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Hegel - ideias

Enciclopédia das ciências filosóficas

A religião pode existir sem a filosofia, mas a filosofia não pode sem a religião p.52 - a
verdadeira religião deve ter um conteúdo (religião do espírito)
O pensar faz da alma (que animais também tem) um espírito

A configuração do conceito vincula tudo e, por isso,tudo liberta p.57

Ele critica as universalidades vazias que a religião muitas vezes traz


Elogia o apreço pela razão e pela teorização de aristóteles

Tanto a filosofia quanto a religião se ocupam da verdade no seu sentido mais elevado
(Deus) e se ocupam do âmbito finito, da natureza humana do espírito e da natureza

No trato dos objetos devemos provar sua necessidade e suas determinações


o humano se diferencia dos animais pelo pensamento-> opinião antiga - Hegel diz que no
entanto o homem também é constituído de sentimentos e, antes do conceito, de
representações perpetradas pelo pensar p.69/70

-O conteúdo da consciência é a especificação dos sentimentos, intuiçções, imagens,


representações, fins, etc, dos pensamentos, conceitos

Incompreensibilidade da filosofia -> dificuldade - > falta de hábito de pensar abstratamente,


de se ater a puros pensamentos e nele se mover. -> também impaciência -> vontade de
ligar os conceitos a representações conhecidas -> bons oradores/pregadores são os que
geram impressões familiares nos ouvintes, proporcionam coisas que eles já sabem de
memória.

o conteúdo da consciência se conserva na tradução do mesmo para o conceito e a forma do


pensamento, para apreender a verdade nos objetos se requer a reflexão - p. 72

->critica a doutrina do saber imediato/intuitivo -> a filosofia, como outras ciências ou artes,
deve ser apreendida corretamente. (para fazer um sapato deve-se aprender o ofício do
sapateiro, etc). p.73

Para Hegel, o conteúdo da filosofia é a realidade efetiva


experiência é a primeira consciência desse conteúdo

Aparência do Real (fugaz, insignificante) Vs Realidade

A reflexão constitui o começo da filosofia -> ela refloresceu nos tempos modernos (após a
reforma da Lutero) -> nesse novo período não se ateve apenas ao abstrato como os gregos,
mas se arrojou à matéria p.75
Autoconsciência essencial -> o princípio da experiência -> o conhecimento só é assimilado
quando está dentro do homem.

autoconsciência - sinônimo de conhecimento-de-si

A consciência-de-si enquanto caminho de reconhecimento do Outro – Pensamento


Extemporâneo (pensamentoextemporaneo.com.br)

A consciência é aquela que conhece o mundo, e analisando esta etapa podemos notar
que ela se divide em três momentos que são sucessivos: certeza sensível, percepção e
intelecto.
Consciência indica sempre relação determinada entre um “eu” e um “objeto”, relação
sujeito-objeto. A oposição sujeito-objeto, portanto, é característica distintiva da
consciência” (REALE, 2005, p. 112). Superada a oposição e passados os três momentos,
culminando no terceiro, que ó o do intelecto, temos a passagem da etapa da consciência
para a etapa da consciência-de-si.

A consciência-de-si não deve ser uma consciência que negue a alteridade. Hegel quer
nos mostrar que a consciência-de-si deve estar aberta para o outro: “assim seus
momentos devem, de uma parte, ser mantidos rigorosamente separados, e de outra
parte, nessa diferença, devem ser tomados ao mesmo tempo como não diferentes, ou
seja, devem sempre ser tomados e reconhecidos em sua significação oposta” (HEGEL,
1988, p. 126). É marca inicial da consciência-de-si excluir o outro. A consciência-de-si
no início se deixa ser influenciada pelo desejo, destarte procura tomar posse das coisas
e criar uma situação para que tudo dependa si. Ela chega até mesmo ao ponto de negar
o outro.

O senhor não está certo do ser-para-si como verdade; mas sua verdade é de fato a
consciência inessencial e o agir inessencial dessa consciência” (HEGEL, 1988, p. 131).
Com essa afirmação conseguimos perceber que da relação entre o senhor e o escravo
elenca-se a seguinte consequência: o senhor ao invés de se tornar independente como
sempre fora, acaba se tornando dependente. Mas afinal de contas por qual motivo o
senhor acaba se tornando dependente visto que sua figura propicia cada vez mais a
independência? Em sua cômoda posição o senhor vai aos poucos desaprendendo a fazer
muitas coisas que agora seu escravo realiza. Se por um lado o senhor perde
independência, por outro o servo vai se tornando cada vez mais independente, pois é
ele que faz e acontece.

