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FACMAIS

FACULDADE DE INHUMAS

JEAN ALEX DE OLIVEIRA JÚNIOR

O FILME HANNAH ARENDT CONSIDERANDO A AFIRMATIVA “A


IMPORTÂNCIA DA 2ª GUERRA MUNDIAL NA FIXAÇÃO DOS DIREITOS
HUMANOS”

Inhumas
2022
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JEAN ALEX DE OLIVEIRA JÚNIOR

O FILME HANNAH ARENDT CONSIDERANDO A AFIRMATIVA “A IMPORTÂNCIA


DA 2ª GUERRA MUNDIAL NA FIXAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS”

Trabalho do Curso de Direito da


Faculdade FACMAIS de Inhumas,
apresentado como composição de nota
semestral, 3º período, disciplina de
Direitos Humanos.

Orientadora: Prof(a) RaphaelA Teodoro

Inhumas
2022
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1 INTRODUÇÃO

Trabalharemos aqui o filme Hannah Arendt com relação da Importância


da 2ª Guerra Mundial na fixação dos Direitos Humanos, já que diversos direitos
foram violados com a guerra, as pessoas deixaram de ser pessoas e se tornaram
objeto de tortura. A 2ª Guerra Mundial aconteceu entre 1939 e 18945, teve
proporções Globais e foi o enfrentamento entre Aliados – Reino Unido, França,
União Soviética e EUA e Eixo – Alemanha, Japão e Itália, estendeu-se pela Europa,
África, Ásia e Oceania. Após 6 anos de conflito e 60 milhões de mortes,
aconteceram diversos casos nesse tempo, um deles foi o lançamento das bombas
Hiroshima e Nagasaki, o Holocausto, o Massacre de Kytan, etc. A guerra somente
terminou com a assinatura de um documento em que os japoneses alegavam
rendição aos americanos e os nazistas aos aliados. Pós guerra, cria-se a ONU,
quem tem a intenção de combater esse tipo de conflito que houve como o da 2ª
Guerra.

2 DESENVOLVIMENTO

O filme Hannah Arendt retrata a história de uma filósofa que foge com
o marido do campo de concentração nazista e se estabelece na América, muitos
anos após isso, ela consegue cobrir um julgamento, justamente de uma pessoa que
fazia parte daqueles campos de concentração, Adolf Eichmann, um dos principais
organizadores do Holocausto. Hannah escreve reportagens sobre este período e
sobre os alemães e judeus na guerra, o que gera muita revolta nas pessoas, porque
ela tenta olhar pela perspectiva dos dois lados e não somente o das pessoas que
morreram, foram dizimadas e maltratadas, ela deixa claro que o Estado tem que
funcionar para garantir as liberdades e direitos das nações, individuais e coletivas,
que é necessário se estabelecer e respeitar a cidadania e os Direitos Humanos, para
que os mesmos não sejam combatidos, afrontados ou até mesmo desmerecidos.

Hannah é a primeira pessoa a escrever sobre o Holocausto, ela é


atacada por amigos e inimigos, mas se mantém firme, o intuito do filme é
compreender como o ser humano pode ser tão ruim a ponto de planejar um
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massacre tão grande, como surge a ideia na mente das pessoas, o que as leva a
achar que exterminar uma raça, um povo é uma coisa boa. Eichmann foi o
coordenador nos Campos de Concentração, opunha-se aos judeus, assim ainda
havia algum nexo (mesmo que inexistente), mas os líderes judeus, o próprio povo
que foi condescendente com essa ideia, sacrificou seu próprio povo por poder. O
que Hannah quis com o filme, foi mostrar a banalidade do mal, lutar contra a ideia de
mundo onde a democracia é negada, os direitos e garantias não são respeitados e
nem os cidadãos cumprem com seu dever. Ela questionava o sistema, mas também
as pessoas, em si, como pode alguém ser tão ruim a ponto de querer matar outras
pessoas.

Pós 2ª Guerra Mundial surge então a ONU – Organização das Nações


Unidas, em 1945, na intenção de selar a paz, o desenvolvimento econômico e
social, respeito aos Direitos Humanos, levando em consideração a participação de
todos. Após a criação da ONU, em 1948, foi aprovado a Declaração Universal dos
Direitos do Homem, com trinta artigos, deixando claro que todas as pessoas
possuem direito a segurança social, direitos econômicos, sociais, culturais e o livre
desenvolvimento das pessoas, essa DUDH vem com a intenção de fixar os direitos e
deveres do Estado e do povo, garantindo os direitos fundamentais a serem
respeitados e concretizados, para que funcionem de verdade e não somente no
papel.

Existem 5 gerações de direitos humanos. A primeira é baseada direitos


fundamentais e políticos e corresponde ao constitucionalismo ocidental. A segunda é
baseada nos direitos sociais, econômicos, culturais e surge a ideia de igualdade,
onde o Estado deve atuar na coação das desigualdades. A terceira geração
corresponde aos direitos difusos e coletivos, conhecido como direito do povo, é
baseado no respeito ao meio ambiente, comunicação, desenvolvimento. A quarta e
quinta geração ainda há discussão, mas trata da bioética e Bonavides, referente a
evolução cibernética e desenvolvimento de computadores, entre outros.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No pós guerra surge então a ONU, com os grandes crimes sofridos na 2ª


Guerra e violações a vida humana, passa-se a dar uma maior importância aos
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direitos individuais e coletivos, respeitando as pessoas bem como as ideias, o povo,


a vida em si. O processo de evolução de direitos é muito grande, visto que o
primeiro direito existente é de antes da 1ª Guerra. É a somatória de todos os direitos
e deveres que passaram com o tempo, respeitando os povos, nações e tudo mais
que existir. A segunda guerra foi de extrema importância para mostrar e demonstrar
que os direitos já existentes não conseguiam dirimir conflitos de forma legal e certa,
deixavam que virassem guerras e conflitos sangrentos, após a guerra e com a
criação do DUDH, fica obvio que isso não pode e não deve mais acontecer, então
passam a respeitarem de forma maior os cidadãos, fixando-se assim melhor os
Direitos Humanos na intenção de trazer e conquistar a paz e igualdade entre
pessoas e gêneros, o que fica mais nítido com a CF 88 que visa garantir e
fundamentar a cidadania e a dignidade humana que Hannah tanto clama.

REFERÊNCIAS

Assembleia Geral das Nações Unidas; Declaração Universal dos Direitos Humanos;
Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-
humanos. Acesso em: 12 abr 2022.

BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. 10. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992, p. 6

SARLET, Ingo Wolfgang. A Eficácia dos Direitos Fundamentais. 8ª Edição, Porto


Alegre: Livraria do Advogado Ed., 2007, p. 58.

WEIS, Carlos. O pacto internacional dos direitos econômicos, sociais e culturais.


São Paulo,1998 .Disponível em:
http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/direitos/tratado6.htm.
Acesso em: 13 abr. 2022.

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