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TEXTO: ECLESIASTES 5.

19
“Quanto ao homem a quem Deus conferiu riquezas e bens e lhe deu poder para
deles comer, e receber a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de
Deus”.

INTRODUÇÃO
As finanças muitas vezes são deixadas de lado por muitos cristãos, como se
Deus não se importasse com elas. Deus não precisa das nossas finanças, mas
Ele se importa conosco e com tudo que fazemos, pois somos seus mordomos e
tudo que fizermos aqui iremos prestar contas a Ele. Continuamos tratando sobre
este assunto de mordomia falando sobre os bens adquiridos.

ASSUNTO: MORDOMIA CRISTÃ, O HOMEM A SERVIÇO DE DEUS

TEMA: MORDOMIA CRISTÃ E SUA RELAÇÃO COM OS BENS


ADQUIRIDOS

1. MORDOMIA CRISTÃ AO GANHAR O DINHEIRO.

a) O dinheiro ganho corretamente. Sl 128.2


Há uma maneira regular de ganhar dinheiro que é trabalhando, vejamos: “Do
trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem” (Sl 128.2). A
forma de ter seu sustento não é vivendo do suor dos outros, mas do seu, não é
se aproveitando dos outros, mas trabalhando. Precisamos trabalhar
honestamente, pois o dinheiro que ganhamos suado valorizamos mais e quando
recebemos tudo de “mão beijada” não damos o real valor. Não dê tudo a seus
filhos sem esforço nenhum deles. Ensine-os a conquistar cada centavo, pois isso
vai moldar o caráter deles e sempre vão se esforçar para viver honestamente.
Vai aprender a respeitar a propriedade alheia para não fazer igual alguns que
não querem trabalhar e ficam invadindo propriedade que não lhes pertencem.

b) O dinheiro ganho desonestamente. Hc 2.9


Existem pessoa que adquirem recursos de maneira desonesta, verifiquemos: “Ai
daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos, para pôr em lugar alto o
seu ninho, a fim de livrar-se das garras do  mal!” (Hc 2.9). Muitos enriquecem
às custas da exploração dos seus empregados, outros fazendo agiotagem, se
valendo da desgraça alheia ou mesmo tomando ou desviando aquilo que não lhe
pertence. Receberão a merecida punição. Quando você é desonesto nas suas
finanças, vende seu voto para um político, recebe um auxílio que não tem
direito legítimo, mente para se dar bem, não está agindo como um verdadeiro
cristão. Se você tem ganhado dinheiros ou favores de maneira desonesta ou para
realizar algum trabalho irregular, arrependa-se ainda hoje, volte-se para Deus
abandonando o erro, receberás o perdão do Senhor!

c) O dinheiro ganho graciosamente. Sl 127.2


Os recursos que recebemos são bençãos de Deus para nós, Ele que prepara tudo,
como podemos observar: “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar
tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá
enquanto dormem” (Sl 127.2). Todas as coisas boas que recebemos vem de
Deus, conforme Tiago nos ensina: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá
do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou
sombra de mudança” (Tg 1.17). A nossa vida desde a formação até o sustento
provém de Deus. O dinheiro que compra o que precisamos é benção do Senhor.
É graça Dele. Deus é a fonte de todas as nossas bençãos que recebemos.
Precisamos sempre lembrar de ser gratos a Deus. Não seja ingrato com as
bençãos que Ele nos dá

APLICAÇÃO: Tratando os recursos adquiridos, podemos pensar que o


dinheiro deve ser ganho corretamente, devendo fugir de toda tentativa de
receber recursos que não sejam de modo honesto, além de tudo isso precisamos
entender que os recursos para nosso sustento nos são dados por Deus
graciosamente. Então, busque viver uma vida financeira honesta e sempre grato
a Deus. Se você tem agido errado com relação ao ganho das suas finanças, seja
sendo desonesto ou mesmo ingrato, mude de vida ainda hoje, pois chegará o dia
de prestar contas a Deus.

