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A AUTORIDADE DE JESUS

MATEUS 21: 23-32

A palavra "autoridade" é cheia de significado. Nós falamos sobre as


autoridades e nós legitimamente temos um senso de respeito, de espanto, talvez
até de medo. A palavra "autoridade" denota privilégio, poder, regra, controle,
influência. Quando alguém tem autoridade, isso significa que eles estão acima
das outras pessoas. Eles têm responsabilidades. Eles são capazes de determinar
coisas, decidir, julgar, exercer certos direitos e privilégios. Em nossa casa os pais
têm autoridade. No governo existem autoridades, na polícia, nas escolas, nos
negócios, no trabalho, em qualquer dimensão da vida, há autoridades. Pessoas
que têm o privilégio, o poder, a permissão para estabelecer as regras, para
determinar os julgamentos e os veredictos.
Mas há alguém que tem autoridade que supera todas as outras
autoridades. Em Mateus 28:18, Jesus disse: "Toda autoridade me foi dada no
céu e na terra". E Jesus demonstrou isso muito bem em Seu ministério. Por
exemplo, quando Ele concluiu o Sermão do Monte, Mateus diz no capitulo 7:28:
"As pessoas ficaram admiradas com a sua doutrina, porque Ele as ensinou
como alguém que tem autoridade". Na cultura judaica, isso significava que Ele
não citou ninguém. Ele não disse que Ele tinha obtido essas verdades de algum
rabino. Ele não obteve essas verdades de algum comentário escrito por alguma
pessoa respeitada de outro tempo. Ele falou com autoridade.
No capítulo 9 de Mateus, Ele curou um homem paralítico e perdoou seu
pecado. E as multidões viram e maravilharam-se e glorificaram a Deus que havia
dado autoridade a Ele. No evangelho de Marcos 1:22, em Cafarnaum, na
sinagoga, Ele ensinou e eles ficaram espantados com Sua doutrina, pois: Ele os
ensinou como alguém que tinha autoridade e não como os escribas. E Ele
foi confrontado naquele mesmo lugar por um homem endemoninhado com um
espírito imundo e Ele curou o homem, expulsando o espírito. E o verso 27 diz que
todos ficaram maravilhados de tal modo que questionaram entre si, dizendo:
"Que coisa é essa? Que nova doutrina é esta? Com que autoridade Ele
manda nos espíritos imundos, e eles lhe obedecem. E imediatamente sua
fama se espalhou por todo o mundo".
Em João, capítulo 1:12, lemos sobre outra dimensão de Sua
autoridade. "Mas tantos quantos O receberam, a eles deu o poder (a
autoridade) para se tornarem filhos de Deus, a saber os que creem em seu
nome." Ele tinha autoridade para fazer filhos de Deus. 
Em João 5:27, diz que Deus lhe deu autoridade para julgar.
Em João 10:18 diz: "Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu
espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para
reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai." Ele tinha autoridade para dar a
vida, tinha autoridade para ressuscitá-lo dos mortos.
Em João 17:1-2, "Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos
ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho
te glorifique a ti, assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a
fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.". E ele está se
referindo a si mesmo. Ele tinha autoridade para dar a vida eterna. 
Ele tinha autoridade para ensinar o que quisesse ensinar sem ter usado
comentário de ninguém e tornar esse ensino obrigatório para os homens e
determinante para seu destino eterno. Autoridade para curar os
doentes. Autoridade para ressuscitar os mortos. Autoridade para expulsar
demônios. Autoridade para perdoar o pecado. Autoridade para tornar as pessoas
filhos de Deus. Autoridade para dar vida eterna e autoridade para julgar toda
pessoa, tremenda autoridade.
Os líderes do sistema judaico acreditavam que eles eram as autoridades. E
Jesus absolutamente ignorou tudo isso. Ele nunca pediu permissão para
nada. Ele não lhes pediu para aprovar Sua doutrina. Ele não lhes pediu para
aprovar suas curas. Ele não lhes pediu para aprovar a expulsão de demônios. Ele
não lhes pediu para aprovar seus veredictos e seus julgamentos. Ele não lhes
pediu para ajudá-lo a decidir quem eram os filhos de Deus. E ele não pediu
conselhos sobre como dar a vida eterna. Ele ignorou totalmente eles.
Quando dizemos que Jesus tinha autoridade, queremos dizer não apenas
que Ele tinha poder, mas que Ele tinha privilégio. Deus lhe deu o privilégio de agir
em Seu nome neste mundo, sem considerar as autoridades humanas. Ele disse
isso no evangelho de João pelo menos três ou quatro vezes do capítulo 5 ao 8:
"Eu vim para fazer a vontade de eu Pai".
Ele tinha autoridade dada por Deus. Quando Ele entrou no templo no início
de Seu ministério em João capítulo 2, Ele fez um chicote e expulsou todo mundo
do templo, limpando o lugar e no final de seu ministério Ele fez a mesma coisa,
Ele não pediu permissão a ninguém para isso. Ele não pediu permissão a
ninguém, exceto ao pai. Ele se opôs ao sistema de autoridade que existia e isso o
levou à morte. 
Os judeus estavam angustiados, chocados, pois Ele agia sem qualquer
autorização deles. Ele nunca citou um eminente rabino em seus ensinos. Ele fez
o que queria, disse o que queria e agia como queria. Tal comportamento era
absolutamente inaceitável para eles. Você tinha que obter aprovação do Sinédrio
para ensinar como um rabino. Mas Jesus era sua própria autoridade porque toda
a autoridade havia sido dada a ele por Deus. Ele não precisava de autorização de
homens para nada.
E isso estabeleceu o conflito. Durante todo o seu ministério, ele está em
conflito com as autoridades existentes na comunidade judaica. Esse é o ponto em
que chegamos agora a Mateus capítulo 21.

