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Sobre o autor

Luiz Gustavo Xavier Borges

O autor é formado em Engenharia de Produção, especialista em Engenharia


Econômica e Financeira e mestre em Sistemas de Gestão. Com experiência em
docência na disciplina desde 2011, aborda o conteúdo de maneira prática e objetiva,
utilizando também sua experiência como empreendedor.
Coordenador do curso de Engenharia de Produção da Faculdade Redentor de
Itaperuna desde 2013 e do curso de Engenharia de Produção EaD desde 2017,
ministra disciplinas da área específica como Inovação Tecnológica, Gestão da
Informação, Projeto de Negócios e Projeto de Conclusão de Curso.
Apresentação

Olá querido aluno (a), seja muito bem-vindo (a)!

Iniciando sua formação em Matemática Financeira, você obterá


conhecimentos teóricos e práticos dobre o sistema financeiro e suas operações, como
processo de capitalização, séries de pagamentos e sistemas de amortização. Esta é
uma disciplina que terá impacto não apenas em sua carreira profissional, mas também
em suas decisões pessoais, como, por exemplo, entender os conceitos de formação
de juros, calcular valores de pagamentos em financiamentos ou os parâmetros para
quitação de empréstimos.
A matéria está dividida em 16 curtas e bem explicadas aulas, com cálculos
passo a passo, para que você não perca o andamento de cada operação.
Não deixe de buscar conhecimentos complementares, livros e listas de
exercícios, exemplos na internet e outras fontes de informação relevante.
Espero que você goste da disciplina e que tenha um grande ganho de
aprendizagem!

Bons estudos!
Objetivos

A Matemática Financeira é a parte da matemática que trabalha com números


monetários, envolvendo cálculos baseados em taxas, períodos e capitais. Através
destes estudos, a tomada de decisão em operações financeiras se torna mais
racionais.

Este caderno de estudos tem como objetivos:

 O entendimento dos conceitos de Matemática Financeira;


 A compreensão da teoria sobre as características da Matemática
Financeira, assim como seus ramos de estudos;
 Desenvolver cálculos para melhor ajuste das relações financeiras
com as operações reais do mercado;
 Ajudar e dar subsídio para o aluno desenvolver a sua capacidade
de basear-se em números e dados para a tomada de decisão,
ajudando nas demais disciplinas do curso;
 Capacitar o acadêmico na habilidade de interpretação e resolução
de problemas reais, através de operações factíveis e rotineiras,
utilizando conceitos técnicos aplicados de forma prática em
situações de avaliação.
Sumário

AULA 1 - MÉTODOS DE MONGE – ESTUDO DO PONTO E DA RETA


1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 12
1.1 CONCEITOS BÁSICOS ........................................................................................ 12
1.2 O QUE COMPÕE UMA TAXA DE JUROS? ........................................................ 13

AULA 2 - CAPITALIZAÇÃO SIMPLES


2 CAPITALIZAÇÃO SIMPLES ......................................................................................... 20
2.1 EXEMPLO DE CAPITALIZAÇÃO .......................................................................... 20

AULA 3 - DESCONTO SIMPLES COMERCIAL


3 DESCONTO SIMPLES .................................................................................................. 29
3.1 OS PROCESSOS DE DESCONTO SIMPLES ......................................................... 29
3.2 DESCONTO SIMPLES COMERCIAL .................................................................... 30

AULA 4 - DESCONTO SIMPLES RACIONAL


4 DESCONTO SIMPLES .................................................................................................. 38
4.1 DESCONTO SIMPLES RACIONAL ....................................................................... 38

AULA 5 - CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA


5 CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA ................................................................................... 45
5.1 EXEMPLO DE CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA ................................................. 45

AULA 6 - DESCONTO COMPOSTO


6 DESCONTO COMPOSTO ........................................................................................... 54
6.1 EXEMPLO DE DESCONTO COMPOSTO ......................................................... 54

AULA 7 - SÉRIES DE PAGAMENTOS


7 SÉRIES DE PAGAMENTOS .......................................................................................... 64
7.1 CARACTERÍSTICAS DE SÉRIES DE PAGAMENTOS .......................................... 64
7.2 CLASSIFICAÇÕES DE SÉRIES DE PAGAMENTOS ............................................ 65

AULA 8 - SÉRIES DE PAGAMENTOS DE VALOR ATUAL - IMEDIATA


8 SÉRIES DE VALOR ATUAL - IMEDIATA ........................................................................ 70
8.1 COMO CALCULAR UM VALOR ATUAL DE UMA SÉRIE DE PAGAMENTOS
IMEDIATA ................................................................................................................... 71

AULA 9 - SÉRIES DE PAGAMENTOS DE VALOR ATUAL - ANTECIPADA


9 SÉRIES DE VALOR ATUAL - ANTECIPADA .................................................................. 81
9.1 COMO CALCULAR UM VALOR ATUAL DE UMA SÉRIE DE PAGAMENTOS
IMEDIATA ................................................................................................................... 81

AULA 10 - SÉRIES DE PAGAMENTOS DE VALOR ATUAL - DIFERIDA


10 SÉRIES DE VALOR ATUAL - DIFERIDAS ....................................................................... 88
10.1 COMO CALCULAR UM VALOR ATUAL DE UMA SÉRIE DE PAGAMENTOS
IMEDIATA ................................................................................................................... 88

AULA 11 - SÉRIES DE PAGAMENTOS DE MONTANTE


11 SÉRIES DE PAGAMENTOS - MONTANTE .................................................................... 97
11.1 COMO CALCULAR UM MONTANTE DE UMA SÉRIE DE PAGAMENTOS
ANTECIPADA ............................................................................................................. 97

AULA 12 - EXERCÍCIOS DE SÉRIES DE PAGAMENTOS


12 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ....................................................................................... 105

AULA 13 - SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE


13 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO ................................................................................. 115
13.1 O QUE É O SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE? .............................. 115
13.2 COMO FAZER UMA TABELA DE SAC ........................................................... 116

AULA 14 - DETALHAMENTO DO SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE


14 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE ............................................................ 123
14.1 FORMULÁRIO PARA CÁLCULO DETALHADO NO SAC ............................... 123
14.2 APLICANDO O FORMULÁRIO ...................................................................... 124

AULA 15 - SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO PRICE


15 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO PRICE ....................................................................... 131
15.1 COMO FAZER UMA TABELA DE SAC ........................................................... 131
AULA 16 - DETALHAMENTO DO SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO PRICE
16 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE ............................................................ 141
16.1 FORMULÁRIO PARA CÁLCULO DETALHADO NO SISTEMA PRICE .............. 141
16.2 APLICANDO O FORMULÁRIO ...................................................................... 141
Iconografia
Aula 1
Introdução Matemática Financeira

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula estudaremos os conceitos básicos da Matemática Financeira e os


princípios que norteiam o sistema financeiro e suas operações.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Conhecer os princípios básicos da Matemática Financeira;


 Entender o processo de formação de Juros ou remuneração de um
capital emprestado;
 Definir os fatores que compõem uma taxa de juros.
P á g i n a | 12

1 INTRODUÇÃO

A Matemática Financeira, como o próprio nome já diz, é a


disciplina que trabalha com operações matemáticas relacionadas
a quantias expressas em moeda, englobando atividades práticas
e operações realizadas entre empresas e pessoas. Desde os
primórdios, os povos se organizam em atribuir valores monetários
a produtos e serviços, a fim de quantificar cada um deles, para facilitar a aquisição ou
permuta entre as pessoas.

1.1 Conceitos Básicos

Imagine duas pessoas, que chamaremos de João e Marcos, que possuem um


salário mensal de $1.000,00 cada. Em um determinado mês, João gastou apenas
$700,00, conseguindo poupar $300,00. Neste mesmo mês, Marcos gastou todo seu
salário de $1.000,00 e ainda, por alguns problemas, faltou $300,00 em seu orçamento.
Como João e Marcos se conheciam, combinaram o seguinte: João emprestaria
$ 300,00 a Marcos, para que este resolvesse seus problemas neste mês.
Esta é a definição do primeiro conceito básico da Matemática Financeira: o que
é capital? CAPITAL (C) é qualquer quantia, expressa em moeda, disponível em
determinada data. Neste caso, o capital desta operação são os $300,00 que João
emprestou a Marcos, em dinheiro e disponível no início de determinado mês.
Podemos citar também outros tipos de capital: cheques, duplicatas, promissórias,
títulos a receber e a pagar, etc. Seguindo com a operação acima, neste caso João
está abrindo mão de gastar seu dinheiro para que Marcos possa gastar seu dinheiro.
Para isso, João deverá receber um prêmio, uma compensação, que deverá ser paga
por Marcos por essa oportunidade. Eles acordam que, todo mês, até que consiga
devolver integralmente o valor de $300,00 para João, Marcos pagará $30,00, valor
este que não abaterá o capital da dívida. Isso é o que chamamos de juros.
JURO (J) é a remuneração do capital empregado. Sendo assim, podemos
determinar ainda a seguinte situação: os juros pagos serão de $30,00 por mês e o
capita empregado é de $300,00 na operação. A relação entre os mesmos pode ser
descrita da seguinte maneira:
P á g i n a | 13

30
𝑖= = 0,10
300

O 0,10, escrito em decimal, é o mesmo que 10/100 ou simplesmente 10%. Ou


seja, a relação entre o Juro pago e o Capital empregado, neste caso é de 10% ao
mês. Isso é o que chamamos de TAXA DE JUROS (i). A fórmula para definição da
Taxa de Juros é:
𝐽
𝑖=
𝐶

Lembrando sempre que a taxa deverá ser acompanhada de um período de


tempo. Por exemplo, se o pagamento se realiza todo mês, no valor de 10%, esta taxa
é de 10% ao mês. Se ocorresse uma vez ao ano, seria a taxa ao ano, e assim para
qualquer período.

1.2 O que compõe uma taxa de juros?

Como vimos no exemplo anterior, Marcos cobrou juros no valor de $ 30,00


nesta operação. Mas o que será que ele levou em consideração para definir qual seria
a quantia que solicitaria como prêmio por emprestar seu capital?
A primeira coisa: qual seria o risco de João não pagar o empréstimo? Uma parte
do valor dos juros serve para amenizar as perdas, caso elas ocorram.
Após isso, imagine quando Marcos devolver o capital inicial ao João. Será que
no futuro João conseguiria comprar as mesmas coisas que teria comprado se usasse
o dinheiro no dia do empréstimo? Dito isso, João precisa colocar um pouco de
correção monetária ou inflação no valor dos juros, para que seu dinheiro não perca
valor ao longo do tempo. Este seria o segundo fator.
Para emprestar o dinheiro a Marcos, João teve que comprar uma nota
promissória para garantia e ir até Marcos para levar o dinheiro. Assim, João teve
despesas para emprestar o capital, fator esse que também deverá ser somado ao
valor dos juros ou remuneração de seu capital.
P á g i n a | 14

E por último, João poderia ganhar dinheiro em outras aplicações com seu
capital, mas preferiu emprestar a Marcos, por vislumbrava também o ganho de capital,
ou lucro.

Quatro fatores que compõem a taxa de juros:


- Risco
- Correção Monetária ou Inflação
- Despesas
- Lucro ou Ganho de Capital

Não importa o tamanho da operação, nem os agentes envolvidos.


Sempre a taxa de juros será composta por estes quatro fatores!

Em nosso exemplo, utilizamos o João e marcos, que se conheciam.


Agora imagine quantas pessoas estão na mesma situação, possuem ou
querem possuir recursos, mas não se conhecem ou não sabem de suas
disponibilidades?
Neste contexto entram as Instituições Financeiras, como bancos, financeiras,
operadores de créditos, captando capital de quem deseja investir, pagando uma
remuneração por este capital, e emprestando capital a quem deseja tomar
emprestado, cobrando uma taxa de juros superior.
P á g i n a | 15

A Selic é a taxa básica de juros da economia no Brasil, utilizada no mercado


interbancário para financiamento de operações com duração diária,
lastreadas em títulos públicos federais. A sigla SELIC é a abreviação
de Sistema Especial de Liquidação e Custódia.

Caso haja alguma dúvida, em relação à teoria ou aos exercícios, entre


em contato com o tutor da disciplina. Não se esqueça de consultar o
material complementar, pois lá você encontrará várias maneiras de reforçar
a aprendizagem do nosso conteúdo, tanto por consulta a outros sites, vídeos
quanto por programas computacionais para o desenvolvimento dos
exercícios de Matemática Financeira.
Resumo

Nesta aula, abordamos:

 Conceitos básicos da Matemática Financeira;


 Cálculo da Taxa de Juros;
 Fatores que compõem a taxa de Juros.
Complementar

Para saber mais sobre a taxa SELIC, visite o site do Banco Central do
Brasil:
<http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/SELICTAXA>
Exercícios
AULA 1

1) Qual dos fatores abaixo não influenciam a composição


da taxa de juros?
a) Risco
b) Ganho de Capital
c) Período de Aplicação
d) Despesas
e) Correção Monetária

2) Em uma operação de empréstimo, onde o Capital é de $1.500,00, o valor


de juros pago é de $300,00 por mês. Qual é a taxa aplicada nesta operação?

Gabarito:
1) Período de Aplicação (Letra c)
2) 20% ao mês
Aula 2
Capitalização simples

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula estudaremos o processo de capitalização simples em uma operação


financeira, onde apenas o capital produz juros e ao final obtém-se um montante.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Entender o processo de capitalização simples;


 Calcular o montante em processos de capitalização simples;
 Trabalhar com as variáveis envolvidas no processo de capitalização.
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2 CAPITALIZAÇÃO SIMPLES

O processo de capitalização simples acontece quando apenas o capital inicial


produz juros e os juros não são incorporados ao capital, apenas ao montante final.

2.1 Exemplo de Capitalização

Vamos utilizar como exemplo uma aplicação de $1.000,00, com taxa de 10%
ao mês e duração de 3 meses.
O capital será investido em um primeiro momento, ao que chamamos data zero
ou data inicial. Ao final do primeiro mês, este capital renderá juros referente ao
período. Como vimos na aula anterior, a taxa é igual ao valor dos juros dividido pelo
capital. Sendo assim, podemos passar o capital multiplicando a taxa, para definirmos
o valor dos juros:
𝐽=𝐶𝑥𝑖

Ou seja, neste caso, o juro mensal será de:


𝑗 = 1.000 𝑥 0,10 = 100

Lembrando sempre que a taxa deverá ser utilizada de forma decimal.


No segundo mês a conta se repete, assim como no terceiro, criando o seguinte
quadro:

n Capital (C) Juros (J) Montante (M)


0 1.000 1.000
1 1.000 100 1.100
2 1.000 100 1.200
3 1.000 100 1.300

A partir disto, podemos chegar a algumas definições.