2. MORDOMIA CRISTÃ AO GASTAR DINHEIRO.

a) Devemos gastar com as nossas necessidades essenciais. Is 55.2


Muitas pessoas possuem uma forma muita estranha de utilizar os recursos
adquiridos, gastando primeiramente nas coisas não essenciais, a sobra é que
utilizam para as essenciais: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e
o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é
bom e vos deleitareis com finos manjares” (Is 55.2). O pão e coisas que
satisfazem seria aquilo que é essencial, como alimentos, vestuário, saúde etc.
Muitos preferem passar fome, frio e nudez para guardar o dinheiro, outros
gastam em questões pecaminosas como jogos, alcoolismo, prostituição,
deixando sua família padecer necessidades. Coloque no seu orçamento primeiro
aquilo que é essencial, coloque depois aquilo é secundário e retire tudo que é
pecaminoso.

b) Devemos gastar quando encontrarmos um irmão necessitado. I Jo 3.16-18;


Lc 10.25-37
Os nossos bens adquiridos podem além de satisfazer as nossas necessidades,
também satisfazer o irmão que está necessitado, sobre esta verdade João aponta:
“16 Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar
nossa vida pelos irmãos. 17 Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir
a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode
permanecer nele o amor de Deus? 18 Filhinhos, não amemos de palavra, nem de
língua, mas de fato e de verdade” (I Jo 3.16-18). João tratando do amor vai
informar que: a) Este amor deve ser o exemplo do amor de Cristo, pois Ele
deu sua vida por nós e devemos dar a vida pelos irmãos (v.16); b) Este amor se
revela também no uso dos bens adquiridos, pois não existe amor sem
solidariedade (v.17); c) O amor não deve ser apenas de palavras, mas com
uma prática verdadeira (v.18). Jesus deu um outro exemplo sobre o uso do
dinheiro na Parábola do Bom Samaritano (Lc 10.30-35), ele contou que um
homem descia de Jerusalém para Jericó foi assaltado e espancado por
malfeitores ficando semimorto (vv.30), passava um sacerdote e um levita e
mesmo vendo o necessitado, passaram de largo (vv.31-32). Depois Jesus disse
que passou um samaritano cuidou fisicamente e financeiramente daquele
homem (vv.33-35). Três filosofias presentes nesta passagem: I. A Filosofia do
ladrão: O Que é meu, é meu. o que é teu, é teu; mas o que é teu pode ser meu
se você der bobeira e eu puder pegar (v.30). II. A Filosofia do Religioso
(Sacerdote e Levita): O que é meu, é meu; o que é teu é teu, eu aqui e você lá
(vv.31-32). III. A filosofia do Samaritano: O que é meu, é teu; o que é teu, é
teu; mas o que é meu pode ser teu, se você precisar e eu puder ajudar (vv.33-
35). Cuidado somente para não viciar a pessoa, ajude-a, mas ensine ela a pescar,
para que não queira ter sempre o peixe pronto. Ex: Houve alguém que pedia
dinheiro para comprar uma rede, um irmão passou ali, ficou com pena e deu o
dinheiro, seis meses depois ao passar na mesma cidade, estava a pessoa no
mesmo lugar pedindo dinheiro para comprar uma rede, enraivecido o irmão se
aproximou e quis tirar satisfação porque deu dinheiro para comprar a rede e ele
continuava pedindo para a mesma coisa. a resposta do pilantra foi que não tinha
explicado que a rede que ele queria comprar era a Rede Globo. Ajude, mas
tenha cautela!!!

c) Devemos gastar para que o nome de Deus seja glorificado. I Co 10.31


Tudo que formos fazer devemos pensar se aquilo glorifica a Deus, inclusive no
uso dos bens adquiridos: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra
coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I Co 10.31). Nós precisamos
todas as fazes que formos utilizar os bens materiais se aquilo está glorificando a
Deus. Pergunte se comprar aquilo que não pode pagar glorifica a Deus. Ou se
gastar com coisas não essenciais e deixar essenciais de lado se serve para glória
de Deus. Pergunte se está sendo solidário com o próximo com os bens que Deus
colocou nas suas mãos. Pergunte se sua maneira de ganhar ou gastar dinheiro
está sendo santo ou pecaminoso. Glorifique a Deus no uso dos seus recursos
financeiros.

