões vizinhas se torna ram rocaisamuito


as crescentes dificuldades de acesso às âreas centrais das cidade s partir
convenientes para alocalizaçáo de hotéis. Pessoas procedentes de lugares
distantes, por exemplo, podem se hospedar nesses hotéis, participar de
reuniões ou congressos e pafiir de volta para seu local de origem sem a
necessidade de enfrentar penosos e demorados deslocamentos dentro da
cidade. cancelamentos ou grandes atrasos de vôo, assim como conexòes
nrais demoradas, são outros fatores que contribuem para a conveniência
de hotéis nas proximidades de aeroportos. No caso do Brasil, a ocorrência
desse tipo de hotel é significativa, por enquanto, apenas no Aeroporto
Internacional de São paulo,/Guarulhos.

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P"ïê

&
w
M
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a' ok n

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IL
HOTEL

SISTEI\,IA SUETERRÂNÊO

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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO


72

QUADRO 6
HOTÉIS DE AEROPORTO: SíNTESE

Antecedentes os hotéis de aeroportos, tal como são conhecidos hoje, principalmente


nos Estados Unidos e na Europa, surgiram a partir dos anos 60, em
função do extraordinário desenvolvimento do transporte aéreo; até
então, eram apenas pequenos hotéis (ou motéis) de beira de estrada.

Exemplos As cidades de Los Angeles, Houston e Dallas/Fortworth, cujos aeroportos


significativos contam com mais de 10 mil quartos cada.
No Brasil, apenas o Aeroporto Internacional de 5ão Paulo/Guarulhos,
conta com um hotel de médio porte, com características similares aos
hotéìs de aeroportos americanos, o Hotel Deville, que tem sido um
empreendimento de grande sucesso.

Localização As áreas mais favoráveis são aquelas junto às vias de acesso ao aeropor-
to, em local de grande visibilidade.
o local deve ser tão próximo quanto possível dos terminais de passagei-
ro5.

Tamanho e Depende da importância e do tipo de aeroporto (aeroportos de origem


diversidade das e destino, aeroportos de conexão, etc.)
rnstalaçóes o número de apartamentos deve ser definido por estudo prévio de
mercado (hoteis concorrentes, qualidade e porte de instalaçÓes para
reuniões, convençÓes, etc.)

Característtcas ' Características semelhantes às dos hotéis não-centrals'


do lobby

Características dos' DimensÕes básicas do quarto: 3,80 metros de largura e 5,50 metros de
apartamentos comprimento, com variaçÕes de cerca de 10 por cento'
Devem ser previstos apartamentos especiais destinados a portadores de
deficiências físicas.
As instalaçÕes do hotel, principalmente os apartamentos, devem
apresentar alto grau de proteção contra ruído das aeronaves'
a os terraços devem ser evitados em função do elevado nível de ruído.

Estacionamento r A necessidade de vagas é função principalmente do número de bares e


restaurantes e do porte das instalaçÓes para reuniÕes, para freqüentadores
orocedentes das imediaçoes.

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TIPOS DE HOTEL 73

RESORTS

Os hotéis delazer, descendentes diretos dos spas e das casas de banho


das antigas Grécia e Roma, têm seu maior atratwo na recreação e nos espor-
tes, principalmente em espaços abertos de grande beleza natural e
condições climáticas. excelentes
Os resorts, forma mais recente e predominante de hotéis de lazer neste
final de século, vêm ampliando significativamente esse atrativo, instalando-se
em imensas âteas, verdadeiras ilhas de auto-suficiência, onde os hóspedes
enconffam satisfação para vma variada gama de interesses - esportes,lazer,
vida social e negócios -, numa combinação que atende a todas as faixas
etârias. Pelo que são e oferecem, buscam constifuir-se em destinaÇões turísti-

ospor
cas que si só justifiquem
enormes uma viagem.
investimentos exigidos para a implantação dos moder-
nos resortE que demandam grandes áreas de terreno com requisitos es-
peciais de localizaçáo e amplas e diversifi cadas instalações de recreação
e espoÍtes, exigem altas taxas de ocupação durante todo o tempo, com
minimização das variações que podem ocorrer durante a semana ou nas
diferentes estações do ano. Por essa tazáo, os resorts investem também
na diversificaçáo das suas atividades, visando captar o maior número
possível de tipos depara
grandes instalações hóspedes. Assim, é comum encontrar resorts com
conferências e congressos, que, pelo relativo
isolamento e pela informalidade do ambiente, oferecem excelentes con-
dições para eventos e negócios.
Cabe mencionar os grandes complexos hoteleiros do tipo multiresort.
cancún, no México , e a regiáo de Kanaapali de Maui são exemplos de empre-
endimentos cuja escala gigantesca é necessária para viabilizar os imensos
recursos financeiros requeridos para a construção de aeroportos, rodovias,
infra-estrutura e outros serviços, sem o que essas regiões, embora dotadas de
atrativos naturais indiscutíveis, permaneceriam até hoje fora das rotas turísti-
cas internacionais.
No Brasil, destaca-se a implantação do complexo turístico multiresort
de Sauípe, na Bahia, jâ abordado no primeiro capítulo.

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7/29/2019 Hotel Planejamento 1

TIPOS DE HOTEL

QUADRO 7
RESORTS; SíNTESE

Antecedentes . Spas e casas de banho das antigas Grécia e Roma, que ressurgiram na
Renascença, após perÍodo de inatividade na ldade Média.

Exemplos r Atlantis Paradise. Bahamas; Boca Raton Resort & Club, Flórida; Sonesta,
signif icativos3 Bermudas.
. No Brasil, Transamérica, llhéus; Mediterranée, Bahia; Caesar Park Cabo
de Santo Agostinho, Pernambuco.

Localização . Locais de grande beleza natural, excelentes condiçoes climáticas.


. Fácilacesso a partir dos principais centros emissores de turistas pretendi-
oos.
. Deve ser verificada a disponibilidade de água e de infra-estrutura de
energia e telecomunicaçÕes.
o Deve ser observada a legislação de proteção ao meio ambiente.

Terreno . São necessárias grandes glebas com características topográficas e


geológicas para viabilizar as instalaçoes pretendidas (parques aquáticos,
quadras poliesportivas, campos de golfe, etc.).
. São desejáveis: proximidade de praia, margem de rios, lagos e represas.
Há necessidade de tratamento paisagístico das áreas não diretamente
. ocupadas.
. As piscinas são elementos de grande importância para o projeto paisagístico.
. As áreas de carga e descarga e demais pátios de serviços devem ser
convenientemente localizados de modo a afastá-los das vistas dos
hosoedes.

Tamanho e . O número de apartamentos deve ser suficiente para dar suporte econô-

mico ao conjuntoo de instalaçÕes de recreação, esportes e eventos.


diversidade.
das instalaçóes Para determinar número de restaurantes, bares e outras instalaçÕes
deve-se considerar o tempo médio de permanência dos hóspedes e a
necessidade de oferecer alternativas devido ao isolamento do hotel.
. As instalaçóes para congressos e reuniões ajudam a manter taxas
médias de ocupação elevadas.
o Deve ser considerada a necessidade e/ou conveniência de aloiamento
para funcionários e suas famílias.

Características r Deve ser dimensionado com generosidade, em função da maior disponi-


do lobby bilidade de tempo das pessoas para atividades sociais e convívio.
. A maior disponibilidade de tempo dos hóspedes motiva compras e a
necessidade de maior ouantidade relativa de loias.

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' Ver também Quadro 11.
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78 TIOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Características . Nos resorft predominam grupos familiares. Os apartamentos, conse-


dos apartamentos qüentemente, devem ser maiores, para acomodar camas adicionais
A área adicional deve ser obtida, preferencialmente, no comprimento do
quarto; a largura deve ser mantida em 3,80 metros.
Devem ser previstos apartamentos especiais destinados a portadores de
def iciências.
Os armários devem ser relativamente maiores do que em outros tìpos de
hotel, com pelo menos 1,50 metro de frente
Os apartamentos devem ter a melhor vista. Alas de apartamentos
distribuídos dos dois lados de um corredor devem ser posicionadas
perpendicularmente à vista de maior interesse (praia, por exemplo)
Os quartos devem, sempre que possível, ser dotados de terraços com
profundidade adequada (pelo menos de 1,50 metro) e mobiliados com

mesa, cadeiras, espreguiçadeiras e/ou redes.


Estacionamento . O número de vagas depende do tipo de transporte utilizado pelos
hospedes. Podem ser reduzidas praticamente a zero quando o acesso ao
local é feito dìreta e exclusivamente por barco ou avião.

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82 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

OUTROS TIPOS DE HOTEL

Conforme já mencionado, as respostas às diferentes solicitações do mer-


cado conduzem semprc à criaçã.o de uma grande quantidade de tipos de
hotel, com variações às vezes
muito sutis
quais todos derivam. Os comentários entre eles
anteriores e os tipos
aplicam-se principais dos
parcialmente aos
casos abaixo, dependendo do tipo principal de hotel com o qual tenham mais
afinidade ou semelh ança.
Hotéis-fazenda e pousadas
São hotéis basicamente delazer, com muitas das características dos resorÍs,
porém em escala muito menor e quase sempre com instalações bem mais
modestas e menor diversidade de serviços. O número de apartamentos é
menor (menos de cem apaftamentos), as instalações pan a prática de espor-
tes resumem-se a alguns poucos itens, geralmente com ênfase em algum tipo
de esporte relacionado à localização ou à especialidade do hotel (equitação,
esportes náuticos, etc.), e as âreas para reuniões, quando existem, são de
pequeno porte. O regime predominante é o de diârras completas, incluindo as
refeições, em um único restaurante. A adminisÍraçã.o é basicamente familiar, e,
por essa razào e pelo porte reduzido do hotel, o tratamento concedido aos
hóspedes é mais pessoal.

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TIPOS DE HOTEL

Hotéis de selva
São hotéis cujas atrações giram em torno de florestas, no interior das
quais se situam.
Na Amazônia, podem ser mencionados o Hotel Ariaú Amazon Towers,
com205 apartamentos, cujo nome deriva das construções circulares, de vários
andares, assentadas sobre palafitas nas âguas do Rio Ariaú; o Amazon Village
e o Overlook Jungle.

Hotéis de convenções
Muito comuns nos Estados Unidos, e a rigor ainda inexistentes no Brasil,
os hotéis de convenções são voltados principalmente paraarealizaçáo de even-
tos e congressos de grandes proporções) com áreas específicas para essa finall-
dade e capactdade para acomodar alguns milhares de pessoas simultaneamente.
Podem se locahzar em áreas centrais, mais afastadas dos centros ou nas proxi-
midades de aeroportos, assumindo também características próprias dos hotéis
com as localizaçóes mencionadas, os quais, como vimos, costumam ter entÍe
suas instalações também âreas para reuniões, exposições e eventos de nature-
zas diversas, sem se caracterizatem como hotéis de convenÇões.
5pas
São voltados pata hóspedes interessados em saúde e cuidados com o
corpo. Originalmente, os qDas vinculavam-se a locais onde as propriedades
terapêuticas das âguas constituíam a affativo principal. Hoje, o interesse por
esse tipo de instalação vem se ampliando, com o foco sendo desviado para o
controle de peso e o condicionamento físico.
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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Hotéis-cassino
São hotéis cuja receita principal advém principalmente da exploração
de jogos de azar. A hospedagem e os serviços de alimentaçáo, recreação e
lazer sã.o atrativos freqüentemente subsidiados para a atividade principal, que
é o jogo. No Brasil, onde os jogos de azar são proibidos desde 1.946, os
poucos hotéis desse tipo deixaram de existir ou sofreram transformações que
os descaracterizaram. No exterior, são famosos os gigantescos hotéis-cassino
de Las Vegas e Atlantic City, que possuem milhares de apattamentos, vários
restaurante s, âreas de lazer, fantâsticas instalações para espetáculos, além das
instalações dos cassinos propriamente ditos.
l-{oÍéis-residências (apa rt-hotéis e f/ats)
u.-"'
Os hotéis-residências, também conhecidos como apatt-hotéis eflats, tëm
como cliente-alvo as pessoas que, tendo que permanecer em determinado local
um tempo relativamente longo, embora insuficiente pata estabelecer domicílio,
necessitam de acomodações com dimensões e outras condições que os hotéis
normalmente não conseguem proporcional, a preços que possam pagat. Olt-
troS'clientes em potencial são moradores permanentes da cidade (casais idosos
ou sem filhos, por exemplo), que podem pagat pelas acomodações e pelos
seruiços e preferem ficar liberados das responsabilidades e rotinas domésticas.
Os hotéis-residências oferecem apafiamentos com âreatotal pouco maior
do que a dos apartamentos standard dos hotéis e têm características que os
aproximam dos apartamentos residenciais comuns. Em vez do vestíbulo de
entrada com armârio, quarto de dormir e banheiro , os apartamentos dos hotéis
residenciais costumam apÍesentaf pequena sala de estar com kitcbenette, Ltall
cle distribuição, banheiro e um ou mais quartos.
os hotéis-residências dos outros ho-
téis é Outra
a ofertacaracterística quedistingue
de serviços,que geralmente se limitam à recepçã'o, àlimpeza,
troca e lavagem de roupas de cama e ao café da manhã', serwido no próprio
apartamento, com tarifa dlferenciada, ou no restaurante em funcionamento
no prédio e normalmente arrendado.
Essas características originais dos hotéis-residências vêm se altetando
nos últimos anos' e alguns dos novos empreendimentos do gênero vêm ad-
quirindo gfaus de sofisticaçáo e complexidade que os tornam cada vez mais
semelhantes aos demais hotéis. Seus apartamentos Íesumem-se ao conjunto
vestíbulo-quarto-banheiro, em nada diferenciado dos apattamentos de hotéis.
\ Isso porque muitos dessesflats constituem uma nova forma de fazet um
hotel. Se muitos ou quase todos os hotéis-residências surgiram da convergência
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TIPOS DE HOTEL A7

de dois fatores, ou seja, de um Iado a existência de um público-alvo necessitado


de moradia temporâria, com alguns serviços, a preços razoâveis, e, de outrc-r,
investidores desejosos de alternativas para escapar da lei do inquilinato, mais
recentemente um terceiro fator veio se juntar aos dois primeiros.
Tendo em vi5ta as dificuldades para obtenção de financiamento pata
atender ao aumento da demanda por meios de hospedagem, muitos dos em-
preendimentos imobiliários lançados como flatÍ sáo, na verdade, hotéis, por-
que são operados como tal, com todas as unidades reunidas num pool de
locação. iA diferença estâ na composição acionâria pulverizada entÍe os vários
pequenos ou médios investidores, que adquirem unidades e as colocam a
serviço de uma administração centralizada.
/\-----
i.-"._--ü

Navios
Pode parecer inusitado abordar os navios como um tipo de hotel, mas
sua função primordial de transportaÍ passageiros e mercadorias sempre in-
cluiu a hospedagem dos passageiros e tripulantes durante os longos dias de
duração das viagens marítimas.
Hoje, no entanto, com a hegemonia do transporte aéreo de passageiros
sobre o marítimo, o aspecto hoteleiro nos modernr:s i,ensatlânticos assume
importância cadavez maior. As viagens ficarum reduzidas apenas a cruzeir<-rs,
nos quais a qualidade das acomodações de hospedagem e de lazer oferecidas
constituem atrativos tão ou mais importantes do que as viagens propriamente
ditas, podendo estas serem consideradas como uma meÍa seqüência de locais
privilegiados que funcionam como contraponto à vida a bordo.
Mas o que vale destacar nos navios, no que diz respeito a instalações
de hospedagem, é o tamanho reduzido dos apaftamefitos, ou camarotes, e
a localizaçáo da maioúa deles na parte central, sem nenhuma abertura
pata o exterior.
camaÍote As dimensões
standard) básicas do módulo (que corresponde ao
são significativamente inferiores às dos módulos
adotados em hotéis, inclusive nos de tipo econômico. No entanto, não se
pode negar que haja luxo e conforto nesses camarotes, proporcionados
por um esmerado projeto de interiores e de design do mobiliário. A falta
de janelas também não impede que pessoas de alto poder aquisitivo e com
elevados níveis de exigência se disponham a utilizar os camarotes em
viagens que duram muitos dias, nas quais estarão integralmente confina-
das às dependências do navio.

AtuaÌmente, na crdade de São Paulo, estão em fase de lançamento e construção cerca de 11 mil
unidades do tipo flat.
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7/29/2019 Hotel Planejamento 2

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

INTRODUCAO

O planejamento que deve anteceder o projeto de arquitetura tem aspec-


tos fundamentais para o sucesso de qualquer empreendimentp hoteleiro que
devem ser considerados com variações na seqüência de abordagem conforme
cada caso. São eles:
. O segmento de mercado a que se destina o hotel, ou seja, qual ou
quais os tipos de hóspedes o novo hotel pretende preferencialmente
captaf.
. O perfil do usuário, definido pelo conjunto de catacterísticas (gostos

. Apessoais, necessidades,
viabilidade exigências, padráo de consumo, etc.).
econômico-financeira.
. A localizaçáo, com enorme inflrrência na determinaçã.o do tipo e de
outras caïacteÍísticas do empreenclimento hoteleiro.
. A definição do progÍama e da relaçáo das âreas.
. O tipo de hotel.
O planejamento envolve equipes interdisciplinares com participaçáo de
especialistas nas âreas de hotelaria, de estudos de mercado e viabilidade eco-
nômico-financeka e dos arquitetos encarregados do projeto.
Este capítulo está subdividido em três partes: "ÁÍeas e instalações do
hotel", "Elabotaçáo do progtama" e "Dimensionamento". EIe trata das ativida-
des diretamente relacionadas à elaboração do projeto de arquitetura de um
hotel após a conclusão da etapa de planejamento.
Essas atividades são:

. Definição do programa de áreas e dos requisitos de instalações.


' Montagem de diagramas funcionais gerais e parciais: instrumento ex-
tremamente útil para caracterrzar as inter-relações entre os vários seto-
res do hotel, evidenciando relações e identificando suas respectivas
na|'rtezas e graus relativos de importância. Em hotéis de grande porte,
as âreas e a diversidade dos progÍamas atingem taI grau de complexida-
de que podem tornar os diagramas não só úteis, mas indispensáveis.
. Definição do partido básico de arquitefura, compreendendo:
. . Definição do pavimento-tipo, em função do tipo de hotel, da di-
mensão do terreno, da paisagem circundante, etc.
. Definição do apanamento-tipo' tendo sempre em mente tratarse de
elemento altamente repetitivo, com enorïne repercussão sobre a âtea
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O PROJETO
91

' Distribuição espacial dos diversos setores que compõem o hotel


(âreas sociais e públicas, âreas de serviço, centrais de sistemas e
equipamentos, áreas de estacionamento, etc.).

básico deve as
ambienterestrições
do soloO epartido
da presewaçáo incorporaÍ
do meio básicas de uso e ocupação
vigentes emcadalocal, assim como
as relacionadas com a topografia, a paisagem e a infra-estrutura existente.
O desenvolvimento do projeto requer o cuidadoso estudo de todas as
areas de cada setor específico do hotel, das respectivas localizaçóes (definidas
nos estudos iniciais de distribuição espacial), e a observância criteriosa das
relações funcionais identificadas por meio de diagramas funcionais.

AREAS E INSTALAçÕES DO HOTEL

os hotéis são constituídos pelas seguintes âreasbásicas:


. Área de hospedagem - andarlipo (apartamentos e suítes).
' Áreas públicas e sociais (tobby, salas de estar, sala de TV sala de leitu-
ra, festaurantes, bares, salão de eventos, etc.).
' Áreas administratiuas (recepção, gerências, reseÍvas, marketing, con-
tabilidade, recursos humanos, etc.).
' Áreas de seruiço (lavanderia,vestiârios, manutenção, depósitos, etc.).
' Áreas de alimentos e bebiclas (recebimento, pré-preparo, câmaras
frigoríficas, almoxarifado de A&8, coztnha principal, cozinha de ban-
quetes, etc.).
Áreas de equipamentos (central d"e ge!ad.a,
' de medição, grupo motor-gerador, casa âguade bombas subestação, quadros
de recalgue, cal-
deíras, etc.).
' Áreas recreatÌuas (quadras de esportes, campo de golfe, piscinas, par-
que aquático, marinas, etc.).
Cadauma dessas âreas contribui de maneira significativaparao desem-
penho do hotel, embora variem os respectivos graus de importância, em cada
caso, tanto
timentos, aos que seoperacionais
no custos refere ao desempenho, quanto
e às receitas à pafitcipação nos inves-
que proporcionam.
Neste capítulo, cada ãrea do hotel será objeto de tratamento particular,
com o estabelecimento de critérios específicos de projeto e com considera-
ções sobre cuidados especiais a seÍem tomados. A inter-relaçao de cada um
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92 HOïEL: pLANEJAMENTO E pROJEro

desses setores, sua posiçào estratégica, suas interdependências, a separaçáo


dos fluxos de circulação (hóspedes, público, funcionários e mercadorias), os
pontos de controlei etc. são apresentados graficamente e de maneka genérica
e simplificada por meio de diagramas funcionais, que no entanto não dispen-
sam a elaboraçã.o de diagramas específicos, mais ou menos detalhados, con-
forme o caso.
Para complementar, são ainda apresentados outros aspectos também
importantes, relacionados com os sistemas de instalações, com aspectos cons-
trutivos (tratamentos acústico e térmico, entre outros) e, finalmente, com
parâmetros de custos para diferentes tipos de hotel.

Ánens
Area de hospedagem

Andar-tipo
Para se definir o apartamento-tipo com dimensões, instalações, layout
do mobiliário, etc., deve-se conhecer com clareza as necessidades do hóspe-

de, que
hotel serápertence a um determinado segmento de mercado, para o qual o
projetado.
É preciso lembrar que a ârea d,e hospedagem pode representar de 65 a
85 por cento da ârea total do hotel, sendo em geral sua maior fonte de receita.
Assim, as soluções de projeÍo adotadas para o apaftamento-tipo deverão ser
rigorosamente testadas e otimizadas.
Aârea de hospedagem) que reúne os apartamentos e as suítes do hotel,
distribui-se em pavimentos idênticos ou muito semelhantes, chamados
resiipos. anda-
A configuruçã,o do andar-tipo varia de hotel para hotel em função de
fatores diversos, na medida em que seus componentes básicos sáo organiza-
dos e dispostos de formas diferenciadas. Em uma mesma configuração bâsica
podem ainda ocorrer variações em função da combinaçã,o de apartamentos-
tipos com um ou mais modelos de suítes.'
As diferentes configurações derivam principalmente:

' A reÌação entre o número de suítes e o número total de apartamentos pode variar significativa-
mente de um hotel outro,
para sendo
http://slidepdf.com/reader/full/hotel-planejamento-2 geralmente determinada pelo estudo de mercado ou pelo 12/86
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O PROJETO
95

' Do tipo de corredor, que pode ser central, com apaftamentos dos dois
lados, ou lateral.
' Da forma e da disposição das alas oe apartamentos (em forma de
quadrado, círculo, cÍuz, estrela, com átrio, etc.).
. Da posição no andar das circulações verticais (escadas e/ou elevado_
res) de hóspedes e de serviços.
A configuraçáo do andartipo a ser adotada em cada projeto pode ser
influenciada pela forma do terreno, pelas caructeirsticas dapaisagem circundante
e por outros fatores. Cabe chamar a atençã,o para o observado mais adiante,
no item "Dimensionamento", com relação à economicidade das alternativas,
tendo em vista que a área de hospedagem pode Íepresentar de 60 a g5 por
cento da ârea total construída do hotel, dependendo do seu padrão.
As ilustrações a seguir apresentam configurações de andares de hospe-
dagem de alguns hotéis.

Legenoa
1 - Apartamento-tipo
2 - Corredor
3 - Hail de elevadores de hóspedes
4 - Hal/ de elevadores de serylço
5 - Rouparia / governança
6 - Terraço
7 - Vazia

Legenoa
1- Apartamentoìipo
2 - Corredor
3 - Hal/ de elevadores de hóspedes
4 - Rouparia/ governanea

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Legenoa
'l - Apartamento-tipo
2 - Corredor
3 - Hal/ de elevadores de hóspedes
4 - Hal/ de elevadores de seNiço
5 - Rouparia/ Governança

Legenoa
'1 - Apartamônto-tipo
2 - Corredor
3 - Hal/ de elevadoÍes de hóspedes
4 - Hail de elevadores de seryìço
5 - Rouparia/ governança
6 - Terraço

Legenoa
1 - Apartamentoìipo
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3 - Hal/ de elevadoÍes de hóspedes
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\32

Legenda
1 - Apartamentctipo
2 - Corredor
3 - Hal/ de elevador$ de hóspedes
4 - Hal/ de elevadores de seruiço
5-Rouparia/gwernançâ

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Legenda
1 - Apartamênto-tipo
2 - Corredor
3 - Hal/ dê elevadores de hóspedes
4 - llla// de elevadores de serviço

Legenda
1 - Apartamento-tipo

32 -- Ha,//
Corredor
de elevadores de hóspedes
4 - Hall de elwadotes de seryiço
5 - Rouparìa/ goveínança
6 - Vaio

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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJEÏO

L€onoa
1- Apafrâmentetipo
2 - Corodor
3 - Hal/ dê elevadoíes de hóspedes
4 - Hal/ dê elevadors de seNiço
5 - Roupâria / governançâ

O andar-tipo e a ârea de hospedagem, por sua importància na constitui-


çáo da ârea total do hotel, são normalmente os primeiros a serem definidos
no projeto. O conjunto de andares-tipos define a volumetriabâsica do edifi
cio, assim como a modulação do sistema estrutural, diretamente derivada da
modulação dos apatamentos. Seu projeto, a partir do dimensionamento dos
componentes básicos (ver capítulo "Tipos de hotel") e da configuração pre-
tendida, deve considerar:
' A posição das prumadas de circulação social vertical e sua repercus-
são sobre os andares inferiores, particularmente sobre o andar térreo,
em função dalocalizaçào da entrada principal e da recepção.
' A posição da prumada de circulação de serviços vertical, tendo em
vista viabilizar nos andares inferiores a implantação das âreas e insta-
lações de serviço.
' A disposição dos pilares, tendo em vista liberar, tanto quanto possível,
âreas livres de colunas para os setoÍes sociais e principalmente para o
setoÍ de eventos; o adequado aproveitamento do subsolo pan áteas
de equipamentos e estacionamento.
' o número e o posicionamento das escadas, para atender às normas
de segurança.
' o correto dimensionamento da ârea de serviços do andar, com espaço
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108 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Tendo em vista proporcionar condições adequadas de instalação e faclli-


tar a manLrtenção das rubulações hidráulicas dos apartamentos, principalmente
em edifícios de hotel com vários andares-tipos, devem ser previstas prumadas
(sbafts) diretamente acessíveis a partir dos corredores. O acesso direto pelo
corredor permite que operações rotineiras de manutenção e mesmo operações
de manutenção mais pesadas sejam feitas sem necessidade de incomodar os
hóspedes ou de interditar os apartamentos por um longo período.
Essas prumadas devem peÍcorrer todos os andares, interligando-se com
um pavimento técnico localizado imediatamente al:aixo do primeiro andar
tipo, que é por onde se faz a distribuição horizontal dos feixes de tubulação
até uma prumada hidráulica geral. Esta concentÍa a tubulação proveniente das

vãrias prumadas hidráulicas, reduzindo a interferência da descida da tubula-


ção com os andares inferiores a um único ponto. No andar-tipo, paru possibi-
litar o agrupamento da tubulaçáo, os apartamentos costumam ser posicionados
aos pafes.
A modulaçáo da estrutura, como mencionado anteriormente, deriva da
própria modulação dos apartamentos. A solução mais econômica é, geral-
mente, aquela em que a cada parede divisória de apartamentos corresponde
uma linha de pilares. Nessa solução, os vãos transversais de vigas e lajes ficam
limitados à largura de um apartamento (da ordem de 4 metros), e, apesar do
maior número de pilares, o conjunto dos elementos estrLlturais tende a se
tornar mais esbelto em comparaçáo às soluções em que os vãos transversais
são duplicados.
Vãos pequenos não apresentam problemas nos andares-tipos, mas são
indesejáveis nas âreas públicas e sociais e incompatíveis com as âreas de
serviço, de equipamentos e de garagens. Para conciliar vãos menores nos
andares-tipos, supostamente mais econômicos, com vãos mais adequados às
demais âreas do hotel, pode-se estabelecer uma estrutura de transição abaixo
dos andares-tipos que distribua o esforço vertical paravm conjunto menor de
pilares. O espaço vertical necessário para essa transição estrutural pode ser
acomodado no andar técnico, iá mencionado.