1. O CENÁRIO
Jesus concluiu seu ministério na galileia, na Pereia, atravessou o rio Jordão,
entrou em Jericó, curou dois cegos, salvou Zaqueu e se dirigiu, seguido por uma
multidão, para Jerusalém para participar da Páscoa. Tendo chegado nas
vizinhanças de Jerusalém, Ele passa a noite de sábado na casa de Maria,
Marta e Lázaro.
No domingo, Ele se levantou de manhã, enviou Seus discípulos para
encontrar um jumentinho para que Ele pudesse montar e entrar triunfante na
cidade de Jerusalém e assim cumprir a profecia de Zacarias. Ele entra na cidade
de Jerusalém, enquanto eles jogavam galhos de palmeiras e roupas em Seu
caminho e O saudavam "Hosana, bem aventurado é aquele que vem em
nome do Senhor, o Filho de Davi". Eles O saudaram como o Messias. Ele vai
até o templo e voltou para Betânia para passar a noite novamente na casa de
Maria, Marta e Lázaro.
Segunda-feira de manhã. Ele voltou a entrar na cidade, desta vez foi direto
ao templo. Passou por uma figueira que só tinha folhas e não frutos e a
amaldiçoou. E quando Ele chega ao templo, Ele viu a devastação causada pelos
cambistas e vendedores de animais e então Ele expulsou todos de lá e limpou o
templo. E quando Ele acabou de limpar o templo, as crianças começaram a
cantar hosanas e a louvá-lo, o que enfureceu ainda mais os líderes. Depois de
limpar o templo, Ele retorna para Betânia naquela noite, muito provavelmente
ficando na casa com Maria, Marta e Lázaro. 
E na terça-feira, Ele volta ao templo novamente. Desta vez, caminhando,
passa pela figueira que foi amaldiçoada e ensina a Seus discípulos algumas
lições profundas sobre a falsa profissão de fé e o poder da oração. 
E depois de passar por aquela figueira, segue diretamente de volta ao
templo. E é nesse dia que nos encontramos no verso 23. Ele limpou o templo na
segunda-feira para que ele pudesse ministrar na terça.
Ele começa uma manhã longa de confrontos no versículo 23 com os
sacerdotes que vai durar até o final do capítulo 23. E na terça-feira ele constrói as
chamas que o levam à crucificação.

