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6ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO

ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA BORGES DE MEDEIROS

NOME DO ESTUDANTE:----------------------------------------------------------------------
ÁREA DO CONHECIMENTO: CIÊNCIAS HUMANAS
COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA PROFESSORA: BÁRBARA LOUZADA
TURMA: 2008/2009/2010/2016 TURNO: Manhã DATA:

 Continuando o assunto sobre princípios democráticos: leia com atenção!

Práticas democráticas não são exclusividade de nosso tempo. De sua origem até
os dias atuais, elas foram transformadas, adaptadas de acordo com as condições e
necessidades de cada localidade e de cada época. A primeira experiência democrática
que temos registro foi em Atenas, na Grécia, no século V a.C. Em Atenas, a democracia
era praticada livremente e de forma direta pelos cidadãos da pólis por meio de assembleias nos espaços públicos
(ágora). Na democracia ateniense, os indivíduos considerados cidadãos e aptos à prática política eram os que
tinham direito a voto, e para ter esse direito era preciso ser homem, com mais de 18 anos, cumprir suas obrigações
militares, ter nascido em Atenas e ser filho de pai e mãe atenienses. Desse grupo, não participavam jovens com
menos de 18 anos, mulheres, estrangeiros e pessoas escravizadas. Esses eram os limites da democracia ateniense.
A DEMOCRACIA NO ESTADO MODERNO
Depois da experiência de Atenas, ideias democráticas integraram discursos políticos em outros momentos e
lugares. Porém, isso só veio a ocorrer séculos depois, pois ao longo da Idade Média não houve grandes avanços nas
diretrizes políticas que pudessem ser considerados mais democráticos e que suprimissem os privilégios da nobreza
e do clero. Séculos depois, os conceitos básicos da democracia retornaram ao palco político de alguns Estados do
Ocidente, com destaque para Inglaterra e França. As revoluções burguesas – série de movimentos sociopolíticos
liderados por burgueses que se opunham à concentração de poder das monarquias absolutistas e do clero –,
inspiradas nos ideais iluministas, pregavam, além do livre mercado, a igualdade perante a lei e a liberdade religiosa.
As conquistas oriundas dessas revoltas transformaram o modo de pensar de parte da população europeia e têm
reflexos até hoje. A Revolução Puritana (1640-1649), por exemplo, deu origem à monarquia parlamentar na
Inglaterra; a Revolução Gloriosa (1688-1689) resultou na assinatura da Declaração de Direitos, de 1689, que
estabelecia o fim das perseguições religiosas, o direito de ser julgado por um júri e o fim da autonomia do rei, cujas
decisões passaram a se submeter à autorização do Parlamento. Esse foi o primeiro documento garantindo a
participação de parte considerável da população em decisões que afetavam a vida cotidiana, como a criação de
impostos, por meio de representantes eleitos no Parlamento. Já a Revolução Francesa (1789-1799), por fim,
resultou em uma mudança completa na organização do Estado. Os dezessete artigos da Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão, escritos no contexto da Revolução Francesa, transformaram os costumes ao defender ideais
libertários numa época em que o status social era definido, geralmente, pela família de origem ou pela ordem
religiosa. Além dos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, esse documento também trouxe artigos
referentes ao direito de propriedade e a limitações do poder do rei.
Os movimentos ocorridos nesses séculos resultaram em uma mudança no status social das populações de
diferentes países, que começaram a refletir sobre a importância da escolha dos governantes e a responsabilidade
que ela acarreta. Essas mudanças não foram exclusivas da Europa. Do outro lado do oceano Atlântico, os Estados
Unidos, após sua independência, publicaram sua Constituição em 1787, que dividia o governo federal em três
poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Também definia que os integrantes do Congresso e o presidente
deveriam ser eleitos por meio do voto (apenas de pessoas brancas, ricas e alfabetizadas) e delimitava suas funções.
Além disso, determinava que a Suprema Corte seria a guardiã da Constituição e dava legitimidade para a nação
como uma república federal, que garantiria os direitos civis e políticos de todos os cidadãos. Nesse contexto,
surgiram os primeiros modelos de democracia representativa, em que os representantes políticos são responsáveis
por administrar a vida pública. A democracia representativa é o sistema político vigente no Brasil.

ATIVIDADE I:
Quais são as Principais diferenças entre a democracia criada em Atenas e a nossa hoje em dia?
LIBERDADE, IGUALDADE E RESPEITO: PRÉ-REQUISITOS PARA A DEMOCRACIA

No Brasil, a democracia é representativa, ou seja, o povo escolhe seus representantes políticos para
governar o país. Assim, parte dos debates políticos ocorre em espaços destinados para isso, como nas assembleias
legislativas e câmaras municipais. As assembleias legislativas reúnem os deputados estaduais, representantes do
Poder Legislativo estadual. São eles que fiscalizam o Poder Executivo (nesse caso, o governador) e elaboram as leis
estaduais. Já as câmaras municipais têm um papel similar, porém atuam no município e são compostas de
vereadores, os quais fiscalizam o prefeito e suas ações. A forma de se eleger um representante também foi muito
modificada. Atualmente, de acordo com a Constituição brasileira, todos os brasileiros têm direito ao voto e, para
garantir a proteção dos eleitores, as eleições são realizadas em colégios eleitorais protegidos pela segurança
pública.
O ato de votar, no entanto, é apenas uma parte do exercício democrático praticado pelos cidadãos. A
participação dos cidadãos ultrapassa o período eleitoral em que são escolhidos os políticos responsáveis pelas
decisões sobre a vida da população. A participação política é um exercício diário, que envolve o respeito ao espaço
público e aos demais indivíduos e a fiscalização da administração pública e da atuação dos representantes eleitos. A
democracia também é exercida para além das eleições e da participação política ativa. Para um país alcançar a
plena democracia, todos os cidadãos devem contribuir com o espaço político, participar dele e, além disso, exercer
seus deveres e ter seus direitos garantidos.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
A busca por igualdade de direitos e pelo bem-estar de toda a população é constante em Estados
democráticos. Essa busca leva a diferentes tipos de manifestação por parte de vários grupos sociais, que exigem o
respeito e a efetivação dos direitos estabelecidos na Constituição brasileira.
Há muitas formas de se exigir o respeito aos direitos e o cumprimento das leis, além de manifestações nas
ruas. As iniciativas de grupos ativistas e organizações não governamentais também buscam a igualdade de direitos
e o cumprimento das leis, mas de outras formas, como em abaixo-assinados, denúncias à imprensa e campanhas à
população. Manifestações democráticas envolvem a livre expressão de opiniões e de ideias. Espaços públicos
abertos a artistas e seus públicos são sinais de tolerância e liberdade, mesmo em países que não possuem um
sistema democrático plenamente consolidado. A democracia é um modo de se buscar a soberania popular. Por
isso, é fundamental que toda a comunidade, incluindo os jovens que ainda não são eleitores, pratiquem a cidadania
e atuem, no dia a dia, como membros de uma sociedade democrática. Praticar a cidadania significa ter liberdade
para expressar as próprias opiniões e desfrutar do espaço público.

ATIVIDADE II:

a) De que forma contribuo para a cidade em que vivo?

b) Na sua opinião, atualmente, as pessoas estão preocupadas com a cidade em que vivem?

ABRAÇO!!

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