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1º Grupo
Angelina Manuel Muchate
Casimiro Julião Honwuane
João Joaquim Matavele
Lourino da Cecília Chemane
Miséria Ângelo Maibaze
Nilza Félix Mambane
Verónica Elisa Chongo
Vânia Carlos Moiane
Universidade Save
Gaza-Chókwè
2021
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1º Grupo
Angelina Manuel Muchate
Casimiro Julião Honwuane
João Joaquim Matavele
Lourino da Cecília Chemane
Miséria Ângelo Maibaze
Nilza Félix Mambane
Verónica Elisa Chongo
Vânia Carlos Moiane
Universidade Save
Gaza-Chókwè
2021
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Índice
1.0 Introdução..............................................................................................................................................3
2.0. Objecto de estudo..................................................................................................................................5
2.1 Objectivo Geral......................................................................................................................................5
2.2 Objectivos Específicos...........................................................................................................................5
3.0. Metodologia..........................................................................................................................................5
4.0. LÓGICAS DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES..............................................................................7
4.1. Tecnicidade e Profissionalidade............................................................................................................8
4.1.1 Tecnicidade.........................................................................................................................................8
4.1.2. Profissionalidade...............................................................................................................................9
5.0. Articulações do saber aos problemas 5.1. As problemáticas da formação...........................................11
5.1.1. A problemática de articulação entre valor epistemológico e desenvolvimento pessoal...................12
5.1.2. A problemática de articulação entre desenvolvimento pessoal e inserção socioprofissional............12
5.1.3. A problemática de articulação entre valor epistemológico e interesse socioprofissional..................13
6.0 Conclusão.............................................................................................................................................14
7.0. Referências Bibligráficas.....................................................................................................................15
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1.0 Introdução
A educação é uma prática social inextrincavelmente ligada às dinâmicas constituidoras de uma
sociedade. Sendo assim, a mesma pode ser entendida como um amplo processo, constituinte da
nossa humanização, que se realiza em diversos espaços sociais: na família, na comunidade, no
trabalho, nos movimentos sociais, na escola, dentre outros.
A educação é, sobretudo, troca, debates, construção de ideias e formação de hábitos que precisam
ter como ponto de partida a formação ética e a proposta de construção de novas visões de mundo
e a busca pela justiça social e na certeza de luta pela igualdade. Ela constitui-se um dos principais
activos e mecanismos de transformação de um povo, por isso é papel da escola, de forma
democrática e comprometida com a promoção do ser humano na sua integralidade, estimular a
formação de valores, hábitos e comportamentos que respeitem as diferenças e as características
próprias de grupos e minorias.
Deste modo, ao analisar o actual cenário do processo ensino-aprendizagem predominante nas
escolas actuais, verifica-se que muitos professores ainda adoptam a postura do professor como
transmissor do conhecimento; utilizando-se dos mecanismos pedagógicos de maneira linear;
posicionando-se dentro dos modelos da racionalidade técnica. Apesar de as exigências actuais e
dos mais variados discursos se pautarem no professor reflexivo, na ênfase da relação
teoria/prática, percebe-se que eles são formados para serem profissionais técnicos e para
actuarem a partir desse modelo nas escolas em que trabalham.
Assim sendo, o estudo pretende avançar com o seguinte objectivo geral: Conhecer Tecnicidade e
profissionalidade na formação de professor e Articulação do saber aos problemas que os mesmos
enfrentam no seu dia-dia.
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3.0. Metodologia
Neste capítulo apresentaremos os métodos usados na elaboração do trabalho.
Para a elaboração deste trabalho serão usados o método bibliográfico e a pesquisa de campo. O
método bibliográfico consiste na leitura de livros que tratam conteúdos relacionados com a
pedagógica, didáctica e as diversas teorias do processo educativo.
A metodologia é a parte do trabalho que aponta para a descrição de forma breve das técnicas e
processos usados durante a pesquisa (Lakatos e Marconi, 2001:34). E, é evidente que para a
realização deste trabalho precisamos de metodologia, sendo que neste sentido usamos a
observação sendo ela direita e indirecta. A escolha deste método e pelo facto de que, como sendo
trabalho de práticas nós como profissionais tivemos acesso directo aos fenómenos a serem
observados, e inquerindo para casos não observados.
Silva (2000) caracteriza quatro campos semânticos da formação: educação, ensino, instrução e
formação propriamente dita. Os quatro campos, em diferentes proporções, remetem a
significados individuais e institucionais, representando ora a formação do indivíduo ou as
relações entre indivíduos, ora os sistemas abstractos ou institucionais de formação.
