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Características
Uma das vantagens das pilhas de lítio é cada célula fornecer 3,6V ou 3,7V.
Portanto, cada três células de pilhas NiMh ou NiCd (3x1,2V) podem ser
substituídas por uma única célula Li-Ion.
As células Li-Ion são formadas por um ânodo de grafite, um cátodo de óxido de
cobalto, ou óxido de lítio-manganésio, e um eletrólito líquido orgânico, no qual
estão dissolvidos sais de lítio. A tensão nominal é de 3,6V, no caso de células com
cátodo de óxido de cobalto, e de 3,7V, para o cátodo de óxido de lítio-manganésio.
A tensão final de carregamento é de 4,1V no caso de uma célula de 3,6 V
nominais e de 4,2 V para uma tensão nominal de 3,7 V. No entanto, essas tensões
têm de ser escrupulosamente respeitadas (margem de + 50 m V), sob pena de
danificação irreversível das células. Durante sua utilização, também é necessário
evitar que a tensão desça abaixo de 2,4 V ou 2,5 V para não reduzir
drasticamente sua vida útil.
Enquanto é carregada, íons de lítio (Li+) são transferidos do eletrólito para o
ânodo de grafite e desse para o cátodo através do circuito exterior.
Utilização
O carregamento com tensão elevada pode danificar facilmente as pilhas de lítio.
Se a tensão for superior ao valor ideal de 4,1 V ou 4,2 V, desenvolvem-se gases
no interior da pilha, que aliados ao aquecimento, podem provocar uma explosão.
O aumento de apenas 1% acima da tensão ideal pode originar a transformação
dos íons de lítio em lítio metálico, que reage violentamente com a água do
eletrólito, dando origem a uma explosão. De outra forma, se a tensão for
demasiadamente baixa, a quantidade de energia armazenada também é pequena.
Uma tensão de apenas 100 mV abaixo do valor ideal origina uma redução 7% na
energia armazenada na célula.
Assim, a descarga completa de uma célula Li-Ion origina um decréscimo
irreversível de sua capacidade para armazenar energia no s carregamentos
seguintes.
A grande sensibilidade dessas pilhas a erros de manipulação e uso é a razão da
dificuldade de serem encontradas no comércio com os formatos normalizados
AAA, AA, C, D etc. Normalmente, são fabricadas para integrar aparelhos portáteis,
como computadores, telefones e câmeras filmadoras, em que o circuito foi
estudado para uma utilização e um recarregamento corretos.
Conjuntos de células
Os conjuntos (Battery Pcks) de células Li-Ion normalmente possuem alguma
forma de proteção para evitar abusos. A figura 1 mostra alguns dos circuitos mais
empregados. Um dos processos mais simples (figura 1ª ) consiste em um resistor
NTC (coeficiente de temperatura negativo) para transmitir a temperatura da pilha
ao circuito do aparelho no qual ela será utilizada. A figura 1b mostra uma técnica
mais sofisticada, que fornece proteção contra sobrecarga e sub-carga de tensão.
Nesse caso, a tensão da pilha será constantemente medida pelo circuito integrado
protetor e a corrente, imediatamente interrompida por meio dos transistores
Mosfet, caso a tensão alcance um valor proibido, tanto nas operações de recarga
quanto durante a descarga. O circuito integrado consome menos de 1 uA em
estado de espera.
A figura 1 c mostra a utilização de outro tipo de circuito integrado protetor, nesse
caso com barramento System Management Bus (SMB). O integrado mede a
tensão de cada célula e também a corrente do conjunto através de RSENSE, de
baixo valor ôhmico. Assim, o integrado pode calcular a quantidade de energia
elétrica ainda armazenada nas células e enviar essa informação para o circuito
hospedeiro através da linhas SCL e DAS.
Por razões de segurança, cada célula das pilhas de lítio possui uma válvula que
abre se a pressão interna for exagerada. Cada célula possui também um resistor
PTC ( coeficiente de temperatura positivo) para proteção contra curtos-circuitos.
Se a corrente subir exageradamente, o resistor PTC aquece, aumentando de
valor e reduzindo automaticamente a corrente fornecida.