APLICAÇÃO: Quanto á sua forma de gastar o dinheiro recebido, vimos que o


esbanjamento desnecessário não é correto, pois nosso dinheiro deve ser gasto
nas coisas essenciais e naquilo que nos satisfaz. Também examinamos que
devemos utilizar nossas finanças também para ajudar o irmão necessitado.
Acima de tudo, façamos tudo para a glória de Deus. Evite os desperdícios,
ajude quem precisa e pergunte cada vez que for gastar seus recursos se aquilo
glorifica a Deus. Deus abençoe!

3. MORDOMIA CRISTÃ AO INVESTIR AS FINANÇAS NA OBRA


MISSIONÁRIA

Alguns insistem na mentira de afirmar que o dízimo é da Lei e que não serve
para o cristão hoje. Infelizmente até alguns pastores insistem nesta inverdade,
porém, as Escrituras tratam sobre a contribuição em toda a Palavra de Deus, nós
vamos apresentar aqui um arrazoado bíblico sobre o assunto, para isto iremos
observar o uso da contribuição em todo o livro sagrado de Deus, analisando
textos que tratam sobre o referido assunto, para que fique claro que a
contribuição sempre existiu e sempre existirá na igreja.

a) A contribuição pode ser vista no Antigo Testamento Inteiro.

I. Alguns dizem não tinha contribuição em dinheiro na Antiga Aliança, mas


o próprio AT desmente esta mentira. II Cr 34.17
Este texto trata da contribuição do Antigo Testamento também em dinheiro:
“Contaram o dinheiro que se achou na Casa do Senhor e o entregaram nas mãos
dos que dirigem a obra e dos que a executam” (II Cr 34.17). Aqueles que ficam
repetindo que a contribuição nunca foi em dinheiro, ou não conhecem a Bíblia
como arrogantemente dizem conhecer ou possuem um desvio de caráter
chamado falsidade. Querem seguir apenas aquilo que agrada aos seus corações
carnais e avarentos.

II. A contribuição (dízimos e ofertas) foi dada antes da promulgação dos


livros da Lei. Gn 14.18-20
Vemos nas Sagradas Escrituras que a contribuição sempre existiu, inclusive
antes da Lei, vejamos: “18 Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era
sacerdote do Deus Altíssimo; 19 abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja
Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; 20 e bendito seja o
Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe
deu Abrão o dízimo” (Gn 14.18-20). Abraão deu o dízimo antes da
promulgação da Lei, pois ele veio antes de Moisés, o autor humano da Lei.
Então dizer que o dízimo é da Lei é mentira, pois há registro dele antes da
referida Lei. Quando você vir alguém repetindo que o dízimo é da Lei, saiba
que Ele está mentindo, pois aqui está a contribuição antes da Lei.

III. A contribuição (dízimos e ofertas) está prescrita na promulgação dos


livros da Lei. Lv 27.32
O dízimo está antes da Lei e também está na Lei como vemos: “No tocante às
dízimas do gado e do rebanho, de tudo o que passar debaixo do bordão do
pastor, o dízimo será santo ao SENHOR”.(Lv 27.32). O dízimo também está na
Lei, pois a Lei de Moisés foi dada pelo próprio Deus para o seu povo, este livro
de Levíticos que trata sobre o culto, também se refere a contribuição durante o
culto, por isso que a Igreja Presbiteriana do Brasil faz o ofertório somente no
culto. Este dízimo é santo ao Senhor, devido a isto que Deus não aceita dízimo
de ganhos ilicitos, mas é a contribuição daquilo que você ganha honestamentee.

IV. A contribuição (dízimos e ofertas) está registrada, depois da Lei, nos


livros históricos. Ne 13.12
Observamos aqui depois da Lei que a contribuição continua sendo evidenciada:
“Então, todo o Judá trouxe os dízimos dos cereais, do vinho e do azeite aos
depósitos” (Ne 13.12). Então, vemos a mentira dos que atacam pastores sendo
desmascaradas, pois aqui está provado que a contribuição além de estar antes da
Lei, na Lei, também a vemos depois da Lei. A contribuição sempre esteve
presente na vida do povo de Deus. Eu dou até uma sugestão aos que são contra
a palavra dízimo, se sua implicância não for por avareza, use o termo
contribuição e dê 11%, mas como sabemos as implicâncias são por avareza
mesmo, irão continuar repetindo as mesmas mentiras. O dízimo está registrado
depois da Lei nos livros históricos.

