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Os cristãos devem ser referência na administração

das finanças que Deus, bondosamente, lhes concedeu.


Nesta aula, refletiremos acerca de alguns aspectos da
mordomia financeira com base na Bíblia Sagrada – como
nossa única regra de fé e prática. Veremos que o dinheiro
pode ser bênção ou maldição, e que tudo depende do uso
que fazemos dele.
Ponto Central

Tenhamos gratidão a
Deus pelas finanças e
lidemos com elas com
prudência.
A Bíblia está repleta de passagens que falam
sobre as finanças. Percebemos que é do
interesse de Deus, não só levar-nos à eternidade,
mas, sobre tudo, guiar-nos pelo melhor caminho
enquanto peregrinamos nesta terra. Concluímos
que, a Palavra de Deus pode ser utilizada como
um excelente manual de gestão financeira.
1. Deus é dono de tudo.

“Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o


mundo e os que nele vivem.” (Sl 24.1 NVI)

Deus criou a Terra, portanto, legalmente ela lhe


pertence. O Senhor é a fonte de todas as coisas,
inclusive das riquezas. Ele é o nosso provedor, sem sua
provisão não teríamos nada, por isso, precisamos
administrar com temor e sabedoria os bens que nos
foram confiados.
2. O trato com o dinheiro.

⁕O trato com o dinheiro requer um cuidado


especial, o seu mau uso tem feito muitos se
tornarem ricos materialmente, porém miseráveis
espiritualmente como a Igreja de Laodiceia; “Como
dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada
tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e
miserável, e pobre, e cego, e nu)...” Ap 3.17
⁕Todo extremo é sempre prejudicial, por isso,
devemos ter uma vida financeira equilibrada,
como as palavras de Agur: “...não me permitas
viver em extrema pobreza nem em grande
riqueza; concede-me o sustento diário
necessário”. Pv 30.8b. BKJA
3. Cuidado com a falsa prosperidade.

Precisamos ter cuidado com a “Teologia da Prosperidade”.

Para os adeptos dessa falsa doutrina, o importante é o “ter”; e não o “ser”, pois o
crente, segundo eles, por ser “filho do Rei”, jamais passará por agruras
financeiras.
Deus não promete ao crente ser rico neste mundo, aliás, a verdadeira
prosperidade é ter Cristo no coração. Ele é o nosso supremo bem!
Há um corinho antigo que diz: “Quem tem Jesus tem tudo; quem não tem Jesus,
não tem nada. Quem tem Jesus tem tudo, no céu já tem morada.”
“Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a
sua alma?” Mc 8.36 NVI
1. Trabalhando honestamente.

Não é pecado ganhar dinheiro de maneira digna, lícita e honesta. Pecado é


aplicá-lo mal. Desde o Gênesis, vemos que o homem deve empregar esforços
para obter os bens que necessita para sobreviver. “No suor do teu rosto,
comerás o teu pão...” Gn 3.19. Sendo assim, o trabalho passou a ser um meio
legítimo para prover o sustento humano. O Senhor Jesus diz: “...digno é o
trabalhador do seu salário.” Lc 10.7 ARA
2. Fugindo das práticas ilícitas.

Como cristãos, entendemos que o mais importante para nossa


vida não é conquistar coisas, mas sim, a certeza da salvação.
Portanto, devemos evitar práticas ilícitas de ganhar dinheiro tais
como: atividades que envolvam drogas, prostituição, jogos de azar,
roubo, etc. Tais práticas podem até nos fazer perder a salvação.

Alguns meios lícitos de ganhar dinheiro são:


 O Trabalho ou emprego. O apóstolo Paulo chegou a dizer:
“Se alguém não quiser trabalhar, não coma também.”2 Ts 3.10
 Escolarização e Mobilidade Social- A escolarização
proporciona a capacitação profissional e o acesso a níveis
superiores, desta forma, aumentando as chances de
melhores salários.
3. Fugindo da avareza.

A avareza é o amor ao dinheiro.

Deus não condena a riqueza em si, o que


Ele condena é a ganância, a ambição, a
cobiça, a exploração, a usura, etc.
O cristão pode até ser rico, se as riquezas
não ocuparem o lugar de Deus em sua vida.
“Porque bem sabeis isto: que nenhum
fornicador, ou impuro, ou avarento, o qual
é idólatra, tem herança no Reino de Cristo
e de Deus.” Ef 5.5
Certa vez um pastor disse: “O dinheiro de Deus está no bolso
dos crentes”. De fato, Deus mantém sua Igreja, no que tange à
parte material, através dos recursos financeiros que Ele mesmo
concede à seus servos.
1. Na Igreja do Senhor.

1.1- Contribuindo com os dízimos.


A boa Entregar os dízimos para a manutenção material da
administração Obra do Senhor é uma das maiores expressões de
financeira tem início gratidão a Deus e amor por sua causa na Terra.
com a fidelidade do
1.2- Contribuindo com ofertas alçadas.
cristão na entrega
dos dízimos e das As ofertas são contribuições extras aos dízimos, com
esses recursos, a igreja mantém: a evangelização, as
ofertas. missões, o socorro aos necessitados, o sustento de
obreiros, manutenção do patrimônio, etc.
2. Na sociedade civil.

João Wesley

Era um intrépido pregador nascido na


Inglaterra no início do século XVIII.

João Wesley era muito prático e, por isso deu três regrinhas sobre o
uso correto do dinheiro:
1ª) Ganhe o máximo que puder.
2ª) Economize o máximo que puder.
3ª) Doe o máximo que puder.
As dívidas podem provocar muitos males como as
2.1- Evitando dívidas
desavenças no lar. A falha no estabelecimento de
fora do seu alcance.
prioridades provoca o endividamento.
Há os avarentos, que se apegam demasiadamente à
2.2- Evitando os poupança, em detrimento do bem-estar da família. De
extremos. outro lado há aqueles que gastam além de suas
possibilidades, trazendo endividamentos desnecessários.
O cristão deve conter-se aos limites de sua renda, seja ela
2.3- Tendo controle da
grande ou pequena. Faz bem quem só compra à vista. Se
renda.
comprar a prazo, “não dê o passo maior que a perna”.
2.4- Não fique por A Bíblia é que nos aconselha à isso (Pv 11.15; 17.18; 20.16;
fiador. 22.26; 27.13).
É uma verdadeira maldição quem cai nas mãos dessas
2.5- Fugindo do agiota.
pessoas, pois elas cobram juros extorsivos.
O cristão não deve ser sonegador de impostos, pois isso
2.6- Pagar os impostos.
não glorifica a Deus (Rm 13.7).
O dinheiro pode ser uma bênção ou uma maldição. Isso
depende muito do uso que fazemos dele. Se o fizermos para a
glória de Deus, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos
recompensados pelo Senhor. Que usemos os recursos
financeiros de modo honesto, como verdadeiros mordomos
de nosso Senhor Jesus Cristo! Que o Senhor nos ensine a usar
os recursos como bênção!

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