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Prática
Gestão de Contratos
Elaborador:
Rogério José dos Santos
GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 5
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
2. CONTRATAÇÃO --------------------------------------------------------------------------------------------- 47
2.1. PROCESSO CONCORRENCIAL ------------------------------------------------------------------ 47
2.2. CONTRATAÇÃO EMERGENCIAL ---------------------------------------------------------------- 48
2.3. CONTRATAÇÃO DIRETA --------------------------------------------------------------------------- 48
2.4. CONTRATAÇÃO SIMPLIFICADA ----------------------------------------------------------------- 49
2.5. RFP – Request For Proposal ---------------------------------------------------------------------- 49
2.6. PARECER TÉCNICO --------------------------------------------------------------------------------- 52
2.7. ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICA ------------------------------------------------------ 52
2.8. CNAE ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 53
2.9. FORMULÁRIOMDE HOMOLOGAÇÃO – FH --------------------------------------------------- 56
2.10. REUNIÃO DE HANDOVER DO CONTRATO -------------------------------------------------- 57
3. MOBILIZAÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------------ 57
3.1. REUNIÃO DE KICKO0FF ---------------------------------------------------------------------------- 57
3.2. ESCOPO DO SERVIÇO ------------------------------------------------------------------------------ 58
3.3. ORDEM DE SERVIÇO – OS ------------------------------------------------------------------------ 59
3.4. DILIGÊNCIA DO PROCESSO DOCUMENTAL ------------------------------------------------ 60
4. EXECUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 61
4.1. FORNECIMENTO E DISPONIBILIDADE DE RECURSOS DA CONTRATANTE PARA
A CONTRATADA -------------------------------------------------------------------------------------- 61
4.2. LIBERAÇÃO DE ÁREA – LA ----------------------------------------------------------------------- 61
4.3. LIBERAÇÃO DE PROJETO DE ENGENHARIA ---------------------------------------------- 62
4.4. ACOMPANHAMENTO FÍSICO E ORIENTAÇÃO TÉCNICA DOS TRABALHOS ---- 62
4.5. PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DOS SERVIÇOS E FORNECIMENTOS ---- 62
4.5.1. Termo de Aditivo Contratual ---------------------------------------------------------------------- 62
4.6. TAKE – OFF --------------------------------------------------------------------------------------------- 64
4.6.1. Revisão de Take Off ----------------------------------------------------------------------------------- 64
4.6.2. Planejamento do Take Off ---------------------------------------------------------------------------- 64
4.7. REUNIÃO DE MEDDLE – OFF & EXPECTATIVA -------------------------------------------- 65
4.8. CROSS – CHECK -------------------------------------------------------------------------------------- 65
4.9. INSPEÇÃO E RECEBIMENTO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ------------------- 66
4.10. GERENCIAMENTO DE DEMANDA DE IMPORTAÇÃO ------------------------------------ 66
4.11. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS --------------------------------------------------------------------- 66
4.12. SUBCONTRATAÇÃO --------------------------------------------------------------------------------- 67
4.13. MEDIÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------------ 70
4.13.1. Boletim de Medição – BM ------------------------------------------------------------------------ 71
4.13.2. Folha de Registro de Serviços – FRS ----------------------------------------------------------73
4.13.3. Acordo de Nível de Serviço – SLA ------------------------------------------------------------- 75
4.14. GESTÃO DE DESEMPENHO DA CONTRATADA ------------------------------------------- 78
4.14.1. Indicadores Chaves de Desempenho – KPI ------------------------------------------------- 78
4.14.2. Índice/Avaliação de Desempenho do Fornecedor – IDF/ADF -------------------------- 82
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
INTRODUÇÃO
A palavra contrato vem do latim contractus, que significa tratar com. Nada mais é do que a
junção de interesses de pessoas sobre determinada coisa. Segundo Ferreira (2014, p.31)
contrato é um ―Acordo entre duas ou mais que entre si transferem direito ou se sujeitam a uma
obrigação‖. Para tornar válido um contrato, as partes devem ser capazes, o objeto não pode ser
ilícito e a sua forma deve ser prescrita em lei.
Ainda, de acordo com Setti (2015) o conceito de contrato envolve a idéia de vínculo jurídico
transitório através do qual as partes contratantes se atam de tal modo que a cada qual incumbe
ônus e bônus recíproco.
