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2011

Curso de Xadrez
Curso profissionalizante
Marcus Vinícius Timbó

Marcus Timbó
CHESS WIN
25/05/2011
Curso de Xadrez

Curso de xadrez

Marcus Vinícius timbó

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curso profissionalizante de xadrez

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Curso de Xadrez

curso profissionalizante de xadrez

Sumario
CHESS WIN
TUTORIAL 3
Termo 17
Tática 68
Movimentos 68
Historia 70
Aberturas 73
Regras do xadrez.......................................................................................................................116

Dicas uteis. ......... ......... ......... ......... ......... ......... ......... ......... ......... ......... ......... ...........126

Dicas especiais ......... ......... ......... ......... ......... ......... ......... ......... ......... ......... ......... .........131

Tutorial
O Tabuleiro

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O xadrez se joga sobre um tabuleiro quadrado, composto por oito linhas de oito
casas, que são de cores claras e escuras alternadamente.

As oito linhas de casas horizontais se chamam filas. As oito linhas de casas


verticais se chamam colunas.

Portanto, o tabuleiro tem 64 casas, que formam oito filas e oito colunas.

Fila Coluna

Diagonais

Diagonal é o conjuntos de casas da mesma cor, que cruzam, em linha reta, o


tabuleiro, formando com as colunas e filas um ângulo de 45º. Entende-se por
grandes diagonais as que tem oito casas, e são duas.

Posição do tabuleiro

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Coloca-se o tabuleiro de forma que os dois jogadores tenham a sua direita uma
casa branca.

Ritmo de Jogo

Cada jogador efetua uma jogada por vez. As jogadas se efetuam alternadamente
(uma branca e uma preta) e assim até o fim da partida. A primeira jogada é
sempre das brancas.

As Peças

Trinta e duas peças compõe o xadrez. São elas:

1 Rei

1 Dama

2 Torres

2 Bispos

2 Cavalos

8 Peões
   

1 Rei

1 Dama

2 Torres

2 Bispos

2 Cavalos

8 Peões

Definimos as peças de cores claras como "as brancas" e as peças de cores escuras
como "as pretas".

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Ao iniciar a partida, colocamos as peças na seguinte posição:

A dama deve ser colocada na casa de sua cor. Dama branca em casa branca. Dama
preta em casa preta.

A Dama

A dama se move a qualquer casa da coluna, fila ou diagonal que pertença a casa
que ocupa. Veja o exemplo:

A dama pode mover-se a qualquer casa marcada pelo ponto vermelho.

A Torre

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A torre pode se mover a qualquer casa da fila ou coluna da casa que ocupa. Veja o
exemplo:

A torre pode mover-se a qualquer casa marcada pelo ponto vermelho.

O Bispo

O bispo pode se mover a qualquer casa das diagonais da casa que ocupa. Veja o
exemplo:

O bispo pode mover-se a qualquer casa marcada pelo ponto vermelho. O bispo é a
única peça que ocupa sempre as casas da mesma cor. No inicio do jogo, cada
jogador tem dois bispos: o das casa brancas e o das casas pretas.

O Cavalo

O cavalo se move uma casa como torre e uma como bispo. O cavalo vai de uma
casa preta para uma casa branca e de uma casa branca para uma preta.

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Acima, as casas que o cavalo pode ocupar.

O Peão

O peão avança uma casa na coluna que esta colocado. Nunca pode retroceder.
Quando parte de sua casa inicial, pode avançar uma ou duas casas, dependendo da
vontade do jogador. Dito de outra forma: em seu primeiro lance, o peão pode
avançar uma ou duas casas, depois deste movimento, pode avançar somente uma
casa.

Observe que o peão, em sua casa inicial, pode avançar uma ou duas casas. Depois
do primeiro lance, somente poderá avançar uma casa.

Valor comparativo das peças

Tomando o peão como base, estabeleceremos o valor comparativo para as peças.


Estes são os valores nominais e dão ao novato a compreensão de ganho ou perda
de material numa troca de peças. O rei não esta na tabela pois tem valor absoluto.
Sua captura representa o fim do jogo.

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Seguindo a tabela, a dama vale por uma torre, um bispo ou cavalo e dois peões. A
torre vale por um bispo ou cavalo e dois peões. Bispo e cavalo valem três peões.

Captura de peças

A peça captura seguindo seu movimento (com exceção do peão). Todas as peças
(menos o peão) atacam as casas que podem mover-se, e qualquer peça inimiga
que se ache em uma delas pode ser capturada. O jogador que efetua a captura
ganha um peça do inimigo. A peça capturada deve ser retirada do tabuleiro e a
peça ganhadora deve ocupar seu lugar. Deve-se ter em conta que não é obrigatório
capturar peças. O jogador pode é quem decide qual peça mover.

O peão

O peão não captura no sentido de seu movimento. O peão toma as peças inimigas
nas colunas próximas e nas casas da linha superior a que ocupa.

Acima, as casas que o peão pode capturar as peças inimigas.

Neste exemplo, o peão branco não pode capturar o peão preto e também não pode
se mover. O peão preto tem a mesma situação.

Tomar "En passant"

O peão tem um movimento especial que é o tomar "en passant". Se um peão


avança duas casas, como tem o direito de fazer na primeira jogada, e nosso peão
esta localizado de forma que ataca a casa intermediária, temos o direito de tomar o
peão.

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O peão preto avança duas casas. O peão branco tem o direito de tomar o peão
preto, como se ele tivesse avançado somente uma casa.

Deve ficar claro que o peão é a única peça com o direito de tomar "en passant".

Xeque

O xeque é o ataque de uma peça sobre o rei. Quando o jogador faz semelhante
jogada, é costume dizer: "xeque".

O rei preto esta em xeque. As pretas são obrigadas a mover o rei imediatamente e
sair do xeque. Neste caso, o rei tem de mudar de coluna.

O rei não pode permanecer nem entrar em xeque. Esta regra limita o movimento
do rei. O rei é obrigado a sair do xeque imediatamente.

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O rei preto tem somente três casas para se mover.

Mate

Em concordancia com os princípios anteriores, pode acontecer que o rei atacado


não possa sair do xeque. Esta situação é de mate e a partida esta terminada. O
jogador que colocou o rei inimigo em mate é vitorioso.

Acima, o rei preto esta em mate. Atacado pela dama branca, não pode mudar de
coluna porque iria continuar em mate pela torre. Nesta posição, as pretas
perderam.

O objetivo de todas as jogadas, e de todas as combinações é, direta ou


indiretamente, dar mate ao rei adversário e evitar recebe-lo.

Em geral, não é comum dar mate. O jogador que compreende sua partida
irremediavelmente perdida pode abandonar. O costume, nestas ocasiões, e tombar
o rei e dizer: "abandono".

Há, também, circustâncias em que não é possivel dar mate. Nestes casos, a partida
é considerada empatada.

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Empate

A regra do xadrez estabelece que a partida se acha empatada quando, sem estar
em xeque, o rei do jogador (que deverá jogar) não puder efetuar nenhum
movimento regulamentar.

O lance é das pretas: o rei não pode se mover porque entraria em xeque. Os peões
estão imóveis. Este empate é conhecido por empate por afogamento.

Também é possivel empatar quando o jogador demonstra que é possivel dar uma
série perpétua de xeque ao rei adversário.

O lance é das pretas e elas pedem empate porque podem dar continuamente xeque
ao rei com o cavalo em a2 e voltando a sua casa atual. Este é um caso de empate
por xeque perpétuo.

Também é considerado empate quando as peças restantes no tabuleiro são


insuficientes para o mate. Ex: rei x rei, rei x rei e bispo, rei e bispo x rei e bispo, rei
e bispo x rei e cavalo, rei e cavalo x rei e cavalo.

A partida também é declarada empatada quando existe a repetição de lances por


três vezes consecutivos.

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O empate também pode ser anunciado por concordancia entre os jogadores.

Roque

O roque é um movimento especial concedido ao rei. Essa jogada é um movimento


combinado entre o rei e a torre. Para efetua-lo, devem estar o rei a e torre na
primeira fila, em suas casas iniciais, e não devem haver peças entre elas. Também
é necessário que não se tenha movido o rei e a torre anteriormente. O movimento
consiste em avançar o rei duas casas em direção a torre que se vai rocar e colocar
a torre ao lado do rei, saltando sobre ele.Todos os movimentos se fazem em uma
única jogada.

Posição antes do roque.

O rei salta duas casa em direção a torre.

A torre salta ao lado do rei.

O roque com a torre do rei (acima) é conhecido como roque pequeno. O roque com
a torre da dama (abaixo) é conhecido como roque grande.

Posição antes do roque.

O rei salta duas casa em direção a torre.

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A torre salta ao lado do rei.

Situações que não são possiveis o roque:

Quando uma peça inimiga ataca alguma


Qunado o rei esta em xeque
casa na passagem do rei.

Coroação de Peão

Quando um peão chega a última fila do tabuleiro o jogador pode troca-lo,


imediatamente, por qualquer peça de sua cor, exceto Rei e peão.

O peão alcança a ultima fila e pode ser trocado por qualquer peças.

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Notação: Sistema Algébrico

Com o objetivo de poder anotar e reproduzir as jogadas, foram criados vários


métodos de notação.

Um dos sistema mais usados, hoje, é o algébrico. Basicamente, neste sistema,


numera-se as filas de 1 a 8 tomando como referência o lado das brancas. Faz-se o
mesmo com as colunas, porém classificando-as de "a" a "h". Cada casa to tabuleiro
fica definida pela combinação de uma letra (coluna) e um número (fila).

As peças são designadas com a inicial de seu nome, menos o peão, que não se põe
inicial. Para indicar a posição de uma peça coloca-se sua inicial e a combinação da
casa. Ex: Te1 - significa que a torre esta na fila "1" da coluna "e" (ver abaixo)

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Os demais símbolos são: O-O roque pequeno, O-O-O roque grande, x captura, +
xeque, ++ mate, ! boa jogada, !! excelente jogada, ? má jogada, ?? péssima
jogada.

Quando estamos reproduzindo a partida, omitimos a casa de origem da peça em


favor da casa destino. Veja o exemplo:

1. e4 (omite-se a inicial da peça para o peão)

1. e4 e5

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2. Cf3 (C inicial Cavalo na casa f3)

2. Cf3 , Cc6 (C inicial Cavalo na casa c6)

3. Bc4 , etc...

Termos
No xadrez, usa-se muitas expressões e o novato deve familiarizar-se para
compreender melhor o sentido dos comentários e análises de partidas. A
compreensão destas expressões também ajudam a clara compreensão do jogo.

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Ala da Dama - A metade do tabuleiro que corresponde as colunas A,B,C e D

Ala do Rei - A metade do tabuleiro que corresponde as colunas E,F,G e H

Peças maiores - Dama e torres.

Peças menores - Cavalos e bispos.

Centro - as casas d4,d5,e4 e e5.

Peões centrais - Os peões do rei (coluna "e") e da dama (coluna "d").

Tempo e Material

Material contra Tempo

O verdadeiro segredo da combinação é reconhecer o tema acima. No xadrez, as


peças valem pelo que fazem e não por sua simples existência no tabuleiro. Esta
verdade "todos compreendem", mas quase nenhum jogador novato aplica: no ardor
de capturar um peão, esquece do desenvolvimento e o resultado é uma
superioridade material aparente e a desvantagem de tempo , já que perde vários

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tempos a busca de uma superioridade duvidosa.

Esta é a razão que dá vida a todos os gambitos (sacrifícios de peão na abertura


para acelerar o desenvolvimento das peças e abrir linhas para as próprias forças) e
a justificativa das combinações. Veremos, num simples exemplo de Spielmann, até
que grau é fácil compreender uma combinação numa partida que se reconhece a
verdade irrefutável de que a vantagem de tempo é superior nos planos a vantagem
material.

As brancas ameaçam ganhar um peão 12...f5!


Spielmann deduziu que a falta de desenvolvimento
do flanco da dama adversário e a possível abertura
da coluna do BR valiam muito mais que um peão.
[12...Bf5 defendendo o peão, porém deixando as
brancas com boa posição de ataque 13.Cbd2
(13.Cg5 Cxg5 14.Bxf5 Ce6 15.-- d4) 13...Cxc3]
13.exf6 Dxf6 14.Bxe4 dxe4 15.Dxe4! Bb3
Spielmann retira da dama adversária a casa c2 e
prepara o ganho de tempo com T(a)e1. Observe
que Spielmann tem em jogo todas as suas peças
menores o que colocará economicamente em ação
a torre e o cavalo adversário em f3 esta
imobilizado, porque deve obstruir a conjugação das
ameaças do BR negro sobre o peão f2. As brancas
tem superioridade material mas estão em
inferioridade porque suas peças da ala da dama
estão inertes. 16.c4 Um erro. O que esta em
inferioridade de desenvolvimento deve evitar o
avanço de peões. [16.Be3!?] 16...Dd6 17.Cbd2
[17.Dd5+ quando se tem desenvolvimento inferior
há um grande perigo de ser atacado. Neste caso é
prudente a simplificação , que favorece ao que
deve defender. Por esta razão estratégica era
melhor Dd5+, devolvendo o peão e chegando a um
final inferior, porém com mais chances.] 17...Tae8
18.Db1 observe ao que chega as brancas para
poderem manter uma vantagem material. A luta
entre espaço e material esta ficando crítica. A
medida que a partida avança, o negro esta
assegurando a fiscalização de maior número de
casas do tabuleiro, o que equivale dizer que
domina estrategicamente a situação. 18...Cd4!
19.Ce4 [Com habilidade, Spielmann coordenou a
vantagem em espaço com a debilidade da casa f2
inimiga. Agora não é possível seguir com a
manobra natural 19.Cxd4 Dxd4 20.Cf3 Txf3
21.gxf3 Te1 22.Be3 Txb1 23.Bxd4 Txf1+ 24.Txf1
Bxd4+-] 19...Cxf3+ 20.gxf3 Dg6+ 21.Rh1 Txf3
Manobra simples que não só recobra o peão para
Position after: as negras , mas põe término a uma clássica luta
estratégia. 22.Te1 [22.Cxc5 Bc2 23.Da2 Txf2!
24.Tg1 Te1 25.Bg5 De4+ 26.Cxe4 Bxe4#]
22...Txf2 23.Bg5 Dh5 24.Cf6+ gxf6 25.Txe8+
Rf7 0-1

Tempo contra Material

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Temos visto de que maneira se chega a triunfar no xadrez mediante a sabia


transformação de material em tempo. O mistério do sacrifício esta encerrado nesse
princípio, que é simplesmente a ciência de entregar peças para retardar o
desenvolvimento inimigo e vence-lo, antes que este possa fazer valer a teórica
superioridade material.

O enxadrista inexperiente deve compenetrar-se no principio que já esboçamos, de


que as peças tem valor relativo, a simples existência delas nada significa, como não
significa o maior número de efetivos numa batalha se não há possibilidade de faze-
lo atuar. As peças valem pelo que fazem e pela facilidade que tem em atuar no
campo de combate, e o sacrifício de material é um dos procedimentos mais eficazes
para retardar o desenvolvimento do adversário.

Para evidenciarmos o tema, veremos um final magnífico, em que para triunfar se


faz necessário um série de sacrifícios de material que impedem ao adversário de
por em ação suas demais peças.

A posição é aparentemente equilibrada . As


brancas tem o ataque e pressionam a ala do rei
adversário, mas para ganhar precisam abrir
brechas no roque adversário. As negras estão
ameaçando trocar o cavalo c6 pelo cavalo branco
e5, que é a peça mais agressiva, e logo jogar c5
contra-atacando. E também, em um final, estaria
melhor o negro, pela mais prudente colocação de
seus peões. O enxadrista norte-americano Mr.Fox
criou uma combinação magnífica, que respondia
ao plano de ganhar tempo a custa de material, e
para realiza-la jogou: 17.Cdc4 Apoiando o cavalo
em e5 para retomar o cavalo caso as pretas
joguem CxC. Também há uma excelente cilada.
17...dxc4? Com desejo de ganhar material, Bauer
não vacila e abrir linhas ao adversário. 18.Dxg6!!
hxg6 [Um novo e perfeito sacrifício, já que põe o
adversário no dilema de capturar e permitir que a
combinação siga, ou, levar mate com: 18...--
19.Dxh7+ Rf8 20.Dh8#; 18...fxg6 19.Bxc4+ Rf8
20.Cxg6+ hxg6 21.Th8#] 19.Cxg6!! O terceiro
sacrifício que acaba de abrir brechas no campo
inimigo e que tem enorme força de ameaçar mate
em uma jogada, ou seja, e portanto, a obrigação
de aceita-lo As peças negras estão inativas, em
mérito a habilidade com que o branco transforma
o material (peças que entrega) em tempo
(impossibilidade de que o adversário ponha em
ação os efetivos e remedeie a situação) 19...fxg6
20.Bxc4+ Seguido de Th8 mate. Se o jogador que
conduzia as branca não conhecesse o valor
relativo das peças e a importância que tem os
tempos nas posições abertas não teria podido
conceber a notável combinações de sacrifícios que
o levou a vitória. 1-0
Position after:

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Vejamos agora uma partida de Spielmann, que mostra como jogar com este plano
e como os sacrifícios de peões se justificam quando se ganha tempos com eles ou
se obriga o adversário perde-los, que é por certo, uma das formas de ganha-los.

1.e4 Cf6 2.Cc3 d5 Ao invés de entrar na abertura


vienense, as negras preferem seguir as rotas
típicas da defesa Alekhine. 3.e5 Cfd7 [Primeira
perda de tempo. O correto era: 3...d4 atacando o
cavalo inimigo. Esta retirada e a consciência exata
da importância dos tempos na abertura permitem
a Spielman conceber um método de bloquear o
jogo inimigo, e obriga-lo a uma grande manobra
para que ponha em ação suas peças. ] 4.e6!
Entrega típica de peão, recomendada em todos os
casos similares em que o adversário, para captura-
lo, deve faze-lo com um peão, o que anula a ação
dos bispos, debilita a ala do rei e da vantagem em
espaço ao que entrega material. 4...fxe6 5.d4
Cf6 As pretas terão graves dificuldades no
desenvolvimento de suas peças e o branco, em
contrapartida, se desenvolverão rapidamente. [O
holandês Landau não esta compenetrado da maior
importância do tempo na abertura. Deveria
devolver o peão mediante: 5...e5 6.dxe5 e6]
6.Cf3 c5 7.dxc5 Cc6 8.Bb5 Bd7 9.0-0 Dc7
10.Te1 h6 Para evitar a ameaça Cg5 que impede
o O-O-O 11.Bxc6 bxc6 12.Ce5 g5 Subsiste a
influência da notável entrega de peão das brancas
na quarta jogada. Para por em ação o
desventurado BR e impedir a jogada Bf4, as
negras seguem debilitando sua posição. Não
podem rocar grande pela ameaça Cf7, e o cavalo
branco domina a casa vital de combate e5.
13.Dd3 Tg8 14.b4 Bg7 15.Dg6+ Rd8 16.Df7
Be8 17.Dxe6 Tf8 18.b5 Ce4 Agora veremos
como Spielmann recorre ao expediente da entrega
de material para ganhar tempo. E agora é tanto
mais necessário porque o negro, mediante a
entrega de um peão, pode safar-se de suas
dificuldades. 19.Txe4! Spielmann quer abrir a
coluna da dama para dar xeque com a torre, e
necessita ganhar tempo mediante sacrifício de
material. 19...dxe4 [19...Bxe5 20.Txe5 Tf6
21.Txd5+] 20.Bf4 Segundo sacrifício orientado
pelo desejo de ganho de tempo. 20...Bxe5
Position after: 21.Bxe5 Dd7 22.Td1 cxb5 23.Txd7+ [Melhor
seria: 23.c6 ] 23...Bxd7 24.Dxh6 Tg8 25.c6 Be8
26.Cxb5 Toda partida girou ao redor da jogada
chave: 4.e6, que definiu a estratégia e entorpeceu
a mobilidade do negro as custas de um peão, mas
permitiu ganhar tempo no desenvolvimento, ao
reduzir o inimigo a possibilidade de desenvolver as
peças. 1-0

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Ataques sobre o Roque

Este tema não é, por certo, uma novidade. Tem sido considerado pela maioria dos
técnicos, e com frequência preocupa quem pretende compreender os aparentes
mistérios estratégicos do jogo. Também tem outro aspecto que o faz agradável de
ler e considerar que é o objetivo direto de dar mate, e os procedimentos tão
impressionantes (sacrifícios e jogadas de iniciativa) que fazem este tema bonito e
de fácil compreensão.

O Ataque direto sobre o Rei

O sacrifício é a nota vibrante do xadrez, tem o brilho que embeleza a antiga guerra,
onde se lutava de frente e cara a cara, o que sem dúvida era menos hábil que o
atual, porém muito mais digno e emocionante. Eram problemas de vida e morte, e
os ataques sobre o roque em xadrez são sinais disto. Neles, se lutam abertamente
em busca de uma vitória, com planos claros que o adversário conhece e que em
muitos casos não pode evitar. Mas estas combinações não são misteriosas e podem
se explicadas.

Para efetuar um ataque sobre o roque é fácil estabelecer alguns princípios


estratégicos indispensáveis para que o ataque tenha perspectivas de êxito.
Vejamos estes princípios:

Os pontos atacáveis

As características do roque que se deseja atacar assinalam o tipo do ataque que se


deve lançar. Se o roque esta debilitado (com peão avançado) a maneira de ataca-lo
consiste no avanço dos próprios peões. Se é um roque com a configuração perfeita
(todos os peões em sua casa inicial), o meio para debilita-lo é mais perigoso para
que ataca: o sacrifício de material.
Nos ocuparemos primeiro e exclusivamente deste tipo de ataque e estabeleceremos
alguns princípios estratégicos indispensáveis para realiza-lo.

1º - Quem ataca deve possuir vantagem de espaço no centro do tabuleiro, o que


equivale a dizer que deve dominar o maior número de casas que o adversário.

2º Possuir um peão em e5 contra um peão em e6 do adversário é uma das


posições típicas de ataque sobre o roque.

3º A importância do princípio anterior esta em que o peão em e5 elimina a casa de


f6 do cavalo adversário, peça que defende quase definitivamente o ataque sobre o
roque.

4º Deve-se dominar alguma diagonal sobre o roque e deve possuir, na


generalidade dos casos, o próprio cavalo em f3.

5º A existência do bispo do rei, que é o bispo mais agressivo ao ponto h7 inimigo.

6º Isto pode completar e até substituir a posição das colunas abertas sobre o roque
adversário.

7º Quando isto não é possivel, se deve substituir com a colocação das torres na
terceira linha. Isto para os ataques por meio de peças, quando os peões do que
ataca permanecem imóveis, que é o tipo de ataque rápido do qual vamos nos
ocupar.

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8º O domínio das casa f6,g6 e h6 que assegura o êxito de qualquer ataque.

9º O domínio da quinta horizontal, especialmente a colocação de um cavalo em


f5,h5 ou g5 nesta mesma ordem de importância.

10º Vantagem de material móvel na ala que se desenvolve o ataque.

1.e4 e5 2.Cc3 Cf6 3.Bc4 Cxe4 Antiga variante


das negras contra a abertura Vienense, que tem o
defeito de tirar o cavalo de seu ponto natural f6.
Este detalhe, agora sutiel, é a primeira pista de
que Meises se posiciona para ganhar a partida
4.Dh5 [4.Cxe4 d5] 4...Cd6 Isto apoia o ponto f7,
ataca o bispo e remedeia a situação, mas tem um
defeito fundamental: retira o cavalo da casa f6 e o
compromete para o caso de um eventual roque.
5.Bb3 Be7 6.d3 0-0 Esta jogada das negras
equivale a um desafio. É um roque que viola
alguns princípios fundamentais que esboçamos. As
negras não possuem o cavalo em f3 e seu roque
adquire, por isso, o máximo de vulnerabilidade.
Estão pior desenvolvidas e tem dificuldades para
levar as peças a defesa por obstrução que o cavalo
faz em d6. 7.Cf3 Cc6 8.Cg5 As brancas se
ajustam em um todo a procedimento clássico para
atacar. Agora, mediante a aplicação do princípio
nove (domínio da quinta fila) começa o ataque,
que logo derivará sobre outros típicos temas de
ofensiva sobre o roque. 8...h6 As negras são
obrigadas a acentuar sua debilidade 9.h4! Outro
método típico. Agora se apoia o cavalo
sacrificando-o, mas para conseguir abrir a coluna h
e permitir que, em troca de um cavalo perdido,
atue a torre, Como se vê, uma generosidade
perigosa. 9...Ce8 As negras tentam reparar a
falha estratégica. Procuram situar i cavalo em f6
para rechaçar a ofensiva e facilitar o avanço do PD
e permitir que o BD atue. 10.Cd5 planejando a
combinação clássica. 10...Cf6 As negras tem
procurado levar o cavalo a f6 mas já é tarde.
Agora Mieses apela também a um recurso clássico
neste tipo de posição, que tem seu êxito no oitavo
princípio. Entregará a dama na casa g6 para abrir
a diagonal grande ao bispo e preparar um mate
magnífico. 11.Dg6!! A superioridade em espaço e
a racional disposição das peças no ataque fazem
Position after:
possivel esta jogada aparentemente
surpreendente. 11...fxg6 [11...hxg5 12.hxg5]
12.Cxe7+ Rh8 13.Cxg6# 1-0

Sacrifícios

Vimos o princípio básico que há em muitas partidas magistrais e aprendemos que o


ataque ao roque estão regidos por uma série de princípios inalteráveis que fazem

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fácil a tarefa de quem os compreende e aplica sabiamente. O ataque ao roque é o


primeiro obstáculo do enxadrista principiante na marcha pela estratégia do jogo.

As dificuldades do principiante

Uma vez que o jogador aprende o movimento das peças começa sua odisseia.
Dispõe de elementos para combater e não sabe maneja-los, e isto se converte, não
só inúteis em suas mãos, mas a maioria de suas derrotas acaba acontecendo
devido a sua próprias peças que entorpecem sua ação.

Uma obra de arte de Janovsky

O mestre Janovsky, que foi um dos maiores jogadores de combinação da época


moderna, se encarrega de debilitar o roque e quando o adversário apela ao recurso
de avançar o peão da torre do rei, realiza um dos típicos sacrifícios, que mostra a
debilidade deste avanço que tanto gostam os principiantes.

1.d4 Cf6 2.Cf3 e6 3.Bg5 c5 4.e3 O apoio


permanente do ponto avançado central é o tema
estratégico da abertura. Sustentar um peão
central com outro peão não traz qualquer
debilidade. 4...Cc6 5.Cbd2 As brancas desejam
uma espécie de sistema Colle, com o bispo da
dama fora da cadeia de peões. Só isto justifica
esta jogada, já que as posições correntes da
abertura do peão da dama é conveniente
desenvolver o cavalo em c3 após jogar c4. 5...b6
6.c3 Bb7 7.Bd3 cxd4 Esta troca de peões é um
erro. Convém dilatar esta definição central,
porque a possibilidade de troca impede o avanço
do peão do rei, que é, na realidade, o que as
brancas tentarão fazer. Ao trocar os peões se
consolida a situação central das brancas e
assegura-se a vantagem em espaço. 8.exd4 Be7
9.Cc4 começa o plano elementar que desenvolve-
se nesta abertura e em todas aquelas posições em
que haja um coluna aberta: colocar um cavalo na
casa que esta diante do peão adversário. 9...0-0
10.De2 Dc7 11.h4! Um tipo característico de
ataque. Parecerá de difícil concepção este lance,
mas não é. Basta observar a quantidade de forças
de que dispõe o branco sobre o rei adversário
para ver a enorme desproporção de material. As
brancas tem os dois bispos, ambos cavalos e a
dama em excelente posição para atacar, o negro
tem reduzidas defesas, somente duas peças:o
cavalo em f6 e o bispo em e7. Este desequilíbrio
provoca o plano. BxC, seguido de Bxh7 e Cg5+
com ataque irresistível. Pode-se observar porque
as brancas atacam antes de rocar grande, a a
razão também é muito lógica. Pode-se rocar a
Position after: qualquer momento e é preferível efetua-lo se
houver necessidade, uma vez que as pretas
acumulem forças sobre a coluna do rei. Também o
fato de poder rocar a qualquer momento atrapalha

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Curso de Xadrez

os planos das negras, que não tem um alvo


definido. 11...h6 O avanço deste peão facilita o
ataque das brancas: cada peão avançado do
roque é uma possibilidade a mais que se dá ao
adversário pela maior facilidade em ataca-lo. Mas
a verdade é que agora resulta difícil evitar a
combinação das brancas sem pensar nesta
debilidade. Esta é, na realidade, a força que se
depreende das posições vantajosas: forçar o rival
a incorrer em debilidades táticas que facilitem a
preparação de planos ganhadores. 12.Dd2 As
brancas reforçam suas baterias contra o peão
avançado. Este sacrifício de bispo é típico e
clássico. Sempre que se possua a torre em h1 e o
bispo em d3 é possivel entregar o bispo apoiado
pelo peão da torre do rei. A razão é simples,
porque ao retomar o peão que captura o bispo, se
ataca o cavalo, e a ação conjugada das peças
sobre h7 deve ser decisiva. O único reparo que se
pode formular a este princípio existe quando as
negras podem colocar seu cavalo atacado pelo
peão (depois de PxB e PxP) em e4, obstruindo o
bispo. 12...Cg4 13.Bf4 d6 14.Ce3 Esta jogada
tem por objetivo eliminar o cavalo em g4, que é a
única peça que impede o sacrifício em h6. É uma
troca correta, já que troca a única peça menor
branca que não atava diretamente o roque, por
outro que o apoia. Esta troca de material na zona
ofensiva será decisiva. 14...Cxe3 [14...Cf6 15.g4
-- 16.g5] 15.Dxe3 E agora o roque negro carece
de apoio do cavalo em f6 e oferece a tentadora
possibilidade de um sacrifício pela debilidade que
significou o avanço do peão da torre. Observe que
as brancas atacam com ambos os bispos, que o
cavalo rapidamente pode atacar, e que a torre do
rei pode ser rapidamente posicionada na terceira
fila. 15...h5 Evita o sacrifício mas dá um novo
tempo as brancas 16.Th3! e5 As negras se
defendem da melhor maneira. Quando o inimigo
ataca e não se pode transportar tropas a zona
atacada, é princípio elementar no xadrez, como na
guerra, contra-atacar em outro ponto,
preferencialmente no centro, pois desta maneira
se consegue distrair a atenção e abrir brechas
numa zona cercada e socorrer a zona atacada.
17.dxe5 dxe5 18.Cxe5 Cxe5 19.Bxe5 Bd6
Aparentemente a posição das negras se
equilibrou, porque além da simplificação, houve a
abertura de linhas sobre o rei inimigo e se ameaça
Te8. Mas agora surge a jogada típica de sacrifício,
que mediante a ameaça de um mate inevitável
cria outro. 20.Dh6!! E as negras abandonam
20...gxh6 [20...g6 21.Dg7#] 21.Tg3# 1-0

Roque grande contra roque pequeno

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Curso de Xadrez

Temos visto uma família de ataques sobre o roque pequeno. Este é um tema de
grande interesse e poder de atração ao aficcionado que estudaremos mais adiante
vários de seus aspectos. Agora nos ocuparemos do ataque o contra-ataque,
Observaremos um duplo duelo sobre ambos roques: o pequeno e o grande, e
veremos como, por sua maior debilidade natural deste último, triunfa geralmente
que efetuou o roque na ala do rei.
Mas, antes, é justo que detalhemos por que causa é mais débil o roque grande. A
razão é simples: quando o rei se coloca na ala da dama, tem uma maior extensão
os pontos vulneráveis: c2,b2,a2. Também é um convite ao ataque, porque não há
jogador, por mais mediocre que seja, que não vislumbre uma ataque sobre o roque
grande. A maior quantidade de linhas por onde o rei pode ser atacado faz com que
geralmente se abra alguma coluna sobre o mesmo por meio dos avanços de peões,
e desta forma os riscos são muitos maiores.

