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Scaptotrigonas

O gênero de abelhas sem ferrão Scaptotrigona é amplamente distribuído nas


Américas em regiões tropical como (Brasil, México, Argentina, Paraguai, Peru,
Bolívia, Guatemala, Costa Rica, Venezuela, Colômbia, Guiana Francesa e
Argentina) e inclui espécies economicamente importantes utilizados na
meliponicultura. O gênero Scaptotrigona consiste em 26 espécies distribuídas
desde o México até a Argentina.
No Brasil, sendo relatado que são encontrada 7 espécie das Scaptotrigonas
dentre as 26 espécies que são distribuídas pelo continente das Américas,
sendo uma grande riqueza ao Brasil a qual uma riqueza ainda não muito
explorada.

As 26 espécies que são distribuídas pelo continente das Américas são:

Scaptotrigona affabra
Scaptotrigona barrocoloradensis
Scaptotrigona bipunctata
Scaptotrigona depilis
Scaptotrigona emersoni
Scaptotrigona fulvicutis
Scaptotrigona guimaraesensis
Scaptotrigona hellwegeri
Scaptotrigona jujuyensis
Scaptotrigona limae
Scaptotrigona luteipennis
Scaptotrigona marialiceae
Scaptotrigona mexicana
Scaptotrigona nigella
Scaptotrigona nigrohirta
Scaptotrigona ochrotricha
Scaptotrigona panamensis
Scaptotrigona pectoralis
Scaptotrigona polysticta
Scaptotrigona postiça
Scaptotrigona subobscuripennis
Scaptotrigona tricolorata
Scaptotrigona tubiba
Scaptotrigona turusiri
Scaptotrigona wheeleri
Scaptotrigona xanthotricha

Classificação científica

Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hymenoptera
Superfamília: Apoidea
Família: Apidae
Tribo: Meliponini
Gênero: Scaptotrigona Moure 1942
AMÉRICA DO SUL
ESPÉCIE TOTAL
Argentina Bolívia Brasil Colômbia Equador Guiana G.Francesa Paraguai Perú Venezuela

Scaptotrigona affabra 1 1

Scaptotrigona barrocoloradensis 1 1 2

Scaptotrigona bipunctata 1 1 1 1 4

Scaptotrigona depilis 1 1 1 1 4

Scaptotrigona emersoni 1 1

Scaptotrigona fulvicutis 1 1 2

Scaptotrigona guimaraesensis 1 1

Scaptotrigona hellwegeri 0

Scaptotrigona jujuyensis 1 1

Scaptotrigona limae 1 1 2

Scaptotrigona luteipennis 0

Scaptotrigona marialiceae 1 1

Scaptotrigona mexicana 0

Scaptotrigona nigella 1 1

Scaptotrigona nigrohirta 1 1

Scaptotrigona ochrotricha 1 1

Scaptotrigona panamensis 0

Scaptotrigona pectoralis 0

Scaptotrigona polysticta 1 1 1 1 1 5

Scaptotrigona postica 1 1 1 1 1 5

Scaptotrigona subobscuripennis 0

Scaptotrigona tricolorata 1 1 1 1 1 5

Scaptotrigona tubiba 1 1 1 3

Scaptotrigona turusiri 1 1

Scaptotrigona wheeleri 0

Scaptotrigona xanthotricha 1 1 2

TOTAL 2 7 12 7 2 1 1 2 5 4 43
AMÉRICA CENTRAL
ESPÉCIE TOTAL
Costa Rica Guatemala Nicaragua Panamá México

Scaptotrigona barrocoloradensis 1 1

Scaptotrigona hellwegeri 1 1

Scaptotrigona luteipennis 1 1 1 3

Scaptotrigona mexicana 1 1 2

Scaptotrigona panamensis 1 1 2

Scaptotrigona pectoralis 1 1 1 3

Scaptotrigona subobscuripennis 1 1 1 3

Scaptotrigona wheeleri 1 1 1 3

TOTAL 6 1 3 5 3 18

América do
América Central
ESPÉCIE Sul
(Países)
(Países)

