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ministério privado
Aconselhamento de crianças
por Earl L. Cook, com prefácio de Paul Tripp
Prefácio
ouviu ruídos bastante inusitados vindos da sala
EUde espera do CCEF. eu pudesse
não resista a dar uma olhada. lá no chão
ajoelhou-se Earl Cook, o homem mais velho do
prédio, conversando com a boneca de uma
garotinha. Enquanto a garotinha observava e
ouvia, ela se esqueceu do medo que sentiu quando
entrou no prédio pela primeira vez. Lembro-me de
ir embora pensando: “Isso é o que significa encarnar
Cristo!” Earl é bem-sucedido com as crianças, não
porque tenha um bom saco de truques ou técnicas
sofisticadas, mas porque tem um coração humilde
e amoroso.
A humildade é importante porque evita que Earl
pense que o simples ministério do evangelho para
crianças feridas, confusas ou rebeldes está abaixo
dele. É também o que lhe permite rastejar pelo
chão, fazer brincadeiras bobas, fazer perguntas
engraçadas e rir de piadas ridículas como se
fossem profissionais. Earl está focado em criar um
contexto onde Deus pode transformar a vida das
crianças, e ele simplesmente não se importa se
parece ser um palhaço. Nesses momentos de
desenho, riso e engatinhar, as crianças começam
a compreender pela primeira vez a realidade da
graça de Cristo por meio desse notável ancião que
desceu ao seu mundo e encarnou o Cristo.
presença.
O amor é importante porque Earl é mais do que
um mecânico de princípios com essas crianças.
Earl Cook é conselheiro de equipe do CCEF há 20
anos. Ele também foi pastor por 25 anos.
10 The Journal of Biblical Counseling • Volume 18 • Número 1 • Outono de 1999
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crianças. Ele é um homem que ama a Cristo e ama
as crianças. Seu amor é contagioso e redentor. Ele
não é um palhaço de circo: o que ele está fazendo
é claramente pastoral em seu foco.
Ele quer amar os filhos para o Senhor, relacionar-
se com eles de uma forma que quebre o medo e
torne atraente a vontade do Senhor. Ele quer que
eles vejam que o amor de Deus é maior do que
qualquer coisa que eles enfrentaram ou enfrentarão
na vida.
O artigo que segue não é apenas sobre
conhecimento metodológico. É um chamado a
encarnar o amor paciente, humilde e
condescendente1 de Cristo. Earl compartilhou
essa informação pela primeira vez em uma reunião
de supervisão do conselheiro no CCEF. Aqueles de
nós que ouviram isso e que viram e ouviram Earl
ministrar a crianças pequenas estavam convencidos
de que ele deveria prepará-lo como um artigo para
o Journal. Estou tão feliz que Earl tenha se dado ao trabalho de faz
Recentemente, fui ao escritório de Earl para
ver se ele tinha um alfinete de segurança. (Earl
também é o escoteiro mais velho do mundo.) Fiquei
novamente impressionado ao ver que seu escritório
não se parece com os outros escritórios do prédio.
Há fotos por toda parte desenhadas pelos filhos de
Earl. Em sua mesa há um porta-lápis, obviamente
feito por uma criança, e uma caixa de pirulitos
azedos que apenas Earl e crianças pequenas
podem gostar. Acho que é possível que Earl cresça
antes de finalmente se aposentar, mas espero que
isso não aconteça logo!
Absorva a sabedoria prática de um homem
1 No bom e velho sentido da palavra. Condescend:
“descer a um nível menos formal ou digno, rebaixar-
se, renunciar aos privilégios de posição”.
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que literalmente aprendeu o que aprendeu de joelhos. E não siga apenas
os métodos sugeridos, mas comprometa-se com a humildade e o amor
encarnacionais que os fazem funcionar.
*****
Introdução As
crianças tiveram um lugar significativo em meu ministério. Quando
adolescente, eu era ativo no ministério infantil da igreja. Durante a
faculdade, servi três anos na missão da Escola Dominical no sul de
Chicago. Em meus anos de seminário, trabalhei no ministério de
adolescentes em uma igreja local. No
Você não fala com as crianças sobre
“depravação total”, mas sobre por que elas mentem.
