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Prof.

José Maria
Língua Portuguesa para Banco do Brasil Aulas 00 e 01

Teste a sua Direção

Olá, tudo bem? Preparei uma pequena bateria para que você possa avaliar se compreendeu bem os temas
abordados nas duas últimas aulas. O objetivo deste teste é permitir um excelente diagnóstico da sua preparação
até aqui. Só assim você saberá se está realmente evoluindo, ou seja, se está caminhando na Direção correta.

É provável que, ao resolver as questões, você perceba “lacunas de conhecimento”, aspectos que precisa reforçar,
assuntos que precisa reler etc. Não hesite em voltar às aulas anteriores e relembrar tudo aquilo que julgar
necessário. Mais importante do que terminar logo o curso é avançar de maneira sólida, consistente. Se ainda
assim alguma dúvida permanecer, lembre que você pode me procurar por meio do nosso fórum, ok?

Faça um excelente teste de Direção!

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Exercícios para revisão

1. Os vocábulos “prejuízo” e “níveis” se classificam da mesma forma quanto à posição do acento tônico, mas
são acentuados graficamente devido a regras distintas.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

2.
Num país territorialmente gigante, em que a censura restringe o acesso à rede para milhões de usuários, a Internet
tende a se tornar a ferramenta de maior integração nacional ao aproximar moradores urbanos e rurais, que falam
dialetos variados, mas que têm apenas um tipo de escrita. A China ganha 100 novos internautas por minuto. É o
segundo país com mais usuários online no mundo - cerca de 162 milhões -, atrás apenas dos Estados Unidos da
América (EUA), onde há quase 200 milhões.

A palavra "têm" é acentuada porque está no plural para concordar com "moradores".

( ) Verdadeiro
( ) Falso

3. A frase a seguir está de acordo com as normas ortográficas vigentes:


Ao se defrontar com o olhar; perplexo do jornaleiro, em reconhecendo o freguês que se encontrava mudo a sua frente,
o comprador exitou se entrava direto no assunto, ou não.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

4. Em "contribuíram", o emprego do acento gráfico justifica-se pela presença de ditongo em sílaba tônica.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

5. As palavras "catástrofe" e "climática" recebem acento gráfico com base em justificativas gramaticais
diferentes.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

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Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) quanto ao emprego do acento circunflexo
estabelecido pelo Novo Acordo Ortográfico.

6. O acento permanece na grafia de 'pôde' (o verbo conjugado no passado) para diferenciá-la de 'pode' (o
verbo conjugado no presente).

( ) Verdadeiro
( ) Falso

7. O acento circunflexo de 'pôr' (verbo) cai e a palavra terá a mesma grafia de 'por' (preposição),
diferenciando-se pelo contexto de uso.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

8. A queda do acento na conjugação da terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos crer,
dar, ler, ter, vir e seus derivados.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

9. A frase a seguir está de acordo com as normas ortográficas vigentes:


Se me perguntam por que sou favorável ao voto distrital, qual o motivo porque defendo tal sistema, explico de pronto:
porque com ele diminui a briga interna dos partidos em cada distrito. Além disso, porque o voto distrital dá ao eleitor
a possibilidade de controlar quem foi por ele eleito.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

10. A frase a seguir está de acordo com as normas ortográficas vigentes:


Alguns prefeitos se reelegem com extrema facilidade. Por que isso ocorre? Por que prefeitos de municípios recém-
criados se reelegem com muito mais facilidade do que os demais? Provavelmente, porque têm mais liberdade para
gastar e amplas possibilidades de contratar novos funcionários para compor a burocracia local.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

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11.A frase a seguir está de acordo com as normas ortográficas vigentes:


Em cada eleição se manifesta o desejo de permanência ou mudança. Mudar por quê? Nem todos os porquês são
razoavelmente justificáveis. É preciso que cada um reflita seriamente para saber por que quer mudar, ou por que quer
a continuidade de determinado grupo no poder.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

12.
Pádua era empregado em repartição dependente do Ministério da Guerra. Não ganhava muito, mas a mulher gastava
pouco, e a vida era barata.

Julgue o item com relação a aspectos gramaticais e ortográficos do texto.

