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A religião pode existir sem a filosofia, mas a filosofia não pode sem a religião p.52 - a
verdadeira religião deve ter um conteúdo (religião do espírito)
O pensar faz da alma (que animais também tem) um espírito
Tanto a filosofia quanto a religião se ocupam da verdade no seu sentido mais elevado
(Deus) e se ocupam do âmbito finito, da natureza humana do espírito e da natureza
->critica a doutrina do saber imediato/intuitivo -> a filosofia, como outras ciências ou artes,
deve ser apreendida corretamente. (para fazer um sapato deve-se aprender o ofício do
sapateiro, etc). p.73
A reflexão constitui o começo da filosofia -> ela refloresceu nos tempos modernos (após a
reforma da Lutero) -> nesse novo período não se ateve apenas ao abstrato como os gregos,
mas se arrojou à matéria p.75
Autoconsciência essencial -> o princípio da experiência -> o conhecimento só é assimilado
quando está dentro do homem.
A consciência é aquela que conhece o mundo, e analisando esta etapa podemos notar
que ela se divide em três momentos que são sucessivos: certeza sensível, percepção e
intelecto.
Consciência indica sempre relação determinada entre um “eu” e um “objeto”, relação
sujeito-objeto. A oposição sujeito-objeto, portanto, é característica distintiva da
consciência” (REALE, 2005, p. 112). Superada a oposição e passados os três momentos,
culminando no terceiro, que ó o do intelecto, temos a passagem da etapa da consciência
para a etapa da consciência-de-si.
A consciência-de-si não deve ser uma consciência que negue a alteridade. Hegel quer
nos mostrar que a consciência-de-si deve estar aberta para o outro: “assim seus
momentos devem, de uma parte, ser mantidos rigorosamente separados, e de outra
parte, nessa diferença, devem ser tomados ao mesmo tempo como não diferentes, ou
seja, devem sempre ser tomados e reconhecidos em sua significação oposta” (HEGEL,
1988, p. 126). É marca inicial da consciência-de-si excluir o outro. A consciência-de-si
no início se deixa ser influenciada pelo desejo, destarte procura tomar posse das coisas
e criar uma situação para que tudo dependa si. Ela chega até mesmo ao ponto de negar
o outro.
O senhor não está certo do ser-para-si como verdade; mas sua verdade é de fato a
consciência inessencial e o agir inessencial dessa consciência” (HEGEL, 1988, p. 131).
Com essa afirmação conseguimos perceber que da relação entre o senhor e o escravo
elenca-se a seguinte consequência: o senhor ao invés de se tornar independente como
sempre fora, acaba se tornando dependente. Mas afinal de contas por qual motivo o
senhor acaba se tornando dependente visto que sua figura propicia cada vez mais a
independência? Em sua cômoda posição o senhor vai aos poucos desaprendendo a fazer
muitas coisas que agora seu escravo realiza. Se por um lado o senhor perde
independência, por outro o servo vai se tornando cada vez mais independente, pois é
ele que faz e acontece.
RESUMO -> “A luta pela vida ou pela morte, por meio da qual e somente por meio da
qual a autoconsciência se realiza sai da posição abstrata do em si e torna-se para si”
(REALE, 2005, p. 113). Podemos perceber que a vida se dá quando a consciência não é
negada quando não é tratada sob a ótica do servilismo. A morte se dá no movimento
contrário a este movimento que aqui apresentamos.
Parte importante:
O espírito enquanto senciente (que percebe pelos sentidos) tem como objeto o sensível.
Na diferença com as formas sensíveis ele cria a satisfação elevada do seu interior, o
PENSAR. Vem assim a si mesmo, pois o seu diferencial é o pensar. Porém o pensar se
enreda em contradições, devido à não indentidade dos pensamentos, e ele não alcança a si
mesmo de fato .- p.80 (39)
O pensar não renuncia a si mesmo, permanece no extravio do estar-em-si, e não atinge sua
maior necessidade, que é o autoconhecimento.
PARA-SI Mas, é este apenas o ato livre do pensar: colocar-se no ponto em que ele é para-si
mesmo e, portanto, produz e a si mesmo dá o seu objeto