Scaptotrigona affabra 1 5

Scaptotrigona barrocoloradensis 2 1

Scaptotrigona bipunctata 4 0

Scaptotrigona depilis 4 0

Scaptotrigona emersoni 1 0

Scaptotrigona fulvicutis 2 0

Scaptotrigona guimaraesensis 1 0

Scaptotrigona hellwegeri 0 1

Scaptotrigona jujuyensis 1 0

Scaptotrigona limae 2 0

Scaptotrigona luteipennis 0 3

Scaptotrigona marialiceae 1 0

Scaptotrigona mexicana 0 2

Scaptotrigona nigella 1 0

Scaptotrigona nigrohirta 1 0

Scaptotrigona ochrotricha 1 0

Scaptotrigona panamensis 0 2

Scaptotrigona pectoralis 0 3

Scaptotrigona polysticta 5 0

Scaptotrigona postica 5 0

Scaptotrigona subobscuripennis 0 3

Scaptotrigona tricolorata 5 0

Scaptotrigona tubiba 3 0

Scaptotrigona turusiri 1 0

Scaptotrigona wheeleri 0 3

Scaptotrigona xanthotricha 2 0

Total 43 23
Scaptotrigonas

América do Sul América Central

SCAPTOTRIGONAS ESTADOS

Scaptotrigona Brasileiras AC AL AM AP BA CE ES GO MA MG MS MT PA PE PI PR RJ RN RO RS SC SE SP TO Qde

Scaptotrigona bipunctata 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 17

Scaptotrigona postica 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 16

Scaptotrigona tubiba 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11

Scaptotrigona polysticta 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10

Scaptotrigona depilis 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9

Scaptotrigona xanthotricha 1 1 1 1 1 1 1 1 8

Scaptotrigona tricolorata 1 1 1 3

Scaptotrigona affabra 1 1 2

Scaptotrigona fulvicutis 1 1 2

Scaptotrigona guimaraesensis 1 1

Scaptotrigona nigrohirta 1 1

1 1
Scaptotrigona marialiceae
TOTAL 3 1 4 2 4 3 2 4 4 6 3 7 6 1 3 4 2 1 5 3 3 2 6 2

Scaptotrigonas Brasileiras
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Scaptotrigona affabra (Moure, 1989)
Localização:Brasil (Rondônia e Pará)
Scaptotrigona barrocoloradensis (Schwarz, 1951)
Localização: Equador e Panamá
Scaptotrigona bipunctata (Lepeletier, 1836) - Tubuna
Nome Popular: Tubuna

Localização: Bolívia, Paraguai, Peru e Brasil ( Acre, Amazônia, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás,
Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro,
Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo)

A entrada do ninho possui forma de funil e é construída de cerume escuro (Nogueira-


Neto, 1970). As abelhas não fecham a entrada à noite (Nogueira-Neto, 1970). Os favos de
cria são construídos helicoidalmente, mas também podem ser construídos
horizontalmente; há construção de células reais (Nogueira-Neto, 1970). Invólucro
presente, mas não é desenvolvido (Nogueira-Neto, 1970). Potes de alimento: podem
atingir de 2,5 a 3,0 cm de altura (Nogueira-Neto, 1970). Tamanho das colônias: 2.000-
50.000 abelhas (Lindauer & Kerr, 1960). Apresentam comportamento altamente defensivo, ou seja, são muito agressivas
(Nogueira-Neto, 1970). As abelhas dessa espécie também são muito agressivas em relação a abelhas de outras colônias (Costa
& Imperatriz-Fonseca, 2000).
Scaptotrigona depilis (Moure, 1942) - Canudo
Localização: Argentina, Bolívia, Paraguai, Brasil ( Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo)
Scaptotrigona emersoni (Schwarz, 1938)
Localização: Guiana
Scaptotrigona fulvicutis (Moure, 1964)
Localização: Guiana Francesa e Brasil (Amazônia e Amapá)
Scaptotrigona guimaraesensis (Laroca, 2017)
Localização: Brasil (Mato Grosso)