Nos vinte e cinco anos subsequentes, meus deveres pastorais sempre
incluíram a Escola Dominical, a Escola Bíblica de Férias Diárias e o
ministério de jovens. Essas áreas provaram ser campos de treinamento
para demonstrar e aprimorar o dom gracioso de Deus para mim de
trabalhar com crianças.
Quero compartilhar com vocês duas lições importantes que aprendi
ao longo desses anos. A primeira é que as crianças experimentam
muitos, se não a maioria, dos problemas de vida com os quais os adultos
se deparam: medo, ansiedade, raiva, obsessões, depressão,
compulsões, emoções instáveis, confusão, egoísmo, impulsividade,
sofrimento, controle. , manipulação, autopercepção distorcida e
problemas de relacionamento. As crianças podem revelá-los apenas em
um nível muito básico e comportamental dentro da estrutura de suas
próprias vidas, mas se você estiver alerta para os sinais, você detectará
essas coisas.
A segunda lição é que os princípios da Escritura são tão válidos
para as crianças quanto para os adultos. No entanto, tais princípios
devem ser apresentados em um nível que as crianças possam entender
devido à diferença em como as crianças pensam e processam as
coisas. Por exemplo, você não fala com as crianças sobre “depravação
total”, mas sobre por que elas mentem.
“Johnny, você costuma contar mentiras?”
“Bem, talvez – às vezes, mas não grandes como minha irmã. Ela
mente o tempo todo.
"Uau, talvez eu precise falar com ela algum dia."
"Claro que sim."
"Você pode me contar uma coisa?"
"O que?"
“Quem te ensinou a mentir – mamãe?”
"Não."
"Deve ter sido o papai, então?"
"Não, ele não fez."
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"Você pode pensar em quem fez isso?"
"Não."
“Você consegue se lembrar de uma época em que não sabia
mentir?”
"Eu não acho."
“É possível que quando você nasceu você já soubesse mentir, que
você nasceu assim?”
“Pode-ser-ser.”
“Você sabe que é isso que Deus diz, e Ele sabe de tudo, certo?”
"Eu acho que sim."
“Deixe-me ler o que Deus diz no Salmo 51:5: 'Certamente, sou
pecador desde o nascimento, pecador desde o momento em que minha
mãe me concebeu.' O que você acha que Deus está dizendo a você
neste versículo?”
“Que nasci pecador?”
"Sim está certo. Ninguém precisa nos ensinar a mentir, trapacear,
ser egoísta ou mesquinho. Nascemos assim. Você sabe por que um
cachorro late?”
“Porque ele é um cachorro e nasceu assim.”
“Sim, e a razão pela qual fazemos coisas ruins que deixam Deus,
nossos pais e outros infelizes é porque nascemos assim.”
Acabei de explicar a “depravação total” para Johnny, e então vou
oferecer a ele a resposta de Deus em Jesus. De maneira similar, outros
ensinos da Bíblia podem se tornar realidade para as crianças. As
crianças são capazes de compreender e aplicar essas verdades.
Tome Billy, por exemplo. Aos cinco anos de idade, com pouca
experiência na igreja, ele veio para a Escola Bíblica de Férias Diárias
pela primeira vez. Nosso tema naquele ano foi: “Quando tiver medo,
confiarei no Senhor”. As histórias da Bíblia ensinaram a Billy que Deus
está presente conosco em todos os momentos e em todas as
circunstâncias. Ao final de duas semanas, após o encerramento do
programa, os pais de Billy vieram me agradecer por ajudar seu filho. Ele
nunca tinha ido dormir sem a luz acesa porque havia “monstros” embaixo
da cama e no armário. Apenas a luz os impedia de sair e pegá-lo.
No meio da Escola Bíblica, ele informou a sua mãe e seu pai que eles
poderiam apagar a luz. "Por que? Os monstros se foram?” eles
perguntaram. "Oh não. Jesus está aqui, e Ele é maior que os monstros
e vai impedir que eles me peguem!”, explicou Billy.