Processo de carga
Na carga das pilas de lítio, utilizam-se fases de corrente e tensão constantes, e a
tensão nos terminais das células é sempre monitorada. Um carregamento
incorreto conduz à perda irreversível de sua capacidade elétrica ou mesmo sua
destruição. Qualquer carregador deve começar medindo a tensão das células sem
qualquer carga ligada. Se essa tensão for inferior a 2,5 V, então a célula está
profundamente descarregada e deve passar por uma fase de carregamento
especial denominada pregualification.
Trata-se de carregar a célula cm uma corrente constante de 5 mA até a tensão
atingir 2,5 V.
Em seguida, o carregador inicia o carregamento normal, em que a corrente é
limitada entre 1 C e 2 C (C é a cap
acidade nominal da célula em Ah).
Essa fase continua até a célula atingir 4,1 V (caso das células de óxido de cobalto)
ou 4,2 V (caso das células de óxido de mangnésio). Nesse momento, o
carregamento passa a ser feito com tensão constante, mantendo-a (4,1 V ou 4,2
V ) dentro de + 5 mV. O carregador vigia o valor da corrente, que vai decrescendo,
e, quando atinge um valor igual a 5% da corrente fornecida na fase de corrente
constante, ou seja, 0,05 C ou 0,1 C, considera que a célula está totalmente
carregada.
Enquanto a célula não estiver completamente carregada, pode ser submetida a
uma tensão superior a 4,2 V, desde que o carregamento se faça por impulsos.
Efeito de memória
Não foi possível descobrir evidência desse efeito nas pilhas NiCd e NiMH
testadas.
As células foram completamente carregadas e depois descarregadas até
metade de sua capacidade. Depois de repetir 50 vezes esse ciclo, as pilhas
ainda mantinham sua capacidade máxima nominal, fato verdadeiro tanto
para pilhas NiCd quanto NiMH.
Auto descarregamento
Contrariamente à doutrina anterior, o auto descarregamento era menor nas
pilhas NiMH do que nas NiCd. A melhor célula NiMH testada perdeu uma
pequena quantidade de energia, depois de ter estado 80 dias em repouso a
20º C. Três outras células NiMH de fabricantes diferentes foram catalogadas
como satisfatórias nesses teste. As Células NiCd foram todas catalogadas
como insatisfatórias.
Conclusão
Parece que não temos de nos preocupar com o famigerado efeito de
memória. As pilhas NiCd já deixaram de ser utilizadas em muitos aparelhos,
embora continuem a ser vistas nas ferramentas elétricas portáteis e no
modelismo.
Segundo os testes, as pilhas alcalinas recarregáveis (fabricadas
principalmente pela Rayovac) não são uma boa opção. Caras, elas suportam
um número muito baixo de recargas (cerca de 25). As pilhas alcalinas
normais (não recarregáveis, segundo os fabricantes) mostraram possuir
praticamente as mesmas propriedades das alcalinas recarregáveis.
Corrente = 0,1/RSENSE
No transistor T1 , deve ser montado um dissipador de calor.
Pilhas inteligentes
Nos celulares e computadores portáteis, é muito vantajoso que o usuário saiba, a
qualquer momento, quanta energia ainda está armazenada na pilha. Às vezes,
quando estamos trabalhando num computador portátil e surge a mensagem Low
Battery, não temos tempo sequer para gravar o arquivo no disco rígido.
Como essas situações são extemamente irritantes, a Intel e a Duracell
desenvolveram as chamado mensagens por meio de uma interface de dois
condutores para o aparelho em que estão montadas. Na mensagem, constam o
tipo de pilha (NiCd, NiMH, Li-Ion etc). e a quantidade de energia elétrica que ainda
resta. Além disso, esse tipo de pilha também contém o circuito de carregamento. A
norma que descreve essa interface de duas linhas, denominada Smart Battery
System (SBS), está disponível no endereço (www.sbs-forum.org) e pode ser
utilizada por qualquer pessoa, sem necessidade de licença.