A palavra "repartição" diz respeito a uma área administrativa específica do "Ministério da Guerra". Com esse
mesmo sentido, o autor poderia ter empregado a palavra “cessão”.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

13.
No artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, dispôs a Carta Magna de 1988: "Aos remanescentes
das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o
Estado emitir-lhes os títulos respectivos."
Em "emitir-lhes", o pronome exerce a função de objeto direto.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

14.
O administrador interino

Pádua era empregado em repartição dependente do Ministério da Guerra. Não ganhava muito, mas a mulher
gastava pouco, e a vida era barata. Demais, a casa em que morava, assobradada como a nossa, posto que menor,
era propriedade dele. Comprou-a com a sorte grande que lhe saiu num meio bilhete de loteria, dez contos de réis.
A primeira ideia do Pádua, quando lhe saiu o prêmio, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes
para a mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar vir da Europa alguns pássaros etc.; mas a mulher, esta
D. Fortunata que ali está à porta dos fundos da casa, em pé, falando à filha, alta, forte, cheia, como a filha, a mesma
cabeça, os mesmos olhos claros, a mulher é que lhe disse que o melhor era comprar a casa, e guardar o que
sobrasse para acudir às moléstias grandes. Pádua hesitou muito; afinal, teve de ceder aos conselhos de minha
mãe, a quem D. Fortunata pediu auxílio. Nem foi só nessa ocasião que minha mãe lhes valeu; um dia chegou a
salvar a vida ao Pádua. Escutai; a anedota é curta.

O administrador da repartição em que Pádua trabalhava teve de ir ao Norte, em comissão. Pádua, ou por ordem

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regulamentar, ou por especial designação, ficou substituindo o administrador com os respectivos honorários. Esta
mudança de fortuna trouxe-lhe certa vertigem; era antes dos dez contos. Não se contentou de reformar a roupa e
a copa, atirou-se às despesas supérfluas, deu joias à mulher, nos dias de festa matava um leitão, era visto em
teatros, chegou aos sapatos de verniz. Viveu assim vinte e dois meses na suposição de uma eterna interinidade.
Uma tarde entrou em nossa casa, aflito e desvairado, ia perder o lugar, porque chegara o efetivo naquela manhã.
Pediu a minha mãe que velasse pelas infelizes que deixava; não podia sofrer desgraça, matava-se. Minha mãe
falou-lhe com bondade, mas ele não atendia a coisa nenhuma.

Pádua enxugou os olhos e foi para casa, onde viveu prostrado alguns dias, mudo, fechado na alcova, − ou então no
quintal, ao pé do poço, como se a ideia da morte teimasse nele. D. Fortunata ralhava:

− Joãozinho, você é criança?

Mas, tanto lhe ouviu falar em morte que teve medo, e um dia correu a pedir a minha mãe que lhe fizesse o favor
de ver se lhe salvava o marido que se queria matar. Minha mãe foi achá-lo à beira do poço, e intimou-lhe que
vivesse. Que maluquice era aquela de parecer que ia ficar desgraçado, por causa de uma gratificação a menos, e
perder um emprego interino?

Machado de Assis. Dom Casmurro, cap. XVI (com adaptações).

Os pronomes empregados em "quando lhe saiu o prêmio" e "atirou-se às despesas supérfluas" devem ser
interpretados como reflexivos.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

15.
No Brasil, a tradição política no tocante à representação gira em torno de três ideias fundamentais. A primeira é a
do mandato livre e independente, isto é, os representantes, ao serem eleitos, não têm nenhuma obrigação,
necessariamente, para com as reivindicações e os interesses de seus eleitores. O representante deve exercer seu
papel com base no exercício autônomo de sua atividade, na medida em que é ele quem tem a capacidade de
discernimento para deliberar sobre os verdadeiros interesses dos seus constituintes. A segunda ideia é a de que os
representantes devem exprimir interesses gerais, e não interesses locais ou regionais. Os interesses nacionais
seriam os únicos e legítimos a serem representados. A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema
democrático representativo deve basear-se no governo da maioria. Praticamente todas as leis eleitorais que
vigoraram no Brasil buscaram a formação de maiorias compactas que pudessem governar.

Julgue o item que se segue, relativo às estruturas sintáticas e semânticas do texto.

Em "A segunda ideia é a de que", o "a" que precede "de que" poderia ser retirado, sem acarretar prejuízo à
correção gramatical, ao passo que, em "A primeira é a do", o "a" que precede "do" não poderia ser retirado,
visto que substitui a palavra "ideias".

