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Aula 03 – Estruturas de Madeira 17/09/2021

4. Considerações sobre ações e segurança em projetos de estruturas de madeira:

(2,8 + 4,2) 52  (1,8) 22 


M (+) =  −  = 18,275kNm
 8   2 
Cálculo do momento negativo:
Para o momento máximo negativo M(-) utiliza-se a ação permanente, mais a ação variável
aplicadas no balanço:

(2,8 + 4,2) 22 
M (−) =   = 14kNm
 2  55

5. Critérios de dimensionamento

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5. Critérios de dimensionamento:

Dimensões mínimas:
A área mínima das seções transversais deve ser de 50cm 2, e a espessura mínima
de 5cm. Nas peças secundárias esses limites reduzem-se para 18cm2 e 2,5cm.
No caso de elementos estruturais comprimidos (por exemplo pilares), o
comprimento máximo não pode ultrapassar 40 vezes a dimensão transversal
correspondente ao eixo de flambagem. Nos elementos tracionados (por exemplo
tirantes), este limite sobe para 50 vezes.
Nas peças principais múltiplas, a área mínima da seção transversal de cada
elemento componente será de 35cm2 e a espessura mínima de 2,5cm.
Nas peças secundárias múltiplas, esse limite reduzem-se respectivamente a 18cm2
e 1,8cm.

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5. Critérios de dimensionamento:

Dimensões de peças de madeira serrada (cm):


Nomenclatura Padronização (PB-5) Comerciais
Ripas 1,2 x 5,0 1,0 x 5,0
1,5 x 5,0
1,5 x 10,0
2,0 x 5,0
Tábuas 2,5 x 11,5 1,9 x 10 1,9 x 30
2,5 x 15,0 2,5 x 10 2,5 x 30
2,5 x 23,0
Sarrafos 2,2 x 7,5 2,0 x 10
3,8 x 7,5 2,5 x 10
3,0 x 15
Caibros 5,0 x 6,0 5,0 x 5,0
5,0 x 7,0 5,0 x 6,0
7,5 x 5,0 6,0 x 6,0
7,5 x 7,5 7,0 x 7,0
Vigas 5,0 x 15,0 5,0 x 16,0
5,0 x 20,0 6,0 x 12,0
7,5 x 11,5 6,0 x 15,0
7,5 x 15,0 6,0 x 16,0
15,0 x 15,0 10,0 x 10,0
12,0x12,0
20,0 x 20,0
25,0 x 25,0
25,0 x 30,0
Pranchões 7,5 x 23,0 3,0 x 30,0
10,0 x 20,0 4,0 x 20,0 até 4,0 x 40,0
15,0 x 23,0 6,0 x 20,0 até 6,0 x 30,0
9,0 x 30,0
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5. Critérios de dimensionamento:

Estados limites últimos:


São estados que, por sua simples ocorrência, determinam a paralisação, no todo
ou em parte, do uso da construção, como por exemplo, ruptura ou deformação
excessiva dos materiais, instabilidade etc. A condição de segurança relativa a
possíveis estados limites últimos é garantida por:

Sd – Valor de cálculo da solicitação;


S d  Rd
Rd – Valor de cálculo da resistência.

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5. Critérios de dimensionamento:

Estados limites de utilização:


A verificação da segurança em relação a estados limites de utilização deve ser
feita pela condição de segurança:
Sd,uti – Valor de cálculo dos deslocamentos;
S d .uti  U lim
Ulim – Valor limite fixado para o deslocamento.
Limites para os deslocamentos:

Para construções correntes


Vãos Balanços

Ulim=L/200 Ulim=L/100

Para construções com materiais frágeis ligados à estrutura


Vãos Balanços

Ulim=L/350 Ulim=L/175
L = comprimento da barra (vão da viga) em cm
OBS: Deve ser utilizado o módulo de elasticidade Ec0,ef 60

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5. Critérios de dimensionamento:

Peças tracionadas axialmente:


Ocorrem na maior parte das vezes em estruturas treliçadas.
Nd
 td =  f t 0,d
Aútil
 td = Valor de cálculo da máxima tensão atuante de tração;

Nd = Valor de cálculo do esforço de tração;

Autil = Área da seção transversal da peça, descontando-se eventuais furos e/ou


entalhes;
ft 0,d = Valor de cálculo da resistência à tração paralela às fibras.