1. O CONFRONTO – VERSO 23.


Essa era a grande questão, autoridade. Jesus estava no templo, no pátio de
onde Ele havia expulsado os cambistas, o lugar deveria estar cheio de gente. E
diz, no verso 23 que agora com o templo limpo, Ele tomou o centro do palco e
começa a ensinar. E o que Ele estava ensinando? Ele estava falando, como diz
em Atos 1:3, das coisas pertencentes ao Reino de Deus. E se você ler o relato
paralelo a isso em Lucas 20:1, ouvirá Lucas dizer: "Ele estava ensinando e
evangelizando". E se você ver o relato em Marcos 11:27, diz que Ele fazia isso
andando.
Ele entrou no templo e caminhando no meio da multidão. Ele ia ensinando
sobre o Reino e pregando o evangelho. E provavelmente falou sobre o pecado e
a loucura da religião hipócrita, Sobre o julgamento, sobre como é inevitável o
inferno para aqueles que recusarem a verdade de Deus e o caminho da
salvação. Sem dúvida, Ele falou sobre a justiça, a falta de esperança da justiça
própria e a tentativa de alcançar a salvação por suas próprias boas obras, sobre
a humildade, sobre o amor de Deus e o amor que os homens devem ter por
Deus, sobre o fato de que Deus queria fazer as pazes com os homens de forma
permanente, sobre falsas orações, repetição vã, sobre fazer atos religiosos para
ser visto pelos homens, sobre falsa humildade e talvez Ele tenha falado o custo
de segui-Lo, sobre perseguição e sobre a glória eterna, sobre a lei de Deus, a
Palavra de Deus, honestidade, casamento, perdão, verdadeiras riquezas, fé,
esperança, graça, misericórdia, falsos mestres, sobre entrar no Reino, sobre um
portão estreito e um caminho largo, sobre a vida, sobre a morte, tudo isso porque,
diz o texto que Ele pregou o evangelho. E eles ficaram impressionados com Ele,
esperançosos de que Ele pudesse cumprir todos os seus sonhos e
expectativas. Porque em Lucas 19:48 diz que: "todo o povo, ao ouvi-lo, ficava
dominado por ele."
Os líderes estavam em estado de pânico e eles o queriam morto. Então
eles decidem confronta-lo e parar o Seu ensinamento. E perguntam-lhe: "Com
que autoridade fazes estas coisas? E quem te deu essa autoridade?"
Quem eram Os principais sacerdotes e os anciãos? Os sumos
sacerdotes, Caifás e Anás; o capitão do templo; os 24 sacerdotes do turno
semanal; os 156 sacerdotes do turno diário; os superintendentes dos sacerdotes;
os tesoureiros; os rabinos e os escribas. Gente que era inimiga, se uniu contra
Jesus Cristo. Ainda tinham; os fariseus, os saduceus, os herodianos, talvez
até os zelotes e os essênios. 
Toda essa turma se reúne para planejar como se livrar de Jesus. Eles não
podiam suportar o que estava acontecendo. Ele contestava tudo o que eles
afirmavam. E é por isso que dizem: "Com que autoridade fazes essas coisas?
Mostre-nos seus documentos de ordenação. Mostre-nos suas credenciais.
Onde está a aprovação do seu Sinédrio?"
O que eles querem dizer com essas coisas? O ensino, a pregação, a
limpeza do templo, a entrada triunfal, os elogios da multidão, os milagres,
expulsão de demônios, perdão pecados. "Onde você conseguiu a autoridade
para isso?" Ninguém faz essas coisas sem autoridade.