( ) Verdadeiro
( ) Falso

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16.
Rousseau defendia que o que, de fato, distingue os animais do ser humano é algo que ele
denominou perfectibilidade. O nome é um neologismo um tanto inusitado, mas seu significado é por ele
esclarecido: a perfectibilidade é a capacidade que o homem tem de aperfeiçoar-se. Atualizando um pouco a
distinção, poder-se-ia dizer que é como se os animais viessem com um software instalado, de fábrica, o qual os
condiciona e limita durante toda a existência. Já os humanos seriam, nesse sentido, ilimitados, porque são seres
que se aperfeiçoam, desenvolvem cultura, fazem história. Enquanto um pombo morreria de fome diante de um
pedaço de carne, ou um felino, frente a um punhado de grãos, pois são programados por natureza a alimentar-se
diversamente, o homem é um ser que supera determinações naturais. Não sendo condicionado por natureza, o
homem é capaz de vivenciar novas experiências, de inventar artefatos que lhe possibilitem, por exemplo, voar ou
explorar o mundo subaquático, quando não foi dotado por natureza para voar e permanecer sob a água. Diante
disso, Rousseau defende que o homem é o único animal a possuir liberdade, porque ele pode fazer escolhas que
vão contra seus instintos ou determinações naturais.

Julgue o seguinte item quanto às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima apresentado.

A substituição de "poder-se-ia dizer" pela forma menos formal poderia se dizer preservaria a correção gramatical
do texto, desde que fosse respeitada a obrigatoriedade de não se usar hífen, para se reconhecer que o pronome se
está antes do verbo dizer, e não depois do verbo poderia.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

17.
No Brasil, a tradição política no tocante à representação gira em torno de três ideias fundamentais. A primeira é a
do mandato livre e independente, isto é, os representantes, ao serem eleitos, não têm nenhuma obrigação,
necessariamente, para com as reivindicações e os interesses de seus eleitores. O representante deve exercer seu
papel com base no exercício autônomo de sua atividade, na medida em que é ele quem tem a capacidade de
discernimento para deliberar sobre os verdadeiros interesses dos seus constituintes. A segunda ideia é a de que os
representantes devem exprimir interesses gerais, e não interesses locais ou regionais. Os interesses nacionais
seriam os únicos e legítimos a serem representados. A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema
democrático representativo deve basear-se no governo da maioria. Praticamente todas as leis eleitorais que
vigoraram no Brasil buscaram a formação de maiorias compactas que pudessem governar.

Julgue o item que se segue, relativo às estruturas sintáticas e semânticas do texto.

Em "deve basear-se", a colocação do pronome "se" antes da forma verbal "deve" atenderia à prescrição gramatical.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

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18.

A recuperação econômica dos países desenvolvidos começou perigosamente a perder fôlego. A reação dos
indicadores de atividade na zona do euro, que já não eram robustos ou mesmo convincentes, é agora algo
semelhante à paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa superior a 3% em 12 meses, mas a
maioria dos analistas aposta que a economia americana perderá força no segundo semestre. O corte de 125 mil
empregos em junho indica que a esperança de gradual retomada do crescimento do mercado de trabalho no curto
prazo era prematura e não deverá se concretizar. As razões para esse estancamento encontram-se no
comportamento do polo dinâmico da economia mundial, os países emergentes, cujo desenvolvimento econômico
começou a desacelerar − ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão.
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir.

O deslocamento do pronome "se" para imediatamente após a forma verbal "concretizar" − não deverá
concretizar-se − não prejudicaria a correção gramatical do texto.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

19. Na frase “O professor falou bonito na festa de formatura.”, a palavra “bonito” funciona
gramaticalmente como adjetivo.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

20.
Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de
correspondência com os estudantes, julgando estar a se corresponder com sua amada. E eis que passo pela rama
nesta fase de meu relato, já que me é impossível dar a exata medida do grau de maluquice que inspiraram tais
cartas: infelizmente se perderam e de nenhuma encontrei paradeiro, por maiores que tenham sido os meus
esforços em rebuscar coleções, arquivos e alfarrábios em minha terra. Sou forçado, pois, a limitar-me aos
elementos de que disponho, encerrando em desventuras as aventuras de Viramundo em Ouro Preto, e dando viço
às suas peregrinações.

Fernando Sabino. O grande mentecapto. 62.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2002.

Com referência aos sentidos do texto precedente e às estruturas linguísticas nele empregadas, julgue os itens
a seguir.
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se substituísse, na linha 6, “de que” por os quais.

( ) Verdadeiro
( ) Falso

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Gabarito

1–V 11 – V

2–V 12 – F

3–F 13 – F

4–F 14 – F

5–F 15 – F

6–V 16 – V

7–F 17 – V

8–F 18 – V

9–F 19 – F

10 – V 20 – V

Resolução dos exercícios

1. Os vocábulos “prejuízo” e “níveis” se classificam da mesma forma quanto à posição do acento tônico, mas
são acentuados graficamente devido a regras distintas.

(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

De fato! Os vocábulos “prejuízo” e “níveis” tem a penúltima sílaba como tônica, o que faz deles paroxítonos. No
entanto, as regras que motivam o acento em cada um são distintas: enquanto que “níveis” se acentua por ser
paroxítona terminada em ditongo, “prejuízo” se acentua devido à regra do hiato.