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O PROJETO

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II Rouparia do I
anoar I

Legendâ

(n.,ilã.i^ dê h^(nadÂ<

- - - circulação de funcionáros
-
I unidades presentes
f] Unidades eventualmente presentes

Apartamento-tipo
A unidade bâsica formadora do andar-tipo é o apaïtamento-tipo (ou
módulo). Suítes sào apartamentos maiores) com maior número de dependên-
cias, que aproveitam âreas particulares do andar (extremidades, cantos, etc.)
ou que são resultantes da composição de um ou mais módulos.
Como elemento que se repete dezenas, centenas e até milhares de ve-
zes, repÍesentando parcela significativa no custo total do hotel, o apartamen-
to-tipo deve ser objeto de cuidadosos e detalhados estudos para, dentro de
parâmetros de economia, adequar-se ao tipo de hotel, ao segmento de metca-
do a que se destina e até mesmo aos padrões adotados internacionalmente.
O projeto detalhado do apanamento-tipo, que inclui acabamentos, ins-
talações (elétricas, hidráulicas, condicionadores de ar, detecção e combate a
incêndios) e mobiliário, deve ser complementado por um protótipo idêntico
às unidades a serem posteriormente construídas, onde as soluções poderão
ser testadas e os eventuais erros, corrigidos. Por meio do protótipo, condições
similares às do local da construção poderão ser simuladas, e os desempenhos
térmicos poderão ser testados, principalmente os acústicos (ruídos das tubula-
ções e equipamentos, ruídos entre apafiamefitos, ruídos provenientes dos
corredores e ruídos externos). Poderão ser testadas, ainda, outras condições
de conforto importantes para os hóspedes, como tipo e dimensão das janelas,
iluminação geral e localizada para trabalho e leitura. Poderão ser estabeleci-
dos procedimentos para racronalizar a execução e a montagem de elementos
repetitivos, como móveis, peças de arremates, etc. Finalmente, poderão ser
estabelecidos, detalhadamente, os custos de cada unidade completa.
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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO


112

, Corfeto dimensionamento dos atmâtios, em função do tipo de hotel,


com previsão de espaço païa apoio e abertura de malas'
, Definição sobfe a necessidade efetiva de frigobaf ou apenas pequena
geladeira para âgua mineral e gelo, e fespectivas localizações.
vista a
. Cuidadosa
otimizaçáo do aspecto edas
disposição peças noembanheiro,
do conforto tendo em
espaço telativamente limita-
do, e a racionalização das instalações hidráulicas em função da prumada
vertical {shafò.
. Na medida do possível, os banheiros devem ter bancada para lavato-
rio, com espelho getal, espelho de aumento, secador de cabelos' to-
mada para barl>eador, portaJenços de papel, bacia, banheita e box'2

Proposta para apartamento econômico


de rede hoteleira, São Paulo, SP

1 - Cama
2 - Maleiro
3 - Mesa de trabalho
4 - Cadeira
5 - Televrsor
6 - Luminária
/ - teteTone
8 - Blackout + Cortina decorativa

Hotel Taj Mahal, Manaus, AM

1 - Cama
2 - Mesa de cabeceira / Crtado
J - 50Ía
4 - Armário
e) 5 - Maleiro
t^l 6 - Mesa de trabalho
líÒ
t-t l 7 - Cadeira
8 - Televisor
U 9 - Fnqooar
10 - Espelho de aumento
1
1 1 - Barra de segurança
12 - Luminária
IJ
a- L I
1 3 - Cortina para box

14 - Blackout + Voil + Cortìna decoratìva

, nos Estados unidos


Atualmente, o bidê não está sendo utilizado, e em alguns países da Europa e
sãoproibidos,porcomportâfemfiscodecontaminaçãodarededeâglapotâve|.
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Hotel Holiday Inn, Fortaleza, CE

1 - Poltrona
23 -- Cama
lVesa de cabeceira / Crrado
-
4 Sofá
5 - Armário
6 - Maletro
7 - Nrlesa
B - Mesa de trabalho
9 - Cadeira
1 0 - Televisor

11 -Frgobar
12 - Cafeteira
1 3 - Abajur

14 - Espelho de aumento
15 - Barra de seguranea
16 - Luminária
17 - Box vidro temperado
18 - Blackout+ Voil + Cotina decorativa

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ü.*.

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OPROJETO 115

Com relaçáo ao mobiliário, podem ser feitas as seguintes observações:


. Os móveis devem ter bom desenho e materiais de qualidade, devem
ser duráveis, não apresentar reentrâncias que dificultem a limpeza e a

manutenção.
. As dimensões das camas devem ser escolhidas em função do tipo e do
padrã,o do hotel e das dimensões do quarto, mas na medida do possí-
vel devem seguir os padrões utilizados internacionalmente.
' Os móvei.s de cabeceira devem proporcionar apoio conveniente païa
o aparelho telefônico, o rádio-relógio, o controle Íemoto de TV e
também pan objetos de uso permanente ou eventual do hóspede
(óculos, copos, livros).

. As cômodas usualmente adotadas, que têm muitas gavetas e servem


de apoio para ap^relhos de TV, estão sendo substituídas por um armâ-
rio menos comprido e mais alto. Este possui gavetas e espaço para
frigobar na parte inferior, e um compartimento com portas, para aTy,
na parte superior.
. O maleiro pode ser fixo, com local próprio no arranjo do apartamen-
to, ou do tipo dobrável, que pode ficar guardado dentro do armârio
quando náo estâ sendo usado.
' Poltronas e/ou sofás acrescentam condições de conforto ao ariaÍta-
mento, valorizando-o.
' Em hotéis delazer, ou resorts, sofás-camas possibilitam acomodar uma
terceira pessoa ou crianças pequenas no apartamento.
A mesa de trabalho deve oferecer condições adequadas para que o
hóspede possa desenvolver tarefas com o auxílio de equipamentos
pessoais (laptop) ou do próprio hotel, dependendo do caso (aparelho

Os fax,
de impressora,
móveis etc.).
dos apartamentos são desenhados especificamente para
determinado hotel, visando tanto a exclusividade no design quanto
outros requisitos, como configurações e dimensões dos quartos e limi-
tações de orçamento.

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HOÏEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Apartamento para pessoas portadoras de deficiências


Acompanhando a tendência mundial de eliminação das Ï>arreiras físicas
às pessoas portadoras de deficiências, a Embratur (Empresa Brasileira de Tu-
rismo), preparou um conjunto de recomendações para a adequação dos ho-
téis a esse tipo
dependências de hóspede.
do.edifício
Essas recomendações abrangem todas as
e particularmente
os apartamentos, que devem ob-
seryaÍ a proporção mínima de dois apaftamentos para cada cem unidades.
são as seguintes as recomendações da Embratur quanto a esse aparta-
mento:
. A porta do quarto deve ter largura útil mínima de 0,g0 metro.
. O piso deve ser uniforme, sem saliências e antiderrapante.
' O espaço
metÍo (ver para circulação interna deve ter largura útil mínima de I
ilustração abaixo).
' Para o giro completo da cadeka deve haver no apartamento espaços
livres capazes de conter um círculo de 1,50 metro de diâmetro.
' o comando geral para contÍole da luz do teto e de outros equipamen-
tos elétricos existentes no apartamento deve estar localizad,o iunto à
cabeceira da cama.
' Os demais comandos, interruptores e tomadas devem estar localiza-
dos a uma alíua mâxima de I,2O metro e mínima de 0,30 metro.

Apartamento para pessoas portadoras de deÍiciências Íísicas sequndo


recomendaçóes da Embratur

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EsPAÇO REQUERIDO PAU ALTURAs RECOMENDADAS


MOVIMENÌACÁO DE CADEIMDE RODAs

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O PROJETO

Quanto ao mobiliário:
a Os armários devem ter porta de correr ou com abertura de 180o.
o As prateleirase os cabides devem estar a uma altura mâxima de I,20
metro e a prateleira mais baixa, a 0,30 metÍo do piso.
A, cama deve ter altura de 0,52 metro, isto é, a mesma do assento da
cadeira de rodas.
As mesas e as penteadeiras devem tef um vão livre que permita o
acesso de pessoas em cadeira de rodas, ou seja, esse vão deve ter
altura de 0,70 metro a partir do piso, largura mínima de 0,80 metro e
profundidade mínima de 0,60 metro (ver ilustração abaixo)'
Os pés de mesas e penteadeiras não devem ser centrais nem em for-

ma de ctuz.
Bonheiro poro pessocs poriodoÍos de deficiêncios ÍÍsicos
segundo recomendoçóes do Embrotur

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L \7-_l
1 r,ro
tuFço requêddo para movimenhç3o

Quanto ao banheiro:
. A porta do banheiro privativo do apartamento deve ter larguta míni-
ma de 0,80 metro.
a O piso do banheiro deve ser plano, antidenapante e uniforme'
a O espaço interno livre deve permitir o acesso da pessoa em cadeira
de rodas a todos os equipamentos sanitários.
As dimensões mínimas, que possibilitam o acesso e a circulação de
portador de deficiência em cadeira de rodas, são apresentadas nas
iìustraçòes acima.
o O banheiro deve dispor de cadeira higiênica patabanho.
a O bidê deve ser substituído por ducha do tipo telefone.
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118 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

As recomendações com felação ao apartamento especial,3estendem-se,


ainda, Sobfe detalhes do box (piso, barcas de apoio, torneiras e chuveiro), do
lavatório (altura, sifão, torneiras) e vaso sanltârio (distância da parede, banas
de apoio, altura do assento).
Áreas públicas e sociais
Entrada principal e estacionamento
A chegada e a saida dos hóspedes ao hotel podetâ, dependendo do tipo
de hotel, ocorrer através de diferentes meios de transpofie: tâx\ veículo do
próprio hóspede, ônibus de excursão, embarcaÇáo, etc.
as chegadas
particularmente nos hotéis urbanos,hotel ou partidas de hóspedes e
de outros usuários das dependências do (através de táxis, veículos particu-
lares, ou ônibus) concentram-se em determinados horários, podendo causar con-
gestionamentos, que provocam confusão, atrasos e, em conseqüência, pteltízo
pata aimagem do hotel. Nos hotéis locahzados nos grandes centros, esse proble-
ma é comum devido a limitações dos terrenos e a decorrentes dificuldades de se
criar espaços para manobras de veículos na frente do hotel. Para resolvet adequa-
damente esse tipo de problema é necessário prever e dimensioflar coffetamente
as âreas de acesso e manobra de veículos, de embarque e desembarque de
hóspedes (devidamente protegidos de chuva e sol), de estacionamento de ônibus
e de acesso às garagens (freqüentemente localizadas no subsolo).
próximo à entrada principal deverão ser previstas a cabine de controle e
cobrança do estacionamento e um fácil acesso (escadas ou elevador) dos
manobristas às garagens.
Nos hotéis com pátio de estacionamento aoe/ou
ar livre é importante que os
para
veículos fiquem protegidos por coberturas leves âwotes específicas
sombreamento, sendo importante considerar que é sempre desejável contar
com um pequeno número de vagas ao nível da entrada para visitantes de
cuÍta permanência.5

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) emitiu, em setembro de 1994, a NBR 9050,
,,Acessibiiidade pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiìiário e equipa-
mentos urbanos", deaplicável a todos os tipos de edificações, e que deve ser obserwada nos proietos
de hotéis em todas as dependências e não apenâs nos apaftamentos especiais.
É importante considerar que, nos hotéis, os carros particuiares costumam ser conduzidos entre a
porta principal de entrada e a garagem e vice-versa por manobristas. Isso determina a necessida-
de de conclições adequadas de circulação nesses pelcuÍsos, de modo que o manobfistâ possa
entregar o veículo ao seu conclutor original no mesmo local onde o recebeu, geralmente próximo
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o PROJETO 119

Lobby
Nos diferentes tipos de hotel, o lobby caracteriza-se como o espaço que
transmite ao hóspede a primeira sensação do ambiente em que ele irâ perma-
necer por um ou vários dias. Nesse sentido, o lobby deve refletir a própria
ímagem do botel, que através da decoraçã"o, do conforto e da eficiência de
serwiços irá proporcionar ao hóspede uma sensação acolhedora.
A porta principal de entrada deve possibilitar a passagem de hóspedes e
visitantes, assim como de carregadores de bagagens. Quando utilizadas portas
giratórias, estas devem seÍ ladeadas por portas específicas parà a passagem
dos carros transportadores de bagagens de grupos. Já as portas automáticas
devem, sempre que possível, ser usadas aos paÍes, separadas por um espaço
que, funcionando como antecãmara, isole térmica e acusticamente o tobbjt.
A partir da porta de entrada, hóspedes e visitantes devem facilmente
visualizar seus pontos de interesse: o balcão de recepção, os elevadores so-
ciais, o balcão de informações, os telefones, o acesso a bares, restaurantes,
âteas de eventos, etc.

7L.
J
-*r t -supode
para têclâdo

f*"'
Corte 1
Corte 2 Corte 3
Escaninhos lmpressora e armário de papel Posição de computado, e guu"à,

As áreas de acesso devem ser claras e desimpedidas; bares, restaurantes


e âreas de eventos devem, sempre que possível, contar também com acesso
externo independente.
É importante considerar no projeto do lobby, independentemente das

suas dimensões:
Espaços pan livre circulação de hóspedes, desimpedidos de obstácu-
los, entre a entrada, o balcão de recepção e os elevadores sociais.
Espaço em frente aobalcào, ou em outro local programado, paÍa que
grupos de pessoas e suas bagagens possam aguardar os procedimen-
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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETo

a Áreas de estar para hóspedes e visitantes.


a Áreas livres para circulação de pessoas que se clestinam aos bares,
restaurantes e eventos em hotéis em que o acesso a essas âreas tenha
que ser feito através do lobby.
Tratamento de interiores esmerado, com iluminação natural e/ou arti-
ficial cuidadosamente estudada, enriquecido com obras de arte e, se
possíveÌ, com elementos naturais como vegetação e água. objetos de
artesanato podem, em determinados casos, contribuir positivamente
païa a imagem e a identidade do hotel.

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Legenoa
circulação de hóspedes
- -
-........... Circulaçáo de funcionários
DesejáveL quando possível em centros
- de eventos de médìo e grande porte

f] unidades presentes

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HOïËL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Bares e restaurantes

Os restaurantes e os bares derrem estar estrategicamente integrados ao


lobbjt, com fácil ecesso pàïa a ftla. para qlle a qualquer momento do dia ou da
noite as pessoas tenham livre acesso a eles.

I LozÌnna II cozrnhê |
I leím na
I
I
termlnal I

I I

Cozinha principal

Iegenda
atr. ,l:r;n do hncnodo<
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- - - Circulação de funcionários
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o PROJETO 125

Bares e restaurantes são elementos presentes em praticamente todos os


hotéis, com exceção dos de tipo econômico ou de padráo muito baixo. Embo-
ra os investimentos sejam grandes e nem Sempre compensadores sob o ponto
de vista da receita, bares e festaufantes são serviços importantes pafa os
hóspedes e essenciais para conferir ao hotel padtáo de qualidade.
Nos hotéis maiores é comum a existência de mais de um bar ou restau-
fante, tendo em vista principalmente a conveniência dos hóspedes, mas tam-
bém a receiÍa que eles podem proporcionar. Oferecendo aos hóspedes
alternativas de cardãpio, de ambientes e de tipos de serviços é possível mantê-
los mais tempo no hotel, freqüentando seus bares e restaurantes em vez de
estabelecimentos concoÍrentes.
No entanto, o número de bares e festaufantes, que não guarda necessa-
riamente proporção com o número de apartamentos, deve ser decidido atra-
vés de um cuidadoso estudo de viabilidade que leve em consideração, entre
outros fatores, a locahzação do hotel, o mercado de clientes potenciais e a
concorrência representada por bares e restaurantes da vizinhança'
De qualquer modo, como regra geral e pelas tazões apontadas, desde
que respeitadas as condições de mercado e com o mesmo número de lugares,
é preferível que o hotel possua mais de um bar e um restaurante.
Com relação à localização, deve ser observada para bares e restaurantes
a regra bâsica que determina como condição essencial de sucesso o acesso
conveniente a partir do lobby. E como eles não são exclusivos para hóspedes,
é importante o acesso fâcll também para quem vem de fora, se possível dire-
tamente da rua. Como essa segunda condição é possível apenas em alguns
casos especiais, o que se deve buscar é um lobblt facilmente visível a partir da
entrada principal ou de uma entrada especial, que estimule emvez de inibir a
ida ao restaurante ou ao bar. O que se deve evitar, por outro lado, são locali-

zações
das escondidas
acanhadas ou situadas
e corredores em outros
tortuosos. pavimentos,
Restaurantes dependentes
de cobertuta, de esca-
por exemplo,
raramente são bem-sucedidos, a náo ser quando proporcionam vistas deslum-
brantes ou têm comida e serviços excepcionais; mas mesmo estes devem
contar com recepção própria, em baixo, e elevadores exclusivos.
Cadabar e restaurante deve ter seu apoio de serviço ou sua cozinha em
terminais adjacentes e interligados com a cozinha principal (que no caso de
um único restaurante é sua própria cozinha ) e com as demais áreas de supri-
mento (despensa, adega, central de gelo, etc.). principal
Embora esse não sejadese-
é altamente
um
requisito fundamental, a proximidade da cozinha
iável, assim como é desejável que ela se situe no mesmo nível. Quando isso

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126 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

náo é possível, é indispensável contaÍ com um sistema de circulaçáohorizon-


tal e vertical (elevadores e/ou monta-cargas) adequado e bem-dimensionado.
Alocalização dos bares e restaurantes de hotéis está, assim, duplamente
comprometida com a sua acessibilidade e com as instalações de serviço.
Embora náo haja regras que determinem o tamanho ideal de Íestauran-
tes de hotel, geralmente, para garantk um excelente padrão de qualidade dos
serviços, recomenda-se um número aproximado de cem lugares. Quando por
tazões de organização do espaço físico não for possível implantar mais de um
restaurante, havendo no entanto condições de implantar um restaurante mai-
or, recomenda-se dar a esse restauÍante único flexibilidade païa funcionar,
com eficiência, nas diferentes situações que se apresentam ao longo do dia
(café da manhã, almoço, châ da tarde, happy bour, jantar, etc.) Setorizar esse
restaurante, criando ambientes diferenciados, se possível com separações para
grupos com número variâvel de pessoas, pode contribuir para a flexibilidade
mencionada sem perda da qualidade da decoração conveniente pan cada
situação. No item "Dimensionamerìto" serão apresentados parâmetros para
dimensionamento do restaurante único, bem como índices médios de ârea
por assento nas vârias categorias de restaurante.
Além de estrategicamente localizados e corretamente dimensionados,
os restaurantes devem ser cuidadosamente projetados quanto:
. Ao tratamento dos interiores, visando diferenciá-los e reforçar sua iden-
tidade, por exemplo, estabelecendo uma relação com os respectivos
cardápios e suas procedências.
. Ao arranjo de mesas, que deve ter flexibilidade para aÍender grupos
com número variado de pessoas, permitindo que a junçáo ou a sepa-
nçáo de mesas possa ocorrer com facilidade, sem perturbaÍ os usuá-
rios e sem diminuir a qualidade dos serwiços.
. Ao coÍreto dimensionamento dos espaços païa mesas e circulação em
função do padrão do hotel e do restaurante.
. Ao tipo de mobiliário, que deve ter design compatível com o trata-
ffrento dado aos interiores e características ergonômicas que proporci-
onem o devido conforto aos seus ocupantes.

. ÀÀ iluminaçáo,
acústica do paÍa complementar
ambiente, evalorizar
privilegiando a decoração
as conversas, mas pretendida.
compatível
com música ambiente ou ao vivo, conforme o caso.
Os bares podem ser de vários tipos: bar de lobby, piano-bar, bar de
piscina, etc. Cada um apresenta requisitos especiais de decoraçáo, e os proje-46/86
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O PROJETO 131

tos devem considerar as especificidades. Podemos fazer as seguintes observa-


ções gerais:
' Os bares fechados costumam ser ambientes ruidosos, por causa das
conversas em voz aIta, das comemorações, etc., sendo necessário cui-
dado especial no tratamento acústico tanto das superfícies internas
(pisos, paredes, teto, estofados) quanto das paredes e vedações volta-
das pan outros ambientes do hotel.
' Junto aobalcáo, o piso da área de serviços deve estar em nível sempre
mais baixo (cerca de 50 centímetros) que o nível do salão, para que os
barmen, em pé, possam atender a usuários sentados, preferencial-
mente em cadeiras ou poltronas de altura normal.

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134 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Area de eventos
Hoje em dia, os locais para evefitos são obrigatórios em hotéis de vários
tipos e tamanhos, taI a importància que reuniões, festas, congressos e exposi-
ções têm no competitivo mercado hoteleiro.
O turismo relacionado com congressos e conferências cresce a taxas
que se aproximam de 10 por cento ao aíro, e mais de 100 milhões de pessoas
se hospedam em hotéis para participar desses eventos. Em cidades como São
Paulo, por exemplo, a ocupação dos hotéis está intimamente ligada aos negó-
cios e à grande quantidade de feiras, exposições e congressos que a cidade
abrtga. Mas mesmo em outras cidades com apelos turísticos mais diversifica-
dos, os eventos têm cada dia mais importância para a manutençáo da aÍivida-
de hoteleirainstaladaepara o surgimento de novos hotéis. Como decorrência,
verifica-se um constante esforço dos hotéis de vários tipos e localizações para
implantar âreas destinadas a eventos ou ampliar as jâ existentes.
Essas áreas podem variar de apenas algumas poucas salas para reuni-
ões, pequenas ou de médio porte, até grandes centros de convenções ou
congressos, que reúnem salas e salões de tamanhos variados e em condições
de acolher, simultaneamente, diversos tipos de eventos de variadas dimen-
sões.

Embora nào haja qualquer parâmetro que relacione diretamente o nú-


mero de apartamentos com as proporções das âreas de eventos, estas costu-
mam ser menoÍes em hotéis com pequeno número de apartamentos. Grandes
centros de convenções, por süavez, estão freqüentemente associados a hotéis
de maior porte. Hotéis maiores podem mais facilmente dar suporte a eventos
que reúnem centenas ou milhares de pessoas e que demandam sistemas com-
plexos de infra-estrutura e equipamentos, além de serwiços de vaúadas natu-
rezas. Apenas grandes hotéis podem proporcionar os serviços de hospedagem
e alimentação nas proporções exigidas nesses casos, principalmente quando
situados em lugares isolados.
Compõem as âreas de eventos as salas e/ou os salões, o foyer e as
instalações de apoio e serviços, constituídas por administração de eventos,
chapelaria, sanitários, cabines de projeção e de tradução simultânea, cozinLra
ou copa de distribuição e depósito de móveis. Alguns cerÌtros de eventos
maiores possuem, ainda, área especial para exposições e auditório, além do
salão, usualmente designado como ballroom.
As áreas de eventos devem estar localtzadas no pavimento térreo ou
logo abako ou acima, tendo em vista facilidades de acesso, principalmente
para saída das pessoas em casos de emergência. Essas âreas devem ser aces-
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O PROJETO 135

síveis a païtir do lobby e, quando possível, principalmente nas áreas de even-


tos de maior porte, contar com acesso próprio a partk da rua.
As salas e os salões devem ser planejados e projetados tendo em vista a
maior flexibilidade possível, de modo a poder formar ambientes de dimen-
sões variáveis, capazes de comportar eventos de diferentes portes. Essa flexi
bilidade é importante e muito conveniente ao hotel, pois possibilita a adaptaçáo
às diferentes solicitações do mercado e facilita a ocupação das instalações de
eventos por mais tempo. Assim, o ballroom - necessário apenas em grandes
eventos e muitas vezes apenas nas solenidades de abertura e encerramento -
deve, idealmente, resultar da incorporaçáo de um conjunto de salas menores,
adequadas a eventos pequenos e a trabalhos paralelos e complementares dos
eventos maiores.
Divisórias especiais, disponíveis no meÍcado, são facilmente deslocáveis
e recolhíveis, e proporcionam amplas possibilidades de junção e sepançáo
de ambientes. Essas divisórias possuem ainda as propriedades acústicas necessá-
rias para garantir o isolamento de sons e ruídos entre as salas, e viabilizam a
realizaçáo simultânea de eventos ou atividades diferentes.
São mais valorizados salas e salões com pés-direitos altos, pois eles cons-
tituem importante fator de diferenciação e valorizaçã,ct cl,: :spaços para eventos.

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1 - Fover
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3 - Auditório
4 - Palco
5 - 5anitário
6 - Areas de servtço
7 - Depósito
8- GeÌência de eventos
9 - Serviço de bar
10 - Chapelaria
11 - Terráço/Expos(ões
12 - Camarins

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1 - Entrada principal
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2 - Entrada de evéntos
3 - Lobbv
4 - Fovef
5 - Salóes
6 - Auditório
7 - Sanitários
B - Telgfones
v - Lola
10 - Administração
| | - tvenÌos
12 - Recepção

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O PROJEÏO

Há outros aspectos a serem observados no projeto de salas e/ou salões


para eventos:
. O tratamento acústico das salas deve atentar náo apenas païa evitar a
transmissão de sons e ruídos entre salas, mas também ser adequado
para os diferentes tipos de eventos, que demandam diferentes solu-
ções de pisos, paredes e forros.
. O forro deve ter tratamento acústico para garantir um isolamento de
sons compatíveI com o isolamento proporcionado pelas divisórias e
os outros elementos de cada sala ou salão.
. O forro deve possibilitar fácil manutenção das instalações nele conti-
das (iluminaçáo, som, detecção de fumaça, sprinklers, condicionado-

res ar, telas


de trilhos
maior, com
para comando
suporte elétrico, acústicas),
das divisórias caixas acústicas
assim de potência
como possi-
bllitar a adiçáo de outras instalações para eventos especiais.
. O sistema de som deve atender, com igual qualidade, de reuniões nas
salas pequenas a banquetes e até espetáculos musicais, que podem
ser realizados nas mesmas salas, só que agrupadas na configuração de
ballroom.
. A iluminação deve combinar diferentes tipos de làmpadas, com o ob-

. jetivo de se adequar aos diferentes tipos de eventos.