O objeto de um contrato pode ser qualquer coisa ou serviço que não esteja fora da lei, não
agrida a moral nem os costumes de um grupo social. A causa para a elaboração de um contrato
é o motivo que os contratantes apresentam. Perde a causa o contrato que não cumpra com os
requisitos sociais que deve cumprir, quando seja fingida ou simulada sua necessidade.
Tendo por base Lôbo (2014), existem alguns princípios fundamentais do direito contratual, que
podem ser citados, são eles:
Princípio da autonomia da vontade: nele se fundamenta a liberdade contratual dos
contratantes, consistindo no poder de estipular livremente, como melhor lhes convier,
mediante acordo de vontades, a disciplina de seus interesses, suscitando efeitos tutelados
pela ordem jurídica;
Princípio do consensualismo: segundo o qual o simples acordo de duas ou mais vontades
basta para gerar o contrato válido;
Princípio da obrigatoriedade da convenção: pelo qual as estipulações feitas no contrato
deverão ser fielmente cumpridas (pacta sunt servanda), sob pena de execução patrimonial
contra o inadimplente;
Princípio da relatividade dos efeitos do negócio jurídico contratual: visto que não
aproveita nem prejudica terceiros, vinculando exclusivamente as partes que nele intervierem;
Princípio da boa fé: segundo ele, o sentido literal da linguagem não deverá prevalecer sobre
a intenção inferida da declaração de vontade das partes.
No entanto, muitas vezes estes princípios não são seguidos. Logo, existem contratos mal
elaborados, e que as empresas acabam tendo que atender e arcar com custos imprevistos, que
por sua vez, impactam diretamente o resultado esperado para determinado projeto.
1. A importância do Contrato
De acordo com Choma (2007) conforme citado por Shimbo (2010), o mercado da Construção
Civil ainda sofre as consequências da informalidade, não só no que diz respeito ao emprego de
funcionários sem registro em carteira, mas também na falta de documentação dos mais diversos
tipos, como:
Procedimentos de execução,
Padrões de qualidade,
Metodologia (própria) de planejamento e
Formalização das relações contratuais com as contratadas.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Assim, como é preciso encontrar tempo para efetuar o planejamento do serviço, deve-se
formalizar o contrato com a contratada antes que a equipe comece a trabalhar, caso contrário, a
contratante estará aumentando a sua exposição a diversos riscos.
França (2013) afirma que o contrato proporciona à contratante uma segurança maior em relação
ao que foi contratado, possibilitando, muitas vezes, que o pagamento das contratadas seja
suspenso se ele não comprovar o pagamento de impostos e de encargos trabalhistas de seus
funcionários, ou se a obra estiver atrasada. Mas, para isso, é indispensável que a contratante
também cumpra com o que foi acordado.
Segundo o PMI (2013, p.380) ―A natureza legal da relação contratual torna imperativo que a
equipe de gerenciamento do projeto esteja ciente das implicações legais das ações adotadas na
administração de qualquer contrato‖.
Se a equipe de gestão do serviço não tiver conhecimento pleno do contrato, pode oferecer a
contratada alguma margem para sua contestação. Por isso, o conhecimento do conteúdo do
contrato é fundamental, assim como das consequências que podem surgir pelo descumprimento
dos termos do acordo. Santana (2015) afirma que aquilo que foi estipulado no termo assinado
deve ser cobrado e monitorado tanto pelo gestor e operador/fiscal do contrato.
Além disso, as alterações de contratos (alteração qualitativa) ou alteração nos quantitativos
(alteração quantitativa) de iniciativa da contratante, já na fase de execução ou mesmo em
consequência de outras alterações imprevisíveis acertadas por acordo entre contratantes e
contratadas, previstas na legislação, podem gerar os inevitáveis aditivos contratuais, que vão
requerer um cuidado maior no decorrer da vigência do contrato.
Portanto, para que o contrato seja elaborado corretamente, Santiago Júnior (2012) defende a
importância de haver integração entre o setor jurídico e o de engenharia. É indispensável o
auxílio de um profissional com experiência no serviço contratado no mercado. Os custos com o
auxílio desse profissional são muito menores que os passivos que podem ser adquiridos por
falhas nos contratos.
2. Estrutura do Contrato
O contrato firmado entre as partes deve ser o mais completo possível, deixando bem claro o
escopo dos serviços, as condições de prazo, a forma de pagamento, as obrigações das partes, a
documentação necessária, enfim, todos os aspectos da prestação dos serviços contratados.
