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Empatia: como lidar com a diversidade?

O tema da diversidade tem cada vez mais sido debatido na sociedade. As conquistas dos
movimentos sociais e a conscientização das pessoas acerca da necessidade de lidar com o
outro tem feito com que o conceito de empatia esteja ainda mais em evidência.

A grosso modo, a definição mais comum e aceita acerca do conceito de empatia é a capacidade
que alguém possui de colocar-se no lugar do outro, de modo a compreende-lo mais
profundamente e assim saber como lidar com ele de uma forma melhor.

Compreendendo melhor o conceito de empatia


Como dissemos anteriormente, empatia é, em termos gerais, a capacidade de se colocar no
lugar do outro. É preciso lembrar que empatia é diferente de simpatia; essa confusão entre
esses dois conceitos é muito comum.

Simpatia é quando uma pessoa tem afinidade de sentimentos com outra e sabe lidar com ela
de forma gentil. A empatia, por sua vez, vai muito além disso. Ela é um atributo em grande
parte intelectual, ou seja, oriundo das faculdades mentais, mas também se trata de uma
conexão emocional.

Quando somos empáticos, conseguimos compreender tudo aquilo que possa estar se passando
na mente do outro, o que ele está sentindo e por que tem tais sentimentos, mas tudo isso de
acordo com a visão de mundo dele, as crenças, valores e princípios que ele possui e não os
seus. Em outras palavras, é compreender o que se passa com o outro a partir dos referenciais
dele.

O poder da empatia
Para entender o poder da empatia e como ela funciona, de modo mais prático, vale a pena
fazer um pequeno exercício reflexivo. Imagine que um adolescente negro e pobre, que mora na
periferia de uma grande cidade, conseguiu passar no vestibular de uma universidade pública.

Ele venceu o grande funil que é o processo do vestibular e entrou em uma universidade pública
e gratuita. No entanto, ele vem de um lar disfuncional e também não possui recursos
financeiros para se manter na universidade.

A universidade oferece bolsas de auxílio, porém a demanda é maior que a oferta e, apesar de
precisar muito, o tal aluno supracitado não conseguiu uma bolsa de auxílio. Um grupo de
estudantes, ainda que possuam as condições financeiras, compadecidos e solidários com a
realidade do colega, organizam manifestações com o conselho estudantil para que a
universidade aumente a quantidade de bolsas de auxílio para os alunos desfavorecidos.

Essa é uma forma de demonstrar empatia. Esse aluno poderá se dedicar melhor aos estudos,
com menos preocupações, ter um rendimento melhor, enfim, poderá ter um mínimo de
condições de se manter e permanecer na universidade, tudo isso por ter sido um contemplado
com o aumento da quantidade de bolsas de auxílio.

Usando a empatia na vida e na sociedade

Para ser uma pessoa empática, não é preciso ter necessariamente vivenciado a realidade
daquela pessoa. É uma habilidade que pode ser exercitada usando uma forma de reflexão mais
ampla, aberta e solidária e usando a inteligência emocional para fazer da convivência com o
outro e do mundo um lugar melhor e mais justo.

Você é uma pessoa empática? Em que situações já se solidarizou com os acontecimentos da


vida do outro e mostrou compaixão e empatia? Conte-nos nos comentários!

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