O sistema de ar-condicionado deve dispor de controles que possibili-
tem o acionamento individual de cada sala.
. Devem ser previstas tomadas de força e de telefone (espaçadas a cada
J metros, aproximadamente) ao longo das paredes ou no piso, junto
às dìvisórias, de cada sala e salão, e também do foyer.
. As instalações elétricas e de comunicações devem considerar a possi-
bilidade de equipamentos complementares de som em casos de espe-
táculos, assim como transmissões por televisão.
. Poderá ser conveniente preveÍ acesso especial ao salã.o (separado do
público) para autotidades ou artistas.
. Deverão ser consideradas as necessidades de instalações para tradu-
ção simultànea e projeções de diferentes tipos.
O foyer -
ante-sala da ârea de eventos - é utilizado nas atividades co-
nhecidas como pre.function e nos intervalos das sessões (inscrições e distri-
buição de crachás e de material promocional, serviço de café, etc.). Ele deve
se comunicar diretamente com o lobby, no mesmo nível, ou através de esca-
das e/ou escadas rolantes quando em níveis diferentes, e deve ser acessível
diretamente a partir de âreas externas. Elevadores não devem ser meios de
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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

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Legenda

ríì
-/ Luminárias

! Grelha de insuflamento/retorno ar condicionado


@@ooo@@oooo@
@o@@@@oooo@@ o Sprinkler

tr Caixa acústica

pessoaspreferenciais,
acesso não darem vazão adequada ao gÍande afluxo de
poreventos.
ao término dos
Os auditórios, quando existem, devem se interligar com as salas e salões
affavés do foyer, de modo que se possa integrar o conjunto de instalações
dedicado a eventos. Quando dotados de palco, camaÍins e outros requisitos,
podem funcionar como teatro. Nesses casos, é desejável que disponham, além
dofoyer de eventos, também defoyer próprio, interligado ao primeiro e com
acesso direto e independente a paítir da rua, podendo funcionar com autorìo-
mia em relaçào ao centro de eventos.
As instalações de serviço complementam as âreas de eventos, constituin-
do retaguarda indispensável à adequada opençáo das mesmas. Devem se inter-
ligar com as demais âreas de serwiço do hotel elocalizar-se, em relaçáo às salas
e salões, em posição oposta àdofoyer e à das áreas de circulação de público.
O depósito de móveis, destinado à guarda dos diferentes tipos de mó-
veis utilizados nos diferentes tipos de eventos, deve ter dimensões compatí-
veis e localizar-se tão próximo quanto possível, preferencialmente no mesmo
nível, das salas e dos salões. A proximidade se justifica em função da rapidez
com que a transformação das salas e dos salões tem que ser feita; no intervalo
de menos de uma hora é preciso alÍ,erar suas configurações, transformando-os
de auditórios ou salas de reuniões em um Iocal para banquete, por exemplo.
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O PROJETC)

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Elevador€s llt
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de seruço

fr
Elevâdorês

de público Lobby Acesso


de público

Legenoa
Ctrculação de hóspedes
- - - Circulação de Íuncìonários
-

Administracão

Recepção
A recepção é responsár,el pelo registro e por um conjunto de atividades
de informação e controle dos hóspedes. Na recepção se estabelece o primeiro
contato do hóspede com o pessoal do hotel. Como já mencionado, ela deve
estar localizada em uma posição estratégica, ou seja, ser facilmente visível
desde a entada principal e permitir a total visualizaçã,o dos acessos às áreas
de hospedagem (corredores e/ou elevadores).
O balcão deve ser funcional, garantindo ao hóspecle conforto e acesso
às informações desejadas, e aos funcionários, as condições e os equipamentos
necessários à prestação de serwiços do mais elevado padrão. Ao lado da re-
cepção localizam-se os caixas, os cofres de segurança, o depósito de baga-
gens e, tão próximo quanto possível, as âreas administrativas de apoio e as
gerências de recepção e hospedagem.
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't44 HOTËL: PLANEJAMENTO E PROJETO

O espaço em frente ao balcão deve ser dimensionado para acomodar


confortavelmente os hóspedes e seus acompanhantes durante o check-in e o
check-out. É preciso lembrar da presença freqüente de gftipos, que geram
uma considerâvel aglomeração nas proximidades do balcão.
com a área de admi-
A ârea
nistração do da recepção deve se comunicar diretamente
hotel.

Gerente de
hospedagem
-T-- Admìnistração
I

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EêvddoÍ€s
i l-C"'d.l
Contro e / apartamento
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Balcão / recepção Balcão / caixas
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Hóspedes
Legenda
Circulaçáo de hóspedes
Circuièçáo de funcìonáÍios
- - -
-

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o PROJETO 147

Áreas administrativas
As áreas destinadas à administraçã.o são geralmente definidas pela em-
pÍesa responsável pela operação do hotel. O diagrama funcional apresentado
corresponde às necessidades de âreas para a administração
gtande porte, a saber: reservas, cPD, centrul de segurança, vendas, hotel de
de um gerência
de marketing, A&8, patrimônio, controller, etc., além das áreas de contabili-
dade, compras, pessoal, recÍutamento e seleção, treinamento. ambulatório
médico, posto bancário, etc.
É importante observar que as áreas da administraçáo podem seÍ agrupa-
das conforme seu relacionamento com hóspedes, público, fornecedores e fun-
cionários. Os diferentes grupos assim constituídos podem estar reunidos em um
único local ou ser separados em diferentes locais (ou pavimentos), respeitada a
acessibilidade das diferentes categorias de pessoas com as quais se relacionam
e garantida a ligaçáo, através de corredores, escadas e elevadores, entre eles e
as âreas de serviço, de recepção, públicas, sociais e de hospedagem.
os grupos segundo os quais pode ser dividida a adminLstração são:
' A gerência, que compreende a sala do gerente geral e de outros geren-
tes, conforme o caso, secÍetaria geral. salas de reuniões e espera. A
gerência deve ser acessível aos hóspedes, a pessoas de fora que neces-
sitem entrar em contato com a alta administração do hotel e aos fun-
cionários. As salas da gerência podem se situar no pavimento de entrada,
em mezanino ou nos pavimentos imediatamente superiores ou inferio-
res' O acesso dos hóspedes e do público externo às dependências da
gerência pode ser feito por escadas e pelos elevadores sociais. O acesso
dos funcionários deve se dar por escadas e elevadores de serviço.
os setores
' tos de localizaçáode vendas, reservas eaos
semelhantes marketing, que apresentam
da gerência, Íequisi-
tendo em vista os
contatos com público externo de nível social semelhante.
' Os setores de contabilidade e recursos humanos (recrutamento e sele-
çào, teinamento e administraçã.o de pessoal), que têm relações ape-
nas eventuais com público exteÍno. Esses setores podem sifuar-se em
outros pavimentos que não o térreo, porém com fácil acesso a party
de via pública, em função do recrutamento de funcionários.
O setor de compras, que mantém muitos contatos com vendedores e
' fornecedores, deve também estar estrategicamente localizado próxi-
mo à entada de serwiço.
' O setor de protocolo, que preferencialmente deve situar-se próximo à
entrada de serviço.
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148 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETo

. O ambulatório, que por exigência legal deve existir nos hotéis a pattir
de determinado porte' destina-se prioritariamente ao atendimento dos
funcionários, assim como a exames médicos que antecedema admissão
de funcionários. Sua localizaÇáo, pofianto, deve ser definida com base
nessa função. O ambulatório precisarâ dar atendimento a hóspedes em
caso de emergência. Por isso deve-se cogitar a possibilidade de colocá-
lo em um lugar facilmente acessível a funcionârios e hóspedes.
Deve-se considerar a importância de reduzir o número de entradas e,
conseqüentemente, o número de controles necessários, tendo em vista a pró-
pria eficiência do Contfole e a economia de instalações, equipamentos e' prin-
cipalmente, funcionários.
Engenharia e manutenção
O setor de engenharia e manutenção, subordinado à gerência de
patrimônio, recebe também pessoas de fora, mas relaciona-se predominante-
mente com o pessoal próprio de manutenção. Sua localização tem mais a ver
com as oficinas e o almoxarlfado. É importante que as âreas de controles
operacionais (CCO, central de segurança/som/TY, etc.) fiquem próximas ao
setor de engenharia.

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Legenda
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- - - circu ação de Íuncionários
Circulação de público externo
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---..--* c rculaçáo desejável, quando possivel

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O PROJETO

Area oe servtço
íl

Acesso e instalações para empregados


o acesso de empregados
deve ser feito por uma entrada independente
e exclusiva, controlada 24horas por dia, na qual cada empregado é identifica-
do através de crachâ ou cartão magnético.
Na entrada, após a identificação, a maior parte dos funcionários recebe
uniforme e toalha de banho, toma banho e troca de roupa no vestiário, regis-
tra a entÍada (relógio de ponto) e dirige-se à sua ârea d,e trabalho. Na saída, o
fluxo é inverso até a guarita de controle. Ali o funcionário pod,erá. passar por
uma revista, conforme rotina estabelecida pela administração.
Praticamente todos os empregados de um hotel, à exceção
e do pessoal da administração que não têm contato com o público, dos gerentes
usam
uniformes. os vários tipos de uniformes devem estar disponíveis para as dife-
rentes categorias de funcionários rogo após a entrada no edifício.
os uniformes podem ficar dobrados e dispostos em prateleiras em uma
sala especial, paru que a entrega aos funcionários seja feita atavés de um
balcáo. outra forma de disposição dos uniformes , adotada em alguns hotéis,
utiliza cabides devidamente identificados e protegidos poÍ capas com zíper.

Na entrada,
vestir o funcionário
o uniforme recebe seu cabide, dirige-se ao vestiário, e, após
, utiliza o mesmo cabide para coloc ar a roupa que acabou de
tirar' que a seguir é pendurado no mesmo cabideiro onde originalmente esta-
va o uniforme.
Essas duas formas de disposição dos uniformes repercute nos vestiários.
No primeiro caso os vestiários precisam ter armârios individuais para cada
funcionário. No segundo, dispensam-se esses armários, com economia de
espaço e de mobiltário, além de outras vantagens relacionadas com seguranÇa
e controle. Apesar das vantagens dessa segunda alternativa, há nítida prefe-
rência dos funcionários pela solução com armários individuais,6 pelas facilida-
des oferecidas para guarda de objetos pessoais (bolsas, sacolas, produtos de
higiene e beleza, etc.).
Os sanitários e v.estiários para funcionários devem ser dimensionados
como indicado no capítulo correspondente, e no projeto dos mesmos deve
ser observado o seguinte, conforme o caso:

' Os vestiários devem ser localizados tão próximo quanto possível da


entrada de funcionários.

Exigido pela Lei NR 24 - condições Gerais e de conforto nos locais de Trabalho


das Leis do Trabalho. - consoÌidação
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1s0 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

. Os funcionários do hotel apresentam diferenças de qualificação e de


condição social, e? conseqüentemente, têm hábitos higiênicos distin-
tos. Em função disso, pode-se prever, particularmente nos hotéis de
maior porte, vestiários diferenciados para duas ou mais categorias de
funcionários.
dimensionados No entanto,
podem vestiários
perfeitamente únicos
acolher bem planejados
empregados
e
de condi-
ções sociais muito distintas, contribuindo para a convivência necessá-
fra a Lrína equipe de trabalho e pafa a elevaçáo geral dos padrões de
higiene.
O refeitório dos funcionários deve ser dimensionado conforme sugestão
no capítulo "Dimensionamento", observando-se também a NR 24.3 e/ot a
legislação municipal
consideraçào ou estadual
o fâcil acesso específica. Sua
dos funcionários localizaçáo
e também em
deve levare/ou
a proximidade
condições de comunicação com a cozinha onde estará sendo ptoduzida a
comida.
No projeto do refeitório devem ser considerados ainda os seguintes
aspectos:
. Espaços paraa formação de filas no acesso ao refeitório, de modo a

. Adequada os corredores,
não obstruirdisposição e dimensionamento das instalações e dos equi-
pamentos para distribuição dos alimentos e lavagem de bandejas,lou-
ças e talheres.
. Localização do guichê paru a devolução debandejas, observando-se o
fluxo natural de saída das pessoas do refeitório-
As áreas para descanso e Iazer desttnam-se a proporcionar um local de
nos intervalos e nas folgas, principalmente após
permanência
as refeições. dos
Nosfuncionários
hotéis afastados das regiões centrais da cidade, onde os
tefíenos Costumam Ser grandes, As âteAs extefnas Cumprem em pafte eSSa
função, reduzindo a importância ou as dimensões desse tipo de ambiente em
recinto fechado. Nos hotéis caracteristicamente urbanos, uma sala para uso
dos funcionários torna-se indispensável no sentido de lhes proporcionar con-
forto e de evitar que, por falta de alternativas, eles venham a tef que ocupaf
outras âreas do hotel, causando inconveniências. Essa mesma sala pode funcio-
nar também como Local para treinamento.
Área de recebimento e triagem
Os hotéis são grandes receptores de uma enorme variedade de bens
destinados ao consumo dos hóspedes e demais freqüentadores das suas de-
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O PROJETO

Legenda
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ClÍculação de hóspedes
Acesso de
- - - CifcuÌação de funcionáfios
funcionários
-

Restaurante Restaurantes Eventos

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C rculação de público externo
Carga e
descarga
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t)z HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

pendências e necessários à sua operação e à manutenção de suas instalações.


Todos os bens envolvendo alimentos e bebidas, produtos de higiene e limpe-
za, ttrateriais de manutenção, etc. devem passar por um primeiro controle
junto à via pública, na entrada de serwiço, antes de chegar à ârea de recebi-
mento propriamente dita. Nesta, todas as mercadorias passam por um segun-
do controle, mais completo e rigoroso, attavês de procedimentos variáveis,
antes de serem consideradas recebidas e encaminhadas para âreas específicas
de disposiçào e/ou
^rrl.azenagem.
A ârea de recebimento compreende:
. Area para estacionamento e manobra de caminhões ou uans.
. Plataforma paÍa descarga de gêneros alimentícios e outros produtos
. de uso do hotel.
Area exclusiva para a triagem de gêneros alimentícios.7
. Pequeno escritório ou poslo de controle.
. Compartimentos para lixo seco e càmaras frigoríficas para lixo úmido.
. Depósito para vasilhames.
A, ârea pata estacionamento de veículos de entrega de mercadorias e
coleta de lixo pode variar em função do tamanho e da \ocalizaçáo do hotel (e

do número
veículos quedeestacionam ao emesmo
restaurantes de eventos).
da âreatempo no pátioBla depende
e da do número
freqüência
de
com que é
feito o abastecimento e a remoção do lixo, que é mais espaçada e com veículos
provavelmente maiores em cidades pequenas ou em Iocalizações isoladas.
A ârea de recebimento, que inclui a ârea de estacionamento, deve ser
protegida por cobertura e ter pé-direito suficiente para possibilitar operações
de carga e descarga dos diversos tipos de produtos pelos diferentes tipos de
veículos comumente utilizados na cidade ou região em que se localiza o
hotel.
Na plataforma de carga e descarga deve ser prevista uma cabine ou um
posto de controle de entrada e saída de produtos, uma balança e uma ârea de
triagem onde todos os produtos que chegarem serão, conforme o caso, retira-
dos de suas embalagens, limpos e acondicionados em contêineres padroniza-
dos do hotel para serem transportados aos respectivos locais de armazenagem.
As fi'utas e as verduras serão devidamente higienizadas e transferidas païa
recipientes próprios antes de serem conduzidas para as cànaras frigoríficas.
Na plataforma de ce;rga e descarga deve haver nítida separaçã.o entre os fluxos
de alimentos e os de outras mercadorias. A ârea de remoção do lixo, com o
I

' Portaria número 6 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.


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O PROJETO
t)5

depósito de lixo seco e a càmara de lixo refrigerado, deve ficar afastada da


área de triagem de alimentos.
Armazenagem de alimentos e bebidas

A ârea
alimentos de armazenagem de alimentos deve ter espaços separado s para
secos, refrigerados (câmaras com temp eratura entÍe 0 e 2 graus
Celsius pan alimentos frescos e entre 4 e 6 graus Celsius para vegetais e
legumes) e congelados (câmara com temperatura de -20 graus Celsius para
armazenagem por tempo prolongado).
No planejamento e no projeto das âreas de armazenagem de alimentos
devem ser consideradas situações distintas, como por exemplo a de üma
única cozinha central e a de vârias cozinhas (principal mais as de terminação
de restaurantes e de banquetes) distribuídas pelo hotel, assim como as condi-
ções e os métodos de transporte de alimentos entre elas. Dependendo do
porte das diferentes cozinhas e das condições cle transporte, serão necessárias
áreas complementares de armazenagem imediatamente próximas às mesmas.
No item "Dimensionamento" são apresentados paràmetros para a distri-
buição percentual dos diferentes tipos de armazenagem de alimentos e bebi-
das.

A dimensão dessas ãreas é função não só do porte do hotel e da quan_


tidade de bares, restaurantes e instalações para eventos, mas da sualocahza-
ção, em face da freqüência e da confiabilidade do abastecimento.
Há no mercado càmaras frigoríficas modulares, constituídas de painéis pré-
fabricados revestidos de chapas meúlicas isoladas termicamente) que proporcio-
nam grande flexibilidade de tamanhos e de ananjos. É impoftante obselar que o
piso das càmaras frigorÍficas deve estar no mesmo nível do da cozirúta, e que para
isso é necessário prever
rebaixamento do piso para isolamento térmico.
Preparo de alimentos
A produção de alimentos em hotéis, particularmente nos hotéis de mé-
dio e grande portes, tem todas as características de um processo industrial de
produção, em que a qualidade, a confiabilidade, a eficiência e a economia são
fatores preponderantes. cozinhas bem-plane jadas edimensionadas, com equi-
pamentos modernos, são o primeiro requisito para a implantação de um pro-
cesso
de produçáo
do processo, adequado. Daídas
o dimensionamento a necessidade confiar o planejamento
instalações edea especificação dos equi-
pamentos a profissionais especializados.
Determinados critérios de planejamento e projeto para os serviços de
alimentaçáo em hotéis contribuem para racionalização e a eficiência dos
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serviços e da mão'de-obra utilizada. A centralização ^ 73/86
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154 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

hotéis modefnos, parte significativa da armazenagem e do preparo de alimen-


tos é feita de maneira centralizada, o que oferece muitas vantagens em termos
de maiores escalas de operação e facilidade de controles, com utilização mais
eficiente dos equipamentos e do pessoal. Com a produção centralizada é
programas quais preparo
possível, por que
de alimentos podemestabelecer
exemplo, por meio especiais
ser conservados sob condições dos éoantecipa-
do em dias e até em semanas, liberando espaço, equipamentos e mão-de-
obra para a produção daqueles itens que devem ser preparados imediatamente
antes de serem servidos.
Os itens produzidos antecipadamente em cozinhas centralizadas podem
abastecer outras cozinhas de apoio distribuídas pelo hotel. Para isso é preciso
haver facilidade de circulação horizontal e/ou vertical. Desde logo fica evi-
dente a conveniência de localizar restaurantes e bares no mesmo nível, com
as fespectivas cozinhas e âreas de apoio adjacentes à cozinha principal.
As cozinhas podem ser organizadas em setores ou em compartimentos
separados para o prepafo de diferentes tipos de alimentos (carnes, peixes,
verduras, pães e doces, etc.) Essa forma é recomendâvel porque, entre outras
vantagens, permite proporcionar condições de tempefatura e umidade ade-
quadas a cada tipo de alimento.
Por exigirem um complexo sistema de instalações (água quente e ftia,
vapor, gás, eletricidade, ventilação e exaustão forçadas, além de ar-condiciona-
do em determinados setores), são desejáveis pés-direitos (entre o piso e a base
das vigas no teto) suficientes pan permitir a disposição de coifas de exaustão e
de diferentes feixes de instalações. Por razões de higiene, é desejável a coloca-
ção de um forro que pfoporcione uma superfície tão lisa quanto possível.
Da mesma forma, as superfícies de pisos e paredes devem ser lisas,
resistentes e de fácil manutenção e limpeza. É necess^tia etenção especial ao
piso, que deve ser resistente ao ataque de produtos químicos , fâcil de limpar
e antiderrapante. Este último requisito é muito impoÍtante em face da inevitâ-
vel presença de resíduos de gordura. Outro cuidado a ser tomado tem a veï
com a drenagem do piso e a quantidade de grelhas necessárias para evitar ao
máximo a pÍesença de âreas molhadas (e com resíduos de gordura). Sua
interferência na estÍutufa deve ser antecipada no projeto, ou pof meio de
buracos nas lajes e nas vigas ou com enchimentos para a elevaçáo do piso,
com a instalação de telas pré-filtrantes de resíduos.
De modo geraI, as cozinhas contam com os seguintes setores:
' Cocção básica.
' Despensa e càmaras frigoríficas de uso diário.
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1 - Vestrános 11 -Bar
2 - Almoxarifado 1 2 - Controle

3 -WC 13-Vasihames
4 - Lixo 14 - Equ pamentos
5 - Câmaras frigoríficas 1 5 - ReÍeitórios

6 -- Preparo conÍeitaria 16
17 -- Aquecedores
Marcenaria / Caldeiras
7 Padaria /
8-Pub 1 8 - Cozinha de eventos

1 9 - Manutençáo

10 - Cozinhas 20 - Pátio descoberto

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HOTEL: PLANEJAMENTo E PROJETo

. Preparo de saladas e pratos finos (garde manger).


. Higienizaçáo (lavagem de panelas e utensílios).
' serviço de quarto (room seruice), que pode ser feito pela cozinha
principal ou por uma das demais cozinhas.
. Padafia e confeitaria.
' Preparo final.
. Bar central (bar de serviço, atende aos garçons).
. Sala da administração (chefe de cozinha).

Quando hâuma única cozinh^ central, ela exerce todas as funções men-
cionadas. Quando há outras cozinhas - terminais dos restaurantes elas são
-,
responsáveis pelo preparo final, e uma delas pode, eventualmente,
nada para o room seruice. A cozinha de banquetes pode ser terminal,ser desig-
mas
costuma ser dimensionada e equipada apen s para a montagem dos pratos e
par^ o serwiço de distribuição dos alimentos preparados na cozinha principal.
cada cozinha deve contar com seu próprio setor de higienização.
Como as cozinhas são grandes consumidoras de energia elétrica, âgua
quente e fria, gâs, vapor, etc., a correta avaliaçáo do consumo de cada um
desses itens influencia significativamente o dimensionamento dos respectivos
sistemas, com seus equipamentos correspondentes.
Lavanderia / governança
Lavandeúas são instalações que requerem áreas relativamente grancles
e equipamentos custosos, Merecem, portanto, planejamento e projeto cuida-
dosos, sempre precedidos de estudo e/ou decisão relativos à conveniência ou
à possibilidade de terceirização dos serviços como alternativa à instalação de
lavandeúa própria. De porte variãvel, dependendo do tamanho e da diversi-
dade das instalações, as lavanderias de hotel têm sempre caÍacterísticas de
instalações industriais, e requeÍem a interwenção de especialistas para subsi-
diar os projetos de arquitetura e de instalações, o dimensionamento, o layout
e as especificações dos equipamentos.
Geralmente, as lavanderias de hotel apresentam setores operacionais
com características distintas: um destinado às roupas do hotel (roupa de cama,
banho e mesa), outro que cuida das roupas dos hóspedes, um terceiro desti-

nado
dos osa carrostrabalhos
quede costura e,osfinalmente,
abastecem um quafio setor onde são monta-
apartamentos.
As roupas de cama e banho, as toalhas e os guardanapos devem chegar
através do duto de roupa, cuja prumada (localizada junto à rouparia dos
andares de hospedagem) deve condicionar a localizaçã.o da lavanderia nos
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andares inferiores. No local correspondente à projeção do
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o PROJETO 159

um espaço pata a acumulação das roupas que vão sendo lançadas. Estas
precisam passar por uma triagem imediatamente, antes do transporte pata as
máquinas de lavagem. A existência do duto de roupas em hotéis verticais é
recomendável por poupar o uso dos elevadores de serviço, que são utilizados
apenas para o transporte das roupas dos hóspedes, pouco volumosas. Em
hotéis horizontais e naqueles onde nào hâ duto de roupas, estas chegam à
lavanderia em carros apropriados, e devem também contar com espaço pàrà
acumulação antes do início do processo de lavagem.
As roupas dos hóspedes devem ser manuseadas com mais cuidado. Elas
devem ser conduzidas à lavanderia acondicionadas em pequenos sacos, ou
envelopes plásticos, identificados individualmente. Como seu volume é pe-
queno, elas não repÍesentam sobrecarga nos elevadores de serviço.
Por conta da conveniência de se instalar dutos de roupas, a lavanderia
deve localrzar-se sempre abaixo dos andares de hospedagem, e preferencial-
mente abaixo também dos andares onde selocalizam os restaurantes, o refeitó-
rio de empregados e os locais de eventos. Na localizaçáo dalavanderia devem
ser consideradas ainda facilidades para ventilação, natural ou mecânica. Quan-
do localizada no subsolo, os requisitos de ventilação e exaustão são ainda mais
rigorosos, tendo em vista os equipamentos a gâs, que necessitam de ventilação
a sistema de alarme em caso de vazamento.
especial
Na acoplada
lavanderia, um
o processamento das roupas é feito com a utlhzaçáo de um
conjunto de equipamentos: lavadoras extratoras, secadoras, lava-seco, tira-man-
chas, calandras e outros. As dimensões desses equipamentos, o calor gerado
por eles e as condições especiais de ventilação e exaustão exigidas determinam
pés-direitos altos o bastante para comportar as máquinas e as instalações e
proporcionar também condições ambientais satisfatórias pata o desenvolvimen-
to dos trabalhos, com condições razoáveis de conforto para os empregados.
Diferentemente da cozinha, na lavanderia náo é necessário forro.
Cuidados especiais devem ser tomados na escolha e na instalação dos
equipamentos por causa da vrbraçáo das lavadoras e extratoras; se não for
bem controlada, essa vibração pode afetar a estrutura do edifício. As bombas
de vácuo e os compressores, que integram o conjunto de equipamentos da
lavandert4 produzem muito ruído e devem ser cuidadosamente instalados em
local acusticamente isolado.
Outros cuidados dizem respeito à drenagem e ao sistema de esgoto,
que devem ser estudados e dimensionados para dar vazào à âgua e ao sabào
que as máquinas descarregam. Deve haver uma caixa de espuma , para inspe-
ção.

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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO


160
Os controles de enffada e Saída de roupas, assim como de todo o pro-
cesso de lavagem, Secagem e acabamento final das mesmas é exefcido por
uma chefia que deve dispof, dentfo da lavandefral de uma pequefla sàl^
envidraçada com Condições de conforto superiofes às reinantes no ambiente
gef2].

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'1 - Roupas de hósPedes e uniÍormes


2 - Expèdição
3 - Recepção
4 - calandra
5 - Lâvadoras extratoras
6 - Lavadoras
7 - Secadoras
8 - Tr aqem
I - Doblaoem
10 - Deoósito
1 1 - sala de máquìnas
12 - Arcondicionado
1 3 - costura

A governanç é responsável pela faxina e pela limpeza dos apanamen-


tos e das âreas sociais do hotel, pelas âreas de jardim interno e pelos vasos'
pelalavandeúa e pelo movimento das roupas de cama, mesa e banho'8 Cabe
à governança planejàf , ofganizaf e contfolar o trabalho de camareiras,
jatdi-
neiros e demais empregados encafregados das tarefas necessárias paralevat a
cabo os serviços sob sua responsabilidade'
o setor de governaÍrça, além da foLrparia dos andares de hospedagem,
deve contar com:

8 Vladir Vieira Duarte, oP. cir


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O PROJETO 161

a Sala para chefia.


a Área administrativa, denominada sala de despacho, que pode estar
anexa ou adjacente à sala da chefia. Nela são centralizadas as informa-
ções sobre os apartamentos, sobre a entrada e a saída dos hóspedes e
os correspondentes serviços de Iimpeza e arrumaçáo.
Almoxarifado de materiais de limpeza, com espaço paÍa montagem e
estacionamento dos carros.
a Almoxarifado de produtos de higiene pessoal e correlatos.
o Depósito de camas e colchões, de berços e outros itens relacionados
com os apartamentos.
o Depósito de roupa limpa.
a Posto avançado de uniformes, que deve estar localizado o mais próxi-
mo possível dos vestiários de empregados.