V. A contribuição (dízimos e ofertas) está relatada, depois da Lei, nos livros


poéticos. Pv 3.9-10
A contribuição também está presente na divisão do Antigo Testamento chamada
de “Livros Poéticos”, vejamos: “9 Honra ao SENHOR com os teus bens e com
as primícias de toda a tua renda; 10 e se encherão fartamente os teus celeiros, e
transbordarão de vinho os teus lagares” (Pv 3.9-10). Nesta passagem vemos o
autor sacro dando algumas dicas importantes sobre contribuição, as quais
listamos a seguir: a) Contribuir com a obra do Senhor é uma honra, não um
peso (v.9a); b) Contribuir com a obra do Senhor deve ser com a melhor parte
(primícias), não com as sobras (v.9b); c) Contribuir com a obra do Senhor leva-
nos a contemplar as bençãos de Deus sobre nós (v.10). Contribua com a obra de
Deus!

VI. A contribuição (dízimos e ofertas) está explicitada, depois da Lei, nos


livros proféticos. Ml 3.10
Além da contribuição está registrada antes da Lei, na Lei, nos livros históricos,
a agora nos livros proféticos, como se verifica: “Trazei todos os dízimos à casa
do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o
SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar
sobre vós bênção sem medida” (Ml 3.10). Interessante é que alguns afirmam
que este texto de Malaquias não seria para nós hoje, mas os mesmos utilizam o
texto de Malaquias 3.6 para falar sobre a imutabilidade de Deus, como que no
mesmo capítulo um versículo vale para hoje e outro não vale? este texto de
Malaquias nos traz algumas lições: a) Trazer os dízimos é uma ordem - “Trazei
todos os dízimos (v.10a); b) Os dízimos devem ser para manutenção na casa de
Deus (v.10b); c) Trazer os dízimos tem recompensa divina (v.10c). Vimos a
contribuição (dízimos e ofertas), presente em todo o Antigo Testamento e não
apenas na Lei, agora vamos ver sua presença no Novo testamento a partir deste
momento.

b) A contribuição está presente no Novo Testamento inteiro.

I. Jesus concordou com a entrega dos dízimos e ofertas. Mt 23.23; Lc 11.42


Alguns ditos “cristãos” dizem que a contribuição (dízimos e ofertas) não está
presente no Novo Testamento, até chegam a afirmar que Jesus era contra o
dízimo, será que é assim mesmo? Vejamos: “Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes
negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a
fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mt 23.23). Há uma
outra passagem paralela, na qual Lucas registra a fala de Jesus sobre o mesmo
assunto, vejamos: “Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da
arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis,
porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas” (Lc 11.42). Algumas questões
precisam ser enfatizadas: a) Jesus aqui está criticando, não o dízimo, mas a
atitude dos fariseus que praticavam este preceito e negligenciavam outros mais
importantes (v.23a; 42a). b) Jesus falou neste texto sobre dízimos, justiça,
misericórdia, fé e amor (v.23b; v.42b). Se dízimo de fato não é ordenança para
cristãos, então estaríamos isentos de agir com justiça, misericórdia, fé e amor?
Se a resposta é não, então não estamos isentos do dízimo. c) Jesus disse que
deveria fazer as duas coisas, ou seja, dar os dízimos e agir com justiça
misericórdia, fé e amor (v.23c; 42c). Se dízimo de fato não é ordenança para
cristãos, então Jesus estaria errado? Pois Ele concordou com a entrega dos
dízimos.

