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O Caso Kadi II é uma ação judicial que envolveu o senhor Youssef Kadi, um

cidadão suíço que foi incluído em uma lista de indivíduos e organizações


ligadas ao terrorismo pela União Europeia e pelos Estados Unidos. O caso foi
levado à Corte de Justiça da União Europeia (CJUE) em 2008, com o objetivo de
contestar a inclusão do senhor Kadi na lista e questionar a legalidade das
medidas tomadas pelas autoridades da União Europeia.

Os argumentos do senhor Kadi enfatizaram que sua inclusão na lista foi


baseada em alegações infundadas e sem evidência concreta, e que ele não foi
dado a oportunidade de defender-se antes de ser incluído na lista. Ele também
argumentou que as medidas tomadas pelas autoridades da União Europeia para
incluí-lo na lista violavam seus direitos fundamentais, incluindo o direito à
presunção de inocência e o direito à defesa.

A CJUE decidiu que as autoridades da União Europeia deveriam fornecer ao


senhor Kadi informações suficientes sobre as razões para sua inclusão na lista e
dar-lhe a oportunidade de se defender antes de tomar qualquer medida contra
ele. A decisão também estabeleceu que as autoridades da União Europeia
deveriam revisar regularmente a inclusão do senhor Kadi na lista e considerar as
alegações dele.

Este caso teve implicações importantes para a proteção dos direitos individuais e para o
princípio da proporcionalidade nas medidas tomadas pelas autoridades da União Europeia
para combater o terrorismo. Alguns outros casos que surgiram depois deste também
enfocam essas questões, incluindo o Caso Othman (2013).
O Caso Othman (2013) é um caso pendente na Corte Internacional de Justiça
(CIJ) envolvendo a questão da extradição do cidadão saudita, Ahmad Abdel
Rahman Ahmed Al-Faqi Al-Mahdi, acusado pelo Tribunal Penal Internacional
(TPI) de crimes de guerra relacionados ao destruição de patrimônio cultural na
cidade de Timbuktu, no Mali, durante a ocupação por extremistas islâmicos em
2012. A acusação alega que Al-Mahdi, que na época era líder de um grupo
extremista, liderou a destruição de nove monumentos e edifícios históricos em
Timbuktu, incluindo mesquitas e mausoléus sagrados.

Em agosto de 2016, a CIJ ordenou a detenção de Al-Mahdi, que se entregou


voluntariamente às autoridades nigerianas, e decidiu que ele deve ser entregue ao TPI para
responder pelos crimes de guerra de que é acusado. No entanto, a decisão ainda não foi
implementada e o caso continua pendente.

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