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fnospeoesl | |

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Lavanderia - 1(\\ desula
roupa
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L-4' \e'tços

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manutencao
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Despacho

I Deposito | | Depósito I
I roupa | | mateÍìal de I
I limpa | | limpeza I

Legenda
- - - Circulaçãodefuncionários

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162 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Areas recreativas
As instalações recreativasvariammuito conforme alocalização, o tipo, o
padrào e o porte do hotel, não sendo possível tatâ-las de modo genérico
Em hotéis de cidade, particularmente os centrais, as âreas recreativas se
resumem, com maior freqüência a salas pan ginâstica, sauna e massagens, e
piscinas. Dependendo do núrnero de apafiamentos e do padrão do hotel,
esse conjunto de instalações assume as características de um bealtb club, ou
com salas equipadas com variados e sofisticados aparelhos de ginástica, dife-
rentes tipos de sauna, duchas, etc. A piscina, quase sempre com dimensões
reduzidas, pode ser externa ou interna (nesse caso, geralmente é climatizada).
Algumas outras instalações pata recreação presentes em hotéis centrais são

aquelas relacionadas
etc.). Alguns com jogos
hotéis dispõem dedesalão
ainda (baralho,
quadras bilhar, jogos eletrônicos,
de squasb.
Em hotéis não-centrais, às instalações já mencionadas somam-se outras,
relacionadas principalmente com atividades esportivas. No Hotel Transamérica
São Paulo, por exemplo, há um pequeno campo de golfe. Por disporem de
maior ârea de terreno, é mais fácil encontrar piscinas externas nesses hotéis.
Mas é sobretudo nos hotéis de \azer, principalmente em sua forma mais
recente e complexa, o resort, que as âreas fecreativas são mais desenvolvidas

Legen0a
ai.ttll.,^ rla h^<norlo<

-.......
- - Circulação de funcionários
. Circulação de público externo
-

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O PROJETO 167

e diversificadas. Além de praias, braços de mar e áreas à beira de lagos e


repÍesas, que facilitam a recreação e aprâtica de esportes náuticos, os resorts,
freqüentemente localizados em locais estratégicos do ponto de vista da paisa-
gem, oferecem ainda um grande conjunto de outras instalações para tecrea-
ção e esportes destinado a diferentes faixas etárias: quadras, campos de golfe,
parques aquáticos, marinas, rrilhas pan caminhadas, etc. Em alguns resorts,
maiores e mais sofisticados, são tão granCes as áreas ocupadas e ÍraÍadas
paisagisticamente, e tão complexo e variado o conjunto de instalações recre-
ativas e esportivas, que a paisagem natural atê chega a perder importância.

Area de equipamentos
As áreas de equipamentos correspondem às instalações centrais dos
diversos sistemas de instalações normalmente presentes em hotéis.

Ëevadores
de seruiço

Chefe de
manutençao

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Circulação de funcionários
- - -

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168 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

STSTEMAS E TNSTALAçÕES

Todos os sistemas e as instalações de um hotel devem funcionar


ininterruptamente, durante 24 horas por dia, todos os dias, o ano todo. Ou
seja, "um hotel não pode parar para reforma".
Assim, os projetos dos sistemas e das instalações, desde a sua concep-
ção, devem levar em consideração esse requisito para minimìzar a manuten-
çáo:

Com adequada concepção e correto dimensionamento e com a utili-


zaçã,o de mate.iais e equipamentos de boa qualidade.
t Utilizando, quando necessário, equipamentos de reserva.
o Subsidiando e orientando pari pASSu os projetos de arquitetura e es-
trutura de modo a gafantir os espaços e as condições necessârias para
que as operações de manutenção inevitáveis possam ser feitas com o
mínimo de interferência nos demais sistemas e na operação do hotel.

De modo geraI, deve prevalecer no proieto de um hotel o conceito


segundo o qual todos os componentes têm importància, à semelhança do que
acontece nas indústrias, onde o "processo industrial de produçã.o" é de grande
importância para os projetos de arquitetura e engenharia.
Além de minimizar e facilitar as operações de manutenção, cada um dos
sistemas do hotel deve ser projetado com vistas à qualidade dos serviços, à
economia na implantaçáo, aos custos operacionais reduzidos e, o que é muito
importante e freqüentemente negligenciado, aos baixos níveis de ruído e vi-
bração.
A seguir apresentamos, em linhas gerais, uma descrição sucinta dos
sistemas que, dependendo da localização, do tipo, do padráo e do porte do
hotel, podem ser incorporados.

Sistema de suprimento de energia e instalações elétricas

Suprimento normal
O suprimento de energia costuma ser feito em tensão dupla, em média
e em baixa tensão.
A transformaçã,o de alta para média tensão é feita em uma ou mais
subestações rebaixadoras, de preferência Iocalizadas próximo aos principais
centros de carga elétrica do hotel (cozinhas, Iavanderia, central de âgua gela-
da. etc.).
r68 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

STSTEMAS E TNSTALAçOEs

Todos os sistemas e as instalações de um hotel devem funcionar


ininterruptamente, durante 24 horas por dia, todos os dias, o ano todo. Ou
seja, "um hotel não pode parar para tefotma".
Assim, os projetos dos sistemas e das instalações, desde a sua concep-
ção, devem levar em consideração esse requisito para minimizar a manuten-
ção:
. Com adequada concepção e correto dimensionamento e com a utili-
zaçáo de materiais e equipamentos de boa qualidade.
. Utilizando, quando necessário, equipamentos de reserva.
. Subsidiando e orientando pa.ri passu os projetos de arquitetura e es-
trutura de modo a garantir os espaços e as condições necessârias para
que as operações de manutenção inevitáveis possam ser feitas com o
mínimo de interferência nos demais sistemas e na operação do hotel.

De modo geral, deve prevalecer no projeto de um hotel o conceito


segundo o qual todos os componentes têm importància, à semelhança do que
acontece nas indústrias, onde o "processo industrial de produçáo" é de grande
importâncía para os projetos de arquitetura e engenharia.
Além de minimizar e facilitar as operações de manutenção, cada um dos
sistemas do hotel deve ser projetado com vistas à qualidade dos serviços, à
economia na implantaçáo, aos custos operacionais reduzidos e, o que é muito
importante e freqüentemente negligenciado, aos baixos níveis de ruído e vi-
bração.
A seguir apresentamos, em linhas gerais, uma descrição sucinta dos
sistemas que, dependendo da localização, do tipo, do padráo e do porte do
hotel, podem ser incorporados.

Sistema de suprimento de energia e instalações elétricas

Suprimento normal
O suprimento de energia costuma ser feito em tensão dupla, em média
e em baixa tensào.
A transformaçáo de alta pan média tensão é felta em uma ou mais
subestações rebaixadoras, de preferência localizadas próximo aos principais
centros de carga eIétrica do hotel (cozinhas, lavanderia, central de âgua gela-
da. etc.).
o PROJETO 169

Sistema de energia de emergência


Atende à iluminaçáo de emergência, aos elevadores principais, ao siste-
ma de controle, ao sistema de refrigeraçáo, ao sistema Contfa incêndio, às
bombas de âgta potável e a outras utilidades consideradas essenciais ao fun-
cionamento do hotel , na falta de energia.
Com relaçáo aos elevadores, todos eles devem estar alimentados na
bana de emergência, para sua conduçáo ao pavimento térreo durante even-
tual falta de energia. Apenas um elevador social deve permanecef em opera-
ção durante todo o período de falta de energia.
Sistema no-break
No intervalo de tempo entfe a falta de enetgia e a alimentaçáo do geta-
dor de emergência, algumas cargas (sinalizaçáo de rotas de fuga, escadas'
automação predial, Calxas, fecepção, alarmes de incêndio, sinalização de emef-
gência, automação hoteleira, etc.) deverão ser ahmentadas pof um sistema
no-break.

Sistema de distribuição de energia elétrica


Esse sistema, normalmente em batxa tensão, utiliza prumadas para dis-
tribuição vertical onde são instalados: barramento pafa energia normal e
barramento pan emergência, quadros de distribuição dos andares, cabos de
força/controle e quadros de iluminação.
Todos os quadros devem ser instalados em locais inacessíveis aos hós-
pedes.
Nas instalações de distribuição de energia dos apartamentos, dos corre-
dores, das âreas sociais, das cozinhas, da lavanderia, da âtea de serviços, das
âreas com plenum de ar-condicionado, etc., utihzam-se cabos instalados em
eletrodutos; nas âreas das subestações elétricas, prumadas, central de água
gelada, etc., tÍilizam-se cabos expostos em leitos e suportes.
Nas áreas externas, os cabos devem correr em dutos embutidos no piso
ou em envelope de concreto.
lluminação

Níveis de iluminação
Nas diversas âreas do hotel, os níveis de iluminação recomendados sào
basicamente os seguintes:
. Áreas de estacionamento 100 a 150 lux
. Corredores e escadas 750 a 200 lux
. Halls, lobbjt, salas de estar, restaurantes 200 a 300 lux
HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

' Sala de máquinas e almoxarifados 200 a 300 lux


. Administaçáo e escritórios 400 a 500 lux
. Lavandeira e cozinhas 400 a 600 lux
. Banheiros 100 a 200 lux

Recomenda-se a utilizaçáo dos seguintes tipos de aparelhos de ilumi-


naçáo:

' Tipo industrial para as âreas de infra-estrutuÍa, estacionamento, cozi-


nha e lavanderta.
. Tipo comercial para escritórios, escadas de serviço, circulação, ba-
nheiros e vestiários.
. Tipo especial para aprtamentos e suítes, balk, lobby, âreas de estar,
restaurantes, bares, ârea de eventos, jardins, etc.

Tipos de lâmpadas
A diversidade dos ambientes que compõem um hotel e os respectivos
requisitos de iluminaÇã.o - que deve se adequar às características funcionais
dos ambientes e ao tratamento dado aos interiores - demandam um número
variado de tipos de lâmpadas. Um rnínimo de padronizaçáo, no entanto, é
desejável, para reduzir o estoque necessário para reposição.
Nos corredotes, halls, banheiros, apartamentos, salões de convenções,
no lobby, nas lojas, na recepção e nas âreas de estar deve-se, sempre que
possível, utilizar lâmpadas fluorescentes compactas, que proporcionam uma
economia sensível na opeÍaçáo e na manutenção, bem como nos circuitos de
suprimento (cabos, barramentos, ciisjuntores).

lluminação de emergência
Deve atender aproximadamente entre 10 e 20 por cento da necessidade
de iluminação normal, e é suprida pelo gerador de emergência.

Sinalização de emergência e iluminação de segurança


Devem ser utilizadas lâmpadas de baixo consumo, alimentadas em 220
volts com bateria e pequeno retificador-inversor.

Interruptores e tomadas gerais de força

Nas áreas de serviço, utilidades, equipamentos, nas cozinhas, nalavan-


deria e nas âteas técnicas, os interruptores e as tomadas são aparentes, instala-
dos em caixas blindadas de alumínio fundido. Nas dernais áreas as tomadas e
os interruptores são embutidos.
O PROJETO

Tomadas de 220 volts monofásicas


São utilizadas:

Nos apartamentos, paÍa a iluminação do quarto e do banheiro e para


Iigar a TV e a geladeira.
a Em todas as âreas gerais, para fins de manutenção e limpeza.
a
Nos salões de eventos e nos escritórios , para a alimentação de equipa-
mentos portáteis.

Tomadas de 'l '10 volts monofásicas


São utilizadas:

Nos apartamentos, junto à mesa de trabalho e no banheiro, para ligar


o barbeador.
Nos salões de eventos e nos escritórios l païa alimentar equipamentos
que necessitem dessa tensão.

Tomadas de 380 | 220 volts trifásÌcas


são utilizadas nas áteas de manutenção, nas salas de equipamentos, nas
cozinhas e na lavanderia.

Sistemas eletrônicos

Os sistemas eletrônicos visam três objetivos básicos:


. Conforto e atendimento ao hóspede.
. Controle e operação dos diversos serviços.
. Segurança, tanÍo do hóspede como das instalações.
A tecnologia desses sistemas tem evoluído rapidamente nos últimos anos.
As inovações tecnológicas normalmente se refletem na informatizaçã"o de sis-
temas, notadamente na oferta de maior número de recursos e de facilidades,
na confiabilidade, na flexibilidade e n svantagens de operação e manutenção
do hotel.

Sistema telefônico
O sistema telefônico deve atender a todo o trâfego intemo entre hóspe-
des e a administraçáo e possibilitar o fluxo de chamadas externas efetuadas
affavés das redes urbanas, nacional e internacional.
A central telefônica deve ser do tipo CPA, com capacidade para garantir
um eficiente atendimento aos hóspedes, e à administração do hotel, além de
dispor de meios de taifaçáo.
172 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Nos hotéis de cidade de padrão médio e supeÍior, normalmente são


previstos dois ramais nos apartamentos, com três aparelhos: um na mesa de
trabalho, outro na cabeceka da cama e um no banheiro.
Nas áreas administrativas, os ramais devem ser classificados em ramais
restritos, semi-restritos e privilegiados, dependendo do nível hierârquico de
empregados, para ligações com a rede urbana.
Pontos como os da recepção ou aqueles destinados a informações de-
vem ter mais de um ramal respondendo ao mesmo número e operação auto-
mâtica de cobrança, inclusive em chamadas de longa distância.
A central telefônica deve ser projetada de modo a permitir que os equi-
pamentos de comutação, os retificadores e o DG, fiquem em salas separudas
da sala de baterias.

Sistema de radiobusca - BIP


Este sistema permite a localização imediata de pessoas ou grupos de
pessoas com discrição e rupidez e é de grande utilidade em hotéis, particular-
mente nos de maior porte.
Consiste em uma central onde se origina a chamada, integrada à central
de controle operacional - CCO, e em um transmissor localizado de forma a
possibilitar recepção adeqtada em todas as ãreas internas e externas do hotel.

Sistema de radiocomunicação- walkie-talkie


utilizado pela equipe de segurança do hotel, permite a comunicação
imediata com a cco e vice-versa, e entre os membros da segurança.
O sistema é constituído basicamente de console de operador, transmis-
sor centraÌ e transceptores manuais portáteis, que podem operar em duas
freqüências, uma paÍa comunicação com a cco e outra para comunicaçã.o
entre as equipes, em VHF.

Sistema de sonorização ambiente


Normalmente, este sistema supre os seguintes recintos:

' Sonorização dos apartamefitos e painel de controle de cabeceira.


' Sonorização das âreas comuns (corredores, elevadores, salas de estaq
etc.).
' Sonorização da ârea de convenções por meio de consoles localizados
que permitem, além da música ambiente, a sonorização de projeções
de filmes e audiovisuais.
' Sonorização dos restaurantes com controle de volume de ajuste no
local.
' chamadas de emergência na ârea de serviços e na administração.
O PROJETO

Sistema fechado de televisão - CFTV


Este sistema permite a supervisáo da segurança e das operações nas
ãreas de acesso, nos caixas e na recepçáo, na recepção de mercadorias, nas
cozinhas, na entrada de funcionários, etc.
No painel de monitores da cco um operador permanente tem visão
geral de todas as áreas de interesse, além de dispor de recursos de seleção,
movimentaçáo e aproximação de câmeras, acionamento do videocassete e
comunicaçáo direta com a equipe de segurança, por meio de ualkie-talkies.
A esse sistema estão associados sensores de alarme de pontos vitais do
hotel (cofres, vitrines, obras de atte, etc.), que, em caso de acionamento de
alarme contra roubo, faráo comutação atttomâtic das câmeras para o local, e
as imagens serão gravadas em vídeo.

Sistema de relógios
Destina-se a informar as horas aos hóspedes e aos funcionários do ho-
tel. É composto de uma central em que o relógio primário faz a geração dos
pulsos de excitaçáo/correçáo, que tem uma base de tempo interna autônoma,
e de relógios secundários instalados em âreas estratégicas do hotel.

Sistema de controle de acesso e registro de ponto


Este sistema tem por objetivo a automaçáo dos processos utilizados
pelos departamentos de pessoal, custos, estatística e segurança pata controlar
funcionários e o acesso às dependências do hotel.
o controle de acesso englob^ a automação da coleta de dados dos
cartões de ponto, isto é, a uttlizaçã,o de cafiáo de ponto eletrônico com cra-
chás (cartões magnéticos), e o controle de refeições fornecidas no refeitório
dos funcionários.

Recepção de TV
Dependendo da localizaçáo do hotel, a recepção de Tv poderâ ser feita
através de cabo ou via satélite, A recepção via satélite é feita por antena
patabólica móvel, orientada para determinado satélite, com possibilidade de
deslocamento de um satélite para outro através de um sistema servomecânico.

Sistema de projeção e áudio


Compreende três subsistemas:
. Sistema de projeção de filmes.
. Sistema audiovisual.
. Sistema de projeção de TV.
174 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Sistema de tradução simultânea


Este sistema deve proporcionar condições de recepção que permitam
aos participantes de conferências e de congressos realizados nos salões de
convenções total compreensão do que está sendo dito'
O sistema deve atender às modularidades dos salões, ser do tipo sem fio,
com transmissores fixos e receptores portáteis com seleção de canais. As ante-
nas de loop do sistema são independentes em cada saláo, com chaveamento
para unificaçáo.

Sistema de detecção e alarme de incêndio


Este sistema, exigido pela maioria das cadeias hoteleiras, tem por obje-
tivo permitir sinalização antecipada de qualquer anomalia a fim de evitar
pânico e perdas materiais, além de ganntir a continuidade operacional do
hotel.
O sistema é constituído por uma rede de detectores distribuídos de
acordo com as Cer.:gas de queima, com o tipo de material existente nas âreas
consideradas e com as normas pertinentes (NFPA,e SUSEP/IRB,'o cotpo de
bombeiros, ABNT). Seu objetivo é proporcionar um nível adequado de segu-
tança e o máximo desconto do prêmio anual de seguro'
As áreas classificad as como fire compartment devem sef protegidas por
um ou mais detectores e isoladas por paredes e portas corta-fogo. Nas âreas
públicas (eventos, salas de reunião, restaufantes, etc.) devem ser instalados
detectofes em conjunto Com sprinklers. Da mesma forma, nos apartamentos e
nas suítes os detectores devem ser instalados em conjunto corn sprinlelers do
tipo side wall.
O sistema de detecção e alarme é constituído basicamente de estações
femotas compostas de módulos de controle de superuisão, de leitura de da-
dos, atuação e comando, interligadas a uma estação central, localizada na
CCO, composta por uma CPU e terminais de vídeo e impressora.

Sistema de supervisão e controle - SSC

O permite reunir em um único local, a CCO, o controle dos princi-


SSC
pais sistemas e equipamentos instalados no hotel. Destina-se à supervisão e
ao controle de sistemas dos quais se exige alto grau de confiabilidade, preci-
são nas informações, velocidade naleitura e no registro de dados' Por meio
da

CCO podem sef supervisionados e controlados os seguintes sistemas:

e NFPA: National Fire PÍotection Associatton'


SUSEP/IRB: Superintendência de Seguros Privados/Instituto de Resseguros
do Brasil
'o
O PROJETO 175

' Predial: alirnentação elétrica, elevadores, distribuição de energia, ilu-


minação, bombas, motores, ar-condicio nado, ventilação, exaustão, cen-
tral de âgua gelada, càmaras frigoríficas, etc.
' Segurança: controle de acessos, central de CFil-V, âreas restritas (casa
de bombas, salas debaterias, subestações elétricas), etc.
. Central de detecção e alarme de incêndio.
. Central de som.
. Gerenciamento da demanda de energia elétrica e consumo de âgua
quente e fria.

O SSC é composto basicamente de uma CPU, um terminal de vídeo,


uma impressora, mod,ems de transmissão, estações remotas, sensores, etc. Em
função do tipo e das cara.cterísticas do hotel, é desenvolvido um software
básico paru o SSC e um programa de controle paru cada sistema.

Sistema de supervisão e controle dos apartamentos - SSCA


Este sistema tem a finalidade de controlar e superwisionar, por meio de
sensores, atuadores e fechadura eletrônica, a pfesença de pessoas no apafia-
mento, a segurança e o conforto ambiental. Através de um controle remoto ou
do aparelho telefônico é possível acionar todos os sistemas do apartamento
(iluminação, condicionador de ar, TV, som, abertura das cortinas, etc.)
Em função do maior ou menor grau de sofisticação, este sistema permi-
te, também, o controle de do not disturb, com bloqueio de entrada e da
campairtn do apartamento, sinalizaçáo de defeitos nas instalações e \àmpa-
das do apafi^mento e outras facilidades.

Sistema informativo de TV
Este sistema permite ao hóspede obter, por meio do aparelho de TV do
apattameírto, informações païa a sua orientação durante a permanência, tais
como horário de vôos, programações culturais, espetáculos, passeios turísti-
cos, etc. Ele possibilita ao hóspede obter no vídeo da TV fac-símile de sua
conta até o mcmento da consulta. Para tanto, o sistema deve estar integrado
ao sistema de gerenciamento do hotel.

Sistema de fechaduras eletrônicas


Dependendo do fabricante e/ou dos modelos, este tipo de sistema per-
mite as seguintes facilidades:

' vários níveis de mestragem por porta, identificadas pelo nome do


usuário.
HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Registro das últimas mil11 aberturas ou das aberturas ocorridas durante


a ocltpaçã.o pelo mesmo hóspede.
a Cartões progï^mâveis com hora, data de validade e turnos de horário.
a Possibilidade de prepaÍar cbeck-in antecipado para grupos.

Sistema de gerenciamento hoteleiro (hotel management system)


Este sistema destina-se ao controle administrativo e operacional,
informatizado, das seguintes âreas: reservas, guest bístory file, hospedagem,
controladoria, marketing, suprimentos, contabilidade, folha de pagamento, etc.

I nstalações hidrául ico-sanitá rias

Sistema de água fria


Dependendo do tipo e da complexidade das instalações do hotel, costu-
ma-se adotar, para o cálculo de consumo vaúâvel de âgua fria, entre 500 e 2
mil litros/apto./dra. Em qualquer caso, adota-se ÍeseÍva totalpara dois dias de
consumo, considerando-se a mâxima ocupação.
A á.gua fria é uttlizada para alimentar banheiros, cozinhas, copas, tornei-
ras de lavagem, equipamentos da lavanderia, torres de resfriamento, caldeiras,
piscinas, e para repor as perdas por evaporaçã.o. Na maioria dos casos a
alimentação é feita diretamente pela rede pública da concessionâria local, e
muitas vezes sáo utilizados poços artesianos.
Na distribuição das colunas de água,localizadas nos sbafts, haverâ urrra
prumada para cada dois sanitários de apartamentos, sendo as colunas de
serviço, que alimentam as cozinhas e a lavanderia, independentes.
Normalmente, os reservatórios possuem as seguintes capacidades:
. Reservatórios superiores: 7/3 do consumo diârio.
. Reservatórios inferiores: 2/3 do consumo diárto, mais capacidade para
completar a Íeserva para dois dias.

Sistema de água quente


A água quente é utilizada nos seguintes locais:
. Ãpartamentos (chuveiros,lavatório e bidê): âgua a 50 graus Celsius.
. Vestiários (chuveiros): água a 50 graus Celsius.
. Cozinhas (pias): água a 50 graus Celsius.

" O registro da última abertura varia conforme o fabricante


O PROJETO

. Cozinhas (alguns equipamentos): água a70 graus Celsius


. Lavanderia (equipamentos): ágta a 70 graus Celsius.

Normalmente, o sistema de á"gua quente inicia-se no reservatório supe-


rior de âgua clorada, de onde descem duas linhas de âgta fria até os equipa-
mentos de geração de âgua quente.
Uma das linhas destina-se à geraçào de âgua quente a 50 graus Celsius
e a outra à de âgua quente a 70 graus Celsius, que será utihzada especifica-
mente nas cozinhas e na lavanderia.
Para maior conforto do hóspede deve-se prever um sistema de circula-
ção de água quente a 50 graus Celsius em todas as colunas,para retorno aos
geradores de calor por meio de grupo de bombas dimensionadas para aten-
der às perdas de calor ao longo do sistema, garantindo o fornecimento a
todos os pontos de consumo com âgua à temperatura ideal, em período infe-
rior a 15 segundos.
Os equipamentos de geração de água quente (boilers, caldeiras,
termoacumuladores, etc.) e o tipo de combustível (gás natural, GLp, eletricida-
de, óleo diesel, BPB etc.) devem ser definidos caso a caso poÍ um especialista,
em função da localizaçáo, das características, do tamanho do hotel e das
restrições com relação ao meio ambiente.

Sistema de esgoto sanitário


O sistema deverá ser projetado visando:

' Permitir râpido escoamento dos esgotos sanitários e fácil desobstrução.


' Vedar a passagem de gases e animais para o interior das edificações
affavés da tubulação.
. Evitar vazamentos, escapamento de gases e formação de depósito no
interior da tubulação.
. Impedir a poluíção da âgua potável e do meio ambiente.

O sistema de coleta de esgotos, na maioria dos casos, trabalha inteira-


mente por gravidade. Os esgotos dos apartamentos são coletados por ramais
de esgoto e ramais de descarga conectados aos tubos de queda, instalados
nos sbafts
Os tubos de queda dos apafiamentos reúnem-se no pavimento técnico
de transição das tubulações (imediatamente abaixo do primeiro andar de
hospedagem) em dutos de descida (sbafrc) principais. Os dejetos são despeja-
dos em caixas de inspeção.
178 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Da mesma forma, os efluentes das instalações localizadas nos níveis infe-


riores - térreo e subsolo - são coletados e lançados em caixas de inspeção.
Os esgotos das cozinhas e da lavandet'ra devem ser coletados em linhas
independentes e direcionados respectivamente aum caixa de remoção de gordu-
ra e a outra de retenção de espuma, antes do lançamento nas caixas de inspeção.
Finalmente, uma linha coleta e direciona todos/os esgotos, preferencial-
mente por gravidade, à rede pública; na falta desta, a rrm estação de trata-
mento de esgotos - ETE.
Sistema de ar-condicionado e ventilação

O sistema de ar-condicionado e ventilação tem por objetivo o estabeleci-


mento de condições de conforto em todas as dependências sociais do hoteÌ,
além dos apafiamentos. Esse sistema deve garantir também condições ade-
quadas de temperatura e umidade rclativa e/ou a renovação do ar nas depen-
dências destinadas ao armazenamento de produtos, às âreas de serviço e às
áreas de apoio ao pessoal de manutenção e operação do hotel.
Nos apartamentos, o hóspede deverâ ter condições de estabelecer a
temperatura e a velocidade do ar desejadas por meio dos controles dos con-
dicionadores de ar, que devem ser independentes.
Geralmente, as demais dependências do hotel atendidas pelo sistema
de ar-condicionado têm a temperatura interna ajustada somente pelo pessoal
de operação e manutenção.
No projeto dos sistemas de ar-condicionado e ventilação é fundamental
levar em consideração os problemas relacionados com o ruído, avtbraçáo e a
manutenção, além do consumo de energia e a confiabilidade dos sistemas.
O princípio de funcionamento de qualquer sistema de ar-condicionado
é transferir calor de um local para outro affavés dos equipamentos projetados
para esse fim. No veráo transfere-se calor dos recintos para o exterior. No
inverno, ou faz-se o oposto ou gera-se calor (por meio de aquecimento elétri-
I

co ou de algum tipo de combustível) para aquecer os recintos' I

Quem remove o calor dos recintos no verão e fornece calor no inverno


são os condicionadores de ar. Como seu papel é transferir calor, existem condi-
cionadores que, de forma autônoma, transferem esse calor ao exterior. São os
chamados condicionadores self-contained, que vão desde os pequenos condi-
cionadores do tipo individual (de janela), que beneficiam um único recinto
(com até cerca de 50 metros quadrados), até condicionadores de maior porte,
para grandes recintos (com até cerca de 500 metros quadrados). Os condiciona-
dores de maior porte normalmente necessitam de dutos para distribuição do aç
condicionado.
O PROJETO fig

Nos hotéis econômicos com até ottentaapaÍramentos e reduzidas âreas sociais


é comum autrTização de condicionadores de ar indiüduais em cadaapartamento e
condicionadores do tipo self-contained de maior pofie nas áreas sociais.
Uma das configurações mais adotadas em hotéis de médio e grande
porte utiliza resfriadores de água (cbillers) acionados por compressores do
tipo centrífugo ou parafuso (menos ruidosos), ou do tipo alternativo. Os chillers
resfriam a âgua que alimenta condicionadores de ar fan-coil instalados nos
locais beneficiados. Bombas de circulaçáo e torres de resfriamento de água
(equipamento que rejeita o calor removido para o exterior) completam o
sistema.
Os equipamentos centÍais (ruidosos) devem Iocalizarse em áreas afas-
tadas dos locais que recebem hóspedes, principalmente dos apartamentos,
salões de convenções, restaurantes, salas de reunião, etc.
As torres de resfriamento, sempre que possível, devem ser instaladas em
ârea externa, afastada tanto quanto possível do hotel, ou na sua cobertura.
Os condicionadores de ar que atendem às âreas sociais, os ventiladores,
os exaustores da cozinha, da Iavanderia e dos banheiros dos apartamentos
deverão estar localizados, se possível, em âreas chamadas técnicas (andar de
transição, torres de circulaçáo vertical, subsolo, etc.) e agrupados para facilitar
a manutenção e o controle de ruído e vibração.
Todos os equipamentos e a tubulação devem ser apoiados em suportes
antivibratórios, pata que não haja transmissão das vibrações à estrutura, o que
implicaria no desconforto de hóspedes, visitantes e empregados de âreas ad-
ministrativas.
{Jm tipo mais recente de condicionamento de aÍ para apaÍtamentos é o
que utiliza uma única unidade para rejeição do calor removido dos recintos
para o exterior (unidade condensadora) interli gada a vârias (até dez) unida-
des que beneficiam os recintos (unidades evaporadoras). Tubulações de gás
frigorígeno interligam a unidade condensadora às evaporadoras.
Uma das vantagens desse sistema é que se conseguem ajustes indivi-
duais de temperatura em cada apartamento. Esse sistema é chamado de VRV
(vazao de refrigerante variãve|).