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O montante é a soma do capital inicial mais o valor de juros gerados durante o


período. Pode ser representado pela seguinte fórmula:
𝑀 =𝐶+𝐽

Também podemos definir que, através do comportamento linear dos juros, que
para a capitalização simples podemos definir a fórmula do cálculo do valor dos juros
com a seguinte equação, onde o n é o número de períodos:
𝐽=𝐶𝑥𝑖𝑥𝑛

Para o exemplo, podemos calcular o valor total dos juros da operação:


𝐽 = 1.000 𝑥 0,10 𝑥 3 = 300

Para descobrirmos o Montante, podemos deduzir a seguinte fórmula:


𝑀 = 𝐶 + 𝐽; 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝐽 = 𝐶 𝑥 𝑖 𝑥 𝑛

Assim,
𝑀 =𝐶+𝐶𝑥𝑖𝑥𝑛

Ou seja, para achar o montante, usamos:


𝑀 = 𝐶 (1 + 𝑖 𝑥 𝑛)

Para o exemplo, podemos calcular o montante da operação:


𝑀 = 1.000 (1 + 0,10 𝑥 3)
𝑀 = 1.000 (1 + 0,30) = 1.000 (1,30)
𝑀 = 1.300

Essas variáveis irão se repetir sempre em processos de capitalização simples:


Capital, Montante, Juros, Taxa de Juros e Período. É sempre importante conhecer as
necessidades de cada situação ou problema para avançar com os resultados.
P á g i n a | 22

Em processos de Capitalização Simples, não há


mistério, o negócio é praticar! Deve-se resolver muitos
exercícios para entender cada vez mais do conteúdo.

Agora é praticar com os exercícios propostos nesta aula!


Resumo

Nesta aula vimos:

 O processo de Capitalização Simples;


 Como achar o Montante de uma operação de Capitalização Simples;
 Exercícios relativos ao processo de Capitalização Simples.
Fica a dica!

 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a


sua aprendizagem!

 Fique atento aos horários de atendimento disponíveis na


Secretaria Virtual da Blackboard!

 Não acumule dúvidas!

 Procure o professor da disciplina ou o tutor para esclarecer


suas dúvidas.
Exercícios
AULA 2

1) Em uma operação de capitalização simples, foi


investido um capital de $8.500,00, a uma taxa de 4% ao mês. Ao
final de 7 meses, qual foi o valor do montante desta operação?
C : 8.500
i : 0,04 a.m.
n : 7 meses
M:?

𝑀 = 8.500 ( 1 + 0,04 𝑥 7) = 8.500 ( 1 + 0,28) = 8.500 (1,28)


Resposta: $10.880,00

2) Uma operação de empréstimo gerou juros no valor de $1.200,00. Sabendo


que a operação durou 5 meses e taxa foi de 3% ao mês, qual foi o Capital investido
inicialmente?
J : 1.200
n : 5 meses
i : 0,03 a.m.
C:?

𝐽=𝐶𝑥𝑖𝑥𝑛
1.200 = 𝐶 𝑥 0,03 𝑥 5
1.200 = 𝐶 𝑥 0,15
1200
𝐶= = 8.000
0,15
Resposta: $ 8.000,00

3) Ao investir $3.200,00, obteve-se um montante de $3.560,00 em capitalização


simples. Sabendo que a taxa da operação era de 2% ao mês, qual foi o período que
o capital ficou investido?
C: 3.200
M: 3.560
i: 0,02 a.m.
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n: ?
𝑀 = 𝐶 (1 + 𝑖 𝑥 𝑛)
3.560 = 3.200 ( 1 + 0,02 𝑥 𝑛)
3.560
= 1 + 0,02 𝑥 𝑛
3.200
1,1125 = 1 + 0,02 𝑥 𝑛
1,1125 − 1 = 0,02 𝑥 𝑛
0,1125 = 0,02 𝑥 𝑛
0,1125
𝑛= = 5,625
0,02

Resposta: 5,625 meses ou 5 meses e 19 dias (30 dias x 0,625 = 19 dias).

4) Em um investimento em capitalização simples, foi investido $1.400,00 e


obteve-se um retorno de $260,00 ao final de 5 meses. Qual foi a taxa da operação?
C : 1.400
J : 260
n : 5 meses
i:?
𝐽=𝐶𝑥𝑖𝑥𝑛
260 = 1.400 𝑥 𝑖 𝑥 5
260 = 7.000 𝑥 𝑖
260
=𝑖
7.000
𝑖 = 0,0371 𝑜𝑢 3,71% 𝑎𝑜 𝑚ê𝑠

Obs.: utilize sempre 4 casas após a vírgula, para minimizar o erro por
arredondamentos.
Resposta: 3,71% ao mês

5) Quanto tempo levo para triplicar um capital em capitalização simples, com


taxa de 4% ao mês?
C:C
M:3xC
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i : 0,04
n:?
𝑀 = 𝐶 (1 + 𝑖 𝑥 𝑛)
𝑥 𝐶 = 𝐶 (1 + 0,04 𝑥 𝑛)

Com o C sendo multiplicador nos dois lados, corta-se o C


3 = 1 + 0,04 𝑥 𝑛
3 − 1 = 0,04 𝑥 𝑛
2 = 0,04 𝑥 𝑛
2
𝑛= = 50
0,04

Resposta: 50 meses
Aula 3
Desconto simples comercial

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula estudaremos o processo de desconto simples em uma operação


financeira, onde o capital é descontado do valor de face de um título futuro para
obtenção do novo valor em uma data anterior.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Entender o processo de desconto simples;


 Entender a diferença entre desconto simples comercial e desconto
simples racional;
 Entender o processo de desconto simples comercial;
 Realizar operações de desconto simples comercial.
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3 DESCONTO SIMPLES

O processo de desconto simples se baseia no desconto de juros no valor


nominal ou valor de face de um título futuro, a uma taxa de mercado, para se
determinar o valor em um período anterior ao seu vencimento.

3.1 Os processos de Desconto Simples

Imagine a seguinte situação: você tem um cheque para pagar no valor de $


100,00, com vencimento em 60 dias.
Sabendo que a taxa do mercado é de 10% ao mês, você procura o credor e
oferece o seguinte: pagar o cheque hoje, descontando 10% ao mês no valor de face
ou valor nominal do título, que corresponde a $80,00, ou seja, descontando $10,00
por cada um dos dois meses que o cheque ainda possui a vencer.
Após refletir, o credor faz uma contraproposta: ele aceita que você antecipe o
pagamento do cheque, mas pede que o pagamento seja de $83,33. Após você pedir
explicações, o credor apresenta seu argumento: qual valor que ele teria que possuir
hoje para que, ao final de 2 meses, tivesse em suas mãos o valor integral de $100,00.
Ao realizar as contas, você percebe que 10% de $83,33 é $ 8,33.

83,33 + 8,33 + 8,33 = 100,00 (𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥. )

Você entende que o credor, assim como você, também possui razão. Mas, e
aí? Qual é o processo de desconto correto? Na verdade, os dois estão corretos!

Só precisamos diferenciar cada um dos modelos:


 O primeiro, que você propôs, é o chamado Desconto Simples Comercial;
 O segundo, que o credor propôs, é chamado de Desconto Simples Racional.

Mas qual deles deverá ser usado? Sempre será usado o modelo de desconto
que for combinado entre as partes.
P á g i n a | 30

3.2 Desconto Simples Comercial

O processo de Desconto Simples Comercial se baseia na retirada do valor


percentual, não cumulativo, direto no valor nominal do título.
Vamos utilizar o exemplo anterior: o cheque de $100,00 com vencimento em
60 dias.
Para calcular quanto vale o cheque em 30 dias, ou um mês anterior, devemos
aplicar a taxa de desconto, que chamamos de “d”, neste caso de 10% ao mês. Assim,
o valor descontado para o primeiro mês é calculado da seguinte maneira:
𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 (2 𝑝𝑎𝑟𝑎 1 𝑚ê𝑠) = 100 𝑥 0,10 = 10

Ou seja, o valor descontado foi de $ 10,00 e o título vale na data 1, $90,00.


Mas precisamos trazer o valor do cheque para a data de hoje, a data zero.
Assim, realizaremos mais um desconto:
𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 (1 𝑚ê𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑎𝑡𝑎 𝑧𝑒𝑟𝑜) = 100 𝑥 0,10 = 10

Assim, como abordado anteriormente, o valor descontado do título seria de


$20,00, com ele valendo $80,00 na data zero ou hoje. Esta foi a proposta apresentada
anteriormente por você ao credor.
Mas podemos verificar algumas maneiras mais fáceis de calcular para todos os
tipos de operação. Como o valor descontado é linear, podemos multiplicar o valor de
cada período pelo total de períodos da operação:
𝑫𝒄 = 𝑴 𝒙 𝒅 𝒙 𝒏

Onde, neste caso o Dc é o Valor de Desconto Comercial, o M é o montante ou


valor futuro do título, d é a taxa de desconto do mercado e n é o número de períodos
da operação.
Aplicando a este caso:
𝐷𝑐 = 100 𝑥 0,10 𝑥 2 = 20

Podemos verificar também que o Valor Atual do Título é igual ao Valor Nominal
Futuro (Montante) menos o que foi descontado de juros. Pode ser resumido nesta
equação:
𝑨𝒏 = 𝑴 − 𝑫
P á g i n a | 31

Ao substituirmos nessa equação o D pela equação anterior, podemos concluir


que:
𝐴𝑛 = 𝑀 − 𝑀 𝑥 𝑑 𝑥 𝑛
𝑨𝒏 = 𝑴 (𝟏 − 𝒅 𝒙 𝒏)

Assim, podemos calcular o valor atual de um título, conhecendo seu valor


futuro, vencimento e taxa de desconto.
Aplicando no exemplo, temos:
𝐴𝑛 = 100 ( 1 − 0,10 𝑥 2)
𝐴𝑛 = 100 ( 1 − 0,20)
𝐴𝑛 = 100 (0,80)
𝐴𝑛 = 80

O valor atual do título é de $80,00, como foi proposto no pagamento antecipado


por você ao credor.

Em processos de Desconto Simples, assim como na aula


anterior de Capitalização Simples, devemos resolver muitos
exercícios para entender cada vez mais do conteúdo.

Agora é praticar com os exercícios propostos nesta aula!


Resumo

Nesta aula vimos:

 O processo de Desconto Simples;


 Os modelos de Desconto Simples: Comercial e Racional;
 Detalhamento do processo de Desconto Simples Comercial;
 Exercícios relativos ao processo de Desconto Simples Comercial.
Fica a dica!

 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a


sua aprendizagem!

 Fique atento aos horários de atendimento disponíveis na


Secretaria Virtual da Blackboard!

 Não acumule dúvidas!

 Procure o professor da disciplina ou o tutor para esclarecer


suas dúvidas.
Exercícios
AULA 3

1) Em uma operação de desconto simples comercial, uma


duplicata no valor de $5.200,00, com vencimento em 105 dias,
terá seu pagamento antecipado para hoje. Sabendo que a taxa
do mercado é de 4% ao mês, qual deverá ser o valor paga para
quitar o título na data zero?
M : 5.200
d : 0,04 a.m.
n : 105 dias ou 3,5 meses
An : ?

𝐴𝑛 = 5.200 (1 − 0,04 𝑥 3,5)


𝐴𝑛 = 5.200 (1 − 0,14)
𝐴𝑛 = 5.200 (0,86)
𝐴𝑛 = 4.472

Resposta: $4.472,00

2) Ao realizar um desconto simples comercial, qual foi o valor descontado de


um título de $1.400,00, com data de vencimento em 120 dias e taxa de desconto de
2,5% ao mês?
M : 1.400
n : 4 meses
i : 0,025 a.m.
Dc :?

𝐷𝑐 = 𝑀 𝑥 𝑑 𝑥 𝑛
𝐷𝑐 = 1.400 𝑥 0,025 𝑥 4
𝐷𝑐 = 140

Resposta: $140,00
P á g i n a | 35

3) Ao realizar uma antecipação de cheque em um banco, este cobrou juros de


$ 65,00 para realizar a operação. Sabendo que a taxa utilizada era de 1,65% ao mês
e o vencimento do cheque era em 135 dias, qual era o valor do cheque?
Dc : 65
i : 0,0165 a.m.
n : 4,5 meses
M:?
𝐷𝑐 = 𝑀 𝑥 𝑑 𝑥 𝑛
65 = 𝑀 𝑥 0,0165 𝑥 4,5
65 = 𝑀 𝑥 0,07425
65
𝑀=
0,07452
𝑀 = 872,25

Resposta: $ 872,25

4) Ao se descontar uma duplicata, foi apurado um valor de $385,00 na data


inicial. Sabendo que o valor da duplicata era $460,00 e o vencimento do título era em
90 dias, qual foi a taxa de desconto simples comercial?
An : 385
M : 460
n : 3 meses
d:?
𝐴𝑛 = 𝑀 (1 − 𝑑 𝑥 𝑛)
385 = 460 (1 − 𝑑 𝑥 3)
385
= (1 − 𝑑 𝑥 3)
460
0,8370 = 1 − 𝑑 𝑥 3
0,8370 − 1 = −𝑑 𝑥 3
− 0,1630 = −3𝑑
0,1630
𝑑= = 0,0543
3

Resposta: 5,43% ao mês


P á g i n a | 36

5) Uma loja oferece as seguintes condições de compra para um determinado


produto: pagamento realizado em um cheque, com vencimento em 90 dias, no valor
de $200,00 ou pagamento à vista, no valor de $180,00. Sabendo que a taxa do
mercado é de 3% ao mês, qual opção você escolheria?

Para um exemplo assim, você deverá comparar as duas possibilidades em uma


mesma data, pois lembre-se: nunca compare valores em datas diferentes. Assim,
vamos trazer o pagamento em cheque para seu valor referente na data zero, para que
possamos comparar e definir a melhor forma de pagamento para um mesmo produto.
Possibilidade 1:
M : 180,00
n : 90 dias ou 3 meses
d : 3%
An : ?
𝐴𝑛 = 𝑀 (1 − 𝑑 𝑥 𝑛)
𝐴𝑛 = 200 (1 − 0,03 𝑥 3)
𝐴𝑛 = 200 (0,91)
𝐴𝑛 = 182,00

Possibilidade 2:
An : 180,00

Resposta: Escolheria o pagamento à vista, pois neste caso, o produto será


vendido por $180,00, $2,00 a menos que o pagamento em cheque, que vale, na
mesma data, $182,00.
Aula 4
Desconto simples racional

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula estudaremos o processo de desconto simples racional em uma


operação financeira, onde desconta-se um título, mas com características de
pensamento em capitalização composta e seus rendimentos.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Entender o processo de desconto simples racional;


 Realizar operações de desconto simples racional.
P á g i n a | 38

4 DESCONTO SIMPLES

Vimos na aula anterior que o processo de desconto simples se baseia no


desconto de juros no valor nominal ou valor de face de um título futuro, a uma taxa de
mercado, para se determinar o valor em um período anterior ao seu vencimento.