Moure (1942), ao descrever Scaptotrigona, como subgênero de Trigona


Jurine, dá a conhecer uma nova espécie que denomina Scaptotrigona depilis. A espécie,
Scaptotrigona guimaraesensis, com descrição ora apresentada, se aproxima de S.
depilis pela falta da pilosidade pubescente nos tergos abdominais, que é uma
característica de quase todas as espécies do gênero; mas difere desta pela coloração
do clípeo, área supraclial, paraoculares inferiores; faces e genas, que em S.
guimaraesensis são quase que totalmente amarelos. A espécie ora descrita e S. depilis
Moure parecem constituir um subgrupo de espécies dentro de Scatotrigona. Atualmente,
o gênero conta com 24 espécies descritas e nominais, incluindo a presente.
Os exemplares, todas operárias, da espécie em descrição, foram coletadas nas
proximidades da entrada do ninho ao voltarem do campo; este foi descoberto pelo
senhor João Paes morador das vizinhanças da localidade de Água Fria, município de
Chapada dos Guimarães, estado de Mato Grosso.

OPERÁRIA
MEDIDAS — Holótipo. Comprimento total aproximado do corpo: 5,9 mm; largura máxima da cabeça: 2,6 mm;
comprimento total da asa anterior (incluindo a tégula): 6,2 mm.
COR DO TEGUMENTO — Preto, porém com regiões mais claras tendendo para o amarronzado. Clípeo (exceto uma
faixa apical mais escura, assim como a sutura epistomal), área supraclipeal, faces inferiores dos escapos amarelo creme;
paraoculares inferiores com manchas amarelas que se estendem uniformes das tangentes álveo-antenais inferiores, e próximas
às suturas oculares até as tangentes alvéolo-antenais superiores. Áreas malares marrom mais claras, e embaixo dos olhos um
amarelo mais escuro. Genas também amarelas mas superiormente tendendo para um amarelo mais escuro até amarronzado;
inferiormente, uma faixa a cada lado ao longo do hipóstoma. Coxas e trocanteres amarelos; fêmures e tíbias com as faces
inferiores (internas) amareladas a marrom bem claro; tarsômeros amarelo méleos nas faces inferiores (internas). Mesoscuto e
escutelo pretos. Tégulas méleo escuras no bordo posterior. Membranas alares translúcidas amareladas; células marginais,
especialmente no bordo anterior levemente enfumaçadas. Nervuras alares amarelo méleo, as Costais, Subcostais e margens
externas dos pterostigmas muito mais escuras, marrons. Tergo I, de alguns exemplares (exceto holótipo), com uma mancha
amarela difusa podendo ocupar parte da depressão do tergo, e se estendendo às margens apico-laterais dos mesmo. Esternos,
na linha média, amarelo claros, tendendo para o amarronzado escuro nas margens; esterno I amarelo mais claro.
PILOSIDADE — Clípeo, área supraclipeal e paraoculares inferiores com pelos muito finos, muito curtos, decumbentes,
muito esparsos e quase imperceptíveis, méleos claros; labro com pelos mais longos e densos; paraoculares inferiores
semelhantes ao clípeo. Faces e fronte com pilosidade decumbente fina e grísea, que se adensa e se torna progressivamente
mais longa na fronte e em direção ao vértice; neste as cerdas, pretas, atingem o comprimento de aproximadamente 2-2,5 mm.
Genas revestidas uniformemente por fileiras de pelos muito curtos e finos, méleos decumbentes. Escapo glabro; flagelo com
penúgem curtíssima creme pálido. Mesoscuto glabro, com cerdas pretas, um pouco pálidas, semidecumbentes, na margem
anterior; escutelo igualmente glabro, com cerdas pretas na margem apical. Área basal do propódeo glabra;flancos propodeais
com copiosa pilosidade pubescente, grísea prateada; pleuras com pilosidade esbranquiçada rala; mesepisternos com cerdas
maiores decumbentes de um amarelo dourado. Tergos abdominais I-IV glabros; tergos V-VI com cerdas creme esbranquiçadas,
no tergo V muito delicadas, e no tergo VI, as maiores com pouco menos de 2 mm. Esternos abdominais revestidos por pelos
gríseo-amarelados, finos e decumbentes.
PONTUAÇÃO — Clípeo, área supraclipeal e paraoculares inferiores brilhantes, com pontos pilíferos minúsculos e
esparsos; áreas malares igualmente com pontos pilíferos relativamente esparsos. Faces e fronte com pontuação que se adensa,
todavia os espaços entre os pontos continua incomparavelmente maior que o diâmetro dos pontos, sendo a superfície lisa e
brilhante. Genas com as superfícies menos brilhantes, quase opacas; os pontos uniformemente distribuidos em linhas.
Mesoscuto densamente fino-granuloso, espaço entre os pontos 1-1,5 o diâmetro destes; escutelo com pontuação pouco mais
esparsa e superfície ligeiramente mais opaca.
Área basal do propódeo brilhante, mas com superfície irregular sendo a base algo enrugada; flancos propodeais, sob a
