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O QUE DIZ A NR35?

A NR35 regulamenta a exigência de exames complementares que garantam a


integridade física do profissional, de forma a proporcionar maior garantia ao
empregador.
Nem sempre os acidentes estão ligados diretamente à falta do uso de
equipamentos de segurança.
Há outros fatores que envolvem também a realização do planejamento e
treinamento adequados para a realização do trabalho em altura, que podem
estar relacionados à saúde do profissional. Os exames são feitos justamente
para certificar a qualificação desses colaboradores para executar determinada
função.

A norma regulamentadora de trabalho em altura Nº 35 diz o seguinte:


item 35.5.5.1 d) define que os equipamentos devem ser ajustados de acordo
com a altura e peso do trabalhador, não havendo nada especificando qual o
limite de peso.
item 35.5.7 define que o Sistema de Proteção Individual Contra Queda deve
ser selecionado de forma que a força de impacto transmitida ao trabalhador
seja de no máximo 6 kN quando de uma eventual queda. Também não
especificando qual o limite de peso do trabalhador ou fator de queda para esse
resultado.
item 35.5.11: A Análise de Risco prevista nesta norma deve considerar para o
SPIQ minimamente os seguintes aspectos:
a) que o trabalhador deve permanecer conectado ao sistema durante todo o
período de exposição ao risco de queda;
b) distância de queda livre;
c) o fator de queda;
d) a utilização de um elemento de ligação que garanta um impacto de no
máximo 6 kN seja transmitido ao trabalhador quando da retenção de uma
queda;
e) a zona livre de queda;
f) compatibilidade entre os elementos do SPIQ.

SPIQ- Sistema de proteção individual contra queda


QUAIS SÃO OS EXAMES COMPLEMENTARES PREVISTOS PELA NR35?

Por se tratar de atividade de risco, o ASO para trabalho em altura prevê os


seguintes exames:
Acuidade visual;
Audiometria ocupacional;
Eletrocardiograma;
Eletroencefalograma;
Glicemia de jejum;
Hemograma completo.
 
INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O ATESTADO DE SAÚDE
OCUPACIONAL

Os responsáveis pela contratação precisam estar cientes de que algumas


doenças são incompatíveis com o trabalho em altura:
Doença cardíaca;
Dores no peito;
Pressão sanguínea alta ou baixa;
Epilepsia;
Convulsão;
Vertigem;
Tontura;
Dificuldade de equilíbrio.

PESO MAXIMO PARA TRABALHO EM ALTURA

Os cinturões de segurança suportam o trabalhador com mais de 100 kg, porém


se o sistema não for dimensionado para reduzir o impacto de uma queda, este
poderá lesionar o trabalhador mesmo sem bater em nada durante a queda.
É bastante comum gestores de segurança do trabalho limitarem o trabalhador
com mais de 100kg a executarem trabalhos em altura. Devido a esse frequente
questionamento, o Ministério do Trabalho publicou a nota técnica de Nº 195,
em 2015. Esta nota técnica esclarece a utilização de EPIs para trabalhadores
com mais de 100kg.

Nota técnica de Nº 195

De acordo com a Nota Técnica o que fica claro é que vai depender dos
fabricantes, a disposição ao mercado de produtos com capacidade para mais
de 100 kg.
Vejamos o que diz o item 18 da NT:
“18. Na verdade, o que precisamos saber quando utilizamos cintos de
segurança com talabarte com absorvedor de energia incorporado é o
desempenho deste equipamento para as diferentes faixas de massa total do
trabalhador, e alturas de queda. Essa informação não faz parte do Certificado
de Aprovação — CA emitido pelo MTE e deve ser obtida com o fabricante do
equipamento, que faz as especificações dos equipamentos em função do seu
uso. ”
…e continua no item 19…
“Exceder o limite do fabricante pode gerar uma força de impacto excessiva ou
uma distância de parada excessiva, ou causar a falha do sistema, e não
deveria ser sequer cogitado o uso nessas situações. ”
Em outras palavras, só devemos adotar um cinto de segurança para
trabalhadores com mais de 100 kg, caso o fabricante garanta sua capacidade,
ou seja, esteja explícito em sua especificação qual é o limite do equipamento.
 

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