Referidas ideias de negócio fundamentam-se nos seguintes aspectos: novas
oportunidades de negócio em mercados pouco abastecidos, de nova criação e com um alto potencial de crescimento; criação de uma nova atividade econômica nas empresas existentes; o fato da oportunidade ser uma necessidade não satisfeita e, por último, nos conhecimentos sobre tecnologia, sobre mercados, setores ou negócios concretos. Modelo de negócio sintético, que se adeque aos atuais do Grupo CARSO, com orçamento de $100 milhões de dólares americanos: criação de uma unidade estratégicade negócio (UEN): Unidade Estratégica de Negócio (UEN) de serviço móvel global via satélite (SMGS): esse novo serviço de telefonia móvel via satélite utilizará sistemas de satélites de baixa órbita, com área de cobertura abrangendo todo ou grande parte do globo terrestre e oferecerá diversas aplicações de telecomunicações. O novo serviço de telefonia móvel via satélite continuará a prover rede de quarta geração (4G) e futuramente passaria a prover rede de quinta geração (5G), diretamente para smatphones. A nova UEN poderia utilizar a infraestrutura tecnológica já estruturada e montada da América Móvel, da rede de 4G existente, para futuramente expandir a capacidade da rede com antenas 5G NR. Desta forma, não haveria necessidade de um projeto greenfield (totalmente novo), o que evitará que a operadora tenha que construir uma nova infraestrutura completamente apartada das redes 4G existentes, preservando o alto investimento já feito. A arquitetura de rede: Duas arquiteturas de redes são possíveis para prestar referido serviço, a arquitetura de rede standalone (SA) e a arquitetura de rede non-standalone (NSA), as quais podem ser concatenadas progressivamente, à medida que os investimentos se mostrarem financeiramente possíveis. A rede 5G non-standalone (NSA) permite a disponibilização mais rápida do 5G, porque reutiliza a rede core 4G. Na arquitetura 5G do tipo standalone não há nenhuma dependência do 4G. O core (ou núcleo) que concentra a capacidade computacional e de gerenciamento das redes e serviços de telecom, que distribuem o sinal para o consumidor final, através das estações de radiobase, em oposição aos elementos de acesso (ou RAN). As redes 5G non-standalone (NSA), ainda baseadas no core $G, tornariam a situação numa espécie de fase 1 da tecnologia de quinta geração, mas não garantiria todo o potencial vislumbrado pela indústria. No que tange às velocidades, os grandes benefícios do 5G seriam: a taxa de transferência de dados (throughput) até 20 vezes maiores que as atuais; latências mais baixas de 50 ms para 5ms; uma maior densidade de acessos por Km². O 5G do tipo non-standalone (NSA) tem como principal benefício o aumento das velocidades, mas também trabalha um pouco a questão da latência, porém seu foco não é esse. As redes 5G non-standalone (NSA) são mais rapidamente implementáveis, pois porque podem contar com a estrutura existente nas redes 4G. O mais importante que a arquitetura standalone (SA) ou non-standalone (NSA) é a capacidade espectral de cada uma. Uma rede 5G standalone com 50 MHz de espectro terá um desempenho pior que uma rede 4G de 100MHz de espectro alocado. Portanto, neste sentido, enquanto a operadora não conseguir disponibilizar spectrum suficiente para alocação do 5G standalone, o 5G non-standalone é uma boa alternativa. Clientes corporativos: a situação é diferente aqui, já que a arquitetura standalone (SA) será importante para redes privadas, porque elas não vão precisar de âncoras em frequências já usadas. Um dos grandes benefícios do core 5G é a possibilidade de realizar network slicing (fatiamento de rede) para clientes B2B; com o recurso, um nível de serviço diferenciado pode ser oferecido para atender funções críticas e muito sensíveis à latência, entre elas, novas aplicações para smart cities, controles de carros autônomos ou cirurgias remotas. A mudança no nível do core pode não ter grande diferença para o usuário final, mas terá para os clientes industriais. Uma vez instalado o core 5G, o serviço de voz tradicional também pode ser transformado, porque a voz sobre rede 5G (ou VoNR) poderá ser ofertada, como ocorre com o VoLTE no 4G. Todo o mercado que já recebe os serviços de telefonia da América Móvel é alvo desta UEN, podendo haver uma enorme expansão de mercado, para além dos 18 países nos quais a empresa já opera hoje. A nova UEN se estabelecerá de forma gradual, a fim de possibilitar o aproveitamento do pessoal já especializado na área funcional de informática da empresa, tanto em termos de RH, como em termos de estrutura organizacional e logística. A organização das operações da nova UEN ficarão a cargo da área funcional operacional, a fim de possibilitar o uso concomitante da infraestrutura tecnológica da empresa. A área funcional de Administração cuidará da parte orçamentária, a fim de aplicar, gerenciar, dirigir e controlar as receitas e despesas da nova UEN, bem como os investimentos e seus respectivos financiamentos, à medida que se tornarem possíveis. Uma alternativa, independente, concomitante ou não, é a Criação de uma Agência de Fomento à Pesquisa, ao Desenvolvimento e à Inovação Tecnológica para o Setor de Telecomunicações: Referida agência fará a seleção de novas Startups, que apresentem projetos inovadores em termos de tecnologia aplicável às telecomunicações, investindo uma soma de dinheiro naquelas que não possuam capital suficiente, em troca de parte de suas ações e lucros futuros, possibilitando que essas tecnologias sejam futuramente implementadas na própria empresa América Móvel, tornando-a competitiva, inovadora e rentável. Se uma única Startup que receber um investimento de $10 milhões de dólares americanos, tornar-se exitosa e suas ações explodirem no mercado de ações, como por exemplo na bolsa de valores de Nova York, esses 10 milhões se tornarão bilhões rapidamente, a exemplo do que ocorreu com o aplicativo WhatsApp, comprado recentemente pelo Facebook. Bibliografia: (1) Fundação Universitária Iberoamericana. Administração e Direção de Empresas [base de dados na internet]. Espanha: Fundação Universitária Iberoamericana; [acesso em 17 de janeiro de 2021]. Disponível em: https://campus.funiber.org (2) Julião H[homepage na internet]. 5G standalone e non-standalone: fornecedores explicam principais diferenças [15 de janeiro de 2021; acesso em 17 de janeiro de 2021]. Disponível em: www.teletime.com.br (3) Julião H[homepage na internet]. Indústria se divide sobre relação entre 5G standalone e diversificação de fornecedores [15 de janeiro de 2021]; acesso em 17 de janeiro de 2021]. 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