Gerenciando de forma

eficiente os ativos de
telecomunicações
Rumo a uma gestão inteligente do site

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Índice
1. Mais conectados do que nunca

2. Em destaque:
os sites de telecomunicação

3. As tendências no setor

4. Uma visão de 360º dos sites

5. As peças necessárias

6. O futuro dos sites de telecomunicação

7. Conclusões
Mais conectados
do que nunca
O grande desafio do setor de telecomunicações
Las circunstancias extremas derivadas de la COVID-19
As circunstâncias extremas resultantes da COVID-19
marcaram um antes e um depois em nossa relação com
as tecnologias da informação, tornando-nos ainda mais
dependentes do que antes. Hoje, a única maneira de
continuar o ritmo ininterrupto de imediatismo ao qual
nos acostumamos é ter serviços poderosos de voz e
dados que é ter serviços poderosos de voz e dados que
garantam conectividade estável e constante. Em um
mundo onde 88% das empresas incentivaram seus
profissionais a trabalhar em home office, as infra-
estruturas de telecomunicações enfrentam desafios
significativos para poder atender a essa demanda:
• Os clientes estão exigindo cada vez mais largura
de banda a preços mais baixos
• São necessários altos investimentos em infra-
estrutura para redes fixas e móveis, tais como
as novas 5G, com baixo ROI
• El OPEX é alto devido à existência de muitos
sistemas que suportam a operação e a
manutenção das redes
• As regras do jogo são complicadas pelo
surgimento de novos participantes, tais
como operadores virtuais e operadores de infra-
estrutura

Em um mundo onde 88% das empresas incentivaram seus

profissionais a trabalhar em home office, as infra-estruturas de
telecomunicações enfrentam desafios significativos para poder
atender a essa demanda