Hegel quer propor uma submissão entre as consciências; submissão e não


subserviência. A consciência-de-si deve sair do estado do “em si” e chegar ao estado
do “para si”.

RESUMO -> “A luta pela vida ou pela morte, por meio da qual e somente por meio da
qual a autoconsciência se realiza sai da posição abstrata do em si e torna-se para si”
(REALE, 2005, p. 113). Podemos perceber que a vida se dá quando a consciência não é
negada quando não é tratada sob a ótica do servilismo. A morte se dá no movimento
contrário a este movimento que aqui apresentamos.

RESUMO DIALÉTICO -> A dialética do senhor e do escravo e também o movimento de


suprassunção em Hegel presentes neste capítulo, querem nos mostrar que se tratam de
movimentos dialéticos onde neles nenhum ser, ou melhor, adequando ao nosso texto,
nenhuma consciência permanecerá sobreposta à outra. Senhor e escravo não são
apenas superior e inferior; mas são os dois juntos, pois conforme já explicitamos, não
há superioridade. Estão juntos, pois a banalização de uma das consciências ou a
banalização do senhor sobre o escravo não leva a lugar algum. O senhor precisa do
escravo, o escravo precisa do senhor.

HEGEL DIZ - A FILOSOFIA USA O CONHECIMENTO OBJETIVO DAS OUTRAS CIÊNCIAS,


RECONHECE O UNIVERSAL DELAS E USA PARA SEU PRÓPRIO CONTEÚDO

Lógica especulativa - Lógica antiga + metafísica

Para Hegel, o Conceito especulativo pode abranger o infinito, diferente do conceito


“ordinário” - p.78

A filosofia apreende o conhecimento absoluto

HEGEL DISCORDA DESSA VISÃO: Deve-se conhecer primeiro o instrumento antes do


trabalho - a mente (a faculdade do conhecer) pode realmente conhecer Deus? - Seria como
aprender a nadar antes de se aventurar na água

Parte importante:
O espírito enquanto senciente (que percebe pelos sentidos) tem como objeto o sensível.
Na diferença com as formas sensíveis ele cria a satisfação elevada do seu interior, o
PENSAR. Vem assim a si mesmo, pois o seu diferencial é o pensar. Porém o pensar se
enreda em contradições, devido à não indentidade dos pensamentos, e ele não alcança a si
mesmo de fato .- p.80 (39)

O pensar não renuncia a si mesmo, permanece no extravio do estar-em-si, e não atinge sua
maior necessidade, que é o autoconhecimento.

dialética é a natureza do pensamento - p.80

O conhecimento de Deus, e do supra-sensível contém essencialmente uma elevação do


sensível e da intuição, sendo, portanto, negativo em relação a ele, e aqui reside também a
MEDIAÇÃO (Um começo e uma passagem a um segundo termo)

O pensar é a negação de algo imediatamente existente - o pensar se deve à experiência


“O comer se deve à comida” - destrói o que o criou - “ingrato”

A filosofia se serve das ciências empíricas e fornece a elas a liberdade do pensar e a


garantia da necessidade
Quando o pensar se fixa na universalidade das ideias ele cai no formalismo (ambiguidades,
etc) - filosofias antigas (escola eleática, devir de Heráclito, etc)

o pensamento livre e verdadeiro é em si concreto e por isso é ideia


Um filosofar sem sistema não pode ser científico - necessário ter princípios particulares

Em uma enciclopédia científica se expõem princípios e conceitos fundamentais


As ciências são uma ordem

A filosofia é racional, a ciência é positiva

A natureza na sua singularização também se perde no ACIDENTAL

PARA-SI Mas, é este apenas o ato livre do pensar: colocar-se no ponto em que ele é para-si
mesmo e, portanto, produz e a si mesmo dá o seu objeto

O Fim da Filosofia é atingir o conceito do seu conceito, o seu retorno e pacificação

A ciência filosófica se divide em 3 partes:


1-A lógica, a ciência da Ideia em si e para si.
2- A filosofia da natureza, como a ciência da ideia no seu ser-outro
3- A filosofia do espírito, como a ciência da ideia que do seu ser-outro, a si retorna.

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