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PRIMEIRAS
Palavr
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vras-chave: Psicanálise. Freud, Sigmund, 1856-1939. Histeria. Sedução. Fantasia.
as-chav
2 Este fato refere-se à organização de sua obra que se deu por seu encontro com James Strachey em Lon-
dres por ocasião de seu exílio, a quem concedeu o direito e inclusive teria supervisionado parte do em-
preendimento.
3 Devemos reconhecer que o próprio Freud contribuiu endossando essa interpretação em obras como, por
exemplo, A História do Movimento Psicanalítico, de 1914, onde declarou que “a história da psicanálise
propriamente dita só começa com a nova técnica que dispensa a hipnose” (p. 26). Esse mesmo tipo de
argumento, em favor de uma ruptura com o passado pode ser encontrado com igual teor em Cinco Li-
ções de Psicanálise, de 1910, ou ainda em Um Estudo Autobiográfico, de 1925.
4 Por exemplo, para Arlow e Brenner (1973), a teoria topográfica e a estrutural apresentam pura incompa-
tibilidade, enquanto para Laplanche (1980) a incompatibilidade não existe.
5 Dentre os defensores de que em Freud há rupturas pontuais em sua teorização voltamos a destacar o
ponto de vista de Arlow e Brenner (1973) que defendem uma descontinuidade radical entre, por exem-
plo, a teoria topográfica apresentada na Interpretação de Sonhos, de 1900 e a estrutural na O Eu e o Isso,
de 1923. Sustentam uma descontinuidade ou mesmo uma incompatibilidade entre seus conceitos que
evidenciaria uma divisão em duas fases distintas da obra freudiana. Em direção oposta, isto é, em favor
de uma espécie de continuidade ou inter-relação entre elas ver capítulo intitulado “As tópicas freudia-
nas” em Monzani (1989).
7 A esse período, por exemplo, se atribui com frequência a ocorrência do abandono da teoria da sedução
em favor da adoção da teoria da fantasia.
8 Nessa obra Freud já fez ecoar teses que apresentou em outro verbete, também de 1888 e para a mesma
enciclopédia intitulado Cérebro. Neste a relação entre os chamados estados de excitação cortical e os
estados de consciência foi concebida como desprovida de um tipo de causalidade mecânica, reconhe-
cendo-os como dois estados ou níveis distintos constitutivo da atividade anímica. Pode-se dizer que
ambos possuem em certa medida uma causalidade própria, embora se influenciem reciprocamente. Isso
porque Freud reconheceu que os elementos mentais, como os fisiológicos, eles próprios mantém rela-
ções entre si, isto é, relações entre eventos físicos e entre cadeias de representações. Por conta disso,
resultam dois tipos de relações, uma interna às cada série e outra entre ambas. Além do mais, um
complicador foi introduzido, pois o que chamou de psíquico já não se reduzia à consciência, uma vez que
reconheceu que a consciência possui um limiar que pode ou não ser transposto pelos elos da cadeia
psíquica, no segundo caso subsistem como elos psíquicos embora não conscientes. Há, portanto, uma
correspondência entre eventos fisiológicos e eventos psíquicos que, apesar de distintos estariam em
conexão, que mais tarde, na obra Monografia sobre as Afasias, de 1891, definiu como “a dependent
concomitant”, apontando para uma relação paralela, mas de ação recíproca entre as séries. A compreen-
são do estatuto adotado por Freud em relação à conexão das cadeias, aliada à nascente concepção de
conflito psíquico, parece-nos, repercutiu fundamentalmente na compreensão da etiologia da histeria.
se, numa associação, a concepção do braço está envolvida com uma grande
quantidade de afeto, essa concepção será inacessível ao livre jogo das outras
associações. O braço estará paralisado em proporção com a persistência des-
sa quantidade de afeto ou com a diminuição através de meios psíquicos apro-
priados. (p. 214)
9 Não perder de vista que a noção de afeto comporta uma dimensão energética e outra moral ou emocio-
nal que aparecem frequentemente alternadas.