Para Justen Filho (2014), a estrutura básica de um contrato contempla:
Identificação das Partes;
Objeto do Contrato;
Especificações do Objeto do Contrato;
Obrigações Gerais da Contratada;
Obrigações Gerais da Contratante;
Preços, Quantidade e Formas de Pagamento;
Condições de Aceitação dos Serviços;
Encargos Sociais;
Retenções de Garantia;
Condições para Rescisão do Contrato;
Aceites e Disposições Gerais;
Foro;
Anexos.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Aprofundando ainda mais, a Lei 8.666/93 no artigo 55, contempla o que deve estabelecer as
cláusulas de um contrato:
I. O objeto e seus elementos característicos;
II. O regime de execução ou a forma de fornecimento;
III. O preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do
reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento
das obrigações e a do efetivo pagamento;
IV. Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de
recebimento definitivo, conforme o caso;
V. O crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional
programática e da categoria econômica;
VI. As garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;
VII. Os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das
multas;
VIII. Os casos de rescisão;
IX. O reconhecimento dos direitos da empresa, em caso de rescisão administrativa prevista no
art. 77 desta Lei;
X. As condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;
XI. A vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à
proposta do licitante vencedor;
XII. A legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;
XIII. A obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em
compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e
qualificação exigidas na licitação.
Contudo, a tarefa de elaborar o contrato não se encerra com a simples leitura dos dispositivos
da Lei e outras literaturas. Com efeito, Cabral (2015) alega que são necessários alguns cuidados
no momento da confecção tanto do edital convocatório quanto no instrumento de contrato, para
que sua execução ocorra sem sobressaltos ou contratempos.
3. Assinatura do Contrato
Muitas contratadas não lêem os contratos na hora de assinar, tratando apenas como uma
―formalidade‖. Para muitos, vale o que foi ―combinado‖. Segundo Choma (2007) apud Shimbo
(2010), antes de assinar o contrato, é possível seguir um passo a passo que ajuda o empreiteiro
a rever as condições da obra para saber se realmente tem capacidade de executá-la, e também,
auxilia a construtora avaliar as condições da obra em relação ao cliente final.
Segue abaixo as recomendações a serem seguidas:
Revise a proposta – rever com a equipe os custos, as necessidades de recursos confirmar
preços com fornecedores;
Reveja todas as plantas e relatórios – muitas vezes a contratada faz as estimativas de
preços sem conhecer os projetos completos. Mas, antes de assinar o contrato, essa revisão é
fundamental;
Reveja todas as especificações – além das plantas, o tipo de acabamento, as solicitações e
os critérios de medição são de fundamental importância. Assinar um contrato antes de definir
os detalhes do projeto é aceitar uma exposição muito grande ao risco;
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Visite o local da obra – alguns canteiros têm limitações sérias de espaço, obrigando a
contratada a utilizar guindastes e gruas para mover o material. Problemas com o acesso
também afetam a produção e a logística do canteiro;
Revise a programação do projeto – se a contratada fez algum cronograma estimativo para
orçar a obra, deve revisar as estimativas de tempo, para ter certeza de que é possível concluir
o contrato no prazo;
Complete uma lista de checagem do projeto – a contratada deve conferir se o contrato está
claro no que diz respeito ao escopo, aos prazos, às exigências de materiais, ferramentas,
equipamentos e à segurança do trabalho, entre outros;
Verifique recursos do projeto – o contratante tem os recursos financeiros para arcar com a
obra? E a contratada tem recursos para mobilizar a sua equipe e mantê-la até (no mínimo) a
primeira medição?
Leia todo o contrato – o contrato não é apenas uma formalidade, mas sim, uma obrigação
entre as partes; portanto, é necessário ler atentamente e procurar sempre a orientação da
área jurídica;
Execute o contrato – após toda essa revisão, a contratada estará muito mais seguro para
executar o contrato.
Após seguir as recomendações supracitadas, pressupõe-se que o empreiteiro teve a
oportunidade de avaliar todas as condições e exigências contidas no contrato, e se mostra
ciente do preço e das condições, caso sejam viáveis, pode assumir o compromisso e assinar o
devido contrato.
I. TIPOS DE CONTRATOS
A Lei nº 8.666, de 1993, no seu artigo 2º, parágrafo único, considera contrato ―todo e qualquer
ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um
acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja
qual for a denominação utilizada‖.
