Você está na página 1de 7

Estudo dirigido da disciplina

Professora responsável: Msc. Bianca Reis Fonseca

1. O que é a psicologia do senso comum? Dê exemplos.


R: Psicologia do senso comum é um sistema de convicções culturalmente transmitidas a
respeito do comportamento e das experiências pessoais humanas e suas causas. Em
outras palavras, é o conjunto de teorias que cada pessoa tem a respeito de como o ser
humano funciona. Por exemplo: quando nos referimos à jovem estudante que usa seu
poder de sedução para atrair o rapaz, falamos que ela usa de “psicologia”; e quando
procuramos aquele amigo, que está sempre disposto a ouvir nossos problemas, dizemos
que ele tem “psicologia” para entender as pessoas.
2. A ciência psicológica tem um objeto de estudo? Justifique a sua resposta.
R: Se dermos a palavra a um psicólogo comportamentalista, ele dirá: “O objeto de
estudo da Psicologia é o comportamento humano”. Se a palavra for dada a um psicólogo
psicanalista, ele dirá: “O objeto de estudo da Psicologia é o inconsciente”. Outros dirão
que é a consciência humana, e outros, ainda, a personalidade.
3. Qual a matéria-prima de psicologia? Conceitue-a.
R: A matéria-prima da psicologia é o homem em todas as suas expressões, as visíveis
(nosso comportamento) e as invisíveis (nossos sentimentos), as singulares (porque
somos o que somos) e as genéricas (porque somos todos assim) — é o homem-corpo,
homem-pensamento, homem-afeto, homem-ação e tudo isso está sintetizado no termo
subjetividade. A subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e
fazer de cada um.
4. O que é a Ciência Psicológica?
R: A psicologia é a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos,
razão) e o comportamento humano. Deriva-se das palavras gregas: psiquê que significa
“alma” e logia que significa “estudo de”.
5. Quais os pressupostos da psicologia? Cite e explique cada um.
R: O método hermenêutico, a perspectiva teleológica e a função religiosa.
O primeiro pressuposto indicado por Jung está relacionado com seu método utilizado, o
método hermenêutico. A hermenêutica é um método inicialmente utilizado para a
compreensão de textos sagrados, mas que foi ampliado como método de interpretação
de textos em geral, assim como de expressões simbólicas.  hermenêutica não constitui
apenas um método de investigação, mas, uma postura epistemológica que visa
compreender o conhecimento e o processo de conhecer dentro de seu contexto próprio.
A perspectiva teleológica ou energética que é a perspectiva para buscar os fins, isto é,
do propósito, objetivo ou finalidade.
A função religiosa é a capacidade natural da psique em criar símbolos e sistemas
simbólicos e se organizar e se orientar a partir desses sistemas.

BOCK, Ana M. Bahia; FURTADO, Odair & TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi.
Psicologias – Uma introdução ao Estudo de Psicologia. 13 ed. Reform. E Ampl. São
Paulo: Saraiva, 2002.
Estudo dirigido da disciplina
Professora responsável: Msc. Bianca Reis Fonseca
Psicanálise
1. Originalmente, Freud dividiu a personalidade em três níveis. Quais são?
Cite e explique cada um.
R: Freud divide a personalidade em 3 frente: a Consciente, a Pré-consciente e a
Inconsciente.
Para Freud, o Consciente é somente uma pequena parte da mente, que inclui
todas as coisas das quais temos consciência em um dado momento. É a capacidade de
ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias.
Pré-Consciente é uma parte do inconsciente que pode tornar-se consciente com
facilidade. São as porções da memória que nos são facilmente acessíveis. É no pré-
consciente que estão os pensamentos, as ideias, as experiências, os conhecimentos, as
lembranças de ontem, que podem ser trazidas à consciência, com algum esforço.
O sistema inconsciente abriga elementos instintivos, que não são acessíveis pela
consciência. Há também o que foi excluído da consciência, censurado e reprimido. Este
material não é esquecido nem perdido, entretanto não é possível ser lembrado.