4.1 Desconto Simples Racional

Após entendermos que o desconto simples comercial, abordado na aula


anterior, se baseia em descontar um valor na medida em que trazemos um título para
mais perto da data atual, o conceito do desconto simples racional também se baseia
na mesma premissa, mas com uma diferença: para realizar esta operação, deve-se
calcular o desconto baseado no valor atual que, aplicado à mesma taxa de desconto
será equivalente ao valor do título com seu vencimento original.
Vamos utilizar o exemplo inicial para ilustrar como deverá ser calculado o
desconto simples racional.
No exemplo do cheque de $100,00, com vencimento em 60 dias, o credor
propôs $83,33. Ele se referiu ao valor que, aplicado à taxa de mercado, seria
equivalente ao valor de $100,00 após dois meses.
Assim, as fórmulas que utilizamos no desconto simples racional são derivadas
das fórmulas da capitalização simples.
Para calcular o valor descontado, usamos:

𝑴𝒙𝒅𝒙𝒏
𝑫𝒓 =
𝟏+𝒅𝒙𝒏

Neste caso:
100 𝑥 0,10 𝑥 2
𝐷𝑟 =
1 + 0,10 𝑥 2
20
𝐷𝑟 =
1,20
𝐷𝑟 = 16,67
P á g i n a | 39

Assim, podemos calcular o valor atual do título de duas maneiras. A primeira,


baseada na fórmula geral, já observada na aula anterior:
𝐴𝑛 = 𝑀 − 𝐷
𝐴𝑛 = 100 − 16,67 = 83,33

Ou podemos utilizar a fórmula derivada, para encontrar o valor atual de um


título, descontado racionalmente:
𝑴
𝑨𝒏 =
𝟏+𝒊𝒙𝒏

Assim,
100
𝐴𝑛 =
1 + 0,10 𝑥 2
100
𝐴𝑛 =
1,20
𝐴𝑛 = 83,33

Portanto, utilizando as fórmulas, conseguimos entender o raciocínio


proposto pelo credor para descontar o título com vencimento futuro para pagamento
na data atual.

Matemática Financeira é simples, são poucas variáveis a serem


encontradas. Por isso, o melhor é exercitar!

Agora é praticar com os exercícios propostos nesta aula!


Resumo

Nesta aula vimos:

 Detalhamento do processo de Desconto Simples Racional;


 Exercícios relativos ao processo de Desconto Simples Racional.
Fica a dica!

 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a


sua aprendizagem!

 Fique atento aos horários de atendimento disponíveis na


Secretaria Virtual da Blackboard!

 Não acumule dúvidas!

 Procure o professor da disciplina ou o tutor para esclarecer


suas dúvidas.
Exercícios
AULA 4

1) Em uma operação de desconto simples racional, uma


duplicata no valor de $3.200,00, com vencimento em 90 dias, terá
seu pagamento antecipado para hoje. Sabendo que a taxa do
mercado é de 3% ao mês, qual deverá ser o valor pago para
quitar o título na data zero?
M : 3.200
d : 0,03 a.m.
n : 90 dias ou 3 meses
An : ?

𝑀
𝐴𝑛 =
1+𝑑𝑥𝑛
3200
𝐴𝑛 =
1 + 0,03 𝑥 3
3200
𝐴𝑛 =
1,09
𝐴𝑛 = 2.935,78
Resposta: $ 2.935,78

2) Ao descontar um cheque no modelo racional, o valor dos juros descontados


foi de $96,00. Sabendo que a taxa de desconto foi de 2% ao mês e o vencimento do
título era em 120 dias, qual era o valor do cheque?
Dr: 96
i: 2% ou 0,02 a.m.
n: 4 meses
M: ?
𝑀𝑥𝑑𝑥𝑛
𝐷𝑟 =
1+𝑑𝑥𝑛
𝑀 𝑥 0,02 𝑥 4
96 =
1 + 0,02 𝑥 4
𝑀 𝑥 0,08
96 =
1,08
96 𝑥 1,08 = 𝑀 𝑥 0,08
P á g i n a | 43

103,68 = 𝑀 𝑥 0,08
103,68
𝑀=
0,08
𝑀 = 1.296

Resposta: O valor do cheque era de $ 1.296,00.

3) Em uma operação de desconto, um título de $1.450,00 foi descontado


racionalmente a uma taxa de 4%, gerando um valor atual de $1.330,00. Qual era o
vencimento deste título?
M: 1.450
An: 1.330
d: 4% ou 0,04 ao mês
n: ?
𝑀
𝐴𝑛 =
1+𝑑𝑥𝑛
1.450
1.330 =
1 + 0,04 𝑥 𝑛
1.450
1 + 0,04𝑛 =
1.330
1 + 0,04𝑛 = 1,0902
0,04𝑛 = 1,0902 − 1
0,04𝑛 = 0,0902
0,0902
𝑛=
0,04

𝑛 = 2,25

Resposta: 2,25 meses


Aula 5
Capitalização composta

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula estudaremos o processo de capitalização composta, onde capital e


juros geram juros.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Entender o processo de capitalização composta;


 Realizar operações de capitalização composta.
P á g i n a | 45

5 CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA

Até o momento, nesta disciplina, foram trabalhados conceitos de capitalização


simples. Chegou a hora de avançarmos no modelo de capitalização que é usado mais
comumente, o processo de capitalização composta.

5.1 Exemplo de Capitalização Composta

Os processos de capitalização composta se baseiam na formação de juros


através do capital inicial e também dos juros que vão sendo incorporados ao capital
em cada rendimento.
Vamos utilizar como exemplo uma aplicação de $1.000,00, com taxa de 10%
ao mês e duração de 3 meses.
O capital será investido em um primeiro momento, ao que chamamos data zero
ou data inicial. Ao final do primeiro mês, este capital renderá juros referente ao
período. Agora, diferentemente do processo simples, os juros criados são
incorporados ao capital no período sequente, gerando novos juros. E assim,
sucessivamente, até o montante final do período de operação. Podemos entender
melhor analisando o seguinte quadro:

n Capital (C) Juros (J) Montante (M)


0 1.000 1.000
1 1.000 100 1.100
2 1.100 110 1.210
3 1.210 121 1.331

A partir disto, podemos chegar a algumas definições:

Ao final do mês 1, gera-se o Montante 1 no valor de $1.100,00. Este valor é o


“capital inicial” do mês 2, gerando um Montante 2 no valor de $1.210,00, que será o
“capital inicial” no mês 3, com Montante 3 em $1.331,00.
P á g i n a | 46

Para definirmos a fórmula para n períodos, podemos exemplificar da seguinte


maneira:

𝑴=𝑪+𝑱
𝑀1 = 𝐶1 + 𝐶1 𝑥 𝑖 = 𝐶1 ( 1 + 𝑖) = 1.100
𝑀2 = 𝑀1 (1 + 𝑖) = 𝐶1 (1 + 𝑖)(1 + 𝑖) = 𝐶1 (1 + 𝑖)2 = 1.210
𝑀3 = 𝑀2 (1 + 𝑖) = 𝐶1 (1 + 𝑖)2 (1 + 𝑖) = 𝐶1 (1 + 𝑖)3 = 1.331

Assim, podemos definir que:


𝑴 = 𝑪 (𝟏 + 𝒊)𝒏

Esta fórmula é uma das mais importantes na Matemática


Financeira, utilizada em diversas ocasiões e operações! Não
esqueça!

No exemplo, já podemos utilizar a fórmula para


verificarmos sua eficiência no cálculo das operações. Para achar o montante, ao final
de 3 meses, utilizamos:
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛
𝑀 = 1.000(1 + 0,10)3
𝑀 = 1.000 (1,331) = 1.331,00

Ou seja, não é preciso criar um quadro por períodos para descobrir, e sim
utilizar a fórmula, independentemente do número de períodos.

E agora, vamos praticar?

Agora é praticar com os exercícios propostos nesta aula!


Resumo

Nesta aula vimos:

 Detalhamento do processo de Capitalização Composta;


 Exercícios relativos ao processo de Capitalização Composta.
Fica a dica!

 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a


sua aprendizagem!

 Fique atento aos horários de atendimento disponíveis na


Secretaria Virtual da Blackboard!

 Não acumule dúvidas!

 Procure o professor da disciplina ou o tutor para esclarecer


suas dúvidas.
Exercícios
AULA 5

1) Em uma operação de capitalização composta, foi


investido $2.200,00 durante 8 meses, a uma taxa de 3% ao mês.
Qual foi o montante gerado ao final do investimento?
C: 2.200
n: 8 meses
i: 3% ao mês
M: ?

𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛
𝑀 = 2.200(1 + 0,03)8
𝑀 = 2.200 𝑥 1,2668
𝑀 = 2.786,89

Resposta: $ 2.786,89

2) Em um investimento, foi aplicado $18.500,00 durante 60 meses, a uma taxa


de 15% ao ano. Qual foi o valor resgatado ao final da operação?
C: 18.500
n: 60 meses ou 5 anos (lembre-se, período e taxa sempre na mesma unidade)
i: 15% ao ano
M: ?
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛
𝑀 = 18.500(1 + 0,15)5
𝑀 = 18.500 𝑥 2,0114
𝑀 = 37.210,10

Resposta: $ 37.210,10

3) Ao aplicar um capital durante 5 meses, obtive um montante no valor de $


460,00. Sabendo que a taxa do investimento foi de 2,5% ao mês, qual foi o valor
investido?
P á g i n a | 50

M: 460
n: 5 meses
i: 2,5% ao mês
C: ?
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛
460 = 𝐶(1 + 0,025)5
460 = 𝐶 𝑥 1,1314
460
𝐶=
1,1314
𝐶 = 406,58

Resposta: $406,58

4) Ao investir $1.200,00 em uma aplicação de capitalização composta, foi


obtido um montante, ao final de 120 dias de $1.315,00. Qual foi a taxa da aplicação?
C: 1.200
M: 1.315
n: 120 dias ou 4 meses
i: ?
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛
1.315 = 1.200(1 + 𝑖)4
1.315
= (1 + 𝑖)4
1.200
1,0958 = (1 + 𝑖)4

Para retirar o exponencial 4, aplicamos raiz quarta dos dois lados da equação
de igualdade:
4 4
√1,0958 = 4√(1 + 𝑖)
1,0231 = 1 + 𝑖
1,0231 − 1 = 𝑖
𝑖 = 0,0231

Resposta: 0,0231 ou 2,31% ao mês.


P á g i n a | 51

5) Em um investimento com taxa de 3% ao mês, apliquei $680,00 e obtive um


retorno de $85,00. Por quanto tempo o capital ficou investido?
C: 680
J 85
M: 765
i: 3% ao mês
n: ?

𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛
765 = 680(1 + 0,03)𝑛
765
= (1 + 0,03)𝑛
680
1,125 = (1 + 0,03)𝑛

Para retirar o exponencial n, utilizamos a regra matemática do logaritmo


neperiano:
𝑙𝑛1,125 = 𝑛 . 𝑙𝑛(1,03)
𝑙𝑛1,125
= 𝑛
𝑙𝑛1,03
0,1177
𝑛=
0,0296
𝑛 = 3,98
Resposta: 3,98 meses

6) Quanto tempo levo para triplicar um capital em capitalização composta a


uma taxa de 4% ao mês?
C: C
M: 3C
i: 4% ao mês
n: ?
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛
3𝐶 = 𝐶(1 + 0,04)𝑛

Corta-se o C, multiplicador nos dois lados da equação


P á g i n a | 52

3 = (1,04)𝑛
𝑙𝑛3 = 𝑛 . 𝑙𝑛(1,04)
𝑙𝑛3
= 𝑛
𝑙𝑛1,04
1,0986
𝑛=
0,0392
𝑛 = 28,02

Resposta: 28,02 meses.


Aula 6
Desconto composto

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula estudaremos o processo de desconto composto, que equivale ao


processo de capitalização composta, porém utilizado de maneira inversa.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Entender o processo de desconto composto;


 Realizar operações de desconto composto.
P á g i n a | 54

6 DESCONTO COMPOSTO

Após estudarmos o modelo da capitalização composta, onde incidimos juros


sobre um capital inicial, é o momento de aprender a operação inversa, onde temos
valores futuros que serão trazidos a datas anteriores descontando juros do seu valor
nominal ou de face.

6.1 Exemplo de Desconto Composto

Os processos de desconto composto se baseiam na retirada dos juros a cada


período antecipado de um título futuro.
Vamos utilizar como exemplo um título futuro, no valor de $1.331,00, com taxa
de 10% ao mês e vencimento em 3 meses.
O montante de $1.331,00 será descontado de maneira inversa, para se
descobrir qual seria o valor aplicado a esta taxa de 10%, para encontrar seu valor
equivalente no período anterior. Assim, $1.331,00 será dividido pelo valor anterior (1)
mais a taxa de mercado (0,10), ou seja, 1,10, resultando em um valor atual de
$1.210,00, no mês 2. Para o mês 1, divide-se o Montante no mês 2 novamente por
1,10, gerando o valor atual no mês 1 de $1.100,00. O Montante no mês 1 será trazido
para a data atual da mesma forma, dividindo por 1,10. O resultado é que o título com
vencimento em 3 meses, no valor de $1.331,00, vale na data zero $1.000,00.

n Valor Atual (An) Juros (J) Montante (M)


3 1.331
2 1.210 121 1.210
1 1.100 110 1.100
0 1.000 100

A partir disto, podemos chegar a algumas definições:


O processo de desconto composto consiste na equivalência de capitais com a
capitalização composta, descontando juros no valor de face ou nominal de um título
futuro e retornando a datas anteriores, como um capital inicial, se a operação for na
data zero.
P á g i n a | 55

Também é importante frisar que os descontos são realizados período a período,


não lineares, diferente do desconto simples comercial. O capital na data zero que
aplicado a uma taxa durante um período e gera o montante deverá ser o mesmo que
o montante, descontado à mesma taxa pelo mesmo período, resultará no valor atual
na data zero, equivalente ao capital.
Assim, podemos deduzir que, utilizando a fórmula da capitalização composta:
𝑀 = 𝐶 (1 + 𝑖)𝑛

Vamos gerar a do desconto composto, passando o multiplicador com as


variáveis taxa e período para o outro lado da equação, dividindo o valor do Montante
ou Valor Futuro:
𝑀
𝐴𝑛 =
(1 + 𝑖)𝑛

Onde An é o valor atual do título, M é o valor futuro, i é a taxa e n o número de


períodos.

Assim como a fórmula da capitalização composta, a do desconto


composto é muito utilizada na Matemática Financeira e em
operações reais, praticadas em instituições financeiras como
bancos.