Sistema de proteção contra incêndios

Para compÌementar o sistema de detecção e alarme de incêndio já men-


cionado, o projeto dos sistemas de hidrantes e sprinklers deve atender às
normas do corpo de bombeiros local, da NFPA, e também as exigências do
IRB, para garantt a mâxima redução do prêmio de seguro.
180 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

H id ra ntes, sp ri n kl e rs e exti ntores


Normalmente, a rede de hidrantes e sprinklers é pressurizada por um
conjunto de bombas e uma bomba auxiliar (bomba jockey), todos com gera-
ção própria de energia pan manter a pressão do sistema.
Os bicos dos sprinklers devem ser instalados nos apartamentos e nas
demais âteas do hotel, com exceção dos sanitários e dos compartirnentos que
abriguem alta-tensão e líquidos inflamáveis.
Os hidrantes serão instalados em pontos estratégicos, em todos os anda-
res, com sinalizaçáo adequada, de modo a permitir cobertura total das âreas
do hotel.
A quantidade e a localização dos extintores (âgta e COr) deverão obe-
decer às exigências do corpo de bombeiros local.
As coifas das cozinhas deverão ser pÍotegidas com sistemas modulares
de extinção por CO,.

Pressurização das escadas de emergência


O sistema de pressurizaçáo das escadas de emergência, que pode subs-
tituir a solução convencional de antecàmara e duto de fumaça, consiste basi-
camente em ventilador alimentado por dois motores (um motor operante e
1 outro dç reserva) ligados ao sistema de energia de emergência, redes de dutos
e grelhas de insuflação, filtros par^ externo e dampers.
I
j ^Í
Na condição normal de operaçáo, o ventilador funciona 24 horas por
dia, e em situação de emergência, atavés da CCO, sua rotação é aumentada
pan atender à vazáo do ar.
O ventilador poderá ser instalado em uma casa de máquinas localizada
em pavimento inferior e deverá insuÍLar o ar na caixa de escada através de
sba"ft ern alvenaria e grelhas. A captaçáo do ar é. feita através de tomada de ar
externo, constituída por veneziana e filtros.
O escape de ar do ambiente é feito através de frestas, aberturas (portas
corta-fogo) e damper de alívio,localizado no topo da caixa de escada.

Brigada de combate a incêndios


A eficiência do sistema de prevenção e combate a incêndios do hotel
dependerá da criaçáo de uma brigada de incêndio devidamente treinada e
equipada para atender qualquer anormalidade e orientar os hóspedes em
caso de emergência.

Sistema de refrigeração

Este sistema atende tanto às câmaras frigoríficas como aos balcões refri-
gerados localizados nas diversas âreas de alimentos e bebidas do hotel.
18I
O PROJETO

Com o objetivo de facilitar a operuçáo e a manutenção do sistema, bem


como a ceÍúïalização dos equipamentos que produzem ruídos e vibrações, os
compfessores e condensadores devem ser instalados em uma casa de máqui-
nas própria.
A interligação entre a central e as càmaras e os balcões é fetta por meio
de rubulaçáo de cobre (barras rígidas); a tubulação de gás e líquido de cada
sistema é isolada aos pafes com poliuretano protegido por alumínio liso'
As temperatuÍas utllizadas nas càmaras frigoríficas são as seguintes:

Carne 0'c
Peixes 0"C
Frutas e verduras o"L
/l oa
Saladas preparadas
Aaf
Uso diário preparado
Congelados -18"C
Lixo úmìdo 0"C
Bebidas 4"C
Aaa
Balcoes f rigoríficos

ELABORAçÃO DO PROGRAMA

O programa de um hotel abrange uma quantidade vatiâvel, mas sempfe


numefosa, de itens, e sua versão completa e definitiva quase nunca pode ser
elaborada num único lance.
A montagem do programa se inicia pela decisão inicial do segmento de
mercado que se quer atingir, e, conseqüentemente, do tipo e da categorra
pretendidos. O número de apaftamefitos vem logo a seguir, dependendo do
mercado hoteleiro local e das conclusões do estudo de viabilidade, da âtea do
terreno (quando este já existe) e também dos recursos .financeiros que se
pretende investir.
As decisões seguintes ocoÍrem por abordagens sucessivas, a partir de
um programa básico. Este deve conter uma série de definições de natureza
operacional e uma relaçáo, a mais completa possível, das dependências e dos
serviços que a'experiêncta indica como necessários para o hotel pretendido
em detefmtnadalocalizaçáo e pafa determinada condição de mercado.
A esse programabásico acrescentam-se ou dele são suprimidos itens em
função de fatores diversos, entre os quais a anâlise cuidadosa dos investimen-
tos e das expectativas de receita correspondentes a cada item. Assim, como
exemplo, o aprofundamento do perfil do hóspede-alvo é importante para
182 HOTEL: pLANEJAMENTO E PROJETO

para incluir no programa determinadas instalações e serviços. Por sua vezj o


conhecimento detalhado do local de implantaçã"o e das suas imediações pode
ser decisivo para a determinaçáo do número e do tipo de restaurantes e bares,
tendo em vista os estabelecimentos similares existentes e com os quais os
restaurantes e bares do hotel irão concorrer. O próprio partido arquitetônico
sugeÍe ou viabiliza instalações e serviços que não constavam da relação ini-
cial. Assim, o programa básico vai sendo progressivamente ajustado atavés
da considençáo dos fatores que vão se apresentando ao longo do período em
que o hotel vai sendo projetado e construído, até sua definiçáo final, que só
acontece com a aproximaçào da conclusão das obras. Decisões quanto aos
temas a serem adotados para os restauÍantes, e suas respectivas decorações,
por exemplo, ou quanto ao arranjo final dos escritórios da administraçáo, sã.o
quase sempre tomadas quando as obras se encontram em estado bastante
avançado.
De modo a orientar a montagem de programas para hotéis em geral,
apÍesentamos nas páginas seguintes uma relação de âreas e funções que
abrange todos os setores que compõem hotéis de diferentes tipos e naturezas.
Essa relação, poÍ ser bastante completa, é út1l particularmente na montagem
do programa básico de um hotel determinado, de modo a tornâ-ro o mais
completo e próximo possível do programa definitivo.
Antes da seleção de âreas e funções, determinadas decisões de carâter
operacional devem ser tomadas pelo dono do empreendimento. Essas deci-
sões devem ser orientadas, sempre que possível, por quem irâ operar o futuro
hotel, a quem caberá a responsabilidade final sobre o sucesso ou insucesso
do empreendimento.
Essas decisões de carâter operacional relacionâm-se com:

. Estacionamento de veículos: coberto ou descoberto, operado poi


manobristas ou pelo próprio hóspede.
. Transporte de bagagem: com ou Sem caffegadores, por elevadores
sociais ou de serwiço.
. Room seruice: sim, não, 24 horas, tempo parcial.
. Apafiamentos: tipo e dimensão das camas) com ou sem frigobar, com
banheira e box, só box ou só banheira, com ou sem bidê, com ou sem
terraço, critério de distribuição das portas de intercomunicação.
. Fechaduras: mecânica ou cartáo magnético.
. Acesso aos apafiamentos: com ou sem controle, com ou sem detector
de presença, tipo de controle remoto das instalações nos apartamentos
(iluminação, som, TV, condicionador de a4 acionamento de cor-tinas).
183
O PROJETO
. Andares de hospedagem: andares especiais tipo MP, bloqUeio das
paradas dos elevadores nesses e em outros andares, critérios de distri-
buição de diferentes categorias de apartamentos nos andares, serviÇos
de mordomo em andares selecionados.
' Roupas de cama e banho: trocas difuias ou periódicas'
' Roupas de hóspedes: oferta ou não desse tipo de serviço'

um progtama cuidadosamente ela-


É importante ressaltar a relevância de
borado, tendo em vista a flatuÍeza altamente competitiva do ramo da hotelaria,
em que o risco é elevado e no qual o dinheiro investido em cada item do
progtama deve corresponder a úma receita dentro dos parâmetros estabeleci-
dos pelo estudo de viabilidade. Esse cuidado, a ser tomado desde a fase inicial (

de elaboração do programabásico, deve se estender às etapas seguintes, duran-


te todo o pfocesso de complementação e definição final do ptogÍama.
Na relação de âreas e funções apresentada a seguir, cada item pode ser
classificado como imprescindível, desejável ou dispensável, dependendo do
caso. Com essa classificaçã.o são estabelecidas prioridades para a seleção dos
itens aplicáveis e a eliminação dos demais.
Os quadros 9 e 10 apresentam, com o intuito de ilustrar a diversidade de
progfamas, listas de hotéis no Brasil e no exterior com o número de apafia-
mentos, bares, restaurantes, âteas de eventos e de recreação.

RELAÇÃO DE AREAS E FUNçOES

Ánrns or HosPEDAGEM

Andar-tipo de hospedagem
. Halldos elevadores de serviço
. Rouoaria e WC do andar
. Halldos elevadores de hospedes
. Circulação
r Apartamentos simples
. Sfudios
. Suítes simoles
o Suítes esoeciais
. Suíte oresidencial
. Apartamentos dúplex

Serviços previstos para os apartamentos e suítes


. Frigobar
. Geladeira
. Televisão
. Televisão a cabo
. Condicionador de ar individual
HOTEL: PLANEJAMENTO E PROIËTO

a Condicionador de ar central
a Sprinkler no apartamento
a Sprinkler nos corredores do andar
a Detector de fumaça
a Água quente
a Canais de som
a Telefone interno
a Telefone externo
a Room service
. Troca diária de roupa de cama
. Troca diária de roupa de banho
. Serviço de mordomo no andar

Ánrns socrns

Lobby
. Portaria (bell captain)
r Atendimento
o Mensageiro
. Correio
. Sanitários masculino e feminino
o Telefones públicos
. Telefones
. Chamadas internas

Front office
. Balcão de recepção
. Concièrge (informações, espetáculos. tourl etc.)
. Caixas
. Cofres de segurança
. Deposito de bagagem
. Área de apoìo e mensageiros
. Sala do gerente de recepção
. Sala do gerente de crédito
. Sala de espera e secretária
. Sala do CPD
. Sala dos analistas do CPD
. Sala do controller
.5anitário

Áreas de estar
. Salas de estar
r Salas de leitura
. Sala de TV
. Salão de exposiçÕes
li
ii
t"i
O PROJETO

. Salas Vlf com sanitários masculino e feminino

Restaurantes e bares
. Piano-bar
. Restaurante de luxo
r Restaurante típico 1

e Restaurante típico 2
c Coffee shop
r Restaurante infantil
. Bar da piscina
. Lobbybar
. Night c/ub e respectivas instalaçÕes
. Salão de chá
. Salas de almoço privativas

Área de eventos
. Foyer
r Sanitários masculino e feminino
. Chapelaria
. Telefones públicos
. Áreas de apoio a eventos
. Área de vendas de eventos
. Salão nobre
. Salas de reunião
r Cabine de som e projeção
o Cabines de tradução sìmultânea
. Área de exposições
. Depósito de móveis

Auditóriolteatro
. Bilheteria
. Foyer
o Sanitários masculino e feminino
. Sala de som e projeção
. Cabines de tradução simultânea
. Camarins masculino e feminino
r Platéia
r Palco
o Depósito de móveis

Área
Lolas
r Floricultura
. Jornais e revistas
. Bombonnière
185 HOTEL; PLANEJAMENTO E PROJETO

. Tabacaria
. Agência de turismo
. Aluguel de carros
. Loja de artigos masculinos
. Loja de artigos femininos
r Artigos infantis
o Artigos esportivos
o Joalheria
r Galeria de arte
r Artigos regionais
. Agência bancária
. Loja de artesanato

Escritorios de aluguel
. Secretaria
o Central de comunicaçoes
o Central de reproduçÕes
. Salas de reunião
r Sanitários masculino e feminino
. Copa de apoio

Ánra oa ADMtNtsïRAçÃo
o Recrutamento e seleção de pessoal
r Ambulatório médico
. Departamento de pessoal
. Agência bancária
. Seção de compras
. Contabilidade
o Setor de reservas
. Salas da gerência (geral, A&B, patrimõnio, control/ef etc.)
. Salas de reunião
. Secretaria
o Sanitários
o Departamento de marketing
. Departamento de vendas
. Salas de treinamento de pessoal
. Sala de segurança

Anra oE sERVtços

Entrada e portaria
o Portaria de serviço
o Controle de funcionários
. Relógio de ponto
. Segurança
r Protocolo
O PROJETO

o Vestiário e sanitário masculinos


. Vestiário e sanitário femininos
. Vestiário do staff masculino
o Vestiário do sfaff feminino
. Rouparia dos funcionários
. Refeitório dos funcionários
. Sala de descanso

Área de recebimento
. Doca de carga e descarga
. Controle de recebimento
. Área de triagem
. Balança
. Deposito de vasilhames
. Depósito de lixo seco
o Câmara frigorífica de lixo úmido

Armazelamento
. Almoxarifado de alìmentos
. Almoxarifado de bebidas
o Adega climatizada

Area de pré-preparo
. Área de pré-preparo de alimentos
o Câmara frigorífica (carnes)
. Câmara frigorífica (peixes)
o Câmara frigorífica (congelados)
. Câmara frigorífica (frutas e verduras)
. Câmara frigorífica (laticínios)

Cozinha principal
. Câmaras frigoríficas de uso diário
. Área de cocção básica
a Preparo de saladas e sobremesas
a Padaria e confeitaria
a Higienização de panelas
a Controle do room service
a Higienização de louças
a Área de distribuição
a Cozinhas terminais
a Bar central
a Caixas
a Escritório do chefe de cozinha
a Sanitários do pessoal de cozinha
fl-
I

188
I HOTEL: PLANEJAMENÏO E PROJETÕ

Cozinha de banquetes
. Câmaras frigoríficas
. Fritadeiras e fornos
. Higienização
. Carros-estufas
. Área de montagem de pratos
. Área de lavagem de louças
o Depósito de louças, cristais e prataria
. Área de distribuição de pratos

Cozinha de apoio
o Cozinha terminal
. Câmaras frigoríficas (uso diário)
. Higienização de louças e panelas
r Controle
Almoxarifado
r Controle
. Panos, pratarias, louças, cristais
. Material de li,mpeza
a Material de consumo dos
hósoedes
a Material de manutenção

a Material de escritório

a Móveis e estofados
a Cortinas e carpetes
a Máquinas e ferramentas

Lavanderia e governança

Recebimento
o Duto de roupa suja
. Área de recebimento e triagem

Lavanderia
. Lavadoras/extratoras
. Secadoras
. Calandra
r Máquinas de passar
r Sala de costura
r Estacionamento de carrinhos
. Depósito de roupa limpa
o Sala do chefe da lavanderia
. Equipamento de vácuo e ar comprimido

Governança
r Sala do chefe de governança
. Depósito de material de limpeza
0êM*ÉI.,0: :" ..' . . i8e

Ãreas de mãnutençáD
o Çhefe da manutenção
r Afmo.xarifado de rnanutençãÕ
. RefLgeração
. Flidráulica
r ,Ejétrica
r Marçenaria
. Estofados
I JardiRãgern
e FuniLaria
. Pintura
.r Reparos

Ánen oos EeurPAMENTos

Sirtenra de água
r inferior
Res.erv-atófio
. Pnço profundo
. Casâ de bombas
i Reservatório sUperior,
. Estação de fu'atanrento de água
. Tratamenta de água das pìseìnas

Sistema de esg.otos
. Estação de tratamento de esgotos
r Estação elevatória de esgotos

Caldeiras
r Baixa pressáo
c ,Altâ Bressão
. Água quente

Sistema de ar.condìcionado
r Central de água gelada
r Toffes, de resfriamento
. Condicionadores de ar
r Exaustq're5

e,omb.r:stíveis
. Tanques de óleo dlese/
r Centrêl de gás
. ïanquê dê gasolina
190 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Grupo gerador de emergência

Sistema de energia elétrica


. Sala dos transformadores
. Cabines de medição
. Salas dos quadros elétricos

Sistemas eletrônicos
. Central telefônica
. Sala das telefonistas
. Sanitário e sala de descanso
. Central de som
. Central BIP
. Circuito fechado de TV
. Sala do CPD
. Central de controle operacional dos sistemas (CCO)

Ánras or nrcnrnçÃo

Fisiotera pia/G i nástica


. Controle
. Sauna seca, sauna a vapor
. Ducha escocesa
. Ducha circular
. Chuveiros especiais
. Turbilhão
. Piscina de água ozonizada
. Aparelhos de ginástica
. Sala de estar e bar
. Bar da sauna
o Mecanoterapia
o Massagens
. Repouso

Anexo da fisioterapia
. Barbearia
. Cabeleireiro
. Salão de beleza
o Bar
. Sanitário e vestiário masculinos e femininos

Esportes
. Controle e rouparia
o Parque aquático
. Piscina para adultos
. Piscina infantil
. Bar molhado
O PROJETO

' Vestiários e san.itários masculinos e femininos


r quadra de s.quash
r Quadra de tênis
o Quadra poliesportiva
. Campo de golfe (ou minigolfe)
. Outros

Jogos
. Salão de jogos
o Saláo de jogos infantis
r Salão de bilhar
. Jogos eletrônicos

Cassino e respectivas instalaçóes

Parques e Jardins
. Minizoológico
r Bosque
. Cavalarrça

Esportes náuticos
r Marina e respectivas instalações
r AlUguel ç[e s:quipafientos náuticos
. Ancoradouro de barcos

TRnrusponrEs
r Controle do estacionamento
r Sala dos manobristas
. Sanitário dos manobristas
. Terminal de ônibus
. Heìiponto
192 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

QUADRO 9
NÚMERO DE APARTAMENToS E oUTRAS INSTALACÕES
EM HOTÉIS AMERICANOS E EUROPEUS

Hotel Apartamentos e suítes Barês e restauÍantes Instalações para êventos Recreação

Até 200

The Carlyle 144 (50 suítes) 1 salão de chá 4 Salas de reuniáo Fitness center
Nova York, EUA 1 bar
1 café-cabaré

Plaza Athenée 1 53 1 restaurante sala de reunião oara 90 oessoas


Nova York. EUA

Hotel de Crillon 163 8 salas para 450 oessoas Fitness center


Paris, França

ANA Grand Hotel 175 7 restaurantes Salão com 580 m'z


Viena, Áustria 1 coffeeshop 4 salas

De 201 a 500

The Mayfair 201 (101 suítes) 2 salas de reunião


Nova York, EUA

Plaza Athenée 21 1 (41 suítes) 2 restauÍantes 4 salas de Íeunião


Paris, França

Jolly Hotel Atlanta 242 Quadra de


Bruxelas, Bél9ica tênis

The Peninsula 242 J restaurantes 300 m'


Nova York, EUA 1 bar

George V 298 (41 suítes) 2 restaurantes Salas de reuniáo para 600 pessoas
Paris, França

Principe di Savoia 299 5pa


Milao, ltália

Grand Hotel Europe 301 7 restaurantes 4 salas e salÕes Fitness center


çáô Pêfêr<hr rrôô
Rússia

Le Meridien 326 1 piano-bar 9 salas Health club


Boston, EUA Pisci na

Allerton 450 1 restaurante Salas de reuniáo


Chicago, EUA

Swissôtel 482 Salas de reunião Health club


Boston. EUA para 700 pessoas Piscìna/Solarium
O PROJETO 193

QUADRO 9
NúMERo DE AeARTAMENToS E ourRAs tNsrALAçÕEs
e u HorÉls AMERTcANoS E EURopEUs (coNT.)

Hotel Apartamentos e suítes Bares e restaurantes Instalações para eventos Recreação

De501 almil

I ne uraKe 5J5 3 restaurantes 18 salas de reunião


Chicago, ËUA Z cocktail lounges

The Helmsley 640 1 restaurante 325 m,


Park Lane
Nova York, EUA

lntercontinental 691 3 restaurantes 1 6 salas de reunião Fitness center


Nova York. EUA

Sheraton 824 3 restaurantes 14 salas Piscina


Montreal, Canadá z Satoes

Le Centre Sheraton 824 4 restaurantes Salas para 2 mil pessoas Piscina


l\ilontreal, Canadá Health club

The New York Palace 897 1.500 m'? Fitness center


Nova York, EUA

Concorde Lafayette 1 mil 3 restaurantes 1.950 m,


Paris, França

Mais de 1 mil

The Waldorf Astoria 1.120 (95 suítes) 4 restaurantes 21 salas de reunião Fitness center
Nova York, EUA 1 bar oara 4 mil oessoas

Sheraton 1.200 5 restaurantes I 1.000 m, Health club


Chicago, EUA

Fontes: Dados básicos extraídos de Hotel and Travel lndex e Premier Hotels & Resorfs.
lnverno 1997/1998.
194 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO
I
II
QUADRO ÍO I

NúMERo DE APARTAMENToS E ourRAs tNsrALAçÕEs


EM HOTÉIS BRASILEIROS E LATINO-AMERICANOS

Hotel Apartamentos e suítes Bares e restaurantes Instalações para eventos Recreação

Até 200

L'Hotel 82 I restaurante 8us/ness cenfe/ Piscina


Sâo Paulo. SP 1 piano-bar Health club

Caesar Park 2 restaurantes Salas de reuniâo Pisci na


São Paulo, SP 1 bar para 400 pessoas
1 pub

lnterconti nental I 93 (35 suítes) 1 restaurante Centro de convençóes Piscina


5áo Paulo, SP 1 bar para 400 pessoas 5au na
G i nástica

Alvear Palace Hotel 200 3 restaurantes 1 2 salas Piscina


Buenos Aires, 1 piano-bar para 2 mil pessoas Health club
Argentina Sauna

De 201 a 500

Caesar Park 2?_1 1 restaurante 4 salas (550 m'z) Piscina


Rio de .Janeiro, Rj 'I bar Health club

Crowne Plaza 223 2 restaurantes Salas de reunião


Sáo Paulo, SP 'I bar para 350 pessoas

Copacabana Palace 223 2 restaurantes 1 0 salas para 1 .200 pessoas Piscina


Rio de Janeiro, RJ 1 bar Solarium
Quadra de tênis

Sheraton Mofarrej 244 2 restaurantes Salas de reuniáo para Piscinas


São Paulo, SP 500 pessoas

Feel Hyatt Regency 310 2 restaurantes Pisci na


Santìago, Chile 1 bar Fitness center
QuadÍa de tênis

Mandarin Oriental 320 2 restaurantes


Cidade do México, 3 bares
l\4éxico

Sheraton 383 3 restaurantes 8 salas (726 m') Piscinas


Santiago, Chile 1 bar Quadra de tênis

Transamérica São Paulo 400 2 restaurantes 20 salas de reuniáo Piscina


São Paulo, SP para 3.600 pessoâs Quadra de tênis
Golfe (3 buracos)

São Paulo Hilton 401 2 restaurantes Salas para convençóes Pisci na


São Paulo. SP e banquetes Sauna
Fisiotera pia

Sofitel Rio Palace 413 1 jazz ba( 14 salas para 3.500 pessoàs 2 piscinas
Rio de Janeiro, RJ Fitness center

)
O PROJETO 195

QUADRO 10
NúMERo DE APARTAMENToS E ourRAs rNsrALAçÕEs
EM HOTÉ|S BRASTLETROS E LATINO-AMERICANOS (CONT.)

Hotel Apartamentos e suítes Bares e restaurantes lnstalações para eventos Recreação

Maksoud Plaza 416 4 restaurantes Centro de eventos (1.950 m'?) Piscina


5ão Paulo,SP 1 coffeeshop Teatro com 500 lugares Fìtness center
2 bares

lntercontinentalRio 433 5 restaurantes '1


5 salas para 2 mil pessoas 7 ptsctnas
Rio de Janeìro, RJ 8 quadras de tênis

Renaissance 452 (57 suÍtes) 2 restaurantes Centro de convençóes Piscina


SP
5áo Paulo. Piano-bar (2.800 mz) Squash
Lobby bar Massagem

De501 almil
Sheraton 739 4 restaurantes 1 3 saìas (2.700 m') Piscìnas
Buenos Aires, shop
1 coffee Balhoom (1.300 m') Quadra de tênis
Arqentina 1 bar Health club

Sheraton Marìa lsabel 752 3 restaurantes 23 salas Pisci na


Cidade do México, 2 bares 1 ballroom Quadra de tênis
México

Fontes: Dados básicos extraídos de Hotel and Travel lndex e Premier Hotels & Resorfs.
lnverno 1997/1998.

QUADRO 11
NúMERo DE APARTAMENToS E ourRAs rNsrALAçÕEs EM REsoRrs

Resort Apartamentos Bares e restaurantes Instalações para Recreação


esuítes eventos

Até 200

Grande Hoteì São Pedro 1 1 0 2 restaurantes Centro de convençóes (975 m') Ginásio esportivo
Aquas oe )ao reoro, )t- 3 bares Piscinas internas e
1 piano-bar externas
Campo de Íutebol
4 quadras de tênis
Quadras
poliesportivas

TÍopical das Cataratas 200 2 restaurantes


Foz do lguaçu, PR
196 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

QUADRO 11
NúMERo DEAPARTAMENToS E ourRAs tNsrALAçÕEs EM REsoRrs(coNT.)