2. UMA PERGUNTA DIFÍCIL – V. 24-27:

Ele diz: Eu respondo a pergunta de vocês, se vocês responderem a


minha. Ele não está fugindo da resposta. Ele está dando a eles uma oportunidade
de responder honestamente à pergunta. "O batismo de João, de onde foi? Do
céu ou dos homens?"
João Batista, a voz que clamava no deserto, preparando um povo para o
Messias, todo mundo sabia sobre ele. O último profeta da era do Antigo
Testamento, um grande homem, todo o Israel ia até ele. E ele estava dizendo que
o Messias estava próximo, o Messias está chegando. E as pessoas estavam
dizendo: "Precisamos estar prontos quando o Messias vier".
João batizava no rio Jordão para simbolizar do lado de fora a limpeza
interior de seus corações. E ele estava preparando um povo para o Messias. E
toda a nação estava se reunindo para ouvi-lo. E seu comportamento, poder,
pregação e seu conteúdo mostravam que ele era um profeta de Deus. Um dia,
Jesus caminhou até a praia e João apontou para Ele e disse: "Eis o Cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo". João disse que Ele é o Messias, Ele está
aqui.
Quando Jesus diz "o batismo de João", ele quer dizer todo o ministério de
João, todo o seu ensino que foi simbolizado por sua obra de batizar. E a pergunta
que Cristo faz é: O ministério de João Batista era de Deus ou dos homens? Essa
é a sua pergunta.
Jesus os colocou em uma situação difícil. Se eles dissessem que era do
céu. Então eles iriam admitir que Jesus é mesmo o Messias, porque foi o que
João estava ensinando. Se eles dissessem que era da terra. Eles estariam em
uma situação muito difícil com o povo. Toda a nação acreditava que João era de
Deus e os lideres iriam perder a credibilidade. 
Então, eles reagruparam. O versículo 25 diz: "E discorriam entre
si: dialogizomai, eles dialogaram, um verbo no tempo imperfeito, significa ação
contínua, eles entraram em uma discussão contínua. "O que vamos dizer? "Se
dissermos: do céu, ele nos dirá: Então, por que não acreditastes
nele, Quando ele disse que o Messias estava aqui, se ele é de Deus, por que
vocês não acreditam nele? Isso é o que Ele dirá para nós.
Verso 26: "E, se dissermos: dos homens, é para temer o povo, porque
todos consideram João como profeta." As pessoas vão dizer: "vocês são
líderes religiosos, mas nós sabemos mais que vocês, não precisamos de
vocês." João havia anunciado que Jesus era o Messias. "Ele disse que Ele
cresça, e eu diminuía." Ele disse: "Eu não sou o Cristo, há um Cristo, um
Messias. Eu sou daqui de baixo e Ele vem de cima". Essa foi a mensagem de
João. Aqueles homens não estavam dispostos a admitir que Cristo era o Messias.
Eles foram treinados para ignorar os fatos. Não importava qual fosse a
evidência. Não importava o que Jesus dissesse ou fizesse. Em João 5, Ele curou
um homem no tanque de Betsaida e Ele acabou de curar e o texto diz: "Portanto,
os judeus perseguiam Jesus e procuravam matá-lo". Eles O queriam morto
ao invés de dizer que Ele tinha o poder de Deus, que podia curar, que só podia
ser o Messias de que João falou, mas eles O queriam morto.
João capítulo 9, Jesus fez o cego ver. E eles disseram-lhe: "Quem é Ele e
de onde ele é?" E o cego diz: "É uma coisa estranha que vocês não saibam
quem Ele é ou de onde Ele veio, se Ele me fez ver". O descrente já está
predisposto a ignorar os fatos. 
Então, aqui está a resposta dos líderes religiosos de Israel. Verso 27:
"Então, responderam a Jesus: Não sabemos”. Era dever deles saber. Eles
ignoraram todas as evidências porque eles não queriam ser colocados em uma
posição onde teriam de admitir que Jesus Cristo era o Messias. 
E assim Ele diz, versículo 27: "Nem eu vos digo com que autoridade
faço estas coisas." "Por que lançar pérolas aos porcos?" Eles rejeitaram a luz,
então Ele a desligou, não tenho mais nada a dizer para vocês. E quando foi
confrontado diante de Caifás em Mateus 26:63, diz: "E Jesus calou -se". Ele
não tinha nada a dizer. E quando foi acusado pelos principais sacerdotes e
anciãos, Mateus 27:12, "Ele não respondeu nada." Nada. Eles rejeitaram Jesus
por tanto tempo que Ele os rejeitou. Em Lucas 19 Jesus chega à cidade de
Jerusalém, chorou por ela, e diz: "Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda
hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos. E no
final do versículo 44, "porque não reconheceste a oportunidade da tua
visitação." Ele não tem mais nada a dizer a eles sobre a luz, mas tem algo mais
a dizer sobre o julgamento. 

