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“QUANTA MORAL, HEIN?!

Herick Gretschischkin
Gestão em Segurança Privada EaD 9ºT

Falar de “moral”, isoladamente, sem fazer alusão à ética é muito difícil.


Mas, vamos lá.
Quando tratamos de “moral”, a palavra pode, terminologicamente, diferir
em seus sentidos.
Pode, por exemplo, tratar de caráter, quando falamos de determinada
pessoa, ao dizer que “não tem moral”. Neste caso, a palavra traz ao bojo da comunicação que
o indivíduo de quem se refere tem traços comportamentais e/ou psicológicos, tidos como
negativos dentro do que se espera em determinado grupo. Moral, neste caso, refere-se à
comportamento e /ou índole.
É termo de complexidade, dada sua característica personalíssima. Ora,
senão vejamos no seguinte exemplo, quanto à aceitabilidade de determinada conduta: o
indivíduo A, nasceu e cresceu em determinada família, cujos princípios foram desde muito
cedo a ele transmitidos, com noções do que se deve ou não fazer. Anos a fio sendo ensinado
em conformidade com o que aquela família entendia como padrões adequados de convivência
em sociedade e como indivíduo, aprendendo, como exemplo, que não se deve jogar lixo na
rua. Simples, não? Tratemos agora do indivíduo B.
O indivíduo B, observe, teve as mesmas condições de criação que A,
contudo, do seio familiar de que veio, na sociedade em que foi inserido, não aprendeu que não
se jogar lixo na rua, sendo algo comum para si e perfeitamente aceitável para todos que o
rodeiam.
Não são comportamentos contraditórios para cada indivíduo, dentro de cada
ciclo de convivência, enquanto não forem confrontados com uma realidade diferente da que
estão habituados.
Aqui temos um exemplo da palavra “moral”, empregada como
comportamento social, como regras de um grupo, transmitidas ao indivíduo.
Pode referir-se a um conjunto de atributos, bons ou maus, de um indivíduo,
resultante do exercício da vida em coletividade. E, então, não é mais uma questão de ser certo
ou errado. De ser bom ou ruim, pois é um modo de agir que a pessoa adquiriu e incorporou ao
longa da vida, passando a fazer parte de sua identidade, um hábito natural.
Outra forma de se referir à “moral” é quando se diz que determinada pessoa
“possui uma moral muito rígida”. Essa referência à palavra moral diz, na verdade, de uma
espécie de código moral, individual e personalíssimo, direciona os atos daquela pessoa, sendo
algo sedimentado de tal forma, que passa a ser referência às pessoas que o cerca. São
convicções, formas de pensar e agir, que servem de base para a convivência e as tomadas de
decisões do indivíduo, independentemente dos fatores externos.
Quando a palavra “moral” é empregada no masculino, como no meio
militar, em “ter o moral elevado”, é sinônimo de “disposição do espírito”, “ter resiliência”,
“ter força para superar obstáculos e dificuldades”.
A palavra “moral” depende muito do contexto no qual é empregada; da
análise terminológica e linguística de sua aplicação. Em resumo, “é um sistema de normas,
princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os
indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um
caráter histórico e social, sejam acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima”
(ADMINISTRADORES.COM, 2011).

Referências:

SANTOS, Maria. A Ética e os Valores do Indivíduo. Administradores.com, 2011.


Disponível em: < https://administradores.com.br/artigos/a-etica-e-os-valores-do-individuo >.
Acesso em: 25 set. 2021.

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