OBS: Deve ser dada atenção especial na verificação à tração quando da


consideração da área útil (Aútil) em peças perfuradas por pinos ou entalhadas.
Neste caso, devem ser descontadas da área da seção o valor referente à área dos
eventuais furos e/ou entalhes.
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5. Critérios de dimensionamento:

Devido a ocorrência de limitações no comprimento das peças de madeira


(principalmente as de origem serrada, cujos comprimentos máximos variam
entre 4,0 e 6,0m), por vezes faz-se necessário emendar peças.

Estas emendas podem ser feitas de várias formas. Entretanto, deve-se


ressaltar que, geometricamente, tais elementos constitutivos da emenda,
devem ser posicionados de forma que garantam que a emenda não “abrirá”
sob o efeito da referida força axial trativa, conforme os exemplos mostrados à
seguir:

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5. Critérios de dimensionamento:
Exemplos de emendas

Emenda com talas de madeira


com pregos, pinos, parafusos ou
conectores

Emenda com talas metálicas com


pregos ou parafusos

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5. Critérios de dimensionamento:

Emenda com talas de madeira


apertada com parafusos em
tarugos de madeira

Emenda com talas de madeira


apertada com parafusos com
entalhes

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5. Critérios de dimensionamento:

Conforme o caso em estudo de peças tracionadas, a força axial trativa


atuante no eixo da peça (tração centrada), irá se distribuir pelos elementos
constituintes da emenda, provocando tensões internas em tais elementos,
cujos limites de resistência devem ser verificados.
No caso das talas metálicas por exemplo, estas deverão ser estruturalmente
dimensionadas conforme a norma adequada (NBR 8800).

No caso dos pinos metálicos (pregos e parafusos), por exemplo a NBR 7190
apresenta os procedimentos necessários para as verificações de segurança
necessárias.

Serão aqui apresentados, exemplos de verificação de emendas constituídas


especificamente por elementos em madeira conforme preconiza a NBR 7190,
ou seja, nos Estados Limites Últimos.

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5. Critérios de dimensionamento:

Emendas:
Nas emendas deverão ser verificados os valores máximos de tensão de
compressão, tração e cisalhamento nas superfícies onde ocorrem.
Nd Nd Nd
 cd =  f c0,d  td =  f t 0,d d =  f v,d
Ac Aútil Av
Onde:
cd Valor de cálculo da máxima tensão normal atuante de compressão;
td Valor de cálculo da máxima tensão normal atuante de tração;
d Valor de cálculo da máxima tensão cisalhante atuante;

Nd Valor de cálculo do esforço atuante;

Autil Área da seção transversal da peça, descontando-se eventuais furos e/ou entalhes;

Ac Área da seção transversal da peça à compressão;

Av Área da seção transversal da peça ao cisalhamento.


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5. Critérios de dimensionamento:
Exercício 5.1: Verificar se a emenda em madeira mostrada na figura, da espécie
Canafístula, está suficientemente dimensionada para suportar a força axial de tração já
majorada de 40KN, sabendo-se que a mesma foi obtida através de madeira serrada, que o
carregamento a ser considerado é de longa duração, que ela estará submetida à classe de
umidade 1, e que verifica-se a presença de nó, em apenas uma das faces. A largura das
peças e de 10cm.

5cm

5cm
40kN 40kN
5cm

15cm 15cm

SOLUÇÃO:
Determinação dos valores médios de resistência para a espécie Canafístula:
fc0 = 52MPa  ft 0 = 84,9MPa  fv = 11,1MPa

Cálculo dos valores característicos:

fc0,k = 0,7  52 = 36,40MPa  ft 0,k = 0,7  84,9 = 59,43MPa  fv,k = 0,7 11,1 fv,k = 7,77MPa

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5. Critérios de dimensionamento:

Determinação dos coeficientes de modificação


• Carregamento de longa duração, serrada (Kmod,1 = 0,7)
• Classe de umidade 1 (Kmod,2 = 1,0)
• Segunda categoria (Kmod,3 = 0,8)
Kmod = Kmod,1 Kmod,2 Kmod,3 = 0,7 x 1,0 x 0,8 = 0,56
Valores de cálculo
36,4
f c0,d = 0,56  = 14,56MPa
1,4
59,43
f t 0,d = 0,56  = 18,49MPa
1,8
7,77
f v,d = 0,56  = 2,42MPa
1,8
Determinação das superfícies de compressão, tração e cisalhamento
5cm compressão
5cm tração
40kN 40kN
5cm cisalhamento

15cm 15cm

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5. Critérios de dimensionamento:

Verificação da tensões resistentes


40 kN
Compressão : c = = 0,8 2 = 8MPa  14,56MPa (atende)
(510) cm
40 kN
t = = 0,8 = 8MPa  18,49MPa (atende)
(510)
Tração :
cm2

40 kN  10 15 
Cisalhamento : v = = 0,5 = 5MPa  2,42MPa ( falha )  =  x = 7,5cm 
(7,510) cm2 5 x 

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5. Critérios de dimensionamento:

Peças solicitadas à flexão simples reta:


Ocorrem na maior parte das vezes em vigas.
Md I bh3 yc
 cd =  f c 0,d Wc = I=
Wc yc 12 Md
M I yt
 td = d  f t 0,d Wt = h = yt + yc
Wt yt b
td Valor de cálculo da máxima tensão atuante de tração;
cd Valor de cálculo da máxima tensão atuante de compressão;

Md Valor de cálculo do momento fletor atuante;

Wt Módulo de resistência da seção transversal referente à borda tracionada;


Wc Módulo de resistência da seção transversal referente à borda comprimida;
ft 0,d Valor de cálculo da resistência à tração paralela às fibras;
fc 0,d
Valor de cálculo da resistência à compressão paralela às fibras. 70

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5. Critérios de dimensionamento:

Cisalhamento:
Vd S
d =  f v 0,d
bI
d Valor de cálculo da máxima de cisalhamento atuante;
S Momento estático em relação ao centro de gravidade;
Vd Valor de cálculo do esforço cortante atuante;
b Largura da seção transversal;
I Momento de inércia de seção transversal;
fv 0,d Valor de cálculo da resistência ao cisalhamento paralelo às fibras.

No caso de seção transversal retangular:


3Vd
d =  f v 0,d
2bh

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5. Critérios de dimensionamento:
Exercício 5.2: Uma viga de madeira dicotiledônea classe C40, cuja seção transversal mede
(15x30)cm, bi – apoiada em duas paredes divisórias em alvenaria e 4,0m de vão livre
sustentará uma outra parede de alvenaria em bloco cerâmico de 2,7 m de altura e 15 cm de
espessura, conforme mostra a figura. Com base nestas informações, de acordo com as
prescrições da NBR 7190/1997, pede-se:

1. Sabendo-se que trata-se de madeira recomposta de primeira categoria, que o


carregamento atuante (peso da alvenaria) deve ser considerado de longa duração e
que a mesma se encontra em meio cuja umidade relativa do ar é, em média de 80%,
determine a resistência de cálculo à compressão paralela às fibras (fc0,d), a resistência
de cálculo à tração paralela às fibras (ft0,d), a resistência de cálculo ao cisalhamento
paralelo às fibras (fv,d) e o módulo de elasticidade efetivo desta viga, a 12% de
umidade de 12%.
2. Sabendo-se que o peso específico da alvenaria (alv) é de 13 kN/m3, e considerando o
peso próprio (densidade) da viga, verifique se a viga suporta o carregamento indicado.
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5. Critérios de dimensionamento:

SOLUÇÃO:
Determinação dos valores característicos:
fc 0,k = 40MPa  fv 0,k = 6,0MPa  Ec 0,m = 19500MPa  ap = 950kgf / m 3

Determinação dos coeficientes de modificação


• Madeira recomposta, carregamento de longa duração (Kmod,1 = 0,45)
• Classe de umidade 3 (Kmod,2 = 0,9)
• Primeira categoria (Kmod,3 = 1,0)
Kmod = Kmod,1 x Kmod,2 x Kmod,3 = 0,45 x 0,9 x 1,0 = 0,405
Determinação da carga permanente:
g = (0,15 2,7 13)+ (0,15 0,30  9,5) = 5,265 + 0,4275 = 5,7kN / m