3. A PARÁBOLA – V. 28-30 
"O que vocês acham?" E Ele diz no versículo 31: "Qual dos dois fez a
vontade do pai? E eles disseram-lhe: O segundo. E eles estão tão animados em
poder responder a uma pergunta que não irá incriminá-los. O segundo, o cara
que disse que não iria se arrependeu e foi."  Essa foi a parábola.
Quando eles apressadamente responderam o segundo, eles se colocaram
em uma situação perfeita para uma grande repreensão. "Em verdade vos digo
que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus". O principais
sacerdotes e anciãos, estavam vivendo sob a ilusão de que Deus estava
emocionado com eles por causa de sua pureza. Cobradores de impostos e
prostitutas eram a escória da sociedade. Coletores de impostos eram traidores,
judeus que se vendiam a Roma para cobrar impostos injustos do próprio
povo. Eles eram traidores. E as prostitutas eram aquelas que simbolizavam toda
a imoralidade grosseira que desafiava a Deus. E Jesus diz: "Vocês, principais
sacerdotes e os anciãos são como aquele primeiro filho, vocês dizem vão
fazer, mas nunca fazem." Vocês fingem obedecer a Deus, mas vocês nunca vão
na Sua vinha." Quando o Pai mandou que fossem ao rio Jordão para serem
batizados, eles não foram. Eles achavam que isso iria lhes ferir a dignidade. Por
que iriam se arrepender? Eles não estavam dispostos a admitir publicamente que
eram pecadores.
E, por outro lado, os rebeldes da sociedade, os coletores de impostos e as
prostitutas de Jerusalém, por sua vez, foram ao rio e submeteram-se ao batismo
de João em arrependimento. Quando viram falar do homem que parecia um
profeta e que convocava todos a ir ao rio a fim de se arrependerem e serem
purificados do pecado, sob a justificativa de que o reino de Deus estava para
chegar qualquer a minuto, eles não deram ouvidos logo de cara. O publicano
deve ter dito: Eu é que não vou. Estou muito ocupado. Preciso ganhar
dinheiro. A meretriz deve ter dito: você está brincando? Você acha mesmo
que eu vou até lá confessar que sou pecadora na frente de todo mundo e
deixar que esse homem me batize? Eu não.
Porém, naquela mesma noite, quando o publicano colocou a cabeça
travesseiro, pensou: Preciso fazer algo a respeito do meu pecado, pois o
sentimento de culpa está me matando. A meretriz também não tinha ilusões
quanto à sua integridade, Ela deve ter dito: Estou me afogando em pecado e
culpa. Será que existe alguém capaz de purificar-me?
Então, o publicano e a meretriz dirigiram-se ao rio e foram batizados. Jesus
disse que estes foram os que fizeram a coisa certa. Eles se submeteram ao
batismo de João. Por conseguinte, entrariam no reino de Deus lugar no dos
sacerdotes e anciãos.
Costuma-se dizer que a igreja está cheia de hipócritas. Não, a igreja está
cheia de pecadores. Apenas aqueles que alegam não ser pecadores são
hipócritas. Eu desconheço outra organização, além da igreja, que exige que
candidatos façam a declaração pública de serem pecadores como condição que
se tornem membros.
Ninguém é salvo por fazer uma profissão de fé pública. Incontáveis milhões
já foram a reuniões evangelísticas e, após o apelo, levantaram-se do banco e
dirigiram-se à frente para receber Cristo - ou, então, levantaram a mão,
assinaram uma ficha ou repetiram uma oração. No dia seguinte, entretanto
voltaram a mergulhar no pecado. Os justificados, os salvos, são os que seguem a
Jesus. Eles não apenas dizem que vão segui-lo, eles não se limitam a professar a
fé - mas o fazem porque têm fé de verdade.
Jesus diz as líderes religiosos: Coletores de impostos e prostitutas entram
no Reino de Deus diante de vocês. Essa é uma afirmação forte. Ele não está
dizendo que eles iriam entrar depois dos publicanos e meretrizes. Essa não é a
implicação. A ideia é que eles iriam entrar e os líderes religiosos. 
Mas os evangelhos nos dizem tão maravilhosamente que, no ministério de
João, "Muitas prostitutas creram n'Ele". Mas quando os fariseus, em Mateus 3:8-
10 viram João batizando, João diz: "Raça de víboras, quem vos induziu a fugir
da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não
comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu
vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. Já está
posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom
fruto é cortada e lançada ao fogo."
João Batista, deu a eles uma mensagem de julgamento. Ele estava
pregando aos pecadores e eles estavam confessando e se arrependendo e
sendo batizados em um batismo de arrependimento para se preparar para o
Messias. E os líderes religiosos chegaram e não aceitaram a mensagem e não
acreditaram e não se arrependeram, como o filho número um que diz: "que ia
obedecer e não foi. E por outro lado, esses rebeldes se voltaram para se
arrepender e obedecer. 
Então, versículo 32: "Porque João veio a vós outros no caminho da
justiça", e aqui Ele responde a pergunta, foi o ministério de João do céu ou da
terra? "Ele veio no caminho da justiça." Não apenas com uma mensagem de
justiça, não, mas, no caminho da justiça. Ele não tinha apenas uma boa palavra,
ele era um bom homem. Ele era um homem santo. Ele era um homem justo e
vocês não acreditaram nele. 
E então ele lhes dá outra acusação. "publicanos e meretrizes
creram." Eles acreditavam nele. Eles ouviram João. Eles aceitaram sua
mensagem. Eles se arrependeram. E então isto: "Vós, porém, mesmo vendo
isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele." Isso é uma dupla
acusação. Ouça com muito cuidado. Ele diz que vocês viram um homem com
uma vida justa pregar uma mensagem de justiça e vocês não
acreditaram. Quando vocês viram os cobradores de impostos e prostitutas se
arrependendo e tendo suas vidas transformadas, vocês não acreditaram. Em
outras palavras, vocês rejeitaram a mensagem, rejeitaram o poder que viram no
profeta de Deus. 