Resorf Apartamentos BaÍes e restaurantes Instalações para Recreação


e suítes eventos

De 20í a 500

Transamérica llha 271 4 restaurantes Centro de convenções para Quadras


de Comandatuba (1 1 1 bangalôs) 600 pessoas Piscina
llhéus, BA Campo de golÍe
(500.000 m'?)

Soinesta 292 3 restaurantes I 4 salas 2.000 m'z Pisci na


Key BÌscayne, EUA 4 bares 7 quadras de tênis

Dorado Pacífico 285 2 restaurantes Salas de reunião para 2 quadras de tènis


lxtapa, Méxìco 1 coffee shop 600 pessoas Piscina
Praia

Caesar Park 300 2 restaurantes Centro de ronvên.ocs Piscina


Cabo S. Agostinho, PE 1 night club 7 salas de reunião Quadra de tênis
Ballroom para 600 pessoas Marina

l\zlauna Lani Bay 350 3 restaurantes 5 salas (500 m') 23 quadras detênis
Havaí, EUA Ballroom para 350 pessoas 2 campos de golÍe
com 1 8 buracos
f:nn:nam o

mergutno

Club Mediterranée 360 Restaurante Quadras de


Itâ^ârì.â R^ Bar esportes
Piscina

Hyatt Regency 388 6 restaurantes 5 salas (2.000 m'?) l\,4arina


Fort Lauderdale, FUA Ballroom (750 m'1) Quadras de tênis
Ballroom (550 m')

Sonesta 400 4 restaurantes Health club


Bermudas Nightclub Beauty center
Praia
Piscìna
6 quadras de tênis

Caesar Park Cancún 421 4 restaurantes Bal/room (1.800 m'1) Campo de golÍe
Cancún. [,4éxico 1 coffee shop 4 saìas de reunião com 1 8 buracos
Piscìnas
Praia

Hyatt Regency 493 3 restaurantes Sala de reunião Piscinas


Scottsdale. EUA (4.000 m') Campo de golfe
Ballroomlïeaïo com 27 buracos
Praia

Biìtmore 498 2 restaurantes Ballroom (1 .600 m'z) Campo de golfe


Arizona, EUA com 27 buracos
Piscinas
8 quadras de tênìs
197
O PROJETO

QUADRO 11
NúMERO DE APARTAMENTOS E OUTRAS INSTALAçÕES EM RESORTS (CONT.)

Resort Apartamentos Bares e restaurantes lnstalações para Recreação


e suítes eventos

De501 almil
StoufferRenaissance 560 2 restaurantes 31 salas (4.500 m'?) 3 piscinas
Esmeralda 2 bares Ballroom (1 .5OO ín') Quadra de tênìs
Campo de golÍe
com 36 buracos

Tropìcal Manaus 601 2 restaurantes 4.230m' Piscìna

Resort & Convention para 1.400 pessoas 5 quadras de tênis


Center Sauna
Manaus, AM

La Quìnta Resort Club 640 6.600 m'? 24 quadras de tênis


Calìfórnia, ÊUA 25 pìscìnas com
aquecrmenlo
4 campos de golÍe
com 1 8 buracos

700 9 restâurantes 4.600 m'z 1 2 quadras de tênis


The Broadmoor
Colorado, EUA Piscina
Montaria e pesca
3 campos de

The Westin Mauii 761 8 restaurantes Sala de reunião (3.000 m') Parque aquático

Kaanapala, Havaí Ballroom (850 m'z) CamPo de golfe


com 36 buracos
Quadras de tênis

Boca Raton 926 43 salas 34 quadras de tênis


Resort & Club (7.000 m') 2 campos de golfe

Flórìda, EUA com 1 8 buracos


Praia
Plscìna

Mais de 1 mil

2 restaurantes '10.000 m, Praia


Atlantis Paradìse 1.150 1

Bahamas 3 bares para 2 mil pessoas Piscina


9 quadras de tênis

Fontes: Dados básicos extraídos de Hotel and Travel lndex e Premier Hotels & Resorfs,
lnverno 1997/1998.
-_ s

198 HOTEL: PLANEJAMENTO E PRO]ETO

DIM ENSIONAM ENTO

O item de dimensionamento mais importante de qualquer estabeleci-


mento hoteleiro, que é o número de apartamentos (ou de unidades
habitacionais, UH, corno são comumente designados apafiamentos e suítes),
deve ser estabelecido mediante estudo de mercado. O número de apartamen-
tos é invariavelmente o principal fator a ser inicialmente definido nesse estu-
do, e dele derivam direta ou indiretamente quase todos os requisitos
programãticos e dimensionais das âreas e das instalações que compõem o
empreendimento hoteleiro.
No entanto, diante das grandes variações que ocorrem nas característi-
cas e nas âreas de hotéis de tipos diferentes (e até mesmo no caso de hotéis
de um mesmo tipo), é difícil estabelecer paràrnetros universais que permitam,
a partir de um único dado básico como, por exemplo, o número de apaïta-
mentos, dimensionar precisa e convenientemente todas as dependências do
hotel.
Os parâmetros disponíveis em outras publicações e os aqui apresenta-
dos derivam de observações e ievantamentos efetuados em hotéis de diferen-
tes categorias e representam valores médios observados. Por essa tazão, esses
parâmetros devem ser utilizados apenas como referêncías iniciais nas etapas
de planejamento, no dimensionamento geral e no dimensionamento das di-
versas dependências do hotel. Nas etapas subseqüentes do projeto são neces-
sárias análises particulare s para a adequaçáo desses parâmetros às características
especiais de cada empreendimento. Essas análises devem levar em considera-
ção o tipo, o porte, alocalizaçáo, a c tegoria, o segmento do mercado a que
se destina, as exigências da operadora, a legislação local e quaisquer outros
aspectos que, em cada caso, apÍesentem relevância.

DIMENSIONAMENTO GERAL

Conforme mencionado, a partt do número de apartamentos é possível


estimar alguns conjuntos de âreas, assim como a provável âreatotal construída
de hotéis de diferentes categorias.
O quadro 12 apresenta, p^ï^ hotéis de padrão econômico, médio e
superior, variações de valores em metros quadrados e em porcentagens sobre
a âtea total construída, para âreas de apafiamentos e para os setores de hos-
pedagem, social e de serviços.
O PROJETO

QUADRO 12
ESTIMATIVA PRELIMTNAR DE AREAS

Áreas / setores Padrão de hotel


Econômico Médio Superior

Apartamentos 17a25m' 25a30m' 30a35m'z


Andar-tipo de 25a35m'z 35a45m' 45a55m'z
hospedagem / apto.
/apto.*
Área totalconstruída 30 a 45 m' 45 a 65 m' 65 a 85 m'
Área de hospedagem / área 80 a 85 % 70 a 80 o/o 60 a75 o/.

total construÍda
Areas públicas e sociais / 3alOo/o 10a15% 10a15o/o
área total construída
Areas de serviço/área total 3a1O% 10a15% 10a15o/o
construída

Área do apartamento ou da Compreende as áreas do quarto propriamente dito, do vestÊ


unìdade habitacional (UH) bulo de entrada, do armário e do banheiro, inclusive as áreas
das paredes corresPondentes'
Área bruta do apartamento lnclui a área do apartamento mai5 65 áreas de corredores'
escadas. hal/s de elevadores sociais e de serviço, rouparia e
áreas de paredes. Corresponde à área total do andar-tipo de
hospedagem dividida pelo número de apartamentos conti-
dos no andar.
Área de hospedagem Corresponde à soma das áreas brutas dos apartamentos de
todos os andares de hospedagem do hotel.
Áreas sociais Abrange as áreas f reqüentadas por hospedes e visitantes do
hotel: /obby bares e restaurantes, áreas de reunião e even-
tos, fìsroteraPia, etc.
Áreas de servìço Corresponde ao conjunto das demais áreas necessárÌas ao
funcionamento do hotel: admìnistração, cozinhas, lavande-
ria, áreas de manutenção e equìpamentos e áreas para fun-
cionários.
* Excluídas as áreas de garagem.
Fontes: W. A. Rutes e R. H. Penneç Hote! Planning and Design (Whitney Library of Design/
Watson-Gruptill Publications: Nova York, 1 985).
David Lord Tuch, Dimen sionamento das áreas de um hofel (São Paulo: SENAC, 1994).
pesquisa e levantamento de áreas de hotéis brasileiros realìzada pelos autores.

Conforme iâ comentado, os números apresentados podem ser tomados


como referência pan o dimensionamento preliminar dos três conjuntos de
200 HOTEL: pLANEJAMENTO E PROJETO

âreas do hotel, assim como para estimar a âreatotal a ser construída a oartir do
número de unidades habitacionais.
Valores muito discrepantes dos apresentados podem ser encontrados em
hotéis similares em função de características peculiares. por exemplo, um hotel
com ênfase em eventos pode apresentar uma partictpaçáo percentual maior
de âreas sociais, independentemente de seu padráo. Da mesma forma, em um
hotel superluxuoso, com predominância de suítes, a participação das âreas de
hospedagem pode apresentar valores percentuais próximos aos valores carac-
terísticos dos hotéis de padrão econômico
No quadro 73 são apresentados valores médios para diferentes áreas do
hotel, em teÍmos de metros quadrados por apafiamento, para os mesmos
padrões econômico, médio e superior.

QUADRO 13
AREAS MÉD|AS DE DTFERENTES SETORES DO HOTEL (M'/APTO.)

Setores do hotel Padrão do hotel

Econômico Médio Superior


1 Área de hospedagem 25 a35 35a45 45a55
2 Lobby 0,5 a 0,6 0,6a1 1 a 1,5
3 Bares e restaurantes 0,5 a 1,5 1a2,5 2a3,5
4 Eventos UdJ 3a4 4a6
5 Administração 0,5a1 0,5 a 1,5 1,5a2
6 Preparo de alimentos 0,6a1 1a1,5 1,5a2
7 Recebimento e armazenamento 0,5 a 0,7 0,7 a1 íI aL
-1

B Areas para funcionários 0,5 a 0,7 0,7a1 1a1,5


9 Lavanderia e governança 1 a 1,5 |,J O L

10 Engenharia / manutenção 0,6a 1 I aL

11 Outras áreas sociais 0a4 +o I

Total do hotel 30a45 45a65 65a85

Fontes:W A. Rutes e R. H. Penneç Hotel Planning and Design (Whitney Library of Design/
Watson-Gruptill Publications: Nova York, 1 985).
David Lord ruch, Dimensionamento das áreas de um hofel (são paulo: SENAC ,
jgg4).
Pesquisa e levantamento de áreas de hotéis brasileiros realizada pelos autores.
O PROJETO 201

DIMENSIONAMENTO DO ANDAR-TIPO DE HOSPEDAGEM

A ârea de hospedagem representa de 60 a 85 por cento da ârea total de


um hotel. Conseqüentemente, sua importància é estratégica para um projeto
adequado; qualquer economia obtida na solução da área de hospedagem tem
efeito direto sobre a economia geral do empreendimento. Seu planejamento
envolve um numefoso conjunto de fatores, como tipo do hotel, localizaçáo,
dimensões e forma do terreno, vistas e panoramas desfrutáveis, relação entre
a dimensão do andar e a altura do edifício, distâncias a serem percorridas
pelos hóspedes e pelas camareiras, número e posição de escadas para aten-
der à legislação de seguranÇa contra incêndios, possibilidades de futuras ex-
pansões, efeitos do vento sobre a estrutura, insolação, efeitos do posicionamento
das prumadas de elevadores de hóspedes e de serviço sobre os pavimentos.
A dimensão total do andaçtipo de hospedagem é, portanto, função de:
. Número de unidades habitacionais Dot andar.
. Configuraçáo do andar.
. Dimensões das unidades habitacionais.
. Dimensões dos corredores.
. Dimensão dos postos de serviço.
. Número de escadas.
. Número de elevadores sociais.
' Número de elevadores de serviÇo.
Número de apartamentos por andar

Por razóes operacionais, o número médio de apartamentos-tipo por


andar deve ser em múltiplos de doze em hotéis de padrão mais elevado, de
catotze a dezesseis em hotéis de padrão médio e dezoito em hotéis de menor
padráo, de modo a garantir serviço de limpez^ e atendimento eficiente de
uma única camareira para cada doze, dezesseis ou dezoito unidades. Desvios
em relação a esses números implicam em super ou subutilizaçáo das camarei-
Ías, com prejuízo da qualidade e da eficiência dos serviços e/ou custos
operacionais maiores.

Configuração do andar

Diferentes configurações de andar-tipo determinam relações de âreas e


de custos de construção distintos.
As configurações básicas apresentadas nos diagramas de relações
correspondem a alguns tipos mais comuns. Dependendo da configuraçào,hâ
202 HOTEL: PLANEJAMENTO Ë PROJETO

variaçáo nas relações entre a ârea ocupada pelos apartamentos e a ârea total
do andar. A configuração que proporciona mais eficiência paÍa essa relaçáo,
da ordem de 0,75, é aquela em que os apartamentos são dispostos dos dois
lados de um corredor central. No caso em que os apartamentos se distribuem
apenas de um lado do corredor, encontram-se valores menores pata essa
mesma relaçã.o, que variam entre 0,60 e 0,65.
Outras variações que também podem ser verificadas nos vários tipos de
construção de andar-tipo de hospedagem são as que relacionam o perímetro
do andar com a largura do apafiamento-tipo ou médio." Nesse caso, há nítida
vantagem das configurações circulares nas quais o produto da divisão do
perímetro do andar pela soma daslatgura.s dos apz;rtamentos é próxima de 1.
Em todas as outras configurações o valor correspondente é superior a r,50,
chegando, no pior caso, aos apartamentos de apenas um lado de um corre-
dor, a alcançar o valor de 2,50, ou mais.
conclui-se que, a menos que hala fortes razões para tantq devem ser
evitadas, quando se busca economia, configurações de andar-tipo com quar-
tos dispostos apenas de um lado do corredor. soluções mais compactas, de
menof perímetro, que conciliem maiof patticipação percentual da ârea de
apart^mentos sobre a área do andar são mais recomendáveis.
Soluções com átrio contribuem pan valorizar e diferenciar o hotel pela
grandiosidade que proporciona aos espaços internos, mas implicam gastos
adicionais com acréscimo de âreas de circulaçáo e ffatamentos especiais do
espaço (gradis, floreiras, iluminação, ar-condicionado, etc.).
Independentemente da configuraçào, deve-se observar que não é eco-
nômico incluir mais escadas e postos de serviço do que o necessário, nem
acrescentar mais quartos ao andar se isso significar mais necessidade de
escadas.

" Pot estarem sujeitos às intempéries e arcarem com a responsabilidade de proteção contra a
umidade, o calor e os ruídos produzidos externamente, os planos verticais externos, que
correspondem às fachadas, são os mais caros
Andares de hospedagem - indìcadores quantitatavos

Hotel Porto do 5ol, Vitória, ES

A = 0.64
D- ì f ?

Hotel Saint Paul, São José do Rio Preto, SP

A = 0.73

A = Relação entre a soma das áreas dos apartamentos e a área total do andâr.
P = Relacão entrê o perímetro do andar e a soma das larguras dos apartamentos
Andares de hospedagem - indicadores quantitativos

Hoteì Caesar Park, São Paulo, 5P


A = 0.81
P = 1.82

Hotel lntercontìnental, Rio de Janeiro. RJ

A= 0.77
P = 1.56

Grand Hotel Mercure, Sâo Paulo, 5P


A = O.76
P = 1.61

5ão Paulo Renaissance Hotel


5áo Paulo, SP
A = 0.65

A = Relação entre a soma das áreas dos apartamentos e a área total do andal
P = Relaçáo entre o perímetro do ãndar e a soma das larguras dos apartamentos
Andares de hospedagem - indicadores quantitativos

flIEtrh
I
+r I
ll
r#ì El-=lralfll
t=it il il tLr
ltËi LPt
[l flt _--
|r:- lHlUUl
ill-]lll

Hyatt Regency Osaka, Japão


A = 0.59
P = 1.62

-(_
_ênElI=-
wry
5ão Paulo Hilton, 5ão Paulo, 5P
A = 0.70
P = 1.00

Maksoud Plaza, São Paulo, 5P


A = 0.63
p-))7

A = Relação entre a soma das áreas dos apartamentos e a área total do andaÍ.

P = Relação entre o perímetro do andar e a soma das larguras dos apartamentos.


HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Dimensões dos apartamentos

Conforme indicado no quadro 1.2, as áreas líquidas dos apartamentos


variam, em média, entre o limite inferior de 77 metÍos quadrados nos hotéis
de categoria econômtca até 35 metros quadrados nos hotéis de padráo supe-
rior. Este último número não contempla suítes ou casos excepcionais, que
constituem desvios dos padrões mais comuns.
Apartamentos ou unidades habitacionais são constituídos por quarto,
banheiro e um vestíbulo de entrada. Em alguns casos, como nos hotéis de
lazer ou em locais de clima e vista privilegiados também há terraços.
As dimensões dos quartos variam dependendo do tipo e do padrão do
hotel e, ainda, em função do tamanho, da posição e da quantidade de camas.
As dimensões dos banheiros também variam em fi-rnção do padrão, mas prin-
cipalmente da existência de banheira e box, apenas banheira ou apenas box.
A presença de bidês, comum nos hotéis brasileiros de alto padtáo, náo é usual
em muitos países, independentemente do padrão do hotel. Quanto aos terra-
ços, nos casos em que seja conveniente sua adoção, as dimensões devem ser
tais que permitam acomodar cadeiras e/ou espreguiçadeiras, além de uma
mesa pequena.
É necessário prever, em cada hotel, um determinado número de aparta-
mentos destinados a portadores de deficiências físicas. A Embratur recomen-
da que 2o/o dos apartamentos apresentem características adequadas ao
atendimento desse tipo de pessoas. As características especiais e as dimen-
sões desses apartamentos estão tratadas no item "Áreas de hospedagem".
Os quartos podem ter uma única c ma, duas ou mais, em casos especiais.
Em hotéis urbanos são mais comuns quartos com uma ou duas camas. Quando
as camas forem mais estreitas, os quartos podem ser destinados a uma pessoa.
É o caso dos apartamentos conhecidos como simples, de solteiro, single ou
studio. Os de camas mais largas podem ser ocupados por casais e assumem
nomes diferentes em diferentes hotéis, geralmente associados ao tipo de cama.
Os quartos com duas camas, conhecidos como duplos, assumem também no-
mes diferenciados em função das camas ou por razões de marketing.
Suítes são unidades mais complexas que dispõem de mais espaço e
contêm, no mínimo, mais um ambiente, geralmente de estar. Podem apresen-
tar arnda outros ambientes, para reuniões ou trabalho. Suítes maiores podem
associar dois ou mais apartamentos servidos por âreas comuns, de estar, reu-
nião e trabalho.
A proporção entre os diferentes tipos de apartamento deve ser determi-
nada por estudos de mercado e/ou com base na experiência da empresa
O PROJETO

que irá operar o hotel. Em hotéis centrais predominam os homens de negó-


cio como hóspedes. Com base nisso, pode-se direcionar o planejamento do
hotel para apartamentos do tipo simples ou de solteiro. No entanto, devem
ser consideradas mudanças de uso nos finais de semana ou devido a flutuações
sazonais, quando pode haver alteraçao radical no perfil dos hóspedes, o
que recomenda cautela na previsão de um número elevado de apartamen-
tos para uso individual. Por essa r^záo, e também pelas oportunidades de
negócios Íepresentadas por pacotes turísticos, que incluem hospedagem, e
por grupos de viagens, há preferência por apartamentos que proporcionem
flexibilidade. Essa flexibilidade vem sendo traduzida pela adoção generali-
zada de ap^ïtame{rtos stand.ard., que combinam quartos com camas de casal
e quartos com duas cafiÌas, que podem ser ocupados indistintamente por
duas pessoas solteiras ou por casais. Embora algumas cadeias e alguns ho-
téis adotem comprimentos ligeiramente diferentes para qirartos com uma ou
duas camas, a tendência predominante é a de adotar quartos com dimen-
sões iguais, com flexibilidade de uso.
As dimensões apresentadas e comentadas a seguir referem-se ao tipo pre-
dominante de configuraçáo do apartamento e de posicionamento do mobi-
liário fixo e móvel nos mesmos, adotado por praticamente todas as cadeias
internacionais em todos os tipos e padrões de hotéis. Nessa configuraçáo, o
vestíbulo de entrada tem, de um lado, o armârio e, do outro, a pofia de acesso
ao banheiro. No quarto, as camas são dispostas perpendicularmente à parede
divisória entre dois quartos. Na parede oposta a essa localiza-se um móvel (que
pode ser uma cômoda com a televisão apoiada sobre o tampo ou um armârio
que concilie a função de cômoda e gabinete para o aparelho de TV) ou uma
mesa de trabalho) com espaço para circulação entre esta e a cama. Em alguns
casos, quando por razões diversas os quarlos são estreitos, o armârio élocaltza-
do no próprio quarto, junto à parede do banheiro. A desvantagem dessa solu-
çáo é que, além de menos ÍLncional, ela requer quartos mais compridos.
De maneira geral, recomenda-se a adoção, em quartos de hotéis de
qualquer padrã.o, da largura mínima de 3,30 metros entre as paredes, que
corresponde ao comprimento da cam mais o espaço de circulaçáo, da ordem
de 80 centímetros, entÍe a cama e a cômoda (ou mesa de trabalho), cuja
profundidade é de 50 centímetros. Qualquer acréscimo na largura representa
um ganho considerável em conforto. A largura recomendável, que concilia
conforto com econornia (vãos de lajes, extensão de fachada) e que é adotada
por praticamente todas as cadeias internacionais, é de aproximadamente J,80
metros. Quando se desejam quartos maiores é preferível aumentar o compri-
mento, o que proporciona maior espaço para estar, trabalho ou pata um sofá-
208 HOTEL: pLANEJAMENTO E PROJETO

cama, que entre outfas vantagens permite acomodar mais uma pessoa. Largu_
ras maioÍes que 3,80 metros pouco contribuem pan a melhoria da qualidade
e do conforto do quarto.
Nas ilustrações que seguem são apresentadas plantas de apartamentos
de hotéis de padráo econômico, médio e superior, com indicação das respec-
tivas dimensões.

Área total: 22,10 m2


Área líquida (sem paredes e shaft):20,15 m2
Area do vestíbulo com armário: 3,55 m,
Área do quarto: 14,50 m2
Area do banheiro: 2,1O m2

Escala gráfica
r
012345

Area total: 23,60 m2


Area líquida (sem paredes e shaft):19,15 m,
Area do vestíbulo com armário: 1,85 m,
Area do quarto: 14,95 m2
Area do banheiro: 2,35 m2

Escala gráficâ
r
012345
Area total: 22,50 m2
Área líquida (sem paredes e shaft): 18,70 m2
Área do vestíbulo com armário: 3,20 m2
Área do quarto: '1 1,80 m2
Area 00 Dannerro: 3, /u m'

Escala gráfica
m
0r2345

Área total: 25,10m2


Area líquida (sem paredes e shaft):22,15 m2
Área do vestíbulo com armário: '1,75 m2
Área do quarto: 'l 8,1 0 m2
Area do banheiro: 2,30 m2

Êscala gráfica
m
012345
Área total: 27,40 m2
Area lÍquida (sem paredes e shaft):22,80 m2
Area do vestíbulo com armário: 2,40 m2
Area do quarto: 15,50 m2
Area do banheiro: 4,90 m2

Escala gráfica
r
012345

I
q

Área total: 28,70 ntz


Area líquida (sem paredes e shaft):22,'15 m2
Area do vestíbulo com armário: 2,75 m2
Area do quarlo: 17,20 m2
Area do banheiro: 2,80 m2

Escala gráfica
ffi
t

AÍea total: 33,40 m2


Area líquida lsem paredes e shafl\'.29,75 m2
Área do vestíbulo com armárìo: 4,75 m2
Área do quarto: 19,80 m2
Área do banheiro .5,20 mZ

Escala oráÍica
ffi
012345

10.40

I _-4

Área total: 41,90 m'


Área lÍquida (sem paredes e shaft\'.31,05 m'z
Área do vestíbulo com armário: 4,75 m2
Área do quarto: 26,95 m2
Área do banheiro: 4,15 m'z

Escala gráfica
re
012345
212 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

No quadro a seguir são apresentadas as dimensões de camas mais co-


muns nos hotéis.

QUADRO 14
TIPOS E DIMENSÕES DE CAMAS

Tipos de camas Dimensões


Twin 1x2m
Iwrn especial 1,15 x2 m
Double 1,30x2 m
Queen 1,50x2ou1,60x2m
California king 1.80x2m
King 2x2m

Dimensões dos corredores

No dimensionamento dos corredores deve-se observar a legislação de


segurança,'3 combinando larguras capazes de garantir eficiente escoamento
dos hóspedes, em caso de pânico, com escadas adequadamente posicionadas.
Além de segurança, é iguaimente importante proporcionar condições
de conforto aos hóspedes, evitando percursos muito longos entre os aparta-
mentos e os elevadores.
De maneira geral, em hotéis de padrã"o inferior, desde que atendam à
legislação de segurança, são aceitâveis corredores com largura entre 1,20 meffo
e 1,40 metro. Em hotéis de padrão mais elevado adotam-se geralmente de
1,80 a 2 metros, quando se tem paredes e portas alinhadas, ou de 1,50 metro
a 1,80 metro, quando as portas são recuadas. Essas medidas representam
médias comumente adotadas, mas devem ser analisadas caso a caso. É preciso
também pensar nos corredores que, além de atender à segurança, devem ter
largura confortável, compatível com seu comprimento.

Número e largura de escadas

como regra devem proporcionar aos hóspedes todas


geta)., as escadas
as condições de segurança. Devem ter dimensões suficientes, características
adequadas e estar posicionadas de modo a atender rigorosamente os códigos

'' O código de obras do município de São Paulo determina, pan qualquer espaço de circulação
coletiva (em qualquer edificação com mais de 250 metros quadrados de ãrea construída) a Iargtra
mínima de 1,20 rn. Esses espaços de circulação coletiva devem ser constituídos por módulos
com 0,30 m, e slÌa largura final determinada em função da população a ser retirada e da distân-
cia a ser percorrida até um ponto de saída ou até um espaço coletivo protegido.
o PROIETO 213

de segurança locais. Na falta ou insuficiência destes, devem atender às normas


internacionais.
É recomendâvel prevef pelo menos duas escadas por andar, preferen-
cialmente, por razões de segurança, nas extremidades dos corredores. Quan-
do não for o caso de uma terceira escada, é recomendável que uma das duas
seja posicionada próximo à ârea de serviços do andar, adotando-se cuidados
que garantam a segurança indispensável aos hóspedes. A quantidade total de
escadas deve sel determinada em função de cálculos de populaçáo e da capa-
cidade de escoamento das escadas, ou seja, a soma das suas respectivas largu-
ras. Essa quantidade é determinada arnda em função das dimensões do artdar,
das distâncias a seÍem percorridas e da altura da edificaçào.
A NBR 9077 , de maio de 1993, estabelece par^^ o cálculo da largura das
escadas a fórmula N=P/C, onde:
N é o número de unidades de passagem, com largura de 0,55 m;
P é a população, calculada à base de uma pessoa para cada 15 metros
quadrados de ârea do próprio pavimento mais a soma das âreas de todos os
pavimentos que o antecedem, considerando-se o sentido de saída;
C é a capacidade de escoamento da soma das unidades de passagem)
que, no caso de escadas, é de 45 pessoâs por unidade.
A largura mínima das escadas, em qualquer caso, deve ser de 1,10 metro,
excetuando-se locais onde é prevista a passagem de lnacas.
QUADRO 15
NúMERo DE EscADAs EM HorÉts EM RELAçÃo ns
DISTÂNCIAS MAXIMAS A SEREM PERCORRIDAS
Tipo de Especificaçáo Sem chuveiros automáttcos Com chuveiros automátìcos
ediÍicação
scada única d. um, Escada única Mais de uma
lv.ir
escaoa escada
I

Edificação em EdiÍicação com 10 m 20m 25m 35m


que a estrulura e
propagaçáo do
{nnn ó íáril combustíveis.
Ëdìficação com Edificaçáo com 20m 30m 35m 45m
medtana estrutu ra
resistência ao "^-i-+^^+^ -^

fogo. Íogo, mas com


pavimentos que
permitem fácil
Pr uPo9oçou.