1 Gartner, 2020

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Em destaque:
sites de
telecomunicação
Este investimento crescente e necessário em
infraestruturas capazes de alojar e satisfazer as
exigências das novas tecnologias - que também estão
surgindo a um ritmo cada vez maior - está levando as
empresas de telecomunicações a buscar soluções de
economia de custos e identificar novas fontes de receita
para rentabilizar suas infraestruturas. Para isso, um foco
comum é a gestão de ativos e operações realizadas
nestes locais.
Os sites de telecomunicações (também chamados de
instalações, torres ou estações base) são os lugares
estratégicos em que se baseia a atividade das
operadoras: normalmente estão localizados em pontos
de fácil emissão, tais como telhados de edifícios ou em
terrenos elevados; e abrigam as torres ou mastros com
antenas para a troca de sinais de rede celular, bem como
os equipamentos de comunicação necessários para
seu processamento e transmissão, juntamente com a
infra-estrutura para apoiá-los (baterias, ar condicionado,
painéis de energia, geradores, etc.).
Estima-se que existam mais de 5 milhões de sites em
todo o mundo, com um OPEX anual por site de
2 TowerXChange Europe Dossier 2017
30.000 USD (incluindo mão-de-obra, reparos,
instrumentação, veículos, suprimentos e energia). Além
disso, com o surgimento do 5G, estima-se que o
número de sites de telecomunicações aumentará
de 4 a 7 vezes, principalmente devido ao uso de altas
frequências que têm uma cobertura menor.
Até 30% dos custos de
gerenciamento do site podem
ser otimizados
É, portanto, um negócio de volume onde uma pequena
melhoria em qualquer aspecto pode ser muito relevante.
Fontes tais como TowerXChange² estimam que até
30% dos custos de gerenciamento do site podem ser
otimizados. Entre os itens de custo para cada site é
interessante destacar os custos de energia, portanto,
qualquer melhoria na eficiência energética terá um
impacto nas contas do operador da rede ou da infra-
estrutura que assume esse custo.
2
Tendências
do setor
Até alguns anos atrás, eram as próprias operadoras as
responsáveis pela gestão integral de um site, cuidando
de todos os processos necessários, desde a busca de um
local, até a locação ou compra de terrenos e instalações
de equipamentos, gerenciamento de energia,
necessidades de refrigeração, troca de equipamentos,
etc.
Isto foi feito com muitas ferramentas próprias e
comerciais para cada fase ou processo de gestão
de ativos, sem integração ou visibilidade entre elas.
Além disso, em muitos casos, o próprio pessoal da
empresa foi utilizado para tarefas de operação e
manutenção, juntamente com uma grande quantidade
de subcontratados, o que complicou excessivamente a
gestão das operações.
Mas o crescente investimento em infra-estrutura
devido ao surgimento de novas tecnologias (5G, fibra
ótica, IoT, etc.), juntamente com os problemas legais e
administrativos envolvidos na construção e manutenção
de sites, bem como o surgimento de novos players,
levou as empresas de telecomunicações a buscar outras
soluções.
Tendências entre
as empresas de
telecomunicações
que possuem
infraestruturas
Compartilhar a infraestrutura através de acordos
entre empresas de telecomunicações para reduzir
custos: alianças não só procuram compartilhar espaço
no local físico, mas também elementos da própria
rede móvel, tais como antenas, em um cenário de co-
localização de recursos com várias empresas no mesmo
site. Um cenário que se tornará ainda mais comum com
a consolidação de novas tecnologias, como a 5G, desde
que as questões de concorrência e de regulamentação
sejam resolvidas. De acordo com um estudo da
McKinsey³ o compartilhamento de rede pode reduzir o
custo de implantação de 5G em cerca de 40% se houver
três ou mais operadores compartilhando a infrestrutura
com uma estratégia de implantação greenfield.
Segregar ativos para maximizar a comercialização:
A criação de empresas de infraestrutura controladas
pelas operadoras mais sólidas é uma forma amplamente
utilizada para reduzir sua dívida e monetizar seus
recursos (modelo de carve out). A venda e locação de
volta à operadora (sell and lease back) para operadoras
independentes de infraestrutura (TowerCos) também
é utilizada, cujo objetivo é a utilização máxima das
infraestruturas para sua monetização através da
comercialização da capacidade disponível, em termos
de espaços horizontais e verticais. As TowerCos, tanto
as passivas (administram apenas a infraestrutura,
próximas ao setor imobiliário) assim como ativas (elas
também fornecem os elementos da rede) têm tido um
forte retorno nos últimos anos e, graças à co-locação,
é possível obter ganhos de eficiência de até 40%⁴ ,
reduzindo os custos de energia e custos de operação e
manutenção.
3 McKinsey Network Sharing and 5G: A turning point
for lone riders, McKinsey, 2018
4 Ernst & Young; EWIA, 2019
3
Uma visão 360º
dos sites
Ao longo de todo o ciclo de vida de um site, há vários processos e atividades que requerem gerenciamento com
diferentes parceiros:
1 Criação e implementação do site
Incluindo a busca de locais adequados com
garantia de conformidade legal, obras e
projetos de engenharia ou planejamento e
implantação de redes.
2 Gestão de processos comerciais
Tais como gerenciamento com locadores,
aquisição de equipamentos, gerenciamento
de locações e direitos a equipamentos,
gerenciamento de capacidade e espaço
disponível para possível comercialização
a terceiros, contratos e faturamento,
fornecedores e subcontratados, ou troca de
informações com clientes e outras partes
interessadas.
3
Operação e manutenção do site
