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Categoria Racionalidade Médica
Categoria Racionalidade Médica
Abstract This article is an analytical report on Resumo O artigo é um relato analítico da traje-
the 20-year trajectory of the ‘medical rationale’ tória de 20 anos da categoria racionalidade médi-
category that emerged in the early 1990s in the ca, que emergiu no Campo da Saúde Coletiva,
area of Social and Human Sciences in Health in área das Ciências Sociais e Humanas em Saúde,
the field of Public Health. Its objective was to study no início da década de 1990, com o objetivo de
complex and therapeutic medical systems and tra- estudar sistemas médicos complexos e terapêuti-
ditional, complementary and alternative medi- cas tradicionais, complementares e alternativas.
cines. Based on a critical review of the literature, Com base em revisão crítica da literatura, apre-
it presents some aspects of the cultural, political, sentam-se aspectos do contexto cultural, político-
institutional and social context of its emergence, institucional e social de seu surgimento, como
as well as its main contributions and developments também suas principais contribuições e desdobra-
on a theoretical level and on social policies and mentos nos planos teórico e das políticas e práti-
practices in health. The southern epistemology cas sociais em saúde. Utiliza-se o conceito de epis-
concept of Boaventura de Sousa Santos is used to temologia do sul de Boaventura de Sousa Santos,
reflect upon the contribution of the ‘medical ra- para a reflexão sobre a contribuição da categoria
tionale’ category to the critique of the post-mod- racionalidade médica à crítica da racionalidade
ern scientific rationale and to the creation of a científica pós-moderna e à construção de uma nova
new epistemology in health. epistemologia em saúde.
Key words Traditional medicine, Complementa- Palavras-chave Medicina tradicional, Terapias
1
Programa de Pós-
Graduação em Saúde ry Therapies, Culture, Epistemology, Medical ra- complementares, Cultura, Epistemologia, Racio-
Coletiva, Instituto de Saúde tionales nalidades médicas
da Comunidade,
Universidade Federal
Fluminense. R. Marques do
Paraná 303/3, Centro.
24.033-900 Niterói RJ
Brasil.
mnascimento3@gmail.com
2
Laboratório de Práticas
Alternativas,
Complementares e
Integrativas em Saúde,
Faculdade de Ciências
Médicas, Unicamp.
por meio de tecnologias cientificamente avança- tureza presente na ciência contemporânea. Esta
das, seja por demonstração empírica tradicio- visão tem raízes no período Renascentista e na
nal. Trata-se também de sistemas institucionali- ascensão do discurso da ciência, quando o real
zados, seja na cultura ocidental, seja em sua cul- foi associado ao racional, e o homem se perce-
tura de origem (China e Índia, nos casos estuda- beu como herdeiro de Deus, mais senhor da na-
dos), às vezes nas duas, e ensinados em institui- tureza do que parte dela. Neste discurso, a natu-
ções acadêmicas legitimadas, embora inseridos reza foi separada do sagrado e do humano, pas-
no sistema global capitalista, onde prevalece a sou a ser objeto de conhecimento, sobretudo
hierarquização dos saberes, juntamente com a com o intuito de ser controlada com fins utilitá-
de sistemas econômicos e políticos. rios11. A tecnologia é a ferramenta para a execu-
As seis dimensões apontadas se constituem ção deste projeto. O complexo médico-industri-
condição necessária e suficiente para estarmos al e a concepção de cura enquanto controle de
em presença de uma racionalidade médica, sen- doenças integram e ilustram esta trajetória.
do base de comparação entre as diversas pesqui- O paradigma vitalista, centrado na saúde e na
sadas (Quadro 1). busca de harmonia da pessoa com seu meio am-
É importante destacar que não se pretendeu biente natural e social, valoriza a subjetividade
comparar sistemas culturais diferentes, mas dis- individual, a prevenção e a promoção da saúde e
tintos sistemas médicos implicados numa mes- a integralidade do cuidado12. Mostra-se compa-
ma cultura, a atual, definida como pós-moder- tível a anseios de preservação e sustentabilidade
na, ao mesmo tempo unificada, fragmentária e em seu sentido amplo, nos níveis biológico, social
sincrética. Não houve também uma tomada de e natural; cujas raízes, presentes em antigas tradi-
posição quanto ao valor ético ou epistemológico ções culturais, são ressignificadas e conquistam
dos sistemas médicos definidos como racionali- espaço crescente na atualidade desde os anos 60,
dade médica. Ao considerar apenas sistemas como portadoras do ideário da contracultura.