Edificaçáo em Edificação com 40m 50m 55m 65m


que a estrutu ra
propagação do reslSÌenre ao
ínnn Á riifíril fogo e
isoÌarnento entre
os pavimentos.

Fonte: NBR 9077 - Saídas de emerqência em edifícios - Procedimentos


HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

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" Entende-se por hotéis residenciais os hotéis e assemelhados com cozifiha própria (inclui apart-
hotéis).
O PROJETO

Elevadores de hospedes e de serviço

Número de elevadores
É conveniente instalar elevadores Sempfe que o hóspede tenha que
subir mais de um pavimento desde o lobby ou da ârea de estacionamento até
o apaÍtamento.
A deteÍminaçáo do número de elevadores de hóspedes é função de um
conjunto de fatores como: padrões de serviço, capacidade e velocidade dos
carros, número de apartamentos por andar e número de andares, pico de
hóspedes e não-hóspedes, presença de áreas de eventos e outras áreas públi-
cas que demandem serviço de elevadores, etc. Em cada caso é necessário
estudar e dimensionar cuidadosamente o sistema completo de transporte ver-
tical de hóspedes e demais freqüentadores das dependências públicas do
hotel, no qual se inserem os elevadores.
Para efeito de estimativa preliminar do número rJe elevadores, com base
nos elevadores instalados em hotéis no Brasil e no exterior, podem-se adotar
as quantidades indicadas no quadro abaixo:

QUADRO 17
NÚMERO APROXIMADO DE ELEVADORES NECESSARIOS

Tamanho do hotel Número de elevadores Número de elevadores de


(Número de apartamentos) socrais serviÇo1s

200 apartamentos (5 andares)

400 apartamentos (10 a 20 andares) 4a5 2a3

600 apartamentos (15 a 25 andares) 5a6 3a4

800 apartamentos (20 a 30 andares) 7 a8 5a6

Fonte: Fred Lawson, Hoteland resorts:planning, design and refurbishment(Oxford:


Architectural Press, 1995). Dados numéricos extraídos de gráfico que relacìona número de
apartamentos, número de andares e número de elevadores sociais e de seruiço instalados.

O Quadro 18 apresenta o número de apartamentos e de elevadores


sociais e de serviço em alguns hotéis.

'5 Deve-se atentaÍ para o fato de que, no caso de o hotel possuir um único elevador de serviço e
ser necessário paú-Io para manutenção, o estabelecimento terá qlle recorrer aos elevadores
sociais, o que comprometerá o padrão do atendimento. Por essa razão, sempre que possível,
deve haver mais de um elevador de serwiço
ato HOTEL: PLANEJAMENTO E PROjETO

QUADRO 18
NÚMERo DE APARTAMENTos E DE ELEVADoRES
DE HOSPEDES/SOC|A|S E DE SERVTçO EM ALGUNS HOTÉIS

Hotel Número total Pavimentos Número Número


de de de de
apartamentos hospedagem elevadores elevadores
(inclusive soeiais de servico
suítes)
Hiroshima Prince Hotel ))l t)
Hiroshima, Japão
Hyatt Regency 464 23
Osaka, Japão

Renaissance 25
São Paulo, SP
Intercontinental Rio 433 t5
Rio de Janeiro, RJ

Maksoud Plaza 416 22


São Paulo, SP

São Paulo Hrlton 407 zl


São Paulo, SP
Grand Hotel Mercure 353 12
São Paulo, SP

Sheraton Mofarrej 244 IY


São Paulo, SP

Caesar Park 221 tó


Rio de Janeiro, RJ

Fiesta Americana 200


Projeto Padrão
Best Western Porto do Sol 192 12
Vitoria, ES
Caesar Park 177 1A
São Paulo, SP
Caesar Park 173 16
Buenos Aires, Argentina

Fiesta Inn 163


Ciudad )uárez, México
Grande Hotel São Pedro 110
Águas de São Pedro,SP
Grande Hotel Campos do Jordão 95
Campos do Jordão, SP
L'Hotel 82 11
São Paulo, SP
PROJETO 217
O

Dependendo da magnitude e da disposição das âteas públicas e de


serviço que demandam elevadores, podem ser previstos elevadores ou mon-
ta-cargas para atender exclusivamente aos an<Larcs inferiores'

Hallde elevadores de hospedes


As dimensões do batt de elevadores de hóspedes nos andares de hospe-
dagem podem sofrer grandes variações, dependendo da configuraçáo do an-
dar, do número e do arranjo do grupo de elevadores e,/ou do destaque
pretendido pafa esse setor especial do andar, ponto obrigatório de passagem
dos hóspedes. As larguras mínimas recomendadas sáo
. para elevadores posicionados em linha, o ball deve ser aproximada-
mente um terço mais largo do que os corredores adjacentes.
. Para grupos de elevadores posicionados frente a frente, ele deve ter
3,50 metros.

Dimensionamento das áreas de serviço do andar de hospedagem

ârea de serwiços do andar de hospedagem compfeende: o hall dos


A
elevadores de serviço, a rouparia e um pequeno banheiro para as camareÌras
e para o pessoal que realiza serviços no andar.
Hall de elevadores de serviço
É recomendâvel que o ball de elevadores seja pelo menos um tefço
mais largo que os corredores que lhe dão acesso. É necessário considerar, no
projeto, a movimentaçáo, através do hall e do acesso aos elevadores, de peças
de dimensões relativamente grandes, como camas e colchões. É necessário
pfever ainda, no próprio ball ou em ârea contígua, espaço Pata estaciona-
mento de alguns carros vinculados ao serviço de quartos (room seruice) sem
prejudicar a livre circulação de pessoas e de outros carros de serviço. Esse
espaço adicional evita o estacionamento temporârio de carros ou bandejas
nos corredores enquanto se aguarda sua remoção definitiva dos andares de
hospedagem. Quando circulam, eSSeS carfos (que se transformam em mesas
circulares quando montados) têm 0,60 metfo de largura por 1,10 metro de
comprimento, e a altura normal das mesas. É recomendável prever o estacio-
namento de um desses carros para cada doze apartamentos. no ball de servi-
ço ou próximo dele.
Rouparia
A rouparia deve sel um compartimento fechado, anexo ao hall dos
elevadores de serviço. Seu espaço deve ser dimensionado pafa compottaf,
218 HOïEL: pLANEJAMENTO E PROJETO

cada conjunto de doze, catotze, dezesseis ou dezoito apaftamentos, conforme


O CASO:

Espaço pafa camareira, com mesa de 0,60 xI,20 metro, com aproxima-
damente 2 metros quadrados.
Duas prateleiras de 0,30 x 0,90 x 1,80 metro, para estoque de pÍodutos
de higiene pessoal e de beleza (sabonetes, xampus, papel higiênico,
toucas para banho, etc.).
a Espaço para dois carros de roupa de 0,60 x 0,80 x 1,80 metro.
a Espaço para dois carros de arrumação de 0,50 x 1,30 x 1,20 metro.
a Espaço para circulação (de 20 a 25 poÍ cento da área total da rouparia).
o Espaço para duto de roupa, com diâmetro mínimo de 0,62 metro.16

Banheiro
o banheiro
de serwiço do andar de hospedagem (apenas um por andar)
pode ter dimensões mínimas, paÍa acomodar lavatório e bacia sanitâria.

DIMENSIONAMENTO DAS AREAS PUBLICAS E SOCIAIS

Lobby

conforme já mencionado, o lobby é, ao lado dos apartamentos, a ârea


mais importante do hotel, na medida em que contribui decisivamente pàra
fixar no hóspede a imagem pretendida do hotel. Grandiosidade, aconcheg<,r,
luxo, conforto, agitaçã,o, tranqüilidade são impressões que o hóspede registÍa
nas suas passagens pelo lobby. E muito dessa impressão é associada às dimen-
sões do mesmo.
um lobby grande, por exemplo, pode dar ao hóspede e ao visitante a
sensação de estar em um hotel maior do que ele realmente é. Por outro lado,
um lobbjt pequeno, independentemente do número de apartamentos que o
hotel possa ter, pode passaÍ a impressão de aconchego e conforto.
De alguma forma, as dimensões dos lobbies devem estar relacionadas
com o tamanho do hotel, principalmente com o número de apafiamentos.
Assim, para efeito de planejamento e projeto, podem ser adotados os seguin-
tes parâmetros de dimensionamento de lobbies:
a Lobbies pequenos: até 0,5 metÍo quadrado pot apartamento.
a Lobbies moderados: entre 0,5 e 1 metro quadrado pot apartamento.
o Lobbies grandes: mais de 1 metro quadrado por apafiamento.

'6 O duto de roupa pode, alternativamente, estar localizado no ball dos elevadores de serviço
O PROJETO 219

Os parâmetros acima referem-se, exclusivamente a âreas de lobby, ficando


excluídas as ãreas destinadas a recepção, lojas, bares, restaurantes e outros.
Nos hotéis de padráo econômico predominam os menores índices de
metro quadrado de lobby por apartamento. Índices mais altos são mais fre-
qüentes nos hotéis de padrão superior.
Alocalização de algumas áreas públicas do hotel, como as destinadas a lojas,
bares, restaurantes e coffee sbop, por exemplo, próximas ou até mesmo associadas
ao lobbjt, podem ampliat significativamente a sensação de espaço disponível.
independentemente do tipo e do tamanho do hotel, o lobfui pode ser
considerado um espaço público ao qual as pessoas têm livre acesso. É o
ponto de referência do hotel e o centro de articulação entre as diversas âreas
funcionais (recepção, administração) com a ârea de hospedagem e as âreas
públicas e sociais (salas de estar, âreas de eventos, business center, lojas, ba-
fes. festaufantes. etc. ).

Balcão de recepção

O dimensionamento do balcão de recepção deve levar em considera-


ção:
. O número de apaïtamentos do hotel.
. O padrão do hotel, em teÍmos da qualidade de serviços pretendida.
. A distribuição das chegadas e partidas de hóspedes, particularmente
os períodos de pico.
. A presença de grupos.
. O tempo médio de permanência dos hóspedes.
. Os equipamentos a serem utilizados.

O balcão de recepção deve ter aproximadamente 1,05 metro de altura.


Observando que cada caso requer consideraçào das particularidades do hotel,
Walter A. Rutes e Richard H. Penner recomendam módulos de 1,80 metro paÍa
registro e caixa, sendo dois módulos para os primeiros 150 apaftamerÍos, mais
um módulo para cada cem apartamentos adicionais, além de um posto de
informações e coffespondência paru cada seiscentos quartos ou fração.'r
Para Fred Lawson, em hotéis que possuem entre cem e duzentos aparta-
mentos, são necessâriasuma ou duas posições de atendimento païa o registro
de hóspedes (cbeck-in) e outas tantas p^ra a liberação na saída (cbeck-out).
Em hotéis maiores, o número de posições pode mais do que dobrar. Os

17 S7. A. Rutes e R. H. Penner, IJotel Planning and Design (Nova York: 'líhitney Library of Design/
'Watson-Gruptill
Publications, 1985).
220 HOTEL: PLANEJAMENTO E pROJEro

comprimentos típicos de balcão em relação ao número de apaftamentos, ain-


da segundo Fred Lawson, seriam aproximadamente os indicados abaixo.ls

QUADRO 19
CoMPRTMENTO DE BALCÕES DE RECEPçÃO EM RELAçÃO
AO NÚMERO DE APARTAMENTOS

fJúmero de apartamentos 50 De 100 a 1 50 De 200 a 250 De 300 a 400


Comprimento dos balcoes 3m 4,50 m 7,50 m 10,50 m
Posições de atendi mento í1
t-L 2-3 3-4 4-5
Para efeitc de comparaçã,o, no Rules G Regulations dos produtos sleep
Inn, comfort Inn e Quality Inn, a cadeia choice estabelece o comprimento
mínimo de 3,60 metros paru hotéis de até 720 apartamentos, com acréscimo
de cerca de 0,30 metro para cada dez apartamentos adicionais, até o limite
máximo de 6 metros.
A ilustração que segue apresenta uma seção típica de balcão de recep-
ção e área de trabalho associada.

Í,-l ?ï
supofte parã teclado

Vèzio

Corte 1
Corte 2 Corte 3
Escaninhos lmpressora e armário de papel Posição de computador e gavetas

ffi
Bares e restaurantes

Os hotéis costumam ser definidos como estabelecimentos públicos que


oferecem dois serviços básicos: acomodação e alimentaçã"o. Ainda que servi-
ços completos de alimentação possam não existir, algum tipo de alimento e
bebida é, a rigor, oferecido aos hóspedes.
Hotéis econômicos podem limitar os serviços de alimentos e bebidas a
itens como café da manhá,lanches ou até mesmo a uma simples máquina de
venda de sanduíches e bebidas.

" Fred Lawson, Hotel and Resorts: Planning, Design and ReÍurbisbment (.Oxford: The Architectural
Press, 1995).
o PROJETO 221

O mais comum, no entanto é haver pelo menos um restalÌÍante à dispo-


sição dos hóspedes e do público externo. Muitos hotéis com elevado número
de apafiamentos, de padrão médio e superior, dispõem de mais de um restau-
rante como forma de reter os hóspedes e freqüentadores de eventos nas
dependências do hotel por mais tempo. Além do mais, esse negócio, se bem
administrado, pode ser rentável. De qualquer forma, pode ser mais interessan-
te ao hotel ter um número maior de restaurantes pequenos do que um único
Íestaurante com muitos lugares. Com mais restaurantes é possível oferecer
variedade de cardâpios em ambientes com interiores diversificados, proporci-
onando alternaLiva.s aos hóspedes e demais usuários potenciais.
Pata o serviço de café da manhã'e em attiurente específico, no coffee
shop ou no único festaurante do hotel, o número de assentos deve ser
dimensionado com base no número de apartamentos e no número médio de
ocupantes pot apartamento. Adotando-se a taxa média de ocupação do hotel
de 70 por cento, o número de assentosparao café damanhá deve ser deter-
minado considerando-se que um terço do total de hóspedes apurado deve
poder ser atendido simultaneamente
Para hotéis de cidade, com predominância de executivos, o númeto
médio de ocupantes poÍ apartamento é da ordem de 7,2 pessoa. Em hotéis de
lazer, em que é comum a freqüência de grupos familiares, esse número pode
chegar a2eaï.é mais.
A área necessária para acomodar determinado número de assentos va-
ria, entre outras tazões, com a forma do ambiente, com o tipo de mobiliário a
ser usado e com o padrão de conforto pretendido (espaços para circulação).
Para efeito de estimativa preliminar de ârea pode-se considerar uma variação
entre I,2 e 1,8 metro quadrado de área de sala por pessoa (de coffee sbop a
restaurante de luxo)) com média em torno de 7,5 metro quadrado.

Áreas de eventos

Áreas de eventos são cada vez mais importantes como instrumento de


captaçáo de hóspedes. A disponibilidade de áreas apropriadas pta reuniões,
exposições, festas e outros tipos de eventos proporciona ao hotel condiçòes
vantajosas no mercado hoteleiro, aúaindo, além dos eventos propriamente
ditos, também os hóspedes relacionados com esses eventos.
O quadro 20 apresenta as âreas de eventos disponíveis e outros
parâmetros em vários hotéis brasileiros.

'e Em muitos países, como os Estados Unidos, a diâria não inclui o café da manhã. Nesse caso, o
cálculo do número de assentos para esse tipo de serviço obedece a outlos parâmetros, dependen-
do de alternativas disponíveis aos hóspedes fora das dependências do hotel.
222 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETo

É importante obsetwar que não hâ relaçáo constante entre o número de


apafiamentos e as ãreas de eventos. Estas vaúam de r,79 metro quadrado por
apaïtamerrto no Meridien de Copacabana, que tem 496 apattamentos, a 1.0,75
metros quadrados por apartamento no Hotel carirnã, de Foz do Iguaçu, com
478 apartamentos. Outros exemplos da inexistência de relaçáo entre o núme-
ro de apartamentos e as ãreas de eventos podem ser verificados nos hotéis
Park Hotel Atibaia e Hotel Estância Barra Bonita, com 108 e 752 apartamentos
e 7,71. e 7,80 metros quadrados de âreas de eventos por apaftamento, respec-
tivamente. São extremos os casos dos hotéis carimá, de Foz do Iguaçu e
Monte Real, de Lindóia.
Apenas em hotéis muito afastados, onde não hâ alternativas de hospe-
dagem, o número de apafiamentos deve ser suficiente pata acomodar um
número de pessoas correspondente à capactdade das âreas de eventos.
As áreas de eventos devem ser planejadas a partir da previsão de alter-
nativas de uttlização. As salas e os salões devem ser dispostos de modo que
seja possível agrupâ-los para criar um único espaço amplo e livre de obstácu-
Ìos, quando necessário, para acomodar um evento maior. Isso se faz com
divisórias móveis.
com relação ao foyer e aos índices de ocupação de salas e salões, as
variações que se verificam entre os hotéis apresentados no quadro 20 sáo
menos discrepantes.
As áreas do foyer variam entre 73 e 50 por cento das respectivas âreas
de eventos. A recomendação é que as âreas de foyer coffespondam a algo
entre 20 e 40 por cento da ãrea de salas e -salões.
Quanto à capactdade das salas e dos salões, os índices de metro quadra-
do por pessoa são bastante próximos em todos os hotéis, em cada um dos
tipos de ocupação possíveis. Os índices médios de ocupação recomendados
são apresentados a seguir, mas eles podem sofrer pequenas variações, depen-
dendo da configuruçáo dos espaços em planta p^rai
. Recepção: 0,7 a 0,8 metro quadrado por pessoa.
. Auditório 0,7 a 0,9 metro quadrado poÍ assento.
o Banquetes: 1 a 7,3 metro quadrado por assento.
. Sala de aula:1,3 metro quadrado por assento.
O mobiliário básico das salas e dos salões de eventos. cue deverão
utilizar o depósito de móveis, compõe-se de:

' Mesas dobráveis, com rodas e empilháveis, nas dimensões aproximadas de


46 x 244 centímetÍo s, para diferentes tipos de eventos (reuniões de gmpos,
seminários, aulas, conferências, etc.).
O PROJETO \ . 223

QUADRO 20
AREAs DE EVENToS rnn HorÉrs BRAsrLEtRos

Hotéis Número de Área de Área de Áreade índices de ocupação por pessoa /


aptos. eventos eventos foyerl assento (m'z)
(mt) /número área de
de eventos
aptos. (%)
(m')

G
oô3--
,õ=l
!4.ãYor
3;Fc
x==:
V)Nõ
ú.

Grande Hotel Campos do Jordão 95 846 8,90 1,09


a:mn^<.{n lnrrlãn (P

Park Hotel Atibaia 108 843 7,80 28 noq


Atibaia, SP

Grande Hotel São Pedro 110 975 8,80 18 1,06


Aguas oe )ao Peoro, )r,
qÁ 1,47
Parque Balneário 119 aJ

Santos, SP

Deville 126 279 3,48 50 0,91


Curitiba, PR

Hotel do Frade & Golf Resort 131 665 4,71 41 1,04 1,77 1,92
Angra dos Reìs, RJ

Grand Hotel Rayon 136 1.070 7,87 0,98 1,03 1,40


Curitiba, PR

Hotel Estância Barra Bonita 152 1 .173 7 ,71 1,05 0,86 1.67
Barra Bonita, SP

Deville 158 392 2.48 14 0,80


Marìngá, PR

Caesar Park 170 731 4?O IJ 1.02 1 ,18 1.26 1,91


5ão Paulo. SP

Mar Hotel 207 1.009 4,88 0,86 0,82 1,22 1,39


ReciÍe, PE

Caesar Pârk 221 549 )4R 1,04 104 1,73


Rio de Janeiro, RJ

Rafain Palace Hotel 224 6.079 31 0,85 0,71 1,40


Foz do lguaçu, PR

Monte Real 245 5.97 3 24,37 \A 0,98


Lindóia, SP

Brasilton Sáo Paulo 250 '1


.09C 4,36 21 0,87 1,10 1,26 2,20
São Paulo, SP

Tropical Bahia 275 1.232 4,48 13 0.66 1,10 1,38 1.50


Salvador, BA

Caesar Park 300 1.244 4,62 to 0,16 1,26 1,29


Cabo de Sto. Agostinho, PE

Manhattan Plaza 314 932 2,96 0,73 1,A7 1,47


Brasília, DF

Deville Hoiel 320 1.258 3,93 36 0,70 0,70 1,0 1,5


Guarulhos, SP

Club Med ltaparica 325 1.340 6,33 30 1,03 1,34 1,60


Itaparica, BA
224 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

QUADRO 20
AREAs DE EVENTos ru HorÉts BRAstLEtRos (coNT.)
Hotéis Número de Área de Área de Área de Indices de ocupação por pessoa /
aptos. eventos eventos foyerl assento (m2)
(mt) /número área de
de eventos
aptos. (%)
(m')

5ão Paulo Hilton 1.258 ì ì1 0,54 0,81 0,67 1,30


5ão Paulo, 5P

Kubitschek Plaza |.332 a A) 068 1.37


Brasíìia, DF

Transamérica São Paulo 3.461 8,60 1l ì,0.l 0,98 1 ,71


São Paulo. SP

Maksoud Plaza 416 1.802 ìqq 20


5áo Paulo, SP

Carimã 418 4.497 10,7 s 0,12 0,82 1,25


Foz do lguaçu, PR

Renaissa nce AC1


2.562 0,58 0,63 0,88 1,17
Sáo Paulo. SP

Le Meridien 496 179


Rio de Janeiro, RJ

Sheraton Rio Hotel & Towers 561 I to/ 0,64 0,76 \,1 1,54
Rio de Janeiro , R.l

Fonte: Dados básicos sistematizados a partir do Guia hotel& convenções /998, edição do 1"
semestre, e folhetos dos hotéis.

' Mesas dobráveis, com rodas e empilháveis, redondas, com diâmetro de r,5z
metro, païa dez lugares, parabanquetes.
. Cadeiras empilháveis com estrutura de aço.

I nsta lações sanitárias

O número de bacias, mictórios e lavatórios nas âreas públicas do hotel


devem seÍ deteÍminados com base na legislação de cadalocal e na quantida-
de de pessoas previstas em c da uma dessas áreas.
O código de obras e edificações do município de São Paulo, por exem-
plo, estabelece:
. Em locais de reunião, são exigidos uma bacia e um lavatório para
cada cinqüenta pessoas e instalações sanitárias separadas para ho-
mens e mulheres, sempre que o número de pessoas for maior que
vinte. Nas instalações sanitârias masculinas, 50 por cento das bacias
podem ser substituídas por mictórios.
o PROJETO 225

. Em outros locais públicos, são exigidos uma bacia e um lavatório para


cada vinte pessoas.

O código refere-se ao total de aparelhos sanitários colocados à disposi-


ção dos freqüentadores dos diversos setores do hotel. No projeto, é necessá-
rio distribuir convenientemente essas peças pelos diferentes sanitários, que
devem estar estíategicamente localizados.
É importante prever em todas as âreas sociais do hotel, públicas ou não,
instalações santtârras adequadas a pessoas portadoras de deficiências físicas,
conforme a NBR 9050, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

ADMTNTSTRAçÃO

Em geral, a administnçáo do hotel requer âreas para os seguintes gru-


pos operacionais:
. Recepção, que compreende, além do balcão de recepção, escritórios
de apoio paÍa o gerente de recepção, Íeservas, contabilidade, cofre e
depósito de bagagens.
. Gerência, que compreende recepção e espera de hóspedes e visitan-
tes, secretaria da administração, salas pata as gerências geral, de ali-
mentos e bebidas, de marketing e outras, dependendo do porte e da
estmtura administrativa do hotel.
. Contabilidade geral, próxima ou não da recepção.
' Compras.
. Central de segurança, som, TV.
. Administraçáo de pessoal, ambulatório, salas de treinamento de em-
pregados.
. Engenharia e manutenção.

As áreas administrativas podem estar reunidas em um único local, o que


acontece com muita freqüência em hotéis de pequeno porte, ou podem ser
divididas em grupos operacionais em diferentes partes do edifício do hotel,
atendendo, em cada caso, a requisitos funcionais e a caÍacterísticas do projeto.
O tamanho das âreas administratlas vaúa de hotel para hotel, em fun-
çáo da quantidade de apartamentos, do padrão do empreendimento e da
estÍutura administratwa adotada. Ele corresponde a algo entre 0,5 e 2 metros
quadrados por apart^mento (ver quadro 7J, pâgrna 204).

'o NBR 9O5A- "Acessibilidade de pessoas portadoras de deíiciências a edificações, espaço, mobiliá-
rio e equipamentos urbanos".
HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

AREAS DE SERVIçO

As áreas de serwiço variarn rnuito em função do tipo, do tamanho e da


localtzaçao do hotel. Em hotéis afastados, como os resorts, são necessárias
âteas maiores para estocagem. Deve haver também sewiços de manutenÇão e
lavanderia próprios. As áreas de serviço incluem:
. Instalações païa empregados.
. Area de recebimento.
. j\rmazenagem de alimentos e bebidas.
. Preparo de alimentos.
. Almoxarifados.
. Lavanderia e goverrrança.
' Engenharia e manutenção.

Instalações de em pregados

As instalações para empregados ocupam uma paÍte significativa das áreas


de serviço dos hotéis. Embora em estabelecimentos pequenos e./ou de padráo
inferior elas possarÌ ser bastante limitadas, em hotéis maiores e de padrão
elêvado são muito importante s paÍa a obtenção do desempenho operacional
necessário. Em hotéis afastados pode ser necessário prover habitações para
todos os empregados ou paraparte deles.
Em geral, as instalações para empregados compreendem:
. Sala para controle e revista.
. Sanitários e vestiário de empregados do sexo rrìasculino.
. Sanitários e vestiário de empregados do sexo feminino.
. Refeitório.
. Sala de descanso e lazer.
. Sala de treinamento.
Sala para controle e revista
Trata-se de espaço coberto e fechado, passagem obrigatórra na entrada
e na saída de funcionários, com área suficiente para acomodar uma ou mais
posições de trabalho (mesa, cadeira, telefone, terminal de computador, etc.),
dependendo do tamanho do hotel. Nela fica o pessoal encarregado de segu-
Íanç e controle.
Sanitários e vestiários de empregados
O número de empregados varia significativamente com o tamanho e
com o padrã.o do hotei. Em hotéis de padrão econômico, com serviços limita-
o PROJETO 227

clos, esse núrnelo pode chegar ao mínitno de 0,35 empregados por apaïta-
mento. Em hotéis de padrão muito elevado, o número de empregados por
aparïamento chega a dois ou a até mais, em casos especiais em que os servi-
ços são muito diversificados (como por exemplo, os resorts). Os números que
se verificam com mais freqüência em hotéis de padrão médio a alto situatn-se,
respectivamente, entre 0,8 e 7,2 empregado por apartamento.
O núrmero de aparelhos (chuveiros, bacias, lavatórios e mictórios) deve
obseLvar, em cada caso, a legislação local. Cabe lembrar que todos os chuvei-
ros exigidos devern, necessariamente, localizarse nos vestiários. As demais
peças devem ser distlibuídas entre os vestiários e os sanitários localizados nos
diferentes setores de serviço do hotel.
Os vestiários devern conter:
. Armários para aproxirnadamente 90 por cento dos funcionários, uma
vez que, com exceção das gerências e de outras poucas funções, to-
dos os empregados usam uniforme."
. Chuveiros, de acordo com a legislaçãc.1parl:' aproximadamente 54 por
cento dos empregados (60 por cento do pessoal uniformizado no
maior turno de serviço).
. Bacias em quanticlade mínima equivalente à metade do número de
chuveiros.
. Lavatórios em quantidade equivalente ao nútnero de chuveiros no ves-
tiário masculino e a uma vez e meia o número de chuveiros no vestiário
fcminino.