As táticas bem definidas

Quem ataca deve buscar a troca de peões desta ala para abrir colunas sobre o rei,
e que, por consequência lógica, quem se defende em todos os ataques sobre o
roque, deve tratar de evitar estas trocas e bloquear a situação com seus próprios
peões, desta maneira, as peças inimigas, especialmente as torres não tem ação.
E como se chega a isto ? É muito fácil dizer o que se deve fazer, mas o que há de
dizer é como se deve fazer. Na verdade isto é mais difícil, pois entra no terreno da
técnica do jogador, mas apesar disto, há alguns princípios fundamentais que
permitem ao principiante facilitar sua tarefa mental.

Algumas regras fixas

O jogador que defende o roque não deve avançar os peões do seu roque. O jogador
que defende nunca deve provocar com seus peões a um peão inimigo, salvo em
posições especial; mas isto só é bom quando há tantas peças que defendem quanto
as que atacam, e quando os próprios peões encerram a própria força. Ao abrir o
jogo o lado defensor pode contra-atacar na ala atacada, mas isto é muito pouco
usual. O que sucede geralmente é que quem ataca, melhor dito, quem ataca bem,
o faz porque possui maior número de efetivos que o adversário desta ala.
Mas, dirá o aficionado, não é possivel evitar que o adversário nos provoque ? Neste
caso, cabe a um a opção de aceitar as provocações trocando peões e abrindo
colunas, ou evitar, avançando o peão atacado e começando a bloquear o jogo.
Em síntese: o bloqueio se consegue sempre quando o que atacado por meio de
peões avança seus peões agredidos, evitando que estes possam ser trocados.
Disto resulta sempre que o ataque é um problema tático, fácil de resolver
favoravelmente, sempre para quem sabe valorizar de justa maneira quando a
possibilidade de ganhar espaço se justifica o sacrifício, pois as posições de bloqueio
só se desfazem por meio de entrega de material.

Veremos um exemplo de roque grande contra roque pequeno com Nimzowitch,


aparentemente, em uma posição perdida, contra-ataca e, mediante o sacrifício de
várias peças, abre brechas no jogo inimigo.

1.e4 e6 2.d4 d5 3.Cc3 Cf6 4.Bg5 Bb4 Esta


jogada da lugar a variante McCutcheon da Defesa
Francesa. É uma linha de jogo perigosa e de
contragolpe. As negras, em vez de resignar-se a
defender sua posição e neutralizar a ação das
peças adversárias, opta por buscar a solução

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Curso de Xadrez

estratégica da abertura em contra-ataque. As


brancas defenderam o peão em d4 ao cravar o
cavalo, e as negras cravam o CD inimigo e o
anulam como peça de ação central, Uma verdadeira
luta pelo centro por procedimentos indiretos.
5.exd5 [Mais enérgica parece ser: 5.e5 h6 que
tem a dupla virtude de limitar o campo de réplicas
inimigas, já que ataca o cavalo e este só pode ser
defendido por h6, que ameaça o bispo e não
permite que o BD negro jogue.] 5...Dxd5 [É
provavelmente melhor: 5...exd5 mas Nimzowitch
gostava das posições desequilibradas, como se
denomina todas as que se caracterizam por existir
uma linha aberta para cada jogador. Da troca de
peões só ficaria aberta a coluna "e" cada adversário
acumularia nela força com possibilidades iguais e
por essa via se produziria a simplificação. Ao evitar
a troca, fica a disposição das brancas parte da
coluna "e" e para as negras parte da coluna "d". As
peças não se trocam e o jogo, por esta causa, se
faz mais difícil.] 6.Bxf6 gxf6 Já se abriu a coluna
"g", o que impede as negras de rocarem nesta ala,
pela facilidade da torre branca em atacar g7. 7.Cf3
Cc6 8.Be2 Bd7 9.0-0!? Provocando um duelo de
morte, as brancas buscam o ataque, porque sabem
que o adversário não poderá atacar sem rocar
grande e estão dispostas a contra-atacar neste
setor. 9...Bxc3 10.bxc3 Tg8 11.c4 Dh5 12.d5! A
luta complicou e as negras tentam abrir a posição
central, desejosas de verificar se é verdade que
não é possivel atacar nos flancos enquanto o centro
se acha incerto. Princípio da estratégia militar e
enxadristica que tem resistido a todas as
experiências. 12...0-0-0 Colocando o rei em
segurança 13.Cd4 [13.dxc6 Bxc6 14.De1 Bxf3-+]
13...Dh3 14.g3 Tg6 Este é um erro que tem sua
origem no defeito de se levar pelas jogadas
"naturais". Em xadrez, há que desconfiar da
Position after: primeira impressão e esta partida é uma prova
disto. Observe a aparente razão deste lance, pois
tudo parece indicar que as brancas estão perdidas
depois da jogada Th6 das negras; mas Nimzowitch
viu mais longe, e mediante uma magnífica
combinação destruirá as ilusões de seu adversário.
15.dxc6!! Bxc6 16.Cxc6!! O sacrifício ganhador,
que a custa da dama tira do rei uma coluna de
possivel fuga 16...Txd1 17.Tfxd1 bxc6 E agora
parece que as brancas estão perdidas, mas a
abertura desta nova coluna coloca o rei em posição
de mate. 18.c5! Tg8 19.Tab1 1-0

Importância da formação de peões

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Curso de Xadrez

Sabemos de que maneira se vulnera um roque grande e como do duelo de ataques


de força similar entre um setor e outro resume sempre maior periculosidade ao que
é orientado a ala da dama. Mas é bom destacar alguns princípios gerais que
facilitam a tarefa analítica do aficionado.

Poderíamos estabelecer, por exemplo, que o roque grande é geralmente mais


perigoso para as brancas nas posições que derivam do gambito da dama que em
aberturas do peão do rei, pelo fato de que tem avançado o PBD, e este avanço
deixa a mercê do adversário a diagonal a2-g8. Igualmente poderíamos estabelecer
que em sua maioria os riscos que se derivam deste roque surgem da facilidade que
tem o adversário para abrir uma coluna sobre o rei; disto se deduz que não é
prudente rocar grande quando se avançou o PBD e tampouco quando o adversário
pode trocar rapidamente os peões.

Algumas conclusões

Disto surge o seguinte: que para rocar grande sem risco há que dispor ou de um
bom contra-ataque na ala do rei que impeça ao adversário fazer o que bem
intenda, ou estar muito simplificada a situação, ou ter os peões da ala do rei
vulnerados ou desarticulados.
Do ponto de vista do atacante: deve-se conservar o par de bispos a todo custo,
pois a ação cruzada dos mesmo trazem um bom número de combinações de mate.
Também devem tratar de dominar a coluna da "d" para evitar a fuga do rei e forçar
o avanço de algum peão sobre o roque, especialmente o PBD.

Rabinovich - Romanovsky [E23]

1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Cc3 Bb4 A presente partida


foi jogada a mais de quinze anos e já então o
sistema Nimzowitch mantia seu atual prestígio. A
jogada das negras é o sistema moderno mais
racional para apoderar-se com as negras da casa
e5. Observe que ao vulnerar o cavalo branco que
toma este quadro, este fica a mercê do cavalo
negro em f6. 4.Db3 c5 5.dxc5 Cc6 6.Bd2
Atualmente se joga nesta posição Cf3 mas
duvidamos que seja superior a do texto, já que
agora não é possivel a réplica Ce4 que tanto
molesta a variante normal. 6...Bxc5 7.e3 0-0
8.Cf3 d5 Depois da ameaçadora variante
Nimzowitch, se chegou a uma espécie de variante
ortodoxa do gambito da dama, em que estão um
pouco melhor as negras pelo domínio do ponto e5
e por ter vantagem no centro pela existência de
um peão em d5 9.0-0-0 E aqui se produz o
desnível estratégico. As brancas realizaram uma
jogada muito delicada que gravitará
fundamentalmente sobre o curso ulterior da
partida. O roque que efetuam é muito valente, e
até tentador, pois coloca economicamente a torre
em d1 vulnerando o peão central inimigo, e se
livram das dificuldades que o roque na ala do rei
causaria, pois teriam que perder um tempo. Mas o
rei foi colocado em local seguro ? Este é um grave
dilema, pois a coluna "c" esta semiaberta e a

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Curso de Xadrez

diagonal a2-g8 esta igualmente a mercê da


possibilidade de ação do bispo da dama negro. É
evidente que as brancas terão de atacar o flanco
do rei, mas é evidente também que há mais
debilidade na ala da dama branca, e ainda é
necessário produzir debilidades no roque negro.
9...dxc4 10.Dxc4 De7 11.Bd3 Cb4 A partida é
interessante. As brancas colocam seu bispo na
diagonal vital b1-h7 para evitar que o adversário
faça o mesmo com seu bispo da dama, e também
preparam um ataque ao roque negro. Para este
ataque, é necessário avançar o peão para e5, de
acordo com os princípios vistos, de acordo com o
qual é necessário desalojar o cavalo negro de f3.
12.Bb1 b6 13.Dh4 As negras precisam mover seu
bispo da dama para dar jogo a torre sobre a coluna
"c". As brancas orientam suas baterias sobre o
roque adversário, que só esta defendido
(solidamente) pelo cavalo em f6. 13...Ba6! Muito
hábil. As negras planejam, com esta manobra,
eliminar o bispo do rei inimigo para aliviar o ataque
conjugado deste bispo e da dama sobre a casa h7,
e para começar a reduzir o campo de retirada do
rei inimigo e apoderar-se com seu bispo desta
Position after: importante diagonal. 14.e4 Começa a manifestar-
se a contra-ofensiva branca. 14...Cd3+ 15.Bxd3
Bxd3 16.Bg5 As brancas jogaram bem. A primeira
vista tudo parece indicar que estão melhor pela
força do avanço incontivel do peão em e4, já que
agora atacam o bispo de d3 e as negras devem
perder um tempo para apoia-lo. Mas, nesta
partida, se porá em evidencia a debilidade do
roque grande na abertura de peão da dama.
16...Tfd8! Começa a preparar-se a notável
combinação. As negras colocam uma torre na
diagonal vulnerada pelo bispo branco. 17.e5 Ba3!!
E novamente surgiu o tema de combinação do dois
bispos como meio de ataque ao roque grande. O
duplo ataque da a luta notável relevo e a perda de
um tempo pode ser decisiva. 18.exf6 [18.Txd3
Txd3 19.Rc2! Dc5 20.Rxd3 Bxb2 21.Dd4 Dc7
22.Cd5²] 18...Dc5 19.Bd2 Bg6! 20.Da4 b5
21.Dxa3 [21.Dxb5 Tab8; 21.Db3 b4 22.bxa3 bxc3
23.Bxc3 Tdb8] 21...Df5 0-1

Vantagem de espaço e sua consequência no ataque

Veremos mais uma vez o mestre austríaco Spielmann demonstrando com seus
exemplos a força do recurso estratégico nas posições abertas do sacrifício de
material, não tendo o mate como meta, mas limitar o campo de réplica do
adversário, assegurar vantagem em tempo e espaço e obrigar o adversário (para
safar-se do ataque) a devolver generosamente o sacrifício. Observaremos que
quem ataca, nestas posições, tem superioridade de peças móveis e que dispõe de
alguma linha aberta ou possibilidade de conquista-la. Desta maneira, chega-se a
máximo da eficiência das forças e assim criam vital importância e o máximo de seu

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Curso de Xadrez

poderio Se um jogador possui uma torre e um bispo nos pontos culminantes de sua
eficiência, e tem a possibilidade de atacar mediante a ação conjugada destas peças,
entregar um peão para chegar ao ataque não é um ato temerário, mas inteligente.

Spielmann - Grunfeld [C33]

1.e4 e5 2.f4 exf4 As negras aceitam o gambito


desejosas de provar que para a técnica moderna
este tipos de ataques rudimentares, cujo
fundamento é deficiência em f7, nada significam.
Grunfeld deve ter sentido um pouco de repugnância
ao entrar nesta abertura e quis castigar a ousadia
de Spielmann. [Melhor que aceitar o gambito, que
obriga a saber muitas variantes, é simplesmente
seguir com 2...d5 chamado contra-gambito
Falkbeer.] 3.Bc4 [habitualmente se joga aqui 3.Cf3
por temor ao xeque da dama em h4. Mas a
experiência tem provado que as brancas, mediante
a aparente desagradável jogada 4.Rf1, ficam com
grandes recursos de contra-ataque, pelas perdas de
tempo que se derivam da situação da dama em h4.
3...Cc6] 3...Cc6 4.Cf3 g5 Sem dúvida, o mais
lógico. As negras ganharam um peão, mas tem de
ceder as brancas a possibilidade inevitável de jogar
d4 e assegurar o centro. É justo que tratem de
compensar isto com a vantagem material. 5.0-0
d6 6.d4 Bg7 7.c3 h6 A primeira vista, parece que
Grunfeld chegou a seu propósito, já que o peão
ganho esta solidamente apoiado, e possui uma
cadeia de peões aparentemente invencível,
enquanto as peças da ala da dama branca tem
dificuldade em desenvolvimento, especialmente por
causa da força de contenção do peão negro em f4.
Mas não devemos nos contentar com isso.
Devemos procurar um plano de ação. Note que há
um ponto na posição negra que esta atacado pelo
bispo do rei, e se não houvesse o peão em f4,
estaria atacado pelo bispo e pela torre. Este ponto
é sempre a conjugação das linha geométricas: a
ação diagonal do bispo se encontra com a
horizontal da torre nesta casa; este ponto é
chamado de ponto de coincidência das peças, que é
a casa f7. Temos, agora, traçado o plano. O que
devemos fazer é tratar de desalojar o peão f4 e
devemos fazer imediatamente, já que a medida que
a partida avança se fará mais poderosa a força da
vantagem material negra (um peão). Assim deve
Position after: ter raciocinado Spielmann 8.g3 Sem temer a
debilidade de seu roque, pois sabe que o domínio
da coluna "f" deve ser mais valioso. 8...g4 As
negras não querem ceder às brancas a coluna "f" e
tentam colocar um fortíssimo peão na sexta fila
(peão defendido por outro peão). 9.Ch4 f3 10.Cd2
Bf6 Ameaçando BxC, eliminando o incomodo
cavalo, apesar de estar quase inativo em h4. Mas
Spielmann viu isto e abrirá quase a força a coluna
"f" que vale muito mais que a peça entregue.

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Curso de Xadrez

Aprofundando um pouco, veremos a simplicidade e


lógica do sacrifício. O cavalo em b1 não servia para
outra coisa senão entorpecer sua própria torre. As
brancas tem um plano geral que esta dificultado
por um bloqueio de peões que só pode ser
destruído pelo sacrifício e o adversário não
desenvolveu suas peças, preocupado com o avanço
de peões, e segundo Tarrash: "os movimentos de
peões na abertura significam perda de tempo".
Então a superioridade em tempo é a justificativa
deste sacrifício, que também vai assegurar
vantagem em espaço, pois as brancas dominam um
amplo setor da tabuleiro. 11.Cdxf3 gxf3 12.Dxf3
Th7 O primeiro erro sério de Grunfled. O melhor
era Bh6, seguido de Dd7 e O-O-O, para sair com o
rei da zona atacada. Mas Grunfeld não vê a
urgência desta estratégia, e sua lentidão em
defender-se será explorada por Spielmann. 13.Cg6
Notável manobra para salvar o cavalo e coloca-lo
numa casa mais poderosa. 13...Tg7 14.Cf4 Bg4
15.Dg2 Bg5 É interessante observar que as
brancas entregaram um peça e os resultado não
podem ser vistos ainda. Foi simplesmente um
sacrifício com finalidade estratégica tendo como
meta desorganizar a posição adversária. 16.h3
Bd7 [16...Bxf4 17.Bxf4 Bd7 18.Tae1] 17.Ch5 Th7
A posição é muito instrutiva. As negras tem uma
peça a mais, porém as brancas possuem
superioridade agressiva na zona central do
combate. As brancas conseguem livrar linhas para
sua torre e seu bispo bispo pressiona o peão f7
adversário. Agora, conhecendo a importância das
linhas abertas nas partidas de ataque, realizam
uma manobra magistral: em lugar de acumular
forças sobre um ponto atacado, tratam de abrir
novas brechas antes que seu adversário possa
achar solução para seus males por meio do roque
grande. Por esta razão seria mau Df3, porque as
negras jogariam De7 para rocar. Para que obrigar o
adversário fazer um bom lance ? E isto que parece
tão simples é a causa de muitas derrotas entre
aficionados. 18.e5! Dando a dama branca a casa
e4, e dela pode-se atacar a torre do rei, que é toda
a esperança defensiva negra. Novamente, a
importância das aberturas de linhas. 18...dxe5
19.De4 f5 20.Txf5! Spielmann segue entregando
material para definir a luta a seu favor antes que
seu rival afirme sua condição defensiva. Observe
como aumentou a força agressiva do bispo do rei
branco e como a torre será recapturada com
vantagem para a dama branca. Que importa perder
uma torre se elimina-se um bispo poderoso, se
desfaz a configuração de peão que podia apoiar o
rei e pode-se trazer rapidamente a outra torre para
a luta? 20...Bxf5 21.Dxf5 Te7 22.Bxg5! hxg5
23.Tf1 As brancas não se apressaram a capturar o

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Curso de Xadrez

cavalo, mesmo porque este não tem aonde ir, já


que esta atacado, e é necessário para evitar a
ameaça Cf6+, e que, por outra parte, se for a h6
poderia ser capturado. Com uma torre a menos,
mas todas as suas peças coincidem no ataque
sobre o roque e as negras não podem coordenar
suas forças para defender-se bem. Não há, em
realidade, a desvantagem de material, porque as
forças brancas que atacam são superiores as que
defendem e o adversário não pode reunir
rapidamente seus efetivos para defender-se.
23...Dd6 24.Bxg8 exd4 25.Df8+ Rd7 26.Dxa8
As brancas recobraram o material e contam com
uma peça a mais de vantagem. O resto não tem
importância para o tema que tratamos aqui.
26...Dd5 27.Cf6+ Rd6 28.Df8 De5 29.Rg2 d3
30.Tf2 De1 31.Dh6 1-0

O domínio do centro, base de toda operação

Até o presente temos estudado o xadrez através de sua primaria finalidade que é
dar xeque-mate ao rei adversário. Nos temos ocupado de diversos tipos de ataque
sobre o rei, tema que, por outra parte, não esgotamos e sobre o qual voltaremos
oportunamente. Agora veremos como a combinação é também um instrumento
magnífico na etapa intermediária do abertura, quando se faz necessário abrir linhas
para dominar o centro do tabuleiro, ou para obter vantagem de espaço. É
simplesmente uma variação do tema que tratamos em nossos primeiros estudos,
ou seja, a luta do tempo contra material. Esta é a base de quase toda a estratégia
do jogo de combinação e é a ideia animadora de quase todos os gambitos,
especialmente do bispo do rei.

Geralmente, para este tipo de estratégia, a peça que se sacrifica é o peão, por ser a
menos valiosa. Mesmo que o propósito para ganhar tempo fracasse, será possivel,
com vantagem posicional, um procedimento para compensar sua perda. Paul
Morphy foi o primeiro que chegou a este detalhe como tema estratégico, e suas
vitórias foram produto de sua habilidade para especular com o sacrifício de material
como meio para assegurar vantagem nos planos em desenvolvimento.

Para dar maior realidade ao afirmado começaremos por estudar uma partida jogado
por Spielmann contra Flamberg.

Spielmann - Flamberg [C29]

1.e4 e5 2.Cc3 Cf6 3.f4 A ideia da abertura


Vienense nesta variante é a que justifica quase
todos os gambitos. Se entrega um peão para
desviar o de e5 adversário do domínio do centro,
obrigando ao rival, se quiser manter o material, a
efetuar jogadas ilógicas pelo flanco e assegurar-se
de uma posição estrategicamente dominante no
centro do tabuleiro. As negras não devem capturar
o peão, mas fazer uma contra-ofensiva no centro

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Curso de Xadrez

para assegurar o equilíbrio na zona vital do


combate. 3...d5 4.fxe5 Cxe4 5.Cf3 Bg4 [A
experiência aconselha como melhor jogada a
menos agressiva 5...Be7 preparando o roque e o
avanço libertador de f6, que permitirá equilibrar as
ações no centro e da ala do rei.] 6.De2 Cc5 [É
melhor 6...Cxc3 ] 7.d4! Bxf3 8.Dxf3 Dh4+ As
brancas iniciaram no lance 7 uma manobra ousada
que lhes custará nada a menos que dois peões
centrais. Mas, em troca, lhes permitirá ganhar
tempos e abrir linhas para seus bispos e torres e
assegurar vantagem de desenvolvimento, que vale
mais do que os dois peões entregados. Spielmann
podia jogar Df1 defendendo-se, mas ele prefere as
complicações. 9.g3! Dxd4 10.Be3! Dxe5 11.0-0-
0 Simplesmente isto é o que deseja Spielmann em
troca dos peões entregues. Seu plano não foi dar
mate nem atacar o rei diretamente. O objetivo que
o guiou foi tirar vantagem do desenvolvimento,
consciente de que isto necessariamente deve
influenciar de maneira definitiva o curso da partida.
11...c6 12.Cxd5! E agora seguem os sacrifícios
lógicos. As brancas tem praticamente todas as
peças em jogo e as negras só duas, e mal
apoiadas. Agora, o problema da brancas é atacar
antes que as negras cheguem a atenuar esse
defeitos básicos de sua posição. 12...cxd5
13.Txd5 De6 A posição é muito interessante e
digna de análise. Flamberg não jogou o melhor,
mas, na verdade, era muito difícil o problema.
14.Bc4 De4 15.Bxc5 Dxf3 16.Te1+ Be7
17.Txe7+ Rf8 18.Td8# Partida curta, mas
demonstra a valiosa vantagem em desenvolvimento
na abertura e os perigos que resulta perder tempos
Position after: para ganhar peões. Dr.Tarrasch disse: "Ganhar
peões na abertura é sempre um erro" 1-0

Spielmann - Eljaschov [C39]

Aproveitaremos este tema para revisar outra


partida de Spielmann, em que joga o gambito
Allgaier, uma das mais extraordinárias concepções
da técnica antiga. Este gambito encaixa-se em
nosso tema porque as brancas entregam material
para tirar o rei de sua casa original. Entra-se
assim, no tema que trataremos adiante, o sacrifício
em f7 para por o rei adversário em perigo e tomar
importantes filas e colunas por quais se filtrará a
vitória antes que o adversário tenha tempo para
por suas peças em ação. Não é simplesmente a
finalidade do sacrifício dar mate, mas obrigar o
adversário, para neutralizar o ataque, a devolver
material em posição desvantajosa. 1.e4 e5 2.f4 O
gambito do rei, que somente se justifica como
tema estratégia de abertura abrindo linhas antes

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Curso de Xadrez

que o adversário se desenvolva. 2...exf4 3.Cf3 g5


Um mal negócio. Se as negras querem conservar o
peão devem fazer jogadas ilógicas no flanco
descuidando-se do principio estratégico de toda
abertura: o domínio do centro. E isto bem vale um
peão. O melhor, neste caso, é capturar o peão e
logo entrega-lo novamente, jogando d5 e
desafogando rapidamente o jogo. 4.h4 g4 5.Cg5
h6 6.Cxf7 Este lance é o famoso gambito Allgaier.
As brancas entregam sua única peça em ação para
tirar o rei de sua casa de origem e especulando
com a desmantelada situação do rei conseguem um
ataque. Se engano, a técnica moderna demostra
que este excessivo liberalismo é imprudente. Mas
isto é só teoria, pois na prática alguns jogadores
muito experiente não sabem como defender-se.
6...Rxf7 7.Bc4+ d5 O melhor. Contra todos os
gambitos o verdadeiro antídoto radica na realização
deste sacrifício que da jogo ao bispo da dama.
8.Bxd5+ Rg7 9.d4 Df6 [Melhor seria 9...Cf6 ]
10.e5 Dg6 11.h5 Df5 12.Cc3 Bb4 13.0-0 f3
14.Ce4 Dxh5 15.Cg3 Dh4 Agora parece que são
as negras que tem o ataque, já que ameaçam DxC,
e eventualmente g3. Mas Spielmann conhece o
princípio das colunas abertas e agora seguirá
sacrificando material para fazer eficaz a ação que
esta desenvolvendo o bispo de d5 sobre o ponto f7.
16.Txf3! gxf3 17.Dxf3 Cf6 [17...De7 18.Ch5+
Rg6 19.Be4+ Bf5 20.Dxf5#] 18.exf6+ Rf8
19.Bf4! Ca6 [19...Dxf6 20.Bd6+ Rg7 21.Ch5+;
19...Bd6 20.Bxd6+ cxd6 21.De3 Th7 22.Te1 Bd7
23.Bxb7] 20.De4 Dg4 21.Bxb7 Bxb7 22.Bxh6+
Position after: Txh6 23.Dxg4 As brancas ganharam a dama em
troca de uma torre e dois bispos, o que seria pouco
em situações normais. Mas as peças negras estão
desconexas. Não podem apoiar-se entre si e existe
a poderosa ameaça Dg7+ 23...Th7 [23...Txf6
24.Cf5 Tf7 25.Dh5] 24.Dg6 Tf7 25.c3 Bd6 26.Cf5
Be4 27.Dh6+ Rg8 28.Dg5+ Rf8 29.Ch6 1-0

Ataques sobre o ponto f7

O ataque sobre o ponto F2/F7 é um dos temas primitivos da técnica enxadrística. O


mate Pastor é sua primeira expressão e o de "Legal" a segunda prova do gênio do
talento enxadristíco. Os quatro séculos do xadrez vividos na Europa girou ao redor
deste tema e somente neste século se observou uma reação contra essa
unilateralidade da técnica de jogo.

Vista a impossibilidade de chegar a um bom fim por meio deste tipo de ataque, os
mestres foram complicando a técnica do jogo e surgiu a escola moderna. Mas isto
não acabou com a combinação direta, já que seria infantil repudia-la
sistematicamente; o que se fez foi retira-la da prática das posições que não a
justificavam, e os mestres modernos buscaram novas variações da mesma ideia
para complicar sua realização e faze-la menos acessível aos olhos inexperientes.

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Curso de Xadrez

Uma dais manobras mais interessantes deste tipo foi a do sacrifício em f7, não para
dar mate imediatamente, mas para colocar o rei inimigo diante de sua cadeia de
peões. Veremos duas curtas partidas com idêntica ideia.

Holzhausen - Tarrasch [C50]

1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bc4 Be7 4.d4 exd4


5.Cxd4 Cf6 6.Cc3 d6 7.0-0 0-0 8.Te1 Te8 9.b3
Cd7 Esta é a posição típica dos sacrifícios de que
vamos nos ocupar: o peão do bispo do rei se
encontra carente de sólido apoio, o que obriga o
rei a capturar a peça que se entrega e deixa a
casa e6, igualmente sem fiscalização do peão
capturado. Começa a extração forçado do rei, para
obriga-lo a colocar-se numa casa da qual pode ser
facilmente atacado. 10.Bxf7+ Rxf7 Para não
perder o peão e qualidade. 11.Ce6!! O segundo
sacrifício típico. A força do mesmo radica na
situação em que se acha a dama negra bloqueada.
Por isto, deve-se ter em conta, ao realizar o
sacrifício, se o adversário pode desenvolver a
dama ou se pode eliminar com outra peça, que
não seja o rei, o cavalo em e6. 11...Rxe6
12.Dd5+ Rf6 13.Df5# 1-0

Position after:

Alekhine - Feldt [C11]

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Curso de Xadrez

1.e4 e6 2.d4 d5 3.Cc3 Cf6 4.exd5 Cxd5 5.Ce4


f5 6.Cg5! Muito bem jogado. Como o cavalo não
pode ser economicamente desalojado por meio de
h6, por causa de Dh5+ (consequência da
debilidade que se origina no avanço do peão do
bispo do rei) as brancas começam a atacar o
flanco inimigo. 6...Be7 7.C1f3 c6 8.Ce5 0-0
[8...Bxg5 9.Dh5+] 9.Cgf3 b6 10.Bd3 Bb7 11.0-
0 Te8 12.c4 Cf6 13.Bf4 Cbd7 14.De2 c5
Alekhine esta preparando a varias jogadas sua
combinação. Agora o ponto f7 adversário esta
apoiado somente pelo rei, e o peão de e6 também
esta pobremente defendido. Se inicia o assalto
final 15.Cf7 Alekhine entrega o cavalo e este
deverá ser capturado, pois não é possivel defender
em uma só jogada a dama e o peão de e6
15...Rxf7 16.Dxe6+!! Notável e surpreendente
sacrifício de dama 16...Rg6 [16...Rxe6 17.Cg5#]
17.g4 e mate na jogada seguinte. 1-0

Position after:

Alekhine - News [D45]

1.d4 d5 2.Cf3 Cf6 3.c4 e6 4.Cc3 c6 5.e3 Be7


6.Bd3 Cbd7 7.0-0 0-0 8.e4 dxc4 9.Bxc4 b6
10.Te1 Bb7 11.Bg5 Te8 12.Dc2 Tc8 13.Tad1
Tc7 14.Ce5 Ch5 A posição é típica. O peão em f7
esta somente apoiado pelo rei e o de e6 apoiado
pelo peão f7. A dama negra esta semi-bloqueada
pela existência de uma torre em e1, do bispo em
e7 e do cavalo em d7, situação de peças que da
vida ao sacrifício. E agora, sem demora, qualquer
aficionado achará a manobra ganhadora. 15.Cxf7!

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Curso de Xadrez

Rxf7 16.Bxe6+! Rf8! [16...Rxe6 17.Db3+ Rd6


18.e5+ Cxe5 19.dxe5+ Rc5 20.Ce4#] 17.e5!!
Nesta partida a combinação é muito mais difícil,
porque se entregou uma peça e a manobra não é
absolutamente clara, mas considerando que o rei
negro esta reduzido em sua ação pelo domínio da
diagonal a2-g8 que exerce o bispo, a as
possibilidades que as brancas tem por sua
vantagem de espaço e a ação da dama sobre as
casa f5 e h7, se faz claro que a situação negra não
é muito "tranquila". 17...g6 18.Bh6+ Cg7
19.Te3 c5 20.Cd5! Bxd5 21.Bxd5 cxd4
22.Tf3+ Cf6 E agora se produz um bonito
desenlace em que se conjugam dois temas.
Primeiro, a do duplo sacricífio de peças para
extrair o rei, e logo a ação combinada dos bispos
sobre o rei. 23.Txf6+ Bxf6 24.exf6 Te5
[24...Txc2 25.Bxg7#] 25.fxg7+ Txg7 26.Bb3
Retira-se o bispo para arrematar a luta mediante a
colocação da dama diante do bispo. 26...d3
27.Dc4 1-0

Position after:

Dois monumentos de combinações

A "Evergreen" e a "Imortal"

A pesar de que a partida entre Anderssen e Kieseritzky, conhecida por "Imortal", é


a que tem maior prestigio, em nossa opinião, muito mais valiosa pela situação
crítica em que ambos adversários se encontram é a segunda imortal de Anderssen,
que na Alemanha foi batizada com o nome de "Evergreen", ou "Sempre viva".