Utilizando a informação da interface SBS, o circuito do aparelho hospedeiro pode
calcular o tempo de funcionamento ainda disponível. Existem vários circuitos
integrados desenvolvidos para trabalhar com o sistema SBS, como, por exemplo,
MAX1645, MAX1647, MAX1648, MAX1667, da Maxim e LTC1759, da Linear
Tchnology.
Para as pilhas de Li-Ion também existe o integrado DS2760 da Dallas
Semiconductor, que utiliza o tipo de barramento 1Wire.
Endereços Internet
Fabricante de pilhas:
www.accucell.de
www.accusonne de
www.ansmann.de
www.duracell.com
www.curacellusa.com
www.energizer.com
www.energizer-eu.com
www.hitachi.com./products/material/batteries/index.html
www.panasonic.com/industrial_oem/battery/battery_home.htm
www.philipsbatteries.com
www.power-sonic.com/
www.renata.com
www.saft.alcatel.com
www.sanyo-energy-europe.com
www.sonnenschein-lithium.de
www.tdk-europe.com/
www.toshiba.com/taec
www.varta.de
Fabricantes de integrados:
www.maxim-ic.com
www.national.com
www.onsemi.com
www.linear-tech.com
www.micrel.com
www.dalsemi.com
www.semiconductors.philips.com
Figura 4. Esquema de um carregador simples com integrado LM3622
Novos integrados
Nos últimos anos, foram lançados no mercado vários circuitos integrados
projetados para supervisionar o carregamento de pilhas Li-Ion. Os principais
fabricantes (Maxim, Linear Technology, ON Semiconductor – companhia
dependente da Motorola -, National Semiconductor e Philips) oferecem cários tipos
de soluções para proteção e carregamento desse novo tipo de pilha. A Micrel
também fabrica ointegrado MIC79050, que usamos no carregador simples da
figura 3 a As tabelas de 2 a 5 indicam alguns dos circuitos integrados atualmente
existentes, bem como sua principal função.
Se o leitor desejar obter mais informações sobre esse assunto, visite os sites
cujos endereços então indicados na caixa Endereços Internet.
Bibliografia
(1)”Carregador de Pilhas Inteligentes”.
Elektor – Edição Portuguesa, fevereiro e abril de 2000
(2)”Using the LTCI325 battery”
Nota de aplicação nº 64 da Linear Technology, agosto de 1996
(3)”Pilhas e Baterias”. Elektor – Edição Portuguesa, outubro de 2000
Resistores:
TEMPERATURA
A temperatura do eletrólito influi diretamente no comportamento da bateria.
Quando a temperatura do eletrólito aumenta, a viscosidade diminui e aumenta a
velocidade de difusão do eletrólito através das placas. Como conseqüência, há um
aumento na eficiência e capacidade da bateria.
A temperatura máxima do eletrólito é de 45”C e, em temperaturas superiores,
ocorre um a rápida deterioração da bateria, com diminuição da vida útil. O volume
do eletrólito dentro da bateria sobre alteração com a temperatura, sendo
necessário corrigir o valor da densidade medida quando a temperatura do
eletrólito for diferente de 25”C.
Bateria alcalina de níquel cádmio
A teoria
Toda a gente sabe que para uma dada capacidade de pilha expressa em mAh,
quanto maior for a corrente menos tempo demora o processo de carregamento.
(http://www.fbnel.pt/elektor)
Caracterrísticas
Comutável entre lpilhas NiCd e NiMH ( 1 10 células).
Controlo por microprocessador dotado de software sofisticado.
Circuitos para medição da corrente de carregamento, tensão da pilha,
carga armazenada e temperatura.
Protecção eficaz contra sobrecarga para garantir longa vida ás pilhas.
Intensidade de corrente adaptada automaticamente à capacidade da
pilha – pilhas a partir do tipo AA (mais de 700 mAh e carregamento
com C/3).
Não é necessário descarregamento prévio. A pilha é sempre carregada
até á sua capacidade máxima.
O circuito desliga automaticamente no fim do ciclo de carregamento.
Máxima corrente de carregamento igual a as (picos de 8A).
Máxima corrente de descarga igual a 1,5A.