No exemplo, já podemos utilizar a fórmula para verificarmos sua eficiência no


cálculo das operações. Para achar o montante, ao final de 3 meses, utilizamos:
1.331
𝐴𝑛 =
(1 + 0,10)3
1.331
𝐴𝑛 =
1,331
𝐴𝑛 = 1.000,00

Ou seja, não é preciso criar um quadro por períodos para descobrir, e sim
utilizar a fórmula, independentemente do número de períodos.
P á g i n a | 56

E agora, vamos praticar?

Agora é praticar com os exercícios propostos nesta aula!


Resumo

Nesta aula vimos:

 Detalhamento do processo de Desconto Composto;


 Exercícios relativos ao processo de Desconto Composto.
Fica a dica!

 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a


sua aprendizagem!

 Fique atento aos horários de atendimento disponíveis na


Secretaria Virtual da Blackboard!

 Não acumule dúvidas!

 Procure o professor da disciplina ou o tutor para esclarecer


suas dúvidas.
Exercícios
AULA 6

1) Em uma operação de desconto composto, descontarei


um título no valor de $4.200,00, com vencimentos em 135 dias.
A taxa de desconto utilizada pelo banco é de 2,5% ao mês. Qual
será o valor apurado hoje por este título?
M: 4.200
n: 135 dias ou 4,5 meses
i: 2,5% ao mês
An: ?

𝑀
𝐴𝑛 =
(1 + 𝑖)𝑛
4.200
𝐴𝑛 =
(1 + 0,025)4,5
4.200
𝐴𝑛 =
(1 + 0,025)4,5
4.200
𝐴𝑛 =
1,1175
𝐴𝑛 = 3.758,39

Resposta: $ 3.758,39

2) Ao descontar um título, a instituição financeira realizou um desconto de


$340,00. Sabendo que o título vencia em 4 meses e a taxa utilizada foi de 4% ao mês,
qual era o valor do título descontado? E qual foi o valor apurado na data zero?
D: 340
n: 4 meses
i: 4 % ao mês
An: ?
M:?
P á g i n a | 60

𝑀
𝐴𝑛 =
(1 + 𝑖)𝑛
𝐴𝑛 + 𝐷
𝐴𝑛 =
(1 + 0,04)4
𝐴𝑛 + 340
𝐴𝑛 =
1,1698
1,1698 𝐴𝑛 = 𝐴𝑛 + 340
1,1698 𝐴𝑛 − 𝐴𝑛 = 340
0,1698 𝐴𝑛 = 340
340
𝐴𝑛 =
0,1698
𝐴𝑛 = 2.002,36
Assim,
𝑀 = 𝐴𝑛 + 𝐷
𝑀 = 2.002,36 + 340
𝑀 = 2.342,36

Resposta: O valor do título é de $ 2.342,36 e o valor atual é $2.002,36.

3) Um determinado produto é colocado à venda com as seguintes formas de


pagamento: à vista por $550,00 ou pagamento em cheque, com vencimento em 90
dias, por $620,00. Sabendo que a taxa do mercado é de 3% ao mês, qual opção você
escolheria?
Pgto 1: An = 550
Pgto 2: M: 620; i: 3%; n: 3 meses; An:?

Só podemos comparar valores em uma mesma data, ou seja, precisamos


trabalhar com uma data em comum para comparação. Neste caso, vamos utilizar a
data zero.

O Pgto 1 já está na data zero, não precisamos realizar ajustes.


O Pgto 2 está disponível na data 3 meses, precisamos saber qual é a sua
equivalência na data zero.
620
𝐴𝑛 =
(1 + 0,03)3
P á g i n a | 61

620
𝐴𝑛 =
1,0927
𝐴𝑛 = 567,40

Assim, descartando outras variáveis e analisando apenas pelos princípios da


Matemática Financeira, a opção escolhida seria o Pgto 1, que adquire o produto por
$550,00. O pagamento 2, adquire o produto com valor equivalente na data zero a
$567,40.
O valor do Pgto 1 é menor que o valor do Pagto 2 na data zero.
Resposta: Pagamento 1, $550,00 à vista.

4) Em uma operação, gostaria de substituir dois cheques, de $500,00 cada,


com vencimentos em 30/60 dias, por apenas um, com vencimento em 90 dias.
Sabendo que a taxa do mercado é de 5% ao mês, qual deverá ser o valor do cheque?

Para resolver este exercício, é importante primeiro entender a situação.


No início da operação, temos o seguinte gráfico:

500 500

Desejamos substituir por:

Assim, onde eles devem possuir o mesmo valor? Serem equivalentes? Na data
zero!

Vamos chamar a primeira situação de A e a segunda de B. Na data zero, A =


B, ou seja, descontamos os pagamentos e igualamos:
𝐴𝑜 = 𝐵𝑜
P á g i n a | 62

500 500 𝑋
+ =
(1,05)1 (1,05)2 (1,05)3
𝑋
476,19 + 453,51 =
1,1576
𝑋
929,70 =
1,1576
929,70 𝑥 1,1576 = 𝑋
𝑋 = 1.076,22

Resposta: Neste exercício, o valor do cheque será $1.076,22 e será


equivalente aos dois cheques de $500,00 com os vencimentos em 30/60.
Aula 7
Séries de pagamentos

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula apresentaremos os conceitos de séries de pagamentos e suas


classificações.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Entender as características que compõem uma série de pagamentos;


 Classificar as séries de pagamentos.
P á g i n a | 64

7 SÉRIES DE PAGAMENTOS

Após estudarmos os modelos de capitalização composta que abrangem as


operações em valores individuais, sejam eles capitais a serem investidos ou valores
futuros a serem descontados, ambos sob uma taxa de juros praticada em mercado, é
a vez de pensar em operações com características diferentes, onde não apenas um
valor será apresentado, mas uma série de valores que consistirão em um pagamento
de um produto ou recebimento destes títulos em mão.
Na matemática financeira, existem as séries de pagamentos, que possuem
características relevantes e que serão descritas no tópico a seguir.

7.1 Características de Séries de Pagamentos

Para se caracterizar uma série, um grupo de pagamentos deverá possuir três


regras básicas:
- Mesmo valor: as prestações deverão possuir o mesmo valor ($);
- Mesmo intervalo: as prestações deverão possui o mesmo intervalo de tempo
entre elas, ou seja, o tempo da prestação 2 menos o da prestação 1 deverá ser igual
ao tempo da prestação 3 menos o tempo da pretação 2, e assim sucessivamente;
- Número de prestações conhecidas: o número de prestações deverá ser finito
e conhecido.

Exemplo:

R = Valor da Prestação
P á g i n a | 65

7.2 Classificações de Séries de Pagamentos

Após entendermos a composição das séries de pagamentos, pode-se


classifica-las em três tipos distintos, de acordo com a data do pagamento da primeira
prestação:
- Imediata: é quando o primeiro pagamento é realizado “imediatamente” após
um período, sendo este período o mesmo intervalo entre os demais pagamentos da
série.

Exemplo:

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
n

R = Valor da Prestação

- Antecipada: é quando o primeiro pagamento é realizado na data zero, como


sendo o que é comumente chamado de entrada.
Exemplo:

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
n

R = Valor da Prestação

- Diferida: é quando o primeiro pagamento é realizado em um prazo diferente


das anteriores, ou seja, nem em um período do intervalo ou na entrada. É comumente
chamado período de carência.
P á g i n a | 66

Exemplo:

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
n

R = Valor da Prestação

Essas três classificações são extremamente importantes para a definição das


prestações nas operações, que veremos na aula a seguir.
Resumo

Nesta aula vimos:

 O que são séries de pagamentos;


 Quais são as características das séries de pagamentos;
 Como são classificadas as séries de pagamentos.
Fica a dica!

 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a


sua aprendizagem!

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suas dúvidas.
Aula 8
Séries de pagamentos de valor
atual - imediata

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula estudaremos as séries de pagamentos de valor atual, como calcular


suas prestações e a função de valor atual. O foco será na série de pagamento
imediata.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Calcular pagamentos e valor atual de uma série imediata;


 Entender o FVA: função de valor atual.
P á g i n a | 70

8 SÉRIES DE VALOR ATUAL - IMEDIATA

Após conhecermos as classificações de séries de pagamentos, vamos colocar


em prática o cálculo de suas prestações em situações reais.
Até o momento, vimos que, em capitalização composta, podemos trazer um
valor montante para valor presente da seguinte maneira:
𝑀
𝐴𝑛 =
(1 + 𝑖)𝑛

Esta fórmula indica que é possível antecipar um único pagamento (M), com
vencimento em determinado período de tempo (n), descontando uma taxa de juros do
mercado (i). O valor encontrado na data zero será o valor atual (An).
Agora imagine se tivermos uma série de pagamentos. O que teríamos que
fazer?
Teríamos que trazer todos os pagamentos, cada um de seu respectivo período,
para a data zero, realizando todos os lançamentos, para então somar os valores atuais
nesta mesma data, para descobrir qual seria o valor correspondente àquela
determinada série.
E se houvesse uma maneira de calcular todos esses pagamentos de uma única
vez?

An¬i

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
n

R = Valor da Prestação
P á g i n a | 71

8.1 Como calcular um valor atual de uma série de pagamentos imediata

Para calcular este valor atual, foi preciso entender como uma equação poderia
ser desenvolvida, levando em consideração duas variáveis diretas: o Valor Atual e a
Prestação.
O número de prestações (n) e a taxa (i) seriam consideradas constantes, com
um cálculo que se repetiria para qualquer situação, mantendo-se esses valores.
Para isso, criou-se a Função de Valor Atual, uma função gerada a partir de um
“n” e um “ï” conhecidos.
A fórmula do FVA é descrita a seguir:
1 − (1 + 𝑖)−𝑛
𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖) =
𝑖

Onde, por exemplo, o FVA de uma operação de 24 meses e taxa de 3% ao mês


é calculado da seguinte forma:
1 − (1 + 0,03)−24
𝐹𝑉𝐴 (24; 3%) =
0,03
𝐹𝑉𝐴 (24; 3%) = 16,9355

Lembre-se: sempre que calcular o FVA, utilize 4 casas decimais após


a vírgula. Isso reduzirá erros em arredondamentos.

Ao entendermos o FVA, podemos, agora, estruturar a fórmula que auxiliará o


cálculo de valor atual nas séries imediatas:
𝑨𝒏¬𝒊 = 𝑹 . 𝑭𝑽𝑨 (𝒏; 𝒊)

Por exemplo, para calcular o valor atual de 24 prestações mensais de $ 200,00,


com taxa de 3% e a primeira sendo paga ao final do primeiro mês, podemos utilizar:
𝐴𝑛¬𝑖 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)
𝐴𝑛¬𝑖 = 200 . 𝐹𝑉𝐴 (24; 3%)
𝐴𝑛¬𝑖 = 200 .16,9355
𝐴𝑛¬𝑖 = 3.387,11

Também podemos calcular o caminho inverso!


P á g i n a | 72

Para adquirir um bem no valor de $5.000,00, serão pagas 24 prestações


mensais, iguais, com a primeira sendo quitada ao final do primeiro mês. Com taxa de
3% ao mês, qual será o valor das prestações?

𝐴𝑛¬𝑖 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)


5.000 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (24; 3%)
5.000 = 𝑅 . 16,9355
5.000
𝑅=
16,9355
𝑅 = 295,24

O FVA é sempre uma constante, tratando-se do mesmo mês e taxa. Um bom


exemplo para descobrir como é utilizado o FVA é nas concessionárias de automóveis.
Os vendedores possuem uma tabela, organizada com taxas e prazos, onde
cada quadradinho representa um FVA. Caso você queria escolher o veículo, o valor
atual é dividido pelo FVA correspondente e de bate-pronto você já sabe o valor da
prestação, no prazo escolhido.
A mesma coisa o inverso: se você disser o valor que gostaria de pagar na
prestação, o vendedor multiplica pelo FVA com a taxa do financiamento e prazo
escolhido e lhe diz o valor do veículo que pode ser adquirido.

E agora, vamos praticar?

Agora é praticar com os exercícios propostos nesta aula!


Resumo

Nesta aula vimos:

 Resolução de Valor Atual de Séries Imediatas;


 Cálculo da Função de Valor Atual.
Fica a dica!

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suas dúvidas.
Exercícios
AULA 8

1) Ao adquirir um eletrodoméstico, o cliente pagará 10


prestações iguais, mensais, com o vencimento da primeira a
partir de 30 dias, no valor de $120,00 cada. Sabendo que a taxa
da loja é de 2% ao mês, qual seria o valor do eletrodoméstico se
ele resolvesse quitar à vista?
O primeiro passo é separar as informações e montarmos nossa equação:
R: 120
n: 10 meses
i: 2% ao mês
An¬i: ?

𝐴𝑛¬𝑖 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)


𝐴𝑛¬𝑖 = 120. 𝐹𝑉𝐴 (10; 2%)

Agora calculamos o FVA:

1 − (1 + 0,02)−10
𝐹𝑉𝐴 (10; 2%) =
0,02
𝐹𝑉𝐴 (10; 2%) = 8,9825

Assim, na equação anterior:

𝐴𝑛¬𝑖 = 120 . 8,9825


𝐴𝑛¬𝑖 = 1.077,91

Resposta: O eletrodoméstico, se fosse pago à vista, custaria $1.077,91.


P á g i n a | 76

2) Um veículo, no valor de $35.000,00, será financiado em 36 prestações


mensais e iguais, sem entrada, com vencimento da primeira em 30 dias. Sabendo que
a taxa utilizada para o cálculo do financiamento pela concessionária foi de 2,5%, qual
será o valor das prestações a serem pagas?
An¬i: 35.000
n: 36
i: 2,5%
R: ?

𝐴𝑛¬𝑖 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)


35.000 = 𝑅. 𝐹𝑉𝐴 (36; 2,5%)

Agora calculamos o FVA:

1 − (1 + 0,025)−36
𝐹𝑉𝐴 (36; 2,5%) =
0,025
1 − 0,4111
𝐹𝑉𝐴 (36; 2,5%) =
0,025
0,5889
𝐹𝑉𝐴 (36; 2,5%) =
0,025
𝐹𝑉𝐴 (36; 2,5%) = 23,5562

Assim, na equação anterior:

35.000 = 𝑅. 23,5562
35.000
𝑅=
23,5562
𝑅 = 1.485,80

Resposta: O valor de cada prestação será de $1.485,80. Desconsidere


desvios pequeninos, pois podem ocorrem devido a arredondamentos de
cálculo.
P á g i n a | 77

3) Um cliente deseja comprar uma motocicleta, em 12 prestações. Porém, o


valor máximo que ele pode pagar por mês é de $350,00. A loja aplica taxa de
financiamento de 1,5% ao mês. Qual é o valor máximo da moto que ele poderá adquirir
hoje?
R: 350
n: 12 meses
i: 1,5% ao mês
An¬i: ?