A regra do hiato é assim enunciada: acentuam-se os hiatos “i” e “u” tônicos, quando isolados formando sílaba ou
acompanhados de “s”, desde que, na sílaba seguinte, não haja dígrafo NH.

2.
Num país territorialmente gigante, em que a censura restringe o acesso à rede para milhões de usuários, a Internet
tende a se tornar a ferramenta de maior integração nacional ao aproximar moradores urbanos e rurais, que falam
dialetos variados, mas que têm apenas um tipo de escrita. A China ganha 100 novos internautas por minuto. É o
segundo país com mais usuários online no mundo - cerca de 162 milhões -, atrás apenas dos Estados Unidos da
América (EUA), onde há quase 200 milhões.

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A palavra "têm" é acentuada porque está no plural para concordar com "moradores".

(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

Emprega-se o acento diferencial na 3a pessoa do plural do presente do indicativo (têm). Assim, distingue-se essa
forma da 3a pessoa do singular (tem). É bom lembrar que, mesmo com o Novo Acordo Ortográfico, não houve a
eliminação do acento diferencial nos verbos "ter" (ele tem; eles têm) e "vir" (ele vem; eles vêm).

O aluno poderia ficar em dúvida se a palavra "têm" concorda realmente com "moradores", ou com alguma outra
palavra, como "dialetos". As formas verbais "falam" e "têm" possuem como sujeito "moradores". Isso pode ser bem
evidenciado pelo paralelismo sintático entre as duas orações adjetivas que se referem ao substantivo mencionado:
"que falam dialetos variados" e "que têm apenas um tipo de escrita.".

Além disso, essa conclusão também é pautada pela compatibilidade semântica: faz sentido afirmar que os usuários
possuem o mesmo tipo de escrita; já o dialeto, não, pois este é uma variação de linguagem, que afeta a maneira
de se expressar, e não propriamente a escrita.

3. A frase a seguir está de acordo com as normas ortográficas vigentes:

Ao se defrontar com o olhar; perplexo do jornaleiro, em reconhecendo o freguês que se encontrava mudo a sua frente,
o comprador exitou se entrava direto no assunto, ou não.

( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

Está incorreto o uso do ponto-e-vírgula depois de "olhar", pois essa pausa isola o nome "olhar" de seu adjunto
adnominal "perplexo"; está incorreto o uso da vírgula depois de "jornaleiro", pois é criado um problema de
coerência e coesão; está incorreta a grafia da palavra "exitou", pois ela está empregada no sentido de "temer",
"recear".

Com as correções necessárias, teríamos: "Ao se defrontar com o olhar perplexo do jornaleiro
reconhecendo o freguês que se encontrava mudo a sua frente, o comprador hesitou se entrava direto no assunto, ou
não."

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4. Em "contribuíram", o emprego do acento gráfico justifica-se pela presença de ditongo em sílaba tônica.

( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

O acento gráfico em "contribuíram" se deve ao fato de o "i" formar hiato isolado em uma sílaba (con - tri - bu - í -
ram). Vale ressaltar que não haveria acento nessas condições caso a sílaba seguinte tivesse o dígrafo "nh" (é o caso
de "rainha" e "bainha", por exemplo).

5. As palavras "catástrofe" e "climática" recebem acento gráfico com base em justificativas gramaticais
diferentes.

( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

Trata-se da mesma justificativa: ambas são palavras proparoxítonas e, como tal, exigem o acento gráfico na sílaba
tônica. Vale lembrar que, nas proparoxítonas, a sílaba tônica incide na antepenúltima sílaba.

Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) quanto ao emprego do acento circunflexo
estabelecido pelo Novo Acordo Ortográfico.

6. O acento permanece na grafia de 'pôde' (o verbo conjugado no passado) para diferenciá-la de 'pode' (o
verbo conjugado no presente).

(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:
De fato! Segundo a Nova Ortografia, permanece o acento diferencial nas formas “pode” (Presente do Indicativo)
e “pôde” (Pretérito Perfeito do Indicativo).

7. O acento circunflexo de 'pôr' (verbo) cai e a palavra terá a mesma grafia de 'por' (preposição),
diferenciando-se pelo contexto de uso.

( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

Segundo a Nova Ortografia, permanece o acento diferencial nas formas “pôr” (verbo) e “por” (preposição).

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8. Há queda do acento na conjugação da terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos crer,
dar, ler, ter, vir e seus derivados.

( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

De fato! Segundo a Nova Ortografia, cai o acento no EE e no OO. As antigas grafias eram “crêem”, “vêem”,
“lêem” e “dêem”. As novas grafias passam a ser “creem”, “veem”, “leem” e “deem”.
No entanto, permanece o acento diferencial na flexão de 3ª pessoa do plural dos verbos TER e VIR: eles
têm/eles vêm. Por fim, a terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo “dar” é: eles dão.

9. A frase a seguir está de acordo com as normas ortográficas vigentes:

Se me perguntam por que sou favorável ao voto distrital, qual o motivo porque defendo tal sistema, explico de pronto:
porque com ele diminui a briga interna dos partidos em cada distrito. Além disso, porque o voto distrital dá ao eleitor
a possibilidade de controlar quem foi por ele eleito.

( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

O primeiro "por que" está correto, pois está inserido em uma interrogativa indireta. O segundo "porque" está
incorreto e, no seu lugar, devemos empregar "por que", uma vez que se trata do pronome relativo "que" (por que
= pelo qual). O terceiro e o quarto "porque" estão corretos, pois são conjunções explicativas.

Assim, o correto seria: "Se me perguntam por que sou favorável ao voto distrital, qual o motivo por
que defendo tal sistema, explico de pronto: porque com ele diminui a briga interna dos partidos em cada distrito.
Além disso, porque o voto distrital dá ao eleitor a possibilidade de controlar quem foi por ele eleito."

10. A frase a seguir está de acordo com as normas ortográficas vigentes:

Alguns prefeitos se reelegem com extrema facilidade. Por que isso ocorre? Por que prefeitos de municípios recém-
criados se reelegem com muito mais facilidade do que os demais? Provavelmente, porque têm mais liberdade para
gastar e amplas possibilidades de contratar novos funcionários para compor a burocracia local.

(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

O primeiro "Por que" está correto, pois está inserido em uma interrogativa direta. O segundo "Por que" também
está correto pelo mesmo motivo. O terceiro "porque" está correto, pois se trata de uma conjunção explicativa.

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11.A frase a seguir está de acordo com as normas ortográficas vigentes:

Em cada eleição se manifesta o desejo de permanência ou mudança. Mudar por quê? Nem todos os porquês são
razoavelmente justificáveis. É preciso que cada um reflita seriamente para saber por que quer mudar, ou por que quer
a continuidade de determinado grupo no poder.

(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

O primeiro "por quê" está correto, pois está inserido numa interrogativa direta e encerra a frase, justificando,
assim, o acento em "quê". O segundo "porquês" está correto, pois se trata do substantivo, sinônimo de "razões",
"motivos". O terceiro e o quarto "por que" também estão corretos, pois estão inseridos em interrogativas indiretas.

12.
Pádua era empregado em repartição dependente do Ministério da Guerra. Não ganhava muito, mas a mulher gastava
pouco, e a vida era barata.
Julgue o item com relação a aspectos gramaticais e ortográficos do texto.

A palavra "repartição" diz respeito a uma área administrativa específica do "Ministério da Guerra". Com esse
mesmo sentido, o autor poderia ter empregado a palavra “cessão”.

( ) Verdadeiro
(X) Falso
COMENTÁRIO:

Os vocábulos "cessão" e "seção" são homônimos homófonos, ou seja, possuem a mesma pronúncia. No entanto,
seus sentidos são bem distintos. O primeiro diz respeito ao ato de "ceder", ao passo que o segundo significa "setor",
"área". Dessa forma, seria correto substituir no texto "repartição" por "seção".

13.
No artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, dispôs a Carta Magna de 1988: "Aos remanescentes
das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o
Estado emitir-lhes os títulos respectivos."
Em "emitir-lhes", o pronome exerce a função de objeto direto.

( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:

Analisemos o trecho:

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"Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a
propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos."
Existem duas possibilidades de função sintática para o pronome “lhes" na frase.

1) Objeto Indireto:

emitir os títulos respectivos aos remanescentes das comunidades dos quilombos

= emitir os títulos respectivos a eles


= emitir-lhes os títulos respectivos

Esta é a interpretação mais imediata.

2) Adjunto Adnominal

emitir os títulos respectivos dos remanescentes das comunidades dos quilombos

= emitir os títulos respectivos deles


= emitir-lhes os títulos respectivos

Observação:

Neste último caso, o pronome oblíquo assume valor possessivo.


Basta substituí-lo pelas formas possessivas “seu”, “sua”, “seus”, “suas”, “dele(s)”, “dela(s).”

Veja outros exemplos:

Cumprimentei-lhe o pai = Cumprimentei o seu pai.


Interroguei-lhe o irmão = Interroguei o seu irmão.

Nesse caso, a função sintática do "lhe" seria de adjunto adnominal, pois ele modifica nome, e não verbo.

