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por mais que pudesse receber encomendas de diversos tipos de pessoas, sempre acabou

sendo um serviçal de reis, das cortes, das academias de arte, de colecionadores e


críticos. No século XIX, com o processo de “privatização do gosto” (DEBRAY, 1993,
p. 234), em que o artista agora vende suas obras ,Ele começa a trabalhar quase que
para si mesmo e isto é de suma importância no que diz respeito à produção do
autorretrato. O artista adquire fama através de sua arte, e começa a se tornar mais
importante que ela própria. O culto à arte se converte no culto ao artista.

Diversos artistas que trabalharam para a corte espanhola fizeram autorretratos para
que fossem exibidos juntamente com os da família real,o espanhol Diego Velázquez
(1599-1660), que em 1656 pinta o quadro As Meninas, em que retrata toda a família
real, os criados, o rei, a rainha, e o próprio artista, todos juntos, em seu
estúdio. ele lança a ideia de um olhar refletido, como se todos os personagens não
olhassem para o pintor, Velázquez, que está também retratado ao lado deles. É como
se todos se voltassem ao espectador do quadro, e ao fundo, pode-se ver um espelho
onde está o reflexo do rei e da rainha.

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Francisco de Goya (1746-1828) em 1799 produziu sua famosa série de gravuras “Os
caprichos”, em que fazia uma sátira à sociedade espanhola do século XVIII.
ele colocou na folha de rosto uma gravura com seu próprio autorretrato, com uma
expressão enigmática,

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Goya acreditava que os artistas estavam convencidos de que os erros e vícios


humanos poderiam ser objetos da pintura, assim como retratados na série. este
pensamento já traria novas ideias para o campo da arte, sendo o embrião do
pensamento modernista,no âmbito do autorretrato. Quando a arte se torna mais
subjetiva que objetiva, os artistas começam a retratar o que tem vontade e isso faz
com que o auto retrato gange força como gênero pictórico deexpressão subjetiva
(HALL,2014).

Gustave Courbet (1819-1877) foi pioneiro da arte realista e liderou a Escola


Realista francesa. Para ele, os autorretratos eram uma categoria especial de
pintura, que provariam seu desejo de demonstrar as diferentes mudanças de humor e
expressão, de forma realista (HALL, 2014).

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Suas pinturas ilustram a definição da pintura Romântica feita pelo filósofo Georg
Hegel (1770-1831). Ele argumentava que a pintura e a música românticos não
expressavam somente o espírito das épocas e dos indivíduos, mas também a vida
subjetiva – a aflição, a agonia, os sentimentos profundos, o medo, o amor.

Alguns artistas como Cézanne e Monet saíram dos ateliês para pintar ao ar livre, os
artistas de vanguarda, rejeitavam a pintura histórica, gênero mais em voga na
época. Por este motivo, eram acusados de não se darem ao trabalho de terminar seus
quadros, como se eles aparentassem inacabados. Aliás, por que buscar retratar a
realidade se as máquinas fotográficas já o faziam? (HARRISON, 2001).

Vincent Van Gogh (1853-1890) foi um pintor holandês que pintou a si mesmo mais de
20 vezes,cores vibrantes, poucos contrastes de claro e escuro e com pinceladas
marcadas, estilo que ficou conhecido como neoimpressionismo. Van Gogh utilizava
seus retratos como forma de expressão. Em uma das cartas que escreveu a seu irmão
Theo, Van Gogh declara que apesar de as pessoas falarem que é difícil conhecer a si
mesmo, ele considerava que pintar a si mesmo também não era tarefa fácil, ainda
mais se fosse para ser diferente de uma fotografia (GAY, p. 121, 2008).

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termina aqui a pintura inicia a fotografia

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