A educação remete à ideia de nível ou de elevação de nível. Trata-se de uma significação não
específica que designa tanto um desenvolvimento intelectual quanto físico ou moral.
A formação evoca o ato de dar forma, isto é, transformar o indivíduo integralmente. Mais do que
métodos ou conhecimentos, a formação designa uma mudança qualitativa do indivíduo, que
ocorre simultaneamente em diferentes dimensões: psicológica, cognitiva, social.
Dessa forma, podemos agrupar os vários sentidos de formar sob três orientações:
Transmitir conhecimentos;
Modelar a personalidade;
Integrar o conhecimento à prática.
Essas três orientações indicam três lógicas de formação: a lógica didáctica (ou epistémica) dos
conteúdos e dos métodos; a lógica psicológica da evolução do indivíduo, e a lógica
socioeconómica, da adaptação.
Essas lógicas estão sempre presentes em uma formação concreta, pois ela ocorre em um
determinado contexto, ao mesmo tempo em que busca a transmissão de um saber e diz respeito a
indivíduos que aprendem. A predominância de uma dessas lógicas define uma configuração
particular de formação. Uma formação profissional (com seu carácter de preparação para uma
actividade), uma formação psicológica (com seu carácter de desenvolvimento pessoal) ou uma
formação epistémica (com seu carácter de construção do conhecimento).
4.1.1 Tecnicidade
Ramalho, Nuñez e Gauthier (2004), analisando o processo de profissionalização da docência,
apontam dois aspectos que se articulam no desenvolvimento da profissão: uma dimensão interna,
a profissionalidade, entendida como o processo por meio do qual o professor adquire os saberes
próprios da docência e constrói as competências profissionais, e uma dimensão externa, o
profissionalismo, relacionada à obtenção de um status profissional e ao reconhecimento social da
profissão.
Aqui entendemos que Tecnicidade e Profissionalidade são dois aspectos que inseparáveis na
formação do professor visto que Tecnicidade é o processo de profissionalização da docência e a
profissionalidade é o processo por meio do qual o professor adquire os saberes próprios da
docência e constrói as competências profissionais.
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4.1.2. Profissionalidade
A expressão profissionalidade pode ser entendida como “[...] a afirmação do que é específico na
acção docente, isto é, o conjunto de comportamentos, conhecimentos, destrezas, atitudes e
valores que constituem a especificidade de ser professor” (SACRISTÁN, 1991, p. 65).
Altet (2003), com base em Bourdoncle e Mathey-Pierre (1995), esclarece que o termo “profissionalidade”
foi criado do modelo italiano professionalità, que significa “caráter profissional de uma atividade” e que
recupera as “capacidades profissionais, saberes, cultura e identidade” de uma profissão.
Para (LÜDKE; BOING, 2004),a noção de profissionalidade está associada ao conceito de competências.
Para Ramalho, Nuñez e Gauthier (2004), a profissionalidade diz respeito a uma dimensão do
conceito de profissionalização que se articula com o profissionalismo. São dimensões
complementares e constituem um processo dialético de construção de uma identidade social: a
profissionalização, como processo interno entendido como a construção de uma
profissionalidade, onde o professor adquire conhecimentos que são mobilizados nas atividades
docentes; e a profissionalização, como processo externo que se refere ao profissionalismo e,
envolve a reivindicação de status dentro da visão social do trabalho, que requer negociações por
grupo de atores no intuito de reconhecimento perante a sociedade das qualidades específicas,
complexas e difíceis de serem aprendidas.
Diante de todas estas abordagens acimas apresentadas notas se uma pequena divergências mas,
mesmo havendo algumas diferenças nas mesmas, entendemos que, a profissionalidade e
profissionalização mantém uma relação dialética, ou seja, o desenvolvimento da
profissionalidade dos professores, que envolve os conhecimentos e habilidades necessários ao seu
exercício profissional, está articulado a um processo de profissionalização, que requer a conquista
de um espaço de autonomia favorável a essa constituição, socialmente reconhecido e valorizado.
Marcelo Garcia (1999) aponta que a “Formática” é a área do conhecimento que estuda a
formação de maneira geral. Essa formação pode adoptar diferentes aspectos (p. 19), “conforme se
considera o ponto de vista do objecto (a formação que se oferece, organiza exteriormente ao
sujeito); ou, o do sujeito (a formação que se activa como iniciativa pessoal) ”.
Para o autor, ela pode ser classificada em três diferentes maneiras, a saber: “Heteroformação” - é
a formação realizada por especialistas, sem a intervenção do sujeito a ser formado; a
“Autoformação” - em que o indivíduo participa de maneira independente; e, a Interformação - é
aquela que acontece com a interação de equipas.