Muito bem...
Dessa forma, há apenas duas possibilidades de função sintática para o "lhes": objeto INdireto ou adjunto
adnominal

Não há possibilidade de o “lhes” exercer função de objeto DIreto, o que torna errado o item.

14.
O administrador interino

Pádua era empregado em repartição dependente do Ministério da Guerra. Não ganhava muito, mas a mulher
gastava pouco, e a vida era barata. Demais, a casa em que morava, assobradada como a nossa, posto que menor,
era propriedade dele. Comprou-a com a sorte grande que lhe saiu num meio bilhete de loteria, dez contos de réis.
A primeira ideia do Pádua, quando lhe saiu o prêmio, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes
para a mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar vir da Europa alguns pássaros etc.; mas a mulher, esta
D. Fortunata que ali está à porta dos fundos da casa, em pé, falando à filha, alta, forte, cheia, como a filha, a mesma
cabeça, os mesmos olhos claros, a mulher é que lhe disse que o melhor era comprar a casa, e guardar o que
sobrasse para acudir às moléstias grandes. Pádua hesitou muito; afinal, teve de ceder aos conselhos de minha

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mãe, a quem D. Fortunata pediu auxílio. Nem foi só nessa ocasião que minha mãe lhes valeu; um dia chegou a
salvar a vida ao Pádua. Escutai; a anedota é curta.

O administrador da repartição em que Pádua trabalhava teve de ir ao Norte, em comissão. Pádua, ou por ordem
regulamentar, ou por especial designação, ficou substituindo o administrador com os respectivos honorários. Esta
mudança de fortuna trouxe-lhe certa vertigem; era antes dos dez contos. Não se contentou de reformar a roupa e
a copa, atirou-se às despesas supérfluas, deu joias à mulher, nos dias de festa matava um leitão, era visto em
teatros, chegou aos sapatos de verniz. Viveu assim vinte e dois meses na suposição de uma eterna interinidade.
Uma tarde entrou em nossa casa, aflito e desvairado, ia perder o lugar, porque chegara o efetivo naquela manhã.
Pediu a minha mãe que velasse pelas infelizes que deixava; não podia sofrer desgraça, matava-se. Minha mãe
falou-lhe com bondade, mas ele não atendia a coisa nenhuma.

Pádua enxugou os olhos e foi para casa, onde viveu prostrado alguns dias, mudo, fechado na alcova, − ou então no
quintal, ao pé do poço, como se a ideia da morte teimasse nele. D. Fortunata ralhava:

− Joãozinho, você é criança?

Mas, tanto lhe ouviu falar em morte que teve medo, e um dia correu a pedir a minha mãe que lhe fizesse o favor
de ver se lhe salvava o marido que se queria matar. Minha mãe foi achá-lo à beira do poço, e intimou-lhe que
vivesse. Que maluquice era aquela de parecer que ia ficar desgraçado, por causa de uma gratificação a menos, e
perder um emprego interino?

Os pronomes empregados em "quando lhe saiu o prêmio" e "atirou-se às despesas supérfluas" devem ser
interpretados como reflexivos.

( ) Verdadeiro
(X) Falso
COMENTÁRIO:

Em "quando lhe saiu o prêmio", o pronome "lhe" assume valor possessivo. Uma redação equivalente seria "quando
saiu o seu prêmio". Já em "atirou-se às despesas supérfluas", o pronome "se" é reflexivo, equivalendo a "a si
mesmo", "a si próprio". Uma redação equivalente seria "atirou a si mesmo às despesas supérfluas".

15.
No Brasil, a tradição política no tocante à representação gira em torno de três ideias fundamentais. A primeira é a
do mandato livre e independente, isto é, os representantes, ao serem eleitos, não têm nenhuma obrigação,
necessariamente, para com as reivindicações e os interesses de seus eleitores. O representante deve exercer seu
papel com base no exercício autônomo de sua atividade, na medida em que é ele quem tem a capacidade de
discernimento para deliberar sobre os verdadeiros interesses dos seus constituintes. A segunda ideia é a de que os
representantes devem exprimir interesses gerais, e não interesses locais ou regionais. Os interesses nacionais
seriam os únicos e legítimos a serem representados. A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema
democrático representativo deve basear-se no governo da maioria. Praticamente todas as leis eleitorais que
vigoraram no Brasil buscaram a formação de maiorias compactas que pudessem governar.

Julgue o item que se segue, relativo às estruturas sintáticas e semânticas do texto.

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Em "A segunda ideia é a de que", o "a" que precede "de que" poderia ser retirado, sem acarretar prejuízo à
correção gramatical, ao passo que, em "A primeira é a do", o "a" que precede "do" não poderia ser retirado,
visto que substitui a palavra "ideias".