2. Após uma revisão teórica, Freud introduziu três estruturas básicas na


estrutura da personalidade? Quais são? Cite e explique cada um.
R: As três estruturas básicas na estrutura da personalidade são: o id, o ego e o
superego.
O id é o elemento mais primitivo da personalidade, sendo este o sistema original
com o qual já nascemos. Formado por instintos, composto pelo prazer e impulsos
orgânicos. Tudo é transmitido dos pais. O id é um elemento primordial para a estrutura
da personalidade, pois é a estrutura original e mais essencial da personalidade. A partir
dele que são ampliadas outras estruturas.
O ego começa a ser desenvolvido após o nascimento, quando o bebê começa a
se interagir com o seu ambiente. O ego procura o prazer em contato com a realidade. É
um elemento do aparelho psíquico que aumenta a partir do id, para inteirar e atender
suas exigências. Tem como desígnio garantir a saúde, sanidade e segurança da
personalidade. Procura controlar ou regular os impulsos presentes do id, de modo que a
pessoa busque soluções menos imediatas e mais realistas. Tem como função enfrentar a
necessidade de diminuir a tensão e elevar o prazer.
O superego, esta terceira parte da estrutura da personalidade, representa o
aspecto moral dos seres humanos. Ele se desenvolve quando os pais ou outros adultos
transmitem valores e as normas da sociedade à criança. Esta é a última parte da
personalidade que é desenvolvida a partir do ego. Trabalha como sensor, informando
para o ego o que é certo e errado sobre as atividades mentais e pensamentos presentes
no ego. Freud apresenta três funções do superego: consciência, auto-observação e
formação de ideias. É estabelecido a partir do superego dos pais, sendo este o veículo de
todos os julgamentos e valores que são transmitidos de geração em geração.

3. O que são os mecanismos de defesa?


R: São manifestações psicológicas que têm como objetivo manter a integridade
do ego perante os estímulos externos e as exigências das outras instâncias psíquicas, o
Id e Superego. Ao longo da vida, os indivíduos encaram situações que nem sempre são
agradáveis ao consciente, e o ego, com o objetivo de proteger sua integridade perante as
possíveis ameaças, possui alguns mecanismos específicos.

4. Cite e explique os mecanismos de defesa descritos por Freud.


R: Negação: A negação, na psicologia, é a recusa em aceitar a realidade, pois a
verdade pode ser dolorosa demais para o indivíduo conseguir aceitar e lidar com ela.
Esse mecanismo pode acontecer em qualquer situação, como por exemplo o indivíduo
que afirma beber apenas socialmente, quando, na realidade, possui uma compulsão, pois
na hora de encarar episódios traumáticos, ele se entrega ao vício para poder apaziguar o
sentimento.
Deslocamento: o indivíduo transfere sentimentos negativos como raiva,
frustração, angústia e dor do seu objeto de origem, a um outro, pois este segundo
oferece menos perigo. A exemplo disso, temos a situação em que um indivíduo
pode reprimir os sentimentos de raiva perante o chefe, porém descontar em animais,
parceiros ou amigos. Ou então alguém que teve uma experiência negativa com, por
exemplo, dentistas, e, então, passa a evitá-los.
Regressão: Regressão, na psicologia, significa o retorno ao estado infantil em
que os medos inconscientes referentes a esse estágio da vida tomam conta, assim como
as preocupações e ansiedades.  O desenvolvimento dos indivíduos se dá na infância,
através das fases oral, anal e fálico. Portanto, nesse mecanismo de defesa, quando o
indivíduo de sente pressionado, pode regressar a esse estágio e reproduzir
comportamentos referentes a ele.
Repressão: É o ato de esquecer alguma experiência desagradável e dolorosa,
como um acidente. Esse mecanismo se assemelha a negação nesse sentido genérico. A
repressão também atua quando não queremos fazer algo desagradável, como ir ao
médico, e o indivíduo simplesmente deleta esse pensamento. 
Projeção: O processo de entendimento da projeção parte do princípio de que o
indivíduo reconhece uma característica de que não gosta em si e que pode lhe causar
dor. A partir disso, ele projeta essa insegurança nas falas e atitudes de quem o cerca
como se essas pessoas estivessem apontando tal característica como errada ou
vergonhosa. Por exemplo, alguém que tem muita insegurança sobre o próprio corpo, ao
chegar na academia, sente que as pessoas do lugar estão julgando-a ou criticando-a. 
Intelectualização: Aqui, acontece o afastamento de uma situação dolorosa de
modo que o indivíduo não encara as consequências emocionais dela. Diferentemente
da negação, onde há a recusa em aceitar a realidade, o episódio doloroso é reconhecido
na intelectualização, ou seja, o indivíduo sabe e vivencia a sua existência, mas aprende a
focar em outras consequências que não as emocionais. Por exemplo, se uma pessoa é
mandada embora de seu emprego, ao invés de se sentir mal em relação a isso, pode
pensar que agora terá mais tempo livre para focar em outros projetos.
Racionalização: O mecanismo de defesa chamado racionalização está ligado a
um mau comportamento do indivíduo perante a moral e valores da sociedade. Ao
realizar o ato em questão, o indivíduo, ao sentir remorso, tenta transformar o mau
comportamento em algo neutro e justificável para que a culpa, ou qualquer outro
sentimento ruim, lhe deixe. Outra via que a racionalização toma é culpar outra pessoa da
ação negativa para que o indivíduo se sinta melhor.
Formação reativa: Na formação reativa, ocorre a inversão de sentimentos perante
um objeto de desejo. Por exemplo, se alguém possui apreço ou amor por algo ou
alguém, mas sabe que esse sentimento, seja por razões sociais ou pessoais, não é
correto, o indivíduo não admite o que sente e passa a ter emoções opostas extremas.
Sublimação: O significado de sublimação se assemelha um pouco ao da
intelectualização. Porém, aqui, o processo se desenvolve em um longo período do
tempo, ou até mesmo durante a vida inteira. Um exemplo de sublimação é o artista que
sente repressão ou sofre por algo ou alguém e transfere toda a frustração para a arte, de
modo que aquilo, ou seja, a sua reação, se torna aceitável socialmente.