Um dos aspectos mais valiosos da beleza no xadrez é, casualmente, o grande risco


que corre quem faz a combinação. A maior abundância de sacrifícios traz mais
emoção e as maiores probabilidades de derrota caso o sacrifício fracasse. A vitória
chega com maior mérito. No conceito antigo, a importância de uma partida de
xadrez residia na audácia que o jogador emanava e na temeridade que o destacava
entre os demais. Evidentemente, havia uma grande profundidade na análise, pois
ao menor erro todo este monumento de trabalho se vem abaixo neste tipo de
xadrez. Mas, os mestres antigos preferiam ganhar combinando com perigo em
lugar de faze-lo por vias mais naturais e tranquilas. Havia nisto um prazer singular

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Curso de Xadrez

em jogar com o perigo e uma vaidade, criada pelo ambiente, que os impedia de
"acovardar-se", renunciar a combinação e fazer um xadrez mais especulativo.

A influência de Steinitz

Quando Steinitz surgiu não se depreciou a combinação, apenas se considerou que


antes de lançar-se em uma aventura semelhante era necessário haver assegurado
a própria posição. Ou seja, surgiu em primeiro plano o princípio da própria
segurança, que não deve estar em nenhum caso sujeito aos recursos heróicos,
especialmente quando não há necessidade. Nisto fundamentou-se o xadrez
moderno ao não comprometer o futuro numa aventura luminosa.

A combinação moderna

A combinação de sacrifício deve realizar-se, pois, a pesar da beleza que tem e do


irresistível encanto que a faz tentadora, quando não há outro recurso para evitar a
derrota ou quando não se corre nenhum risco de contra-ataque ou quando se
recobra o material com rapidez. Este é o xadrez moderno, e não há dúvida de que,
se falta o poder emocional do antigo, é muito mais generoso em solidez e esta
muito mais afinado com a inteligência e o raciocínio. A mecânica e a matemática
deram maior solidez as ciências e o reflexo desta transformação no espirito humano
se faz sentir de intensa maneira na técnica enxadrística. O que antes era um
problema de audácia, agora é um método de análise e de lógica.

Anderssen - Dufresne [C52]

A "Sempre Viva"

1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bc4 Bc5 4.b4 Esta jogada se


denomina gambito Evans. Seu autor, o Capitão
Evans, a introduziu na prática das partidas rápidas
em 1832, sem supor o alcance que teria na técnica
do xadrez. Se trata de um gambito que tem por
objetivo ganhar tempo no desenvolvimento, as
custas de um sacrifício de peão lateral. A técnica
provou que não é tão eficaz como se pensava e
agora sua prática é quase nula. 4...Bxb4 5.c3 Ba5
6.d4 exd4 7.0-0 d3 Uma das variantes mais
lógicas. As negras devolvem o sacrifício sem
favorecer o desenvolvimento do adversário. 8.Db3
Df6 9.e5 Dg6 10.Te1 Cge7 11.Ba3 As brancas
tem dois peões a menos, mas observe que
magnífica mobilidade possuem. A dificuldade
máxima das negras é o desenvolvimento do bispo
da dama e agora, visando resolver este problema,
entregam um peão para buscar a contra-ofensiva.
11...b5 12.Dxb5 Tb8 13.Da4 Bb6 14.Cbd2 Bb7
15.Ce4 Df5 16.Bxd3 Dh5 Neste momento se inicia
uma das combinações mais extraordinárias da
história do xadrez. O valor da mesma reside no fato
de que, para leva-la a cabo, as brancas devem se
colocar numa posição de mate. 17.Cf6+ gxf6

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Curso de Xadrez

18.exf6 Tg8 As negras parecem agora ter um


ataque mais direto pela grave ameaça DxC. Um
jogador moderno teria achado o caminho da vitória
de uma maneira mais simple que Anderssen.
Haveria seguido, sem dúvida, a prudente jogada
indicada por Lasker 19.Be4, defendendo o cavalo
previamente, mas isto haveria sido uma
deselegância para o impetuoso Anderssen, e o que
esta partida perdeu em simplicidade ganhou em
emoção e brilho. 19.Tad1!! Finíssima jogada, que a
primeira vista parece uma barbaridade. A uma
ameaça tão direta como DxC, com sua desagradável
derivação de mate em g2, as brancas replicam com
uma manobra preparatória, mas encerra um
propósito muito recôndito. 19...Dxf3 20.Txe7+!
Cxe7 21.Dxd7+!! A segunda surpresa. Agora as
brancas sacrificam a dama para poder dar um mate
Position after:
tão bonito e original 21...Rxd7 22.Bf5+ Re8
[22...Rc6 23.Bd7#] 23.Bd7+ Rf8 24.Bxe7# 1-0

Anderssen - Kieseritzky [C33]

A 'Imortal"

1.e4 e5 2.f4 exf4 3.Bc4 b5 Esta jogada se chama


contra-gambito Kieseritzky. Se trata de um
sacrifício de desviação, que tem a finalidade de
ganhar tempo no desenvolvimento. Kieseritzky foi o
primeiro mestre que a praticou. 4.Bxb5 Dh4+
5.Rf1 Cf6 6.Cf3 Dh6 7.d3 Ch5 8.Ch4 c6 9.Cf5
Dg5 10.g4 Este tipo de jogada fazia a delicia dos
enxadristas do século XIX e também agrada a
multidão de aficionados de hoje, que buscam mais
a beleza que a correta e fria técnica. 10...Cf6
11.Tg1! cxb5 12.h4 Dg6 13.h5 Dg5 14.Df3 Cg8
Única para salvar a dama. 15.Bxf4 Df6 16.Cc3
Bc5 17.Cd5 Anderssen segue a magnífica
combinação que começou no lance 11 e agora
define a partida de impressionante maneira. Mas é
evidente que a desproporção de material em ação
deve dar seus frutos. 17...Dxb2 18.Bd6!! Bxg1
[18...Dxa1+ 19.Re2 Dxg1 20.Cxg7+ Rd8 21.Bc7#;
18...Bxd6 19.Cxd6+ Rd8 20.Cxf7+ Re8 21.Cd6+
Rd8 22.Df8#] 19.e5 Dxa1+ 20.Re2 Ca6
21.Cxg7+ Rd8 22.Df6+! Cxf6 23.Be7# As
brancas deram mate com somente três peças
menores e possuem nada a menos que duas
torres,a dama e um bispo a menos, mas as peças
valem pelo que fazem e não por sua simples
existência. A partida é, sem dúvida, notável, mas o
erros de abertura foram muito graves por parte de
Kieseritzky. Se este tivesse seguido com a jogada
lógica 5... B2C na abertura nada teria havido. Mas

Página | 38
Curso de Xadrez

isto não atenua o mérito de Anderssen, que


explorou de maneira espetacular os erros de seu
rival. 1-0

Position after:

O bispo e Diagonais Abertas

A fim de conseguir seu máximo poder, um bispo necessita de diagonais abertas


para seu uso; então, sua capacidade de ação a longa distância pode surgir. Na
abertura , os lances: 1.P4D e 1.P4R abrem diagonais, porém apenas com o fito de
por os bispos em jogo; a oportunidade de prover um bispo de diagonais, de onde
possa exercer uma pressão duradoura na posição inimiga, é parte de uma fase
posterior.

O exemplo seguinte mostra como a desobstrução de uma diagonal de ataque pode


conduzir a uma decisão imediata.

Alekhine - Johner

1.e5!! dxe5 [1...fxe5 2.f6 Dxf6 3.Dxg4+ Rf7 4.Ae4]

2.d6! c5 [2...cxd6 3.c5]

3.Ae4 Dd7 4.Dh6 A posição não oferece esperanças; não há

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Curso de Xadrez

defesa após 47...R2B; 48.B5D+

1-0

Position after:

Podemos então concluir que um bispo bem colocado é um fator estartégico muito
importante; inversamente, um bispo limitado em seus movimentos por peões,
próprios ou inimigos, pode ser também um fator importante, talvez decisivo - em
favor do adversário.
A dificuldade esta em determinar se um bispo é bom ou mau em uma posição em
particular, sem estereotiparmos perigosamente este conceito.

No diagrama abaixo, o bispo em g2 pode morver-se apenas ao escalque h1; no


entanto, ele não é fraco: muito ao contrário. Por uma parte protege o rei branco se
as pretas pretenderem atacar mediante ...C4TR e ...P4BR; por outra, protege o
peão em e4, se as brancas posteriormente decidirem jogar P4BR.

Nas aberturas modernas a posição de um bispo é, comumente, bastante modesta


no início, somente mais tarde ele desenvolve sua potencialidade latente. Se
compararmos o bispo em g2 no sistema de abertura 1-C4BR, P4D; 2.P3CR, C3BR;
3.B2C, com aquele em c4 no Giuoco Piano (1.P4R,P4R; 2.C3BR,C3BD; 3.B4B),
poderemos, a primeira impressão, julga-lo muito mais passivo; no entanto, o Bispo
em c4 apenas estabelece escassas ameaças táticas, enquanto, que a peça em g2
frequentemente determina, por inteiro, o caráter da partida.

O bom e o mau bispo

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Curso de Xadrez

Se olharmos para o diagrama abaixo, veremos uma posição em que o material é


exatamente igual para ambos os lados, apesar disso, as brancas tem uma
vantagem consideravel, e realmente venceram a partida em um dezena de jogadas.
 

 
A explicação da vantagem branca esta na diferença qualitativa dos bispos.
Enquanto que o bispo em d3 não se acha bloqueado por seus peões e pode atacar
nas duas alas, seu adversário esta condenado a inatividade pela cadeia de peões
pretos.

O Valor de um bispo pode normalmente ser estabelecido pela seguinte regra: o


bispo tem bom raio de ação, se seus próprios peões estiverem postados em casa da
cor oposta. É claro que isto somente se aplica onde a formação dos peões não
possa ser facilmente alterada, como o diagrama abaixo:
 

 
Aqui, as brancas tem três peões em casas da mesma cor de seu bispo, e apenas
dois em casas de cor oposta, enquanto que o inverso se verifica com as pretas.
Porém os três peões brancos na ala da dama podem modificar facilmente suas
posições. O que determina se os bispos são bons ou maus são os peões imóveis na
ala do rei; portanto, é o bispo branco que deve ser considerado bom.

A diferenciação no valor dos bispos é um importante fator estratégico. Como


norma, cada lado deve esforçar-se por colocar seus peões em casas de cor opostas
a de seu bispo; dessa maneira, torna-se mais facil bloquear os peões do adversário,
nas casas acessíveis ao bispo. Quando a posição foi simplificada e a formação de
peões é rígida, ambos os lados devem tentar livrar-se de um mau bispo, e
conservar o bom. No meio-de-jogo é algumas vezes possivel uma série de trocas,
que conduza a um final favolravel, de um bom contra um mau bispo. Bronstein
aplicou esta idéia contra Najdorf.

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Curso de Xadrez

Najdorf - Bronstein

1...Axc3 2.Dxc3 De5 3.Dxe5 dxe5

A vantagem obtida com o bispo bom provou ser suficiente para


ganhar a partida

0-1

Position after:
A regra formulada anteriormente para determinar se um bispo é bom ou mau, deve
ser modificada em circustâncias especias. Assim por exemplo, depois das jogadas:
1-P4D,P4D; 2.P4BD,P3BD; 3.PxP,PxP; 4.C3BD,C3BR; 5.C3B,C3B; 6.B4B,B4B;
7.P3D,P3R :
 

 
Os bispos f4 e f5 não devem ser considerados maus, apesar de que são da mesma
cor de seus próprios peões sob bloqueio; sua sitiação, no exterior da cadeia de
peões, é a causa da exceção, e permite-lhes, mesmo, desenvolver forte ação. Em
uma partida Botvinnik-Trifunovic, que alcançou essa posição, as pretas replicaram a
8.D3C com 8...B5CD!; após o que trocaram seu "bom" bispo em b4 pelo cavalo
branco em c3, mas obtendo, não obstante, uma boa partida devido a posição ativa
das demais peças menores.

Bispos dessemelhantes
Praticamente qualquer principiante esta familiarizado com o conceito de bispo de
cores opostas. Eles são, frequentemente, um meio de salvação em posições
materiaimente desvantajosas, aonde representam um poderoso fator de igualação,
colocando dificuldades à realização de vantagem consistente em um peão a mais,
e, algumas vezes, de vários peões. É instrutiva, a tal respeito, a partida seguinte:

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Curso de Xadrez

 
1.Ae8! Rc6

[1...Rb4 2.Axd7 Ra3 3.Af5 Rb2 4.Ae6 Ra2 5.Af7 Ra3 6.Ag6 empate ]

2.Re2! [2.Af7? d5]

2...Ac1 [2...Rc7 3.Af7 b2 4.Ag6 empate ]

3.Rd1 Ab2 4.Re2 Ad4 5.Rd1 Rd6 6.Af7 b2 7.Ag6 Rc5 8.Re2 d5
9.Af5 Rb4 10.Ag6 Ra3 11.Ab1 Rb3 12.Rd1 Rc3 13.Re2 Ac5
14.Rd1 d4 15.Re2 Rb3 16.Rd3 empate 1/2-1/2

Position after:
Outro exemplo de empate é o do diagrama abaixo:
 

 
A razão para a tendência em empatar ocasionada pela presença de bispos
dessemelhantes, deve ter ficado clara com os exemplos dados: o lado superior não
consegue forçar a passagem de peões pelas casas controladas pelo rei inimigo mais
o bispo, por não haver peça alguma, à parte o rei, que possa amparar;
supletivamente, o bispo não pode atacar os peões postados nos escaques de cor
oposta.
 

O cavalo e sua base de operação - 1ª parte

Devido à peculiaridade de seus movimentos, o cavalo necessita de uma base de


operação para um trabalho eficiente. Por este conceito, queremos referir-nos a um
local onde esteja protegido de ataque por peças inimigas e, principalmente, por
peões. Como já foi mencionado anteriormente, um cavalo centralizado e protegido
é, frequentemente, tão poderoso quanto uma torre. Pelo contrário, um cavalo mal
colocado é uma debilidade bem definida. O velho dito, "Um cavalo a margem
somente traz tropeços" , é um modo pitoresco de acentuar que ele só pode
desenvolver reduzida parte de suas forças, quando mal situado no tabuleiro.
Enquanto que um cavalo centralizado pode alcançar oito casas, no canto do

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Curso de Xadrez

tabuleiro esta limitado a duas. Por causa disso, é extremamente importante uma
localização eficiente.

Ahues - Alekhine [D21]


1936

1.d4 d5 2.c4 dxc4 3.Cf3 a6 4.a4?

Position after: 4...Cf6 5.e3 Bg4 6.Bxc4 e6 7.Cc3 Cc6 8.Be2 Bb4 9.0-0 0-0
10.Cd2

[seria preferivel 10.Bd2 ] 10...Bxe2 11.Cxe2 e5 12.Cf3 Te8


13.Bd2 Bd6 14.Cg3 e4 15.Ce1

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Curso de Xadrez

15...Bxg3! Um lance que surpreende a primeira vista, pois o bispo


parecia destinado a desempenhar futuramente importante papel em
ataque na ala do rei. Alekhine, entretanto, considerou que, após esta
troca, os peões brancos dessa ala estarão imobilizados, dando-lhe
assim excelentes bases de operação para seus cavalos em d5 e g4.
16.hxg3 Ce7!

17.b4 Dd7 18.Cc2 Ced5 19.Ca3

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Curso de Xadrez

as brancas também pretendem uma base de operação para seu


cavalo - em e5 - mas verão seus planos frustrados rapidamente.
19...b5 20.axb5 axb5

21.De2 c6 22.Cc2 Df5 23.Tfc1 h6 24.Ta5 Tac8 25.Ca1?

[25.f3 as brancas tentam trazer seu cavalo paa a poderosa base de


operação em c5. Tal manobra, entretanto, é tardia, pois nesse
interim o ataque das pretas torna-se irresistivel. Correto teria sido
25. P3D, a fim de privar o cavalo preto do posto em g4. Pode-se ver
que Alekhine conduziu seu plano com inteiro exito. Agora ameaça

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Curso de Xadrez

26...D4T] 25...Cg4

26.Rf1 Te6 27.Txb5 Tf6 28.Tbc5 Cxf2 29.Re1 Cd3+ 30.Rd1


Df1+ 31.Be1 Tf2 0-1

Foi notavel, nesta partida, o diferente desempenho dos cavalos: enquanto o branco
pouco conseguiu, os pretos (especialmente aquele que permaneceu durante nada
menos de treze lances em d5) exerceram pressão considerável sobre a posição
inimiga.

O cavalo e sua base de operação - 2ª parte

A obtenção de bases de operação para os cavalos é certamente um dos mais


importantes temas de estratégia enxadristica. Deve ser de interesse, porém,
averiguar se um cavalo em situação desfavorável pode ser considerado um fator
estratégico valioso. Indubitavelmente, tais casos ocorrem com menor frequência,
pois o cavalo não se acha atado a acsas de uma determinada cor e seus
movimentos não ficam grandemente embaraçados embaraçados pela cadeia de
peões. Sua colocação desfavorável, geralmente, é, por isso, meramente
temporária. Apesar de tudo, há ocasiões em que a posição do cavalo não pode ser
melhorada sem grandes dificuldades; e pode mesmo acontecer, como na partida a
seguir, em que o cavalo permanece completamente fora de jogo:

Pachman - Szabo [D55]


1947

1.d4 e6 2.c4 d5 3.Cc3 Cf6 4.Bg5 Be7 5.e3 0-0 6.Cf3 Ce4 7.Bxe7
Dxe7 8.Tc1 c6 9.Bd3 f5? Após este lance, torna0se aparente a
superior mobiidade dos cavalos brancos. Este é um caso em que um
fator posicional durável é mais importante do que os projetos de
ordem puramente tática que as pretas desenvolveram na ala do rei.

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Curso de Xadrez

[era necessário 9...Cxc3 ]

10.0-0 Cd7 11.a3 Tf6 12.Ce5 Cxe5 a torre preta acha-se agora
isolada do jogo

13.dxe5 Th6 14.g3 Bd7 15.f3 Cg5 [o cavalo preto torna-se objeto
de atenção das brancas. Uma troca, por meio de 15...Cxc3 16.Txc3 é
de duvidoso valor, pois o ataque branco na ala da dama cresceria
rapidamente]

16.f4 Ch3+? [um engano semelhante ao ocorrido no nono lance. Por


amor a algumas ameaças táticas, as pretas condenam seu cavalo a
permanecer num posto sem futuro, um fator que tornará mais grave
quando a posição for simplificada. A razão para tal escolha deve ter
Position after: sido a falta de alternativas atraentes, p. ex: 16...Ce4 17.cxd5 exd5
18.Db3 Cxc3 19.Dxc3]

17.Rh1 g5 18.cxd5 exd5 19.Dc2 gxf4 [o primeiro desapontamento.


As pretas haviam provavelmente planejado o avanço 19...d4 20.exd4
gxf4 21.gxf4? (21.Ce2 fxg3 22.Cxg3 f4 23.Cf5) 21...Dh4 , conquanto
com R1T, conseguiriam um ataque turbulento, para o qual seu cavalo
em h3 estaria admiravelmente colocado. Entretanto, as brancas tem
uma continuação mais forte em com 21.Ce2... (subvariante acima)
ganhando o peão "f". Na partida, as pretas estão virtualmente com
uma peça a menos, pois seu cavalo em h3 esta eternamente
aprisionado.]

20.exf4 Df7 21.Ce2 Rh8 22.Cd4 o cavalo branco, ao contrário,


mantém uma forte posição, de onde ataca o peão débil da coluna "f".
O contraste entre a capacidade de ação dos dois cavalos é
suficientemente expressivo.

22...Tf8 23.Tce1 Be6 24.Dc5! Tg8 [ganhando um peão, porque se


24...a6 25.Dd6 decidindo o assunto]

25.Cxe6 Txe6 [25...Dxe6 falha por 26.Dd6 , pois após a troca de


damas o cavalo prisioneiro em h3 não pode ser protegido. Agora,
tendo sido neutralizada a ameaça de TxPC, as brancas tem vagar para
tomas o peão da coluna "a".]

26.Dxa7 Dh5 27.De3 Th6 28.De2 De8 29.e6 Txg3 30.De5+ Rg8
31.Bxf5 Tg7 32.Bxh3 Txh3 33.Tg1 1-0

Luta de Bispo contra Cavalo - 1

A luta do bispo contra cavalo é um dos mais interessantes problemas na estratégia


do xadrez. No século dezenove, o bispo era classificado por algumas autoridades
como sendo superior, por causa de seu liongo raio de alcance; outros, porém,
preferiam o cavalo, por sua capacidade em ocupar qualquer casa do tabuleiro.
Dessas diferentes apreciações, surgiu a expressão qualidade menor, a qual significa

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Curso de Xadrez

preferencialmente o ganho de um bispo por um cavalo, se bem que algumas vezes


fosse o inverso. Entretanto, nunhuma destas opniões pré-fabricadas é
aconselhavel: para estabelecer a superioridade de uma ou outra devemos ter em
mente o caráter, e particularmente a formação dos peões, de uma posição dada.

Os poderes de longa distância de um bispo mostran-se patentes quando a posição é


aberta, com peões móveis em ambos os lados do tabuleiro; sua eficiência também
se revela ao atacar peões adversários bloqueados em casas de sua própria cor. A
força do cavalo, pro sua vez, é melhor notada em posições bloqueadas, aonde sua
peculiaridade de movimentos permite localizar alvos de ataque que são negados ao
bispo. Um requisito certamente importante para uma função efetiva, deverá ser a
consecução de bases de operação, de onde seja possível fustigar os pontos fracos
do adversário e defender os próprios.

Como orientação, daremos abaixo posições que exemplificam casos de desempenho


superior para cada peça.

Nos próximos 3 diagramas, o jogador com o bispo ganhou:

Podemos afirmar, em teste, que posições similares às dos diagramas 26 e 27,


aonde os peões são móveis em ambas as alas, o bispo é superior. Com apenas uma
pequena vantagem adicional, como por exemplo um rei ágil, ter-se-à o suficiente
para a vitória.
Igualmente boas para um bispo são posições como as do diagrama 28, nas quais
possa submeter os peões contrários a ataque. Aqui, ele ataca pela ala do rei
(apoiado pelo avanço P5TR) e simultâneamente defende sua ala da dama. O
cavalo, mais lerdo, somente consegue operar em uma ala de cada vez.

Superioridade do Cavalo:

Das posições acima o cavalo emergiu vitorioso.

As três posições estão bloqueadas ou semibloqueadas, e o bispo se acha

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Curso de Xadrez

incapacitado de localizar um objetivo de ataque. O cavalo tem, em cada caso, uma


liberdade muito maior de movimentos do que o mau bispo, o que foi suficiente para
outorgar-lhe a vitória.
Dos seis exemplos anteriores podemos extrair um importante principio para a
condução de partidas em que um bispo se oponha a um cavalo: o lado com o bispo
deve esforçar-se por conservar os peões móveis; o oponente, por outro lado, deve
tentar bloquear os peões inimigos em casas da mesma cor do bispo,
concomitantemente criando pontos de ataques mediante manobras adequadas de
cavalo.

Luta de Bispo contra Cavalo - 2

Najdorf - Stahlberg [D67]


1953

1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Cc3 d5 4.Ag5 Ae7 5.e3 Cbd7 6.Cf3 0-0
7.Tc1 c6 8.Ad3 dxc4 9.Axc4 Cd5 10.Axe7 Dxe7 11.Ce4 e5
12.0-0 exd4 13.Dxd4 C7b6 14.Ab3 Ag4 15.Cg3 Axf3 16.gxf3
Df6 17.Dxf6 Cxf6 18.Cf5 Tad8 19.Tfd1 Cc8 20.Rf1 Tfe8
21.Re2 Rf8 22.Txd8 Txd8 23.Tg1 Ce8 24.Tg4 Ce7 25.Cxe7
Rxe7

Nesta posição, com peões móveis em ambas as alas, as brancas


estão em vantagem por causa do bispo, minimizada porém pela
presencá de peões dobrados.

26.Te4+ Rf8 27.Ta4 a6 28.Tf4 f6 Em geral, os peões devem ser


colocados em casa de cor opostas à dos bispo, mas aqui temos a
exceção que justifica a regra. O peão em f6 aumenta e "alonga"o
raio de ação do bispo, em fase posterior,permite a possibilidade de
  obter um peão passado. Por esse motivo o lance correto deveria ser
28... Cd6

Position after: 29.Th4 h6 30.Th5! prevenindo-se contra a mobilidade dos peões


pretos na ala da dama por c5.

30...Cc7 31.f4 Re7 32.Tc5 Td6 33.Tc1? Somente no próximo


lance as brancas encontrarão o plano correto. Aqui deveriam ter
jogado f5 para evitar 33. ... c5, que teria reduzido
consideravelmente sua vantagem na ala do rei.

33...b6? 34.f5! Com duplo objetivo, restringe os movimentos do cavalo e prepara


o avanço dos peões brancos.

34...c5 35.f4 Tc6 36.a4! Possibilitando, no momento próprio, a abertura da


coluna "a", pois cedo ou tarde as pretas jogarão P4CD para por em movimento seus
peões nessa ala.

36...b5 37.Ac2! Forte jogada, que pretende por meios táticos, instalar o bispo em
d5, em posição dominante. De imediato, ameaça-se 38.Be4 ganhando m peão e

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Curso de Xadrez

não seria possivel responder agora com 37.... c4 por causa de 38.Be4, Tb3 (ou d6),
29.b3, etc...

37...Ce8 38.Ae4 Tc7 39.Ad5 A ação dos bispos foi poderosamente incrementada;
encontra-se aghora em excelente situação de apoio a projetada ruptura e4-e5,
contendo ao mesmo tempo, os peões pretos da ala da dama

39...c4 Senão, as brancas penetrarão com seu rei, depois da manobra


e4,e5,Re3,Re4,Be6 r Rd5

40.e4 Cd6 41.axb5 axb5 42.Re3 Ta7 Na aparência, as pretas conseguiram


ampliar o escopo de suas peças. Dois lances após, entretanto, serão reduzidas à
defesa passiva.

43.Tg1 Rf8 Não é possível Ce8 por causa de 44.Bc6 ganhando um peão.

44.Rd4 Tc7 45.Tc1 Cb7! Enfrentando a ameaça 46.b3 com a engatilhada resposta
46. ... Cc5

46.Ta1! Cc5 47.Ta8+ Re7 48.e5 Cb3+ 49.Rc3 Cc1 [49...Tc5 50.Ta7+ Rd8
51.Ae4 fxe5 52.Txg7 Cd4 53.f6 Ce6 54.Af5]

50.Tg8 Ce2+ 51.Rd2 Cxf4 52.Txg7+ Rd8 53.exf6 Td7 54.Txd7+ Rxd7 55.Ac6+ As brancas ganham os
dois peões da ala da dama, pois RxB falha por 56. f7 1-0

Luta de Bispo contra Cavalo - 3

Krylow - Runzo

As pretas aparentam possuir posição satisfatória. De fato, um


julgamento puramente mecânico poderia até concluir que as
brancas, devido a seus peões bloqueados na ala da dama estariam
as voltas com um mau bispo. Um exame mais profundo, porém,
revela que a fraqueza dos peões pretos na ala da dama é mais
importante, um dos quais (em c7) é alvo natural para o bispo.
Além disso, a existência de peões em ambas as alas dos tabuleiro
faz pender a balança a favor do bispo.

21.De4 Txd1+ 22.Txd1 Td8 23.Te1 as brancas desejam


conservar uma torre, em parte por ser uma peça excelente para
atacar peões fracos em finais de partida, e também para facilitar a
troca das damas, cujo desaparecimento, deixá-las-á com o final
superior por que estão lutando.

23...Td5 24.f4 Dh4 25.Ac3 h6 26.g3 Dg4 27.De2 Dxe2


28.Txe2 Rf8 29.Rf2 g6 30.Re3 f5 31.Td2 as brancas
consentiram que seus peões na ala do rei fossem bloqueados nas
casas da mesma cor de seu bispo. Trocando agora as tôrres,
Position after: renunciam a qualquer idéia de explorar as debilidades na ala da
dama mediante manobra do tipo T2C-3C-3T. Contudo, o bispo
solitário é ainda superior ao cavalo por ação na longa diagonal,
que, associada à pressão no peão débil em c7, colabora na gradual
penetração do rei branco.

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Curso de Xadrez

31...Txd2 32.Axd2 Re7 33.Ac3 h5 34.Ad4 Rd7 35.Rd3 Rc8


36.Rc4 Rd7 37.a4 Rc8 38.b5 axb5+ 39.axb5 Rb7 40.h4 ainda
outro peão é colocado em casa de cor similar à do bispo. As
brancas, entretanto, precisam prevenir quaisquer possiveis
manobras libertadoras por parte do adversário, mediante P4CR ou
P5T. A fineza do lance está em que as brancas não responderão a
40.RxP, porque 4...P3B+ empataria, mas com 41.R5D! com
decisiva penetração do rei na ala-do-rei preto.

40...Cd8 41.Af6 Rc8? [41...Ce6 42.Ae7 cxb5+ 43.Rd5 Cg7


44.c6+ Rb6 45.Ac5+ Ra5 46.Re5 b4 47.Rf6 Rb5 48.Ad4 Rc4
49.Ae5 Ce8+ 50.Re7+-; 41...Cf7 42.Ag7 cxb5+ 43.Rd5 c6+
44.Re6 Cd8+ 45.Rd7+-]

42.Axd8 cxb5+ 43.Rxb5 Rxd8 44.Ra6 Re7! 45.Ra7! [45.Rb7 e


ganhariam as pretas com 45...Rd7 46.Rb8 Rc6] 45...Re6 46.Rb8!
Rd5 [46...Rd7 47.Rb7 Rd8 48.c6+-]

47.Rxc7 e as pretas abandonam devido a continuação:

47...Rxc5 48.Rd7 Rd4 49.Re7 Re4 50.Rf6 Rf3 51.Rxg6 Rxg3


52.Rg5! 1-0

Luta de Bispo contra Cavalo - 4

Lilienthal - Bondarevsky [C10]

1.e4 e6 2.d4 d5 3.Cc3 dxe4 4.Cxe4 Cd7 5.Cf3 Ae7 6.Ad3 Cgf6
7.Cxf6+ Axf6 8.0-0 c5 9.c3 cxd4 10.cxd4 0-0 11.Dc2 g6 12.Af4
Cb6 13.Ac7 De7 14.Ae4 Cd5 15.Axd5 exd5 16.Ae5 Af5 17.Axf6
Dxf6 Nesta posição, com peões centrais imobilizados, não há alvos de
ataque para o bispo, ao passo que o cavalo tem liberdade de manobra.
Podemos, pois, classificar a posição como favorável para as brancas,
ainda que deva admitir-se ser tão pequena a vantagem que tornaria a
vitória impossível, se não houvesse a possibilidade de induzir-se à
criação de debilidades na ala da dama do oponente.