pubescência, lisos e brilhantes. Tergo I com a superfície vertical (depressão) lisa e brilhante, posteriormente fino e granulado,
exceto a zona marginal que é finamente reticulada e brilhante; tergos II-IV com os discos finos granulosos, as zonas marginais
que são finamente reticuladas; tergo VI com pontos pilíferos de inserção das cerdas apicais e os espaços entre eles lisos e
brilhantes.
MEDIDAS (em mm) E PROPORÇÕES — Cabeça mais larga que longa (2,5: 2,0), olhos compostos pouco
convergentes embaixo, distância interorbital inferior menor que a superior, e a distância interorbital máxima maior que o
comprimento do olho (1,5 : 1,7 : 1,8 : 1,4). Clípeo quase duas vezes mais largo que longo (1,3 : 0,7). Olhos compostos 2,8 vezes
mais longos que largos (1,4 : 0,5). Áreas malares duas vezes maiores que o diâmetro dos escapos (2,6:1,3). Distância interocelar
maior que o diâmetro do ocelo médio, e este mais da metade da distância ocelo-orbital (0,4 : 0,3 : 0,5).
Distância interalveolar quase duas vezes o diâmetro alveolar, e menor que a distância alvéolo-ocular (0,4 : 0,2 : 0,5). Escapo
cerca de 6,7 vezes mais longo que seu diâmetro máximo, e mais da metade do comprimento do pedicelo e flagelo juntos (1,0 :
0,15 : 1,9); pedicelo pouco mais longo que largo (0,18: 0,15); primeiro flagelômero mais longo que o segundo, e este mais curto
que o terceiro (0,15: 0,13: 0,15), a largura do segundo e do terceiro iguais, e pouco maiores que a largura mínima do terceiro
(1,8: 1,8: 1,5).
MATERIAL TIPO — Holótipo: operária coletada em Ág. Fria (Água Fria), Chapada dos Guimarães, MT, BRASIL / 6-IX-
2010 / S. Laroca & João Paes leg. Ninho em tronco de Guazuma ulmifolia Lamarck.
Parátipos — Três operárias com os mesmos dados do holótipo, depositadas no “Museu de Zoologia da Universidade de São
Paulo” (MZUSP – São Paulo, SP, Brasil); dois parátipos (operárias) com os mesmos dados do holótipo, depositados na “Coleção
Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz” (FIOCRUZ - Rio de Janeiro, RJ) e outros dois parátipos depositados na coleção do
autor sênior.
ETIMOLOGIA — A presente espécie é dedicada ao avoengo de S.L., Manuel Gonçalves Guimarães, português de
origem, nascido na vila de Delães, então província de Barcelos (Portugal), pioneiro paranaense e grande comerciante; também
ao município de Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, onde a espécie foi coletada.
Scaptotrigona hellwegeri (Friese, 1900)
Localização: México
Tamanho: 5.0 - 5.3 mm
Coloração: Alaranjada com partes negras, tórax alaranjado com a última parte (escutelo) negra.
Conduta: Pode ter uma defesa agressiva com muitos indivíduos voando em frente a colmeia mas
sem atacar. Tem um odor particular que atrai mais indivíduos para a defensa.
Características do ninho: Substrato: ocos de árvores.
Forma: Não exposto
Entrada: Tubo de cera café com entrada redonda
Guardiãs: Muitas
Potencial de cultivo: São abelhas resistentes, possui um número maior de indivíduos dentro das
colmeias em comparação com outras espécies. É uma boa espécie para os principiantes em
Meliponicultura.
Scaptotrigona jujuyensis (Schrottky, 1911)
Localização: Argentina
Scaptotrigona limae (Brèthes, 1920)
Localização: Colômbia e Perú
Scaptotrigona luteipennis (Friese, 1902)
Localização: Costa Rica, Nicarágua e Panamá)
Scaptotrigona marialiceae (Laroca, 2015)
O gênero Scaptotrigona Moure é um grupo especializado de abelhas sem ferrão, cuja
distribuição varia aproximadamente do estado de Coahuila (México central) a Buenos Aires
(Argentina). No total, existem aproximadamente 21 espécies de Scaptotrigona. No Paraná, o
gênero representado por três espécies [Scaptotrigona bipunctata Lepeletier, S. xanthotricha
Moure e S. depilis Moure]. Dessas espécies, S.bipunctata tem uma distribuição mais ampla,
variando do Rio Grande do Sul (Brasil) ao Peru. No estado do Paraná, particularmente nos
planaltos, é a espécie mais frequente e abundante (ALMEIDA & LAROCA, 2013; SAKAGAMI &
LAROCA, 1971). Enquanto S. xanthotricha ocorre na região costeira do Brasil, de Florianópolis
(estado de Santa Catarina) a Sergipe (nordeste do Brasil), na região costeira do Paraná, é
relativamente frequente e comum. A distribuição de S. depilis varia da província de El Beni
(Bolívia) a Buenos Aires (Argentina). Na literatura, aparentemente não há registro de S. depilis
no estado do Paraná, no entanto, registramos trabalhadores coletados em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba (Paraná),
embora não seja muito frequente nem abundante.