Lembre-se de que Jesus repreendeu os discípulos por tentarem
impedir que as mães trouxessem seus filhinhos até Ele, dizendo: “Deixai
vir a mim os pequeninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino
dos céus” ( Mateus 19:14). Em Deuteronômio 6, Deus enfatiza nossa
responsabilidade de ensinar e treinar crianças nas verdades de Deus
que estão enraizadas em nossos próprios corações. Deus deu a nós —
e aos filhos — a capacidade de assimilar Seus ensinamentos.
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É interessante para mim que durante os anos 70, quando recebi
treinamento em aconselhamento na Christian Counseling &
Educational Foundation (CCEF) como parte da primeira geração,
pouca atenção foi dada ao trabalho com crianças. Na verdade, a
nítida impressão que tive foi que você não aconselhava crianças,
mas aconselhava seus pais. No entanto, sem pensamento consciente,
deliberação ou formulação de uma teoria de aconselhar crianças
biblicamente, encontrei-me aconselhando o
A criança é o foco.
Esqueça que os outros estão lá.
as próprias crianças. Uma parte significativa dos meus mais de vinte
anos de aconselhamento no CCEF foi com crianças. Deixe-me
assegurar-lhe neste ponto que os pais são vitais no aconselhamento
das crianças. É minha política fazer com que os pais participem e
observem o aconselhamento na maior parte do tempo.
O foco principal é a criança, com os pais aprendendo, por
observação, como entender seu filho, chegar às questões do coração,
aplicar a verdade bíblica na vida da criança e reforçar em casa as
coisas que estão sendo construídas na vida da criança. coração e
comportamento durante o aconselhamento formal. Sem a
compreensão dos pais sobre o que você está fazendo e sem apoio
em casa, pouco será realizado na vida da criança.
Para começar, como aconselhar uma criança? Da mesma forma
que você aconselha um adulto, levando em consideração o nível de
desenvolvimento e compreensão da criança. As etapas a seguir
contribuem para o processo, em cada ponto com o(s) pai(s) ouvindo,
observando e (conforme apropriado) participando.
1. Estabeleça um relacionamento com a criança.
2. Reúna dados, fatos sobre o que está acontecendo, tanto da
criança quanto dos pais.
Sobre uma base de amor e conhecimento, você será capaz de
desenvolver uma compreensão dos dados e identificar as questões
que precisam ser abordadas. A criança está passando por uma
situação de vida difícil, como doença, perda, bullying ou uma mudança
recente? A criança está pecando por rebelião, resmungos, mentiras,
mau humor, preguiça ou medo? Que problemas cardíacos estão
surgindo? Orgulho, medo do homem, egoísmo, falsas crenças, amor
às posses?
3. Traga os princípios da Escritura para lidar com essas questões,
explicando-os à criança.
4. Aplicar as verdades bíblicas por sugestões muito específicas
e tarefas de casa que a criança e os pais podem fazer para trazer
mudança bíblica e piedade na vida da criança.
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Monitore o processo em reuniões posteriores até que os pais
tenham aprendido como trabalhar com a criança e se sintam à
vontade para trabalhar sozinhos.
Examinaremos essas quatro etapas.
Estabeleça um Relacionamento com a Criança
Sua primeira abordagem com a criança é crucial. Direcione sua
atenção para a criança, não para o pai que a acompanha. A criança
é o foco. Esqueça que os outros estão lá. Pode ser algo assim.
Você fica na porta da sala de espera e olha em volta.
“Estou procurando uma pessoa chamada Mary.”
Olhando para a garota, você sorri e diz: “Será
que é você? Aposto que sim.
Então você se ajoelha para chegar ao nível dela. (Eu tenho 6'2”.)
“Olá, sou o Sr. Cook. Você pode me chamar assim, se quiser, ou
muitos dos meus amiguinhos me chamam de Tio Earl. Como estou
velho, você pode até me chamar de vovô, se quiser. O que você tem
aí?
"Uma boneca."
“Ela é especial?”
"Sim."
"Ela é? Você fala com ela?
"Claro, bobo."
"Qual o nome dela?"
“Matilda.”
“É um nome legal. Olá, Matilda, você tem um bom
nome e uma boa mãe.”
(Depois com uma voz brincalhona, estridente e fingida)
"Olá, Sr. Cook."
“Você tem um nome especial que gostaria que eu a chamasse,
ou Mary está bem?”
“Mary, ou Mimi ou...”