Verificação da variabilidade das cargas


0,4275
= 0,075  0,75 (Grande variabilidade)
5,7

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5. Critérios de dimensionamento:

Cálculo dos valores das resistências e rigidez


fc0,k 40
f c 0,d = Kmod = 0,405
=11,57MPa=1,16kN / cm2
 wc 1,4
fc0,k 4,0 ft0,k 5,19
f t 0,k = = = 5,19kN / cm2 f t 0,d = Kmod = 0,405 =1,17kN / cm2
0,77 0,77  wt 1,8
f 6
f v 0,d = Kmod  v0,k = 0,405 =1,35MPa= 0,135kN / cm2
 wv 1,8
Ec0,ef = Kmod,1  Ec0,m = 0,40519500= 7897,5MPa
Cálculo dos esforços:
5,7  4,0 2
Momento: M g ,d = 1,4  = 15,96kNm = 1596kNcm
8
Cortante: 5,7  4,0
V g ,d = 1,4  = 15,94kN
2
Cálculo da máxima tensão atuante de compressão
3
Md I bh
 cd = wx = Ix =
Wc h 12
2

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5. Critérios de dimensionamento:

bh3 15 303 I 33750


Ix = = = 33750cm 4 wx = = = 2250cm 3
12 12 h 15
2

= 0,71kN / cm2  f c0,d = 1,16kN / cm2 (atende)


1594
 cd =
2250
Cálculo da máxima tensão atuante de cisalhamento

= 0,05kN / cm 2  f v0,d = 0,135kN / cm2 (atende)


3Vd 315,94
d = =
2bh 2 15 30

Verificação do estado limite de serviço:


l 400
U lim = = = 2cm
200 200
5qL4 5 0,057  4004
δmax = = = 0,71cm  Ulim = 2cm (atende)
384EI 384  789,75 33750

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5. Critérios de dimensionamento:

Compressão axial – peças curtas:   40


L0
=
i
I
L i=
A
hb3
i= 12
L0=L L0=0,7L L0=0,5L L0=2L bh
Nd
 c 0,d =  f c0,d
A
 c0,d Valor de cálculo da máxima tensão de compressão atuante;

Nd Valor de cálculo do esforço axial de compressão;

A Área da seção transversal da peça;


fc 0,d Valor de cálculo da resistência à compressão paralela às fibras.
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5. Critérios de dimensionamento:

Instabilidade – peças medianamente esbeltas: 40    80


 Nd Md
+ 1
fc0,d fc0,d
 Nd Valor de cálculo da tensão de compressão devida à solicitação axial de
compressão;
Md Valor de cálculo da máxima tensão de compressão devida ao momento fletor
Md ;
 FE   2 Ec0,ef I
M d = N d e1   Carga crítica de Euler FE =
 FE − N d  L02
e1 = ei + ea Excentricidade de primeira ordem;
M h
ei = 1d (mínimo ) Excentricidade inicial;
Nd 30
h
ea = 0 (mínimo ) Excentricidade acidental mínima – devida
L às
300 30 imperfeições geométricas das peças;
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5. Critérios de dimensionamento:

Instabilidade – peças esbeltas: 80    140 Valor limite: 140 (NBR 7190/1997)

 Nd  Md
+ 1
fc0,d fc0,d
 Nd Valor de cálculo da tensão de compressão devida à solicitação axial de
compressão;
 Md Valor de cálculo da máxima tensão de compressão devida ao momento fletor
Md ;
 
M d = N d e1,ef  FE 
 FE − N d 
Para o cálculo da excentricidade efetiva de 1a ordem (e1,ef) deve-se aumentar a
excentricidade de 1a ordem (e1) de um valor referente à excentricidade
complementar de 1a ordem (ec), que representa a fluência da madeira)

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5. Critérios de dimensionamento:

Instabilidade – peças esbeltas: 80    140 Valor limite: 140 (NBR 7190/1997)

e1,ef = e1 + ec = ei + ea + ec Excentricidade efetiva de primeira ordem;