( ) Verdadeiro
(X) Falso
COMENTÁRIO:
O "a", em ambos os casos, é pronome demonstrativo e equivale a "aquela", que, por sua vez, retoma o
substativo "ideia". Nos dois trechos, o pronome pode ser omitido sem acarretar prejuízo algum à redação do texto,
uma vez que seria possível identificar o substantivo "ideia" - elíptico ou não - nos dois casos: "A segunda ideia é de
que" e "A primeira (ideia) é do".

16.
Rousseau defendia que o que, de fato, distingue os animais do ser humano é algo que ele
denominou perfectibilidade. O nome é um neologismo um tanto inusitado, mas seu significado é por ele
esclarecido: a perfectibilidade é a capacidade que o homem tem de aperfeiçoar-se. Atualizando um pouco a
distinção, poder-se-ia dizer que é como se os animais viessem com um software instalado, de fábrica, o qual os
condiciona e limita durante toda a existência. Já os humanos seriam, nesse sentido, ilimitados, porque são seres
que se aperfeiçoam, desenvolvem cultura, fazem história. Enquanto um pombo morreria de fome diante de um
pedaço de carne, ou um felino, frente a um punhado de grãos, pois são programados por natureza a alimentar-se
diversamente, o homem é um ser que supera determinações naturais. Não sendo condicionado por natureza, o
homem é capaz de vivenciar novas experiências, de inventar artefatos que lhe possibilitem, por exemplo, voar ou
explorar o mundo subaquático, quando não foi dotado por natureza para voar e permanecer sob a água. Diante
disso, Rousseau defende que o homem é o único animal a possuir liberdade, porque ele pode fazer escolhas que
vão contra seus instintos ou determinações naturais.

Julgue o seguinte item quanto às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima apresentado.

A substituição de "poder-se-ia dizer" pela forma menos formal poderia se dizer preservaria a correção gramatical
do texto, desde que fosse respeitada a obrigatoriedade de não se usar hífen, para se reconhecer que o pronome se
está antes do verbo dizer, e não depois do verbo poderia.

(X) Verdadeiro
( ) Falso
COMENTÁRIO:
De fato, a ausência do hífen é condição necessária para se manter a correção gramatical. Sua presença resultaria
na construção "poderia-se dizer", que não está de acordo com as regras de colocação pronominal, uma vez que
não se emprega ênclise (pronome após verbo) com verbo no futuro.

Dessa forma, na construção "poderia se dizer", temos um caso de próclise (pronome antes do verbo) diante do
verbo "dizer", e não de ênclise diante do verbo "poderia".

Observação:

Muitos gramáticos já admitem como correta a construção com pronome oblíquo "solto" no meio da locução,
como é o caso da redação proposta "poderia se dizer". Embora seja originária da linguagem falada, essa

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construção vem sendo tolerada no nível formal de linguagem. É o que se observa nas mais diversas bancas,
principalmente na correção de provas de redação ou de discursivas técnicas. Nestas, não se aponta erro nesse
tipo de construção.

17.
No Brasil, a tradição política no tocante à representação gira em torno de três ideias fundamentais. A primeira é a
do mandato livre e independente, isto é, os representantes, ao serem eleitos, não têm nenhuma obrigação,
necessariamente, para com as reivindicações e os interesses de seus eleitores. O representante deve exercer seu
papel com base no exercício autônomo de sua atividade, na medida em que é ele quem tem a capacidade de
discernimento para deliberar sobre os verdadeiros interesses dos seus constituintes. A segunda ideia é a de que os
representantes devem exprimir interesses gerais, e não interesses locais ou regionais. Os interesses nacionais
seriam os únicos e legítimos a serem representados. A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema
democrático representativo deve basear-se no governo da maioria. Praticamente todas as leis eleitorais que
vigoraram no Brasil buscaram a formação de maiorias compactas que pudessem governar.

Julgue o item que se segue, relativo às estruturas sintáticas e semânticas do texto.

Em "deve basear-se", a colocação do pronome "se" antes da forma verbal "deve" atenderia à prescrição gramatical.

(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

Vamos analisar as possibilidades de colocação pronominal em locuções verbais formadas por VERBO AUXILIAR
+ INFINITIVO OU GERÚNDIO:

I) Se não houver justificativa para o uso da próclise:

a) antes ou depois do verbo auxiliar.

Exemplo:
Devo-lhe entregar a carta.
Vou-me arrastando pelos becos escuros.
O sistema contábil de uma empresa se deve pautar pela transparência.