UMA APLICAÇÃO AO CORAÇÃO


Você pode se sentar e ouvir o pregador pregar. Você pode ouvir o
evangelho de Jesus Cristo. Você pode ouvir a mensagem salvadora de Jesus
Cristo. E você pode ir embora e dizer: "Eu não vou acreditar nisso. Eu não vou
acreditar nessa mensagem, aquela palavra pregada por João, aquela
palavra pregada por Jesus, aquela palavra pregada pelo pregador hoje, eu
não vou acreditar." E essa é sua primeira acusação. 
E então vem sua segunda acusação porque você também se sentou aqui e
viu que o poder do evangelho transforma vidas e você viu a vida das pessoas
mudada e suas vidas transformadas. E mesmo depois de ter visto isso, você
ainda não acredita. Isso é uma dupla acusação. E a palavra para aqueles
homens é uma palavra de julgamento final, uma palavra de condenação, uma
palavra de inferno, desesperança. Para aqueles que haviam sido expostos à
plena luz do Filho de Deus, a plena luz do profeta de Deus, João Batista, eles
tinham visto tudo, ouviram tudo e não acreditaram na mensagem. Não
acreditaram no poder transformador. E assim Ele apaga a luz.
Olhe para o seu próprio coração? E o que você vê? Você acredita na
mensagem? Sobre o poder transformador? Se você negar isso: O espírito
do senhor não agirá em você." O Senhor não se esforçou para salvar aqueles
homens duros, com os Seus corações rebeldes, voluntariamente cegos e Ele
também não o fará com os homens de hoje. E coisa terrível é conhecer a ira de
Deus e cair sob a ira de Deus para condenação. 
Quando o pai chama e diz: "Você pode ir à vinha?", o ideal é responder: eu
posso e, de fato, ir. Somos o povo de Deus, remidos por sua graça e misericórdia
mediante o sangue de seu Filho. Ele nos chama, como seu povo, a trabalhar por
Ele em seu reino todos os dias. E terrível dizer que vamos servir a Deus em seu
reino e nunca fazê-lo.

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