Tais como a gestão de ordens de trabalho,
tipos de manutenção (corretiva, preventiva,
preditiva), gestão de mão-de-obra, materiais,
instalação e substituição de equipamentos, ou
o monitoramento de SLAs.
4
Desmantelamento do site com vendas a
terceiros
Isto inclui realocação de equipamentos,
desinstalações e limpezas, ou gerenciamento
de formalidades legais.
Poder gerenciar um número tão grande de atividades
na velocidade que a situação atual exige e em busca
de economia de custos a médio prazo, envolve
necessariamente a digitalização.
Estamos falando da necessidade de ter uma solução
que nos proporcione uma visão de 360 graus em
tempo real de todos os elementos ao redor do
ciclo de vida de um site de telecomunicações. Isto
torna possível a gestão abrangente dos processos
envolvidos, tanto operacionais quanto comerciais,
alcançando:
• Evitar tarefas manuais suportadas por planilhas
e ferramentas departamentais que não estejam
integradas entre si
• Minimizar os erros manuais que ocorrem ao
aumentar o número de sites e processos a serem
tratados
• Contribuir para a rentabilidade do site,
através de uma única plataforma centralizada
onde os proprietários de infraestrutura de
telecomunicações podem gerenciar todos os
seus ativos e seu relacionamento com outros
fornecedores e empresas de forma mais eficiente
• Melhorar a tomada de decisões e respostas
proativas aos problemas, graças à disponibilidade
de informações em tempo real
• Sistematizar o conhecimento da operação,
evitando a dependência nas pessoas
• Ter todas as informações sobre clientes
e terceiros, de forma acessível, com as
peculiaridades de seus contratos e SLAs
assinados, e fazer uma gestão end-to-end dos
pedidos de recursos dos clientes para os espaços
que podem ser oferecidos quando há co-locação
4
 As peças necessárias
No processo de construção desta solução para alcançar uma visão de 360 graus, é necessário rever aqueles
componentes ou funcionalidades nos quais queremos nos concentrar como prioridade para garantir uma gestão
abrangente de nossos site.
Gestão de compras e comercial
Para manter a rentabilidade, é necessário ter um
repositório que colete dados comerciais históricos
para cada site, assim como ferramentas para gerenciar
contratos comerciais ao longo de seu ciclo de vida.
Deve incluir tanto a gestão dos arrendamentos como a
administração dos elementos disponíveis, bem como a
provisão de mecanismos eficientes para pagamentos
e faturamento de vários clientes, empreiteiros e
fornecedores. Também seria interessante ter uma
ferramenta que permita a supervisão de SLAs com
terceiros para a liquidação de pagamentos fixos e
variáveis. Além disso, este componente é responsável
por oferecer produtos e serviços, coletar e gerenciar
todos os processos relacionados às solicitações de
recursos dos clientes para alugar o espaço disponível em
mastros ou estandes e preparar o contrato individual.
Visão integral das informações
Se pensarmos em facilitar a experiência do usuário
de nossos funcionários, é necessário ter um ponto de
entrada com login único e seguro, a partir do qual se
pode acessar a gestão de todos os módulos. E deve
fazê-lo com uma visão personalizada de 360 graus, o
que significaria poder ver as informações mais úteis para
cada pessoa através do controle de funções: tarefas,
ordens de trabalho, possíveis alarmes em determinados
sites, ou painéis com a evolução de certos KPIs..de
roles: tareas, órdenes de trabajo, posibles alarmas en
determinados emplazamientos, o cuadros de mando con
la evolución de ciertos KPIs.
Inventário de ativos do site
É essencial ter um inventário unificado, com uma visão
técnica e de recursos, com informações atualizadas e
confiáveis (com boa qualidade de dados) de todos os
elementos em cada site, com suas características e a
possibilidade de conhecer seu status. Um inventário
hierárquico com os elementos posicionados e dinâmicos
onde a inclusão de novos elementos não o afete e
os dados podem ser atualizados a partir do próprio
site. Isto é essencial para poder realizar operações de
manutenção, incluindo o fornecimento de peças de
reposição e consumíveis, assim como para a gestão de
possíveis recursos a serem comercializados, que é um
dos principais objetivos da TowerCos.
5
Gestão de documentos
A fim de padronizar e unificar a documentação comum
do site (técnica, contratual, oficial, etc.) e torná-la
facilmente acessível a todos aqueles que precisam
consumi-la ou editá-la, um sistema de gerenciamento de
documentos deve a partir de uma estrutura hierárquica,
a otimização das buscas de texto e arquivo e o acesso
à versão mais atualizada dos documentos digitalizados
que são gerados diariamente em cada site (fotos, vídeos,
planos, contratos com assinatura eletrônica, informações
patrimoniais, manuais, etc.).
Operação e manutenção
Para conseguir uma gestão ágil das operações e
manutenção, você não deve perder a possibilidade de
controlar materiais, incidentes e notificação de falhas,
fazendo rastreamento completo das ordens de trabalho
por tipo de manutenção (preventiva, corretiva ou
preditiva), e gerenciamento da força de trabalho móvel
atribuindo tarefas a técnicos ou grupos com base em sua
ocupação e otimizando suas rotas de viagem.
Soluções em mobilidade para técnicos de
campo
O uso de um aplicativo móvel é uma solução que, por
um lado, permite que os técnicos sejam geolocalizados
o tempo todo e, por outro lado, facilita a visualização
de suas ordens de trabalho, a execução de tarefas de
forma orientada durante a realização de auditorías ou
manutenção (incluindo fotos e vídeos), a conclusão de