Ao coletar abelhas em flores de uma palmeira (Syagrusromanzoffianum), em Castro (Paraná), pegamos trabalhadores de um espécime
aparentemente desconhecido, e o descrevemos como novo aqui.Esta espécie é um pouco semelhante a S. tubiba (Smith), mas os
trabalhadores diferem quanto ao tamanho do corpo, cor, pontuação e pilosidade (ver MOURE, 1950).

DIMENSÕES DO TRABALHADOR - Comprimento total do corpo: 5,8 mm, largura máxima da cabeça: 2,3 mm, comprimento de forragem
(incluindo a tégula): 5,6 mm. COR INTEGUMENTAL - Preto, opaco, com uma faixa amarelo-creme amarelada muito fraca, medialmente na
margem apical do clípe, não ocupando mais de 1/5 do comprimento clypial; base de escapo amarelado e na articulação escapo-pedicelo-
flagelo; flagelo com faixa creme-amarelada, quase articulação mais escura; mandíbulas escuras ferruginosas a marrom, na base, e um tanto
marrom-ferruginosas no ápice; clypeus-orbitalarea, próximo ao alvéolo, com uma área difusa de tonalidade amarelada; tíbias e tétarsos
ferruginosos marrom-escuros, quase pretos; membrana da asa escura-avermelhada-ferruginosa, veias mais escuras; membrana celular
marginal uma área mais escura, especialmente no ápice; terga metassomal, especialmente 2-5 preto, fracamente amarelado
escuro.PILOSIDADE - Clípe coberto uniformemente com numerosas cerdas plumosas curtas, decumbentes, de creme a esbranquiçadas, bem
como a frente, onde tendem a ser ferruginosas; vértice com algumas cerdas pretas semi-eretas e robustas; gena com pubescência curta,
decumbente, prateada e ramificada; pubescência ramificada esbranquiçada no lobo pronotal; mesonoto descoberto, mas na margem frontal
e lateral (para trás, além das bases das asas) fileiras de cerdas pretas semi-eretas; estes também na margem posterior do mesoscutelo,
metanoto e flancos propodeais, especialmente o respirador propodeal; com pubescência esbranquiçada, decumbente e ramificada; no
onpropodo inferior, um monte de cerdas preto-avermelhadas semi-eretas; cerdas ferrogênicas uniformemente abundantes, em terga
abdominal especialmente 1 a 5, onde cerdas são delicadas e decumbentes; no tergum 1, esse tipo de pubescência é geralmente mais
abundante lateralmente do que no disco; superfície vertical do tártaro 1 nua e brilhante; tergum 6 quase coberto de cerdas esbranquiçadas e
ramificadas e várias cerdas pretas maiores, semi-eretas; metasomalsterna, com cerdas esbranquiçadas delicadas, e ventralmente e nas mais
escuras e mais ferruginosas, pretas e ferruginosas.