Três modos de funcionamento:
O conceito
O nosso carregador funciona sem limitação da duração de carregamento e sem
ciclo de descarregamento prévio. Portanto, ele permite carregar pilhas que
inicialmente possuam ainda bastante carga eléctrica e para evitar o aparecimento
do efeito de memória, o carregamento inicia-se com fortes impulsos de corrente
que podem atingir 8 A . A intensidade da corrente fornecida à pilha é variada
alterando a duração dos impulsos de corrente. A corrente média é de 3 A no
máximo.
O valor da corrente depende da evolução da tensão nos terminais da pilha. No
caso de uma pilha pequena, a tensão cresce mais rapidamente do que numa pilha
grande, pelo que a corrente de carregamento também decresce mais
rapidamente.
Assim, o circuito adapta-se automaticamente ao tipo e estado da pilha que nele
for ligada.
Como se trata de um carregador rápido, a mínima corrente de carregamento é da
ordem de 1 A, facto que explica o que dissemos no início. O circuito só deve ser
utilizado com pilhas que possuam pelo menos 700 mAh de capacidade e que
tenham sido fabricadas para suportar carregamento rápido. Mesmo assim, quando
se carregam pilhas pequenas já bastante velhas (capacidade real muito inferior à
capacidade nominal), poderá surgir o efeito de overshoot no início do
carregamento Devido ao elevado valor inicial da corrente, a temperatura da pilha
sobe tão rapidamente, que a tensão nos seus terminais cai um pouco depois de
ter subido rapidamente. Num carregador normal do tipo Delta-U este facto daria
origem ao corte prematuro da corrente de carregamento. No nosso carregador
isso não acontece, porque o microprocessador além de vigiar a tensão na pilha,
também entra em consideração a quantidade de carga eléctrica que foi transferida
para a pilha até esse momento. Assim, o circuito não termina prematuramente o
processo de carregamento sem mais nem menos. Em vez disso, a pilha é
descarregada durante 9 segundos para verificar qual é o valor da sua resistência
interna e se for encontrado um valor normal, o carregamento prossegue com uma
intensidade de corrente mais pequena.
O circuito
A figura 2 mostra o esquema de blocos do nosso circuito e a figura 3 mostra o
esquema completo.
A corrente de carregamento é retirada do secundário do transformador da rede por
meio de dois titístores que funcionam com rectificadores sob o comando do
microprocessador. Portanto, o uP pode facilmente ajustar a intensidade da
corrente, controlando o ponto em que os tirístores são postos em condução.
Para descarregar a pilha nos modos cíclico e de refrescamento, utilizam-se
transistores MOSFET, que também são controlados pelo uP.
Por meio de um conversor A/D (analógico/digital) o uP vigia constantemente bem
como o valor da tensão existente nos terminais da pilha.
Além disso, ele também recebe o sinal proveniente de uma resistência NTC
(Coeficiente Negativo de Temperatura) que pode servir par a medição da
temperatura da pilha ou do interior do carregador.
O utilizador tem à sua disposição um comutador rotativo, para seleccionar o
número de células, um interruptor para seleccionar o tipo de pilha (NiCD ou NiMH)
e um interruptor de tecla para seleccionar um dos três modos de funcionamento
do carregador. Por fim, existe um mostrador LCD para o circuito comunicar com o
utilizador.
Para localizar todas estas funções no esquema da figura 3 é necessário um
pouco de paciência. Note que os grandes rectângulos a tracejado indicam os
componentes que ficam alojados nas duas placas de circuito impresso. A secção
da esquerda fica alojada na placa mais pequena e a secção da direita na placa
maior.
Circuito de carregamento
Como a tomada central do transformador da rede (Tr1) está ligada à massa do
circuito, os terístores THR1 e THR2 funcionam como rectificadores de onda
completa sob o comando do uP. Por outro lado, como a intensidade da corrente
de carregamento é ajustada através do ângulo de condução dos tirístores, na pilha
podem ser aplicados elevado impulsos de corrente até 8 A .
Circuito de descarga
A pilha ligada no bloco K5 pode ser descarregada por meio dos transistores
MOSFET T4 e T5.