M h
ei = 1d (mínimo ) Excentricidade inicial;
Nd 30
h
ea = L0 (mínimo ) Excentricidade acidental mínima – devida às
300 30 imperfeições geométricas das peças;
  N + ( 1 + 2 ) N qk 
  gk 
 
ec = (eig + ea )  exp 
 F −N +(1 + 2 )N qk   
E gk
−1
 
Sendo:
(1 + 2 )  1
M1g ,d
eig =
Nd
 = Coeficiente de fluência.
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5. Critérios de dimensionamento:

Instabilidade – peças esbeltas 80    140


M1g ,d = M1d − M1q,d Valor de cálculo do momento fletor devido apenas à carga
permanente;
Ngk , Nqk Valores característicos da força normal devidos às cargas
permanentes e variáveis, respectivamente;
1 , 2 Fatores de utilização dados no capítulo anterior.

Coeficiente de fluência 
Classes de umidade
Classes de Carregamento
(1) e (2) (3) e (4)
Longa duração 0,8 2,0

Média duração 0,3 1,0

Curta duração 0,1 0,5

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5. Critérios de dimensionamento:

Exercício 5.3: Verificar se uma coluna de Ipê (15x15) com 2,0m de comprimento, é capaz
de suportar uma carga de projeto de 184kN de compressão. Dados: Madeira serrada, classe
de umidade 2, classe de carregamento permanente, 2ª categoria;
SOLUÇÃO:
Determinação dos valores médios (ipê):
fc 0 = 76MPa Ec0,m =18011MPa
Determinação dos coeficientes de modificação
• Madeira serrada, carregamento permanente (Kmod,1 = 0,6)
• Classe de umidade 2 (Kmod,2 = 1,0)
• Segunda categoria (Kmod,3 = 0,8)
Kmod = Kmod,1 x Kmod,2 x Kmod,3 = 0,6 x 1,0 x 0,8 = 0,48
Valores cálculo
76
f c0d = 0,7  0,48
= 18,24MPa Ec0,ef = 0,4818011 = 8645,28MPa
1,4
Propriedades geométricas
154
A = (15) = 225 cm2 I =
4218,75
= 4218,75 cm4 i = = 4,33 cm
2

12 225

81

5. Critérios de dimensionamento:

Verificação da esbeltez

= 46,2 (medianamente esbelta )


L0 200
λ= =
i 4,33
Excentricidades
h 15 L 200
ei = = = 0,5cm ea = 0 = = 0,67cm
30 30 300 300
e1 = ei + ea = 0,5 + 0,67 = 1,17cm
 2 Ec0,ef I  2 8645,28 (10)3  4218,75 (10)−8
Carga crítica de Euler FE = = = 900kN
L0 2 2,02
Cálculo do momento e módulo de resistência
 FE   900 
M d = N d e1   = 184 1,17    = 270,6kNcm
 FE − N d   900 −184 
a3 153
W= = = 562,5cm 3
6 6
Verificação das tensões combinadas
Nd Md 184 270,6
 Nd Md
= 0,71  1,0(atende)
562,5
+ = A + W = 225 +
fc 0,d fc 0,d fc 0,d fc 0,d 1,824 1,824
82

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5. Critérios de dimensionamento:

Compressão perpendicular às fibras:

Deve ser feita quando são aplicadas forças


concentradas na direção normal às fibras
distribuídas em uma pequena região da peça.
Ocorre geralmente na região de apoio de
vigas ou de treliças.

Fd
 c90,d =  f c90,d É o valor de cálculo da tensão atuante de compressão normal
An às fibras
É o valor de cálculo da força aplicada na direção normal às
Fd fibras
An = bl É área de aplicação da força Fd
É o valor de cálculo da resistência na direção normal às
fc90,d = 0,25 fc0,dn fibras, dada em função da resistência de cálculo na
compressão paralela às fibras
Para a => 7,5cm e l < 15cm Se a<7,5cm ou l => 15cm

l (cm) 1 2 3 4 5 7,5 10 15 n 1

n 2,0 1,70 1,55 1,40 1,30 1,15 1,10 1,00


83

5. Critérios de dimensionamento:

Resistências a tensões normais inclinadas em relação às fibras:

f0 f90
f = (Fórmula de Hankinson)
f c0 sen2 + f c90 cos2 

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