“Ok, Mimi, você poderia me dizer quem são essas pessoas legais
que você trouxe com você hoje?”
“Minha mamãe e papai.”
"Muito legal. Quais são os nomes deles?"
"Mamãe e papai."
"Isso é ótimo. Olá, mamãe e papai!”
“Eles não são sua mamãe e papai”, ela pode rir.
"Isso mesmo. Como devo chamá-los? Senhor e senhora.
Smith?
"Sim."
“Diga, você gostaria de subir para o meu escritório? Mamãe e
papai podem vir. Tenho muitas fotos nas minhas portas que acho que
você gostaria de ver. Outros meninos e meninas desenharam para
mim, e eu gosto deles.”
Depois de olhar para a mãe, a garotinha diz: “Tudo bem”.
Observe que, até este ponto, o foco tem sido no
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criança, não os pais. Continuará a ser assim, a menos que a
criança queira incluir os pais. A maioria dos pais entenderá o que
está acontecendo e cooperará. Caso contrário, você pode ter que
falar com eles sozinho por telefone ou em algum outro formato.
Você pode querer que eles saibam com antecedência, embora eu
raramente faça isso.
Você pode ter que abrir mão de um pouco de sua dignidade.
(Isso não é um problema para mim!) Se eu for para a sala de
espera e encontrar a criança no chão brincando, lendo ou
dormindo, eu me sinto livre para me deitar no chão e acordá-la
soprando em seu ouvido ou envolvendo-se no que estão fazendo.
O mesmo padrão de perguntas ou abordagem descrito acima
pode ser seguido no plenário. Alguns dos adultos que estão
esperando para ver um conselheiro diferente podem achar isso
um pouco estranho. Que assim seja!
O foco é a criança.
Depois de entrar no escritório com a criança, você vai querer
ver as fotos e falar um pouco sobre as crianças que as
desenharam.
“Eu também gostaria de colocar uma de suas fotos, se você
desenharia um para mim. Qual cadeira você gostaria?
"Este."
"Isso seria bom. Mamãe e papai, por favor
pegar aqueles dois? Obrigado."
Meu passo final para me tornar amigo tem a ver com Jesus.
“Mimi, tenho uma amiga especial com quem gostaria de falar antes
de começar a falar com você. Você consegue adivinhar quem pode ser?
"Jesus?"
“Sim, é Jesus, e eu gostaria de pedir a Ele para estar aqui e ajudar
nós porque Ele nos ama e é muito sábio. Tudo bem?"
"Sim."
“Quando rezo, inclino a cabeça e fecho os olhos, e você
também pode, se quiser.”
"OK."
Ofereça uma breve oração simples.
A interação acima é típica, mas as respostas e o fluxo podem
variar dependendo da criança. Algumas crianças serão muito
tímidas e relutantes em falar. Apenas continue. Uma pequena
anedota sobre outra criança tímida e como vocês se tornaram
amigos pode ser útil. Mas não se afaste da criança e coloque o
foco nos pais. Coopere com a criança se ela quiser incluir os pais.
(Ela pode procurar respostas para as perguntas dos pais, querendo
sentar no colo da mamãe ou do papai, etc.)
As pessoas que se especializam em aconselhar crianças
costumam ter instalações elaboradas em seus escritórios com
áreas de lazer, centros de interesse e espelhos unidirecionais. No
entanto, essas coisas não são uma necessidade absoluta. A parte
de trás da sua porta pode ser usada para fotos desenhadas por
crianças. Na minha mesa há um porta-lápis cheio de canetas e
lápis de várias cores. Obviamente feito por uma criança, atrai
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cada criança que entra na sala. Conto a história de como consegui:
um menino de dez anos que tinha grandes problemas me deu
depois que Deus me ajudou a ajudá-lo com seus problemas. Eu
também mantenho uma caixa de doces ou amendoins. O favorito
parece ser o pop "Way-2-Sour". Nós chupamos eles juntos. Nós
nos divertimos levando mamãe e papai para experimentá-los
também.
Tudo isso pode levar metade ou mais da primeira sessão.
Embora minhas sessões normalmente durem uma hora, sinto-me à
vontade para terminar mais cedo se a criança tiver atingido seu limite.