Também se trata de um circuito autônomo que é ligado e desligado pelo uP. As
reistência R35 e R36 asseguram a distribuição da corrente pelos dois transistores.
O ampop IC1c permite medir a intensidade da corrente de descarga através da
queda de tensão que ela produz em R37 . O ampop compara o valor da queda de
tensão com um valo de referência ajustado por meio de P1 . Neste caso, o uP
também pode ligar e desligar o subcircuito por meio da linha DIS. Quando a
tensão desta linha está a 5V, IC1c pensa que existe uma grande corrente de
descarga e desliga o circuito de descarga, colocando T4 e T5 ao corte. Tal como no
subcircuito de carregamento, esta acção é gradual graças à existência de C7
colocado na realimentação do ampop.
Por razões de segurança, o subcircuito de descarga inclui um fusível reutilizável
(Polyfyse), que é uma espécie de resistência PTC (Coeficiente de Temperatura
Positivo). Quando está frio, este componente apresenta uma pequena resistência
da ordem de poucos décimos do Ohm. Entretanto, se a corrente que o percorre for
exagerada, a sua resistência própria aumenta devido ao crescimento da
temperatura, facto que praticamente anula o valor da corrente.
Quando a temperatura decresce, o componente deixa novamente de influenciar a
passagem da corrente, comportando-se portanto como um fusível reutilizável. No
entanto, apesar desta inegável vantagem possui uma resposta muito mais lenta do
que os fusíveis tradicionais.
Conversor A/D
O conversor A/D (Analógico?Digital) é construído com os componentes situados
em volta do ampop IC6d e funciona segundo o princípio de rampa única (single
slope).
Normalmente, o uP faz conduzir fortemente T6 , pelo que a tensão através de C10
é quase igual a zero, mas quando é necessário efectuar uma medição, ele coloca
T6 ao corte para C10 se ir carregando com a tensão de referência (VREF) através
de R51 .
Quando a tensão existente no condensador e portanto na entrada inversora do
ampop (pino 10) for igual a uma dada fração da tensão da pilha aplicada na
entrada não inversora (pino 11), a saída do ampop (pino 13) comuta para nível
baixo.
Entretanto o corte de T6 e o basculamento da saída do ampop, valor que é
proporcional à tensão da pilha. Note-se que a precisão absoluta da medição não
é muito importante. O que verdadeiramente interessa é a alteração de tensão de
uma medição para a seguinte.
Para se poderem carregar pilhas do tipo NiNH, o interruptor S1 altera o divisor de
tensão R47 -R48 –R49, que define a fracção da tensão da pilha aplicada no ampop
IC6d. Assim, o conversor A/D torna-se ligeiramente mais sensível, uma vez que
nas pilhas NiMH a curva da variação de tensão é mais achatada, tal como se pode
ver na figura 1.
A medição da tensão tem lugar sempre no mesmo instante depois de um impulso
de corrente de carregamento, ou seja, quando praticamente não existe corrente.
Assim, a apreciável queda de tensão nas resistências de contacto dos termianis
da pilha e nos próprios fios de ligação, não influencia grandemente o valor de
tensão obtido. A medição ocorre logo após a passagem por zero da tensão da
rede, quando o uP recebe um sinal de IC2b a dizer que a corrente é fraca. Note-ae
que IC2b compara a queda de tensão em R2 –R3 amplificada por IC1b, com uma
tensão contínua muito pequena (ZEROREF).
Polaridade da pilha
O uP verifica a polaridade da pilha com a ajuda de IC, que compara a tensão da
pilha coma tensão da linha ZEROREF e se ela estiver ligada ao contrário o LED
D6 ilumina-se.
Seguimento da temperatura
Esta função é executada por meio do circuito simples construído em volta de IC6 b
que mede o valor da temperatura por meio da resistência NTCR70 . Se o valor
exceder o limite definido por meio de R56 –R80 , a saída do ampop passa para o
nível baixo e o uP interrompe o processo em curso (carregamento ou
descarregamento). De pois, quando a temperatura tiver descido abaixo do valaor
limite, o processo continua. No entanto, se ocorrerem três interrupções sucessivas
por excesso de temperatura, o uP interrompe definitivamente o processo em
curso.
