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Banalidade

do Mal
GEOGRAFIA

Grupo: Amanda Mendes, Diogo


Dias e Jéssica Guedes - 2°A
O QUE É A BANALIDADE DO MAL?
A Segunda Guerra Mundial foi um grande conflito
ocorrido entre 1939 a 1945. Alcançou proporções
globais, incluindo grandes potências daquele período. A
Alemanha de Hitler buscava o extermínio de grupos
étnicos que não faziam parte da raça ariana.

Hitler e o partido nazista foram responsáveis ​pela morte e


pelo massacre de diversos judeus. O genocídio foi uma
medida brutal seguida pelo governo alemão, foram cerca
de cinco milhões de mortos nesse período.

Adolf Hitler em discurso à


Hannah Arendt foi chamada para assistir e escrever sobre
o julgamento de Adolf Eichmann, um dos responsáveis
juventude nazista.
pelas atrocidades cometidas pelos nazistas. Foi nesse
grande momento que ela escreveu sobre a Banalidade do
mal, o mal banal do indivíduo.
Ao longo da Segunda Guerra Mundial, com a ascensão do nazismo, tivemos
inúmeros casos de migração e deportação de judeus. A função do exílio e
deslocamento era conduzida por oficiais do partido nazista.
Um deles era Karl Adolf Eichmann, responsável por ocupar funções na Seção de
Assuntos Judaicos do Departamento de Segurança de Berlim.

Com o fim da guerra e a derrota da Alemanha, alguns funcionários do regime


nazista foram perseguidos e acusados ​dos crimes que cometeram no período da
guerra. Muitos deles fugiram com medo do julgamento.

Eichmann, um dos principais colaboradores de Hitler, acusado pela morte de


inúmeros judeus, fugiu para a Argentina. Ele foi encontrado e levado para
Jerusalém, onde foi julgado e condenado à morte. Hannah, foi convidada para
assistir o julgamento e escrever suas impressões sobre esse indivíduo.
Ela aceitou o convite e foi assistir ao julgamento, e todo o conteúdo escrito
durante o julgamento deu origem ao livro “Eichmann em Jerusalém“.
Hannah Arendt chegou à conclusão sobre o mal de Eichmann.
O mal que ele praticava não era um mal demoníaco, mas era
um mal constante que fazia parte da rotina dos oficiais
nazistas como instrumento de trabalho. Ou seja, a banalidade
do mal é um mal que virou comum de ser praticado.

Durante todo o julgamento, Eichmann nunca se considerou


culpado pelos crimes cometidos, sua justificativa era sempre
que apenas cumpria ordens, seguindo as leis vigentes naquele
período. Ele sempre dizia que seguia o certo, seguia o governo
Julgamento de Eichmann.
e as leis do estado, por isso acreditava em sua inocência.

Hannah Arendt acreditava que o problema de usar esse argumento como justificativa seria a
ascensão a regimes totalitários e a banalização da razão e coerência do ser humano.
Eichmann era obcecado por poder e ascensão social, faria qualquer coisa para ser reconhecido
e ter sucesso, mas esse desejo de sucesso é o que levaria a praticar o mal. Era por essa razão
que ele deveria ser punido.

A racionalidade que Eichmann acreditava e usava não era uma racionalidade favorável para a
coletividade. Essa racionalidade não era avaliativa e nem refletida no bem-estar comum.
COMO É POSSÍVEL COMBATER A
BANALIDADE DO MAL?
Hannah Arendt queria mostrar os dois lados da razão: aquela que possui
lógica e reflexão e aquela em que sustenta o bem no próprio indivíduo, a
razão que não é favorável para a coletividade, usada por Eichmann.

Por essa razão que ela acreditava na liberdade do indivíduo para tomar outra
decisão. Uma decisão fundamentada, advinda de reflexão, uma racionalidade
que visa o interesse comum e o bem da coletividade.

Essa racionalidade, mostraria para todos os requisitos, como deveria ser a


compreensão e o conhecimento do ser humano. Como as pessoas deveriam
pensar no estudo, na honestidade e na liberdade. Essa forma de pensamento
seria uma maneira de combater os regimes totalitários e o mal banal.
COMO O CONCEITO DE BANALIDADE DO MAL É
USADO NA ATUALIDADE?
A falta de reflexão crítica sobre determinados assuntos gera a falta de
compromisso ético em grandes proporções. É na banalização do que é antiético
que deixamos o juízo de lado e seguimos a massa.

O problema é que essa ausência de pensamento se traduz na banalidade do mal.


A paixão pela instrumentalidade é a consequência de pensamentos vazios e das
diversas formas banais apresentadas nas sociedades do mundo todo.
Vivenciamos na época de grandes movimentos que estimulam o ódio contra
grupos religiosos e étnicos.

É nessa época de fake news e corrupção que percebemos uma grande


normalização de comportamentos antiéticos sendo fundamentados pelo
equilíbrio ou pela segurança institucional. Essa normalização de comportamentos
prejudica a democracia, as organizações democráticas e a compreensão de cada
indivíduo sobre o que é correto ou não.
QUEM FOI HANNAH ARENDT?
Nascida na Alemanha, em 14 de outubro de 1906, Hannah
Arendt foi uma filósofa e teórica política de origem judaica. Foi
uma grande pensadora do século XX.

Forçada a fugir da Alemanha por conta da ascensão do nazismo,


mudou-se para os Estados Unidos, onde conseguiu a cidadania
estadunidense, permitindo a sua atividade como professora
convidada em universidades e seu trabalho no livro “Origens do
Totalitarismo“.

Hannah Arendt buscava a compreensão da origem do nazismo, a


partir das inquietações sobre os regimes totalitários. Suas
principais obras foram: Eichamnn em Jerusalém, As Origens do
Totalitarismo e A Condição Humana e Entre o Passado e o Futuro.
Ela continuou publicando textos na década de 60 e faleceu em 04
dezembro de 1975, aos 69 anos de idade, devido a um ataque
cardíaco.
OBRIGADO

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