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Apontamentos 1º Teste
Apontamentos 1º Teste
CETICISMO RADICAL
↓
de acordo com os céticos,
NÃO
↓
porque nada é certo
↓
CETICISMO RADICAL
O ceticismo radical, é a teoria segundo a qual não temos crenças justificadas e, por isso, não temos
conhecimento (nada sabemos).
EX:. uma comida parece-me apetitosa (visão) mas quando provo (paladar) não gosto muito.
quando vejo à distância um jacto (visão) e ele parece-me pequeno, mas à medida que me vou
aproximando dele este vai-se revelando cada vez maior.
CRÍTICA → neste arumento, os céticos atribuem aos nossos sentidos responsabilidades que não
são deles.
EX:. eu defender que “a Terra é redonda” e outro alguém discordar e defender que “a Terra é plana”.
CRÍTICA → eu defendo que a Terra é redonda, e de facto é verdade, logo podemos dizer que eu
tenho conhecimento, que existe conhecimento. Outro alguém discorda da minha opinião e derende
que a Terra é plana. Existe sim uma divergência de opiniões, no entanto não significa que não haja
conhecimento, porque da minha parte existe sim conhecimento pois a proposição que eu defendo é
verdadeira (definição tripartida do conhecimento).
CRÍTICA → o ceticismo é uma teoria auto-refutante. Os céticos afirmam que “não há justificação”,
mas se não houvesse uma justificação, não haveria forma de justificar que não há justificação. Se
fosse verdade que não sabemos de nada, então não saberíamos sequer que não sabemos nada.
FUNDACIONALISMO
Nós, muitas vezes, baseamos as nossas crenças noutras crenças e os céticos assumem que
entramos num “ciclo vicioso”, contudo nem todas as nossas crenças precisam de ser justificadas por
outras.
↓
FUNDACIONALISMO
(forma de superação do ceticismo)
↓
crenças
↓ ↓
fundacionais não fundacionais
(básicas) (não básicas)
↓ ↓
são auto-justificadas e justificam-se através das
auto-evidentes crenças fundacionais.
(justificam-se por si mesmas sem
recorrer a outras crenças)
↓
podem ser através da
experiência (empirismo) ou da
intuição racional (racionalismo)
EMPIRISMO E RACIONALISMO
• RESPOSTAS AO PROBLEMA: qual a origem do conhecimento?
- EMPIRISMO: fonte do conhecimento é a experiência (antes de qualquer contacto com a
experiência a nossa mente é como uma folha de papel);
a experiência é o ponto de partida e o limite do conhecimento;
o conhecimento que temos sobre o mundo é A POSTERIORI (existe
conhecimento A PRIORI mas nada nos diz sobre o mundo);
• RACIONALISMO: fonte do conhecimento é a razão;
A DESILUSÃO DE DESCARTES FACE AO SABER TRADICIONAL
Teorias aprendidas:
• falta de fundamentos sólidos;
• erros e contradições;
• falta de ordem na apresentação das ideias;
IDEIAS INATAS
IDEIAS ADVENTÍCIAS
EX:. árvores, peixe, mulher, cavalo
• causadas por objetos físicos e pelos sentidos (entidades exteriores);
• não garantem a objetividade no conhecimento;
• não são claras nem distintas;
IDEIAS FACTÍCIAS
O PRINCÍPIO DA CÓPIA
O princípio, defendido por Hume, segundo o qual todas as nossas ideias resultam de impressões,
isto é, caso não existam impressões prévias, é impossível formar qualquer tipo de ideia.
Outro princípio empirista de Hume é acerca das proposições. Este princípio divide o conhecimento
proposicional em dois e ficou conhecido por princípio da bifurcação de Hume:
* entidades abstratas → não existem no espaço ou no tempo e não entram em relações de causa
efeito.
* verdades necessárias → proposições verdadeiras cuja negação implica uma contradição, sendo
portanto impossível (não podem ser falsas).
* verdades contigentes → proposições verdadeiras cuja negação não implica uma contradição,
sendo portanto possível (podem ser falsas).
• Dúvida relativa aos sentidos: duvida-se das qualidades sensíveis das coisas.
• Dúvida relativa aos sonhos: duvida-se da existência das coisas.
