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Instituição Faculdade Anhanguera de Sobral Data: 01 de junho de 2023

Curso Direito Valor:


Disciplina Fund. Hist. e Introd. do Direito
Professor Géssica Moura
Série - Turma 1° semestre – Noturno

ALUNA: Maria do Carmo Leonardo Bastos


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O JULGAMENTO DE NUREMBERG

O Julgamento de Nuremberg foi um marco que retrata os horrores da 2ª


guerra mundial e suas atrocidades. A partir do relato dos fatos contidos no filme,
baseado em fatos reais, foi que a humanidade pode realmente dimensionar a
barbárie que Hitler e seus seguidores cometeram contra a humanidade,
principalmente aos judeus. Isso por se considerarem uma raça superior.
Em Nuremberg, na Alemanha, após a segunda guerra, foi montado um
tribunal Militar internacional para julgar os crimes de guerra cometidos pelo alto
escalão nazista subordinado a Hitler. Durante esse julgamento que chegou a durar
quase um ano, foram juntas diversas provas e testemunhos para a condenação
dos envolvidos no holocausto.
Holocausto foi o nome dado a maior carnificina, ao extermínio humano no
século XX, foi a maior atrocidade contra a humanidade e, portanto, não poderia
ficar impune. Os alemães perpetraram inúmeros crimes contra a humanidade. No
filme, é citado que eles, infringiram a Convenção de Genebra e Convenção de
Haia, com sede, na Holanda, tribunal, que julga criminosos de Guerra.
Esse foi o primeiro julgamento em que uma nação foi julgada por crimes
contra outras nações, mostrando através das filmagens reais das carnificinas dos
campos de concentração que o homem realmente é lobo do homem. Raça insana
que aniquila os seus.
Os réus alemães foram julgados (menos Adolf Hitler e outros que haviam se
matado anteriormente) e, em sua maioria condenados, alguns a força, outros a
prisão perpétua, outros a prisão de anos e alguns poucos foram absolvidos.
O filme retrata que a guerra é um ato insano e cruel, pois só quem sofre com
isso são as minorias e o povo. Os que comandam as guerras estão, em sua
maioria, senão todos, no alto escalão social e político, livre de todas as mazelas e
horrores advindas da mesma.
Todas as atrocidades cometidas pelos alemães durante a 2ª guerra foram
cometidas em nome da lei. A lei autorizava todas as atrocidades. O ministro da
justiça do estado nazista do Reich alemão em 1943 fez um decreto que dizia
mulheres estrangeiras podem abortar. O estado nazista não protege a sua vida
intrauterina, pode abortar à vontade. Mulheres da raça ariana não podem, pois é
crime, o produto da sua concepção pertence ao estado não a elas. Isso nos dá um
exemplo de como a aplicação da lei sem interpretação pode trazer graves
distorções.
Diante disso, depois da segunda guerra, Hans frisou que: o direito penal
não está nos livros, nas bibliotecas eruditas, nem nos discursos dogmáticos. O
direito penal, antes de ser uma ciência jurídica, é uma ciência social. O direito
penal tem os pés fincados no direito social e o operador do direito deve ter o
referencial sociológico na sua pauta de interpretação. Não dá para analisar um fato
a luz de um direito que pune e castiga desconsiderando os aspectos sociais
contextuais e políticos.
Por isso Hans Welzel, após a 2 guerra mundial, resolveu acrescentar a sua
teria finalista que diz que fato típico é composto de subsunção formal, mas dolo ou
culpa, mais um elemento na sua fase pós finalista o elemento social. Fato típico é
sempre um fato doloso ou culposo descrito em lei como crime, desde que produza
um dano socialmente relevante.
O dano socialmente relevante passou a ser mais um elemento do fato típico.
Com isso, passamos a ter a teoria social da ação, ou seja, crime é todo fato
definido em lei como tal, praticado mediante dolo ou culpa que seja considerado
socialmente inadequado. Por isso nós passamos a ter então no quadro dogmático
pós 2ª guerra mundial o crime dividido em três etapas: fato típico antijurídico/ilícito
e culpável.
O fato típico passa a ser composto de três elementos dolo culpa subsunção
formal e dano socialmente relevante na ilicitude ou antijuridicidade as suas causas
de exclusão: legitima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever
legal e exercício regular do direito; por fim vem a culpabilidade composta de
imputabilidade, consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa.

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