Com base nesses parâmetro s, a írea de vestiários, com armários paru )O


por cento dos funcionários, varia aproximadamente entre 0,35 e 0,50 metro
quadrado pat apafialTrentc, cabendo ao vestiário feminino cerca de 55 por
cento do total.

Refeitório
Praticamente todos os empregados se utilizam do refeitório. Excetuam-
se apenas os geÍentes e demais empregados da alta admtnistração, que nor-
malmente freqüentam os restaurantes do hotel.
O refeitório deve ser dimensionado pxa aproximadamente 60 por cento
do total de empregados (turno de maior concentraçao-), que se revezam em
seis grupos no refeitório. Sua áree, incluídas as instalações de serviço corres-
pondentes à distribuição de refeições (que são preparadas na cozinha centrai

Dependendo da solução adotada para a guarda e a distribr.rição dos uniforrnes, não são neces-
sírrios anlários nos vestiários.
228 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

ou principal) e à higienização de louças, talheres e panelas, é de aproximada-


mente 0,25 metro quadrado por
^partamento.
Sala de descanso e lazer
As áreas intelnas de descanso e lazer consistem em um espaço equipa-
do para acolher com conforto os empregados nos seus momentos de folga.
Além de cadeiras e poltronas, esse espaço deve comporÍer aparelhos de som,
vídeo e mesas para jogos de salão.
O número de empregados que ocupam simultaneamente esse espaço
pode ser estimado em cerca de 15 a 20 por cento dos empregados no turno
de maior concentração, ou seja, da ordem de 10 a 12 por cento do número
total de empregados do hotel.
Adotando-se como razoâvel o índice médio de2,5 metÍos quadrados de
ârea por ocupante, a ârea da sala destinada aos elnpregados deve ser de 0,25
a 0,35 metro quadrado por apartamento.

Area de recebimento e triagem

Area de recebimentcr
A ârea de recebimento compreende:
. Área de estacionamento e manobra de caminhões ou uóLns.
. Plataforma de descarga de gêneros alimentícios e outros produtos de
LÌso no hotel.
. Escritório de controle.
. Compartimento de lixo seco.
. Càmaras frigoríficas de lixo úmido.
. .&rea exclusiva de triagem e controle de recebimento de gêneros ali-
mentícios.
. Depósito de vasilhames.

a separaçáo da ârea de recebimento propriamente drta da


É necessária
ârea de lixo. Quando isso não for possível, deve-se pelo menos evitar o cïttza-
mento do fluxo de alimentos que entram com o do iixo que é despachado.
No dimensionamento preliminar da ârea de recebimento podem ser
adotados os valores apresentados no quadro 21. Esses valores equivalem à
necessidade média de ârea para o adequado desempenho das atividades nes-
se setor do hotel, admitindo-se uma área de 27 n2 (3 m x 9 m)" para os

tt Os maiores veículos de serwiço considerados são os de tamanho médio, com cotnpritnento de


aproximadamente B metlos. As áreas de estacionarnento dos veículos de serviço devetn ser parciai
ou totalmente cobertas.
o PROJETO 229

veículos de serwiço de carga e descarga e a correspondente ârea da plataforma


de p m2, ou seja, frente de 3 m, com profundidade aploximada de 3m.

QUADRO 21
AREA DË RECEBIMENTO

Padrão do hotel Número de apartamentos

60 a 100 100 a 200 200 a 500

36 m2 72 m2
Econômico
r vogo 2 vagas

36 m2 72 mz 108 m2
Medio
r vcgo 2 vagas 3 vagas

36m2a72m2 72 a 108 m2 108 a 144 m2


Superior
1 a 2 vagas ? : ? v:nr< ì ^ +/.,-^^^
J d vdgds

Area de triagem
A, ârea de triagem, onde se procede à pré-higienizaçáo dos alimentos
que chegam ao hotel, deve sel adicionadaà ârea da plataforma de recebirnen-
to, correspondendo de 50 a 60 por cento da ârea da mesma.

QUADRO22
AREA DE TRIAGEM

Padrão do hotel Número de apartamentos

60 a 100 100 a 200 200 a 500

Econômico 4,5 a 5,5 mz 9a11m2

4,5 a 5,5 m2 9a11 m2 13,5 a 16,5 m2

Superior 9a11m2 13,5 a 16.5 m2 18 a 22 m2

Armazenagem de alimentos e bebidas

Assim como as áreas de preparo, as âteas de armazenagem de alimentos


e bebidas variam coü1 o tipo e o padrão do hotel e, principalmente, Com os
serviços oferecidos e com sua localizaçáo, além de atender a critérios
operacionais específicos.
230 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Rutes e Penner e David Lord Tuch indicam alguns parâmetros para as


etapas de planejamento e projeto. confolme Rutes e Penner, as âreas de ar-
mazen gem de alimentos e bebidas ocupam de 30 a 50 por cento da ârea da
cozinha central. o pzrrâmetro de 50 por cento é sugerido em publicação do
SENAC.'J
O quadro 23 apresenta a distribuição percentual das diversas partes de
que se compõe a área de armazenagem de alirnentos e bebidas, conforme
consta nas duas publicações mencionadas.

Preparo de alimentos

A ârea de pi'eparo de alimentos deve ser planejada com cuidado, de


modo que ofereça o máximo de eficiência nos objetivos pretendidos, com o
mínimo de investimentos em áreas e equipamentos e o mínimo de consnmo
de energia e nrão-de-obra.
Essa área deve ser tão compacta quanto possível. O ideal é que fique
posicionado em um único andar tudo o que se relaciona com a produção e a
distribuição de alirnentos: as á.reas de recebimento e aÍmazen gem, a cozinha,
os restaurantes e a" área de eventos.

QUADRO 23
DrsTRrBUrçÃO ORS ÁnrnS DË ARMAZENAGÊM DE AL|MENTOS E BEBIDAS

Tipos de armazenagem Distribuição percentual

Hotel Plannìng and Design DÌmensionamento das áreas


de um hotel

35Yo

Alimentos ref rì gerados


(câmaras frias)
25% 25o/o

Alimentos congelados l0olo 5o/o

Bebrdas 15% 15%

Bebrdas refrìgeradas 5% 5%

UtensÍìios ( louças, prataria,


15% 15%
papéis, etc.)

100o/o 1 00%

'r David Lord Tuch. Dimensionamento clcr.s írreas de um botel (São Par-rlo: SENAC, 1994)
O PROJETO 231

O dirnensionamento da ãrea necessária às cozinhas e à armazenagem


de alimentos e bebidas depende basicamente:
. Do número de refeições a serem seryiclas,
. Da diversidade e da complexidade do cardápio.
. Do esquema e da freqüência de abastecimento.
' Do sistema operacional adotado (com preparação imediatarnente an-
tes de servir ou com preparaçáo antecipada).

Apesar dessas variâveis, algumas publicações sugereln números básicos


para as etapas preliminares de planejamento e projeto.
Rutes2a sugere, païa a cozinha central, a soma das seguintes áreas:

. 0,6 metro quadrado por número de assentos nos restaurantes.25


. 0,2 metro quadlado por número de assentos nas áreas de eventos, na
configuração par a banquetes.'6
. 0,1 metro quadrado por número de assentos em áreas de estar com
serviço de alimentos e bebidas.
. 0,1 metro quadlado por número de apartamentos e suítes.

Quando hâ, além da cozinha central, outras cozinhas terrninais, estas


deverão ter áreas estimadas de 0,20 a 0,30 metro quadrado por assento nos
respectivos restaurantes e de 0,L5 a 0,20 metro quadrado por assento em salas
de banquetes.
David Lord Tuch27 sugere outros parâmetros para dimensionamento dos
diferentes tipos de cozinha:

Tipo de Cozinha Parâmetros de Dimensiclnamento


Principal + cozinhas terminais dos 30% da área dos restaurantes
restaurantes (de luxo e de especialidades)

p:r: hannrroroç 20% da área das salas de reunião e


salão principal

Para coffee shop 25o/o da área de coffee shoo

Para restaurante de cobertura 20o/o da área do restaurante

Para boate 20% da área da boate


Central (única) Soma das cozinhas anteriores

I $(/. A. Rutes e R. H. Penner, op, cit.

" Ern l-rotéis afastados é mais adequado 0,8 metro quadrado.


'o Em áreas de eventos maiores, com pelo menos 1 mil assentos na configuração de banquetes,
recornenda-se reduzir esse número para 0,15 metro quadrado.
" David Lord Tuch. oD. cít.
232 HOTEL: pLANEJAMENTO E PROJETO

Ainda seÉÌundo David Lord Tuch, a âtea de preparação de alimentos e


bebidas corresponde de 2% a 4% da ârea total do hotel, aproximadamente.

Almoxarifado

As áreas destinadas pxa o almoxar"ifado dependem fundamentalmente dos


critérios adotados pelo operador. São baseados no núrnero de itens e no período
de estocagem cletenninado. Considera-se, païa dimensionamentos preliminares,
ulna area aproximada de 0,30 a 0,35 metro quadrado por apartamento.

Lavanderia

São atividades exercidas na lavanderia: o recebimento e a triagem de


Íoupas sujas, alavagem, a secagem, a calandragem e o acabamento.
Essas atividades são essenciais para o hotel. Podem ser realizadas em
âteas incorporadas ou nào ao corpo principal do hotel ou ser terceirizadas.
Quando a Tavanderia pertence ao hotel, seu tamanho pode ser preliminar-
mente estimado com base nos parâmetros indicados no quadro IJ (pâgina
200), em função do padrão e do porte do hotel.
Esses núrteros baseiam-se na quantidade média de roupa lavada diaria-
mente nos hotéis: 5 quilos nos hotéis de padrão econômico, em que a troca
da roupa do quarto se dâ a cada três dias; 8 quilos nos hotéis de padrão
médio, que têm troca da roupa de quarto a cada dois dias, e de 10 a 15 quilos
nos hotéis de padrã.o superior, onde a roupa é trocada diariamente.
É irnportante observar tambérn que esses números são genéricos e so-
frem variações em função de outras características do hotel, como o nú6ero
de restaurantes ou a dimensão da ârea de eventos. Outro fator que influi no
dimensionamento da ârea de lavanderia é o nÍrmero de horas de funciona-
mento por dia. Em geral, os números apresentados se baseiam num período
de frrncionamento de 72 horas por dia, que é a situação que melhor atende a
fatores colrÌo modulalidade dos equipamentos, utilização de mão-de-obra e
ocupação do hotel.
O PROJETO

QUADRO 24
AREAS ESTIMADAS DE LAVANDERIA*

Padrão Número de apartamentos

60 a 100 100 a 200 200 a 500

Econômico 40a60m2 70 a 120 m2

Médio 50a70m2 100 a 200 m'z 250 a 400 m'?

Superior 70 a 100 m2 150 a 250 m2 300 a 500 m'z

+ Não inciui o processamento da roupa de hóspedes.

Governança

A ârea de governança inclui:


. Sala da chefia.
. Despacho, que centraliza e controla as informações sobre os aparta-
mentos.
. Almoxarifado de materiais de Iimpeza, com espaço para o estaciona-
mento dos respectivos carros.
. Almoxarifado de produtos de higiene pessoal e correlatos.
. Rouparia, ou seja, depósito de roupa limpa proveniente dalavanderia.
. Posto avançado de uniformes,localizado próximo aos vestiários.

As áreas destinadas à governança podem ser preliminarmente estimadas


com base nos parâmetros adotados a seguir.

QUADRO 25
AREAS ESTIMADAS PARA A GOVERNANçA

Padrão Número de apartamentos

60 a 100 100 a 200 200 a 500

Econômico JU M' 60 m2

Médio 35 m2 100 m2 200 m2

Superior 50 m2 125 m2 250 m2


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236 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

o
desenvolvimento do projeto de um hotel deve sempre passar por
uma avaliação de custos. Isso significa que em cada fase do projeto (estudos
preliminares, anteprojeto e projetos executivos) deverâ ser feita uma estimati-
va de custo e, em uma fase mais avançada, um orçamento detalhado das
obras civis, das instalações, dos equipamentos e do enxoval do hotel.
Essa é a fotrn mais segura de o investidor acompanhar o desenvolvi-
mento do empreendimento em todas as suas fases e permitir tomadas de
decisão durante a execução das obras e a montagem do hotel.
A seguir é apresentado um quadro com os custos aproximados de hotéis
de diferentes padrões paÍa as diferentes regiões do Brasil. Esses custos, com
exceção do custo do terreno, abrangem projetos de arquitetura e engenharia,
remuneraçáo da construtora, obras de infra-estrutuÍa, obras civis, instalações e
equipamentos, equipamentos hoteleiros (cozinha,lavand,eria, etc.), mobiliá_
rio, utensílios e enxoval.

QUADRO 26
CUSTOS APROXIMADOS DOS HOTÉIS NO BRASIL

Região Padrões de Preço por m, (US$) Preço por módulo (US$)


hotel

Máximo Mínimo Máximo Mínimo


Norte ECONÔMICO 940 730 50.000 34.000
MËDIO 1.260 1.070 63.000 53.500
SUPERIOR 2.O20 1.760 181 .000 158.400
Nordeste ECONÔMICO 750 610 40.000 28.500
MÉDIo 1.000 890 50.000 44.500
SUPERIOR 1.700 1.390 153.000 125.000
Centro-Oeste ECONôMICO 750 560 40.000 26.500
MÉDIo 1.000 820 50.000 41.000
í-lprRtoR 1.640 1.390 147.600 1 25.1 00
Sudeste ECONÔMICO 850 650 45.500 30.500
MÉDIO 1.140 950 57.000 47.500
SUPERIOR 1.820 1.570 1 63 .800 141 .300
Sul ECONÔMICO 800 610 48.500 28.500
MÉDIo 1.070 890 53.500 44.500
SUPERIOR 1.760 1 .510 '158.400 135.900

Observação:
Para efeito de cálculos. foram consideradas as seguintes áreas por módulos:
EcoNôMtCo - 30 a 45 m, /módulo
MÉDto 45 a 65 m, /modulo
-
SUPERIOR - 65 a 85 m, / modulo
PARÂMETROS DE CUSTOS 237

O quadro 27 estabelece os percentuais de cada um dos itens que com-


põe o orçamento de um hotel, de acordo com o seu padrão (econômico,
médio e superior). Esses percentuais foram obtidos partrr da compilação de
^
orçamentos de diversos hotéis, elaborados nestes últimos cinco anos.
Evidentemente, esses peÍcentuais podem vaúar em função de diversos
fatores como: dimensões e condições de topografia, dtenagem e geologia do
teÍreno, características do projeto de arquitetuÍa e estrutura, características do
clima dareglã.o, infra-estrutura (acessibilidade, redes de âgua, esgoto, energia
elétrica, comunicações), etc.

QUADRO2T
DtSTRtBUtçÃO pTRCeTTUAL DE CUSTOS EM FUNçÃO DO PADRÃO DOS HOTÉIS

Discriminação Econômico (%) Médio (%) Superior (%)

Obras civis e instalações

Sondagens, testes e controle 4,41 4\A A?7


tecnológìco, serviços preliminares,
canteiro, acampamento, materiais
e equipamentos de construção

Trabalho em terra e fundaçoes ?ô qq 11,67 10,37

Estrutura 39,11 22,50 20,00

Alvenaria ìncluso no item incluso no item incluso no item


"Acabamentos " "Acabamentos " "Acabamentos "

lmpermeabilização 0,29 O,BB oq4

Portas e ferragens incluso no item incluso no item "Ar- incluso no item "Ar-
" Ar-condicionado condicionado e condicionado e
o vpntilarãn " ventilação " ventilação "

Divisorias e painéis 1 ,77 3,24 ì45

Caixilharia e vidros ìì5 57R

Acabamentos 11,42 12,16


^91
Ar-condicionado e ventilaÇão 4,72 I,Bl 8,14

Instalaçóes elétricas ?d) 5.80 5q?

InstalaçÕes hidráulico-sanitárias 2,81 4,81 4,BB

Sistema de vapor e combustível nìR 0.92 0,7 4

Sistema de combate à incêndio n ql 1 ,13 0,96

2,15 ?16 q7?


Escadas rolantes e elevadores

TOTAL 1
orì qR 84,32 Xí íI
HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Discriminação Econômico (%) Médio (%) Superior (%)

Mobiliário, acessórios e
equipamento hoteleiro

Câmaras frigoríficas e central 0,20 o45 0,48


de frio

Eouioamentos de cozinha 1,17 1qq

Eouioamentos de lavanderia 0,25 0,52 0,56

Sistemas eletrôniccs 2,36 4,11

Equipamento de segurança 0,08 0,22 0,24

Equipamento para saúde e 0,02 0,1 5 0,16


atendimento médico

Equipamento de piscina incluso no item incluso no item incluso no item


" Equipamento para " Equipamento para " Equipamento para
saúde e atendimento saúde e atendimento saúde e atendimento
médico " médico " médico "

Equipamentos e utilidades para 0,04 0,18 0,1 9


manutenção

Equipamentos diversos 0,45 0,91 0,90

Enxoval, Iouças, vidros, cristais 1,41 2,52


e prataria

Mobiliário 3,04 /oo

TOTAL 2 9,02 15,68 16,67

TOTAL GERAL (1 + 2) 100 100 100


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ínunrce GEmL

BlbliCIgÍafia 247
Ereve, histórico,(Unü, f6
'FlCItelarÍa ffr Brâsil (À), 20
nefiniçao do prodrrto, Z6
Denlandae oferta" 28
Elenretrffi crftienç na de.dsãei de imphntaeão de um hoüel, gI
,Segrcento de nrerçado, ?9
VÍabilidade çeo.n$qnico-firrafieeifa do cnpfeendit"ôeafq, 3.3
Inrrodu'ção- 13
Localinção,36
,Esurdo de iocalizaçãa enr e*cala regío.naIo 58
Estrrdc de loealïzaçãc, em,eceala urba.na, lp
Hotel central, 40
Hotel de convençòes, 40
Hc&ql rle :selve, 40
.Hotel econômieq 40
Êtrxekl**Saor 41-
su hs.&t dq laxet 4O
+ïcs.çre
gsnldo de -riabilidade parâterÍ€ilo específiea, 4í.
Parâmetros de custos, 240
Froíers (oJ,88
Á$cac c'in$ala.çÕes do hsteÏ, 91
Ãrex,a92
Ádnrialwr.açxo, ï43
ÁLre.eç'4d4Snis:t-tdìY"4 1é7
e rnanutxlçãa, 1€
Reeep$n;1,43
Ârca.de htlspâ&rgein, gà
ô,Êdêf{ipç,9?
HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Apartamento para pessoas portadoras de deficiências, 7L6


Apartamento-tipo, 109
Area de serviço, 14!
Acesso e instalações para empregados, 149
Área de equipamentos, 167
Área de recebimento e triagem, 150
Áreas recreativas, 162
Armazenagem de alimentos e bebidas, 153
Lavanderia / governança, 1,58
Preparo de alimentos, 153
Áreas públicas e sociais, 118
Área de eventos, 1J4
Bares e restatrantes, 1-24
Entrada principal e estacionamento, 118
Lobby,1.l9
Sistemas e instalaçoes, I68
llumlnaÇao, ,toy
Iluminação de emergência, I7O
Níveis de iluminaçào. 169
Sinabzaçáo de emergência e iluminação de segurança, I70
Tipos de lâmpadas, 170
Instalações hidráu1ico-sa nitârias, 77 6
Sistema de âgua fna, 176
Sistema de âgua quente. 176
Sistema de esgoto sanitârro, 177
Internrptores e tomadas gerais de força, L70
Tomadas de 110 volts monofásicas, 171
Tomadas de 220 volts monofásicas, 171
Tomadas de 380 / 220 volts trifâsicas, 771,
Sistema de ar-condicionado e ventilação, 178
Sistema de proteção contra incêndios, 179
Brigada de combate a incêndios, 180
Hidrantes, sprinklers e extintores, 180
Pressurização das escadas de emergência, 180
Sistema de refrigeração, 180
Sistema de suprimento de energia e instalações elétricas, 168
Suprimento normaÌ, 168
Sistema de energia de emergência. 169
Sistema no-break, 169
Sistema de distribuição de energia eIétrica, 169
Sistemas eÌetrônicos, 171
Recepção deTY,173
Sistema de controle de acesso e registro de ponto, 173
Sistema de detecção e alarme de incêndio, 174
Sistema de fechaduras eletrônicas, 175
Sistema de gerenciamento hoteleiro (botel nxa,na,gement system), 176
Sistema de projeção e tutdio, 173
Sistema de radiobusca - BlP, 172
Sistema de radiocomunicação - utalkie-talkie, L72
Sistema de relógios, 173
Sistema de sonorizaçio ambiente, 77 2
Sistema de supervisão e controle - SSC, 174
íNDtcE GERAL 243

Sistema de supervisão e controle dos apartamentos - SSCA, 175


Sistema de tradução simultànea, 77 4
Sistema fechado de televisão - CFTV, 173
Sistema informativo de TV, 175
Sistema telefônico, 171
Dimensionamento, 202
Administraçào, 230
Ãrea de serviço, 231
Nmoxaiïado,237
Área de recebimento e triagem,233
Area de recebimento, 233
Área de tríagem,234
Atmazenagem de alimentos e bebidas, 235
Governança,238
Instalações de empregados, 231
Refeit1río,233
Sala de descanso e Iazer,233
SaIa para controie e revista, 232
Sanitários e vestiários de empregados,232
Lavanderia,23T
Preparo de alimentos, 235
Diagramas de relações, 206
Dimensionamento dos postos de serviço do andar de hospedagem,22I
Banheiro,222
Hall de elevadores de sewiço,221
Roupatia,221
Dimensões dos apartamentos, 210
Dimensões dos corredores, 21.6
Elevadores de hóspedes e de serviço, 21!
Hall de elevadores de hóspedes, 221
Número de elevadores, 219
Número e Iargura de escadas, 216
Dimensionamento das áreas públicas e sociais,222
Área de eve tos,225
BaÌcão de recepção,223
Bares e restaurantes, 224
Instalações sanitáias, 230
Lobby,222
Dimensionamento do andar-tipo de hospedagem, 205
Configuração do andar, 205
Número de apartamentos por andar,205
Dimensionam ento ger al, 202
Elaboração do programa, I87
Tipos de hotel, 42
Classificação dos hotéis, 45
Hotéis centais,46
Características do lobby, 55
Características dos apartamentos, 56
Estacionamento, 57
LOCAÍZAÇAO,4/
Tamanho e diversidade das instalações, 51
HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETo

Hotéis de aeroporto, 6!
Hotéis econômicos, 65
Caracteristicas do lobby, 68
Características dos apartamentos, 68
Estacionamento, 68
Localização,66
Tamanho e diversidade das instalações, 66
Hotéis não-centrais, 59
Características do lobby, 63
Características dos apartamentos, 63
Estacionamento, 63
LocaÌizaçào. 60
Tamanho e diversidade das instalações, 62
Outros tipos de hotel, 82
Hotéis de convenções, 85
Hotéis de selva, 85
Hotéis-cassino, 86
Hotéis-fazenda e pousadas, 82
Hotéis-residências (aparr-hotéis e flats), g6
Navios, 87
Spas,85
Resorts, T3
FOTOS

Àcervo dos autores


p.174c,54b
American Hotels & Tbeir Restaur(rnts
p. r37,145b
Cadernas brasileiros de arquüerura, na lg
p.84a,23c,6I
Cancún e a ltenínsula de Yucatán
p. /oa, /oD
Disefro de nueuos bofeles
p. 48, 80a,80b, 81, g3a, 710d,110c, 113
European Hotels & Tbeir Reilaurants
p.130a,131,744
FoÌder Hotel Ariaú Amazon
p, 85
Folder Hotel Caesar Park, Buenos Aires
p. 138b
Folder Hotel Caesar Park, Rio de Janeiro
P.54a
Folder Hotel Deville
p. 70
Folder Hotel Fazenda Arvoredo
p.82
Folder Hotel Glória
p.23a
Folder Hotel Le Catard
p.a1
Folder Hotel Maksoud Plaza
p.53b
Folder Hotel Renaissance
p. 50, 129b,1.46

U
FIOTEL: PLANEJAMENTO E PRO:TETÕ

Folder Hotel Transarnérica Comandatutn


p.74
Folder Hotel Transamérica, Sào paulo
p. 138â
Folder L'Hotel, São paulo
P' 53a,l.JAb
Folder Recanto das Toninhas
p. 83b
Folder "Roteiros de charme'
p. B3a,84b
Grande Hatel Sã0 pedro
p. 23b, 133b, 141a, f55, t64a
Hatel Faciliti:es - Neu) Concepts in Arcbitecture & Design
94b,99, l}t, 1n2, L05, LA7,114a,1I4b, IZAï, I35
Ho el Renoua.tian - Planning and Desigrc
49,94Ã, I22, 123,128a, 128b,-J.2pa,7JZa,lj?-b,IS3a,16iga,76Jb., J.65a, 166b
Janete Costa
p. I20a
LArcbiïeçture religiease baraque au Brêsil
p. 20
Pioneiras da botelaria na Ria de |aneirct
p.21,22
Portfólio Racional Engenh:rria
p. 60
Premíe:r Hatels & Resorts
2;4, 52,75,,78,79,93b, 110a, 110b, I20c, I2Ia, I24, I27a, I27b, I27c, 164b, 1,611t, I6,6a
O setor hoteleiro tem-se revelado no-

tavelmente dinâmíco no país neste fim


de século. Não obstante isso, o livro que

a Editora SENAC 5áo Paulo agora lança é

o primeiro dedicado ao projeto e plane-


jamento de hotéis a resultar de um co-
nhecimento haurido n,o Brasil.

Uma obra indispensável para os que


se envolvem com a atividade hoteleira
em seu largo esp,ectro, que de muito ul-

trapassa a concep,çáo do edÍfícío.

Os autores são arquitetos, formad.os na


década de 60 pela Faculdade de Arquite-

tu'ra e Urban'ismo da USP Ad,s,u.iriram desde

então uma amp,la expe'riência profissional


ao trrabalhar em p'lanejamento e projetos
tanto para o setor público quanto para o
privado. Durante duas décadas, participa-
ram, na empresa Hidroservice, de proje-
tos de infra-estrutura dos mais importantes

para o Brasil: hidrelétricas, aeroportos,


rodovìas, planos regionaís e urbanos, cen-

trais de abastecime,nto, hotéis. Após vári-

os.anos d,e atuação conjunta, fundaram


em 1997 a NPW Arqu.itetos, que desen-
volve planejamento e projetos p.r.incipal-
mente na área h.oteleira. Nesse setor têm
prestado assessoria a empresas de ho-telaria

nacionais e multinacíonais. Criaram um


curso de planejamento e projetos de ho-
téis que a Fupam oferece há cinco anos e

atualmente participam da preparaçáo de


um curso de especialização em hoteis pela
Faap-Cenap.
rsBN 85-7359- | 09-9

Jilllilllililililllililll

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