• Dúvida relativa à hipótese do génio malígno: duvida-se da existência das coisas, do mundo
físico, do conhecimento A PRIORI (razão humana);
ARGUMENTO DO SONHO
De acordo com Descartes, alguns sonhos são tão vividos, que não é possível distingui-los, com toda
a segurança, das perceções que temos enquanto estamos acordados. Além disso, Decartes diz:
“Quer eu esteja acordado quer durma, dois e três somados são sempre cinco e o quadrado nunca
tem mais do que quarto lados”.
RESUMINDO...
De acordo com Descartes, talvez a nossa mente esteja a ser controlada por um ser extremamente
poderoso e inteligente (génio malígno*), que faz tudo o que pode para nos enganar. Descartes não
nos diz que ele existe mas apenas coloca a hipótese de que este pode existir.
* génio malígno → ser extremamente poderoso e inteligente que, controlando a nossa mente, faz
tudo o que pode para nos enganar.
Ainda que quase nenhuma das nossas crenças seja indubitável (que não admite dúvida), Descartes
pensa que há algo de que não podemos duvidar. Afinal, se estamos a colocar as nossas crenças em
dúvida, estamos a duvidar, e duvidar é uma forma de pensar. E, se estamos a pensar, então
existimos. Cada um de nós pode então afirmar com toda a segurança:
“Eu penso, logo existo”: (cogito ergo sum)
• 1ª certeza/verdade;
• a existência é a condição de possibilidade para o conhecimento;
• é resistente a toda e qualquer dúvida → ele tem a certeza que é uma substância pensante
pois sabe que se pensa (que tem dúvidas e etc) tem que existir;
• é uma crença fundacional → justifica-se por si só, e é por isso inabalável (não se pode
duvidar);
• é uma ideia clara e distinta (ou seja, é uma ideia inata);
• não resulta de nenhuma demonstração porque o mundo exterior ainda está em dúvida;
O CRITÉRIO DE VERDADE
Tendo descoberto no cogito uma primeira certeza, Descartes tenta encontrar nela um critério de
verdade, colocando a seguinte questão:
Descartes responde que está certo do cogito porque percebe ou entende com toda a clareza e
distinção, que para pensar ele tem de existir. Desta resposta extrai o seguinte critério de verdade:
RESUMINDO...
De acordo com este critério, as ideias ou perceções claras e distintas jamais nos induzem em erro,
ou seja, levam-nos infalivelmente à verdade. Descartes sugere-nos então que quando vemos ou
compreendemos com toda a nitidez que algo é verdade, podemos ter a certeza de que não estamos
enganados. Assim, a intuição racional é uma fonte de conhecimento.
Descartes julga ser necessário justificar melhor o seu critério de verdade, então vai começar por
procurar primeiro provar a existência de DEUS.
↓
• Ele sabe que é uma substância pensante imperfeita porque chegou ao cogito através da
dúvida.
• Para saber que é uma substância pensante, tem de admitir a ideia de PEREIÇÃO.
Criar a ideia de perfeição é diferente de criar a própria perfeição. Tal como diz Descartes, um efeito
não pode ser superior à sua causa (isto é, não pode haver mais realidade no efeito do que na causa)
e por isso um ser imperfeito não poderia criar um ser perfeito.
Podemos estar certos de que as nossas perceções sensíveis representam objetos físicos reais.
Podemos saber então, que são causadas por eles.
O dualismo cartesiano é a perspetiva segundo a qual a alma e o corpo são substâncias distintas. Um
objeto físico para Descartes, é uma substância extensa: uma coisa cuja propriedade fundamental é a
extensão. A extensão consiste em ocupar espaço. Uma mente, pelo contrário, é uma substância
pensante, mas não extensa. Assim, segundo Descartes, a nossa mente é algo que não existe no
espaço, é uma coisa imaterial (uma alma) à qual se devem os pensamentos (todos os estados de
consciência).
Descartes propõe então uma conceção dualista dos seres humanos – afirma que cada um de nós é
constituído por duas substâncias muito diferentes: um corpo/organismo (substância extensa) e uma
mente/alma (substância pensante).
Estas duas substâncias não têm a mesma importância para Descartes, pois para ele, só a alma nos é
essencial.
ALMA/MENTE:
• substância pensante;
• a essência da mente é ter pensamentos, não estados físicos;
• indestrutível;
• indivisível;
• melhor conhecido do que o corpo;
CORPO/ORGANISMO:
• substância extensa;
• a essência do corpo é estar situado no espaço;
• destrutível;
• divisível;
Apesar de Descartes acreditar que a alma e o corpo são substâncias distintas, julga que a mente e o
corpo interagem causalmente.