ESCULTURA (PONTUAÇÃO) - Clípe, opaco, pontuado uniformemente; punções granulosas e pilíferas; as perfurações na área clipo-orbital,
interespaços maiores, distribuídos irregularmente, entre as perfurações variam de meras carinas a 1-4 vezes o diâmetro das perfurações e o
brilho da superfície; a 2/3 do comprimento da órbita, o diâmetro das punções diminui, tornando-se densamente é atribuído (interespaço
geralmente mais estreito que o diâmetro das perfurações) e a superfície é mais opaca; ao redor da ocelli, há uma área brilhante com
perfurações maiores espalhadas; no vértice maiores cerdas pretas semi-eretas, as perfurações também se tornam maiores; no mesossomo,
granulado uniformemente fino, área basal e lateralmente no propodo um pouco brilhante, mas também um tanto granuloso; o terga
metassomal 1 a 5 com pontuação granulosa fina; plano vertical do tergum 1, nu e brilhante; no tergum 6, as perfurações pilíferas são mais
ásperas, principalmente as que apresentam as ereções. MEDIDAS E PROPORÇÕES - Cabeça mais larga que longa (2,4: 2,0 mm); olhos
compostos convergentes, menor interorbital menor que o uper, distância interorbital máxima menor que o comprimento do olho (1,4: 1,6:
2,4: 1,4 mm); clípeo mais que o dobro da largura (1,5: 0,60 mm); olhos aproximadamente 2,9 vezes mais que a largura (0,5: 1,4 mm); dois
medidores de escassez na área malar (0,2: 0,1 mm); distância interocelar superior a dois metros de ocelo médio e menos da metade da
distância ocelo-orbital (0,5: 0,2: 0,5 mm); distância interalveolar maior que o alveolardiaímetro e menor que a distância alvéolo-orbital (0,3:
0,2: 0,4 mm); comprimento do escapamento aproximadamente 6,5 vezes seu diâmetro máximo e menos da metade do comprimento do
flagelo e do pedicelo (0,9: 0,14: 1,7 mm); pedicel a pouco maior que sua largura [máxima] (0,14: 1,3 mm) e aproximadamente tão longa
quanto a distância alvéolo-lateral do ocelo (0,8 mm); primeiro flagelômero maior que o segundo flagelômero, e esse terço igual (0,17: 0,13:
0,13 mm) e diâmetro de dois últimos iguais e um pouco mais largos do que os primeiros em sua base (0,17: 0,14 mm) .TIPOS - HOLOTYPE:
trabalhador de: Castro, Paraná / Brasil 18-IV-2004 / S. Laroca leg./Em flores de Syagrusromanzoffianum.PARATYPES: três trabalhadores de
Castro, Paraná / Brasil 18-IV-2004 / S.Laroca leg./Em flores de Syagrusromanzoffianum. Todos depositados no “Museu de Zoologia da
Universidade de São Paulo”, São Paulo, SP, Brasil. Além de três trabalhadores de Castro, Paraná / Brasil 18-IV-2004 / S.Laroca leg./Em flores
de Syagrusromanzoffianum depositadas na coleção de abelhas do autor (SL) .ETIMOLOGIA - A espécie presente é dedicada à aluna Miss
MariaAlice Gonçalves (MsC curso de História e Epistemologia da Ciência, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (São Paulo, SP,
Brasil).
Fig. 2. Scaptotrigona marialiceae n. sp. (trabalhador). a, sexto tergito abdominal, com pubescência creme amarelada característica com