𝐴𝑛¬𝑖 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)


𝐴𝑛¬𝑖 = 350. 𝐹𝑉𝐴 (12; 1,5%)

Agora calculamos o FVA:


1 − (1 + 0,015)−12
𝐹𝑉𝐴 (12; 1,5%) =
0,015
0,1636
𝐹𝑉𝐴 (12; 1,5%) =
0,015

𝐹𝑉𝐴 (12; 1,5%) = 10,9066

Assim, na equação anterior:

𝐴𝑛¬𝑖 = 350 . 10,9066


𝐴𝑛¬𝑖 = 3.817,33

Resposta: O valor máximo da moto que poderá ser adquirida é de $3.817,33. A


partir deste valor, as prestações, com estas condições de pagamentos, serão
superiores. Abaixo deste valor ($3.817,33) na data zero, ao financiar nas mesmas
condições, o valor de cada prestação será menor que $350,00, adequado ao interesse
do comprador.
P á g i n a | 78

4) Um apartamento foi comprado nas seguintes condições: uma entrada de


$20.000,00, um cheque no valor de $10.000,00 com vencimento em 180 dias e um
financiamento, sem entrada, com prestações mensais e iguais, no valor de $2.500,00
cada, em um período de 8 anos. Determine o valor do apartamento financiado,
sabendo que a taxa do mercado é de 2% ao mês.
Neste caso, precisamos entender o que compõe o valor total do apartamento:
A: 20.000 de entrada
B: 10.000 em 6 meses
C: 96 prestações de 2.500

Assim, o valor total do apartamento hoje (data zero) será o somatório de tudo
que foi pago por ele, com todos os fluxos descontados até a data atual. Ou seja, valor
atual do apartamento = A + B + C, trazidos ao valor presente.
A: não é preciso qualquer operação matemática, pois este valor já está na data
zero. Assim, A = 20.000
B: um cheque é um pagamento avulso. Devemos então descontar este
pagamento para descobrirmos seu valor na data zero:
𝑀
𝐴𝑛 =
(1 + 𝑖)𝑛
10.000
𝐴𝑛 =
(1 + 0,02)6
𝐴𝑛 = 8.879,71

Logo, B = 8.879,71

C: 96 prestações de 2.500 compõem uma série imediata. Devemos descontar


seus valores para descobrirmos seu valor na data zero:
𝐴𝑛¬𝑖 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)
𝐴𝑛¬𝑖 = 2.500. 𝐹𝑉𝐴 (96; 2%)

Agora calculamos o FVA:


1 − (1 + 0,02)−96
𝐹𝑉𝐴 (96; 2%) =
0,02
𝐹𝑉𝐴 (96; 2%) = 42,5294
P á g i n a | 79

Assim, na equação anterior:

𝐴𝑛¬𝑖 = 2.500 . 42,5294


𝐴𝑛¬𝑖 = 106.323,50

Logo, C = 106.323,50

Assim, o valor atual do apartamento será:

𝐴𝑛 = 𝐴 + 𝐵 + 𝐶
𝐴𝑛 = 20.000 + 8.879,71 + 106.323,50
𝐴𝑛 = 135.203,21

Resposta: O valor atual do apartamento é de $135.202,21.


Aula 9
Séries de pagamentos de valor
atual - antecipada

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula estudaremos as séries de pagamentos de valor atual, como calcular


suas prestações e a função de valor atual. O foco será na série de pagamento
antecipada.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Calcular pagamentos e valor atual de uma série antecipada;


 Entender o FVA: função de valor atual para séries antecipadas.
P á g i n a | 81

9 SÉRIES DE VALOR ATUAL - ANTECIPADA

As séries de valor atual antecipadas são caracterizadas pela primeira prestação


ser quitada na data zero, como uma entrada. Sendo assim, mantem-se o número de
pagamentos (n), porém com n-1 pagamentos sofrendo ação de juros.

9.1 Como calcular um valor atual de uma série de Pagamentos Imediata

Para calcular este valor atual, é preciso entender que a primeira


prestação não sofre qualquer ação dos juros.

An¬i

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
n

R = Valor da Prestação

Ou seja, podemos entender que a primeira prestação, na data zero, será ela
mesma e que as próximas serão como uma série imediata, com menos uma prestação
(a primeira, de entrada). Assim, podemos deduzir a seguinte fórmula:
Â𝑛¬𝑖 = 𝑅 + 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 1; 𝑖)

Â𝒏¬𝒊 = 𝑹 . [𝟏 + 𝑭𝑽𝑨 (𝒏 − 𝟏; 𝒊)]

Por exemplo, para calcular o valor atual de 24 prestações mensais de $ 200,00,


com taxa de 3% e a primeira sendo paga no início do primeiro mês, podemos utilizar:
Â𝑛¬𝑖 = 𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 1; 𝑖)]
Â𝑛¬𝑖 = 200 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (23; 3%)]
𝐴𝑛¬𝑖 = 200 . [1 + 16,4436]
𝐴𝑛¬𝑖 = 3.488,72
P á g i n a | 82

Também podemos calcular o caminho inverso!

Para adquirir um bem no valor de $ 5.000,00, serão pagas 24 prestações


mensais, iguais, com a primeira sendo quitada no início do primeiro mês. Com taxa de
3% ao mês, qual será o valor das prestações?
Â𝑛¬𝑖 = 𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 1; 𝑖)]
5.000 = 𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (23; 3%)]
5.000 = 𝑅 . [ 1 + 16,4436]
5.000
𝑅=
17,4436
𝑅 = 286,64

O FVA é sempre uma constante, tratando-se do mesmo mês e taxa.


Este modelo pode ser utilizado para descobrir e realizar operações nas séries
de pagamentos que tiverem a primeira prestação paga como entrada.

E agora, vamos praticar?

Agora é praticar com os exercícios propostos nesta aula!


Resumo

Nesta aula vimos:

 Resolução de Valor Atual de Séries Antecipadas;


 Cálculo da Função de Valor Atual para Séries Antecipadas.
Fica a dica!

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Exercícios
AULA1 9

1) Uma televisão foi adquirida em 10 prestações mensais


iguais, com entrada. O valor das prestações foi de $150,00 cada
e a taxa do mercado é 2% ao mês. Qual seria o valor da televisão
se a mesma fosse paga à vista?
R: 150
n: 10 meses
i: 2% ao mês
Ân¬i: ?
Â𝑛¬𝑖 = 𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 1; 𝑖)]
Â𝑛¬𝑖 = 150 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (9; 2%)]
Â𝑛¬𝑖 = 150 . [1 + 8,1622]
Â𝑛¬𝑖 = 150 . 9,1622
Â𝑛¬𝑖 = 1.374,33

Resposta: O valor da televisão à vista é $ 1.374,33.

2) Um equipamento, no valor de $4.000,00, será financiado em 8 prestações


mensais iguais com entrada. Com taxa de financiamento de 3% ao mês, qual deverá
ser o valor das prestações?
Ân¬i: 4.000
n: 8 meses
i: 3% ao mês
R: ?
Â𝑛¬𝑖 = 𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 1; 𝑖)]
4.000 = 𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (7; 3%)]
4.000 = 𝑅 . [1 + 6,2303]
4.000
𝑅=
7,2303
𝑅 = 553,23
P á g i n a | 86

Resposta: As prestações serão no valor de $553,23 cada e a primeira será


quitada na data da compra do equipamento.

3) Um produto, no valor de $2.000,00, será adquirido através de 5 prestações,


com taxa de 3% ao mês.
Calcule o valor das prestações se a primeira prestação for quitada:
 Ao fim do primeiro mês;
 No início do primeiro mês, na hora da aquisição (entrada);
a)
An¬i: 2.000
n: 5 meses
i: 3% ao mês
R: ?
𝐴𝑛¬𝑖 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)
2.000 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (5; 3%)
2.000 = 𝑅 . 4,5797
2.000
𝑅=
4,5797
𝑅 = 436,71
b)
Ân¬i: 2.000
n: 5 meses
i: 3% ao mês
R: ?
Â𝑛¬𝑖 = 𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 1; 𝑖)]
2.000 = 𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (4; 3%)]
2.000 = 𝑅 . [1 + 3,7178]
2.000
𝑅=
4,7170
𝑅 = 424,00

Resposta: Se o modelo de pagamentos for de uma série imediata, o valor


dos pagamentos serão de $436,71 cada. Se o modelo for de uma série
antecipada, os valores serão de $424,00 cada.
Aula 10
Séries de pagamentos de
valor atual - diferida

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula estudaremos as séries de pagamentos de valor atual, como calcular


suas prestações e a função de valor atual. O foco será na série de pagamento diferida.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Calcular pagamentos e valor atual de uma série diferida;


 Entender o FVA: função de valor atual para séries diferidas.
P á g i n a | 88

10 SÉRIES DE VALOR ATUAL - DIFERIDAS

As séries de valor atual diferidas são caracterizadas pela primeira prestação


ser quitada em uma data diferente do zero (entrada) e a de um período (imediata). Ela
é caracterizada, principalmente, pelo ato da oferta de carência (m). A carência (m)
será o número de períodos que serão abonados para o pagamento da primeira
prestação.

10.1 Como calcular um valor atual de uma série de pagamentos imediata

Para calcular este valor atual, é preciso entender que a primeira prestação
acontece com um determinado afastamento da data zero.

An
m ¬i
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
n

R = Valor da Prestação

Ou seja, podemos entender que se esquecermos, neste caso, os 3 meses de


carência, temos uma série antecipada, assumindo que a data 3 é igual a zero.
P á g i n a | 89

An¬i
m
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
n

R = Valor da Prestação

Neste caso, poderíamos calcular o Valor Atual na nova data zero (3), como
vimos na aula anterior.
Por exemplo, para calcular o valor atual de 24 prestações mensais de $ 200,00,
com taxa de 3% e a primeira sendo paga no início do terceiro mês, podemos utilizar:
Â𝑛¬𝑖 = 𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 1; 𝑖)]
Â𝑛¬𝑖 = 200 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (23; 3%)]
𝐴𝑛¬𝑖 = 200 . 16,4436
𝐴𝑛¬𝑖 = 3.288,72

Só que neste caso, achamos o valor com entrada, mas no terceiro mês! Ainda
temos que trazê-lo para a data zero...
Mas agora não temos mais uma série e sim um único valor, que representa as
demais 24 prestações somadas na data 3. E como trazemos um valor único para uma
data anterior?
𝑀
𝐴𝑛 =
(1 + 𝑖)𝑛

Assim...
𝑀
𝐴𝑛 =
(1 + 0,03)3
3.288,72
𝐴𝑛 =
(1,03)3
P á g i n a | 90

𝐴𝑛 = 3.009,65

Portanto, podemos deduzir a seguinte fórmula:


Â𝑛¬𝑖
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 𝑖)𝑚

Onde “m” é a carência e Ân¬i é a série antecipada com “n” pagamentos e uma
taxa de mercado “i”.

E agora, vamos praticar?

Agora é praticar com os exercícios propostos nesta aula!


Resumo

Nesta aula vimos:

 Resolução de Valor Atual de Séries Diferidas;


 Cálculo da Função de Valor Atual para Séries Diferidas.
Fica a dica!

 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a


sua aprendizagem!

 Fique atento aos horários de atendimento disponíveis na


Secretaria Virtual da Blackboard!

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 Procure o professor da disciplina ou o tutor para esclarecer


suas dúvidas.
Exercícios
AULA 10

1) Para adquirir um imóvel, serão pagas 24 prestações


mensais iguais no valor de $3.000,00 cada. A primeira prestação
será quitada daqui a 120 dias e a taxa do financiamento é de 2%
ao mês. Qual é o valor atual do imóvel?
R: 3.000
n: 24 meses
m: 120 dias ou 4 meses
i: 2% ao mês
m_Ân¬i: ?

Â𝑛¬𝑖
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 𝑖)𝑚
Â𝑛¬𝑖
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 0,02)4
𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 1; 𝑖)]
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 0,02)4
3.000 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (23; 2%)]
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 0,02)4
3.000 . [1 + 18,2922]
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 0,02)4
3.000 . [19,2922]
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 0,02)4
57.876,61
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 0,02)4
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 = 53.469,04

Resposta: O valor atual do imóvel é de $53.469,04.


P á g i n a | 94

2) Um veículo foi adquirido em 40 prestações mensais, iguais, no valor de


$1.100,00 cada, com a primeira sendo quitada ao final de 90 dias. Sabendo que a taxa
do financiamento foi de 4% ao mês, qual é o valor atual do veículo?
R: 1.100
n: 40 meses
m: 90 dias ou 3 meses
i: 4% ao mês
m_Ân¬i: ?

Â𝑛¬𝑖
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 𝑖)𝑚
Â𝑛¬𝑖
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 0,04)3
1.100 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (39; 4%)]
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 0,04)3
1.100 . [1 + 19,5849]
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 0,04)3
1.100 . [20,5849]
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 0,04)3
22.642,93
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 0,04)3
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 = 20.129,49

Resposta: O valor atual do veículo é de $20.129,49.


P á g i n a | 95

3) Um equipamento no valor de $30.000,00 será adquirido nas seguintes


condições: 30 prestações fixas mensais, com a primeira sendo quitada em 180 dias.
Com taxa de financiamento de 2,5% ao mês, qual será o valor das prestações?
m_Ân¬i: 30.000
n: 30 meses
m: 180 dias ou 6 meses
i: 2,5% ao mês
R: ?

Â𝑛¬𝑖
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 𝑖)𝑚
Â𝑛¬𝑖
30.000 =
(1 + 0,025)6
30.000 . (1,025)6 = Â𝑛¬𝑖
34.790,80 = Â𝑛¬𝑖
34.790,80 = 𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 1; 𝑖)]
34.790,80 = 𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (29; 2,5%)]
34.790,80 = 𝑅 . [1 + 20,4535]
34.790,80
𝑅=
21,4535
𝑅 = 1.621,68

Resposta: O valor das prestações do equipamento nesta condição de


financiamento é de $1.621,68.
Aula 11
Séries de pagamentos de montante

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula estudaremos as séries de pagamentos de montante e como calcular


suas prestações e sua função de acúmulo de capital. O foco será na série de
pagamento antecipada.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Calcular pagamentos e valor montante de uma série antecipada;


 Entender o FAC: função de acúmulo de capital para séries de montante.
P á g i n a | 97

11 SÉRIES DE PAGAMENTOS - MONTANTE

As séries de montante são caracterizadas pelo acúmulo de capital em um


determinado período, através da taxa de juros de mercado, em contraponto à retirada
de capital que ocorre em processos de séries de valor atual.

