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Hanna Arendt cujo verdadeiro nome é Johanna Arendt nasceu a 14 de outubro de 1906

em Linden na Alemanha e morreu a 4 de dezembro de 1975 em nova iorque nos estados unidos.

Estudou a área da filosofia política e publicou obras como “as origens do totalitarismo”, “a
condição humana”, “Da revolução” e “Eichmann em Jerusalem”.

Nasceu numa família judaica e desde cedo que se interessou por filosofia. Não acaba a
escola mas entra na faculdade onde assiste a aulas de filosofia e teologia protestante. Escreveu
para o jornal “Franlkfuter Zeitung” considerado o único jornal não controlado pela propaganda de
goebbels durante a época do 3º reich.

Foge da Alemanha em 1933, ano em que hitler se torna chanceler. É presa num campo de
concentração e escapa em 1941. Dá aulas na universidade de Chicago entre 1963 e 1967 e na
New school for social research entre 1967 e 1975.

O seu livro “eichmann em jerusalem” introduz um novo conceito com o subtítulo “um
relato sobre a banalidade do mal”. Esta obra relata o julgamento, em jerusalem, de Adolf
heichmann, um tenente coronel da Alemanha nazi responsável pela morte de milhares de judeus.
Junta- se ao partido mnazi a 1 de abril de 1932 e vai subindo dentro do partido onde ganha
grande importância chegando a chefiar o departamento judaico da gestapo. Quando os campos
de concentração de auschwitz, majdanek e chileno entram em funcionamento eichmann sugere
aos seus comandantes o uso de Zyklon-B que passaria a ser usado nas câmaras de gás.
Organiza em conjunto com Reinhard heidricht a “solução final” do problema judaico. A 20 de
janeiro de 1942 participa na conferencia de wansee em que são discutidos os aspetos logísticos
da solução final da qual é designado como principal responsável. Após a queda da Alemanha é
preso várias vezes com diversos nomes, mas só capturado definitivamente a 11 de maio de
1960.

Apesar de ter cometido estes crimes terríveis, aquando o seu julgamento, eichman não
demonstrava sentir um peso na consciência nem remorsos, dizendo que estava apenas a cumprir
ordens. Neste contexto, Hannah Arendt introduz o conceito de banalidade do mal, em que
“devido à massificação da sociedade, criou-se uma multidão incapaz de fazer julgamentos
morais, razão que explica porque aceitam e cumprem ordens sem questionar” como tal, para ela
eichman não podia ser considerado um monstro, apenas um trabalhador que cumpria todas as
ordens que lhe eram dadas e assim o mal tornou-se banal.

Para resumir a banalidade do mal: numa sociedade de massa perdem-se os valores


tradicionais que s são substituídos pelos valores ideológicos de uma ideologia política e do seu
projeto; o indivíduo um indivíduo perde a capacidade pensar por si mesmo e torna-se uma
ferramenta para os seus superiores; as ordens são transmitidas por superiores e os membros de
escalão inferior apenas as executam; assim a execução doe ordens é mera obediência cega;
nesta situação o indivíduo escuta as ordens, não por ódio ou por maldade, pois o que faz é parte
da não consciência dos seus atos; o mal torna-se um ato banal e apenas uma execução de
ordens

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