Fonte de alimentação
A fonte de alimentação é relativamente complexa:
- A rede D18 –D16 gera uma tensão auxiliar destinada a fazer o disparo dos
tirístores.Na ausência de pilha, através de D17 –R71 é aplicada uma tensão
relativamente elevada nos terminais do bloco K5 , para o uP poder detectar
(através do conversor A/D) se existe ou não uma pilha ligada ao circuito.
- Através de D14 obtém-se a tensão de entrada para os reguladores de
tensão.
- O integrado IC4 com os diodos D11 e D12 fornece duas tensões de
alimentação de 5V; CPUVDD para o microprocessadores VDD para a
restante electrónica.
Figura 3. esquema do circuito do Carregador de pilhas Inteligente. Os dois
rectângulos a tracejado englobam os componentes que fica alojados em placas
de circuito impresso diferentes.
- O circuito integrado IC3 recebe através de R69 a tensão fornecida por IC4 ,
para gerar a tensão de referência de 2,8V (VREF) ajustável por meio de P2 .
- A tensão ZEROREF da ordem de 60 mV é obtida a partir de VREF, por
meio do divisor de tensão R67 –R68 e serve para detectar a passagem por
zero da tensão da rede eléctrica. Note-se que a tensão na linha ZEROREF
deve ser sempre maior do que a máxima tensão de desvio (offset) dos
amplificadores operacionais utilizados.
- Por meio de D13 retira-se da entrada de IC4 uma tensão contínua não
regulada da ordem de 14V para alimentar os amplificadores operacionais.
www.aixcon.de
A idéia para este circuito simples portátil, foi sugerida por um estagiário da
companhia Aixcom, que se dedica ao desenvolvimento de inversores de alta
tecnologia e fontes de alimentação de alta potência. O estagiário de nome Dirk, já
tinha tentando construir um conversor de tensão para o seu clube de modelismo
aeronáutico. Nas suas tentativas entusiásticas, começou tendo problemas em
obter um circuito integrado especial que formaria o coração do circuito. Quando
finalmente conseguiu um integrado apropriado, que aliás custou muito dinheiro, o
circuito limitou-se a produzir um enorme “-bang” quando foi ligado e muitos dos
componentes ficaram destruídos.
A companhia Aixcom decidiu continuar com o projeto e o resultados final vai ser
descrito neste artigo; um inversor de potência que foi reproduzido com sucesso
por quase todos os outros etagiários e já serviu em acampamentos. Aliás, Dirk
também construiu uma versão mais potente (1000 W), que já funciona há mais de
um ano no seu clube de modelismo aeronáutico, sujeito a condições de trabalho
bastante duras.
O conceito
O objetivo era criar um conversor de tensão portátil tão simples quanto possível.
Por essa razão, nem sequer foi prevista qualquer forma de regulação de tensão, e
as variações na tensão da bateria provocarão alterações na tensão alternada de
saída, mas como os aparelhos alimentados pela rede elétrica suportam variações
de 10 a 15%, na prática não foram observados problemas. Em vez de aperfeiçoar
o circuito no que diz respeito ao desempenho, a Aixcom procurou a simplicidade,
baixo número de componentes e eficiência prática. No entanto, o circuito é à prova
de curtos-circuitos e uma seção de proteção desliga a tensão de saída no caso da
bateria se descarregar exageradamente. Por outro lado, o circuito é facilmente
reproduzido por qualquer amador de eletrônica, mas é necessário não esquecer
que a tensão de 230 Vef pode ser perigosa.
Os componentes
Transformador utilizado deve ser do tipo toroidal, com primário de 230 Vet e dois
secundários de 12 Vef, embora de pois os secundários passem a primários e o
primário a secundário. A potência deverá ser superior a 200W. Os leitores das
localidades onde a tensão da rede é de 110 Vef, 117 Vef, ou 127 Vef, devem
utilizar um transformador com primário equivalente, embora continue a possuir dos
secundários de 12 Vef.
Se o leitor possuir um transformador toroidal, pode tentar aproveita-lo desde que
possua potência suficiente, mas é claro que terá de enrolar o número de espiras
necessário para obter 2x12Vef.