Nós nos concentramos até agora em maneiras de estabelecer um
relacionamento com a criança. Vamos considerar por um momento o valor de
Embora minhas sessões normalmente durem uma hora,
sinto-me à vontade para terminar
mais cedo se a criança tiver atingido seu limite.
ter o pai presente nas sessões de aconselhamento.
O pai fornece um centro de segurança e proteção durante o
tempo em que a criança está conhecendo você e se sentindo
confortável com você. A criança está vindo para um lugar estranho
para ver uma pessoa estranha! Na melhor das hipóteses, é um
pouco desafiador e, para alguns, uma experiência assustadora.
Acontece que sou um homem grande e tenho 71 anos. Isso pode
ser intimidador. Se você quiser ver a criança sozinha, a criança
deve poder fazer essa escolha. Pode haver momentos em que
você queira falar com o pai sozinho. Se, após algumas sessões, a
criança parecer à vontade, ela pode ser deixada na sala de espera
com um livro, jogo ou brinquedo enquanto você conversa com os
pais. Nunca fale sobre a criança na presença dela se estiver
falando sobre assuntos sérios ou confrontando os pais sobre algo
em sua vida que está tendo um efeito negativo sobre a criança.
Se necessário, agende uma sessão separada apenas com os pais.
Outra razão pela qual é útil a presença dos pais é que você
se torna um modelo para eles enquanto observam seu trabalho
com os filhos. Muitos pais têm dificuldade em estabelecer
relacionamento com seus filhos e entrar no mundo infantil. Estar
presente, portanto, permite que eles avaliem suas habilidades
como pais e reconheçam as questões que precisam abordar se
quiserem se tornar mais bíblicos e eficazes no trabalho com seus
filhos.
Inicialmente, os pais devem estar presentes principalmente
como observadores. À medida que o aconselhamento progride e
as mudanças são implementadas nos padrões do lar em termos
de estrutura, formas de relacionamento, disciplina, limites e
verdade sobre o Senhor, os pais devem se tornar mais
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envolvidos ativamente nas sessões. Idealmente, isso ocorrerá com a
cooperação da criança.
A presença dos pais fornece um formato para o fortalecimento do
vínculo pais-filhos. É interessante ver a reação da criança quando a
mãe e o pai respondem à Palavra e fazem mudanças em suas vidas.
A consciência vem para casa de que estamos fazendo isso juntos e que
todos nós precisamos da misericórdia e ajuda de Cristo e estamos sob
a autoridade de Deus e da Bíblia.
Finalmente, os pais são uma rica fonte de confirmação das
informações que a criança oferece. Eles também podem pro
Entre em contato com os pais antes da
primeira sessão com a criança para
obter uma imagem da situação.
fornecer informações adicionais ou mais completas sobre as situações.
Quando o pai está presente, a criança é mais honesta em seus relatos.
Colete dados
Entre em contato com os pais antes da primeira sessão com a
criança para obter uma imagem da situação. Qual é a razão para levar
a criança ao aconselhamento? Quando os problemas apareceram pela
primeira vez? Que eventos cercaram o início do problema? Que padrões
os pais discerniram?
Como dito acima, na primeira e em todas as sessões subseqüentes,
o foco deve estar na criança. É importante que Billy entenda o que está
acontecendo com ele.
“Billy, você sabe o que eu faço?”
"Falar com pessoas."
"Isso mesmo. Você sabe sobre o que eu falo com as pessoas?”
"Não."
“Bem, eu falo com as pessoas sobre coisas que estão acontecendo
em suas vidas que estão causando problemas para elas e tento ajudá-
las.”
"Como você pode ajudá-los?"
“Eu tenho um livro chamado Bíblia que Deus escreveu, e Ele nos
dá as respostas para todos os nossos problemas. Então eu ajudo
meninos e meninas e mães e pais a encontrar as respostas de Deus.
Isso se chama aconselhamento, e é isso que eu faço. Você estaria
disposto a conversar comigo sobre quaisquer problemas que tenha e
buscar as respostas de Deus comigo?”
"Talvez."
"Bom."
Você pode notar a criança olhando para uma caixa de lol lipops
exibida com destaque na mesa.
"Você gostaria de um?"