II. O ensino apostólico concorda com a entrega da Contribuição (dízimos e


ofertas).
O ensino apostólico falo sobre contribuição, aprendemos que eles nos
ensinaram a contribuir: a) De maneira generosa, pois está escrito: “[...] o
que contribui, com liberalidade [...]”(Rm 12.8b). A palavra liberalidade vem do
termo grego “Haploteti” e significa generosidade, isto é, quando vamos
contribuir com a obra de Deus, não devemos ter mesquinhez, mas generosidade,
no Antigo Testamento o dízimo era o teto, no Novo Testamento é o piso, pois
generosidade é dar mais do que o estipulado. b) De maneira alegre, como
afirma a Palavra de Deus: “Cada um contribua segundo tiver proposto no
coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá
com alegria” (II Co 9.7). Alguns usam este texto para dizer que contribuem
com o que tiver proposto no coração, pode ser um real, dois; porém, Paulo ao
escrever aqui não tinha em mente um coração avarento e mesquinho, mas um
coração alegre e generoso, se você entende que está proposto no seu coração,
mesmo tendo uma renda, não contribuir, isto denota ingratidão e avareza.
Contribua de maneira alegre. c) De maneira proporcional à riqueza, pois está
escrito: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa,
conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas
quando eu for” ( I Co 16.2) Nesta passagem da Sagrada Escritura afirma que a
contribuição deve ser proporcional à sua riqueza/prosperidade, ou seja, quem
mais ganha, entrega mais, o dízimo baliza esta questão, pois 10% traz essa
proporcionalidade, pois esta porcentagem de quem ganha mil é menor em
dinheiro do que quem ganha dez mil. d) De maneira regular, consoante afirma
o autor sacro: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte,
em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam
coletas quando eu for”.(I Co 16.2). O primeiro dia da semana era o dia do culto
divino onde era ministrada a Ceia do Senhor (At 20.7-8); neste dia eram
recolhidas as contribuições para o obra de Deus (I Co 16.2), devido a isto que a
Igreja Presbiteriana do Brasil, de maneira normal, faz o ofertório durante o
culto público dominical.

III. O autor aos hebreus concordou com a entrega da contribuição (dízimos


e ofertas). Hb 7.1-8
O autor da Carta aos Hebreus faz uma ligação de Melquisedeque com Cristo,
Melquisedeque seria uma tipologia ou mesmo uma aparição de Cristo no
Antigo Testamento: “1 Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do
Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança
dos reis, e o abençoou, 2 para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo
(primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou
seja, rei de paz; 3 sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de
dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus),
permanece sacerdote perpetuamente.“4 Considerai, pois, como era grande esse a
quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos. 5 Ora,
os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm mandamento de
recolher, de acordo com a lei, os dízimos do povo, ou seja, dos seus irmãos,
embora tenham estes descendido de Abraão; 6 entretanto, aquele cuja
genealogia não se inclui entre eles recebeu dízimos de Abraão e abençoou o que
tinha as promessas. 7 Evidentemente, é fora de qualquer dúvida que o inferior é
abençoado pelo superior. 8 Aliás, aqui são homens mortais os que recebem
dízimos, porém ali, aquele de quem se testifica que vive” (Hb 7.1-8).
Melquisedeque é identificado com Cristo como Deus por ser Rei de Justiça e
paz (vv.1-2); Sem parentes humanos (v.3); eterno (v.3). Depois trata sobre o
dízimo que Abraão deu a Melquisedeque como sendo dado a Cristo, pois,
Melquisedeque era uma aparição de Cristo no VT (Hb 7.1-10), assim sendo, o
dízimo do cristão é superior ao de Israel, pois, eles davam a Levi e nós a Cristo
que é superior a Levi. Melquisedeque é Rei de justiça e de paz, isto é, Cristo,
Sacerdote perpetuamente, ou seja, Cristo (Gn 14.18-20; Hb 4.14-16), Ele trouxe
pão e vinho (Gn 14.18), isto é símbolo do sacrifício de Cristo (I Co 11.23-26),
Ele é sem pai nem mãe, genealogia, que não teve princípio de dias nem terá fim
de existência, ou seja, Cristo (Hb 7.3). Foi para este que Abraão, pai da fé (Gl
3.7), deu o dízimo não para os levitas e sim para Cristo, também é para este que
o cristão, filho de Abraão pela fé entrega os dízimos. A contribuição está
também presente no Novo Testamento.

c) A contribuição deve ser utilizada de maneira organizada.

