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VIRTUALIDADES

ANTÓNIO LUCAS KUENHE PARAÍSO


Universidade Minho, Portugal
pg45225@uminho.pt

Introdução

Existem determinadas terminologias que nos são muito familiares, mas deconhecemos o
seu significado. Virtual, é um termo que foi de repente incorpurado ao nosso vocabulário
cotidiano, graças a popularização da Internet e os avanços da computação gráfica, mas oferece
alguma ambiguidade na sua interpretação. Nesta breve reflexão, abordaremos sobre o conceito:
Virtual.

Virtual

No uso corrente, a palavra virtual é empregada com frequência para significar a pura e
simples ausência de existência, a “realidade” supondo uma efetuação material, uma presença
tangível. O real seria da ordem do “tenho”, enquanto o virtual seria da ordem do “terás”, ou da
ilusão, o que permite geralmente o uso de uma ironia fácil para evocar as diversas formas de
virtualização (Lévy, 1996).

Levy (1996) afirma que “a palavra virtual vem do latim medieval virtualis,
derivado por sua vez de virtus, força, potência. Na filosofia escolástica, é
virtual o que existe em potência e não em ato”.

Traduzindo a definição acima, podemos afirmar que é algo que tem toda a possibilidade
de se tornar real, passar para o mundo concreto, porém continua subjetivo, não palpável. Em
outras palavras, Kist (2009) diz que, o virtual existe em um outro plano, ao qual não se possui
acesso físico.

Para ter a possibilidade de aceder a este plano virtual, porém não menos real, utilizamos
as tecnologias existentes, internet, computadores, telemóveis. Estas tecnologias criam portais
entre estes dois mundos paralelos e possibilitam interação, comunicação, compartilhamento de
informações com outros, acedendo à rede mundial de computadores, a Internet.

A tecnologia despersonaliza uma pessoa em seu mundo virtual, permitindo que ela evite
ser mediada por um sistema social, mas ela não pode alcançar a união real com o mundo real.
Sengundo Levy (1996), o virtual tende a atualizar-se, sem ter passado no entanto à concretização
efectiva ou formal.

Referências Bibliográficas

Araujo, T. C., & Rossi, A. M. (2002). O REAL, O VIRTUAL E A INTERNET NA ERA DA


INFORMAÇÃO.
Kist, É. B. (2009). Real x Virtual, Movimentos que Transcendem o Ciberespaço. Centro
Universitário Franciscano.
KRUT, O. B., KOSHETAROVA, L. N., LOSINSKAYA, A. Y., KORABLINA, M. V., &
BOROVKOVA, M. V. (2018). Virtuality as the Ideality of the Information Society .
Lévy, P. (1996). O que é o Virtual? Rio: Editora 34.
Pimenta, F. J. (2001). O CONCEITO DE VIRTUALIZAÇÃO DE PIERRE LÉVY e sua
Aplicação em Hipermídia.

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