Nas funções mentais, deve-se distinguir algo –uma carga de afeto ou soma de
excitação – que possui todas as características de uma quantidade (embora
não tenhamos meios de medi-la) passível de aumento, diminuição, desloca-
mento e descarga, e que se espalha sobre os traços mnêmicos das representa-
ções como uma carga elétrica espalhada pela superfície de um corpo. (p. 66)
10 Ainda quanto à questão energética, Breuer informou que em pessoas normais deve ocorrer uma resis-
tência contra a passagem da excitação cerebral para os órgãos vegetativos, devem dispor de uma forma
de isolamento nas linhas condutoras de eletricidade. Nas anormais, dotadas de uma fraqueza inata ou
uma predisposição, estas linhas são invadidas quando a tensão da excitação cerebral se eleva. Ela escoa
para os órgãos periféricos produzindo, como disse, “uma expressão do afeto anormal” (Freud, 1895/1969,
p. 224), a excitação é nesse caso convertida num fenômeno somático. Dessa forma, a excitação de início
ligada à experiência traumática escoa e se converte numa manifestação somática anormal.
11 A própria distinção entre representações conscientes e inconscientes, foi dada pela hipótese de que o
que promove a distinção entre elas não é seu conteúdo ideacional, mas a clareza e a intensidade delas,
que permite seu reconhecimento como consciente ou sua permanência como inconsciente. Quando uma
representação alcança certo limiar de intensidade muda de estatuto.
Considerações finais
Abstr
Abstracac t: With the intention of presenting the evasive matter which is the hysteria, I
act:
decided to overlook it using the theories and works of Freud, assuming the period
between 1886 and 1898. The hysteria, since always an heterogeneous object of
multiple belongings, claimed by the natural and the supernatural, by reason and
superstition, demanded an inquiry if, so often closed either in the body or in the
spirit, would be whether or not a disease. We are interested in the hysteria from the
treatment given by Freud. As to the reading keys that guided this research I anticipate
some to the guidance of the reader: the very historical and chronological presentation
of the theme and the works of Freud about it. Conceptually, the relationship between
mind and body, the thesis of ideogenia in the etiology of hysteria, the gradual
introduction of infantile sexuality and finally, the overcoming of the traumatic
hypothesis, supported by the seduction theory, towards the admission of fantasy. All
this, in order to practice an understanding on the Freudian theory which recognizes
the specificity of his production from an alternative route, which does not take into
account the fact of neither a rupture nor a conceptual continuity in its elaboration.
Key
Keywwords: Psychoanalysis. Freud, Sigmund, 1856-1939. Hysteria. Seduction. Fantasy.
ords:
Histeria: primer
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Palabras cla
alabras ve: Psicoanálisis. Freud, Sigmund, 1856-1939. Histeria. Seducción. Fantasía.
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Referências
Referências
Arlow, J. A., & Brenner, C. (1973). Conceitos psicanalíticos e a teoria estrutural. Rio
de Janeiro: Imago.
Freud, S. (1969). Carta 69 (documentos dirigidos a Fliess) (Vol. 1). Rio de Janeiro:
Imago. (Trabalho original publicado em 1897b)
Freud, S. (1969). Estudos sobre histeria (Vol. 2). Rio de Janeiro: Imago. ( Trabalho
original publicado em 1895)
Freud, S. (1969). A etiologia da histeria (Vol. 3). Rio de Janeiro: Imago. ( Trabalho
original publicado em 1896a)
Freud, S. (1969). Histeria (Vol. 1). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publica-
do em 1888)
Freud, S. (1969). As neuropsicoses de defesa (Vol. 3). Rio de Janeiro: Imago. (Tra-
balho original publicado em 1894)
Freud, S. (1969). A sexualidade na etiologia das neuroses (Vol. 3). Rio de Janeiro:
Imago. (Trabalho original publicado em 1898)
Freud, S. (1970). A interpretação das afasias. Lisboa: Edições 70. (Trabalho original
publicado em 1891)
Solms, M., & Saling, M. (1990). A moment of transition. Two neuroscientific articles
by Sigmund Freud. London: Karnac Books.