18.Db3 Ae4 19.Ce5 com tripla ameaça

19...Db6! 20.Dxb6 axb6 21.Tfc1 Tfc8 22.a3 Af5 23.g4! Ae6


24.h3? as brancas colocam seus peões em casas da mesma cor do
bispo adversário, manobra aqui perfeitamente aceitável, por limitar os
movimentos do bispo. Entretanto, teria sido melhor faze-lo com
24.P3B, porque então, após uma troca de torres por 24....TxT+ ;
25.TxT,T1BD ; 26.TxT+,BxT, as brancas poderiam prosseguir
imediatamente com P5CR, comprometendo seriamente a posição das
pretas

24...f6 25.Cd3 g5 26.f3 Rf7 27.Rf2 Re7 28.Re3 Rd6? o erro


Position after:
decisivo. As pretas deveriam ter jogado P4TR seguido de R3D e PxP;
teriam deste modo impedido a penetração da torre branca na ala do
rei

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Curso de Xadrez

29.Txc8! Txc8 30.h4! h6 [30...gxh4 31.Th1 f5 32.g5]

31.hxg5 hxg5 32.Th1 Te8 33.Rd2 Ad7 34.Th6 Tf8 [34...Re6


35.f4! Tg8 36.f5+]

35.Ce1 Re7 36.Cc2 Tf7 37.Ce3 Ae6 38.Rc3 Rd6 39.Rb4 Ad7
40.Cf5+ Rc7 [aqui a tomada do cavalo conduz a derrota 40...Axf5
41.gxf5 Rc6 42.a4! Tf8 43.Th7 Td8 44.Tf7 Td6 45.b3 b5 46.a5 b6
47.a6]

41.a4 Ae6 42.Cg3 Ad7 43.Ch5! f5 44.Cf6! o fim de uma manobra


de sete alnces na qual o cavalo demonstrou sua grande mobilidade.
Agora as pretas não podem evitar a perda de um peão e com ele, da
partida

44...fxg4 45.Cxd5+ Rb8 46.fxg4 Axg4 47.Cxb6 Tf2 48.b3 Ad1


49.d5 Rc7 [49...Tf3 50.d6 Txb3+ 51.Ra5]

50.a5 Td2 51.Th7+ Rb8 52.d6! Td4+ [52...Txd6 53.Th8+ Rc7


54.Tc8#]

53.Rc5 Th4 54.d7 Rc7 55.d8D+ Rxd8 56.Td7+ 1-0

Luta de Bispo contra Cavalo - 5

Lilienthal - Bondarevsky [C10]

1.e4 e6 2.d4 d5 3.Cc3 dxe4 4.Cxe4 Cd7 5.Cf3 Ae7 6.Ad3 Cgf6
7.Cxf6+ Axf6 8.0-0 c5 9.c3 cxd4 10.cxd4 0-0 11.Dc2 g6 12.Af4
Cb6 13.Ac7 De7 14.Ae4 Cd5 15.Axd5 exd5 16.Ae5 Af5 17.Axf6
Dxf6 Nesta posição, com peões centrais imobilizados, não há alvos
de ataque para o bispo, ao passo que o cavalo tem liberdade de
manobra. Podemos, pois, classificar a posição como favorável para as
brancas, ainda que deva admitir-se ser tão pequena a vantagem que
tornaria a vitória impossível, se não houvesse a possibilidade de
induzir-se à criação de debilidades na ala da dama do oponente.
18.Db3 Ae4 19.Ce5 com tripla ameaça

19...Db6! 20.Dxb6 axb6 21.Tfc1 Tfc8 22.a3 Af5 23.g4! Ae6


24.h3? as brancas colocam seus peões em casas da mesma cor do
bispo adversário, manobra aqui perfeitamente aceitável, por limitar
os movimentos do bispo. Entretanto, teria sido melhor faze-lo com
24.P3B, porque então, após uma troca de torres por 24....TxT+ ;
25.TxT,T1BD ; 26.TxT+,BxT, as brancas poderiam prosseguir
Position after: imediatamente com P5CR, comprometendo seriamente a posição das
pretas

24...f6 25.Cd3 g5 26.f3 Rf7 27.Rf2 Re7 28.Re3 Rd6? o erro


decisivo. As pretas deveriam ter jogado P4TR seguido de R3D e PxP;
teriam deste modo impedido a penetração da torre branca na ala do

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Curso de Xadrez

rei

29.Txc8! Txc8 30.h4! h6 [30...gxh4 31.Th1 f5 32.g5]

31.hxg5 hxg5 32.Th1 Te8 33.Rd2 Ad7 34.Th6 Tf8 [34...Re6


35.f4! Tg8 36.f5+]

35.Ce1 Re7 36.Cc2 Tf7 37.Ce3 Ae6 38.Rc3 Rd6 39.Rb4 Ad7
40.Cf5+ Rc7 [aqui a tomada do cavalo conduz a derrota 40...Axf5
41.gxf5 Rc6 42.a4! Tf8 43.Th7 Td8 44.Tf7 Td6 45.b3 b5 46.a5 b6
47.a6]

41.a4 Ae6 42.Cg3 Ad7 43.Ch5! f5 44.Cf6! o fim de uma manobra


de sete alnces na qual o cavalo demonstrou sua grande mobilidade.
Agora as pretas não podem evitar a perda de um peão e com ele, da
partida

44...fxg4 45.Cxd5+ Rb8 46.fxg4 Axg4 47.Cxb6 Tf2 48.b3 Ad1


49.d5 Rc7 [49...Tf3 50.d6 Txb3+ 51.Ra5]

50.a5 Td2 51.Th7+ Rb8 52.d6! Td4+ [52...Txd6 53.Th8+ Rc7


54.Tc8#]

53.Rc5 Th4 54.d7 Rc7 55.d8D+ Rxd8 56.Td7+ 1-0

Luta de Bispo contra Cavalo - 6

Smyslov - Rudakovsky [B83]

1.e4 c5 2.Cf3 e6 3.d4 cxd4 4.Cxd4 Cf6 5.Cc3 d6 6.Ae2 Ae7 7.0-
0 0-0 8.Ae3 Cc6 9.f4 Dc7 10.De1 Cxd4 11.Axd4 e5 12.Ae3 Ae6?
[É melhor 12...Ad7 seguido por Bc6]

13.f5 Ac4? [Era essencial tentar aqui 13...Ad7 14.g4 Ac6 15.Af3 d5!?
16.exd5 e4 17.Cxe4 Cxd5 mesmo que no agudo jogo que se segue
tivessem as brancas melhores perspectivas]

14.Axc4 Dxc4 15.Ag5! Um lance posicionalmente decisivo. As pretas


não podem impedir a troca de seu cavalo em f6, com a consequente
possessão de uma forte base de operação em d5 pelas brancas.
Forma-se agora um posição típica, bastante frequente, aonde o cavalo
branco é superior ao bispo, impossibilitando, neste caso, de construir
qualquer espécie de contrajogo ativo até o fim da partida.

15...Tfe8 16.Axf6 Axf6 17.Cd5! As brancas não devem preocupar-


se com a perda de su PBD, porque se 17....DxB; 18.Tf2,Dc4; 19.Tac1,
as pretas não poderão evitar 20.C7b ganhando a qualidade

Position after: 17...Ad8 18.c3 b5 19.b3 Dc5+ 20.Rh1 Tc8 21.Tf3 Rh8 Perdendo
a última oportunidade de reforçar a defesa com P3B. Neste caso as
brancas teriam a escolha entre um ataque à ala do rei com peças
pesadas(22.Th3,a5 - 23.Dh4,h6 - 24.Dg4,Rh8 - 25.Tf1, seguido por
Tc3), e a manobra igualmente boa de abertura da coluna "a" com 22-

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Curso de Xadrez

P4TD. Após o lance do texto, a posição enfraquecida do rei preto


permite uma decisão rápida.

22.f6 gxf6 23.Dh4 Tg8 24.Cxf6 Tg7 25.Tg3 Ameaçando não só


26.Dxh7+!, como também 26.Txg7, Rxg7; 27.Dxh7+!,Rxf6; 28.Tf1+

25...Axf6 26.Dxf6 Tcg8 27.Td1 d5 28.Txg7 Txg7 29.Txd5 Df8


30.Td8 1-0

Os dois bispos

Quase todos os jogadores de xadrez estão familiarizados com o significado deste


conceito. Em milhares de comentários a partidas magistrais, a superioridade do par
de bispos sobre um bispo e um cavalo é mencionada; em muitas partidas sacrifica-
se um peão meramente para assegurar-se o par de bispos; frequentemente
deparamos com a opnião que o par de bispos pode ser considerado uma vantagem
tangivel, independentemente da posição. Nossa tarefa será explicar as razões de tal
vantagem, em que posição é valida e como pode ser bem aproveitada.

Em secção anterior consideramos o caso de um bispo solitário oposto ao cavalo, e


concluimos que em posições desbloqueadas o bispo era, geralmente, a melhor
peça. Tinha, entretanto, um inconveniente - seu confinamento a metade do
tabuleiro. Isso permitia a seu adversário operar livremente, até mesmo com o rei,
nas casas cuja cor era oposta a esse bispo. Quando porém, existe o par de bispos,
esta eventualidade é grandemente diminuida: todos os escaques estão sujeitos a
vigilância e o poder dos bispos, em uma posição desbloqueada, é fator de peso.
Veremos nas próximas lições os exemplos práticos.

Os dois bispos - Parte 2

Nesta partida, o par de bispos atuou com muita simplicidade pelas


diagonais livres, atacando vários pontos da posição inimiga; o bispo em c3
chegou, até, a dirigir suas baterias para dois pontos simultâneos (a5 e g7).

Botvinnik - Euwe [D46]

1.d4 d5 2.c4 e6 3.Cf3 Cf6 4.Cc3 c6 5.e3 Cbd7 6.Ad3 Ab4 7.a3
Aa5 8.Dc2 De7 9.Ad2 dxc4 10.Axc4 e5 11.0-0 0-0 12.Tae1
Ac7 13.Ce4 Cxe4 14.Dxe4 a5 15.Aa2 Cf6 16.Dh4 e4 17.Ce5
Botvinnik tinha terminado de efetuar a forte jogada 17.Ce5,
sacrificando um peão para obter o par de bispos, cuja atividade
contra a ala do rei adversária compensaria a desvantagem material.
As pretas deveriam ter recusado a oferta, por meio de 17...B3R;
18.B1C,B4D com boas possibilidades defensivas, ainda que mesmo
assim as brancas conservassem alguma iniciativa com P3B ou P4B.

17...Axe5? 18.dxe5 Dxe5 19.Ac3 De7 20.f3 Cd5 [20...exf3


21.Ab1 h6 22.Txf3 Cd5 23.Tg3! ganhando; preferivel é 20...Ae6

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Curso de Xadrez

21.fxe4! Axa2 22.Txf6! seguido por 23. Dg5 e as brancas atacam


perigosamente em posição pouco nítida ]

21.Dxe7 Cxe7 22.fxe4 temos agora um interessante final de


partida (ou melhor, um meio-de-jogo sem damas), na qual as
brancas tem peões quebrados, mas forte par de bispos. Importante
aqui é não poderem as pretas, por motivos táticos, propor a troca
de bispos:

Position after: 22...b6? [22...Ae6? 23.Axe6 fxe6 24.Txf8+ Rxf8 25.Tf1+ Rg8
26.Td1 e as pretas não podem evitar a penetração da torre na
sétima fila. A posição da partida já é dificil e a próxima jogada de
Euwe a põe a perder. ; a melhor defesa seria a de ativo contrajogo
22...Ag4 23.Tf4 Ah5 24.g4 Ag6 25.Td1 Tad8 26.Txd8 Txd8 27.Axa5
Td1+]

23.Td1 Cg6 é possivel tivessem as pretas planejado jogar aqui


23...T2T, o que é refutado por 24.TxP

24.Td6 Aa6 25.Tf2 Ab5 26.e5 Ce7 27.e4! c5 28.e6 [muito


melhor do que 28.Txb6 ]

28...f6 29.Txb6 Ac6 30.Txc6 Cxc6 31.e7+ Tf7 32.Ad5 1-0

Os dois bispos - Parte 3

Um uso diferente do par de bispos ocorre aqui, não é seu valor intrinseco que mais
conta, porém a facilidade com que um dos bispos pode ser trocado por uma peça
adversária bem colocada. Em geral, o possuidor do par de bispos se encontra em
melhor situação para forçar tais trocas, do que o jogador com um bispo e um
cavalo, ou dois cavalos; e, frequentemente, basta para ganhar a partida.

Barcza - Pachman [B70]

1.Cf3 c5 2.g3 Cc6 3.d4 cxd4 4.Cxd4 g6 5.Ag2 Ag7 6.Cb3 d6


7.Cc3 Cf6 8.0-0 0-0 9.e4 Ad7 10.Cd5 Cxd5 11.exd5 Ce5 12.Cd4
Db6 13.c3 Tac8 14.h3 Dc5 15.De2 Tfe8 16.Td1 Cc4 17.Ae3
Cxe3 18.Dxe3 Db6 19.Dd2 Tc4 as brancas conseguiram um posto
aparentemente forte para seu cavalo, como compensação pela
concessão do par de bispos ao oponente. As pretas porém,
aproveitam-se dele para mirar a posição do cavalo. A ameaça
imediata é 20...BxC, enfraquecendo os peões brancos e apoderando-
se da coluna "c"

20.b3 Isto enfraquece o PBD, cujo avanço a 4BD será futuramente


necessário, privando o cavalo em d4 de apoio. Entretanto, se 20.Bf1 ,
as pretas dobrariam suas torres com ganho de um tempo: 20....Tc5;
21.Bg2,Td1c

20...Tc7 21.Tac1 a5! melhor do que Te1c. Como as brancas teriam


que jogar c4 a qualquer momento, as pretas preparam-se para forçar
a abertura de uma coluna na ala da dama

22.c4 a4 23.Tb1 Ta8! 24.Af1 [as pretas não temem 24.bxa4 Dc5

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Curso de Xadrez

Position after:
25.Cb5 Tcc8 colocando o PBD perigosamente fraco]

24...axb3 25.axb3 Tcc8 26.De3 as pretas planejavam fortalecer


sua posição com Ta3 seguido por Tca8. As brancas enfraqueceram o
plano preparando-se para trocar damas e concisas de que a
penetração das torres pretas não seria de temer, pois sua unica
debilidade (o PCD) pode ser facilmente defendida.

26...Ta2! 27.Cf5 Dxe3 28.Cxe3 h5 29.Td3 b5 30.cxb5 Axb5


31.Tdd1 Tb8! 32.Cc4 [a primeira oferta de troca. Após 32.Axb5
Txb5 as pretas não teriam dificuldade em explorar a fraqueza de
peões em b3 e d5. Exemplo: 33.Td3 Tba5 34.Cc4 Ta1 35.Txa1 Txa1+
36.Rg2 Rf8 e o rei preto marcha para a ala da dama]

32...Ac3! o bispo busca o posto em c5, de onde poderá atacar o PBR


débil

33.Tbc1 Ab4 34.Ta1 Tba8 35.Txa2 Txa2 36.Tb1 Aa6 o outro


bispo procura por b7, de onde pressionará o PD. As brancas acabarão
por ficar sem defesa satisfatória, pois se 37.Ce3,BxB 38.RxB,Rg2 a
entrada do rei preto é decisiva

37.Tb2 Ta1 38.Tc2 Ab7 39.Ce3 Ac5! a troca do cavalo, com a


perda de um peão no mínimo, não poderá ser evitada por muito mais
tempo. É interessante ver como a primeira ameaça de troca (lance
31) confinou as peças brancas a uma posição passiva, e como
segunda dá o golpe de graça. O par de bispos desempenhou um
papel importante, havendo sua própria ação facilitando uma troca
vital

40.Td2 Axe3 41.fxe3 Aa6 naturalmente ...Tb1 também ganha


42.Tf2 Rg7 43.Rg2 [43.b4 Ac4 44.e4 Ad3]

43...Txf1 44.Txf1 Axf1+ 45.Rxf1 Rf6 46.Re2 Re5 47.Rd3 Rxd5


48.b4 Rc6 49.Rc4 d5+ 50.Rd4 Rd6 0-1

Os dois bispos - Parte 4

Rosenthal - Steinitz [C46]

1.e4 e5 2.Cc3 Cc6 3.Cf3 g6 4.d4 exd4 5.Cxd4 Ag7 6.Ae3 Cge7
7.Ac4 [aqui é forte 7.Dd2 seguido por O-O-O]

7...d6 8.0-0 0-0 9.f4? Ca5! 10.Ad3 d5 11.exd5 [11.e5? c5!


ganhando uma peça]

11...Cxd5 12.Cxd5 Dxd5 13.c3 Td8 14.Dc2 Cc4! 15.Axc4 Dxc4


16.Df2 temos agora uma das típicas posições em que o par de bispos
não tem objetivo direto de ataque; será importante, então, restringir
a mobilidade do cavalo branco. Esta partida tem grande valor
histórico, por ter sido o primeiro exemplo de aproveitamento do
método de Steinitz

16...c5 a primiera base de operação, e a mais importante, é tirada

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Curso de Xadrez

do cavalo

17.Cf3 b6 as brancas, por meio de seu inadequado nono lance (f4),


já haviam reduzido a mobilidade do próprio bispo na ala do rei; as
pretas agora constroem uma cadeia de peões para restringi-la na
outra ala

Position after: 18.Ce5 De6 19.Df3 Aa6 20.Tfe1 f6 21.Cg4 h5 22.Cf2 Df7 cuida
da ameaça 23.f5 e ao mesmo tempo prepara Bb7 atacando o ponto
fraco g2. Torna-se claro agora que as brancas estão em posição
inferior, pois ambas suas peças menores se acham com raio de ação
seriamente reduzido: seu próximo lance, perdendo um peão, piora as
coisas e elimina qualquer possibilidade de defesa

23.f5 g5 24.Tad1 Ab7 25.Dg3 Td5 26.Txd5 Dxd5 27.Td1 Dxf5


28.Dc7 Ad5 29.b3 Te8 30.c4 Af7 31.Ac1 Te2 32.Tf1 Dc2
ameaçando TxC

33.Dg3 Dxa2 34.Db8+ Rh7 35.Dg3 Ag6 36.h4 g4 37.Cd3 Dxb3


38.Dc7 Dxd3 0-1

Táticas

Curso de Tática - 1ª parte

Nosso primeiro tema em estudo será o pseudosacrifício temático Bxf7, seguido da


manobra Cg5 (ou Ce5). O tema é muito comum na prática de torneios - talvez o
mais comum entre todos os temas - , não obstante, apresenta interessantes
complicações, que se forem bem conhecidas podem ser muito úteis. Estudaremos 9
partidas modelos, todas curtas, unicamente com a finalidade de compreender bem
as variações que podem surgir nesse tema. 

A primeira partida de referência mostra o caso mais simples em que o sacrifício


acontece. As 8 partidas subseqüentes mostram casos mais complexos e
comentamos as diferenças em relação ao tema básico.

Azahari,M (2110) - Borigas,E [B23]


World Cities Jakarta (9), 1997

Vejamos agora o tema básico: 1.e4 c5 2.Cc3 d6 3.Ac4 a6 4.d3 g6


5.f4 Ag7 6.Cf3 Ag4?? aqui se produz o tema básico: as Brancas
possuem um Bispo situado na diagonal 'a2-g8' e um Cavalo em 'f3',
enquanto as Pretas possuem uma peça sem proteção na diagonal 'd1-
h5'. Isso gera o tema: 7.Axf7++- e as Brancas ganham pelo menos
um Peão e conseguem posição muito superior, devido às fraquezas em
'e6', 'd5'. 1-0

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Curso de Xadrez

Position after:

Curso de Tática - 2ª parte

Melão Jr.,H (2175) - Sr. Jacó [C30]


Centro Cultural (4 às cegas) São Paulo, 1996
[Comentarista: H. Melão Jr.]

1.e4 e5 2.f4 as Brancas começam a pressionar sobre o ponto 'e5', e


toda a partida gira em torno disso, terminando drasticamente, devido
a um erro tático das Pretas...

2...Ac5 com isso as Pretas defendem indiretamente o Peão de 'e5'.


[2...Cc6!?; 2...d6!?; 2...Cf6!?; 2...exf4! considera-se atualmente que
essa seja a melhor réplica contra o Gambito do Rei, todavia, é
possível que seja mais uma questão de 'modismo' do que
propriamente um fato, pois a Teoria de Aberturas está
constantemente evoluindo. Por exemplo, no século passado
considerava-se que 2...d5! (Contra-gambito Falkbeer) era a melhor
réplica, mas hoje essa alternativa caiu em desuso, sendo quase
considerada como uma variante inferior.; 2...d5!?; 2...Dh4+!? 3.g3
De7]

3.Cf3 Ao mesmo tempo em que desenvolve uma peça,


centralizando-a, também evita 'Dh4' e aumenta a pressão sobre o
ponto 'e5'. [em caso de 3.fxe5?? seguiria 3...Dh4+ 4.g3 Dxe4+
Position after:
ganhando a Torre de 'h1'. A Dama preta fica perigosamente fora de
jogo, mas com um jogo correto as Pretas conseguem libertá-la e
vencer, devido à vantagem material.]

3...d6 mais uma vez defende indiretamente o ponto 'e5'. [3...Cc6?


4.fxe5 Cxe5 5.Cxe5 Dh4+ 6.g3 Dxe4+ 7.De2 Dxh1 8.Cg6+± a
diferença é que nesse caso as Brancas comeriam um Cavalo em 'e5',
em vez de um Peão.]

4.Ac4 [novamente não serve 4.fxe5 em vista a 4...dxe5 5.Cxe5


Dh4+ 6.g3 Dxe4+ 7.De2 Dxh1 8.Cg6+ Ae6 9.Cxh8 Cf6µ e o Cavalo
branco de 'h8' não consegue escapar, de modo que cedo ou tarde
será capturado.; 4.c3!?; 4.Cc3]

4...Ag4? aparentemente as Pretas defenderam indiretamente o Peão


'e5', por ter cravado o Cavalo de 'f3', que era um dos atacantes
desse Peão. Porém, não levaram em conta um importante detalhe
tático. [4...Cc6; 4...Cd7; 4...Cf6]

5.fxe5 [5.Axf7+?? Rxf7 6.Cg5+ Dxg5-+]

5...dxe5 6.Axf7+ com isso as Brancas ganham um Peão e,


conseqüentemente, a partida.

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Curso de Xadrez

6...Rf8 [6...Rxf7 7.Cxe5+ Re8 8.Dxg4+-]

7.Cc3 Não há pressa em retirar o Bispo de 'f7', pois ele continua não
podendo ser capturado. Portanto, a melhor conduta é prosseguir
normalmente desenvolvendo as peças. [7.d3!?]

7...c6 8.d3 Df6 9.Ab3+- *

Curso de Tática - 3ª parte

(3) Vittorato,G - Melão Jr.,H (2175) [C50]


Grêmio de Xadrez Belém São Paulo, 1996
[Comentarista: H. Melão Jr.]

1.e4 e5 2.Cc3 Cc6 3.Cf3 Ac5 4.Ac4 [4.Cxe5!? Cxe5 5.d4]

4...d6 5.d3 Ag4!? [5...Cf6; 5...f5? 6.Cg5 Ch6 7.Dh5+ +-]

6.Axf7+? [6.h3]

6...Rxf7 7.Cg5+ Dxg5! 8.Axg5 [8.f3 Dh4+ 9.g3 Df6-+]

8...Axd1 9.Txd1 Cd4 10.Rd2 Ab4-+

0-1

Position after:

Curso de Tática - 4ª parte

(4) Barbosa,A - Melão Jr.,H (2175) [C51]


Relâmpago 5' São Paulo, 1997
[Comentarista: H. Melão Jr.]

1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Ac4 Ac5 4.b4 Ab6 5.c3 d6 6.0-0 Ag4!?
[6...Cf6; 6...Cge7; 6...f5!?; 6...Df6]

7.d4? [7.d3; 7.a4!]

7...Cxd4! A idéia é ganhar a Torre de 'a1' ou forçar as Brancas a


entregarem uma peça (Cc3) para salvar a Torre. O resultado
líquido é o ganho de pelo menos um Peão. [7...exd4!?]

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Curso de Xadrez

8.cxd4 [8.Cbd2!?]

8...Axd4 9.Axf7+!?

[9.h3

A) 9...h5? 10.hxg4! hxg4


Position after:
A1) 11.Cxd4 Dh4 12.f3 g3 13.Axf7+! Rxf7 (13...Rd8 14.Ag5+!
Dxg5 15.Ce6++-; 13...Rf8 14.Ce6+ Rxf7 15.Cg5+ Rf8 16.Ch3+-;
13...Re7 14.Cf5++-) 14.Db3+ Re8 15.De6+ Ce7 16.Dh3 exd4
17.Dxh4 Txh4 18.Ag5 Th5 19.Af4±;

A2) 11.Cg5! 11...Ch6 12.Db3!

A2a) 12...Axa1 13.Axf7+ Rd7 14.De6+ Rc6 15.Dc4+ Rd7 16.Ce6!


Dc8 (16...Df6 17.Dxc7#) 17.Cxc7! Dxc7 18.Ae6+ Rd8 19.Ag5++-;

A2b) 12...Df6 13.Cc3±;

B) 9...Axf3 10.Dxf3 Df6-+; 9.Cxd4 Axd1 10.Cf5 Ag4! (10...Ac2?


11.Cc3; 10...Aa4 11.Cc3 Ac6 12.Cxg7+ Rf8 13.Cf5) ]

9...Rxf7 10.Cg5+ nesse caso as Brancas não perdem uma peça


com Cg5, devido a um detalhe tático que veremos logo a seguir.
[10.Cc3 Cf6 (10...Axc3 11.Db3+ Re8 12.Dxc3 Cf6) ]

10...Dxg5! 11.Db3+? perdendo uma peça... [o correto seria


11.Dxd4! exd4 12.Axg5 c5]

11...Ae6-+ [11...Ae6 12.Dxe6+ Rxe6 13.Axg5 Axa1-+] 0-1

Curso de Tática - 5ª parte

Elson,J - Ware,P [B01]


USA-04.Congress Philadelphia (1), 1876
[Comentarista: H. Melão Jr.]

1.e4 d5 2.exd5 Dxd5 3.Cc3 Dd8 4.Ac4 c6 5.Cf3 Ag4?? 6.Axf7+


+-

[Aqui surge um novo tema de golpe tático: 6.Ce5! e as Pretas não


podem comer a Dama... Trata-se de um tema semelhante ao "Mate
de Legal", ao qual deve-se estar sempre atento, pois costuma
acontecer com certa freqüência. 6...Ae6 (6...Axd1? 7.Axf7#) 7.Axe6
fxe6 8.Dh5+ g6 9.Cxg6 Cf6 10.Dh3 Tg8 11.Cxf8 Txf8 12.Dxe6+-]

6...Rd7?? 7.Ce5+ 1-0

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Curso de Xadrez

Position after:

Curso de Tática - 6ª parte

Elson,J - Ware,P [B01]


USA-04.Congress Philadelphia (1), 1876
[Comentarista: H. Melão Jr.]

1.e4 d5 2.exd5 Dxd5 3.Cc3 Dd8 4.Ac4 c6 5.Cf3 Ag4?? 6.Axf7+


+-

[Aqui surge um novo tema de golpe tático: 6.Ce5! e as Pretas não


podem comer a Dama... Trata-se de um tema semelhante ao "Mate
de Legal", ao qual deve-se estar sempre atento, pois costuma
acontecer com certa freqüência. 6...Ae6 (6...Axd1? 7.Axf7#) 7.Axe6
fxe6 8.Dh5+ g6 9.Cxg6 Cf6 10.Dh3 Tg8 11.Cxf8 Txf8 12.Dxe6+-]

6...Rd7?? 7.Ce5+ 1-0

Position after:

Curso de Tática - 7ª parte

Albin,A - Lee,F [B01]


New York New York (11), 1893
[Comentarista: H. Melão Jr.]

1.e4 d5 2.exd5 Dxd5 3.Cc3 Dd8 4.d4 c6 5.Ac4 Cf6 6.Cf3


Ag4?? 7.Axf7+

[7.Ce5?! nesse caso o sacrifício de Dama não seria tão eficiente,


pois o Cavalo de 'f6' evita a penetração da Dama branca em 'h5'.
No caso anterior, o lance Ce5 ganhava dois Pões, mas nesse caso
não ganha nenhum... 7...Ae6 8.Axe6 fxe6 9.0-0±] 7...Rxf7
8.Ce5+

Rg8 9.Cxg4+- 1-0

Position after:

Curso de Tática - 8ª parte

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Curso de Xadrez

[Comentarista: H. Melão Jr.]

1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Ac4 Ac5 4.d3 d6 5.Cc3 Ag4 6.Ae3 Ab6
7.De2

[7.Axf7+? Rxf7 8.Cg5+ Dxg5!-+; 7.0-0 Cd4!?]

7...Cge7? [7...Cd4!?; 7...Cf6; 7...f5?! 8.h3!]

8.Axf7++- 1-0

Position after:

Curso de Tática - 9ª parte

Bird,H - Lasker,E [C21]


Newcastle Temesvar, 1892
[Comentarista: H. Melão Jr.]

1.e4 e5 2.d4 exd4 3.c3 dxc3 4.Ac4

O Gambito Danês confere às Brancas uma nítida vantagem no


desenvolvimento, em troca de dois Peões.

4...cxb2 5.Axb2 Dg5?! depois desse único lance displicente, a


posição das Pretas desmorona por completo... E fica claro que nem
mesmo o Campeão do Mundo está isento dos castigos que podem
resultar do "crime" de negligenciar o desenvolvimento durante a
abertura, e ainda por cima perder tempos com lances prematuros de
Dama! [O Xadrez Básico recomenda 5...d5! 6.Axd5 (6.exd5!?)
6...Cf6! 7.Axf7+! Rxf7 8.Dxd8 Ab4+ 9.Dd2 Axd2+ 10.Cxd2= A
posição talvez seja microscopicamente favorável às Pretas, devido ao
fato de terem maioria 3x1 e minoria de 2x4. Na prática, porém, os
resultados devem tender ao empate.]

6.Cf3! As Brancas não dispõem de meios satisfatórios para defender


Position after: o Peão de 'g2', e nem precisam disso! As Brancas jogam pelo melhor
desenvolvimento, enquanto as Pretas perdem tempos com lances
prematuros de Dama e com a captura de Peões.

6...Dxg2 7.Tg1 Ab4+? Lasker provavelmente apostou suas chances


nesse lance, sem prever a brilhante resposta das Brancas, que decide
imediatamente a partida... [¹7...Dh3 em 'h3' a Dama ficaria exposta
ao duplo com o Cavalo 'g5', todavia, ainda assim seria preferível ao
lance do texto. 8.Axf7+ (8.Txg7!?) 8...Re7 (8...Rxf7?? 9.Cg5++-;
8...Rd8 9.Txg7+-) 9.Cc3+- com explêndido desenvolvimento, as
Brancas não teriam dificuldades em castigar o Rei preto,
perigosamente situado em 'e7', entorpecendo o desenvolvimento de

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Curso de Xadrez

suas demais peças.]

8.Re2!! Com exceção da TD e do CD, todas as outras peças brancas


colaboram entre si, inclusive o Rei, que passa a defender o Cavalo de
'f3', deixando a Dama branca livre para desempenhar outras funções.
As Pretas, por sua vez, estão com a Dama perigosamente exposta e
em situação inevitavelmente perdida...

8...Dh3 9.Axf7+ [9.Axg7+-]

9...Rd8 10.Axg7 Ce7? 11.Cg5! ganhando a Dama!

11...Dh4? 12.Ce6# mate! 1-0

Movimentos  
CLASSIFICAÇÃO DOS LANCES
Lance Descrição Resposta
Ataque Aquele que cria uma situação de perigo ao adversário. Defesa ou Contra-ataque
Defesa Estabelece uma proteção, uma defesa para o lado que a
realiza.
Ataque ou preparação de
ataque
Neutra Por exclusão, não é nem de ataque nem de defesa.
Exemplo: lances de desenvolvimento de peças.
Ataque ou preparação de
ataque
Errônea Aquele que propicia ao adversário uma vantagem
imediata ou a médio prazo.
Aproveitamento do erro
CONDUÇÃO DA PARTIDA
1. Razões dos lances
Tenha sempre ao menos um objetivo para o próprio lance. Lances sem objetivo
são inúteis e podem ocasionar perdas de tempo ou derrota.
O lance do adversário deve ser analisado cuidadosamente, procurando
descobrir-lhe as intenções. Não procedendo desta maneira, há o risco de perda de material
ou derrota.
Procure debilitar a posição inimiga e aproveite-se dela com um ataque direto de
mate
2. Desenvolvimento lógico
Desenvolva suas peças para casas, onde aumentam sua potencialidade
agressiva, sem entorpecer a saída das demais.
3. Lances iniciais
Na fase da abertura, os lances devem visar o desenvolvimento lógico das peças
e a fiscalização das casas centrais. Tire as peças de suas desfavoráveis posições iniciais,
ampliando seu raio de ação, e por conseqüência, a capacidade de luta, ou seja, desenvolva
suas peças. Tenha em vista as casas centrais do tabuleiro: e4, e5, d4, d5.
Antes de executar seu lance, deve o enxadrista procurar responder
afirmativamente às perguntas “O lance atende ao desenvolvimento?” e “O lance tem ação
no centro do tabuleiro?”. Estes são os objetivos dos lances inicias.