médicos complexos estruturados segundo as seis A fase inicial do estudo identificou ainda no
dimensões, o estudo excluiu em sua primeira fase interior de cada racionalidade a coexistência, não
o que se denomina práticas terapêuticas integra- sem conflito, de duas formas de apreensão/inter-
tivas e complementares. pretação: a primeira de caráter teórico, regida pela
A primeira fase do estudo, de caráter teórico razão; a segunda, de natureza prática, regida pela
conceitual, destacou também a presença de dois experiência singular, a sensibilidade e a intuição
paradigmas em saúde: o biomédico (ou da nor- proporcionadas pela percepção do terapeuta13. O
malidade-patologia) e o vitalista (ou da vitalida- conhecimento prático faz uso da razão, mas em
de-energia). O paradigma biomédico enfatiza con- função da eficácia a ser obtida em sua interven-
cepções materialistas, mecanicistas, centradas na ção, sendo, portanto, um conhecimento ativo.
doença e no controle do corpo biológico e social, Estas formas de conhecimento são potencialmente
compatíveis com a visão de controle sobre a na- complementares, embora uma delas possa ga-
Estas práticas terapêuticas estão basicamente ca e reverencia valores de vigor, beleza e juventu-
associadas à intervenção em processos de adoeci- de como sinônimos de vitalidade, portanto saú-
mento ou mal-estar de indivíduos e grupos, de de. É frequentemente orientado por concepções
caráter ‘objetivo’ (patologias identificáveis pela bi- centrais do individualismo atual – o uso do cor-
omedicina), como também situações de estresse e po como forma de obtenção de status social, o
sofrimento psíquico. Algumas utilizam as artes consumismo como valor de prestígio e diferen-
como parte constitutiva de seus procedimentos: ciação social e o sucesso como valor fim para a
música, teatro, artes plásticas, dança. Preenchem vida; desta perspectiva expressa o triunfo de va-
lacunas do sistema biomédico quanto à resoluti- lores do capitalismo entre jovens da classe média
vidade terapêutica de seus serviços; ao lado disto, das grandes metrópoles, seus principais prati-
sustentam sentidos, significados e valores sociais cantes22. Mas à medida que se avança na faixa
diante do sofrimento, do adoecimento, como etária, observa-se uma maior diversificação de
também do tratamento e da cura de doenças, dis- práticas, que contemplam, além das menciona-
tintos dos dominantes. Estes valores tendem a das acima, o alongamento, a ioga, o pilates, o tai
favorecer a autonomia das pessoas na busca de chi chuan, a dança de salão, entre outras, fre-
uma vida mais harmoniosa, isto é, equilibrada quentemente adotadas por aconselhamento mé-
mental e fisicamente, menos competitiva ou agres- dico, seja por causa de doenças crônicas (hiper-
siva, e mais solidária no plano familiar e social. tensão, diabetes, artrites, osteoporose, obesida-
As Práticas Integrativas e Complementares de etc.), seja por problemas emocionais (estres-
(PIC) expressam, assim, a complexificação do se, depressão, baixa autoestima, isolamento so-
campo da saúde acompanhada de uma multipli- cial etc.). Na faixa etária dos 40 anos em diante,
cação de sujeitos implicados nas práticas tera- os praticantes estão buscando cada vez mais con-
pêuticas, e integram o processo de medicalização servar ou recuperar a saúde, o que inclui os valo-
da saúde como a gestão social do sofrimento e res de conservação da juventude e beleza e tam-
do adoecer. É importante ressaltar, entretanto, bém a busca de bem-estar.