I. Para manutenção da casa de Deus. Ml 3.10


A contribuição deve entregue na igreja para que melhorias sejam feitas no lugar
de reuniões, para que a igreja funcione de maneira limpa e organizada, vejamos:
“Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha
casa [...]” (Ml 3.10a). Queremos um local que nos forneça conforto, mas muitas
vezes nos negamos a contribuir financeiramente para que tudo funcione bem,
quando nos tornamos membros da Igreja fizemos este compromisso

II. Para realizar os trabalhos sociais da igreja. At 6.1-3


A contribuição financeira servia para que a igreja pudesse acudir aos
necessitados como firma Lucas: “1 Ora, naqueles dias, multiplicando-se o
número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus,
porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. 2 Então,
os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável
que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. 3 Mas, irmãos,
escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de
sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço” (At 6.1-3). A primeira junta
diaconal foi criada justamente com este fim de cuidar das pessoas necessitadas,
no caso aqui as viúvas. A Igreja
Presbiteriana do Brasil faz também trabalho social com os dízimos e ofertas,
seja a nível nacional através da sua Comissão de Ação Social, seja também
através das igrejas locais. Outras igrejas evangélicas sérias também fazem
trabalhos sociais.

III. Para sustento de obreiros da igreja. II Co 11.8; I Tm 5.17-18


 Para aqueles que dizem que os pastores precisam fazer igual Paulo dizendo que
ele não recebia salário, vamos deixar que o próprio Paulo diga: “Despojei outras
igrejas, recebendo salário, para vos poder servir” (II Co 11.8). Ainda em outra
passagem Paulo fala sobre sustento de obreiros, vejamos: “17 Devem ser
considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem
bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. 18 Pois a
Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O
trabalhador é digno do seu salário” (I Tm 5.17-18). Os apóstolos e obreiros
recebiam recurso da igreja para seu sustento, eles não trabalhavam fora, mas na
obra (At 6.4; I Co 9.4-14) Para quem diz que Paulo não recebia das igrejas, ele
não recebeu de Corinto, mas recebeu salário de outras igrejas para trabalhar em
Corinto (II Co 11.8), Paulo não foi sustentado pelos cristãos de Corinto, por
outras igrejas ele foi (II Co 12.13). Logo, quem manda o pastor trabalhar e diz
que siga o exemplo de Paulo, está precisando ler mais a Bíblia, pois, Paulo
recebeu sim das igrejas no período que ele estava a serviço da obra em tempo
integral. Leia a Bíblia para entender que o pastor trabalha sim. Paulo afirma a
validade do sustento pastoral (I Tm 5.17-18).

APLICAÇÃO: Vimos aqui nesta parte sobre a contribuição para a obra de


Deus que ela está presente desde o Antigo até o Novo Testamento. Analisamos
que mesmo na antiga aliança as contribuições eram de formas diversas,
inclusive em dinheiro. Analisamos ainda que a contribuição estava presente
antes da Lei, na Lei, depois da Lei, em todo o Antigo Testamento. Examinamos
também que a contribuição está no Novo Testamento, sendo aprovada por Jesus
e pelos apóstolos. Por fim nós observamos que a contribuição servia para
manutenção do local de culto, socorro aos necessitados e também para sustento
dos obreiros que são chamados para a obra de Deus. Lamentamos a postura de
muitos que se dizem cristãos que vivem a caluniar as igrejas sérias com
mentiras. Tudo que aqui ensinamos está embasado na Bíblia, quem se opõe à
Bíblia, está se opondo ao próprio Deus. Se você tem uma renda e não contribui,
se arrependa da avareza e passe a contribuir com a obra de Deus. Se não quer
contribuir, pelo menos não use desculpas sem noção e nem mentiras contras
pastores e igrejas sérias.

REFERÊNCIAS
Bíblia de Estudo Genebra. 2 Ed. Ampl. Textos e Notas de Rodapé. São Paulo:
Cultura Cristã, 2010.

CASIMIRO, Arival Dias. Rede de Discipulado I. 1 Ed. Santa Bárbara d’Oeste


- SP: Z3 Ideia Editora, 2015.
GENEBRA, Bíblia de Estudo. Textos e Notas de Rodapé. 2 ed. Amp. São
Paulo: Cultura Cristã, 2010.
RENOVATO, Elinaldo. Mordomia Cristã. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.
FERREIRA, Wellington. O Evangelho e a Mordomia. Extraido
de:<https://ministeriofiel.com.br/artigos/o-evangelho-e-a-
mordomia/>acessoem25/052021

AUTOR: Pastor Veronilton Paz da Silva.

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