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Curso de Xadrez

4. Nomes das aberturas


De acordo com a posição estabelecida após alguns lances iniciais, são
denominadas as aberturas. O importante não é decorar os nomes, nem os lances, mas ter em
mente seu plano e deduzir logicamente a seqüência.
5. Lances de Peões
Durante a abertura, procure jogar os Peões d e e, para permitir entre outros
objetivos, a saída dos Bispos.
Além destes, nas aberturas jogue apenas c3 quando sua idéia for apoiar um
futuro d4.
Afora esses, os outros Peões constituem, via de regra, perda de tempo, e,
somente devem ser feitos, após o completo desenvolvimento das peças.
Se d4 é fácil para as Brancas, para as Negras, ... d5 não o é. Quase sempre o
Peão d negro vai a d6, após a saída do Bispo do Rei. Porém, sempre que possível, ... d5 é
um bom lance, pois elimina, pela troca, o Peão e branco.
6. Casas para os Cavalos
Para as Brancas, c3 e f3; para as Negras, c6 e f6. Normalmente em h3, o Cavalo
permanece inativo.
7. Casas para os Bispos
a) Bispo do Rei: em sua diagonal, o Bispo encontra sua melhor casa em c4 ou
b5, neste último caso, quando existe um Cavalo em c6. Nas posições restringidas, quando o
avanço d3 antecede a saída do Bispo Rei, ele limita-se a ocupar a casa e2.
b) Bispo da Dama: de acordo com a posição, as melhores casas para o Bispo
branco são g5, cravando o Cavalo de f6, em b2, a3. Já o Bispo negro, geralmente se
posiciona em e6 ou d7, ou quando possível em g4, cravando o Cavalo de f3.
8. Casas para a Dama
Freqüentemente atua em sua coluna e nas diagonais d1-h5 e d1-a4. Quando se
lança diretamente ao ataque, suas casas boas são g4 e h5. Na casa e2 geralmente tira
proveito da coluna e aberta. Pode ser eficaz também em d4 ou em b3.
Nas partidas do Peão do Rei, as Negras tem dificuldade de jogar com sua
Dama. Suas casas de escolha são as casas da primeira e segunda horizontais pretas, como
d8, d7, e7, c7, etc.
Não saia prematuramente com a Dama para não se expor a um ataque de peça
de menor valor, que a obrigaria a mover-se novamente, perdendo tempo.
9. Casas para o Rei
O roque pequeno permite colocar o Rei na casa segura g1, onde se põe a salvo
de ataques inimigos. É sua casa ideal, onde goza de ampla segurança. Caso não se efetue o
roque, facilitará o ataque inimigo. Se o roque não tiver a proteção de suas peças, pode
sofrer um ataque fatal.
10. Casas para as Torres
As casas iniciais das colunas abertas.
11. Reforço de um ataque com as Torres
Após o desenvolvimento dos Cavalos, dos Bispos e mesmo da Dama, o jogador
necessita do reforço das Torres, para prosseguir num ataque, uma vez que essas peças são
as últimas a entrar em combate. Um dos meios é avançar o Peão f e abrir esta coluna. A
ocupação de colunas abertas são caminhos para a 7ª horizontal, onde se realizam os golpes
táticos.
12. Como tirar proveito das Torres?
a) Abrindo colunas para elas;
b) Fazendo-as agir nas colunas já abertas;
c) Instalando-as na 7ª horizontal e
d) Conduzindo-as a importantes colunas de ataque, utilizando como via de
acesso, uma coluna aberta.

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Curso de Xadrez

13. A importância do avanço d4 (ou d5 para o Negro)


a) Para as Brancas, além de facilitar o desenvolvimento, visa, pela troca,
eliminar o Peão e inimigo, resultando uma posição em que apenas as Brancas dispõem de
um Peão central, deixando o adversário com inferioridade no centro.
b) Para as Negras, é igualmente eficiente por quebrar o centro branco. Sempre
que o Negro consegue jogar impunemente ... d5, nas partidas do Peão do Rei, conseguem,
ao menos, igualdade.
14. Roque
“Rocar o mais cedo possível e de preferência, o roque pequeno”. O roque
coloca o Rei em segurança e permite jogo à torre companheira. Mas o roque não deve ser
enfraquecido, pois seria acessível a ataque.
Se mantiver o roque íntegro, não terá preocupações com a segurança de seu
Rei. Caso contrário, se permitir a destruição do escudo real, sucumbirá por deixar o
monarca desprotegido.
Impeça que seu adversário faça o roque.
15. Desenvolvimento e Centro
O lado que tem maior mobilidade de peças (conseqüência do melhor
desenvolvimento e domínio central) domina o tabuleiro.
16. Desenvolvimento acelerado de peças
A vantagem real em xadrez decorre do número de peças ativas.
As peças valem pelo que fazem.
Desenvolva todas as peças rapidamente, mesmo que à custa de sacrifício de
Peões. O tempo gasto pelo adversário, ao capturar com uma peça já desenvolvida, um
nosso Peão, será por nós aproveitado no desenvolvimento de mais uma peça.
17. Geral
Tenha sempre em mente durante a partida os seguintes ítens:
os ataques diretos e indiretos
defesas diretas e indiretas (contra-ataques)
eficiência dos lances com mais de um objetivo
debilidade da casa f7
a força de um Cavalo em e6
a força de dois Bispos no ataque
lances enérgicos, de iniciativa
exploração de peças cravadas
o clima de tensão central das aberturas
etc.
Historia
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
ESCOLA ANTIGA
O ponto débil que a configuração inicial das peças oferece, é a casa f7, o setor
de cada lado, que mais generosamente se oferece aos planos agressivos do adversário. E o
Peão que se instala nessa casa, é fraco, pois conta apenas com o magro apoio de seu Rei.
A primitiva idéia que ocorreu aos primeiros estudiosos do xadrez (séc. XVI em
diante), foi o ataque direto a essa casa, conhecidamente fraca.
Todas as combinações, planos, ciladas dos enxadristas antigos, estavam
orientados em direção a este ponto, onde procuravam acumular o maior número de peças
atacantes.
A) MATE PASTOR
a)
1 e4 e5 2 Dh5
Ameaçando o Peão e5
2 ... Cc6 3 Bc4 d6 4 Df7++ (1-0).

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Curso de Xadrez

Refutação: 3 ... g6! 4 Df3 (novamente ameaçando mate com Df7++) Cf6, seguido de ...
Bg7 e ...
0-0 e as Negras tem melhor jogo.
b)
1 e4 e5 2 Bc4 Cc6 3 Df3 d6 4 Df7++ (1-0).
Refutação: 3 ... Cf6!, e as Negras estão bem.
O melhor é, após 1 e4 e5 2 Bc4 jogar logo 2 ... Cf6, evitando as ameaças de
mate.
B) MATE LEGAL
1 e4 e5 2 Bc4 d6? 3 Cf3 g6 4 Cc3 Bg4 5 Ce5!
Entregando a Dama.
5 ... Bd1 6 Bf7+ Be7 7 Cd5++ (1-0)
Refutação: consiste em jogar de acordo com os princípios gerais de desenvolvimento e
domínio do centro, ou seja 2 ... Cf6. Na variante principal, ao invés de 5 ... Bd1?, o Negro
pode jogar 5 ... de5, e não existe mais o Mate Legal.
C) ATAQUE GRECO
1 e4 e5 2 Cf3 Cc6 3 Bc4 Bc5 4 c3 Cf6 5 d4 ed4 6 cd4 Bb4+ 7 Cc3 Ce4 8 0-0 Cc3 9 bc3
Bc3 10 Db3 Ba1 11 Bf7+ Rf8 12 Bg5 Ce7 13 Ce5! d5 14 Df3 Bf5 15 Be6! g6 16 Bh6+
Re8 17 Bf7++ (1-0)
Refutação: 9 ... d5! e desaparece o Ataque Greco.
D) ATAQUE FEGATELLO
1 e4 e5 2 Cf3 Cc6 3 Bc4 Cf6
Defesa dos 2 Cavalos
4 Cg5
É esta uma abertura típica da escola antiga de xadrez, em que o ataque direto contra o Rei
era o objetivo único de todas as idéias estratégicas.
As Negras desenvolveram normalmente suas peças e, aparentemente, nenhuma razão
assiste às Brancas para pretenderem tirar proveito da abertura.
Com 4 Cg5, como que aspiram as Brancas a realizar uma expedição punitiva ao adversário,
visando a casa fraca f7, onde já atua o Bispo branco.
O lance 4 Cg5 transgride um princípio de desenvolvimento que proíbe jogar a mesma peça
duas vezes na abertura, e outro princípio de ordem estratégica, que veda, igualmente, os
ataques prematuros, sem o desenvolvimento de peças.
Mas, paradoxalmente, 4 Cg5 não pode ser considerada errônea, ao contrário, exige grande
atenção.
Como as Negras defenderão seu Peão de f7 atacado duplamente? Não existe uma proteção
direta de outra peça (exemplo: 4 ... De7 5 Cf7, e as Negras não podem retomar com a
Dama, por causa da defesa que o Cavalo tem de seu Bispo de c4).
O único lance que procura obstruir a ação do Bispo branco sobre a casa f7 é 4 ... d5!,
permitindo também o desenvolvimento do Bispo da Dama negro.
Após 5 ed4, o lance lógico negro, para que não percam um Peão é 5 ... Cd5. As Brancas
continuam com 6 Cf7!, entregando o Cavalo e especulando a debilidade da posição negra e
na força que irá ter, agora, o Bispo f4 branco, cravando o Cd5 negro.
4 ... d5 5 ed5 Cd5 6 Cf7!
Inicia-se o famoso Ataque Fegatello.
O Cavalo ataca a Dama e a Torre do Rei. A resposta negra é forçada:
6 ... Rf7 7 Df3+
Atacando também o Cavalo d5 inimigo.
7 ... Re6
Novamente forçada e resulta numa posição muito comprometida para o Rei negro.
8 Cc3
Atacando mais uma vez o Cavalo d5.

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Curso de Xadrez

Um exemplo do que pode acontecer é:


8 ... Ce7 9 d4 c6 10 Bg5 Rd7 11 de5 Re8 12 0-0-0 Be6 13 Cd5 Bd5 14 Td5! cd5 15 Bb5+
(+ -)
Refutação:
a) O Ataque Fegatello tem dado margem a muita controvérsia. Aparece, como sua
refutação, em vez de 8 ... Ce7, erro que deu grande prestígio ao Ataque, o lance 8 ... Ccb4!
e após 9 De4 c6 10 a3 Ca6 11 d4 Cc7 12 Bf4 Rf7 13 Be5, as Brancas possuem um ataque
poderoso, mas as Pretas têm excelentes possibilidades.
Teoricamente o Fegatello pode ser contestado, mas, praticamente é jogável, pelas
possibilidades de ataque que proporciona, beneficiando, via de regra, as Brancas.
b) O melhor é evita-lo, o que se consegue com o lance 5 ... Ca5! em vez de jogar 5 ... Cd5.
Com este lance, as Negras jogam uma espécie de gambito, entregando um Peão para
conseguir rápido desenvolvimento de peças e ataque ao Rei inimigo. Um exemplo é, após 5
... Ca5, 6 d3 h6 7 Cf3 e4! 8 De2 Cc4 9 dc4 Bc5, etc.
Ao estudar a Defesa dos 2 Cavalos, você pode encontrar outros exemplos de ataque.
O Ataque Fegatello é um produto da influência que os mestres italianos de xadrez
exerceram na época do Renascimento. O nome Fegatello vem do italiano “fégato”, que
quer dizer fígado. O ataque visaria o ponto mais vital do inimigo (f7), como era o fígado, na
época, para o organismo humano.
Este ataque e todas as demais continuações, que têm em mira o ataque direto ao Rei
inimigo, atacando o Peão f7, são muito interessantes, exigindo do jogador das Negras
respostas precisas e arte na defesa.
Os jogadores da chamada escola antiga de xadrez confiavam no êxito dos ataques diretos ao
Rei. O objetivo da partida seria o ataque frontal ao monarca inimigo, estando, assim,
justificados todos os sacrifícios de peças, que tivessem, por finalidade, eliminar o Rei
contrário.
ESCOLA MODERNA
Com a evolução do xadrez, com a experiência e o aperfeiçoamento da técnica
defensiva, ficou provado que os meios diretos não são suficientes para ganhar uma partida e
que deve-se antes debilitar a posição inimiga, por meio de manobras estratégicas de grande
alcance, as quais, minam, solapam todos os setores da luta.
Essas idéias foram alardeadas pela escola moderna de xadrez, cujo pioneiro foi
o grande mestre Steinitz.
Atualmente o ataque frontal é considerado como o complemento lógico de uma
estratégia bem definida, que objetiva enfraquecer, num primeiro tempo, a posição
adversária.
As combinações, os sacrifícios brilhantes de peças, os ataques fulminantes ao
Rei inimigo, devem surgir como uma conseqüência lógica de uma conduta inteligente, que
conseguiu tornar débil o inimigo.
O êxito do ataque final, nessas condições, é assim, absoluto.
Antigamente, atirava-se à luta, de frente, sem pensar no resultado, confiando
apenas na habilidade do espírito ofensivo e na surpresa do ataque prematuro. As partidas
eram orientadas por uma tendência bárbara de luta, primitiva.
Na atualidade, os desejos regicidas não são tão fundamentais. Há um trabalho
prévio de solapamento.
O principiante é, por instinto, um adepto da escola antiga de xadrez.
A explicação é fácil, visto que o ataque ao Rei é, em essência, o motivo mesmo
da partida. Seus objetivos e suas intenções são quase evidentes, daí os principiantes
aprenderem, facilmente, essa parte do jogo.
Quem se inicia em xadrez embarca freqüentemente, em combinações de ataque
direto ao adversário, sem preparativos necessários, isto é, o desenvolvimento de peças e o
real controle do centro. Tais procedimentos, armas de dois gumes, são errôneos e,

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Curso de Xadrez

invariavelmente, conduzem à derrota, quando são empregados contra jogadores


experientes.
O principiante deve ter em mente esses fatos em suas partidas. Lembrar sempre
que, como foi demonstrado por Steinitz, antes de dirigir uma ação direta ao Rei adversário,
deve ter obtido alguma vantagem que a justifique.
Dita vantagem pode manifestar-se por duas formas fundamentais:
a) Superioridade material, isto é, mobilização de maior quantidade de forças,
ou
b) Superioridade dinâmica, ou seja, melhor colocação das peças.
Outra coisa que o principiante deve levar em consideração: quando iniciar um
ataque direto contra o Rei adversário, é lembrar que não é necessário ganhar a partida por
esse meio. Não há, como diz Max Euwe, “necessidade de queimar as naves para este fim.
Essas táticas são filhas do desespero. Um ataque bem planejado não é um desespero, mas
uma conseqüência lógica na cadeia de idéias estratégicas e, geralmente, produz como saldo

uma vantagem duradoura, que se explora com um tranqüilo e paciente jogo de posição”.

Aberturas
Centro, Desenvolvimento e Perda de Tempo

Chamamos de centro as casas ao redor do ponto geométrico central do tabuleiro,


ou seja: D4,D5,E4 e E5.

Desenvolvimento é o avanço estratégico das peças até o limite. O procedimento é


parecido ao do inicio de uma guerra. Ambos os exércitos tratam de alcançar o
limite o quanto antes, com o propósito de avançar, se possivel, no território
inimigo.

O movimento de peões não desenvolvimento. São jogadas auxiliares ao


desenvolvimento.

Deve-se ter em mente que, se fosse possivel,  o ideal seria o desenvolvimento sem
jogadas de peões, pois estes não são elementos agressivos. Porém, um
desenvolvimento sem peões é irrealizavel, porque o centro de peões inimigos
afastaria nossas peças desenvolvidas.

O fracasso de um desenvolvimento sem peões pode ser explicado nessas jogadas:


1.C3BR, C3BD ; 2.P3R

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Curso de Xadrez

Como o peão não realizou seu máximo avanço, consideramos que o


desenvolvimento das brancas não contam com peões 2 ...,P4R ;
3.C3B,C3B ; 4.B4B,P4D 5.B3C

Perda de tempo! as brancas movem duas vezes a mesma peça.

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Curso de Xadrez

5. ...,P5D e as brancas se encontram numa posição incomoda.

Em concordância com a regra, as jogadas de peões são permitidas quando


tendem a ocupar o centro ou estão em concordância lógica com este,

A vantagem de tempo no desenvolvimento.

A posição do diagrama abaixo é um típico exemplo de perda de tempo no


desenvolvimento. Após: 1.P4R,P4D ; 2.PxP,DxP ; 3.C3BD e as negras são
obrigadas a mover a dama, jogando duas vezes a mesma peça!

Outro exemplo:

Depois de 1.P4R,P4R ; 2.P4BR,C3BR ; 3.PxP,CxP

 
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Curso de Xadrez

Lance obrigatório para não perder um peão sem compensação! 4.C3BR


(para evitar D5T+), C3BD ; 5.P3D (complemento lógico da jogada PxP), C4B
; 6.P4D, C5R ; 7.P5D,

As brancas depois de 7. ...,C1C tem a possibilidade de ganhar novos tempos


com 8.B3D ou 8.C2D.

Defesa Nimzowitch

Esta lição propõe o estudo básico da defesa Nimzowitch.

Defesa Nimzowitch [E34]

Esta defesa é uma linha de combate: não somente evita P4R como possibilita
chance de contrajogo. 1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Cc3 Bb4

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Curso de Xadrez

As brancas dispõe de 5 continuações

4.Dc2

Variante Capablanca - a idéia é defender o CD e, caso a pretas joguem BxC+,


retomar a peça com a Dama para não enfraquecer os Peões da ala da Dama, o que
sucederia após ...,BxC; PxB. As Brancas, com 4.D2B, aspiram, ainda, a conservar o
par de bispos.

4.Db3

Intimamente ligada a variante anterior. As pretas dispõe de duas linhas principais


defensivas 4...Cc6 (a melhor) (4...c5 5.dxc5 Cc6 6.Cf3 Ce4 7.Bd2 Cxc5 8.Dc2 f5
9.g3! 0-0 10.Bg2 d6 11.Td1 e5 12.a3 Bxc3 13.Bxc3+- As brancas tem
superioridade pois conservam os dois bispos e o PD preto é uma fraqueza) 5.Cf3 a5
6.a3 a4 As pretas entram na variante Zurich com um tempo a mais 7.Dc2 Bxc3+

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Curso de Xadrez

8.Dxc3;

4.a3

Variante Saemisch - Enfraquece a estrutura dos peões da ala da Dama, em troca de


um forte centro e um ataque na ala do Rei. As Pretas, porém, tem boas
possibilidades defensivas 4...Bxc3+ 5.bxc3 c5 (5...d6 a idéia é um ataque ao PBD
inimigo 6.f3 c5 7.e4 Cc6 8.Be3 b6 9.Bd3 e5 10.Ce2 Ca5 11.0-0 Ba6 12.Cg3 Dd7)
6.f3 d5! 7.e3 0-0 8.cxd5 Cxd5! 9.Bd2 Cc6 10.Bd3 cxd4 11.cxd4 e5! 12.dxe5 Cxe5
13.Be4 Cc4 as pretas desmantelaram o centro branco e tem agora boa partida;

4.e3

Variante Rubinstein - Intimamente relacionada com a variante Saemisch.


Frequentemente uma transpõe noutra. A idéia é desenvolver rapidamente a ala do
Rei e jogar para um ataque. 4...d5 Permitindo duas continuações diferentes A)
5.Bd3 0-0 6.Cge2 c5 7.0-0 (7.a3 dxc4! 8.Bxc4 cxd4! 9.exd4 Bd7) 7...Cc6 8.cxd5
exd5 9.dxc5 Bxc5 10.a3 Be6 11.b4 e as brancas tem bom jogo; B) 5.a3 5...Bxc3+
6.bxc3 c5 7.cxd5 exd5 (7...Dxd5!) 8.Bd3 0-0 9.Ce2 b6 10.0-0 Ba6 11.Bxa6 Cxa6

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Curso de Xadrez

12.Dd3! Dc8 13.f3 ameaçando P4R com um forte ataque;

4.Cf3

Permitindo igualdade fácil às pretas 4...b6 5.e3 Bb7 6.Bd3 Ce4 7.Dc2 f5 8.0-0 Bxc3
9.bxc3 0-0 10.Ce1 d6 11.f3 Cf6 12.e4 fxe4 13.fxe4 e5= com igualdade] 4...d5 As
pretas procuram igualdade com as trocas [4...Cc6 Variante Zurich - O objetivo da
variante é jogar ...,P4R, e construir um ataque na ala do Rei. As Brancas, por seu
lado, conservam o par de Bispos e possibilidades de ataque na ala da Dama 5.Cf3
d6 6.a3 Bxc3+ 7.Dxc3 0-0 8.b4 Te8! 9.e3 e5 10.dxe5 dxe5 11.Be2 com igualdade]
5.cxd5 Dxd5 6.e3 [6.Cf3 c5 7.Bd2 Bxc3 8.Bxc3 cxd4 9.Cxd4 e5 10.Cf3 Cc6
11.Td1 Dc5 apesar das brancas conservarem os dois bispos as pretas não tem
dificuldades] 6...c5 7.a3 Bxc3+! 8.bxc3 0-0 9.Cf3 cxd4! 10.cxd4 b6 11.Bc4
Dd6= com igualdade *

Defesa Escandinava [B01]

1.P4R, P4D

  Defesa Escandinava [B01]

1.e4 d5 2.exd5

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2...Dxd5 [2...Cf6
Position after:
A) as brancas podem continuar com a vantagem do peão 3.Bb5+

3...Bd7 4.Bc4 Bg4 (4...b5 5.Bb3 Bg4 6.Cf3 Cxd5 7.Cc3 Cxc3 8.Ce5! Dd4 9.Dxg4
Dxe5+ 10.Rf1 De2+ 11.Dxe2 Cxe2 12.Rxe2 e vantagem para as brancas) 5.f3 Bf5
6.Cc3 (6.g4 Bc8 7.Cc3 Cbd7 8.g5 Cb6 9.Bb5+ Cfd7 10.f4 com vantagem para as
brancas) 6...Cbd7 7.De2 Cb6 8.Bb3 Dd7 9.d6! Dxd6 (9...cxd6 10.a4 a5 11.d3 d5
12.Cb5 vantagem das negras ) 10.Cb5 Dd7 11.De5 0-0-0 12.Cxa7+ Rb8 13.Cb5
vantagem das negras;

B) não é conveniente 3.c4

3...c6 4.dxc6 Cxc6 5.d3 e5 6.Be2 Bc5 7.Cf3 Cg4 8.0-0 Db6 9.De1 Cb4 e as negras
tem um contrataque excelente em troca de um peão;

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Curso de Xadrez

C) 3.d4 3...Cxd5 4.c4 ativa a posição das brancas (4.Cf3 Bg4 5.c4)

C1) 4...Cb4

5.a3 C4c6 6.d5 Ce5 7.Cf3 Cxf3+ 8.Dxf3;

C2) 4...Cb6

5.Cf3 Bg4 (5...g6 6.Be3 Bg7 7.Cc3 0-0 8.Dd2 Cc6 9.h3 Te8 10.0-0-0 e5 11.d5 Ca5
12.b3 e4 13.Ce1 com uma posição complicada) 6.c5 Bxf3 (6...Cd5 7.Db3 Bxf3
8.Dxb7 com vantagem material para as brancas; 6...C6d7 7.Db3 Cc6 8.d5!) 7.Dxf3
Cd5 8.Db3 b6 9.Bg5 Dd7 10.Cc3 e6 11.Cxd5 Dxd5 12.Dxd5 exd5 13.c6!;

C3) 4...Cf6 5.Cf3 Bg4 (5...g6 6.Cc3 Bg7 7.h3 0-0 8.Be3 Cbd7 9.Dd2) 6.Be2 (6.Db3
igualmete prosseguivel) 6...e6 7.Be3 Be7 8.Cc3]

3.Cc3 Da5

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[3...Dd8 4.d4 g6 5.Bc4 Bg7 6.Cf3 Ch6 7.Bxh6 Bxh6 8.h4 para 9.P5T]

4.d4 Cf6

[4...e5 oferecendo as brancas um ótimo final 5.Cf3! Bb4 6.Bd2 Bg4 7.Be2 exd4
8.Cxd4 De5 9.Ccb5! Bxe2 10.Dxe2 Bxd2+ 11.Rxd2 Dxe2+ 12.Rxe2 Ca6 13.The1]

5.Cf3 Bg4

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[5...Bf5 6.Ce5! c6 7.g4!; 5...Cc6 6.Bb5!]

6.h3 Bh5

[6...Bxf3 7.Dxf3 c6 8.Bd2 Cbd7 9.0-0-0 com posição superior para as brancas]

7.g4 Bg6 8.Ce5 c6 9.h4!

a superioridade das brancas não oferece dúvida 9...Cbd7 [9...Ce4 10.Bd2] 10.Cc4

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10...Dc7 11.h5 Be4 12.Cxe4 Cxe4 13.Df3 *

¿ ESTA EN CRISIS EL SISTEMA SIMAGIN DE LA DEFENSA HOLANDESA ?


(ECO A96)

Una sorprendente rápida victoria obtuvo el GMI holandés Loek Van Wely sobre el
fuerte maestro catalán Lluis Comas Fabrega refutando una de las principales
variantes del sistema "Simagin" de la defensa holandesa.

La partida se definió prácticamente en la apertura y ha generado una crisis teórica.


Probablemente la opinión generalizada de muchos expertos, deberá reveerse de
inmediato.

Pamplona 1998
Blancas: Loek Van Wely
Negras: Lluis Comas Fabrega

1. d4 e6 2. c4 f5 3. g3 Cf6 4. Ag2 Ae7 5. Cf3 d6 6. O-O O-O 7. Cc3

7..a5

( Introducida y analizada por el inolvidable gran maestro moscovita Vladimir


Simagin en la década de los años cuarenta.
Las negras intentan limitar la expansión de los peones blancos del flaco dama y
refuerzan el control sobre la casilla "b4" eventualmente importante dentro de
ciertas complicaciones tácticas. El GMI danés Bent Larsen calificó de "extraña" esta
jugada que él mismo realizó jugando contra Reshevsky en Santa Mónica 1966.
Adujo razones "psicológicas" justificando su elección circunstancial.
El deseaba mejorar el juego de las negras que en descrédito había caído luego de
una partida entre Ilivitski-Pachman Praga 1956. )

8. Te1 ! ( Una buena alternativa para las blancas realzada además por el presente
encuentro. )

8..Ce4 9. Dc2

9..Cc6 ( Según Larsen, las negras tienen mal juego si no sacrifican el peón.

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Curso de Xadrez

Por ejemplo luego de 9..Cxc3 10.bxc3 etc. )

10. Cxe4 Cb4 11. Db1 fxe4 12. Dxe4 e5 DIAGRAMA

13. dxe5! ( La teória considera 13.g4 como la continuación más fuerte para las
blancas y existen muchos ejemplos prácticos que lo confirmaban hasta el presente.

Bent Larsen en 1966 manisfesto que "13.dxe5 no era mencionada en los libros y
que no parecía ser prometedora para las blancas aunque al menos dos peones por
la calidad le otorgaría". En cambio el programa Fritz considera "que las blancas
obtienen una clara ventaja". Probablemente Van Wely tuvo en cuenta los cálculos
de Fritz y sometió la posición a un estudio minucioso durante su preparación.
El holandés sabía que Comas jugaba esta variante con frecuencia.)

13..Af5 14. Dxb7 Tb8 15. Da7

15..Cc2 DIAGRAMA

( En la partida Angelov-Gabrilakis Bulgaria-Grecia 1973, las negras jugaron 15..c5 y


luego.. ¡ atraparon la dama blanca.. !.

Según Fritz, las blancas tienen en ese caso una ventaja decisiva jugando 16.exd6
Axd6 17.Ag5! etc.)

16. Ad2 ( No parece mala la sugerencia de Fritz 16.Cd4!?. Si 16..Cxe1 17.Cc6 De8
18.Dxc7 Cxe1 19.Cxe7+ con ventaja blanca ganadora. La jugada textual es
igualmente buena y la supremacia blanca es indiscutible.)

16.. dxe5 17. Ac3 e4 18. Tad1 Dc8 19. Cd4 Ta8 20. Cc6 Ad6 21. Txd6 Txa7 22.
Ce7+ Rh8 23. Cxc8 Axc8 y las negras abandonaron.

Comas estaba acosado por el reloj y desmoralizado. ( 1-0 )

Les advierto a los lectores que no tomen estas notas como "un hecho definitivo".
Quizá todavía no está dicha la última palabra al respecto.
Mi consejo es, que los interesados deben buscar por si mismo "la luz" dentro de las
"obscuras" marañas tácticas que abundan en este sistema. ¡ Sean flexibles..!

MATERIAL DE ESTUDIO

Los comentarios de B.Larsen fueron extractados del libro "Second Piatigorsky Cup "

(Santa Mónica 1966) editado por Isaac Kashdan (Dover editión 1977)

Praga 1956

Iliwitzki, G.- Pachman, L

1. d4 f5 2. g3 Cf6 3. Ag2 e6 4. Cf3 Ae7 5. O-O O-O 6. c4 d6 7. Cc3 a5 8. Te1 Ce4


9. Dc2 Cc6 10. Cxe4 Cb4 11. Db1 fxe4 12. Dxe4 e5 13. g4 Ae6 14. a3 Ca6 15.Ae3
Axc4 16. dxe5 d5 17. Dc2 c5 18. Tad1 a4 19. Cd2 Ab5 20. Ce4 d4 21. b4 Ah4 22.
Ac1 cxb4 23. axb4 De7 24. Txd4 Ac6 25. Tf1 Dxe5 26. Ab2 a3 27. Db3+ Rh8
28.Dxa3 De6 29. Dc3 Tf7 30. g5 Tc7 31. Dd3 Ae8 32. b5 1-0

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Curso de Xadrez

Santa Monica 1966.

Reshevsky, S.- Larsen, B

1. d4 f5 2. g3 Cf6 3. Ag2 e6 4. Cf3 Ae7 5. O-O O-O 6. c4 d6 7. Cc3 a5 8. Te1 Ce4


9. Dc2 Cc6 10. Cxe4 Cb4 11. Db1 fxe4 12. Dxe4 e5 13. g4 exd4 14. Cxd4 Ah4 15.
Ae3 Te8 16. Df4 Rf8 17. De4 Te8 18. Df4 Tf8 19. De4 1/2-1/2

Una grave omisión táctica del teórico GMI Ludek Pachman

"Confiar pero verificar" era el permanente consejo que el ex-campeón mundial


Tigran Petrosian solía darle a todos los estudiosos del ajedrez.
Nadie está a salvo de cometer errores ánaliticos, incluído también los más eruditos.
La presente nota ratificará nuevamente su vigencia.