Comece por enrolar 10 espiras, ligue o primário a uma tocada da rede elétrica e
meça a tensão alternada que as 10 espiras fornecem. Aplicando a regra da
proporcionalidade é agora fácil determinar o número de espira para obter 12 Vef.
Para uma potência máxima de 200W, a corrente média é da ordem 10 A, de forma
que o fio esmaltado deve possuir uma seção superior a 1,5 mm².
Note que é muito importante que os dois enrolamentos possuam igual número de
espiras. Basta uma diferença de uma volta, para o núcleo do transformador entrar
em saturação quando se liga a tensão da bateria ao circuito. A melhor soluçção é
proceder ao enrolamento utilizando duas pontas de fio, isto é, executando os dois
enrolamentos ao mesmo tempo. É claro que também é muito importante o sentido
da corrente nos secundários. Para não haver dúvidas, antes de utilizar o
transformador ligue as duas pontas dos enrolamentos em série eligue o primário à
rede elétrica. Entre os dois terminais livres dos secundários de vê medir 24Vef.
Os transistores FET utilizados (-IRFP054) podem suportar até 72 A com uma
tensão de 75V e a resistência de condução (RDS(ON), é de apenas 12 mΩ. Também
podem ser usados outros transistores desde que possam suportar 40 A a 40V e
possuam uma RDS(ON) inferior a 50 mΩ. Normalmente é possível ligar transistores
FET mais fracos em paralelo, mas cada um tem de possuir a sua própria
resistência de porta. A ligação em paralelo pode ser útil, se o leitor desejar
modificar o circuito para fornecer mais de 200W de potência. Nesse caso, o valor
da resistência sensora de corrente (R8) tamabém tem de ser alterado, ou entaão
alterar o valor do divisor de tensão R16-R17.
Lista de Componentes
Resistores:
R1 =15 kΩ
R2 =22 kΩ
R3 =2,7kΩ
R4 =10 kΩ
R5 =12 kΩ
R6 =4,7kΩ
R7 =47 kΩ
R8 = 0,01 Ω - 2W, passo de 24mm
R9 =PTC de 1 kΩ
R10 = 8,2Ω
R11 =16,9kΩ- 1%
R13 ;R15 = 22Ω
R14 = 18Ω
R16 = 1 kΩ
R17 = 470 Ω
Capacitores:
CI 2 = 220 uF (16V vertical)
3 7 9 10 = 220 nF
4 = I uF 63V vertical
5 6 = 33 nF
8 = 2,2 uF 63V MKS4 (Wima) passo
de 15 mm\
Semicondutores
D1 = LED vermelho de baixa corrente
D2 = IN4148
D3 =IN4002
D4 =Zener de 18V – 1,3 W
D5;D6 =BYV27-200
IC1 = LM393N
IC2 = SGS526N
TI2 = IRFPO54N (IRF)
Diversos:
XI a 6= Terminais tipos baioneta
PCI (Refª 020435-1)
Transformador toroidal 230V/12-0-12V/ 200W (www.geist-electroniec.de)
Construção
A figura 4 mostra a disposição dos componentes na placa de circuito impresso
(PCI), que pode ser adquirida no Serviço Elektor (refª 020435-1). Apesar das
grandes areais de cobre, é aconselhável reforçar as trilhas que transportam as
correntes do transformador, aplicando uma camada de solda. Comece por montar
os seis conectores AMP (tipo baioneta) porque é necessário fazer grande força
para encaixa-las nos orifícios da placa.
Assim, estará mais à vontade para utilizar um alicate, se tal for necessário.
Não se esqueça de soldar o fio de interligação de trilhas situado ao lado do
resistor Rg. Note que o corpo de R8 de vê ficar uns dois milímetros acima da placa
para melhorar o seu arrefecimento. Nesta posição também pode montar um
resistor de 5W e se o espaço não for suficiente pode monta-la na vertical. Tal
como habitualmente, tenha cuidado com a orientação dos componentes
polarizados. Os transistores T1 e T2 devem ser montados no dissipador de calor
com a ajuda de anilhas, placas isoladoras e pasta térmica.