cerdas pretas semi-eretas. b, pilosidade que cobre os tergitos abdominais 1 a 5 (fotografia com distorção de cor para mostrar a superfície
cabeluda); c, corbículas.
Scaptotrigona mexicana (Guérin-Méneville, 1845)
Localização: Costa Rica e México)
Características das abelhas odor de côco
Tamanho: 5.0- 5.3 mm
Coloração: Totalmente negra, a vezes com asas alaranjadas.
Conducta: Pode ter uma defesa agressiva do ninho mordendo e enredando-se no cabelo.
Teme um odor particular que atrai mais indivíduos para defesa.
Características do ninho: Ocos de árvores
Entrada: Tubo com forma de trombeta
Guardiãs:aproximadamente 10 indivíduos
Potencial de cultivo:São abelhas resistentes, com um número maior de indivíduos em comparação
com outras espécies, boas para principiantes em Meliponicultura.
Scaptotrigona nigella
Localização: (Colômbia)
Scaptotrigona nigrohirta
Localização: Brasil (Amazônia)
Scaptotrigona ochrotricha (Buysson, 1892)
Localização: Venezuela
Scaptotrigona panamensis (Cockerell, 1913)
Localização: Costa Rica, Panamá
Scaptotrigona pectoralis (Dalla Torre, 1896)
Localização: Costa Rica, México e Panamá
Tem um odor específico.
Tamanho: 5.2 - 5.4 mm
Coloração: Alaranjada com negro, tórax negro com a última parte (escutelo) alaranjada.
Conduta: Pode ter uma defesa agressiva com mordidas e enredando-se ao cabelo. Teme um odor
particular que atrai mais indivíduos na defesa.
Características do ninho: oco de árvores, Tubo com forma de trombeta
Guardiãs: aproximadamente 10 indivíduos
Potencial de cultivo: São abelhas resistentes, com um número maior de indivíduos nas colmeias
em comparação com outras espécies, boas para principiantes em Meliponicultura.
Scaptotrigona polysticta (Moure, 1950) - Benjoí
Localização: Bolívia, Colômbia, Perú, Venezuela e Brasil (Acre, Goiás, Maranhão, Minas Gerais,
Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondõnia, São Paulo e Tocantins)

Nesta espécie as colônias não são muito agressivas como nas outras Scaptotrigonas.
A abelha tem asas amaronzadas, abdómen opaco de cor meio prateado (podendo ser 4 listras
prateadas, dando ao abdómen uma coloração homogênia).
A entrada da espécie é quase sempre inclinada para baixo com circunferencia reduzida e o final da
entrada onde as abelhas ficam de guarda é cheio de pequenos furos.
Seu enxame é populoso e de fácil multiplicação.
Scaptotrigona postica (Latreille, 1809) – Mandaguari Preta
Localização: Bolívia, Colômbia, Perú, Venezuela e Brasil (Acre, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão,
Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondõnia, Santa
Catarina, São Paulo e Tocantins)

A Mandaguari é muito comum nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro e Paraná, é uma espécie bem agressiva, se chegar muito perto de sua
entrada ou abrir a caixa aonde está a colônia, embora não tenha ferrão, elas
protegem seu ninho enrolando nos pelos e cabelos e ainda pode penetrar em
orifícios como ouvido e nariz.