Estaba revisando en mi biblioteca los antecedentes teóricos de una inusual variante


que pocas horas antes se me había presentado en el tablero por tercera vez,
cuándo de pronto hallé un error de "grueso calibre" en uno de los ánalisis
efectuados por el laureado teórico Ludek Pachman en su libro "III Defensa Siciliana"
(Ediciones Martinez Roca S.A -Colecciones Escaques 1990- (Pachman (c) 1988),
página 325 ).

Veamos la posición que surge luego de las siguientes jugadas:


1.e4 c5 2.Cc3 Cc6 3.g3 g6 4.Ag2 Ag7 5.d3 d6 6.Ae3 b5!?

( Un sacrificio de peón que genera un juego complicado en un terreno poco


explorado de la teoría de las aperturas. Las negras inician un ataque en el flanco
dama sin efectuar preparaciones previas. Resulta natural el deseo del blanco de
intentar una refutación directa
mediante el avance 7.e5!? explotando la activa presencia del alfil en "g2".

Contra 6.Ae3, Pachman propuso 6..e5 ! aduciendo "que seguramente es la mejor


respuesta". Entre otras posibilidades citó 6..b5! "con la intención de que si 7.e5
Cxe5 8.Axa8 Ag4 9.Af3 Cxf3 10.Cxf3 Axc3+ 11.bxc3 Da8 etc.)".

Mi asombro se produjo al ver la primera jugada ofrecida por Pachman para las
negras, es decir en la variante 7.e5!? Cxe5 ?? ( los signos son de mi autoría y me
sentí seguro de mis cálculos "en vivo" en los cuáles descarté absolutamente esta
posibilidad ) 8.Axa8! Ag4

9. Ac6+! en vez de 9.Af3?? sugerida por Pachman.


Evidentemente el jaque intermedio 9.Ac6+! pasó totalmente desapercibido a la
atención del afamado analista.
9..Rf8 ( Si 9..Cxc6 10.Dxg4 etc.)
10.f3 y las negras no tienen suficiente compensación por la torre sacrificada.
Puede deducirse que 7..Cxe5 ?? es un tremendo disparate.
Correctas son las alternativas 7..Ab7 o 7..Dd7

ECOS DE LA ARENA

El maetro holandés Sybolt Strating me jugó en tres oportunidades la variante 6..b5.

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Curso de Xadrez

Pérez Garcia,H - Strating,S [B26]


Enschede (4) Semi Final Campeonato de Holanda 1996

1.e4 c5 2.Cc3 Cc6 3.g3 g6 4.Ag2 Ag7 5.d3 d6 6.Ae3 b5 7.e5 Ab7 8.exd6 exd6
9.Cge2 ?! ( Rehusando "el presente griego" pero tal vez dudosa. )
9..Cge7 ?! ( Me parece más fuerte 9..b4 )
10.d4 Cf5 11.dxc5 Cxe3 12.fxe3 dxc5 13.Dxd8+ Cxd8 14.Axb7 Cxb7 15.Cxb5 Axb2
16.Td1 Ae5 17.Td5 ( Con ligera ventaja blanca. )

Pérez Garcia,H - Strating,S


Wijk aan Zee III Wijk aan Zee III (9), 1999

1.e4 c5 2.Cc3 Cc6 3.g3 g6 4.Ag2 Ag7 5.d3 d6 6.Ae3 b5 7.e5 Ab7 8.exd6 exd6
9.Cge2 b4 10.Ce4 Cf6! ( Fuerte jugada que le otorga a las negras un excelente
juego. )
11.Cxf6+ Dxf6 12.0-0 0-0 13.c3 Tab8 ( Con iniciativa negra. )

Pérez Garcia,H - Strating,S [B26]


Heerhugowaard ( Ajedrez Activo 25 minutos por jugador ) (3), 1999

1.e4 c5 2.Cc3 Cc6 3.g3 g6 4.Ag2 Ag7 5.d3 d6 6.Ae3 b5 7.e5 Ab7 8.exd6 exd6
9.Cxb5 Cge7 10.Ce2 0-0 11.Cbc3 Db6 12.0-0 Ce5 13.f3 Ac6 14.Tb1 Cf5 15.Af4
15..Tfe8 ( Las negras tienen cierta compensación posicional por el peón sacrificado.
)

No creo haber encontrado "el talón de Aquiles" en la estrategia de las negras y por
lo tanto sigo buscando un nuevo antidoto contra 6..b5!?.

Para poder extraer mejores concluciones teóricas recomiendo ánalizar


detenidamente las partidas disputadas por los grandes maestros.
Para completar esta nota les adjunto tres encuentros importantes acaecidos en los
años ochenta y que componen el inicio de la "discusión magistral".

MATERIAL COMPLEMENTARIO

Ljubojevic Lubomir - Miles Anthony J [B26/01]


Londres P&D (7), 1982
1.e4 c5 2.Cc3 Cc6 3.g3 g6 4.Ag2 Ag7 5.d3 d6 6.Ae3 b5 7.e5 Ab7 8.exd6 exd6
9.Cxb5 Cge7 10.Cc3 Db6 11.Tb1 Ce5 12.Cf3 Cxf3+ 13.Axf3 Axc3+ 14.bxc3 Axf3
15.Dxf3 Dxb1+ 16.Rd2 Db8 17.Tb1 Dd8 18.Ag5 f6 19.Axf6 0-0 20.Tb7 Tc8 21.Txa7
Tc7 22.Ta6 Dd7 23.g4 De6 24.g5 Cd5 25.Dg3 Te8 0-1

Ljubojevic Lubomir - Miles Anthony J [B26/01]


Plovdiv ETC (7), 1983
1.e4 c5 2.Cc3 Cc6 3.g3 g6 4.Ag2 Ag7 5.d3 d6 6.Ae3 b5 7.e5 Dd7 8.Cf3 Ch6 9.exd6
exd6 10.Ce4 Cf5 11.Ag5 0-0 12.0-0 f6 13.Ac1 Ab7 14.Ah3 Tae8 15.Ch4 Cce7
16.Cxf5 Cxf5 17.Af4 Dc6 18.f3 Td8 19.c3 Ce7 20.Te1 Cd5 21.Ad2 f5 22.Cg5 Cc7
23.Ag2 Tfe8 24.Dc2 h6 25.Ch3 g5 26.Rh1 Ce6 27.Te2 g4 28.Cg1 Cg5 29.Axg5 hxg5

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Curso de Xadrez

30.Tae1 Rf7 31.Dd2 Txe2 32.Txe2 Te8 33.Txe8 Dxe8 34.Dxg5 De6 35.h3 b4
36.hxg4 fxg4 37.Dxg4 Dxg4 38.fxg4 bxc3 39.bxc3 Ac8 40.c4 Axg4 41.Af3 Af5
42.Ae2 Re6 ½-½

Romanishin,Oleg - Torre,Eugenio [B26/10]


Indonesia, 1983

1.e4 c5 2.Cc3 Cc6 3.g3 g6 4.Ag2 Ag7 5.d3 d6 6.Ae3 b5 7.e5 Dd7 8.exd6 exd6
9.Cge2 Cge7 10.d4 b4 11.Ce4 0-0 12.Ah6 c4 13.Axg7 Rxg7 14.d5 Ce5 15.f4 Cg4
16.h3 Ch6 17.g4 f5 18.Dd4+ Rg8 19.Cf6+ Txf6 20.Dxf6 fxg4 21.De6+ Dxe6
22.dxe6 d5 23.Cd4 Tb8 24.0-0-0 Tb6 25.The1 Rg7 26.Te5 Ab7 27.Tde1 Td6 28.Tg5
gxh3 29.Axh3 Td8 30.Tg3 Rf6 31.Rd2 Td6 32.a3 c3+ 33.bxc3 bxa3 34.Ta1 Ta6
35.Af1 Ta4 36.Ab5 Ta5 37.Ad3 a2 38.Th3 Rg7 39.Cb3 Ta3 40.Tah1 Ceg8 41.Ta1
Cg4 42.f5 g5 43.Cd4 C4f6 44.e7 Rf7 45.Cb5 1-0

Novidade na linha 20 da B66

Nueva Evaluacion Linea20


B66 [B66]
2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 c5 2.Cf3 d6 3.d4 cxd4


4.Cxd4 Cf6 5.Cc3 Cc6 6.Ag5
e6 7.Dd2 a6 8.0-0-0 h6
9.Ae3 Ad7 10.f4 b5 11.Ad3
Dc7 12.Rb1 Ca5 13.De1 Cc4
14.Ac1 b4 15.Cce2 a5 16.h3
e5 17.Cf5 g6 18.Cxd6+ Axd6
19.Axc4 Dxc4 20.Txd6 Ae6
21.b3 Dc5 22.fxe5 Cxe4
23.Cf4 [64/206] 23...Cxd6
24.Cxe6 fxe6 25.exd6 Rd7
26.De4 Dd5 27.Dxg6
Rxd6~~ [ECO B, 1997]
28.Af4+! Rc6[] [ 28...Rd7
29.Df7+ Rc6 30.Te1 e5
31.Df6+ Dd6 32.Dxd6+ Rxd6
33.Axe5+ Rd5 34.Axh8+- ;
28...Rc5 29.Te1+/- ] 29.Te1
The8[] [ 29...Tae8 30.Te5
Dd1+ ( 30...Thg8 31.Dh5+- )
31.Ac1-> ] 30.Dxh6 Tac8 [
30...a4 31.Dg7© ->] 31.g4©
[Da Costa Junior] *

Novidade na B03

Novidade Teorica na -
Defesa Alekhine B03
Linea11 [B03]
2000

Página | 84
Curso de Xadrez

[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 Cf6 2.e5 Cd5 3.d4 d6


4.c4 Cb6 5.f4 dxe5 6.fxe5
Cc6 7.Ae3 Af5 8.Cc3 e6 9.Cf3
Ae7 10.d5 exd5 11.cxd5 Cb4
12.Cd4 Ad7 13.e6 [ 13.Db3 c5
14.dxc6 bxc6 15.0-0-0 (
15.Td1!? - 29/158) 15...Dc7
16.e6 fxe6 17.Cxe6 De5
18.Txd7 [Con juego incierto,
ECO B, 1997] 18...Rxd7!
[Amenaza el caballo blanco en
e6 y el alfil blanco en e3]
19.Axb6[] De1+ 20.Dd1+ (
20.Cd1 axb6-+ ) 20...Dxd1+
21.Rxd1 ( 21.Cxd1 axb6-+ )
21...axb6 22.Ac4 ( 22.Cxg7
Cxa2-+ ) 22...Af6-+ ]
13...fxe6 14.dxe6 Ac6
15.Dg4 Ah4+ 16.g3 Axh1
17.0-0-0 Df6 18.gxh4 0-0
19.Ab5 [ 19.Ae2= - 21/119]
19...De5 20.Ah6 [ 20.Ag5 c5
21.e7 cxd4 22.exf8D+ Txf8
23.Txh1 h6! 24.Td1 ( 24.Axh6
dxc3-/+ ; 24.Ad2 dxc3 25.Ac4+
Cxc4 26.Dxc4+ Rh8 27.bxc3
Cc6-/+ ; 24.De2 Dxe2 25.Cxe2
hxg5 26.a3 a6 27.axb4 axb5
28.hxg5 d3=/+ ) 24...hxg5
25.Dxd4 Cxa2+! 26.Cxa2 Dxb5
27.Cc3 Df5 28.hxg5 Dxg5+=/+
_|_] 20...c5 21.Tg1 g6! [
21...cxd4 - 27/159] 22.Axf8 [
22.Txh1 cxd4 23.Axf8 Txf8 (
23...Cxa2+ 24.Cxa2 Dxb5
25.e7! Dc6+ 26.Rd2 Cc4+
27.Re2[] Ce5[] 28.Dxd4! Dg2+
( 28...Df3+ 29.Rd2 Dg2+
30.Re3 Df3+ 31.Rd2= ) 29.Re3
Df3+ 30.Rd2 Dg2+ 31.Re3= )
24.e7 Te8!! - 24...Re8!!; 22.e7
Dxe7 ( 22...Tf2 23.De6+ Dxe6
24.Cxe6 Ac6 25.Axc6 Cxc6
26.Cc7 Cxe7 27.Cxa8 Cxa8
28.Td1~~ ) 23.Axf8 ( 23.Cf5
De5 24.Axf8 Txf8 25.Ch6+ Rg7
26.Txh1 Tf2-/+ ) 23...Txf8
24.De6+ Tf7 25.Dxe7 Txe7
26.Cf5 Te6 27.h5 ( 27.Txh1
gxf5=/+ _|_) 27...Ac6=/+ _|_]
22...Txf8 23.Cc2!? [ 23.Txh1
cxd4 24.e7 ( 24.Td1? Tc8! ;
24.De4? Cxa2+ 25.Rc2 Tf2+
26.Rb3 Txb2+ 27.Ra3 Dxb5!
28.Cxb5 Cc4+ 29.Ra4 Tb4# )

Página | 85
Curso de Xadrez

24...Te8!! 25.Td1 ( 25.Axe8


De3+ 26.Rd1[] ( 26.Rb1 Dd3+
27.Ra1 Cc2+ 28.Rb1 Ca3+
29.Ra1 Db1+ 30.Txb1 Cc2# )
26...dxc3 27.Af7+ ( 27.bxc3
Dd3+ 28.Re1 Cc2+ 29.Rf2
De3+ 30.Rf1 De1+ 31.Rg2
Dxe7-+ ) 27...Rg7! 28.bxc3 (
28.e8C+ Rxf7 29.Cd6+ (
29.Tf1+ Rxe8! 30.Te1? c2# )
29...Rg8 30.bxc3 Dd3+ 31.Re1
Cc2+ ( 31...Dxc3+ ) 32.Rf2
De3+ 33.Rf1 De1+ 34.Rg2
Dd2+ 35.Rh3 Dxd6-+ )
28...Dd3+ 29.Re1 Cc2+ 30.Rf2
De3+ 31.Rg2 Dxe7-+ )
25...Txe7 ( 25...dxc3 26.Dxb4 (
26.Axe8? De3+! ) 26...cxb2+
27.Dxb2 Dxb2+ 28.Rxb2
Txe7-/+ _|_) 26.Dxd4 Cxa2+!
27.Cxa2 Dxb5-/+ _|_; 23.e7
Dxe7 24.De6+ ( 24.Txh1 De3+
25.Rb1 cxd4-/+ ) 24...Tf7
25.Dxe7 Txe7 26.Cf5 Te6 27.h5
( 27.Txh1 gxf5=/+ _|_)
27...Ac6=/+ _|_] 23...Cxc2 [
23...Tf2 24.Cxb4 cxb4 25.Dxb4
Tf4 26.e7! Txb4 ( 26...De3+
27.Rc2 Txb4 28.e8D+ Dxe8
29.Axe8 Ae4+ 30.Rc1 Af5
31.h5= ) 27.e8D+ Dxe8
28.Axe8 Af3 29.Tf1= ]
24.De2!? [ 24.Rxc2 Af3!? (
24...Dxh2+ 25.Rc1! /\ e7;
24...Ad5 25.e7!? ( 25.De2
Dxe2+ 26.Axe2 Axe6=/+ )
25...Dxe7 26.Cxd5 Cxd5 27.Ac4
De5 28.Dg2! Df5+ 29.Rb3[]
Rh8[] 30.Dxd5 ( 30.Axd5?
Dd3+ 31.Ra4 Tf4+-+ ; 30.Tf1
Cf4 31.Dxb7~~ ) 30...b5!
31.Dxf5 bxc4+ 32.Rxc4 Txf5~~
_|_; 24...Tf2+ 25.Rb1 /\
25...Qxh2 26.e7 ; /\ 25...Nd5
26.Qg3) 25.Dg5 Dxe6 26.h5 (
26.Dxc5? Tc8! ) 26...Ae4+
27.Rc1 Af5 28.hxg6 hxg6=/+ /\
29.h4? a6!; 24.Dg3 Dxe6 25.h5
Cd4 26.hxg6 Dxg6=/+ ; 24.Dg5
Dxe6 25.Rxc2 Ae4+ 26.Rc1
Af3=/+ /\ 27.Qxc5? Rc8!]
24...Dxe2 25.Cxe2 Ac6!?
26.Axc6 bxc6 27.Rxc2 Tf6=/
+ _|_ [Da Costa Junior] *

Ataque Perenyi na B99


Página | 86
Curso de Xadrez

Ataque Perenyi en la B99


[B99]
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 c5 2.Cf3 d6 3.d4 cxd4


4.Cxd4 Cf6 5.Cc3 a6 6.Ag5
e6 7.f4 Ae7 8.Df3 Dc7 9.0-0-
0 Cbd7 10.g4 b5 11.Axf6
Cxf6 12.g5 Cd7 13.f5 Cc5
14.f6 gxf6 15.gxf6 Af8
16.Tg1 [Ataque Perenyi]
16...Ad7 17.Tg7 Axg7
18.fxg7 Tg8 19.e5 0-0-0
20.exd6 Db7 21.Dxf7 b4
22.Cce2 [ 22.Cb1!? /^ f1-a6]
22...Dd5 23.Cb3 [ 23.Df2!? ]
23...Cxb3+ 24.axb3 Dg5+
25.Rb1 Txg7 26.Df2 [ 26.Df3
Rb8[] 27.Cd4!? Da5~~ (
27...a5 28.Ah3!? ) ] 26...Ab5
27.Ah3!? [ 27.Cf4 Tf7
28.Axb5= - 41/298 ( 28.Td4 e5
29.Td5! ( 29.Ah3+ Rb8 30.Td5
Tg8!! ( 30...Txf4?? - 45/304;
30...Df6 31.Dc5 exf4 32.Tf5
Dxd6 33.Dxd6+ Txd6 34.Txf7
Td1+ 35.Ra2 Td2 36.Txf4 Txc2
37.Tf8+ Rc7 38.Tf7+ Rd6= )
31.Ra2 ( 31.d7 Dg1+ 32.Dxg1
Txg1+ 33.Ra2 Axd7-+ ; 31.Ag2
Dd8! 32.Txe5 Txg2 33.Dxg2
Txf4-+ ; 31.Txb5+ axb5-+ ;
31.Db6+ Tb7-+ ) 31...Dxf4
32.Dc5 ( 32.Db6+ Tb7-+ )
32...Df2 33.Ae6 Dxc5 34.Txc5
Tfg7 35.Axg8 Txg8 36.Txe5
Tg6-+ ) 29...Axf1[] 30.Dc5+ (
30.Db6 Tb7!? ) 30...Rb7 31.Ce6
Dh4 32.Cxd8+ ( 32.Txe5 Tdd7
33.Dd5+ Rb6! ( 33...Ra7??
34.Cd4+- ->) 34.Dc5+ Rb7= )
32...Dxd8 33.Dxb4+ ( 33.Txe5
Td7 34.Dxb4+ Db6 ( 34...Ra7
35.De4© ) 35.De4+ Dc6
36.Db4+ Db6= ) 33...Ra8
34.Txe5 ( 34.De4 Tb7~~ )
34...Ab5~~ ) ] 27...De5
28.Cf4 Txd6 29.Te1 Dd4 [
29...Df6 30.Dc5+ Tc6
31.Dxb4+/= ] 30.Dxd4 Txd4
31.Cxe6 Th4 [ 31...Ad7
32.Cxd4 Axh3 33.c3+/= ]
32.Cxg7+ Txh3 33.Te4 Txh2
34.Txb4 h5© [Da Costa
Junior] *

Novidade na linha 3 da C99


Página | 87
Curso de Xadrez

Nueva Evaluacion Linea 3


C99 [C99]
2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Ab5 a6


4.Aa4 Cf6 5.0-0 Ae7 6.Te1
b5 7.Ab3 d6 8.c3 0-0 9.h3
Ca5 10.Ac2 c5 11.d4 Dc7
12.Cbd2 cxd4 13.cxd4 Ab7
14.d5 Tac8 15.Ad3 Cd7
16.Cf1 f5 17.exf5 Axd5
18.Cg5 Axg5 19.Axg5 Aa8
20.Cg3 d5 21.Tc1 Dd6~~
[ECO C, 1997] 22.Txc8! Txc8
23.Dg4!? Tf8 [ 23...e4 24.f6!
->] 24.Ch5 Tf7 25.f6! -> [Da
Costa Junior] *

Novidade na linha 7 da C99

Nueva Evaluacion Linea 7


C99 [C99]
2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Ab5 a6


4.Aa4 Cf6 5.0-0 Ae7 6.Te1
b5 7.Ab3 d6 8.c3 0-0 9.h3
Ca5 10.Ac2 c5 11.d4 Dc7
12.Cbd2 cxd4 13.cxd4 Ab7
14.Cf1 Tac8 15.Ab1 exd4
16.Cg3 Tfe8 17.Af4 Cc4
18.Dxd4 Cd7 19.Ag5 Af8
20.Cf5 Cc5 21.Ac1 Ce6
22.Dc3 Dd8 23.Ch2 Rh8
24.Cg4 Ce5 25.Dd2 Cxg4~~
[ECO C, 1997] 26.hxg4 Cc5!
27.f3 [ 27.Dd4 d5=/+ @;
27.Df4 d5=/+ @; 27.Cg3 d5=/
+ @] 27...d5 28.exd5 [ 28.e5
Cd7=/+ @; 28.b4 Ca4=/+ @]
28...Txe1+ [ 28...Axd5!?=/+ ]
29.Dxe1 Dxd5=/+ @ [Da
Costa Junior] *

Novidade na linha 14 da C93

Página | 88
Curso de Xadrez

Nueva Evaluacion Linea14


C93 [C93]
2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Ab5 a6


4.Aa4 Cf6 5.0-0 Ae7 6.Te1
b5 7.Ab3 d6 8.c3 0-0 9.h3 h6
10.d4 Te8 11.Cbd2 Af8 12.a3
Ab7 13.Ac2 Cb8 14.b4 Cbd7
15.Ab2 c5 16.bxc5 exd4
17.cxd4 dxc5 18.Tc1 Tc8
19.Ab1 Ch5 20.e5 Cf4
21.Ce4 c4 22.Dd2 Cg6
23.Cc3 Cb6 24.e6 Axf3
25.gxf3 [ 25.Axg6 fxg6 26.gxf3
Tc6! ( 26...Cd5~~ (ECO C,
1997)) 27.d5 ( 27.Tcd1 Tcxe6
28.Txe6 Txe6 29.d5 Td6-/+ )
27...Tcxe6! 28.Txe6 Txe6
29.Td1 Td6-/+ ] 25...Ch4
26.exf7+ Rxf7~~ [ECO C,
1997] 27.Df4+ [ 27.Txe8
Cxf3+ 28.Rg2 Cxd2 29.Txd8
Txd8-+ ; 27.Te3? Dg5+-+ ]
27...Df6 28.Dxf6+ [ 28.Te4
Cxf3+-/+ ] 28...gxf6! 29.Txe8
[ 29.Ae4 f5-+ ; 29.Te3 f5-/+ ;
29.Ted1 Cxf3+-/+ ]
29...Txe8=/+ _|_ [Da Costa
Junior] *

Interessante idéia na def. Escandinava B01

Interesante Idea en la -
Defensa Escandinava [B01]
2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 d5 2.exd5 Cf6 3.d4


Cxd5 4.c4 Cb6 5.Cf3 g6
6.Cc3 Ag7 7.h3 0-0 8.Ae3
Cc6 9.Dd2 e5 10.d5 Ce7
11.g4 e4 12.Cxe4 f5 13.Cc5
fxg4 14.Cg5 Cf5 15.Cce6
Axe6 16.Cxe6 Df6 17.hxg4
Cxe3 18.fxe3 Df3 19.Tg1
Tae8 20.De2 De4 21.0-0-0
Cxc4~~ [ECO B, 1997]
22.Dxc4 Dxe3+ 23.Rb1 Dxg1
24.d6! [ 24.Cxf8 Db6!? ]
24...Dh2! [ 24...Tf7? 25.d7! ;
24...Rh8? 25.Cxf8 Df2 (
25...Txf8 26.dxc7+- ; 25...Axf8
26.dxc7+- ) 26.Cxg6+ hxg6
27.Ae2+- ; 24...Db6? 25.Cxg7+

Página | 89
Curso de Xadrez

Rxg7 26.Dc3+ Rh6[] 27.dxc7!


Dc6 ( 27...Df6 28.g5+!© ->)
28.g5+!© ->] 25.Cxf8+ Rxf8
26.Ae2! De5! 27.Tf1+ Af6
28.Db5! Rg7 [ 28...c5 29.Dxb7
Dxe2 30.Txf6+ Rg8 31.Df7+
Rh8 32.Tf1 De4+! 33.Rc1
De3+!= ] 29.g5! Axg5 [
29...Dxb2+ 30.Dxb2 Axb2
31.Ac4!+/- ] 30.Dd7+ Rh8
31.dxc7 Dxe2 32.Dd4+ Rg8
33.Dd5+ Rh8 [ 33...Rg7
34.Dd4+ ( 34.Df7+? Rh8! )
34...Rg8 ( 34...Te5? 35.Td1! )
35.Dd5+ Rg7= ] 34.Dd4+
Rg8= [Da Costa Junior] *

Novidade teórica na C12

Novedad Teorica en la C12


[C12]
2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 e6 2.d4 d5 3.Cc3 Cf6


4.Ad3 Ab4 5.Ag5 dxe4
6.Axe4 c5 7.Cf3 [ 7.Cge2 cxd4
8.Cxd4 ( 8.Axf6 Dxf6 9.Dxd4
Dxd4 10.Cxd4 Cd7= Keres)
8...Axc3+ 9.bxc3 Da5 10.Axf6
Dxc3+ 11.Dd2 Dxd2+ 12.Rxd2
gxf6 13.Tab1! - 13.Tab1!]
7...cxd4 8.Cxd4 Axc3+
9.bxc3 Da5 10.Axf6 Dxc3+
11.Dd2 Dxd2+ [ 11...Dxa1+?
12.Re2 Dxh1 ( 12...Dxa2
13.Cxe6 Da6+ 14.Rd1 Db6
15.Cxg7+ Rf8 16.Dh6+- ;
12...Db2 13.Axg7 Tg8 14.Dh6
con ataque) 13.Cxe6! (1-0
Brask - Gustafsson, Attleboro
1943) 13...Ad7 14.Cxg7+ Rf8
15.Dd6+ ( 15.Ce6+ fxe6
16.Dd6+ Rg8 17.Dg3+ Rf7
18.Dg7+ Re8 19.De7# )
15...Rg8 16.Ce6 Ab5+ 17.Rf3
Ae2+ 18.Rxe2 1-0 Shishkin -
Gelbak, San Petersburgo 1889]
12.Rxd2 gxf6 13.Tab1! [
13.Cb5 Ca6 14.Cd6+ Re7
15.Cxc8+ Taxc8 16.Axb7 Tcd8+
con mejor final para las negras
como en Honfi - Lengyel,
Budapeste 1957] 13...Ca6!
[con la idea de Cc5] 14.The1 [

Página | 90
Curso de Xadrez

14.Axb7? Axb7 15.Txb7 0-0-


0!-/+ ; 14.Thd1 f5 15.Af3 (
15.Axb7? Axb7 16.Txb7 0-0-
0!-/+ ) 15...e5 16.Cb5 Re7
17.Re1© por la ventaja en el
desarrollo] 14...Cc5 15.Af3 e5
16.Tb5 Ce6!? [ 16...Ca4
17.Tb4 Cc5 ( 17...Cb6 18.a4!? )
18.Tb5= ; 16...Ca6 17.Rc3©
por la ventaja en el desarrollo,
con la idea de seguir con
18.Tbb1 y 19.Cb5] 17.Cxe6
fxe6 18.Teb1 Tg8 19.Axb7 [
19.g3 Tg7!? (con la idea de
Tb8), nuevamente no es posible
20.Axb7?? por 20...Axb7
21.Txb7 Txb7 22.Txb7 0-0-0+!
-+] 19...Axb7 20.Txb7 Txg2
21.Txh7 0-0-0+!? 22.Re2
Td7 23.Txd7 Rxd7 24.Tb7+
Rc6 25.Txa7 Txh2 26.a4
Th3~~ Un interesante final de
torres que merece un amplio
analisis y donde las negras
amenazan empatar con Tc3 y
Tf3 atacando los peones de c2 y
f2 [Da Costa Junior] *

Interessante idéia na linha 4 da B11

Interesantes Ideas Linea4


B11 [B11]
2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 c6 2.Cc3 d5 3.Cf3 Ag4


4.h3 Ah5 5.exd5 cxd5
6.Ab5+ Cc6 7.g4 Ag6 8.Ce5
Tc8 9.d4 e6 10.De2 Ab4
11.h4 Axc3+ 12.bxc3 Da5
13.0-0 [ 13.Th3 Cge7 14.h5
Ae4 15.Ad2 h6 ( 15...Axc2
16.c4!? ) 16.c4 Dd8 17.Ab4!? ;
13.Ad2 Cge7 14.h5 ( 14.c4 Da3
15.Cxg6!? ) 14...Axc2 15.Tc1
Ae4 16.f3 f6 17.fxe4 fxe5 18.0-
0~~ ] 13...Dxc3 14.Ae3 [
14.Axc6+ bxc6 15.Da6 Ce7
16.Dxa7!? ] 14...Cge7 15.h5
Ae4 16.f3 Axc2 17.Tac1 0-0
18.Cxc6! [ 18.Txc2? Cxd4! ECO
B, 1997] 18...Cxc6 19.Txc2
Cxd4[] 20.Axd4 Dxd4+ [
20...Dxc2 21.De5 f6 22.Dxe6+
Rh8 23.h6+/= ] 21.Df2 Df4 [

Página | 91
Curso de Xadrez

21...Db4 22.Ad3!? ] 22.Txc8


Txc8 23.Dxa7 Dg3+ 24.Rh1
Dh3+ 25.Rg1= [Da Costa
Junior] *

Novidade na C40

ANALISE C40 [C40]


2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 e5 2.Cf3 f5 3.Ac4 b5


4.Ab3!? [ 4.Axg8 Txg8 5.d4 (
5.De2 De7 6.Dxb5 Cc6 7.Dd5
fxe4 8.Cxe5 ( 8.Dxg8 con idea
de Dh7-g6; 8.Dxe4 con la idea
de Cc3) 8...Dxe5 9.Dxg8 Cb4
10.Rd1!? con idea de Te1, f3,
punto debil Re8 ( 10.Db3? -
13/250) ) 5...fxe4 6.Ag5 Ae7
7.Cxe5 g6 8.Axe7 Dxe7 9.De2 (
9.Cc3 d6! 10.Cd5 ( 10.Cg4 c6
11.0-0 h5 12.Ce3 b4~~ )
10...Dg7 11.Cg4 Tf8 12.0-0 (
12.Cge3 c6 13.Cc3 De7~~ ;
12.Cc3 b4! 13.Cxe4 Tf4 14.De2
Rd8 15.Cef6 Txf6 16.Cxf6
Dxf6~~ ) 12...c6 13.Cc3 Tf4~~
) 9...c6! ( 9...Cc6? - 15/230)
10.Cd2 ( 10.Cc3 d6 11.Cg4
Axg4 12.Dxg4 b4~~ ; 10.Cg4
d6~~ ) 10...d6 11.Cg4 h5!
12.Ce3 ( 12.Cxe4 Rd8! 13.Cgf6
Tf8=/+ ) 12...Aa6!?~~ ]
4...fxe4 5.Cxe5!? [ 5.Cc3 De7
( 5...d6? 6.Cxe5! ; 5...exf3?
6.Dxf3! ; 5...Cf6 6.Cxe5 d5
7.Cxd5! Cxd5 8.Dh5+ g6
9.Cxg6 hxg6 10.Dxg6+ Rd7 (
10...Re7 11.Dg5+ Re8 12.De5+
+- ) 11.Axd5 c6 12.Axe4 Th6
13.Df5+ Re8 14.De5+ De7
15.Dxe7+ Axe7 16.d3+/= )
6.Cd5 ( 6.Cxe4 Ab7 7.De2
c5~~ ) 6...Dd6 7.Cg5 Cf6 8.Ce3
( 8.Cxf6+ Dxf6~~ ) 8...Dc5
9.Af7+ ( 9.Cg4 Ae7~~ )
9...Re7!? 10.Cf5+ Rd8 11.Ah5 (
11.Ab3 Re8!? ) 11...Cxh5
12.Cf7+ ( 12.Dxh5 g6!? )
12...Re8 13.Cxh8 Cf6~~ ]
5...Dg5 6.d4! Dxg2 7.Dh5+
g6 8.Af7+ Rd8 [ 8...Re7
9.Dg5+!? Dxg5 10.Axg5+ Cf6 (
10...Rd6? 11.Cc3! ) 11.Cc3 c6 (

