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Introdução
Existem quatro maneiras do homem pecar: por palavra, por pensamento, por atitude e por
omissão. Hoje desejo falar sobre o pecado por omissão.
A palavra omissão significa deixar de fazer ou de dizer algo; falta de ação no cumprimento
de um dever. Dessa forma, pecamos por omissão quando nos abstemos de fazer ou de
dizer aquilo que deveríamos, isto é, lavamos as nossas mãos como fez Pilatos (Mt 27:24).
O Apóstolo Tiago nos diz em sua carta: “Portanto, pensem nisto: Quem sabe que deve
fazer o bem e não o faz comete pecado.” (Tg 4:17) Isso é uma advertência muito séria.
Inúmeras vezes, somos reprovados diante de Deus tão somente porque deixamos de
fazer o bem, aquilo que é correto, deixamos de nos posicionar, não tomamos partido, não
fazemos nada simplesmente nos omitimos.
O Senhor nos levantou como atalaias/sentinelas na nossa Geração e seremos cobrados
se não cumprirmos a missão que Ele nos deu. Deus falou ao profeta Ezequiel quais eram
os deveres do atalaia, aquilo que seria cobrado dele (Ez 33:7-9). Talvez você esteja vendo
alguém caminhando para destruição - no seu trabalho, na sua vizinhança, na sua família -
e não faz nada. Há um ditado popular que diz o seguinte: "Pela falta de um grito, se perde
uma boiada." Deus vai te cobrar por sua omissão.
Neste mesmo capítulo lemos a respeito do comportamento dos filhos de Eli, que não
respeitavam o Senhor pois haviam perdido o temor a Ele. Temer a Deus não é ter medo
pois isso nos afastaria dele, temê-lo é respeitá-lo, é reverenciá-lo, é obedecê-lo.
“Eli, já bem idoso, ficou sabendo de tudo o que seus filhos faziam a todo o Israel e que
eles se deitavam com as mulheres que serviam junto à entrada da Tenda do Encontro.
Por isso lhes perguntou: Por que vocês fazem estas coisas? De todo o povo ouço a
respeito do mal que vocês fazem.” (I Sm 2:22-23)
Ao que tudo indica, quando Eli tomou conhecimento dos atos pecaminosos de seus filhos,
em vez de repreendê-los com rigor, com força, com rigidez, deu-lhes apenas “um tapinha
na mão” como costumamos falar. Observe o que ele falou: “Não, meus filhos; não é bom o
que escuto se espalhando no meio do povo do Senhor.” (I Sm 2:24)
Quantos pais estão vendo o mal se infiltrando dentro da sua casa, na vida dos seus filhos
e não esboçam nenhuma atitude. Vê o filho chegando em casa com objetos novos...
Observa o filho agressivo e se isolando de todo mundo... Nota o filho com uns trejeitos
esquisitos. Parta pra cima, descubra o que está acontecendo, não se omita!
Um dos requisitos exigidos pelo Senhor para quem almeja ser líder na Igreja de Deus é
que governe bem a sua casa tendo os seus filhos em sujeição (I Tm 3:4). Se perdermos a
nossa família, perdemos o respaldo. Como vamos cuidar dos outros se não damos conta
nem dos nossos filhos?
Nossas boas intenções não vão nos justificar diante de Deus se formos omissos e
irresponsáveis com aquilo que o Senhor nos confiou. O Senhor te confiou uma família,
discípulos... Cuide do que Ele te entregou.
Diante da branda repreensão de Eli, seus filhos não lhe deram ouvidos. Seus corações já
estavam endurecidos e suas mentes cauterizadas pelo pecado. "(...) Seus filhos, contudo,
não deram atenção à repreensão de seu pai (...)" (I Sm 2:25)
Embora Eli tivesse boas intenções, ele foi omisso em tratar o pecado na vida de seus
filhos. Ele não teve força moral para lidar de maneira severa com a impiedade de seus
filhos. Eli tinha o manto sacerdotal e o chamado para guiar Israel, porém, cometeu três
erros graves em seu ministério que tornou-se sua ruína.
Por sua fraqueza e omissão ele incorreu nestes erros que tiveram um forte impacto na
eficácia de sua liderança, não somente sobre seus filhos, mas também sobre a Nação de
Israel. Estes erros são capazes de abalar a liderança de qualquer pessoa que se recuse a
tratar com rigor a impureza na vida de seus liderados. Precisamos evitar estes erros a
qualquer preço.
A timidez nos leva à inibição diante de situações novas ou de pessoas que não
conhecemos bem. Ela gera a falta de confiança e de segurança em nós mesmos e nos
outros; produz o receio de errar ou falhar. Nos faz temerosos.
A Escritura diz que Eli era “bem idoso” (I Sm 2:22). Precisamos tomar cuidado com os
pecados da velhice. Talvez Eli tenha pensado que estava velho e cansado demais para
repreender seus filhos ímpios de forma enérgica. É possível que seus filhos o tratassem
de modo agressivo.
A idade realmente traz fraqueza física, mas não precisa trazer fraqueza espiritual de
maneira que nos calemos diante daquilo que é errado.
Ao enfrentar esta situação de forma temerosa, Eli revelou sua própria falta de maturidade
espiritual. Como é trágico ver um homem de Deus falhando de forma tão lamentável no
final de sua vida, simplesmente por ter permitido que sua debilidade física o
desqualificasse para o santo ministério. Nossa timidez de caráter não pode nos levar a
uma atitude de omissão diante do pecado.
Quando Eli finalmente se deu ao trabalho de repreender seus filhos, estes não lhe deram
ouvidos. Era tarde demais para tentar corrigir a impiedade de seus filhos. Talvez Eli
pensasse que por serem filhos de um sacerdote e por terem crescido no templo, seus
filhos serviam a Deus fielmente. Sem dúvida, a falha de Eli foi não ter exigido obediência
quando estes ainda eram crianças. É provável que muito antes de se tornarem sacerdotes
eles já haviam começado a escandalizar a nação com sua maldade. O pecado dos filhos
de Eli era tão grande que as Escrituras nos dizem que o Senhor já havia decidido matá-
los. (I Sm 2:25)
Conclusão
Qual o meu papel no corpo de Cristo, na Igreja? Fui chamado por Deus para ser
discípulo, líder, Pastor? De que maneira estou desempenhando o meu papel? Podemos
desempenhar três tipos de papéis no Reino de Deus:
Qual destes três papéis você têm desempenhado no Reino? Um papel destrutivo, passivo
ou ativo. Avalie a sua vida? Deus quer que você exerça um papel ativo.
“Pois eu lhe disse que julgaria sua família para sempre, por causa do pecado dos seus
filhos, do qual ele tinha consciência; seus filhos se fizeram desprezíveis, e ele não os
puniu.” (1 Sm 3:13)