Turma A 2ª AVALIAÇÃO – 1º/2023 Alunos: João Vitor de Araujo Coutinho – RA: 22301853 Pedro Hugo Mendonça – RA: 22302461
Caso 1
Questão 1: O Direito Penal é o ramo do Direito que
define os comportamentos humanos, seja eles os mais simples aos mais elaborados, que são considerados crimes e estabelece as punições correspondentes. É um ramo do direito público, pois está tratando das normas que regulam as relações entre o Estado e os indivíduos.
Questão 2: Foi realizado vários crimes, sendo eles
sequestro, homicídio e o homicídio qualificado. Na mesma ordem os crimes foram cometidos por Luiz Henrique Romão, Jorge Luiz Rosa e Dayanne Rodrigues. Já o crime de homicídio foi cometido por Marcos Aparecido dos Santos , o Bola. E Bruno Fernandes, por sua vez, foi condenado como mandante do crime de homicídio qualificado. Os direitos violados foram de Eliza Samudio, que foi privada de sua liberdade, morta de forma cruel e teve seu corpo escondido, além do bebê que ela carregava que foi privado do seu direito à vida. Também levando em consideração que a família de Eliza e pessoas próximas foram impactadas com a perda e a violência sofrida por ela.
Questão 3: Nós condenaríamos os réus. Pois havia
várias provas, que incluíam depoimentos de testemunhas, análises de imagens de segurança, laudos periciais e informações obtidas por escutas telefônicas. Ademais, vale ressaltar que foram encontradas marcas de sangue da vitíma no carro do goleiro Bruno. E essas provas foram consideradas suficientes para comprovar a participação dos réus no crimes.
Questão 4: A questão da preservação da dignidade da
pessoa humana é um tema aplamente discutido no âmbito jurídico, sobretudo nos casos relacionados a crimes violentos. No caso do assassinato de Eliza Samudio, é notória a violação de seus direitos humanos, além de sua dignidade enquanto ser humano. Nesse sentido, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios já se manifestou sobre a questão da preservação da dignidade na esfera criminal. No julgamento do processo número 20160110135681APR, a Câmara Criminal destacou que: “A preservação da dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito, e deve ser garantida a todos, inclusive àqueles que, eventualmente , venham a ser processados criminalmente, sob pena de violação aos direitos fundamentais dessa pessoa ou do acusado. O processo penal deve, assim pautar-se pelo respeito à integridade física e moral do acusado, sem prejuízo da apuração dos fatos a que se refere o processo.” Portanto, a preservação da dignidade da pessoa humana é um princípio fundamental que deve nortear todo o procedimento penal, sob pena de violação aos direitos humanos e ao estado democrático de direito. No caso do assassinato de Eliza Samudio, é imperativo que sejam enviados todos os esforços para a busac do corpo da vítima, a fim de que os responsáveis sejam enfim punidos, e que a sua dignidade enquanto ser humano seja preservada.
Caso 2
Questão 1: Homicídio doloso: Mais de 240 pessoas
morreram devido a um incêndio na boate. A causa do incêndio foi a utilização de um sinalizador luminoso, disparado pela banda durante o show, que entrou em contato com a espuma de isolamento acústico do teto e causou o fogo. Luciano Bonilha Leão foi o autor deste crime, comprando e ativando os fogos de artifício que deram início ao incêndio. Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann eram proprietários e por esse motivo deveriam estar cientes dos perigos apresentados no local como a irregularidade da boate, sendo assim, responsáveis e praticantes do mesmo crime. Negligência: O Ministério Público alegou que os proprietários da boate tinham conhecimento das irregularidades e não tomaram as medidas necessárias para garantir a segurança dos frequentadores. O crime de negligência foi cometido pelos proprietários do estabelecimento. Lesão corporal: Muitas pessoas também ficaram feridas durante o tumulto para sair da boate, causando lesões físicas e psicológicas em Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann e Luciano Bonilha Leão são os autores desse crime. Violação das normas de segurança contra incêndios: A boate Kiss estava em desacordo com as normas básicas de segurança, como a falta de saídas de emergência adequadas, extintores de incêndio vencidos e superlotação do estabelecimento.Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, sócios-proprietários estavam violando essas normas.
Os direitos violados foram: Direito à vida: Mais de 240
pessoas perderam a vida no incêndio, o que representa uma violação grave do direito à vida de cada uma delas. Direito à integridade física e psicológica: As pessoas que sobreviveram ao incêndio sofreram lesões físicas e psicológicas significativas, causando traumas duradouros. Direito à segurança: A boate Kiss descumpriu normas básicas de segurança, colocando em risco a vida e a integridade dos frequentadores. O direito à segurança implica que os estabelecimentos devem oferecer condições adequadas para prevenir acidentes e garantir a proteção das pessoas. Direito à informação: Os frequentadores da boate não foram informados corretamente sobre as rotas de saída e os procedimentos de segurança em caso de emergência, o que dificultou a evacuação rápida e segura do local. Direito à assistência e reparação: Às vítimas e seus familiares têm direito a receber assistência e reparação adequadas, incluindo apoio médico, psicológico e compensações financeiras por parte dos responsáveis pelo ocorrido. Todos os funcionários não responsáveis pelo incidente e vítimas do caso tiveram seus direitos violados.
Questão 2: Considerando os elementos de prova, os
depoimentos das testemunhas, as perícias técnicas e a aplicação das leis pertinentes. Eu condenaria os réus de acordo com todos os crimes cometidos. Pois o Ministério Público alegou que os proprietários da boate tinham conhecimento das irregularidades e não tomaram as medidas necessárias para garantir a segurança dos frequentadores. E o autor da solta de fogos também foi leigo ao pensar que soltar fogos de artifício em uma boate fechada com centenas de pessoas não causaria danos. E especificamente nesse caso os danos foram irreparáveis, tirando a vida de 242 pessoas e deixando centenas de famílias horrorizadas e traumatizadas com a situação, além dos 600 feridos deixados no local.
Questão 3: Uma jurisprudência recente do STJ que
trata de responsabilidade civil em casos de incêndios ocorreu em dezembro de 2020, no julgamento do caso de um incêndio em um edifício residencial em São Paulo. O STJ decidiu que a construtora e os proprietários do prédio, bem como a empresa responsável pela manutenção dos equipamentos de segurança contra incêndio, são responsáveis pelo dano causado aos moradores que perderam seus bens durante o incêndio. A decisão do STJ se baseou na teoria do risco da atividade, que pressupõe que os envolvidos em uma atividade têm o dever de indenizar o dano causado, independentemente de culpa, quando a atividade envolve riscos para terceiros. Aplicando essa teoria ao caso da Boate Kiss, podemos inferir que os sócios-proprietários da boate, o produtor musical e a banda Gurizada Fandangueira podem ser considerados responsáveis pelo incêndio e pelas consequências (mortes e feridos) decorrentes dele, conforme as investigações que apontaram as falhas na segurança, falta de alvarás e vistorias em dia, ausência de saídas de emergência suficientes, entre outros problemas. Dessa forma, é importante destacar que as normas de segurança devem ser rigorosamente cumpridas em qualquer atividade que envolva riscos para terceiros, para evitar tragédias como a da Boate Kiss e garantir a responsabilização adequada de todos os envolvidos.