Página | 92
Curso de Xadrez

11...Ab7 12.Axg6!+/= )
12.Cxe4 Ag7 13.Axg6!+/= ]
9.Dg5+!? Dxg5 10.Axg5+
Ae7[] 11.Axg6!+/= [Da
Costa Junior] *

Novidade na B33 (1)

ANALISE B33 (1) [B33]


2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 c5 2.Cf3 Cc6 3.d4 cxd4


4.Cxd4 Cf6 5.Cc3 e5 6.Cdb5
d6 7.Ag5 a6 8.Ca3 b5 9.Cd5
Da5+ 10.Ad2 Dd8 11.Cxf6+
Dxf6 12.c4 Dg6 13.f3 Ae7
14.cxb5 Ah4+ [ 14...Cd4
15.Ae3 0-0 16.Axd4 exd4
17.Dd2 d5 18.Ad3 Ag5 19.De2
dxe4 20.Axe4 ( 20.Dxe4 Dxe4+
21.Axe4 Tb8© ) 20...Af5© -
38/202] 15.g3 Axg3+
16.hxg3 Dxg3+ 17.Re2 Cd4+
18.Re3 f5 19.exf5!?
[Sugerencia en ECO B, 1997] [
19.Ac3 - 8/359] 19...Cxf5+! [
19...Cxf3 20.Dxf3 Dxf3+
21.Rxf3 Ab7+ 22.Rf2 Axh1
23.bxa6+- ; 19...Axf5
20.Ac3+/- ] 20.Rd3[] Df2!
21.Ae2 [ 21.De2? Dd4+ 22.Rc2
Cg3-+ ; 21.Tc1 Cg3 22.Ah3
Dd4+ 23.Rc2 Cxh1 24.Dxh1
axb5=/+ ; 21.Th5 axb5!?
[punto debil Rd3] ( 21...Dd4+
22.Rc2 Da4+ 23.Rc1!? Dxd1+
24.Rxd1 Cg3 25.Tg5 Cxf1
26.Txg7 Cxd2 27.Rxd2+/= ) ]
21...Dd4+ 22.Rc2 Cg3!
23.Ad3[] [ 23.Te1 Cxe2!
24.Dxe2 Af5+ 25.Rb3 Ad3!
26.De3 ( 26.Dh2 Dd5+ 27.Rc3
Tc8+-+ ) 26...Dd5+ 27.Rc3 (
27.Rb4 0-0-+ ) 27...axb5!
28.b4 0-0! ( 28...Txa3+ 29.Rb2
Ta4-+ ) 29.Rb2 Txf3-+ ]
23...Dc5+!? [ 23...Cxh1
24.Dxh1 Ta7 ( 24...Da4+
25.Rb1!? con idea de Ae4, Ac3)
25.Tc1 ( 25.Ag6+!? ;
25.Dh5+!? ) 25...Tc7+ 26.Ac3
Ae6 27.bxa6 ( 27.Ag6+!? )
27...Axa2 28.Cb5 Df2+ 29.Rd1
Td7 30.Ae1!? ( 30.a7 Ab3+

Página | 93
Curso de Xadrez

31.Ac2 Ad5 32.Ae4 ( 32.Dh5+=


; 32.Ag6+= ) 32...Ab3+
33.Ac2= ) 30...Ab3+[] 31.Ac2
De3[] 32.Df1 0-0 ( 32...Tf8
33.a7 Ad5 34.De2 Dxf3
35.Axh7 Ab3+ 36.Rd2 Df4+
37.De3 Db4+ 38.Cc3 Da5
39.Af2+/- ) 33.Ad2 Axc2+
34.Txc2 Db6 ( 34...Db3
35.Dc4+! ) 35.a7 d5 36.Dd3
Tfd8 37.Tc3+/= ] 24.Ac3 [
24.Rb1 Cxh1 25.Dxh1 Dd4
26.Rc2!?~~ ] 24...Cxh1
25.Dxh1 Df2+ 26.Rb1~~ [Da
Costa Junior] *

Novidade na B33 (2)

ANALISE B33 (2) [B33]


2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 c5 2.Cf3 Cc6 3.d4 cxd4


4.Cxd4 Cf6 5.Cc3 e5 6.Cdb5
d6 7.Ag5 a6 8.Axf6 gxf6
9.Ca3 f5 10.Ad3 Tg8 11.Cc4
Txg2 12.Ce3 Txf2 13.h4 Tf4
14.Dh5 [Sugerencia en ECO B,
1997] 14...fxe4!? [ 14...Db6
15.Ccd5 ( 15.Ced5 Df2+
16.Rd1 fxe4!? ) 15...Dxb2
16.Td1 fxe4 17.Axe4 Ag4!? -
17...Ag4!?] 15.Axe4 [ 15.Ac4
Db6 16.Ccd5 Dxb2 17.Cxf4
Dxa1+ ( 17...d5 18.0-0! exf4
19.Cxd5 Dg7+ ( 19...Dd4+
20.Rh1!? ) 20.Dg5 ( 20.Rh1
Ah3 21.Tg1 Ag2+!! 22.Txg2
Dxa1+ 23.Tg1 De5 24.Tg5
Da1+ 25.Tg1= ) 20...Dxg5+
21.hxg5 Ad6 22.Cf6+ Re7
23.Cxe4 Ae5© ) 18.Rf2[] Dxh1
19.Dxf7+ Rd8 20.Dxf8+ Rc7 (
20...Rd7 21.Ae6+! Rc7
22.Cfd5+ Rb8 23.Dxd6+ Ra7
24.Dc5+ Rb8 25.Dd6+ Ra7= )
21.Cfd5+ Rb8 22.Dxd6+ Ra7
23.Dc5+ Rb8 24.Dd6+ Ra7= ]
15...Db6 16.Ccd5 Dxb2
17.Td1 Ag4!? [ 17...Txe4
18.Cf6+!? ] 18.Cxg4 Txe4+
19.Cge3 Txe3+!? 20.Cxe3
Dc3+ 21.Rf2 Cd4© [Da Costa
Junior] *

Página | 94
Curso de Xadrez

Novidade na B21

Analisis B21 [B21]


2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 c5 2.d4 cxd4 3.c3 dxc3


4.Cxc3 Cc6 5.Cf3 d6 6.Ac4
Cf6!? [ 6...e6 7.0-0 a6 ( 7...Cf6
8.De2 a6 9.Td1 Dc7 10.Ag5
Ae7 11.Tac1 0-0 12.Ab3 h6
13.Af4 e5 14.Ae3 Dd8 15.Cd5
Cxd5 16.Axd5 Ad7= Fischer -
Kortchnoi, Buenos Aires 1960)
8.De2 Ae7 9.Td1 b5 10.Ab3 Ta7
11.e5!? ( 11.Ae3 Td7 12.Cxb5
axb5 13.Dxb5 Ab7 14.Aa4 e5
15.Tac1 Cf6 16.Ab6~~ -
50/(170)) 11...Td7 12.exd6
Axd6 13.Ce4 Ab8 14.Ae3 Cge7
15.Txd7 Dxd7 16.Td1 Db7~~ -
50/(170)] 7.e5 dxe5 [ 7...Cg4
8.exd6!?© ( 8.e6 Axe6 ( 8...f6
9.Af4 g6 10.Cd4 Cge5 11.Axe5
fxe5 ( 11...dxe5?? 12.Cxc6!+-
Dxd1+ 13.Txd1 bxc6 14.Cb5 1-
0 Veirush - Mail, (?) 1957)
12.Df3 Db6[] 13.Cxc6 bxc6
14.Td1© ; 8...fxe6 9.Cg5
Cge5=/+ ( 9...Cf6
10.Cxe6© ) ) 9.Axe6 fxe6
10.Cg5 Cf6 11.Cxe6 Dd7
12.De2 Cd8=/+ ) ] 8.Dxd8+
Cxd8 [ 8...Rxd8 9.Cg5 Rc7? (
9...Ca5!? ) 10.Cxf7 Tg8
11.Cb5+ Rb8 ( 11...Rd7
12.Cg5+- ; 11...Rb6 12.Ae3+
Ra5 13.a3+- ) 12.Cxe5+- Cxe5
13.Af4 Cfd7 14.Axg8 a6 15.Cd4
Ra7 16.0-0 1-0 Matulovich -
Vinchenti, (?) 1954] 9.Cb5
Tb8[] 10.Cxe5 e6[] 11.Cc7+
[ 11.Cxa7 Ab4+= ; 11.Af4 Ch5
12.Cxf7 Cxf4 13.Cxh8 Cxg2+
14.Rf1 Cf4 15.Cxa7 g6 16.Tg1
Ag7~~ ] 11...Re7 12.Ae3 Cc6
[ 12...Rd6? 13.Af4! Re7 (
13...Rxc7 14.Cxf7+ Rb6
15.Cxh8+- ) 14.0-0-0+/- ]
13.0-0-0 Ce4!? [ 13...Cd7? -
4/383; 13...Ad7!? ] 14.The1 [
14.Cxc6+ bxc6~~ ] 14...Cxe5
15.Axa7 Cc6 16.Axb8 Cf6
17.Cxe6 fxe6 18.Ac7 Rf7~~

Página | 95
Curso de Xadrez

[Da Costa Junior] *

Novidade na B33 (3)

ANALISIS B33 (3) [B33]


2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 c5 2.Cf3 Cc6 3.d4 cxd4


4.Cxd4 Cf6 5.Cc3 e5 6.Cdb5
d6 7.a4 a6 8.Ca3 Ae6 9.Ag5
Tc8 10.Axf6 Dxf6 11.Ac4 Cd4
12.Dd3 d5 13.Axd5 Axa3
14.Txa3 Axd5 15.Cxd5
Cxc2+ [ 15...Dg5?! - 34/212]
16.Rf1!? [ 16.Rd1 De6!? (
16...Dxf2? 17.Tc3 Txc3 18.Dxc3
Dd4+ 19.Rc1 Dxc3 20.bxc3 Ca3
21.Cb6 Rd8 22.Rb2 Rc7
23.Cd5++- ; 16...Dd8!? 17.Tc3
Cd4 18.Dg3 Ce6 19.Dxe5 Txc3
20.Dxc3 0-0 21.Rc2~~ ) 17.Tc3
Cd4 18.Cc7+ Txc7 19.Txc7 0-
0© ] 16...Dd8 [ 16...Dg5?
17.Tc3! Txc3 ( 17...Dc1+
18.Re2 Cd4+ ( 18...Txc3
19.Txc1 Txd3 20.Rxd3+- ;
18...Dxh1 19.Txc8+ Rd7
20.Cb6+ Re6 21.Dd7+ Rf6
22.Df5+ Re7 23.Dxe5# )
19.Dxd4! Dxb2+ ( 19...Dxc3
20.Dxc3 Txc3 21.bxc3+- )
20.Dd2+- ) 18.Dxc3 Cd4 (
18...0-0 19.Dxc2+- ) 19.Dc8+
Dd8 20.Cc7+ Re7 21.Dxb7+/- ]
17.Tc3 Cd4 18.Dg3 Ce6
19.Dxe5 Txc3 20.Dxc3 0-
0~~ [Da Costa Junior] *

Novidade na D00

ANALISIS D00 [D00]


2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.d4 d5 2.Cc3 Cf6 3.Af4 g6


4.Cf3 Ag7 5.Dd2 0-0 6.Ce5!?
c5 [ 6...Cbd7 7.0-0-0!? ]
7.dxc5 d4 8.0-0-0 Cfd7 [
8...Ch5 9.e3! ( 9.Cf3 Cxf4
10.Dxf4 Da5 11.Cxd4+/= )
9...g5 10.Axg5 Axe5 11.g4! Cg7
( 11...Axg4 12.Tg1!+/- )
12.exd4 Axg4 ( 12...Af6

Página | 96
Curso de Xadrez

13.Axf6 exf6 14.Dh6+- ;


12...Ac7 13.Ah6+/- ) 13.Ae2!?
( 13.dxe5 Axd1 14.Cd5 Af3
15.Cxe7+ Rh8 16.Cg6+ fxg6
17.Axd8 Axh1 18.Af6+/- )
13...Axe2 ( 13...Dxd4 14.Dxd4
Axd4 15.Txd4+- ) 14.Dxe2 Af6
( 14...Axd4 15.Axe7+- )
15.Axf6 exf6 16.Thg1 Rh8 (
16...f5 17.De5 f6 18.Dxf5 Dd7
19.Df3+/- ) 17.Ce4+/- con idea
de Cd6] 9.Cxd7 [ 9.Dxd4 Axe5!
] 9...Cxd7 [ 9...Dxd7
10.Cb1+/= ] 10.Ce4 f5! [
10...e5 11.Ag5+/= ] 11.Cg5
Cxc5 12.e3!? [con idea de
Ac4+] 12...d3[] 13.Axd3
Cxd3+ 14.Dxd3 Dxd3
15.Txd3 e5! 16.Ag3 f4
17.exf4 exf4 18.Ah4 h6
19.Ce4 g5 20.Cxg5 hxg5
21.Axg5© [Da Costa Junior] *

Novidade na linha 2 da C83

Nueva Evaluacion Linea 2


C83 [C83]
2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Ab5 a6


4.Aa4 Cf6 5.0-0 Cxe4 6.d4
b5 7.Ab3 d5 8.dxe5 Ae6 9.c3
Ae7 10.Te1 0-0 11.Cd4 Cxe5
12.f3 Ad6 13.fxe4 Ag4
14.Dd2 Dh4 15.g3 Dh5
16.Dg5 Dh3 17.Dh4 Dxh4
18.gxh4 c5 19.Cf5 Axf5
20.exf5 Cf3+ 21.Rf2 Cxe1
22.Rxe1 Tfe8+! [ 22...c4
23.Ac2 Axh2~~ - ECO C, 1997]
23.Rf2! [ 23.Rd1 c4 24.Ac2
Ta7-/+ _|_ @ -> 23.Rf1 Te5-/+
_|_ @ -> 23.Rd2 c4 24.Ad1 (
24.Ac2 d4-+ ) 24...Te4-/+ _|_
@ ->] 23...Te5 24.Cd2 [
24.Ac2 Tae8-/+ ] 24...Tae8 [
24...Txf5+ 25.Cf3!? ] 25.Cf3 [
25.Ad1 Txf5+ 26.Cf3 Axh2-/+ ]
25...Te2+ 26.Rf1 Axh2
27.Ad1 [ 27.Cxh2 Txh2
28.Axd5 Te5-/+ ] 27...T2e4
28.Ac2 [ 28.Cxh2 Te1+ 29.Rf2
Txd1 30.Cf3 d4-+ ; 28.Ab3 c4
29.Ac2 T4e7=/+ _|_ @]

Página | 97
Curso de Xadrez

28...T4e7=/+ _|_ @ [Da


Costa Junior] *

Novidade na linha 3 da C35

Nueva Evaluacion Linea 3


C35 [C35]
2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 e5 2.f4 exf4 3.Cf3 Ae7


4.Ac4 Ah4+ 5.Rf1 d5 6.Axd5
Cf6 7.Cc3 Cxd5 8.Cxd5 f5
9.Cxh4 Dxh4 10.Cxc7+ Rd8
11.Cxa8 fxe4 12.De1 Dh5
13.Dxe4 Te8 14.Df3 De5
15.Rf2 Dc5+ 16.Rf1 De5
17.Df2 f3~~ [ECO C, 1997]
18.d3! [/^c1-h6; /\ Bd2,
Re1; /\ Rg1] [ 18.gxf3 Ah3+
19.Rg1 Dg5+ 20.Dg3 Dc5+
21.d4 Dxd4+ 22.Ae3 Dxe3+
23.Df2 Dg5+ ( 23...Df4 24.Dg3
Dd4+ 25.Df2= ) 24.Dg3 De3+
25.Df2= ] 18...b6 [ 18...Cc6
19.h3+- ( 19.Ad2!? ) ; 18...Ad7
19.Tg1+- ; 18...fxg2+ 19.Rxg2
Dh5 20.Dd4+ /\ Be3 +-]
19.Tg1 fxg2+ 20.Txg2 Ah3
21.Af4 Axg2+ [ 21...Dxb2
22.Dh4+ ] 22.Rxg2 Dxb2 [
22...Dd5+ 23.Df3 Dxf3+ (
23...Te2+ 24.Rg3 ) 24.Rxf3 Ca6
25.b4! g5 26.Axg5+ Rd7
27.Cxb6+ axb6 28.a3+- ]
23.Axb8 Dxa1 24.Axa7+- [Da
Costa Junior] *

Novidade na linha 2 da C35

Nueva Evaluacion Linea 2


C35 [C35]
2000
[Da Costa Junior, L. R.]

1.e4 e5 2.f4 exf4 3.Cf3 Ae7


4.Cc3 Ah4+ 5.Re2 d5 6.Cxd5
Cf6 7.Cxf6+ Dxf6 8.d4 Ag4
9.Dd2 Cc6 10.c3 g5 11.Rd1
0-0-0 12.Rc2 The8 13.Ad3
Axf3 14.gxf3 Cxd4+ 15.cxd4
Txd4 16.Dc3 Te6 17.Rb1 Tc6
18.Db3 [ 18.Da3 Tcd6!? ]
18...a5 19.a3 a4 [ 19...Rb8

Página | 98
Curso de Xadrez

20.Ae2!? ] 20.Db5 Rb8~~


[ECO C, 1997] 21.Ac2! [><
a4] [ 21.Ae2 - 58/332 21...Dd8
22.Tf1 Tb6 23.Dc5 Tc6 24.Db5
Tb6 25.Da5 Tb3 26.De5 f6
27.Dc5 Tb6 28.Da5 Dd6
29.Ra2!? De6+ 30.Rb1 Dd6 (
30...Txe4? 31.Td1!! Td6 (
31...Txe2 32.Td8+ Dc8
33.Txc8+ Rxc8 34.Da8+ Rd7
35.Dxa4++/- ) 32.Txd6 cxd6
33.Dd8+ Ra7 34.Ad1+/= )
31.Ra2 De6+ 1/2 : 1/2 -
58/332] 21...De7 [ 21...Dd8
22.Axa4+/= ; 21...Tb6
22.De8+ Ra7 23.Td1+/= ]
22.Td1+/= [Da Costa Junior]
*

Interessantes novidades na C37

Interesantes Novedades
(C37) [C37]
Campinas-SP Campinas-SP,
2000
[Da Costa Junior, L. R.;
Melao Jr, H.]

16384kB, c37.ctg 1.e4 e5 2.f4


exf4 3.Cf3 g5 4.Ac4 g4 5.0-0
gxf3 6.Dxf3 Df6 7.e5 Dxe5
8.d3 Ah6 9.Ad2 Ce7 10.Cc3
Cbc6 [ 10...0-0 11.Tae1 Dc5+
( 11...Df5 12.Txe7 Dc5+
13.Te3 fxe3 14.Axf7+ Rh8
15.Ce4 De7! ( 15...Dc6
16.Ac3+ Ag7 17.Axg7+ Rxg7
18.Dg3+ Rh8 ( 18...Rh6
19.Dg5# ) 19.De5+ Df6
20.Dxf6# ) 16.Ac3+ Ag7
17.Axg7+ Rxg7 18.Dg4+ Rh8
19.Cg5 De5! ( 19...Dc5 20.d4
Dxc2 21.Df4 Dg6 22.Axg6 Txf4
23.Txf4 hxg6 24.Tf8+ Rg7
25.Txc8+- ) 20.Dh5 Dg7
21.Cxh7! Dxh7 22.De5+ Dg7
23.Dh5+= Melao) 12.Rh1 Cbc6
( 12...Cg6? 13.Ce4 Dc6 (
13...De7 14.Ac3 Ag7 15.Cf6+
Axf6 16.Txe7 Axe7 17.h4!?
Axh4 18.Dh5 Cc6 19.Txf4 Cxf4
20.Dh6 Ch5 21.Dxh5 d6
22.Dxh4 Ce5 23.Dg5+ Rh8
24.Df6+ Rg8 25.Ad5-> )
14.Dh5 Rg7 ( 14...Ag7 15.Cg5

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Curso de Xadrez

h6 16.Cxf7 Txf7 17.Te8+ Af8


18.Txf4+- ) 15.Ac3+ f6 16.Cxf6
Txf6 17.Te7+! Rf8 18.Dxh6+
Rxe7 19.Dg7+ Re8 20.Axf6+- ;
12...d5N 13.Axd5 ( 13.Txe7
dxc4 ( 13...Dxe7 14.Cxd5 Dd6
15.Ac3 Ag7-/+ ) 14.Cd5 c6
15.Cf6+ Rh8 16.Ab4 Dg5-/+
Melao ( 16...Dxb4 17.De4 Rg7
18.Ch5+= ( 18.Ce8+!? ) ) )
13...Cbc6 ( 13...Cg6? 14.Dh5
Rg7 15.Ce4+- Leao,T - Melao
Jr,H Sao Paulo (Copa Mercosul)
17/10/1999) 14.Ce4! Dxc2
15.Cf6+ Rh8 ( 15...Rg7
16.Ch5+ Rg8 17.Axf4 Axf4
18.Dxf4+- ) 16.Ac3 Ag7 (
16...Cxd5 17.Dh5+/- ) 17.Te2
Dxc3 ( 17...Da4 18.Dh5-> )
18.bxc3 Axf6 19.Axc6 Cxc6
20.d4+/= ; 12...c6? 13.Ce4 Df5
14.Ac3 Ag7 15.Cd6 Dg5
16.Txe7 Axc3 ( 16...Dxe7
17.Dg4+- ) 17.Txf7+- ) 13.Axf4
Ag7 14.Ae3 Da5! (ECO C, 1997)
15.Axf7+ Rh8 16.Ad2 d6=/+ /\
17.Dd1 Db6 18.Dh5 Dxb2
19.Ce4 Dxc2 20.Ab3 Ag4!
21.Dxg4 Dxd3-/+ ; 10...c6?
11.Tae1 Dc5+ 12.Rh1 d5
13.Dh5 Dd6 14.Axd5! cxd5
15.Cb5! Db6 16.Ab4 Cbc6
17.Cd6+ Rd7 18.Aa3+- ECO C,
1981] 11.Tae1 Df5 12.Cd5
Rd8 13.De2 b5?! [ 13...De6!
14.Df3 Df5 15.De2 De6= ]
14.Cxe7! [ 14.Axf4 Axf4
15.Txf4 Dxf4!? 16.Cxf4 (
16.Cxe7? Cd4! ) 16...bxc4~~ ]
14...Dc5+ 15.Tf2 Cxe7 [ECO
C, 1997] [ 15...Dxe7 [Melao Jr.]
16.Ac3! Te8 ( 16...Tg8 17.Dh5
Dg5 18.Dxf7+- ; 16...Dxe2
17.Tfxe2+- ; 16...bxc4 17.Dh5
Dxe1+ ( 17...Dg5 18.Dxf7 Tf8
19.Tfe2+/- ) 18.Axe1 Te8
19.Dh4+! Te7 20.Ac3 Af8
21.Af6 cxd3 22.cxd3 d6
23.Dxh7 Ae6 24.De4 d5
25.Dxf4+/- ) 17.Af6! ( 17.Dh5
Dxe1+ 18.Axe1 Txe1+ 19.Tf1
Txf1+ 20.Rxf1 bxc4 21.Dxh6
Re7 22.dxc4 Aa6=/+ )
17...bxc4 18.Axe7+ Txe7
19.Dd1 Txe1+ ( 19...cxd3
20.Txe7 Cxe7 ( 20...dxc2

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Curso de Xadrez

21.Dxc2+- ) 21.Dxd3 Ag7


22.Dxh7 Ad4 23.Rf1 Aa6+
24.Re1 Axf2+ 25.Rxf2 Cc8 (
25...Rc8 26.Dxf7 Cc6
27.Dxf4+/- ) 26.Dxf7+/- )
20.Dxe1 cxd3 21.cxd3 Ag5
22.De4+/- ] 16.Ac3! [Da Costa
Junior] 16...Te8 [ 16...Tf8
17.Af6 De3 ( 17...Ag5 18.d4! )
18.Rf1! ; 16...Tg8 17.Axf7 Tf8
18.Ad4 - 18.Bd4; 16...bxc4
17.Axh8 cxd3 ( 17...Aa6
18.De4+/- ) 18.Dxd3 f5 19.Af6
Af8 20.Te5 Dd6 21.Txf5 Dxd3
22.cxd3 d5 ( 22...d6
23.T5xf4+- ) 23.T5xf4 Re8
24.Ag5+/- ; 16...f3 17.Dxf3 Te8
18.Axf7+- ] 17.Axf7 Tf8
18.Ad4! [ 18.De4 Txf7 19.Dxa8
Cc6 >< Qa8] 18...f3 [ 18...Dg5
19.Txf4! Aa6 ( 19...c6 20.Af6
Dxf4 21.Dxe7+ Rc7 22.Ae5+ )
20.Tf6 Rc8 21.Dxe7 Ag7
22.Da3+- ; 18...Dd6 19.Ae5!
Db6 ( 19...Dc6 20.Axf4! Txf7
21.Axh6+- ; 19...Da6 20.Axf4!
Txf7 21.Axh6+- ; 19...Dc5
20.d4! Db6 21.Axf4 Txf7
22.Axh6 Dxd4 23.Ae3 Txf2 (
23...Dd5 24.Txf7 Dxf7
25.Ag5+- ) 24.Dxf2+- )
20.Axf4! Txf7 21.Axh6 Dxf2+
22.Dxf2 Txf2 23.Rxf2 Re8 (
23...a5 24.Ag5 Ta6 25.Txe7 h6
26.Ah4 c5 27.Th7+ Rc7
28.Ag3+ Rb7 29.Af4+- ;
23...Tb8 24.Ag5 Tb6 25.Txe7
h6 26.Ah4 c5 27.Th7+ Rc7
28.Ag3+ Rb7 29.Af4+- )
24.Ag5 Rf7 25.Txe7+ Rg6
26.Af4+/- ^- /\ Bd6] 19.Axc5 [
19.De4!? Dd6 ( 19...Dg5
20.h4+- ) 20.Txf3 ( 20.Dxa8
Txf7!? ; 20.Ae5!? ) 20...Ab7 (
20...Ad2 21.Ag7+- ; 20...Tb8
21.Tf6 Ab7 22.Txd6 Axe4
23.Txh6+- ) 21.Dxb7 Dxd4+
22.Rh1 Tc8 23.Dxb5 Dh4
24.Tef1© >< Kd8] 19...fxe2
20.Tfxe2 d6 [ 20...Txf7
21.Axe7+ Txe7 22.Txe7 c5
23.Txh7+/- ] 21.Txe7 dxc5
22.Ad5 [/\ Bc6] 22...c6 [
22...Ag5 23.T7e5+/- ] 23.Axc6
Tb8 24.Txh7 Af4
25.Txa7+/= [Da Costa Junior]

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G7 2000-LAS APERTURAS DEL DOCTOR

    El domingo 11 de junio finalizó el torneo por equipos denominado; G7.


Una experiencia muy interesante, un intento de revitalizar los torneos por
equipos tan poco jerarquizados en nuestro país. Y esto es muy importante
porque en paises como España o Brasil, una parte sustancial del ajedrez
pasa precisamente por este tipo de eventos. Aunque en este caso la prueba
tuvo un carácter netamente amateur, la presencia de figuras destacadas
demostró el interés por hacer crecer la actividad, esperemos que en los
próximos años se pueda reforzar la idea, dándole un espíritu más
profesional, al menos para los Maestros Internacionales y Grandes
Maestros. Dentro de este contexto la nota negativa la dio el Club Argentino
de Ajedrez, una institución a la que representé durante años y a la que sin
duda quiero mucho, pero no es posible que en la última ronda, jugando
contra Torre Blanca que a la postre resultó indiscutido ganador, pierdan
¡11! tableros por ausencia, esto es una falta de respeto para todos. Su
dirigencia debe buscar un modo de costear el pago para los jugadores que
lo merecen, o bien acordar con un grupo importante que esté dispuesto a
jugar gratuitamente, y sino, no comprometerse en torneos así.
Cuando buscaba material para esta nota, le pregunté a mi compañero de
equipo, el Maestro internacional de Ajedrez y Doctor en Medicina Diego
Valerga, si tenía alguna producción interesante, entonces me mostró una
novedad teórica que me pareció muy valiosa, una posterior charla con él
sobre mi partida de la última ronda terminó por llamarme la atención en
cuanto a sus conocimientos de aperturas, y digo esto porque Diego para mi
siempre había sido un jugador talentoso que pese a no ser un profesional
del ajedrez simpre tenía actuaciones destacadas. Lo que me llamó la
atención aquí es que evidentemente también es un estudioso del juego...
¿Cómo le alcanza el tiempo? Creo que la respuesta es que sus análisis son
a través del entendimiento y no de la memorización. Para ejemplificar esto
y de paso estudiar interesantes detalles de dos importantes variantes
teóricas, veremos las siguientes partidas. En primer lugar analizaremos
una partida clásica de la variante del cambio en la defensa Caro Kann, para
luego ver la mejora del doctor.

(2) Fischer,R. - Petrosian,T. [B13]


Belgrado 1970.

1.e4 c6 2.d4 d5 3.exd5 cxd5 4.Ad3 En la variante del cambio la lucha entre
ambos bandos por colocar bien sus alfiles es fundamental. Por eso aquí las blancas
se adelantan con este movimiento que debe considerarse superior que un simple
desarrollo de caballo que permitiría por ejemplo la respuesta 4...Af5. 4...Cc6 5.c3
Cf6 6.Af4 Observesé que según lo señalado, Fischer se asegura buenas diagonales,
al tiempo que dificulta la salida del alfil dama enemigo, esta es entonces una
excepción a la regla de sacar primero los caballos y luego los alfiles. 6...Ag4 La
disputa continúa, Petrosian no cede y rechaza la jugada 6...e6. De esta manera
busca colocar sus piezas también en posiciones activas. 7.Db3

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Curso de Xadrez

El modo tradicional de explotar una prematura salida del Ac8, un ataque con la
dama al punto b7. Aunque usted conozca estos movimientos como teóricos es muy
importante que comprenda la motivación de cada uno de ellos, este es el único
modo de poder luego, tener ideas propias. 7...Ca5 8.Da4+ Ad7 9.Dc2 Una vez
conseguido el retorno del alfil adversario la dama retorna a su terreno y colabora
con el alfil en una futura presión sobre h7, si es que el negro enroca. 9...e6 10.Cf3
Db6 ¿Cual es la idea de este movimiento? Una vez más en esta variante, la razón
refiere a los alfiles. Se intenta 11...Ab5, cambiando el "mal" alfil de d7, por el
"buen" alfil de d3. 11.a4! El implacable Bobby no permitirá ningún cambio que
alivie a su oponente. 11...Tc8 12.Cbd2 Cc6 Se amenaza 13...Cb4. 13.Db1

13...Ch5 14.Ae3 h6 15.Ce5 Cf6 16.h3 Ad6 17.0-0

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Curso de Xadrez

El objetivo del primer jugador se ha logrado, disfruta de una clara ventaja de


espacio y para las negras no es nada fácil construir un plan. *

(3) Bonaveri,A. - Valerga,D. [B13]


G7 2000

Ahora veremos la novedad de Diego, naturalmente anbos jugadores conocían bien


el modelo recién citado. 1.e4 c6 2.d4 d5 3.exd5 cxd5 4.Ad3 Cc6 5.c3 Cf6 6.Af4
Ag4 7.Db3 Ca5 8.Da4+ Ad7 9.Dc2 Hasta aquí todo es igual, ahora se le presenta
a Valerga la oportunidad de aplicar una novedad teórica que según me contó ya
había jugado hace años en un ¡Torneo infantil! 9...Db6

La idea es la misma que antes, jugar 10...Ab5, pero lo primero que se puede
destacar del descubrimiento, es advertir que la jugada 9...e6 no es del todo
necesaria por ahora, con esto se busca conseguir otras ventajas. 10.a4 Bonaveri
continúa según el plan previsto, pero se dará con una sorpresa... 10...Tc8 11.Cd2
Cc6 12.Db1?