Mas, apesar desse comportamento ela é uma ótima produtora de pólen além de
se uma excelente polinizadora, devido ao grande numero de abelhas no
enxame que pode chegar a 20.000 abelhas. É uma espécie que não produz mel em muita quantidade. Possui
própolis de ótima qualidade tendo pesquisas que apontam ser melhor do que o da apis melífera.
Seu corpo é preto com 2 ou 3 listras brancas na parte traseira, suas asas são de cor marrom escuro e possui um
cheiro muito característico da fruta de côco.

A entrada do ninho da abelha Mandaguari possui forma de funil e é construída com cerume escuro. Essa espécie
não fecha a entrada à noite. Durante o dia sempre tem muitas guardas voando frente a entrada da colônia.
Os favos de cria são construídos helicoidalmente, mas também podem ser construídos horizontalmente. Há
construção de células reais.

Os potes de alimento, mel e pólen, podem atingir de 2,5 a 3,0 cm de altura e circundam o favo de cria. A colônia
da Scaptotrigona postica pode alcançar uma população de 2.000 a 20.000 abelhas.

A caixa mais usada para essa espécie é modelo INPA, comas as seguintes medidas:

- Ninho: 20x20x10 cm
- Sobreninho: 20x20x8 cm
- Melgueiras: 20x20x8 cm
Scaptotrigona subobscuripennis (Schwarz, 1951)
Localização: Panamá, Costa Rica e Nicarágua
Scaptotrigona tricolorata (Camargo, 1988)
Localização: Bolívia, Colômbia, Equador, Perú e Brasil (Amazônia, Mato Grosso e Rondônia)
Scaptotrigona tubiba (Smith, 1863)
Localização: Colômbia, Venezuela e Brasil (Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará,
Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Sergipe e São Paulo)

A entrada do ninho possui forma de funil e é construída de cerume escuro (Nogueira-


Neto, 1970). As abelhas não fecham a entrada à noite (Nogueira-Neto, 1970). Os favos de
cria são construídos helicoidalmente, mas também podem ser construídos
horizontalmente; há construção de células reais (Nogueira-Neto, 1970). Invólucro
presente, mas não é desenvolvido (Nogueira-Neto, 1970). Potes de alimento: podem
atingir de 2,5 a 3,0 cm de altura (Nogueira-Neto, 1970). Tamanho das colônias: 2.000-
50.000 abelhas (Lindauer & Kerr, 1960). Apresentam comportamento altamente
defensivo, ou seja, são muito agressivas (Nogueira-Neto, 1970).
Scaptotrigona turusiri (Janvier, 1955)
Localização: Bolívia
Scaptotrigona wheeleri (Cockerell, 1913)
Localização: Costa Rica, Guatemala e México
Scaptotrigona xanthotricha (Moure, 1950) - Mandaguari Amarela
Localização: Colômbia e Brasil (Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná,
Sergipe e São Paulo

Abelhas Mandaguari são abelhas bastante defensivas, pois as colônias são muito populosas.
Também são boas produtoras de mel e excelente produtora de própolis.
População: 2 mil a 50 mil abelhas.
Alcance de voo: 1 km.
Tamanho de Caixa INPA: Ninho e sobre ninho 20x20x7. Melgueira 20x20x5.
Distância entre colônias: 20 cm de distância.
Produção de mel: 3 litros por ano.
Scaptotrigonas atacadas por ácaros

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