Nos dois primeiros exemplos, não foi possível posicionar o pronome antes do verbo, pois obviamente não se deve
iniciar frase com pronome oblíquo.

b) depois do verbo principal no infinitivo ou gerúndio.

Exemplo:
Devo entregar-lhe a carta.
Vou arrastando-me pelos becos escuros.

II) Se houver alguma palavra ou expressão que justifique a próclise, o pronome poderá ser colocado:

a) antes do verbo auxiliar

Exemplo:

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Não se deve jogar comida fora.


Não me vou arrastando pelos becos escuros.

b) depois do infinitivo ou gerúndio.

Exemplo:
Não devo calar-me.
Não vou arrastando-me pelos becos escuros.

Voltando à questão, como não há fator de próclise presente, não haverá restrição alguma quanto a posicionar o
pronome "se" proclítico ou enclítico ao verbo auxiliar "dever" ou enclítico ao verbo principal "basear".

Assim, as três construções a seguir são corretas:

A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema democrático representativo se deve basear no governo da
maioria.

A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema democrático representativo deve-se basear no governo da
maioria.

A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema democrático representativo deve basear-se no governo da
maioria.

18.

A recuperação econômica dos países desenvolvidos começou perigosamente a perder fôlego. A reação dos
indicadores de atividade na zona do euro, que já não eram robustos ou mesmo convincentes, é agora algo
semelhante à paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa superior a 3% em 12 meses, mas a
maioria dos analistas aposta que a economia americana perderá força no segundo semestre. O corte de 125 mil
empregos em junho indica que a esperança de gradual retomada do crescimento do mercado de trabalho no curto
prazo era prematura e não deverá se concretizar. As razões para esse estancamento encontram-se no
comportamento do polo dinâmico da economia mundial, os países emergentes, cujo desenvolvimento econômico
começou a desacelerar − ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão.

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir.

O deslocamento do pronome "se" para imediatamente após a forma verbal "concretizar" − não deverá
concretizar-se − não prejudicaria a correção gramatical do texto.

(X) Verdadeiro
( ) Falso

COMENTÁRIO:

No caso de locuções verbais, com verbo principal no infinitivo, e presença de fator de próclise, são duas as
possibilidades: posicionar o pronome proclítico ao auxiliar ou enclítico ao principal.

Exemplos:

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Não se deve investir em países que desrespeitam contratos multilaterais.


Não deve investir-se em países que desrespeitam contratos multilaterais.

Dessa forma, devido ao trecho selecionado apresentar o fator de próclise "não", são corretas as
construções "não se deverá concretizar" e "não deverá concretizar-se". Também se admite entre os gramáticos
brasileiros a construção "não deverá se concretizar" - pronome enclítico ao auxiliar e proclítico ao principal.

19. Na frase “O professor falou bonito na festa de formatura.”, a palavra “bonito” funciona
gramaticalmente como adjetivo.

( ) Verdadeiro
(X) Falso

COMENTÁRIO:
Note que a palavra “bonito” está modificando não o substantivo “professor”, mas sim o verbo “falar”. Foi a maneira
de falar que foi bonita. Dessa forma, “bonito” funciona como advérbio.

20.
Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de
correspondência com os estudantes, julgando estar a se corresponder com sua amada. E eis que passo pela rama
nesta fase de meu relato, já que me é impossível dar a exata medida do grau de maluquice que inspiraram tais
cartas: infelizmente se perderam e de nenhuma encontrei paradeiro, por maiores que tenham sido os meus
esforços em rebuscar coleções, arquivos e alfarrábios em minha terra. Sou forçado, pois, a limitar-me aos
elementos de que disponho, encerrando em desventuras as aventuras de Viramundo em Ouro Preto, e dando viço
às suas peregrinações.
Com referência aos sentidos do texto precedente e às estruturas linguísticas nele empregadas, julgue os itens
a seguir.

A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se substituísse, na linha 6, “de que” por os quais.

(X) Verdadeiro
( ) Falso
COMENTÁRIO:

Analisemos o trecho:

Sou forçado, pois, a limitar-me aos elementos de que disponho...


A forma “de que” consiste na união da preposição “de” – requerida pela regência da forma verbal “dispomos”
(dispomos de algo) – com o pronome relativo “que” – que retoma o termo anterior “elementos”.
Até podemos substituir o relativo “que” pelo também relativo “os quais”, mas precisamos manter a
preposição “de” posicionada antes do pronome, pois é uma exigência da regência do verbo “dispor”.

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Dessa forma, seria correta a seguinte redação: Sou forçado, pois, a limitar-me aos elementos dos quais
disponho...

A ausência da proposição acarretaria prejuízo gramatical.

Fim do teste. Até o próximo encontro!


Saudações,
Prof. José Maria

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