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"Sim."
“Escolha o que você quiser. Que tal mamãe e papai? Dê a eles um
também.
(Ele faz.)
“Qual é a melhor coisa para fazer com pirulitos?”
"Coma-os."
"Sim. Eu vou querer um também!”
É importante envolver a criança ao fornecer-lhe os dados. Você vai
querer poder conversar com a criança sobre isso direta e
confortavelmente. Isso começa ajudando-o a verbalizá-lo com suas
próprias palavras.
Um garotinho de nove anos ficou muito constrangido e não quis
identificar o problema, mesmo sabendo o que era. Ele pediu ao pai para
me contar e queria ficar no corredor com a porta fechada enquanto isso
acontecia. Ele foi autorizado a fazer isso e depois foi convidado a voltar.
Seu problema era pensar às vezes nas mulheres e nas partes de seus
corpos, especialmente nos seios. Após seu retorno, pedi a ele que me
deixasse contar o que seu pai compartilhou para ter certeza de que era
preciso.
Observe que não duvidei do pai, mas usei isso como um meio de
envolver o menino na verbalização do problema.
No contexto de muito embaraço, hesitação e adulação, ele permitiu
isso. Foi o início da liberdade para discutir o assunto e pensar no que
a Bíblia diz sobre o nosso corpo.
Uma variedade de maneiras pode ser usada para atrair as crianças,
dependendo de sua idade e disposição.
1. Faça perguntas diretas. “Você pode me dizer por que mamãe
(ou mamãe, dependendo da idade da criança) trouxe você para me ver
hoje?”
2. Se não houver resposta, pode pedir autorização à criança para
perguntar ao progenitor que se encontra com ela. Observe que o pai
ficará muito feliz em entrar na conversa e preencher os detalhes e,
portanto, deve ser encorajado a fazer isso apenas quando solicitado,
para que a criança possa estar diretamente envolvida no aconselhamento.
Observe a criança, durante o relato dos pais, quanto à expressão facial
e à linguagem corporal. Você pode aprender muito com sua resposta
não-verbal. Às vezes, a criança irrompe com negações ou raiva. Você
precisará ajudá-lo a controlar isso até que a conta dos pais seja
concluída. Observe também o tom de voz e a atitude dos pais. Julgador
ou gracioso? Temeroso ou confiante? Unilateral ou equilibrado?
3. Use histórias. “Era uma vez um menino chamado Billy que tinha
um problema. O problema dele era __________________.”
Se as crianças estiverem relutantes em verbalizar seus problemas na
sessão, você pode pedir que escrevam (adequado à idade) como
dever de casa.
4. Use imagens. Algumas crianças gostam de desenhar e você
pode se beneficiar disso. Uma garotinha de oito anos tinha problemas
de ansiedade e medo generalizado. Solicitada a fazer desenhos de
seus medos, ela desenhou um gob
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lin com raios de energia saindo de sua cabeça. (Aprendi como são
os goblins e agradeci.) Ela também desenhou um fantasma. (Ela
tinha visto o Fantasma da Ópera, e isso desencadeou esse medo.)
O mais significativo era a foto de uma casa com um passeio de
laje, obviamente a casa dela, com fumaça e chamas saindo de
todas as janelas e portas. Estes foram os mais reveladores. As
imagens podem ser janelas para a mente de uma criança.
5. As crianças têm uma imaginação vívida que você pode
explorar. Peça-lhes que criem uma imagem mental do problema e
depois descrevam a imagem para você. Pedi a uma garotinha que
tinha acessos de raiva regulares para descrever um muito recente
para mim. Eu tenho uma imagem maravilhosa de
As crianças são capazes de ter uma fé
forte, de se converterem e de se
tornarem parte do reino de Deus.
seu acesso de raiva e foi capaz de falar sobre isso usando a foto.
Sugeri mudanças que ela poderia fazer no quadro e depois falei
sobre como essas mudanças tornariam todo o quadro diferente e
melhor.
6. Mencione amigos. Você pode envolver as crianças
perguntando o que é bom e o que não é bom em seus amigos e,
em seguida, pedindo-lhes que digam o que é bom e o que não é
bom em si mesmas.