que de acordo com o referencial teórico utilizado É possível afirmar, a partir das entrevistas e
neste artigo, as PIC não são racionalidades mé- observações realizadas na terceira fase do proje-
dicas. A utilização da categoria RM em diferentes to, que há uma diversidade de sentidos, significa-
núcleos de pesquisa, nas diversas regiões do país, dos e valores associados à multiplicidade de prá-
tem contribuído para expandir a reflexão desta ticas e praticantes atuais em saúde. Alguns estão
temática. Não obstante, tem-se observado algu- nitidamente associados à cultura capitalista hege-
mas apropriações ou usos inadequados, que le- mônica e seus valores, como o culto individualis-
vam a interpretações e análises equivocadas, so- ta à beleza corpórea, ao consumo de bens materi-
bretudo quando se aplica a categoria na pesqui- ais como forma de diferenciação, à competição
sa de práticas integrativas e complementares, como norma de vida e meio de alcançar o suces-
buscando-se identificar nestas as dimensões que so, considerado como um valor fim. Outros, mais
caracterizam os sistemas médicos complexos. relacionados a maneiras de estar consigo mesmo
Cabe aqui alertar para o uso impróprio desta e com outros, se não solidárias, ao menos cordi-
ferramenta analítica, considerando suas premis- ais e amigáveis. Assim sendo, não apenas valores
sas e possibilidades interpretativas. fisiculturistas ou relativos ao paradigma doença-
Mas além de práticas terapêuticas, foi possí- saúde estão presentes nestas práticas, mas tam-
vel verificar no desenvolvimento da terceira fase bém ligados ao bem estar pessoal, à modificação
do projeto RM, novas práticas de saúde, que va- de estados emocionais, à maior disposição para o
lorizam a tríade beleza-vigor-juventude, toman- trabalho e a convivência familiar e social, e à recu-
do como referencial de saúde a boa forma (fit- peração da alegria de viver13,22.
ness), identificada à beleza das formas, ou o bem- Em síntese, as concepções presentes nas prá-
estar (wellness), geralmente visto como estar equi- ticas de saúde contemporâneas partilham o mo-
librado, ou harmonizado, ou ainda ‘bem consi- delo preventivista (prevenir, amenizar ou ao me-
go mesmo’21. nos deter o desenvolvimento de enfermidades
O fisiculturismo, associado ao fitness, envol- crônicas), o modelo promocionista (manter a
ve a musculação e diversas formas de ginástica saúde, não adoecer), o modelo estético (beleza,
localizada e aeróbica, podendo incluir alguns es- vigor, juventude) e o modelo vitalista (expansão
portes, sobretudo os de risco e aventura, e algu- da vitalidade, equilíbrio, harmonia das dimen-
mas artes marciais ou lutas, como judô e caratê. sões da vida), podendo haver dominância de um
Tem lugar privilegiado nas academias de ginásti- ou mais modelos de acordo com especificidades
Tabela 1. Distribuição da produção científica do grupo Racionalidades em Saúde, da década de 1980 até o
ano de 2011. Brasil.
Total
Produção RS Década 80 Década 90 2000-2011 Nº %
Livros 1 10 37 48 10
Capítulos de Livros - 15 107 122 26
Artigos 5 57 182 244 51
Dissertações - 12 25 37 8
Teses - 6 19 25 5
Total 6 100 370 476 100
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CNPq a partir do diretório do grupo de pesquisa “Racionalidades em saúde: sistemas médicos e práticas e complementares
integrativas”.
experiência piloto no Hospital Municipal Paulino rar suficientemente o sistema coerente e integra-
Werneck. Pouco depois, em 1984, a acupuntura do do qual se origina e faz parte a acupuntura,
passou a integrar o atendimento nas chamadas ou seja, um sistema médico que traz a noção de
clínicas da dor, em quatro hospitais do municí- continuidade entre os diferentes planos da exis-
pio. Em 1987, foi criado o Serviço de Medicina tência (psicobiológicos, sociais e espirituais) na
Alternativa na Secretaria Municipal de Saúde, com produção da saúde, da doença e da cura, e no
o objetivo de oferecer à população serviços de acu- qual a pessoa é entendia como integralidade viva,
puntura, homeopatia e fitoterapia29,30. em sua relação com o meio natural e social. Além
Entretanto, duas propostas dividiam os acu- do peso da formação biomédica, características
punturistas: a que pleiteava a exclusividade mé- sociais, econômicas e culturais da demanda e dos
dica para o exercício desta terapêutica, com a profissionais têm contribuído para uma recria-
consequente interdição da prática de profissio- ção da prática da acupuntura no meio médico32,33.