ordens de trabalho e a atualização do inventário no site.
Inteligencia de negocio
A fim de obter proativamente informações relevantes
sobre o gerenciamento do site, é necessário armazenar
os dados necessários para a definição e visualização
dos KPIs (indicadores-chave de desempenho para
análise técnica e de equipamento) e a representação
de qualquer informação em painéis de controle
(dashboards) e relatórios. Além disso, graças aos avanços
nos algoritmos de inteligência artificial (como o Machine
Learning), há a possibilidade de descobrir padrões
inesperadas e tendências que facilitem a manutenção
preditiva.
Gerenciamento e controle remoto dos
equipamentos do site
O uso de sensores/atuadores para monitorar o
equipamento permite conhecer em tempo real o estado
operacional dos vários dispositivos presentes e receber
notificações oportunas em caso de mau funcionamento
ou eventos inesperados nos mesmos, sem a necessidade
de locomoção. Tudo isso é suportado pelas capacidades
da Edge Computing e das plataformas de gerenciamento
de dispositivos IoT.
Gestão de segurança
Isto é conseguido através da inclusão de sistemas
seguros de acesso ao local e do cumprimento das leis de
prevenção de riscos ocupacionais.
6
 O futuro dos sites
de telecomunicação
Atualmente, estamos vendo a colaboração entre as
operadoras de telecomunicação incumbentes e a
TowerCos em diferentes regiões do mundo para dividir
os custos do CAPEX/OPEX. Mas outras empresas que
exigem alta conectividade com sistemas de fibra ou
links de rádio (fabricação, química, automotiva...),
empresas de logística que usam drones e precisam de
bases para operar, ou até mesmo para fornecer serviços
de IoT e computing edge (aproveitando os sites como
Data Centers), serão parceiros interessantes para os
proprietários de infraestruturas de telecomunicações.
Por outro lado, a crescente demanda por conectividade
que as operadoras de telecomunicações enfrentam,
indica a necessidade de criar novos sites.
Provavelmente, inicialmente, será necessário aumentar
o volume de sites semelhantes aos que já conhecemos.
Entretanto, o aumento da 5G e de outras tecnologias
emergentes levará a uma reavaliação das necessidades
e exigências de espaço e requisitos técnicos. Em relação
a isso, existem tecnologias para melhorar a cobertura
e a capacidade, tais como small cells e DAS (Sistemas
de Antenas Distribuídas) que reduzem o tamanho do
equipamento e são
determinantes nos portfólios em que a TowerCos está
apostando para reduzir o custo de investimento das
operadoras tradicionais de telecomunicações e para
reforçar seu papel como agentes ativos e neutros.
Ao mesmo tempo, tudo relacionado à sustentabilidade
e à redução da pegada ambiental está se tornando
cada vez mais importante. Assim, o objetivo é otimizar
o consumo de energia reduzindo a necessidade de
espaços internos, utilizando soluções alternativas de
energia como a energia solar ou utilizando baterias
e retificadores mais eficientes. Desta forma, os sites
greenfield ganharão peso, como aqueles que reduzem o
impacto ambiental, otimizando o consumo de energia e
alcançando um maior nível de eficiência.
Tudo isso abre a porta para reflexões interessantes
sobre futuros sites de telecomunicações e, por exemplo,
sua localização em ambientes urbanos, aproveitando
o mobiliário existente e outros espaços, como a
construção em interiores de edifícios ou em shopping
centers.
7
 Conclusões
Nos últimos anos, tem havido um interesse crescente
na gestão integrada de sites de telecomunicações
marcados por estratégias derivadas da necessidade de
reduzir os custos das empresas proprietárias e, como
resultado, o surgimento de gestores de infraestrutura
neutros e a incorporação de novas tecnologias, tais como
o 5G.
Conforme o número de locais aumenta e a infra-
estrutura cresce em volume e complexidade, sua
gestão, tanto para manutenção e operação como para a
comercialização de recursos para os espaços disponíveis,
também se torna mais difícil. Isto torna necessário
evoluir do uso de ferramentas específicas para cada
processo, para ter uma única plataforma centralizada
que integre os módulos necessários para os
diferentes processos e atividades envolvidas no
ciclo de vida do site. E tudo isso com a flexibilidade
necessária para ter uma visão completa de 360 graus
em tempo real do que está acontecendo ali.
Assim, descrevemos como um gerenciamento
inteligente do site requer um ponto de entrada comum
a partir do qual os usuários, dependendo de sua função,
podem ter acesso ao gerenciamento
e comercialização de recursos de co-locação;
contendo um bom e continuamente atualizado
inventário; monitoramento e gerenciamento de
incidentes e ordens de trabalho; e tendo as ferramentas
necessárias para impulsionar a eficiência da força
de trabalho, incluindo aplicações de mobilidade para
otimizar as atividades de operação e manutenção.
O contexto atual também nos leva a pensar mais do que
nunca em soluções que facilitem o trabalho remoto,
como o monitoramento e o controle de acesso remoto.
E não menos importante é a análise de dados através
de KPIs, dashboards e algoritmos de inteligência
artificial (como técnicas de machine learning). Uma
modalidade que se tornou o grande aliado para descobrir
ineficiências, desenvolver capacidades preditivas e, em
resumo, para alcançar a máxima otimização da gestão do
site.
8
Autores

César Berlanga de Miguel

Desenvolvimento de Negócios Telco & Media
cberlanga@minsait.com

José Nidal Jreige Iskandar

Desenvolvimento de Negócio Telco & Media
jnjreige@minsait.com

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