Verificação
O funcionamento inicial do circuito deve ser feito sem ter ligado o transformador
toroidal. Ligue os pontos X1 e X6 na saída de uma fonte de tensão ajustável a
fornecer 12V a 14V (X1 na saída positiva e X6 na saída negativa). Depois baixe
lentamente a tensão de entrada e verifique se a saída do comparador IC1a
computa para o nível baixo quando a tensão de entrada é da ordem de 12V.
Nessa altura o LED D1 deve iluminar-se.
Suba a tensão novamente para cerca de 14V e verifique se a proteção contra
temperatura exagerada está funcionando bem. Para fazer este teste aqueça o
resistor PTC R9, aproximando a ponta de um cigarro, ou a ponta do ferro de
soldar.
A determinada altura, a saída do comparador IC1b deve comutar para o nível baixo
e o LED D1 deve iluminar-se. Quando um dos circuitos de proteção está ativado,
nas saídas de comando dos transistores deve medir 0 V.
Com os circuitos de proteção não ativados, nas saídas de comando dos
transistores devem existir sinais quadrados, em que os pulsos duram cerca de
10ms.
Esta situação pode ser facilmente verificada com um osciloscópio. Se você utilizar
um multímetro deverá medir uma tensão mais ou menos igual a metade da
tensão de alimentação.
Se tudo estiver funcionando bem, já pode ligar os enrolamentos do transformador
toroidal nos terminais X2 a X5.
Nesta altura pode retirar o integrado IC1 do respectivo suporte para o circuito só
poder ser desligado pela limitação de corrente. Ligue uma lâmpada simples de
100W na saída do transformador toroidal e se ela não se iluminar passados
alguns segundos, meça a tensão existente no pino 8 de IC2. Se medir menos de
5V o circuito de limitação de corrente ou a arranque suave têm de ser ajustados,
tal como já foi dito anteriormente.
Depois de conseguir que a lâmpada se ilumine, você pode verificar se o circuito
resiste a curtos-circuitos na saída. Se possuir um osciloscópio pode medir a queda
de tensão no resistor R8 e eventual mente ajustar o valor de R16 para variar o
ponto de limitação de corrente. É claro que este teste tem de se executado, curto-
circuito as saídas do transformador toroical.
Quando o circuito está funcionando, mas não existe carga ligada nas saídas do
transformador, é natural que ele produza mais ruído do que quando está
fornecendo corrente a uma carga. Este fato deve-se à saturação magnética do
nucleio toroicadal. Se o ruído parecer exagerado, utilizando um osciloscópio
observe a corrente nos primários do transformado. Se a forma da corrente não for
do tipo dente de serra e apresentar elevados picos, os dois enrolamentos
necessitam de mais algumas espiras. Outra solução, é aumentar um pouco a
freqüência de comutação, baixando o valor do resistor R11 ligado no pino 9 (RT). A
freqüência da tensão de 230 Vef pode ir até 55 Hz sem qualquer problema para a
maior parte dos aparelhos. De qualquer forma, o circuito não é apropriado para
alimentar aparelhos que utilizam a freqüência normal da rede elétrica (50/60Hz),
como acontece com alguns relógios eletrônicos e temporizadores.
Resultados práticos
Para baixar o custo e manter o circuito simples, não foi prevista realimentação
com vista a regular o valor da tensão de saída. Por esta razão, a tensão de saída
depende do valor da tensão de entrada (tensão da bateria). A tabela 1 mostra os
valores obtidos no protótipo construído pelo autor quando carregado com uma
lâmpada de 150W.
A tensão de saída também depende da relação de espiras (primário/secundário)
do transformador, bem como da corrente de saída. Se o leitor pretende um a
tensão de saída. Se o leitor pretender uma tensão de saída de 230 Vef quando a
tensão da bateria apresenta 13 V, deve utilizar um transformador com
enrolamentos para 11 Vef em vez de 12 Vef.
No protótipo do autor, foi medido um rendimento de 94% e o circuito mostrou-se
à prova de maus tratamentos.
ESTA FOTA E NA PRIMEIRA FOLHA