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Curso de Xadrez

El error clave, según el propio Diego la única posibilidad del blanco para luchar por
una mínima ventaja es 12.Db3. Como en aquellos juegos en donde hay que
encontrar 7 o 10 diferencias entre dos dibujos muy similares, comparemos este
diagrama con el primero de la partida anterior; ¿Cuáles son las dos diferencias? El
peón que antes estaba en e6, ahora está en e7, y el caballo que ocupaba el
escaque f3, ahora está en g1. Ambas cosas convergen en favorecer la siguiente
ruptura. 12...e5! El peón llega aquí en un solo movimiento y antes que el caballo
adversario controle este punto, ahora las negras liberan su juego y ponen de
manifiesto cierta artificialidad de la disposición blanca(la incomoda situación de la
torre en a1 y la dama en b1, por ejemplo). 13.a5 [En caso de: 13.dxe5 Cg4
14.Ag3 Ac5 Seguido de la captura en e5, con excelente juego.] 13...Dc7 14.dxe5
Cxe5 15.Ce2 Ad6 16.Axe5 Axe5 17.Cf3 0-0 18.0-0 [Posiblemente era mejor:
18.Cxe5 Dxe5 19.0-0 Aunque las negras no tienen ningún problema, su libertad de
juego compensa sobradamente el peón aislado.] 18...Ad6 19.h3 Tfe8 20.Ced4
a6 21.Da2 g6

El peón colabora en el control de casillas, es un tema estratégico importante en


estos casos determinar si el peón d es débil o por el contrario es un arma
importante en el control del espacio, aquí es evidente que se da esta última opción,
el primer jugador no consigue crear amenazas y su juego se ve fuertemente
restringido. 22.Ac2 Ac5 23.Ab3 Tcd8 24.Tfe1 Dd6 25.Tad1 Aa7 26.Cc2? Un
error grave en una posición desventajosa, siempre es peligroso quitar al
bloqueador. 26...Txe1+ 27.Txe1

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Curso de Xadrez

27...Axh3! Un golpe táctico decisivo. 28.Ce3 [28.gxh3 Dg3+ Gana con facilidad.]
28...Ae6 29.Da4 Ce4 30.Ac2 Ad7 31.Da2 Ac6 32.Axe4 dxe4 33.Td1?

El último error. 33...Dxd1+! 34.Cxd1 Txd1+ 35.Rh2 exf3 36.gxf3 Td2 0-1
Antes de ver mi partida de la última ronda, nos detendremos nuevamente en un
modelo teórico. *

(4) Karpov - Kortchnoi [A43]


Match mundial,Baguío 1978.

Esta partida recorrió el mundo, el match estaba igualado 5-5 y ganaba aquel que
consiguiera la siguiente victoria. 1.e4 d6 2.d4 Cf6 3.Cc3 g6 4.Cf3 Ag7 5.Ae2 0-
0 6.0-0 c5 7.d5

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Curso de Xadrez

La partida comenzó como una defensa pirc, pero esta posición se alcanza más
habitualmente por el orden: 1.d4 c5 2.d5 Cf6 3.Cc3 g6 4.e4 d6 5.Cf3 Ag7 6.Ae2 0-
0 7.0-0, por lo que en los libros de aperturas aparece habitualmente como defensa
benoni. 7...Ca6 [En caso de: 7...Ag4 8.Cd2! es la jugada más apropiada, el corcel
se dirige al punto c4 y parece preferible cambiar el alfil adversario por el propio, si
se permite el movimiento 8...Axf3, las negras pueden luchar con más perspectivas
por la igualdad.] 8.Af4 Cc7 9.a4 Importante, hay que impedir la jugada 9...b5,
que sería posible por la momentanea debilidad del punto e4. 9...b6 10.Te1 Ab7
11.Ac4! El alfil es importante en esta casilla para: defender el peón de d5 y
favorecer entonces el avance e5, despejar la acción de la torre en la columna e y
coordinarse con la dama cuando esta vaya a d3. 11...Ch5 12.Ag5 Cf6 13.Dd3 a6
14.Tad1 Tb8 15.h3

La ventaja de espacio blanca es evidente, Karpov, con su habitual técnica la


transformó en una victoria y con esto retuvo el título. *

(5) Slipak,S. - Andrés,M. [A43]


G7 2000

En este encuentro traté de poner en práctica una idea del Gran Maestro español
Felix Izeta, mejorando aún el modelo de Karpov. 1.d4 Cf6 2.Cf3 c5 3.d5 g6
4.Cc3 d6 5.e4 Ag7 6.h3?! [En el encuentro Izeta-Guirado, 1998, se jugó: 6.Ac4!?

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Curso de Xadrez

La idea es colocar este alfil diréctamente en la casilla que se lo necesitará, de este


modo se podría ganar un tiempo respecto de la partida recién analizada. 6...0-0
7.0-0 Ca6?! Esto permite realizar la idea del primer jugador, el único medio de
poner en duda el plan blanco es jugar 7...Ag4!, ya que ahora se cambiará este alfil
por el caballo de f3(ver el comentario a la jugada 7 del encuentro anterior).] 6...0-
0 Ustedes ya supondrán cual era mi intención, después de limitar la salida del alfil
adversario, jugar ahora 7.Ac4 y lograr todo. Sin embargo esto no era un estudio
casero, lo que yo tenía preparado en realidad era jugar como Izeta, pero en la
partida quise más. Aquí comencé a dudar, vi que si 7.Ac4 b5!(los temas se repiten,
recuérdese el comentario a la jugada a4 blanca en la partida de Karpov). 7.a4
Ca6?! ¡Y todo salió bien! Después de la partida, El Doctor me dijo que una vez
había analizado el orden que yo jugué y que no es preciso, las negras disponen de:
[7...e6!

Por ejemplo; 8.dxe6 (O 8.Ac4 exd5 9.Axd5 Cxd5 10.Cxd5 Te8) 8...Axe6 9.Ae2 d5 Y
las negras se liberan. Todo esto está de acuerdo con la máxima que propone abrir
el juego cuando el adversario ha demorado su desarrollo(en este caso jugadas
como 6.h3, 7.a4).] 8.Ac4 Cc7 9.0-0 b6 10.Af4

Ahora todo se desarrolla según mi idea, es la posición jugada por Karpov, pero aún
mejor, esto porque por suerte no estaba jugando contra Diego! 10...Ab7 11.Dd3
Dd7 12.e5! El momento apropiado para realizar este avance, ahora Andrés no
dispone de buenas casillas para sus piezas. 12...Ch5 13.Ah2 f5 Buscando espacio

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Curso de Xadrez

pero generando nuevas debilidades. 14.exd6! exd6 15.Cg5 Axc3 Un intento más
bien desesperado. 16.Dxc3 h6 [Si: 16...Axd5 17.Tfd1 Axc4 18.Dxc4+ d5 19.Axc7!
Con enorme ventaja.] 17.Ce6 Cxe6 18.dxe6 De7

19.Tad1? Aquí desaprovecho la oportunidad de obtener una rápida y bonita


victoria, ganaba fácilmente el sacrificio: [19.Axd6! Dxd6 20.Tad1 Este sencillo
movimiento es el que no analicé, solo me empecinaba en avanzar el peón con
jaque. 20...Dc6 21.e7+ Tf7 22.Td8+] 19...Tfd8 La jugada correcta, en caso de
defender con la otra torre, ganaría nuevamente el sacrificio, después de algunos
avatares, logré imponerme en el movimiento 37. *

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XADREZ - TREINO TÉCNICO PARA COMPETIÇÃO


Apostila 19 - Prof. Francisco Teodorico
______________________________________________________________________
_______
EXERCÍCIOS
􀂾Diagrama 18.1
a2, b2, c3, e5, f2, g2, h2, Ta1, Bc1, Bd3, De2, Tf1, Cf5, Rg1 x a7, b6, c7, d5,
f7, g7,
h7, Ta8, Bb7, Cc5, Dd7, Be7, Tf8, Rg8
Bogoljubow - Hussong
Karlsruhe, 1939
1 ... ?
Por que as Negras não devem tentar trocar o Cavalo com 1 ... Cd3?
PLANO
*****
O tema é o ataque ao roque. O Cavalo branco ataca a casa g7. Se a Dama
também
tivesse acesso a esta casa, teríamos uma ameaça de mate.
PROCEDIMENTO
*****
Se 1 ... Cd3?? 2 Dg5 (1-0)
Ameaça mate em g7 e Ch6+ ganhando a Dama.

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Curso de Xadrez

____________________________________________________________________________________
_ 7.4. Ataques ao Peão h7
(Falta o Cavalo em f6)
O Cavalo em f6 protege o Peão h7, que apenas se encontra defendido pelo Rei.
Quando o Cavalo está ausente, devemos estudar a possibilidade de atacar o ponto h7. A
coluna h
é susceptível de ser aberta e por ela é que surgirão os ataques análogos aos vistos
anteriormente.
􀂾Diagrama: a2, b2, c2, d4, e5, f2, g2, h2, Ta1, Bc1, Cc3, Dd1, Bd3, Re1, Cf3, Th1 x
a7, b7,
c7, d5, e6, f7, g7, h7, Ta8, Bb4, Cb8, Bc8, Cd7, Dd8, Tf8, Rg8
1 ? (1-0)
Esta posição surgiu depois da Defesa Francesa (1 e4 e6). Observe que o Cavalo negro
não se
encontra em f6 (foi expulso pelo Peão), o que dá margem às Brancas de elaborarem um
plano de
ataque sobre o Peão h7.
PLANO
*****
Abrir a coluna h e a diagonal d1-h5 por onde agirá a Dama atacando o Rei inimigo,
atraindo-o
para o centro numa posição de mate. Observe que o Peão e5 domina as casas de fuga
d6 e f6.
PROCEDIMENTO
*****
1 Bh7+ Rh7 2 Cg5+
Analise 2 ... Rg6
*****
Se 2 ... Rg6, segue 3 Dg4!, ameaçando Ce6+desc. (1-0)
2 ... Rg8 3 Dh5 Te8 4 Df7+ Rh8 5 Dh5+ Rg8 6 Dh7+ Rf8 7 Dh8+ Re7 8 Dg7++
􀂾Diagrama: b2, b3, c2, d3, f2, g2, h2, Ta1, Cc3, Re1, Be3, Cg5, Th1, Dh5 x a7, b7,
c7, e5,
f7, g7, h7, Ta8, Bc8, Cd6, Dd8, Be7, Tf8, Rg8
1 ... ?
Se você estivesse de Brancas, o que jogaria agora?
*****
1. Dh7++ (1-0)
Observe que isto é possível pela ausência do Cavalo em f6.
As Negras seguiram com:
1 ... h6 2 h4!
Lance típico nestas posições. Visa abrir a coluna h, por onde agirão a Dama e a Torre.
2 ... hg5 3 hg5 f6
Visando dar a casa de fuga f7 para o Rei negro.
O que devem jogar as Brancas agora?
PLANO
*****

Tirar a casa de fuga f7 do Rei inimigo e fazer valer a força da Dama e Torre na coluna
h aberta_

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Curso de Xadrez

Regras do Xadrez
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Curso de Xadrez

Introdução
O jogo de Xadrez é jogado por dois jogadores. Um jogador joga com as peças brancas o
outro com as pretas. Cada um inicialmente tem dezasseis peças: Um Rei, uma Dama,
duas Torres, dois Bispos e oito Peões.

O posicionamento inicial das peças assim como o formato do tabuleiro é como o que se
mostra na figura seguinte:

As peças na linha de baixo e da esquerda para a direita são: Torre, Cavalo, Bispo,
Dama, Rei, Bispo, Cavalo e Torre.

Os jogadores movimentam alternadamente uma das suas peças, sendo sempre o jogador
com as brancas o primeiro a começar. Um movimento consiste em pegar numa peça e
coloca-la numa nova casa respeitando as regras de movimento. Só o Cavalo é que pode
passar por cima de outras peças.

Existe um movimento especial denominado Roque em que um jogador pode


movimentar duas peças simultaneamente.

Um jogador pode Capturar peças do adversário, para faze-lo tem de movimentar uma
das suas peças para uma casa que contenha uma peça inimiga, respeitando as regras de
movimento. A peça capturada é retirada do tabuleiro. (A captura não é obrigatória).

O jogo termina quando se atingir o mate ou uma situação de empate.

Regras de Movimento

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Curso de Xadrez

Rei

O Rei pode mover-se uma casa na horizontal, vertical


ou diagonal.

O Rei do lado a jogar nunca pode estar em xeque após


a realização de uma jogada. Se não for possível evitar
que o Rei esteja em cheque a posição passa a ser de
mate e o lado do Rei que está a ser atacado perde.

Dama

A Dama pode movimentar-se um qualquer número de


casas na horizontal, vertical ou qualquer em uma das
diagonais.

Torre

A Torre pode movimentar-se um qualquer número de


casas na horizontal ou vertical.

Página | 113
Curso de Xadrez

Bispo

O Bispo pode movimentar-se um qualquer número de


casas em qualquer uma das diagonais.

Cavalo

O Cavalo movimenta-se em forma de L, e é a única


peça que pode "saltar" por cima de outras.

O movimento do cavalo define-se como: duas casas


numa direcção e outra na perpendicular.

Peão

O peão move-se de formas distintas quer se esteja a


mover ou a capturar uma peça.

Quando um peão se move avança uma casa na vertical


em direcção ao lado do adversário. Se ele ocupar a sua
casa inicial pode avançar uma ou duas casas.

Para capturar o peão move-se uma casa na diagonal.

Página | 114
Curso de Xadrez

Tomada en-passant

Um movimento especial dos peões chama-se tomada en-passant. Nas três figuras de
cima pode ver-se uma tomada en-passant.Esta é possível quando um peão avança duas
casas e quando simultaneamente um peão inimigo se encontra em posição de ataque à
casa por onde o peão que se move passa. Nesse caso o peão atacante pode capturar o
que se move movendo-se para a casa de passagem. Esta tomada só pode acontecer no
lance seguinte ao movimento.

Promoção

Página | 115
Curso de Xadrez

Outro movimento
característico dos peões é a promoção. Esta acontece quando um peão atinge a última
linha, ou inversamente a primeira do adversário. Quando isso acontece o jogador tem de
converter o Peão numa Dama, Torre, Bispo ou Cavalo.

Roque

O roque é um lance especial em que o Rei e a Torre se movimentam simultaneamente.


Este só pode ser realizado uma vez por cada jogador.

Página | 116
Curso de Xadrez

Para o roque ser possível têm de se verificar as seguintes condições:

 O Rei que vai fazer o lance não se pode ter movido durante o jogo.
 A Torre vai fazer o lance não se pode ter movido durante o jogo.
 O Rei envolvido não está em xeque.
 Todas as casas entre o Rei e a Torre têm de estar desocupadas.
 O Rei não passa por uma casa atacada por uma peça inimiga durante o
movimento.
 A casa de destino do Rei não está a ser atacada.
 O Rei e a Torre têm de ser do mesmo lado.

O movimento de roque consiste no Rei movimentar-se duas casas na direcção da Torre


e a Torre passar para a casa adjacente ao Rei do lado oposto ao que se encontra
inicialmente.

Xeque, Mate e Empate


Xeque

Quando o Rei está a ser atacado por uma peça inimiga


diz-se que este está em xeque.

No final da jogada o Rei não pode ficar em cheque, se


o jogador se enganar e deixar o Rei nessa situação este
terá de refazer o lance, neste caso a regra piece tuche
piece joue se possível tem de ser respeitada.

Caso não seja possível deixar o Rei sem estar em


xeque a posição passa a ser de mate e o jogo termina
com derrota para o lado que se move.

Mate

O jogador que está em xeque não pode evitar que o seu


Rei deixe de o estar no final do seu lance. Esta
situação é designada mate e implica a derrota para o
lado do Rei que está em xeque vitória para o outro.

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Empate

Quando o lado a mover não tem nenhuma jogada legal


que possa realizar e não está em xeque o jogo termina
com empate.

Outras Regras
Desistência e Proposta de Empate

Um jogador pode desistir a qualquer momento, o que implica a sua derrota.

Após realizar uma jogada um jogador pode propor empate. O adversário pode aceitar, o
jogo termina com empate, ou recusar, o jogo continua regularmente.

Repetição de Posições

Quando a mesma posição é atingida três vezes com o mesmo lado a jogar, este pode
optar por terminar o jogo com empate.

De notar que posições antes a após roque são consideradas diferente.

Regra das 50 jogadas

Se existirem 50 jogadas consecutivas sem capturas ou movimentos de peões, isto é 50


lances para as brancas e 50 lances para as pretas, qualquer dos jogadores pode optar por
terminar o jogo com empate.

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Tocar nas Peças

Esta regra diz que quando se toca numa peça esta tem de ser jogada, ou do francês:
"piece touche piece joue".

Jogadas especiais do xadrez

O xadrez é um jogo de muita reflexão, pois para se dar bem é preciso pensar bastante
antes de mover uma peça se quer. Em postagens anteriores já explicamos bastante sobre
o xadrez e, nossos leitores fiéis já sabem como funciona o jogo, como cada peça pode se
movimentar no tabuleiro, quantas peças existem, seus respectivos lugares, etc. Mas,
hoje me recordei que nunca falamos sobre as jogadas especiais do xadrez que muitas
pessoas não as conhecem e jogam constantemente sem tirar proveito das mesmas.

As jogadas mais utilizadas pelas pessoas são o “roque” e a jogada do primeiro


movimento dos peões, mas existem muitas outras estratégias, manhas e truques que
você só encontrará em sites específicos de jogos.

O roque só poderá ser realizado se você não fizer nenhum movimento do rei e de suas
torres. Apenas estas três peças deverão estar na sua primeira fileira do tabuleiro, para
que seja possível efetuar esta brilhante jogada. O roque funciona da seguinte maneira; o
rei poderá andar somente neste jogada duas casas para o lado em direção a torre, e a
torre passará a protegê-lo no lado esquerdo ou direito, dependendo do lado escolhido
que o rei caminhar. Já a primeira jogada de todos os peões, poderá (se você desejar) se
locomover duas casas a frente. Uma simples regrinha para os profissionais!

Estas jogadas “especiais” facilitam o andamento do jogo, muitas vezes acabam com as
estratégias do adversário contra a posição de suas peças, assim podendo muitas vezes
ajudá-lo grandemente. Lembre-se que você não é obrigado a usufruir destas jogadas é
claro, mas dependendo do andamento do jogo elas poderão será chave para a sua vitória.

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Mate Pastor:

1. P4R P4R 2. B4B C3BD 3. D5T C3B? 4. DxP7BR++

Existem inúmeras variações como 1. P4R P4R 2. D5T C3BD 3. B4B C3B? 4. DxP7BR++ ou 1. P4R
P4R 2. D3B C3BD 3. B4B P3D? 4. DxP7BR++ resultando sempre em um xeque-mate
semelhante: Dama, protegida pelo Bispo.

Mate Leão

ou 1. P4BR P3R 2. P4CR? D5T++

Para esse xeque-mate as pretas recebem uma "mãozinha" das brancas.

Mate Legal
ou:

1. P4R P4R 2. C3BR C3BD 3. B4B P3D 4. C3B B5C 5. CxP BxD? 6. BxP+ R2R 7. C5D++

Nessa armadilha clássica a Dama é oferecida pelas brancas em troca de uma melhor posição
no tabuleiro. No ímpeto de tomar a peça do oponente as pretas não percebem a jogada, o que
acaba resultando no xeque-mate.
1. Me falem jogadas que rapidamente ou quase certeza que voce ganhe!
R:Bom, as jogadas rapidas de serem ganhadas q eu conheço, são estas citadas acima
por vc; mas como já disseram é bom saber delas mais para se previnir de cair nelas do
q p/ aplica-las, principalmente quando trata se de um jogo sério contra pessoas
experiêntes. Não há certeza de vitória nestas jogadas, pois sempre vc vai ter que
contar com uma jogada errada do adversário e isto não se faz, é melhor jogar julgando
as melhores possibilidades do oponente, e esse é o xadrez q vc deve jogar se quer ser
bem sucedido...

2.Como funciona esses numeros e letras dai de cima??

R= Rei
D=Dama
C=Cavalo
B= Bispo
T=Torre
P=Peão

TD = Torre da Dama
CD=Cavalo da Dama
BD=Bispo da Dama
D=Dama
R= Rei
BR=Bispo do rei
CR= Cavalo do rei
TR= Torre do Rei

PTD=peão de torre de dama


PCD=peão de cavalo de dama

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PBD=peão do bispo da dama


PD=peão da dama
PR=paão do rei
PBR=peão do bispo do rei
PCR=peão do cavalo do rei
PTR=peão da torre do rei

Esta é a descrição das peças, agora tem as casas que são representadas por números e
na forma descritiva é progressiva para os dois lados. V amos ver por exemplo como
fica o mate pastor:

1.P4R , P4R isto quer dizer q o peão de rei avançou duas


casas para frente, pois 1R é onde o Rei está 2R é a casa inicial do PR, então ele passou
pela casa 3R e parou na casa 4R então P4R

2.D5TR, C3BD dama na 5 de torre de rei, cavalo na 3 do bispo de dama

3,B4BD, C3BR bispo na 4 do bispo da dama, cavalo na 3 do bispo de rei

4.DxP7BR++ Dama captura peão na 7 do bispo de rei, mate.

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Dicas Úteis
1. DESENVOLVA RAPIDAMENTE TODAS AS PEÇAS
A abertura é a fase do jogo na qual o principal objetivo é
desenvolver as peças e fazer o roque o mais rapidamente
possível. A abertura estará completa quando um ou ambos
os jogadores tiverem as suas torres conectadas. O jogador
que terminar o seu desenvolvimento primeiro, ganhará a
iniciativa.
2. DESENVOLVA OS CAVALOS ANTES DOS BISPOS
Enquanto os bispos conseguem controlar várias casas de
suas posições originais, se não houver peões obstruindo
sua passagem, os cavalos, por serem peças de menor
mobilidade, dominam apenas as casas vizinhas e demoram
mais para chegar ao campo adversário.
3. NÃO MOVA DUAS VEZES A MESMA PEÇA DURANTE A
ABERTURA
A cada lance, tente colocar suas peças nas melhores
posições possíveis. Mexer a mesma peça mais de uma vez
durante a abertura é uma perda de tempo e pode significar
a perda da iniciativa.
4. NÃO FAÇA MOVIMENTOS DESNECESSÁRIOS DE PEÕES
NA ABERTURA
Durante a abertura deve-se restringir ao máximo o
movimento de peões. Pois, o tempo gasto com esses
movimentos poderia ser utilizado para desenvolver uma

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peça. Geralmente, o movimento de peões é adequado


quando tem a finalidade de ocupar o centro ou abrir
diagonais para a dama e os bispos.
5. NA ABERTURA COLOQUE A DAMA ATRÁS DA SUA
PRÓPRIA LINHA DE PEÕES
Por ser uma peça muito poderosa, a dama também é uma
peça muito vulnerável e alvo constante de ataque
adversário. Por isso, durante a abertura é conveniente
colocá-la atrás de um peão, preferivelmente na segunda
fila, liberando a primeira fila para o desenvolvimento das
torres.
6. NUNCA TROQUE PEÇA DESENVOLVIDA POR PEÇA NÃO
DESENVOLVIDA
Em geral é um péssimo negócio trocar uma peça bem
colocada por uma peça má colocada. Quando você troca
uma peça desenvolvida por uma peça não desenvolvida
adversária, você perde o tempo consumido por aquela peça
e a mesma coisa é válida se você trocar uma peça que se
moveu várias vezes, por uma do adversário que moveu-se
apenas uma vez.
7. FAÇA O ROQUE O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL
A segurança do rei é um dos mais importantes fatores
durante a abertura e o meio-jogo.
O rei no centro, principalmente em posições abertas, estará
sempre vulnerável a ataques do adversário.
Rocar significa colocar o seu rei confortavelmente atrás de
uma barreira de peões e permitir o desenvolvimento de
uma torre que rapidamente poderá ocupar uma coluna
aberta ou semi-aberta.
8. O ROQUE PEQUENO É MAIS SEGURO DO QUE O ROQUE
GRANDE
Além de mais rápido (você só precisa mover duas peças), o
roque pequeno deixa o rei mais longe do centro e mais
seguro atrás de uma fileira de peões protegidos. No
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entanto, fazer o roque na ala oposta ao do adversário, pode


ser muito interessante para criar mais chances de ataque.
9. TENTE IMPEDIR O ROQUE DO SEU ADVERSÁRIO
Se o seu adversário está demorando muito para rocar,
tente prolongar ainda mais a sua estadia no centro. Uma
das maneiras mais usuais de se fazer isso é controlar uma
das casas de passagem do rei (normalmente f1 ou f8, no
caso do roque pequeno). Manter o rei adversário no centro,
na maioria das vezes, vale o sacrifício de um peão.
10. DOMINE O MAIOR TERRITÓRIO POSSÍVEL
Aquele que possui vantagem de espaço dispõe de maior
mobilidade para suas peças e, portanto, mais flexibilidade
em transferir suas peças de uma ala para a outra. Enquanto
que, aquele que está numa posição restringida, tem
dificuldade de manobrar suas peças, o que pode ser fatal se
elas forem requeridas para a defesa do rei.
11. AVANCE PEÕES PARA GANHAR ESPAÇO
Embora o avanço de peões seja o principal recurso para
restringir a posição inimiga, essa regra deve ser observada
com cuidado, pois quanto mais distante os peões estiverem
da sua base se tornam mais difíceis de serem defendidos.
Além do mais, cada avanço de peão cria fraquezas em suas
adjacências, que podem vir a ser ocupadas por peças
inimigas.
12. MANTENHA SUAS PEÇAS O MAIS PRÓXIMO POSSÍVEL
DO CENTRO
Uma peça no centro controla mais casas do que em
qualquer outra parte do tabuleiro. Enquanto um cavalo
colocado no centro pode se mover para oito casas, um
cavalo situado em um dos cantos tem apenas duas opções
de movimento. O controle do centro também é importante
porque é através dele que as peças se movimentam de um
lado para o outro do tabuleiro e, se as suas peças
conseguem se movimentar mais rapidamente do que as
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peças do seu adversário, então você terá mais chances de


criar um ataque bem sucedido.
13. NÃO DÊ CHEQUES DESNECESSÁRIOS
Cheque desnecessário é aquele que pode ser facilmente
defendido pelo adversário. Durante a abertura a maioria
dos cheques pode ser defendida com lances que favorecem
o desenvolvimento.
14. EVITE OS PEÕES DOBRADOS
Peões dobrados são dois peões da mesma cor, numa
mesma coluna. Os peões dobrados têm menos mobilidade
que os peões normais e são mais vulneráveis ao ataque
inimigo, especialmente quando são isolados. Contudo, nem
sempre peões dobrados são uma desvantagem. Muitas
vezes, o dominio da coluna aberta ou semi-aberta
adjacente ou o controle adicional do centro, pode ser uma
compensação suficiente.
15. EVITE OS PEÕES ISOLADOS
Peões isolados são aqueles que não têm peões da mesma
cor nas colunas vizinhas. Portanto, quando são atacados,
não podem ser defendidos por outro peão, mas devem ser
defendidos por peças. A principal fraqueza de um peão
isolado é que a casa em frente dele é débil porque não
pode ser controlada por outro peão e pode ser ocupada por
uma peça inimiga. Os peões isolados são ainda mais
vulneráveis quando estão em colunas semi-abertas, pois
são alvos fáceis para as torres adversárias.
16. EVITE AS ILHAS DE PEÕES
Cada grupo de peões separados por uma ou mais colunas é
chamado de ilha. Cada ilha possui uma base que deve ser
defendida por peças. Portanto, quanto mais ilhas de peões
você tiver, maior a dificuldade para defendê-las. Sempre
que fizer uma troca é muito útil considerar como ela
influenciará a sua estrutura de peões. Nos finais de partida,

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o menor número de ilhas de peões pode ser considerada


uma vantagem significativa.
17. EVITE AVANÇAR OS PEÕES COLGANTES
Chamamos peões colgantes, quando dois peões vizinhos
não possuem amigos em suas colunas adjacentes.
Se eles estiverem numa mesma fila, eles podem controlar
várias casas à sua frente, o que é uma vantagem, mas em
compensação eles não podem ser defendidos por outros
peões.
Se um deles avança, se cria um peão atrasado e uma casa
débil que pode ser explorada pelo adversário.
18. SEMPRE QUE POSSÍVEL, CRIE UM PEÃO PASSADO
Peão passado é aquele que não possui peões adversários
no seu caminho, tanto na coluna onde está como nas
colunas vizinhas.
O peão passado é considerado uma arma muito perigosa
pois tem a possibilidade de avançar até a oitava fila e se
promover.
19. COLOQUE SEMPRE UMA TORRE ATRÁS DE UM PEÃO
PASSADO
As torres se tornam mais ativas quando estão atrás de um
peão passado, tanto para apoiar os seus próprios peões,
quanto para atacar os peões adversários.
20. BLOQUEIE SEMPRE OS PEÕES PASSADOS DO
ADVERSÁRIO
Um peão passado, principalmente quando está bem
defendido por peças inimigas, pode se tornar uma arma
muito poderosa e por isso deve ser bloqueado o mais
rápido possível. Bloquear um peão significa conter o seu
avanço colocando uma peça no seu caminho. O cavalo e o
bispo são consideradas as melhores peças para fazer o
bloqueio.
21. EVITE AVANÇAR OS PEÕES QUE PROTEGEM O SEU REI

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Cada movimento de peão cria uma debilidade que, embora


pareça irrelevante à primeira vista, pode vir a ser explorada
mais tarde pelo adversário.
22. EVITE TROCAS DESNECESSÁRIAS
Como regra geral você só deve trocar peças:
Quando o seu adversário detém a iniciativa;

Dicas especiais do jogo de xadrez

Jogar xadrez, ao contrario do que alguns pensam, não é somente saber mexer as
“pecinhas”, mas também, tem que saber montar uma boa estratégia para poder derrotar
seu oponente. Em um jogo de xadrez, o importante é estar 100% ligado em tudo o que
estiver acontecendo, e assim, conseguir fazer uma boa jogada para vencer o seu
adversário.

Uma das jogadas mais utilizadas é o “xeque pastor”, na qual, com apenas três jogadas
você dá o xeque-mate e utilizando apenas a dama e um bispo. Mas essa jogada já é
manjada por quem já joga xadrez, então você dificilmente vencera alguém com essa
jogada. Mas existem milhares de jogadas, em que muitas vezes não são de ataque, mas
sim de defesa, que também é essencial para se vencer uma partida de xadrez. Umas das
principais dicas é sempre defender o rei, é obvio, e também sempre estar movendo seus
bispos e cavalos, pois eles são peças fundamentais para te ajudar a vencer.

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