nais não médicos; e a que defendia o seu exercício Neste contexto, a proposição da categoria RM,
também por não médicos, desde que devidamen- baseada na hipótese de existência de diferentes
te habilitados. racionalidades médicas e sua coexistência efetiva
Os médicos que já nessa fase inicial aderiram na cultura atual, passou a informar o debate não
à prática da acupuntura exerceram papel impor- apenas nos centros acadêmicos de pesquisa, mas
tante na introdução desta terapêutica na rede também nas instituições de saúde, seja entre os
pública de saúde, como também na sua recepti- profissionais, seja na produção de normas e, mais
vidade pela população. Muitas vezes frustrados tarde, legislação específica sobre a acupuntura e
com as possibilidades oferecidas em sua prática outras práticas terapêuticas que partilham o pa-
profissional, voltaram-se para o estudo da me- radigma vitalista.
dicina chinesa, encontrando nela instrumentos A categoria RM passou a ser utilizada com
eficazes para o desempenho de suas funções. Po- uma perspectiva política, na afirmação da legiti-
rém, os conselhos de medicina não reconheciam midade de diferentes sistemas médicos comple-
a acupuntura enquanto prática terapêutica, as- xos e na defesa de sua integração nos serviços
sociando-a ao misticismo e ao charlatanismo. públicos como prática multiprofissional, de for-
Este fato contribuiu para que a maioria dos ma integrativa e complementar. A Política Nacio-
acupunturistas fosse composta por profissionais nal de Práticas Integrativas e Complementares,
não médicos, havendo entre eles fisioterapeutas, editada em 2006, adotou a expressão ‘sistemas
enfermeiros e outros profissionais da área da médicos complexos’, associando-a aos estudos
saúde, inclusive de nível médio. Apenas em 1992, do projeto RM através da referência direta a al-
o Conselho Federal de Medicina reconheceu a gumas de suas publicações.
acupuntura como ato médico e três anos mais Através da PNPIC, o Ministério da Saúde
tarde veio a designá-la uma especialidade (Reso- passou a preconizar o desenvolvimento da MTC-
lução 1455/95)31. Nessa ocasião, foi desencadea- Acupuntura “em caráter multiprofissional, para
da uma ampla campanha na mídia em defesa do as categorias profissionais presentes no SUS e
monopólio médico no exercício da acupuntura, em consonância com o nível de atenção”. A PN-
como já acontecia com a homeopatia, reconhe- PIC preconiza também a implementação de mais
cida como especialidade em 1980, e desde então dois sistemas médicos complexos no SUS: a ho-
praticada exclusivamente por esta categoria. meopatia e a medicina antroposófica. Entre as
A polêmica entre médicos e não médicos para práticas terapêuticas, são contempladas as plan-
o exercício da acupuntura persiste até os dias atu- tas medicinais e a fitoterapia, o termalismo so-
ais, com importantes repercussões no processo cial-crenoterapia, como também um conjunto
de institucionalização e legalização desta prática de práticas dentro da abordagem terapêutica es-
e também de outras modalidades terapêuticas pecífica da MTC: lian gong, chi gong, tui-na, tai-
integrativas e complementares. Os anos 90 mar- chi-chuan, plantas medicinais, orientação alimen-
caram um acirramento nesta polêmica. tar e meditação.
O processo de incorporação da acupuntura
pela categoria médica apresenta uma caracterís- Contribuição a uma nova epistemologia
tica básica de complementaridade com a medici- em medicina e saúde
na ocidental contemporânea (ou biomedicina),
configurando-se um estilo eclético nas formas Sistemas médicos tradicionais e modernos
de atuação. Entretanto, observa-se uma tendên- estão alinhados em uma interação, às vezes con-
cia entre os profissionais médicos a não conside- flituosa, às vezes de maneira pacífica e mais ou
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