Você está na página 1de 16

Assessoria de Imprensa

Um século e poucos anos


Capitalismo
Crises
Ivy Lee
Democracia
Brasil
Modelos (EUA, Europa, Brasil)
(*)
Há um século e poucos anos
 Final do século XIX/ início do século XX
 Quadro social repleto de desigualdades,
violências contra grupos, agressões ao meio
ambiente
 Industrialização e disputa por espaços (mercados)
 Guerras de colonização
 Imigração (África, Brasil, países europeus)
 Estados Unidos (próspero e conflituoso)
 Opinião Pública
Há um século e poucos anos
 Após a guerra civil nos E.U.A. (Secessão)
 “Era dourada” (Mark Twain) – 1875 a 1900
Fazendeiros livres do Oeste
Fazendeiros do Sul Self-made-man
Capitalistas industriais do Leste

 Igualdade e liberdade, mas sobretudo expansão


capitalista (exploração máxima de tudo que fosse
possível reverter em lucro)
 Taylorismo, Fordismo - máxima produtividade
 – e também sindicatos, jornalismo de denúncia, sobre
questões sociais
Capitalismo

• Sistema econômico que busca sua expansão


permanentemente
• Desenvolveu-se historicamente
• Ganha impulso com o mercantilismo e daí em diante com a
busca de sua globalização
• Influencia todas as relações sociais

• Uma de suas “habilidades” é estimular que se criem


mecanismos para atenuar problemas graves que o
próprio sistema cria, embora as soluções só possam
ser eficazes até o ponto em que não afetem
frontalmente sua expansão
Crises
• Guerras de 1914-18 e 1939-45
• Crise de 1929
• Sensação enganosa de prosperidade
• Trabalho de RPs foi questionado
• Informação passou a ser vista como
estratégica para o público e, claro, bem mais
para empresas e governos
• Opinião pública, democracia, cidadania
Democracia

