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Maria Pereira Sequeira nº41239

FILME: The Judgment of Nuremberg

O final da 2ª Guerra Mundial tornou evidente todo o rasto de destruição, pobreza e um


colossal número de vítimas mortais espalhadas por toda a Europa. Estima-se que cerca de 60
milhões de pessoas perderam a vida tornando-se, assim, o conflito mais mortífero da história da
humanidade. Os Aliados vencedores da 2ª Guerra Mundial: Estados Unidos da América,
Inglaterra, França e Rússia pretendiam a realização de um julgamento por todos os crimes de
guerra que haviam sido cometidos pela Alemanha. Na época não existia qualquer tipo de lei
universal comum a todos os povos pois cada país tinha a sua própria legislação. Com o intuito
de ser um julgamento justo, as potências vencedoras criaram o Tribunal Internacional (a
primeira lei universal que serviu de base, mais tarde, à Sociedade das Nações) para julgar os
crimes de guerra que haviam sido cometidos por vinte e quatro proeminentes membros da
liderança política, militar e económica da Alemanha Nazista.

No entanto um dos maiores entraves a este julgamento foi o facto de crimes de guerra
nunca terem sido considerados como crimes e então o julgamento acabou por ser encarado,
inicialmente, como uma forma de enaltecer o poder dos Aliados. É de salientar que antes e no
decorrer desta guerra vigorava na Alemanha um regime político de extrema direita, o partido
nazi, liderado por Adolf Hitler, que para além de chefe de estado era visto como um deus e
idolatrado. Hitler defendia que apenas a raça ariana era digna de viver na “sua” Alemanha

O início do filme demonstra o cenário trágico do pós-guerra como as cidades destruídas


e devastadas e a pobreza. O edifício escolhido para a realização deste julgamento foi o palácio
da justiça onde reclusos o restauraram para a audiência.

Um pormenor, deveras importante e que demonstra a hierarquia por detrás do governo


de Adolf Hitler, é a lealdade para com o regime e com o partido nazi de extrema direita pois
mesmo perante um tribunal numa primeira audiência, como perdedores da 2ª Grande Guerra,
quase todos os réus se autodeclararam inocentes.

A defesa representante de cada Estado estava então encarregue de enunciar todos os


tipos de crimes que foram cometidos pelo partido nazi e apresentar relatos e provas que
comprovassem tais crimes. Foram então apresentados relatos verídicos acompanhados de
imagens das brutalidades cometidas. Comprovou-se que utilizavam Judeus para realizar testes
experimentais; os campos de concentração eram um completo atentado à vida humana e não
eram tratados sequer como seres humanos. Hitler queria manter a Alemanha um país “limpo”1
e manter apenas a raça Ariana. Assim os Judeus, por serem comunistas, eram vistos como
inimigos e uma ameaça ao poder nazi.

Com o fim do julgamento foram declarados os tipos de crime: conspiração para cometer
agressão; crimes contra a paz; crimes de guerra e crimes de humanidade. As penas variavam,
consoante os crimes cometidos, entre 20 anos, pena perpétua e pena de morte por
enforcamento.

A radicalização do antissemitismo2 coagiu mais de metade da população judaico-alemã


a procura exílio fora da Alemanha. Às vésperas da 2ª Guerra Mundial, apenas 250 mil judeus
ainda viviam na Alemanha (menos de 0,5% da população total). Estima-se que os campos de
concentração tenham massacrado e levado a vida a mais de seis milhões de pessoas, sendo um
dos episódios mais negros da História.

1
Para Adolf Hitler a única raça merecedora de habitar na Alemanha era a raça Ariana, todos os que não
fossem totalmente alemães e não possuíssem as características de tal raça (pele e cabelo claros e olhos
azuis) eram exterminados;
2
O antissemitismo é o preconceito e a discriminação contra os judeus, baseada, fundamentalmente, no
ódio contra a sua etnia, cultura e religião.

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