11.1 Como calcular um montante de uma série de pagamentos antecipada

Para séries de pagamentos para cálculo de montante, também existem as três


classificações de séries de pagamentos: a imediata, antecipada e diferida. Porém, a
mais usual é a antecipada, onde o primeiro pagamento é realizado na data zer e no
resgate do montante não ocorre depósito (já que se houver qualquer velor, é só
adicionar ao montante encontrado).

Sn¬i

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
n

R = Valor da Prestação

O modelo para cálculo deste tipo de série é muito similar ao utilizado nas de
valor atual, podendo ser explicitado pela fórmula a seguir:
𝑺𝒏¬𝒊 = 𝑹 . [𝑭𝑨𝑪 (𝒏 + 𝟏; 𝒊) − 𝟏]

Neste caso, o FVA é substituído pelo FAC, uma Função de Acúmulo de Capital.
Por deduções de fórmulas, para este caso, adiciona-se um elemento ao “n”.
O FAC pode ser descrito na seguinte fórmula:
P á g i n a | 98

(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝐹𝐴𝐶 (𝑛; 𝑖) =
𝑖

Por exemplo, para calcular o Montante ao final de dois anos, com 24 depósitos
mensais de $200,00, com taxa de 3% e o primeiro sendo realizado na data zero,
podemos utilizar:
𝑆𝑛¬𝑖 = 𝑅 . [𝐹𝐴𝐶 (𝑛 + 1; 𝑖) − 1]
𝑆𝑛¬𝑖 = 200 . [𝐹𝐴𝐶 (24 + 1; 3%) − 1]
𝑆𝑛¬𝑖 = 200 . [𝐹𝐴𝐶 (25; 3%) − 1]
𝐴𝑛¬𝑖 = 200 . [36,4592 − 1]
𝐴𝑛¬𝑖 = 200 . [35,4592]
𝐴𝑛¬𝑖 = 7.091,85

O mesmo pode ser verificado no caminho inverso. Se desejo resgatar, ao final


de 2 anos, $10.000,00, com 24 depósitos mensais iguais, com o primeiro realizado na
data zero, preciso que os depósitos sejam de qual valor?
𝑆𝑛¬𝑖 = 𝑅 . [𝐹𝐴𝐶 (𝑛 + 1; 𝑖) − 1]
10.000 = 𝑅 . [𝐹𝐴𝐶 (25; 3%) − 1]
10.000 = 𝑅 . [𝐹𝐴𝐶 (25; 3%) − 1]
10.000
𝑅=
35,4595
𝑅 = 282,01

Assim, podemos calcular, a partir do número de depósitos e a taxa de mercado,


os montantes e os valores a serem depositados para qualquer tipo de operação.

E agora, vamos praticar?

Agora é praticar com os exercícios propostos nesta aula!


Resumo

Nesta aula vimos:

 Resolução de Valor Atual de Séries Diferidas;


 Cálculo da Função de Valor Atual para Séries Diferidas.
Fica a dica!

 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a


sua aprendizagem!

 Fique atento aos horários de atendimento disponíveis na


Secretaria Virtual da Blackboard!

 Não acumule dúvidas!

 Procure o professor da disciplina ou o tutor para esclarecer


suas dúvidas.
Exercícios
AULA 11

1) Serão realizados 24 depósitos mensais, iguais, a partir


de hoje, no valor de $250,00 cada. A aplicação rende 2% ao mês.
Quanto será resgatado ao final de dois anos?
R: 250
i: 2% ao mês
n: 24 meses
𝑆𝑛¬𝑖: ?

𝑆𝑛¬𝑖 = 𝑅 . [𝐹𝐴𝐶 (𝑛 + 1; 𝑖) − 1]
𝑆𝑛¬𝑖 = 250 . [𝐹𝐴𝐶 (24 + 1; 2%) − 1]
𝑆𝑛¬𝑖 = 250 . [𝐹𝐴𝐶 (25; 2%) − 1]

Agora vamos calcular o FAC:


(1 + 0,02)25 − 1
𝐹𝐴𝐶 (25; 2%) =
0,02
𝐹𝐴𝐶 (25; 2%) = 32,0303

Retornando à equação anterior:


𝑆𝑛¬𝑖 = 250 . [32,0303 − 1]
𝑆𝑛¬𝑖 = 250 . [31,0303]
𝑆𝑛¬𝑖 = 7.757,57

Resposta: O resgate ao final de dois anos será de $ 7.757,57.

2) Para a formatura, cada aluno precisa juntar $5.000,00 ao final de 3 anos.


Qual deverá ser o valor mensal depositado, em 36 parcelas, com a primeira a partir
de hoje, sabendo que o rendimento é de 1% ao mês?
𝑆𝑛¬𝑖: 5.000
i: 1% ao mês
n: 36 meses
R: ?
𝑆𝑛¬𝑖 = 𝑅 . [𝐹𝐴𝐶 (𝑛 + 1; 𝑖) − 1]
P á g i n a | 102

5.000 = 𝑅 . [𝐹𝐴𝐶 (36 + 1; 1%) − 1]


5.000 = 𝑅 . [𝐹𝐴𝐶 (37; 1%) − 1]

Agora vamos calcular o FAC:


(1 + 0,01)37 − 1
𝐹𝐴𝐶 (37; 1%) =
0,01
𝐹𝐴𝐶 (37; 1%) = 44,5076

Retornando à equação anterior:


5.000 = 𝑅 . [44,5076 − 1]
5.000
𝑅=
43,5076
𝑅 = 112,34

3) Em uma operação, serão depositadas 15 prestações mensais iguais, a


partir da data zero, no valor de $300,00 cada. Porém, o investidor resolve não sacar
o montante, deixando investido até o final de 2 anos. Com a taxa de mercado de 2%
ao mês, qual será o valor resgatado ao final desta operação?

R: 300
i: 2% ao mês
n: 15 meses
𝑆𝑛¬𝑖: ?

Porém, neste caso, o valor estará disponível ao final do mês 15 após os


depósitos. Como ele não será retirado, ficará rendendo por mais 9 meses à taxa de
2% ao mês. Assim, após acharmos o Montante no mês 15 (será um valor único),
precisaremos calcular o rendimento deste valor até o mês 24.
Vamos iniciar calculando o Montante no mês 15:

𝑆𝑛¬𝑖 = 𝑅 . [𝐹𝐴𝐶 (𝑛 + 1; 𝑖) − 1]
𝑆𝑛¬𝑖 = 300 . [𝐹𝐴𝐶 (15 + 1; 2%) − 1]
𝑆𝑛¬𝑖 = 300 . [𝐹𝐴𝐶 (16; 2%) − 1]
𝑆𝑛¬𝑖 = 300 . [18,6393 − 1]
P á g i n a | 103

𝑆𝑛¬𝑖 = 300 . [17,6393]


𝑆𝑛¬𝑖 = 5.291,79

Este valor é correspondente ao Montante ao final do mês 15. Como ele


continuará investido por mais 9 meses (24 – 15), precisamos calcular usando a
fórmula de capitalização composta para valor avulso:
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛
𝑀 = 5.291,79 . (1,02)9
𝑀 = 6.324,17

Resposta: O valor resgatado ao final de 2 anos (24 meses) será de


$6.324,17.
Aula 12
Exercícios de séries de pagamentos

APRESENTAÇÃO DA AULA

Esta aula será dedicada à resolução de exercícios para a fixação e melhor


entendimento dos conteúdos abordados sobre séries de pagamentos até este
momento da disciplina.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Realizar operações envolvendo séries de pagamentos;


 Trabalhar os conteúdos apresentados de forma objetiva.
P á g i n a | 105

12 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

Esta aula será utilizada para a fixação dos conteúdos apresentados de séries
de pagamentos nas aulas anteriores, através da resolução de Exercícios passo a
passo e com o gabarito.
1) Um equipamento, no valor de $5.000,00, será adquirido através de 10
prestações mensais iguais. Sabendo que o valor da taxa para financiamento é de 5%
ao mês, qual será o valor das prestações, se a primeira parcela for quitada:
a) Ao final do primeiro mês?
b) Como entrada?
c) Com carência de 4 meses?

An: 5.000
n: 10
i: 5% ao mês
R: ?

a) Série Imediata
𝐴𝑛¬𝑖 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)
5.000 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (10; 5%)
5.000 = 𝑅 . 7,7217
5.000
𝑅=
7,7217
𝑅 = 647,52

Resposta: Para a Série Imediata, o valor de cada prestação será $647,52.


P á g i n a | 106

b) Série Antecipada
Â𝑛¬𝑖 = 𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 1; 𝑖)]
5.000 = 𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (9; 5%)]
5.000 = 𝑅 . [1 + 7,1078]
5.000
𝑅=
8,1078
𝑅 = 616,69

Resposta: Para a Série Antecipada, o valor de cada prestação será $616,69.

c) Série Diferida

Â𝑛¬𝑖
𝑚_𝐴𝑛¬𝑖 =
(1 + 𝑖)𝑚
Â𝑛¬𝑖
5.000 =
(1 + 0,05)4
5.000 . (1,05)4 = Â𝑛¬𝑖
6.077,53 = Â𝑛¬𝑖
6.077,53 = 𝑅 . [1 + 𝐹𝑉𝐴 (9; 5%)]
6.077,53 = 𝑅 . [1 + 7,1078]
6.077,53 = 𝑅 . [8,1078]
6.077,53
𝑅=
8,1078
𝑅 = 749,59

Resposta: Para a Série Diferida, o valor de cada prestação será $749,59.


P á g i n a | 107

2) Para uma viagem no final do ano, um aluno precisa de $10.000,00. Ele já


possui um saldo atualizado de $3.000,00 aplicados e deseja realizar 12 depósitos
mensais iguais, a partir de hoje, nesta conta investimento. O rendimento é de 2% ao
mês. Qual o valor das prestações que deverão ser depositadas?
𝑆𝑛¬𝑖: 10.000
i: 2% ao mês
n: 12 meses
R: ?

Porém, neste caso, o valor total dos 10.000 não será referente apenas aos
depósitos, mas também ao valor que já está investido e irá render também à taxa de
2%.
Assim, vamos descobrir inicialmente quanto este investimento resultará ao final
de 12 meses para calcularmos os depósitos para suprir o valor que irá faltar.
Vamos utilizar a fórmula de capitalização simples para capital avulso:

𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛
𝑀 = 3.000 . (1,02)12
𝑀 = 3.804,73

Ou seja, para atingir os 10.000 ao final de 12 meses, podemos descontar o


valor de $3.804,73, pois este será proveniente do montante do capital já investido.
Para calcular as prestações, utilizaremos o montante desejado de:

𝑀 = 10.000 − 3.804,73
𝑀 = 6.195,27
P á g i n a | 108

Assim, vamos calcular o valor dos depósitos para atingir este montante:
𝑆𝑛¬𝑖 = 𝑅 . [𝐹𝐴𝐶 (𝑛 + 1; 𝑖) − 1]
6.195,27 = 𝑅 . [𝐹𝐴𝐶 (12 + 1; 2%) − 1]
6.195,27 = 𝑅 . [𝐹𝐴𝐶 (13; 2%) − 1]
6.195,27 = 𝑅 . [14,6803 − 1]
6.195,27
𝑅=
13,6803
𝑅 = 452,86

Resposta: O valor de cada depósito será de $452,86.

3) Um imóvel, avaliado em $300.000,00, teve 70% de seu valor financiado em


60 prestações mensais, de igual valor, à uma taxa de 0,5% ao mês. A primeira
prestação será quitada ao final do primeiro mês. Qual é o valor de cada prestação
paga pelo imóvel?
An: 70% de 300.000 = 210.000
n: 60
i: 0,5% ao mês
R: ?

a) Série Imediata
𝐴𝑛¬𝑖 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)
210.000 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (60; 0,5%)
210.000 = 𝑅 . 51,7255
210.000
𝑅=
51,7255
𝑅 = 4.059,89

Resposta: O valor de cada prestação será de $4.059,89.


P á g i n a | 109

4) Um devedor gostaria de alterar sua forma de pagamento, pré-estabelecida


em 10 prestações mensais iguais, no valor de $300,00, com a primeira prestação paga
ao final do primeiro mês, por apenas um cheque com vencimento em 90 dias. Sabendo
que a taxa de mercado é de 3%, calcule o valor do cheque.
R: 300
n: 10
i: 3% ao mês
An: ?

Para transformar esta série em um cheque, as duas operações devem possuir


o mesmo valor, ou seja, serem equivalentes, na data zero. Sendo assim, vamos
descobrir quanto vale a série na data inicial, para então calcularmos a adição dos juros
ao cheque para leva-lo ao terceiro mês:
𝐴𝑛¬𝑖 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)
𝐴𝑛¬𝑖 = 300 . 𝐹𝑉𝐴 (10; 3%)
𝐴𝑛¬𝑖 = 300 . 8,5302
𝐴𝑛¬𝑖 = 2.559,06

Agora sabemos que a série vale $ 2.559,06 na data zero da operação. Vamos
utilizar este valor para encontrar o novo montante (cheque):
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛
𝑀 = 2.559,06 . (1,03)3
𝑀 = 2.796,35

Resposta: Para transformar a série em um cheque com vencimento em 90


dias, o cheque deverá ser no valor de $2.796,35. Este valor é equivalente aos 10
pagamentos de $300,00 com a taxa de 3% ao mês.

É possível praticar mais com os exercícios propostos.


Resumo

Nesta aula vimos:

 Resolução de Exercícios de Séries de Pagamentos – Valor Atual e


Montante.
Fica a dica!

 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a


sua aprendizagem!

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Secretaria Virtual da Blackboard!

 Não acumule dúvidas!

 Procure o professor da disciplina ou o tutor para esclarecer


suas dúvidas.
Exercícios
AULA 12

1) Calcule o valor futuro ao final de um ano de uma série


de 12 depósitos de R$500,00, realizados a partir da data inicial,
sendo que a taxa de rendimento é de 1,5% ao mês.

2) Qual a importância constante a ser depositada em um


banco, ao início de cada ano em dez depósitos, à taxa de 6% ao
ano, capitalizado anualmente, de tal modo que, ao final de um ano, forme o capital de
R$400.000,00?

3) Para adquirir um equipamento, uma empresa propôs o seguinte pagamento:


Uma entrada no valor de R$4.000,00; um pagamento avulso no valor de R$6.000 com
vencimento em 120 dias e o restante em 60 prestações mensais iguais sem entrada,
no valor de R$350,00 cada. Sabendo que a taxa do mercado é de 2% ao mês, qual
valor deveria ser pago se o equipamento for adquirido a vista?

4) Para uma viagem de intercâmbio, um aluno deseja efetuar 24 depósitos


mensais, a partir de hoje, no valor de R$200,00 e um depósito avulso no valor de
R$1.000,00 daqui a 10 meses. A uma taxa de rendimento de 2% a.m., quanto esse
aluno terá disponível para realizar essa viagem após 2 anos de aplicação?