• Pelo e para o povo


• Com o povo – opinião pública que acompanha
• Direitos e deveres do cidadão
• Cidadão toma decisões com base em
informações públicas
• Isso afeta não só governos, instituições
públicas, mas empresas também, já que no
capitalismo o cidadão é, mais que eleitor...
• CONSUMIDOR
Ivy Lee
• Representou uma nova atitude de respeito, dos grandes
empresários norte-americanos, pela opinião pública
• 1906 , em NY, para John Rockefeller, grande empresário à época
acusado de visar monopólio (Standard Oil Company)
• Greve sangrenta na Colorado Fuel and Iron Co. Rockefeller só
saia com guarda-costas
• De empresário mais odiado, Rockefeller buscou Lee e se tornou
venerado pela opinião pública
• Carta de Princípios (leitura – página 36)
• Regras pressupondo uma dose de confiabilidade mútua
• Fornecer notícias e colocar-se à disposição para respostas aos
jornalistas (‘honestas e verdadeiras’)
Ivy Lee
• A expansão das ações de jornalistas atuando nas relações
públicas deram a sensação de que o público estava informado
• Sucesso imediato, fazendo escola nos E.U.A., mas com
objeções (Teobaldo de Andrade – “operação fecha-a-boca”)
• Outras críticas (compra de jornalistas, jornais e colaboração
com o nazismo em 1934 (p/melhorar opinião sobre alemães)
• Teobaldo Andrade observa: “matérias interessadas e pagas”
• Chamou a atenção das empresas para o problema de
comunicação que tinham com o público
• Trouxe uma dose de humanização para os negócios (*)
• Lee desenvolveu ainda técnicas de criar fatos novos, notícias
sobre seus clientes. A fonte capacitada profissionalmente
Brasil
• Indício – 1909 Nilo Peçanha cria Secção de Publicações e
Biblioteca (reunir e distribuir informações)
• Fundação do serviço de atendimento ao público e à imprensa
da Light, em 1914, por Eduardo Pinheiro Lobo
• 1931, Getulio cria o Departamento Oficial de Propaganda
• Em seguida torna-se Dep. de Propag. e Difusão Cultural e
Departamento de Propaganda
• 1939 passa a Departamento de Imprensa e Propaganda (chega
a ter 220 funcionários, atividade de agência de notícias com
equipes de reportagem e sistema de distribuição de notícias
• Jornalistas exercem atividades paralelas em jornais e órgãos
públicos (“fecha-boca” ou “cala-boca”)
• Dessa época e mesmo durante regime militar o Serviço de
Informação Agrícola se destacou (3 programas de rádio – 2
diários e 1 semanal – publicações e distribuição de
comunicados técnicos
• Setor privado surge a partir de multinacionais na década de
1950, especialmente as do setor automobilístico e de higiene
• Fins de 1970 e 1980 equivalem ao movimento do início do
século XX nos E.U.A. (direitos, democracia, cidadania)
• Assessorias se tornam também boa alternativa para o
desemprego que era grande nas redações dos jornais
• 1985 Rhodia lança seu Plano de Comunicação Social
• Qualificação das fontes de informação
• Assessores tornam-se pontos de apoio para repórteres
• Fenaj surge como instituição que defende a atuação dos
jornalistas nas assessorias
Modelos (EUA, Europa, Brasil)
• Pode-se dizer que essa área tem modelos
próximos , mas com diferenças entre seus
agentes e formas de atuação.
• Envolve diferenças no campo dos profissionais
envolvidos e sua formação
• No campo conceitual da ética, portanto
• No campo de atuação dentro das organizações
Modelo Norte-Americano
• No início, atrelada a jornalistas e profissionais que se
propõem a serem relações públicas
• Entender o público e aproximá-lo do assessorado
• Sofre críticas: dificulta acesso da imprensa (governos)
• RP é um assessor e mediador junto à gerência, que ajuda a
traduzir objetivos, metas p/publicação
• Parte de objetivos relacionados à administração
• PRSA (Public Relations Society of América): “Relações Públicas
são uma atividade que ajuda uma organização e seu público a
se adaptarem mutuamente”.
• Pesquisa, planejamento, diálogo e avaliação, reconhecendo
múltiplos públicos para qualquer organização
Modelo europeu
• Funções são basicamente as mesmas dos E.U.A e
Brasil, mas diferenciam especialmente jornalistas e
assessores (estes definidos como relações públicas)
• Na formação, quase não há específica para
assessoria de imprensa, apenas em relações
públicas
• Em Portugal, é explícita a distinção entre jornalistas
trabalhando no jornalismo e jornalistas
trabalhando em assessorias
• Há, inclusive, impedimento legal na dupla atividade
Modelo brasileiro
• Jornalista e assessor
• Conceitos do jornalismo estabeleceram uma forma de
atuação que torna a atividade um tanto diferente do que se
faz como RP nos EUA e na Europa
• Devem agir como instrumento da sociedade e não podem ser
confundidos com “agentes fabricadores da imagem das
empresas, instituições e seus dirigentes” (R.A.Amaral Vieira)
• Para M. Cheida, “o jornalista tem o compromisso ético de
apreender a verdade factual, tomando-a como um bem
social, e ser crítico observador da realidade”
• M.C. Chaparro defende um caráter eminentemente técnico
do assessor, livre da relação histórica com marketing e lobby
• Santos e Barbi (2000) notaram que:
“As assessorias, por pertencerem majoritariamente a
jornalistas, acabam por adotar um padrão ético de
atuação própriodesta profissão. E esses profissionais,
embora não tenham formação adequada ao exercício de
assessor, têm compromisso ético e consciência sobre a
importância e o impacto da informação junto à opinião
pública”
• Etapas históricas: divulgação, edição de publicações
institucionais, assessoria de imprensa, gerenciamento
(gestão) de de sistemas de comunicação
• De mero executor de políticas para elemento formulador
de estratégias
Comunicação Institucional

Comunicação Organizacional Comunicação Comunicação


Empresarial Pública

Comunicação
Interna
Relações Públicas
Jornalismo Empresarial
Comunicação Assessoria de
Externa Comunicação
Assessoria de Imprensa

Comunicação
Integrada

Você também pode gostar