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RESUMO
PALAVRAS-CHAVE:
Déficit Habitacional; Habitação de Interesse Social; Casa Container; Arquitetura.
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ABSTRACT
In order to solve the problem of housing shortage, the government has adopted tech-
niques of affordable housing construction on a large scale at the lowest possible cost,
which resulted in inhuman housing and low quality, they are built with similar projective
principles for any type of region and a fixed program of needs which results in buildings
with non-humanized architecture, which is more concerned with the financial return than
the comfort of the user. In order to obtain affordable housing and more humanized and
that can bring a higher quality of life for their users, this work comes down to study at
what possibilities there may be replacing the masonry construction system for container
houses and ensure humane buildings. Thus, it was developed a table with various aspects
of viability that were analyzed by means of literature, also a simple architectural design
developed in 3d sketchup modeling software which served as a parameter to analyze the
viability of replacing brick houses by container-house which proved to be feasible only
in port towns, or in town close to harbor areas.
KEY-WORDS:
Housing Deficit; Housing Social Interest; Container house; Architecture.
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1. INTRODUÇÃO
REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Moradia: Necessidade do Ser Humano
Desde os primórdios de sua história, o homem cria abrigos para se proteger dos
perigos e intempéries, como qualquer outro animal. Embora os animais construam sempre
o mesmo tipo de abrigo com os mesmos materiais, o homem vem evoluindo sua forma de
construção (seja com técnicas ou materiais diferentes), e atualmente possuímos abrigos
das mais variadas formas.
Entretanto, de acordo com Penzim (2001) “Moradia [...] É muito mais que lugar do
abrigo, é lugar de constituição da vida, revelando-a em suas múltiplas dimensões.” A casa
é um espaço privilegiado para o ser humano. “Habitat é lugar de vida. Não sem razão
utiliza-se com frequência o verbo viver no sentido de habitar. Não há como viver sem que se
ocupe um espaço” (PENZIM, 2001, p.01). Moradia é uma necessidade para o ser humano.
A habitação é entendida como um direito humano de necessidade básica (LIMA,
2011). Condições de moradia adequadas são identificadas na Declaração Universal de
Direitos Humanos de 1948 como um direito inerente ao ser humano, afetando diretamente
sua qualidade de vida.
No entanto, mesmo a casa sendo sinônimo de vida, há ainda pessoas que vivem
sem as condições mínimas necessárias para que o local seja considerado uma habitação.
Montoia (2010, p. 34) diz que “De acordo com os dados da Organização das Nações Unidas
(ONU), um em cada três moradores de cidades nos países em desenvolvimento mora em
bairros pobres ou miseráveis”.
As “moradias” de tais bairros (pobres ou miseráveis) são extremamente precárias, já
que carecem de condições básicas para a qualidade mínima de vida, como falta de água
encanada, energia elétrica e/ou esgotamento sanitário. Além disso, casas nessas condições
agravam a transmissão de doenças, a escassez e contaminação de água, poluição ambiental
e aquecimento global, sem contar os problemas que já são enfrentados pela população
desses bairros, como a fome, pobreza, criminalidade e violência social.
Outro fator que contribui para a falta de qualidade de vida desses moradores é a
alta densidade populacional em uma única residência (que geralmente são em metragens
enxutas), o que resulta na utilização de um mesmo cômodo para a realização de várias
atividades como cozinhar, dormir, estudar e passar roupa. Atividades que exigem
determinado nível de concentração (como fazer lições de casa) ficam comprometidas
pela falta de privacidade.
É preciso morar dignamente para que se possa ter uma vida com qualidade.
Contudo em uma sociedade em que a desigualdade socioespacial se faz presente no
cotidiano das cidades brasileiras, surge a seguinte interrogação:
Essa premissa vem sendo confirmada com novos modelos para a construção de
moradias, entre eles as casas-containers, que “refletem uma mudança de comportamento
da sociedade, pois assumem um papel prático na vida dos indivíduos, seja por causa da
mobilidade, do preço ou das constantes catástrofes naturais” (MILANEZE et al., 2012,
p.618). Além disso:
O container surgiu na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, em 1937, criado
por Malcom Mc Lean, que era proprietário de uma pequena empresa de caminhões e
queria uma forma de transportar as mercadorias de forma mais rápida e segura, criou
assim o container que com o passar do tempo passou por várias padronizações e é usado
internacionalmente até os dias de hoje.
Assim, precisam de um descarte correto (o que na maioria das vezes não acontece)
“já que são produzidos a partir de materiais metálicos e não biodegradáveis, o que os torna
um grande problema, pois formam montanhas de lixo no contexto urbano das cidades
portuárias.” (MILANEZE et al., 2012, p.616)
Usá-los na construção de moradias, é uma forma de reaproveitar este material, que
além de ser mais sustentável, pode ser econômico. Construções com containers duram até
90 anos e, além disso, tornam-se mais vantajosas na relação da questão custo-benefício,
do que os materiais usados tradicionalmente para edificar uma casa.
3. MATERIAL E MÉTODOS
A metodologia deste trabalho foi dividida em três fases. A primeira etapa consistiu-
se em levantar o referencial teórico, que foi feito por meio de levantamento bibliográfico
4. RESULTADOS OBTIDOS
Outro fator importante a ser levado em consideração é que por se tratar de uma
construção pouco usual, pode enfrentar problemas em algumas cidades. Contudo os alvarás
e licenças para uma construção de container são os mesmos exigidos por construções de
alvenaria, obtidos junto à Prefeitura.
5. CONCLUSÃO
A moradia é uma necessidade básica do ser humano, sem ela é impossível ter-se
uma vida digna. Oferecer possibilidades para suprir o déficit habitacional de uma região
é responsabilidade do Estado, que para isso concede moradias populares ou conjuntos
REFERÊNCIAS