5) Desejo financiar um veículo no valor de R$60.000,00 em 60 prestações


mensais iguais, sem entrada, a uma taxa de 4% a.m. Qual seria o valor de cada
prestação se a primeira prestação for paga:
a) Ao fim do 1º mês?
b) Com 6 meses de carência?
P á g i n a | 113

Gabarito:
1) $6.618,41

2) $28.629,42

3) $21.709,38

4) $7.525,52

5)
a) $2.652,11
b) $2.550,10
Aula 13
Sistema de amortização constante

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula estudaremos o Sistema de Amortização Constante e a criação de


tabelas de amortização através de suas variáveis.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Criar tabelas de Amortização Constante;


 Entender os conceitos de valor amortizado, juros e saldo devedor.
P á g i n a | 115

13 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO

Toda operação financeira, iniciada ao contrair uma dívida de pagamento, sob


uma determinada taxa fixa de mercado e que será quitada em um determinado
período, pode ser descrita através de um sistema de amortização.
O principal objetivo é “zerar” o saldo devedor do empréstimo no período
combinado, negociando a melhor forma de fazer com que isso aconteça.
Os dois sistemas mais utilizados na matemática financeira para a quitação
destes tipos de débitos são os Sistemas de Amortização Constante e os Sistemas
PRICE. Ao longo das próximas aulas, relembraremos esses sistemas, já vistos
inicialmente na disciplina de Engenharia Econômica, mas que possuem uma
conotação mais financeira na abordagem desta disciplina, não apenas na forma de
quitar financiamentos contraídos em projetos, mas sendo utilizados em operações em
geral.

13.1 O que é o sistema de amortização constante?

O Sistema de Amortização Constante (SAC) é o sistema de pagamentos de um


Saldo Devedor onde o próprio nome já diz: sua amortização é CONSTANTE, ou seja,
em todos os períodos onde ocorre um pagamento de uma prestação, o mesmo valor
é amortizado no saldo devedor da operação.
Por exemplo, um empréstimo de $10.000,00 a ser quitado em 10 meses, deverá
sofrer uma amortização de $1.000,00 por mês, para que, ao final do 10º mês, o saldo
devedor seja zerado.
Assim, podemos deduzir que para calcularmos a amortização, devomos dividir
o Saldo Devedor inicial, na data zero ou data de início da operação, pelo número de
períodos em que a operação será quitada:

𝑺𝑫𝒐
𝒂=
𝒏

A partir deste ponto poderemos iniciar a criação da tabela de amortização de


um empréstimo.
P á g i n a | 116

13.2 Como fazer uma tabela de SAC

Qualquer tabela de Sistemas de Amortização possui quatro itens básicos: o


Saldo Devedor (SD), a Prestação (R), os Juros (J) e a Amortização (a), todos eles
detalhados períodos por período.
Para criar a tabela, vamos utilizar um exemplo: um empréstimo de $20.000,00
para ser quitado em 4 meses, com taxa de 3% ao mês. Vamos detalhar os valores do
SD, R, J e a em cada um destes períodos?
O primeiro passo é criar a tabela, com o SD inicial e os períodos da operação.

N R J a SD

0 20.000

A partir disso, descobrimos a amortização (SD/n), que é constante, e lançamos


em toda a coluna para os próximos 4 meses:

N R J a SD

0 20.000

1 5.000

2 5.000

3 5.000

4 5.000
P á g i n a | 117

Sabendo o valor amortizado, mês a mês, conseguimos preencher o Saldo


Devedor até o final da operação, retirando o valor amortizado em cada período:

N R J a SD

0 20.000

1 5.000 15.000

2 5.000 10.000

3 5.000 5.000

4 5.000 0

Agora é a hora de saber quanto será pago de juros em cada período. Neste
caso, o juro será pago com relação ao Saldo Devedor do período anterior, que é o
capital que está em poder do pagador. Por exemplo: no primeiro mês, os juros serão
de 3% sobre os $20.000 que estão em poder do pagador, ou seja, $600,00.
Já no segundo, $5.000,00 já foi amortizado do valor inicial. Agora, os 3%
incidirão apenas sobre os $15.000, ou seja $450,00. E assim sucessivamente.

N R J a SD

0 20.000

1 600 5.000 15.000

2 450 5.000 10.000

3 300 5.000 5.000

4 150 5.000 0

Chegou a hora de completar a planilha de amortização constante: descobrir


qual será o valor de cada prestação, em cada período. A prestação paga no mês é a
soma do valor amortizado de capital mais os juros pagos pelo empréstimo. No mês 1,
foi amortizado $5.000,00 e foram pagos $600,00 de juros, com a prestação total sendo
$5.600,00. Já no segundo mês, o valor amortizado foi de $5.000,00 e os juros $450,00,
P á g i n a | 118

perfazendo uma prestação de $5.450,00. E assim completa-se a tabela de


amortização:

N R J a SD

0 20.000

1 5.600 600 5.000 15.000

2 5.450 450 5.000 10.000

3 5.300 300 5.000 5.000

4 5.150 150 5.000 0

É importante observar que, no SAC, a amortização sempre é constante e os


Juros, assim como as prestações, são decrescentes.

E agora, vamos praticar?

Agora é praticar com os exercícios propostos nesta aula!


Resumo

Nesta aula vimos:

 Criação de tabelas de Sistemas de Amortização Constante;


 Amortização passo a passo, com detalhamento de Saldo Devedor,
Amortização, Juros e valor das Prestações.
Fica a dica!

 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a


sua aprendizagem!

 Fique atento aos horários de atendimento disponíveis na


Secretaria Virtual da Blackboard!

 Não acumule dúvidas!

 Procure o professor da disciplina ou o tutor para esclarecer


suas dúvidas.
Exercícios
AULA 13

1) Crie uma tabela de Amortização de uma operação no


Sistema SAC, com empréstimo de $12.000, sendo quitado em 8
meses, com taxa de 3% ao mês.

n R J a SD

0 12.000

1 1.860 360 1.500 10.500

2 1.815 315 1.500 9.000

3 1.770 270 1.500 7.500

4 1.725 225 1.500 6.000

5 1.680 180 1.500 4.500

6 1.635 135 1.500 3.000

7 1.590 90 1.500 1.500

8 1.545 45 1.500 0
Aula 14
Detalhamento do sistema de
amortização constante

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula estudaremos o Sistema de Amortização Constante e o


detalhamento dos tópicos Saldo Devedor, Valor Amortizado, Juros e Prestações
através de cálculos específicos para períodos determinados.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Encontrar valores que compõem uma tabela de Sistema de


Amortização Constante;
 Utilizar as operações matemáticas para cálculos determinados.
P á g i n a | 123

14 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE

Como vimos na aula anterior, o Sistema de Amortização Constante pode ser


bem observado na construção de uma tabela de acompanhamento por período, onde
são depositados os valores referentes ao Saldo Devedor, Amortização, Juros e
Prestação.
Este modelo é relativamente fácil de ser criado, mas demanda tempo e muitos
cálculos individualizados para a composição de cada item. Imagine se o empréstimo
for pago em várias prestações? Como acompanhar, por exemplo, o Saldo Devedor na
prestação 30? Os juros pagos na prestação 48?
Pensando nisso, a matemática financeira utiliza-se de um formulário de auxílio,
onde conseguimos calcular qualquer célula da tabela de amortização diretamente,
sem termos que criar todas as linhas de acompanhamento.

14.1 Formulário para cálculo detalhado no SAC

Para auxiliar, devemos utilizar o formulário abaixo para cálculo das operações
em um tempo determinado, que chamaremos de “t”.

Item Fórmula
𝑆𝐷𝑜
Amortização 𝑎=
𝑛
Juros 𝐽(𝑡) = (𝑛 − 𝑡 + 1). 𝑎 . 𝑖
Prestação 𝑅(𝑡) = 𝑎 . { 1 + (𝑛 − 𝑡 + 1). 𝑖}
Saldo Devedor SD = (n – t). a

Com esse formulário, conseguimos encontrar os valores referentes a cada


célula da tabela diretamente.
P á g i n a | 124

14.2 Aplicando o formulário

Vamos utilizar o exemplo da aula anterior para verificarmos se nossas


premissas de cálculo estão corretas?
Exemplo: um empréstimo de $20.000,00 para ser quitado em 4 meses, com
taxa de 3% ao mês. Vamos detalhar os valores do SD, R, J e a em cada um destes
períodos?
Vamos colocar aqui a tabela completa para podermos verificar de maneira mais
fácil:

n R J a SD

0 20.000

1 5.600 600 5.000 15.000

2 5.450 450 5.000 10.000

3 5.300 300 5.000 5.000

4 5.150 150 5.000 0

Agora, utilizando o formulário, vamos calcular:


a) Prestação no mês 3
𝑅(𝑡) = 𝑎 . { 1 + (𝑛 − 𝑡 + 1). 𝑖}

A primeira coisa a fazer, sempre, é achar o valor amortizado:


𝑆𝐷𝑜
𝑎=
𝑛
20.000
𝑎= = 5.000
4

Assim:
𝑅(3) = 5.000 . { 1 + (4 − 3 + 1). 0,03}
𝑅(3) = 5.000 . { 1 + (2). 0,03}
𝑅(3) = 5.000 . { 1 + 0,06}
𝑅(3) = 5.300
P á g i n a | 125

Achamos o valor da Prestação na data 3. Se verificarmos na linha onde o n =


3, na tabela, podemos constatar que a prestação é deste mesmo valor.

b) Juros no mês 1
𝐽(𝑡) = (𝑛 − 𝑡 + 1). 𝑎 . 𝑖

Assim:
𝐽(1) = (4 − 1 + 1). 5.000 . 0,03
𝐽(1) = (4). 5.000 . 0,03
𝐽(1) = 600

Achamos o valor dos juros pagos ao final do mês 1. Ao verificarmos na tabela,


podemos concluir que o valor também é igual a $600,00.

c) Saldo Devedor ao final do mês 2


𝑆𝐷(𝑡) = (𝑛 − 𝑡). 𝑎

Assim:
𝑆𝐷(2) = (4 − 2). 5.000
𝑆𝐷(2) = 10.000

Achamos o valor do Saldo Devedor no segundo mês no valor de $ 10.000,00,


exatamente o que nos mostra a tabela do exemplo.

E agora, vamos praticar?

Agora é praticar com os exercícios propostos nesta aula!


Resumo

Nesta aula, abordamos:

 Utilização de formulário para Sistema de Amortização Constante;


 Cálculo das variáveis Saldo Devedor, Amortização, Juros e valor das
Prestações de forma direta, referente ao período escolhido.
Fica a dica!

 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a


sua aprendizagem!

 Fique atento aos horários de atendimento disponíveis na


Secretaria Virtual da Blackboard!

 Não acumule dúvidas!

 Procure o professor da disciplina ou o tutor para esclarecer


suas dúvidas.
Exercícios
AULA 14

1) Um empréstimo foi adquirido pelo sistema SAC, no


valor de $80.000, para ser quitado em 72 prestações. A uma taxa
de 2% ao mês, responda:
a) Qual o valor dos juros pago no 68º mês?
b) Qual será o valor da prestação paga no 45º mês?
c) Qual o valor do Saldo Devedor no 27º mês?
d) Qual será a soma das amortizações pagas no 33º, 34º e 35º meses?

a) O primeiro passo sempre é encontrar o valor da amortização:


𝑆𝐷𝑜
𝑎=
𝑛
80.000
𝑎= = 1.111,11
72

Agora:
𝐽(𝑡) = (𝑛 − 𝑡 + 1). 𝑎 . 𝑖
𝐽(68) = (72 − 68 + 1). 1.111,11 . 0,02
𝐽(68) = (5). 1.111,11 . 0,02
𝐽(68) = 111,11

Resposta: O valor de juros pagos no mês 68 é de $111,11.

b)
𝑅(𝑡) = 𝑎 . { 1 + (𝑛 − 𝑡 + 1). 𝑖}
𝑅(45) = 1.111,11 . { 1 + (72 − 45 + 1). 0,02}
𝑅(45) = 1.111,11 . { 1 + (28). 0,02}
𝑅(45) = 1.111,11 . { 1 + 0,56}
𝑅(45) = 1.733,33
P á g i n a | 129

Resposta: O valor da prestação no mês 45 é de $1.733,33.

c)
𝑆𝐷(𝑡) = (𝑛 − 𝑡). 𝑎
𝑆𝐷(27) = (72 − 27). 1.111,11
𝑆𝐷(27) = (45). 1.111,11
𝑆𝐷(27) = 49.999,95

Resposta: O valor do Saldo Devedor no mês 27 é de $49.999,95.

d) Como as amortizações são constantes, neste caso não precisamos realizar


nenhum cálculo em utilizando nosso formulário. Apenas o somatório das 3
amortizações ou a amortização multiplicada por 3 períodos:
𝑎 = 1.111,11 . 3
𝑎 = 3.333,33
Resposta: A soma das amortizações será de $ 3.333,33.
2) Um empréstimo foi realizado em 60 prestações no sistema SAC. A taxa foi
de 4% ao mês e o Saldo Devedor, após 20 meses, é de 35.000,00. Sabendo disso,
qual é o valor da amortização e qual foi o valor do empréstimo captado?
𝑆𝐷(20) = (60 − 20). 𝑎
35.000 = (40). 𝑎
35.000
𝑎=
40
𝑎 = 875
Sabendo o valor da amortização, vamos calcular o Saldo Devedor na data zero,
quando o empréstimo foi realizado:
𝑆𝐷(𝑡) = (𝑛 − 𝑡). 𝑎
𝑆𝐷(0) = (60 − 0). 875
𝑆𝐷(0) = 60 . 875
𝑆𝐷(0) = 52.500

Resposta: O valor de amortização é de $875,00 e o valor do empréstimo é


de $52.500,00.
Aula 15
Sistema de amortização Price

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula estudaremos o Sistema de Amortização Price e a criação de tabelas


de amortização através de suas variáveis.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Criar tabelas de Amortização Price;


 Entender os conceitos de valor amortizado, juros e saldo devedor.
P á g i n a | 131

15 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO PRICE

Continuando o estudo sobre sistemas de amortização, nesta aula


apresentaremos o sistema Price, que assim como o SAC, possui uma varia’vel
constante. No caso do Price, o valor das prestações será sempre constante.
O modelo Price é similar ao de uma série de pagamentos imediata, onde o
primeiro pagamento é realizado ao final de um período. O cálculo do valor da
prestação segue o mesmo conceito, com a realização de um FVA ou função de valor
atual, como já vimos anteriormente.