Ainda Marcelo Garcia (1999), destaca que para ocorrer a formação docente, há de haver sete
princípios fundamentais, os quais são tidos como importantes: Individualização (crescimento
pessoal e profissional); Continuidade (processo em constante construção); Inovação (mudança
para a melhoria da Educação); Desenvolvimento Organizacional (busca por melhorias para a
Instituição em que trabalha); Integração (teoria/prática); Integração (conteúdo e formação
pedagógica); e, Isoformismo (professor formado no mesmo espaço em que irá exercer a sua
profissão).
O autor destaca, também, a formação do professor, que pode ser dividida em quatro fases: o “Pré-
treino” (experiências do futuro professor como aluno da Educação Básica); a “Formação Inicial”
(fase da Graduação, como comentado inicialmente); a “Iniciação” (os primeiros anos de
experiência profissional como docente actuante); e, a “Formação Permanente” (conhecida
Formação Continuada, que acontece ao longo da vida profissional).
continuidade e contextualização, para que o professor esteja sempre em busca de uma atitude de
questionamento, de permanente pesquisa; com vistas a solucionar problemas do seu dia-a-dia
bem como para valorizar uma orientação rumo à mudança em seu caráter contextual e em seu
caráter organizacional; isto é, um desenvolvimento profissional que contribua com o seu contexto
e organização escolar.
Segundo Marcelo Garcia (1992), DPD pode acontecer em seis dimensões, as quais estão
relacionadas ao caráter pessoal, ou seja, dimensões pedagógicas, teóricas, cognitivas e do
conhecimento de si, sendo elas: o desenvolvimento teórico (reflexão sobre sua prática); o
desenvolvimento cognitivo (aquisição de estratégias de ensino); o conhecimento de si mesmo
(imagem equilibrada); o desenvolvimento pedagógico (centrado em áreas do currículo); o
desenvolvimento profissional (investigação); e, o desenvolvimento da carreira (adaptação de
novos papéis). Para o autor, tais dimensões podem ocorrer em quatro diferentes áreas de
investigação: Para o currículo, busca de melhorias em questões relacionadas ao currículo escolar;
Ao ensino, relacionadas ao processo ensino-aprendizagem; À escola, ligadas a sua estrutura; E ao
professor, relacionando, por exemplo, plano de carreira e salário.
Assim, ele acredita que a expressão “Desenvolvimento Profissional” deva ser usada nos cursos de
curta duração realizados com intuito do professor se tornar competente, produtivo e de conseguir
melhor rendimento, seu e dos alunos. Em relação ao termo “formação”, ele apresenta a
“Formação continuada” e a “Formação permanente”, sendo elas, segundo ele, possuidoras de
aspectos similares.
A formação continuada de professores se inscreve em cada uma dessas problemáticas, mas a cada
vez ela adquire um sentido diferente.
A articulação com o pólo socioprofissional vem do questionamento de si mesmo, que faz parte de
um movimento de construção identitária profissional. São importantes nessa formação o trabalho
em equipa e as trocas entre os participantes. A transmissão de conhecimentos é menos importante
aqui do que a reflexão sobre o saber e o saber-fazer do professor.
Essas tarefas podem representar tanto a actividade quotidiana do indivíduo, para a qual ele se
recicla, quanto uma evolução profissional dentro do sistema, para a qual ele se prepara, como
ainda uma adaptação a um novo projecto institucional, do qual ele participa.
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6.0 Conclusão
Reiterando as reflexões abordadas bem como as discussões pautadas nesse trabalho, é importante
compreender que tanto a Formação Inicial do Professor quanto a Formação Continuada compõem
parte do Desenvolvimento Profissional Docente (DPD); o que poderá ocorrer ao longo de sua
carreira como professor; caracterizada por sempre estar em movimento dialético e em constante
aprimoramento.
É importante destacar que o professor não pode e não deverá estar aquém de atualizações
permanentes; mas, essencialmente, além de uma vivência pedagógica a qual o tornará um
profissional diferenciado e valorizado tanto por alunos como por seus pares.
Consideramos importante destacar que, na busca pela formação do professor, além da prática
reflexiva, o construto a partir de etapas passadas, podem ser fundamentais para subsidiar as
discussões sobre a relação entre os conhecimentos teóricos e os práticos.
Em suma, quando falamos sobre o tema “Formação do Professor”, remetemo-nos a três questões:
Ao Processo, que compreendem as propostas teóricas e práticas sobre o tema; À Área de
Investigação, que consiste o campo de pesquisa; possuindo um objeto, uma metodologia e uma
comunidade envolvida e ao Conjunto de Conhecimentos, entendido como uma Disciplina; que
pode se tratar da escola, do aluno, do ensino e do próprio professor.
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