7. Você vai querer descobrir quanto do comportamento “ruim”,
como acessos de raiva, expressa tentativas conscientes e
deliberadas de controlar, manipular ou punir os outros. O objetivo
é trazer todo o comportamento para o reino da consciência para
que você possa começar a trabalhar para ajudá-los a controlá-lo,
escolhendo o caminho de Deus em vez do “meu caminho”.
8. Seja criativo ao buscar envolver a criança na oferta dos
dados e na identificação dos assuntos a serem tratados.
Use bem a Bíblia ao ensinar Com as
crianças, assim como com os adultos, a Bíblia é o alicerce da
mudança que você procura realizar na vida delas. As crianças são
capazes de ter uma fé forte, de se converter e de se tornar parte
do reino de Deus.
Tenha uma versão infantil da Bíblia em seu escritório para usar
quando trabalhar com eles.
Com a criança ansiosa, você pode revisar uma das grandes
histórias da Bíblia, como Davi e Golias. Leia primeiro para que
saibam que vem da Palavra de Deus. Em seguida, reconte-o,
explicando-o, dramatizando-o e criando suspense até que
finalmente faça a pergunta:
The Journal of Biblical Counseling • Volume 18 • Número 1 • Outono de 1999
“Como Davi teve coragem de enfrentar Golias quando nenhum de
seus irmãos ou o rei o fez?” (“Porque Deus o ajudaria.”) “Sim. Davi
disse: 'Meu Deus e eu vamos matar você.'” Torne-se um contador
de histórias. As crianças adoram histórias. Você pode então
explicar que Deus está com todos nós, e especialmente com a
criança que você está aconselhando. O conhecimento maravilhoso
e a presença íntima de Deus no Salmo 139 podem ser muito
preciosos para as crianças quando explicados de maneira que
possam entender.
“Susie, você pode surpreender sua mãe ou seu pai?”
"Sim."
“Você pode se esconder atrás de uma porta e pular para fora e me
surpreender?”
“Claro, seria divertido. Podemos fazer isso agora?
“Não seria uma surpresa agora, porque saberei que você está fazendo
isso. Veja se você pode me surpreender na próxima semana. Agora, aqui está
uma pergunta difícil. Você pode alguma vez surpreender a Deus?”
"Não sei."
“Vamos ver o que Ele diz na Bíblia.”
(Abra o Salmo 139 e leia com Susie, ou deixe-a ler, se puder.)
“O que Deus diz que faz?”
“Ele me sonda e me conhece.”
“Sim, Ele observa você e eu para que possa ver e saber tudo
sobre nós. Susie, me ajude um minuto, ok?
"OK."
“Levante-se e depois sente-se.”
(Susie faz isso.)
“Eu me pergunto se isso surpreendeu a Deus.”
"Não sei."
“O que a Bíblia diz?”
“Ele sabe quando me sento e quando me levanto.”
“Sim, na verdade diz que Ele sabe o que você está pensando.
Ele quer que você tenha bons pensamentos e sabe onde e o que
você vai fazer hoje. Isso é o que 'caminho' significa. Ele conhece
as palavras que você vai falar, mesmo aquelas que às vezes não
são tão legais. Ele sabe tudo sobre você. Deus nunca é
surpreendido, e Ele cuida de você o tempo todo. Você acha que
Deus se surpreende com as coisas das quais você tem medo ou
com seus pensamentos ou sonhos ansiosos e medrosos?”
"Eu acho que não."
“Não, Ele não é, e o melhor de tudo, Ele quer nos ajudar com
eles. Você gostaria de saber algo mais maravilhoso sobre Deus?”
"OK."
“Não há lugar em todo o mundo para onde você possa ir ou
estar onde Deus não esteja.”
"Eu aposto que há."
"Onde?"
"No meu armário?"
"Errado."
"Na Lua?"
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"Errado. Leia um pouco mais para mim.
(A criança lê os versículos 7-12).
“O que Deus está tentando nos dizer?”
“Que em qualquer lugar que vamos Ele está lá?”
"Certo. O que isso significa quando você pensa sobre
lugares que você tem medo de ir?”
Usar a Bíblia com a criança ajuda a guiá-la por esses tipos de
perguntas.