5. Quais os motivos da teoria de Sigmund Freud terem sido polêmicas


desde a sua época até os tempos atuais? Cite e explique três motivos.
R: Freud rompeu com a vaidade humana quando disse que o ser humano possuía
um lugar psíquico no qual ninguém tem acesso, nem médicos, nem ele mesmo mesmos,
um lugar que não possui anatomia, nem forma. Apesar disso não é um lugar vazio, pelo
contrário, ele está constantemente tencionado, cheio de coisas. Freud denominou esse
lugar de inconsciente. Também, Freud desenvolveu a teoria da sexualidade infantil,
durante tratamentos clínicos em seu consultório, nos quais observou transtornos
psicológicos apresentados por seus pacientes já adultos. Ele buscava tratar os distúrbios
de histeria. Neste sentido, pode-se perceber que a criança não foi o ponto de partida,
nem tão pouco o desejo de estudo de Freud, mas a busca por solucionar os problemas
emocionais apresentados por seus pacientes.
Ademais, para Freud, até que a puberdade chegue com seus pelos e peitos,
vigora entre as crianças um monismo sexual – a hipótese de que meninos e meninas só
admitem um único órgão para práticas sexuais, que é o pênis. O que a menina reconhece
em si, até então, é seu clitóris – um tipo de pênis subdesenvolvido. A compreensão de
que tem uma vagina – estrutura feminina por excelência – só virá na fase genital, já a
partir dos 11 anos.

6. Cite e descreva as fases Psicossexuais propostas por Freud.


R: A fase oral (0 – 1 ano): desde o nascimento, Freud afirma que a primeira fase
de desenvolvimento de uma criança se concentra na região oral. Tendo como exemplo
principal foco a amamentação da mãe, a criança obtém prazer no momento da sucção e
sente satisfação com a nutrição proporcionada pelo ato. Caso a amamentação fosse
interrompida precocemente, o autor afirmava que a criança teria atitudes suspeitas, não
confiáveis ou sarcásticas, enquanto aquela que for constantemente amamentada terá
uma personalidade confiante e ingênua. Com duração de um ano a um ano e meio, a
fase oral termina com na época do desmame.
A fase anal (1 – 3 anos): após receber orientações sobre higiene íntima, a criança
desenvolve uma obsessão para com a região anal e o ato de brincar com as próprias
fezes. Freud afirmava que a criança vê esta fase como uma forma de se orgulhar das
suas "criações", o que levaria à personalidade "anal expulsiva". A criança poderia
também propositadamente reter seu sistema digestivo como forma de confrontar os pais,
o que levaria à personalidade "anal retentiva". Esta fase tem duração de um a dois anos.
A fase fálica (3 – 5 anos): de acordo com o psicanalista, a fase fálica é a mais
crucial para o desenvolvimento sexual na vida de uma criança. Ela se concentra nos
órgãos genitais - ou a falta deles, se a criança for do sexo feminino - e os complexos de
Édipo ou Electra surgiriam. Para um homem, a energia sexual é canalizada no amor por
sua mãe, levando a sentimentos de inveja (às vezes violentos) contra o pai. Geralmente,
no entanto, o menino aprenderá a se identificar com o pai, em termos de órgãos genitais
correspondentes, reprimindo assim o complexo de Édipo. Por outro lado, o complexo de
Electra, embora Freud não tenha sido tão claro assim, principalmente diz respeito ao
mesmo fenômeno, porém invertido, para as meninas. Esta fase dura de três a quatro
anos.
O período de latência (5 anos – puberdade): Freud dizia que o período de
latência no desenvolvimento da criança não é um período psicossexual, mas sim uma
fase de desejos inconscientes reprimidos. Neste período, a criança já superou o
complexo da fase fálica e, embora desejos e impulsos sexuais possam ainda existir, eles
são expressos de forma assexuada em atividades como amizades, estudos ou esportes,
até o começo da puberdade.
A fase genital (puberdade e vida adulta): segundo Freud, na fase genital, a
criança mais uma vez volta a sua energia sexual para seus órgãos genitais e, portanto,
em direção às relações amorosas. Ele diz que esta é a primeira vez que uma criança quer
agir de acordo com seu instinto de procriar. Os conflitos internos típicos das fases
anteriores atingem aqui uma relativa estabilidade conduzindo a pessoa a uma estrutura
do ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta. Neste momento, meninos e
meninas estão ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a
buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais.

Você também pode gostar