15.1 Como fazer uma tabela de SAC

Qualquer tabela de Sistemas de Amortização possui quatro itens básicos: o


Saldo Devedor (SD), a Prestação (R), os Juros (J) e a Amortização (a), todos eles
detalhados, período a período.
Para criar a tabela, vamos utilizar o mesmo exemplo do SAC: um empréstimo
de $20.000,00 para ser quitado em 4 meses, com taxa de 3% ao mês. Vamos detalhar
os valores do SD, R, J e a em cada um destes períodos?
O primeiro passo é criar a tabela, com o SD inicial e os períodos da operação.

n R J a SD

0 20.000

4
P á g i n a | 132

A partir disso, descobrimos a valor da prestação (R), que é constante, e


lançamos em toda a coluna para os próximos 4 meses. Utilizamos o formulário da
série imediata:
𝐴𝑛¬𝑖 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)
20.000 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (4; 3%)
20.000 = 𝑅 . 3,7171
20.000
𝑅=
3,7171
𝑅 = 5.380,54

A partir do valor da prestação, iniciaremos o preenchimento da tabela:

n R J a SD

0 20.000

1 5.380,54

2 5.380,54

3 5.380,54

4 5.380,54

O próximo passo é acharmos o valor dos juros de cada período. A taxa incidirá
sobre o Saldo Devedor do período anterior, como por exemplo, no mês 1, teremos de
juros o valor de 3% sobre 20.000, que é o Saldo Devedor na data zero. Isso ocorre
porque devemos pagar a remuneração no período que ficamos com o capital
emprestado (durante 1 mês, ficamos com os 20.000):
P á g i n a | 133

n R J a SD

0 20.000

1 5.380,54 600,00

2 5.380,54

3 5.380,54

4 5.380,54

Assim, se o valor da prestação total no mês 1 é de 5.380,54 e, deste valor, 600


é referente ao pagamento de juros, sobra 4.780,54 para amortizar o Saldo Devedor:

n R J a SD

0 20.000

1 5.380,54 600,00 4.780,54 15.219,46

2 5.380,54

3 5.380,54

4 5.380,54

Para o segundo mês, adotamos o mesmo esquema: juros de 3% do Saldo


Devedor de 15.219,46 e a diferença do valor total da amortização para abatimento da
dívida:
P á g i n a | 134

n R J a SD

0 20.000

1 5.380,54 600,00 4.780,54 15.219,46

2 5.380,54 456,58 4.923,95 10.295,50

3 5.380,54

4 5.380,54

E assim também para o terceiro mês: 3% de juros sobre o SD (2), e novo valor
para ser amortizado na dívida:

n R J a SD

0 20.000

1 5.380,54 600,00 4.780,54 15.219,46

2 5.380,54 456,58 4.923,95 10.295,50

3 5.380,54 308,87 5.071,67 5.223,82

4 5.380,54

E, por último, o fechamento do último mês: juros de 3% sobre o SD anterior e


novo cálculo de valor amortizado, com prestação constante:
P á g i n a | 135

n R J a SD

0 20.000

1 5.380,54 600,00 4.780,54 15.219,46

2 5.380,54 456,58 4.923,95 10.295,50

3 5.380,54 308,87 5.071,67 5.223,82

4 5.380,54 156,72 5.223,82 0

Assim, conseguimos fechar a tabela do Sistema de Amortização Price para este


exemplo de operação.

Agora é praticar com os exercícios propostos nesta aula!


Resumo

Nesta aula vimos:

 Criação de tabelas de Sistemas de Amortização Price;


 Amortização passo a passo, com detalhamento de Saldo Devedor,
Amortização, Juros e valor das Prestações.
Fica a dica!

 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a


sua aprendizagem!

 Fique atento aos horários de atendimento disponíveis na


Secretaria Virtual da Blackboard!

 Não acumule dúvidas!

 Procure o professor da disciplina ou o tutor para esclarecer


suas dúvidas.
Exercícios
AULA 15

1) Crie uma tabela de Amortização de uma operação no


Sistema Price, com empréstimo de $12.000, sendo quitado em 8
meses, com taxa de 3% ao mês.

Primeiro passo: encontrar o valor da prestação:

𝐴𝑛¬𝑖 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)


12.000 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (8; 3%)
12.000 = 𝑅 . 7,0197
12.000
𝑅=
7,0197
𝑅 = 1.709,48

Assim:

n R J a SD

0 12.000

1 1.709,48

2 1.709,48

3 1.709,48

4 1.709,48

5 1.709,48

6 1.709,48

7 1.709,48

8 1.709,48
P á g i n a | 139

Iniciando os cálculos por período:

n R J a SD

0 12.000

1 1.709,48 360,00 1.349,48 10.650,52

2 1.709,48

3 1.709,48

4 1.709,48

5 1.709,48

6 1.709,48

7 1.709,48

8 1.709,48

E completando a tabela:

n R J a SD

0 12.000

1 1.709,48 360,00 1.349,48 10.650,52

2 1.709,48 319,52 1.389,96 9.260,56

3 1.709,48 277,82 1.431,66 7828,89

4 1.709,48 234,87 1.474,61 6.354,28

5 1.709,48 190,63 1.518,85 4.835,43

6 1.709,48 145,06 1.564,42 3.271,01

7 1.709,48 98,13 1.611,35 1.659,66

8 1.709,48 49,82 1.659,66 0


Aula 16
Detalhamento do sistema de
amortização Price

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula estudaremos o Sistema de Amortização Price e o detalhamento dos


tópicos Saldo Devedor, Valor Amortizado, Juros e Prestações através de cálculos
específicos para períodos determinados.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Encontrar valores que compõem uma tabela de Sistema de


Amortização Price;
 Utilizar as operações matemáticas para cálculos determinados.
P á g i n a | 141

16 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE

Como vimos na aula anterior, o Sistema de Amortização Price pode ser bem
observado na construção de uma tabela de acompanhamento por período, onde são
depositados os valores referentes ao Saldo Devedor, Amortização, Juros e Prestação.
Como na aula 14, no SAC, este modelo é relativamente fácil de ser criado, mas
demanda tempo e muitos cálculos individualizados para a composição de cada item.
Pensando nisso, a matemática financeira utiliza-se de um formulário de auxílio, onde
conseguimos calcular qualquer célula da tabela de amortização diretamente, sem
termos que criar todas as linhas de acompanhamento.

16.1 Formulário para cálculo detalhado no Sistema Price

Para auxiliar, devemos utilizar o formulário abaixo para cálculo das operações
em um tempo determinado, que chamaremos de “t”.

Item Fórmula
Amortização 𝑎(𝑡) = 𝑅 . {1 − 𝑖. 𝐹𝑉𝐴(𝑛 − 𝑡 + 1; 𝑖)}
Juros 𝐽(𝑡) = 𝑖 . 𝑅. 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 𝑡 + 1; 𝑖)
𝑆𝐷𝑜
Prestação 𝑅=
𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)
Saldo Devedor 𝑆𝐷(𝑡) = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 𝑡; 𝑖)

Com esse formulário, conseguimos encontrar os valores referentes a cada


célula da tabela diretamente.

16.2 Aplicando o formulário

Vamos utilizar o exemplo da aula anterior para verificarmos se nossas


premissas de cálculo estão corretas? Exemplo: um empréstimo de $20.000,00 para
ser quitado em 4 meses, com taxa de 3% ao mês. Vamos detalhar os valores do SD,
R, J e a em cada um destes períodos?
P á g i n a | 142

Vamos colocar aqui a tabela completa para podermos verificar de maneira mais
fácil:

n R J a SD

0 20.000

1 5.380,54 600,00 4.780,54 15.219,46

2 5.380,54 456,58 4.923,95 10.295,50

3 5.380,54 308,87 5.071,67 5.223,82

4 5.380,54 156,72 5.223,82 0

Agora, utilizando o formulário, vamos calcular:


a) Amortização no mês 3
𝑎(𝑡) = 𝑅 . {1 − 𝑖. 𝐹𝑉𝐴(𝑛 − 𝑡 + 1; 𝑖)}

A primeira coisa a fazer, sempre, é achar o valor da prestação:


𝑆𝐷𝑜
𝑅=
𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)
20.000
𝑅=
𝐹𝑉𝐴 (4; 3%)
20.000
𝑅=
3,7171
𝑅 = 5.380,54

Assim:
𝑎(𝑡) = 𝑅 . {1 − 𝑖. 𝐹𝑉𝐴(𝑛 − 𝑡 + 1; 𝑖)}
𝑎(3) = 5.380,54 . {1 − 0,03. 𝐹𝑉𝐴(4 − 3 + 1; 3%)}
𝑎(3) = 5.380,54 . {1 − 0,03. 𝐹𝑉𝐴(2; 3%)}
𝑎(3) = 5.380,54 . {1 − 0,03. 1,9135}
𝑎(3) = 5.380,54 . {1 − 0,0574}
𝑎(3) = 5.071,67
P á g i n a | 143

Achamos o valor da Amortização na data 3. Se verificarmos na linha onde o n


= 3, na tabela, podemos constatar que o valor amortizado é deste mesmo valor.

b) Juros no mês 1
𝐽(𝑡) = 𝑖 . 𝑅. 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 𝑡 + 1; 𝑖)

Assim:
𝐽(1) = 0,03 . 5.380,54. 𝐹𝑉𝐴 (4 − 1 + 1; 3%)
𝐽(1) = 0,03 . 5.380,54. 𝐹𝑉𝐴 (4; 3%)
𝐽(1) = 0,03 . 5.380,54. 3,7171
𝐽(1) = 600,00

Achamos o valor dos juros pagos ao final do mês 1. Ao verificarmos na tabela,


podemos concluir que o valor também é igual a $600,00.

c) Saldo Devedor ao final do mês 2


𝑆𝐷(𝑡) = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 𝑡; 𝑖)

Assim:
𝑆𝐷(2) = 5.380,54 . 𝐹𝑉𝐴 (4 − 2; 3%)
𝑆𝐷(2) = 5.380,54 . 𝐹𝑉𝐴 (2; 3%)
𝑆𝐷(2) = 5.380,54 . 1,91346
𝑆𝐷(2) = 10.295,50

Achamos o valor do Saldo Devedor no segundo mês no valor de $ 10.295,50,


exatamente o que nos mostra a tabela do exemplo.

E agora, vamos praticar?

Agora é praticar com os exercícios propostos nesta aula!


Resumo

Nesta aula vimos:

 Utilização de formulário para Sistema de Amortização Price;


 Cálculo das variáveis Saldo Devedor, Amortização, Juros e valor das
Prestações de forma direta, referente ao período escolhido.
Fica a dica!

 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a


sua aprendizagem!

 Fique atento aos horários de atendimento disponíveis na


Secretaria Virtual da Blackboard!

 Não acumule dúvidas!

 Procure o professor da disciplina ou o tutor para esclarecer


suas dúvidas.
Exercícios
AULA 16

1) Um empréstimo foi adquirido pelo sistema Price, no


valor de $80.000, para ser quitado em 72 prestações. A uma taxa
de 2% ao mês, responda:

a) Qual o valor dos juros pago no 68º mês?


b) Qual será o valor da amortização paga no 45º mês?
c) Qual o valor do Saldo Devedor no 27º mês?
d) Qual será a soma das prestações pagas no 33º, 34º e 35º meses?

a) O primeiro passo sempre é encontrar o valor da prestação:


𝑆𝐷𝑜
𝑅=
𝐹𝑉𝐴 (𝑛; 𝑖)
80.000
𝑅=
𝐹𝑉𝐴 (72; 2%)
80.000
𝑅=
37,9840
𝑅 = 2.106,14

Agora:
𝐽(𝑡) = 𝑖 . 𝑅. 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 𝑡 + 1; 𝑖)

Assim:
𝐽(68) = 0,02 . 2.106,14. 𝐹𝑉𝐴 (72 − 68 + 1; 2%)
𝐽(68) = 0,02 . 2.106,14. 𝐹𝑉𝐴 (5; 2%)
𝐽(68) = 0,02 . 2.106,14. 4,7136
𝐽(68) = 198,55

Resposta: O valor de juros pagos no mês 68 é de $198,55.


P á g i n a | 147

b)
𝑎(𝑡) = 𝑅 . {1 − 𝑖. 𝐹𝑉𝐴(𝑛 − 𝑡 + 1; 𝑖)}
𝑎(45) = 2.106,14 . {1 − 0,02. 𝐹𝑉𝐴(72 − 45 + 1; 2%)}
𝑎(45) = 2.106,14 . {1 − 0,02. 𝐹𝑉𝐴(28; 2%)}
𝑎(45) = 2.106,14 . {1 − 0,02. 21,2813}
𝑎(45) = 2.106,14 . {1 − 0,4256}
𝑎(45) = 1.209,71

Resposta: O valor da prestação no mês 45 é de $1.209,71.

c)
𝑆𝐷(𝑡) = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 𝑡; 𝑖)
𝑆𝐷(27) = 2.106,14 . 𝐹𝑉𝐴 (72 − 27; 2%)
𝑆𝐷(27) = 2.106,14 . 𝐹𝑉𝐴 (45; 2%)
𝑆𝐷(27) = 2.106,14. 29,4901
𝑆𝐷(2) = 62.110,41

Resposta: O valor do Saldo Devedor no mês 27 é de $62.110,41.

d)
Como as prestações são constantes, neste caso não precisamos realizar
nenhum cálculo em utilizando nosso formulário. Apenas o somatório das 3 prestações
ou o valor de cada prestação multiplicada por 3 períodos:

𝑅 = 2.106,14 . 3
𝑎 = 6.318,42

Resposta: A soma das prestações será de $6.318,42.


P á g i n a | 148

2) Um empréstimo foi realizado em 80 prestações no sistema SAC. A taxa foi


de 4% ao mês e o Saldo Devedor, após 30 meses, é de 42.000,00. Sabendo disso,
qual é o valor da prestação e qual foi o valor do empréstimo captado?
O primeiro passo é descobrir o valor da prestação:
𝑆𝐷(𝑡) = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 𝑡; 𝑖)
42.000 = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (80 − 30; 4%)
42.000
𝑅=
𝐹𝑉𝐴 (50; 4%)
42.000
𝑅=
21,4122
𝑅 = 1.955,11

Sabendo o valor da prestação, vamos calcular o Saldo Devedor na data zero,


quando o empréstimo foi realizado:
𝑆𝐷(𝑡) = 𝑅 . 𝐹𝑉𝐴 (𝑛 − 𝑡; 𝑖)
𝑆𝐷(0) = 1.955,11 . 𝐹𝑉𝐴 (80 − 0; 4%)
𝑆𝐷(0) = 1.955,11 . 𝐹𝑉𝐴 (80; 4%)
𝑆𝐷(0) = 1.955,11 . 23,9154
𝑆𝐷(0) = 46.757,22

Resposta: O valor de prestação é $1.955,11 e o valor do empréstimo é de


$46.757,22.

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