Atribuir deveres de casa
As crianças precisam praticar se quiserem construir algo novo em
suas vidas. Isso torna muito importante o reforço das coisas que
acontecem nas sessões. Ao mesmo tempo, a criança é facilmente
sobrecarregada por uma multiplicidade de atribuições. Assim, é sábio
escolher uma coisa que você deseja construir na criança e focar nisso na
lição de casa. Por exemplo, se você pediu a uma criança que desenhe
seus medos e coloque uma etiqueta adesiva que diz “Deus” na imagem,
você pode pedir à criança que faça a mesma coisa na próxima vez que
sentir medo. Uma variação seria ter um versículo do Salmo 139 no rótulo
e colocá-lo na gravura. Uma boa maneira de reforçar seu ensinamento
do Salmo 139 é fazer com que os pais da criança leiam a parte aplicável
da passagem todos os dias com a criança e façam uma oração de
agradecimento a Deus por estar com ela naquele dia. O pai também pode
conversar com a criança sobre os acontecimentos do dia e como Deus
esteve presente na vida da criança e dos pais.
A lição de casa também pode ser usada em seus esforços para
investigar os problemas do coração. Um exemplo disso é como certa vez
trabalhei com Ann, de sete anos. Muitas vezes ela era má, não
compartilhava e estragava as coisas se não pudesse fazer o que queria.
Durante as sessões de aconselhamento, conversamos sobre como isso
veio do coração dela, usando Marcos 7:21-23. Desenhamos seu coração
sem Jesus, mostrando-a como egoísta, e depois acrescentamos Jesus à
imagem e conversamos sobre como Ele poderia ajudá-la a não ser
egoísta se ela decidisse pedir ajuda a Ele. Também tiramos as
consequências de deixar seu coração egoísta governar sua vida sem
deixar Jesus governá-la. (A propósito, não sou um grande artista e as
pinturas são bastante elementares, não muito acima de uma criança de
sete ou oito anos. Normalmente deixo as crianças levarem essas gravuras
para casa para lembrá-las do que temos falado.) Como lição de casa,
Ann e eu fizemos um gráfico com “EU ESCOLHI” no topo e depois duas
colunas abaixo intituladas “MY WAY” e
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“O CAMINHO DE JESUS.” Ao longo da semana seguinte, Ann colocaria
na coluna apropriada os vários comportamentos expressos. Você pode
envolver a mãe e o pai fazendo com que eles a lembrem nos momentos
apropriados de preencher a tabela. Os pais tendem a fazer isso quando
o comportamento é negativo, então eles devem ser instados a dar o
máximo de importância ao comportamento piedoso.
Seja criativo, mas simples no uso do dever de casa. Tente construir
sobre as coisas que são familiares para a criança e
As crianças precisam praticar se
quiserem construir algo novo em suas vidas.
dos interesses naturais da criança (ler, desenhar, representar, escrever,
brincar, etc.)
Permita que as crianças participem do desenvolvimento da lição de
casa. Discuta isso com eles. Uma boa pergunta para promover a
participação deles pode ser: “O que você acha que poderia fazer esta
semana para ajudá-lo a lembrar de não ser egoísta e praticar a gentileza?”
As crianças podem ser muito úteis em resposta a essas perguntas.
Certifique-se de que os pais entendam o que você está fazendo e a
parte deles nisso. Faça uma tarefa de casa para eles e informe à criança
e aos pais que você os verificará na semana seguinte para ver como eles
se saíram.
Conclusão
Ao refletir sobre esse assunto, sou inundado por lembranças de
crianças e de como Deus as tocou e a suas famílias. Temos uma grande
responsabilidade de atender a esta admoestação do Senhor: “Deixai vir
a mim os pequeninos, e não os impeçais” (Mateus 19:14). Reitero: as
crianças vivenciam a maioria dos problemas com os quais os adultos
lutam. As crianças também podem ser tocadas e transformadas pela
Palavra viva de Deus quando lhes é apresentada de forma apropriada à
sua idade e desenvolvimento.
Você pode aconselhar crianças? Tente. Você pode descobrir um
dom maravilhoso e um privilégio dado a você por nosso Deus.
The Journal of Biblical Counseling • Volume 18 • Número 1 • Outono de 1999