O contrato, independentemente de sua espécie, é caracterizado como negócio jurídico com a
finalidade de gerar obrigações entre as partes, afirma Lôbo (2014). Além disso, norteia três
princípios fundamentais: autonomia das vontades, supremacia da ordem pública e
obrigatoriedade.
Segundo Mello (2005) também citado por Di Pietro (2013), para que o contrato se efetive, são
necessários alguns requisitos como:
Existência de duas ou mais pessoas;
Capacidade genérica para praticar os atos da vida civil;
Aptidão específica para contratar;
Consentimento das partes contratantes;
Licitude do objeto do contrato;
Possibilidade física ou jurídica do objeto do negócio jurídico;
Determinação do objeto do contrato e
Economicidade de seu objeto.
Granziera (2002) conforme citado por Ribeiro (2011) diz que são muitos os tipos de contrato,
podendo conter várias formas, como por exemplo, verbais ou escritos, por instrumento público
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
ou particular. Entretanto, será relevante para este trabalho conceituar os contratos escritos de
Prestação de Serviços, Preço Único, Fornecimento de Equipamentos/Materiais, Take or
Pay, Regime de Comodato, Performance e Turn Key.
instrumento escrito em que sejam dispostas todas as suas cláusulas. Assim, garante-se que a
proteção legal do acordo seja otimizada.
A partir do momento em que o texto contratual descreve as situações previamente acertadas e
limita os direitos e deveres de cada parte, os acordantes têm muito mais segurança a respeito
do que foi definido entre elas.
A validade do contrato de prestação de serviços independe de registro em cartório. Caso o
contrato por algum motivo deva ser conhecido ou eficaz perante terceiros – por exemplo, caso
se queira dar publicidade que os serviços prestados para a tomadora o são em exclusividade – é
possível o seu registro no Cartório de Registro de Títulos e Documentos.
A validade do contrato de prestação de serviços independe de reconhecimento de firma das
partes.
Caso haja alguma expectativa ou controvérsia acerca da identidade de alguma das partes, é
possível o reconhecimento de firma apenas para evitar futuras discussões a respeito disso.
É muito importante que conste no contrato a assinatura de duas testemunhas, formalidade legal
que permite que tenha eficácia de título executivo extrajudicial.
O mais importante, nesse caso, não é necessariamente que o contrato seja imediatamente
assinado por duas testemunhas, mas sim que seja previsto um campo no contrato para a
assinatura delas. Isso se deve ao fato de que estas testemunhas, chamada ―instrumentárias‖,
não precisam presenciar a celebração do acordo, mas apenas atestar a conformidade de seu
instrumento, o que pode acontecer posteriormente.
Um bom contrato de prestação de serviços deve conter cláusulas básicas que regulam as
situações desejadas, a exemplo da qualificação completa das partes, o objeto contratual, as
obrigações de cada um, o preço e as condições de pagamento, o prazo de duração do contrato,
despesas, possibilidade de reajuste do contrato, hipóteses de extinção contratual, multas e
outras questões eventualmente aplicáveis.
Tenha em mente que é importante negociar e entrar em acordo com a contraparte a respeito de
todos os interesses pretendidos, sem deixar margem para interpretações diversas ou dúvidas
que podem colocar em risco a relação contratual.
Atente-se, ademais, para a linguagem adotada, que deve ser clara, evitando termos de difícil
compreensão. Se for imprescindível a utilização de terminologias técnicas específicas, é
importante a definição prévia das expressões, assim facilitando a atuação dos intérpretes do
contrato.
O primeiro passo para elaborar um contrato é identificar quais são as partes contratantes. De um
lado, o contratante (tomador de serviços), e do outro, o contratado (prestador de serviços).
Para identificá-las, é necessário inserir todas as informações que permitem individualizar a parte,
evitando possíveis erros com pessoas homônimas ou erros de digitação que remetam à
identidade de outra pessoa.
O ideal é que o contrato contenha os nomes completos, nacionalidade, estado civil, profissão,
número da carteira de identidade e do CPF, além do endereço completo. No caso de pessoa
jurídica, é recomendável colocar os dados do representante legal, o nome da empresa, o
endereço da sede e o número do CNPJ.
O objeto do contrato, usualmente definido em seu início, esclarece a respeito de qual temática
as partes entraram em acordo. No caso da prestação de serviços, o objeto é o desempenho de
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certas atividades, por parte do prestador, em favor do tomador, mediante pagamento do preço
ajustado.
Descreva o objeto minuciosamente, com as especificidades e dados técnicos, se houver, e tudo
que possa interferir na compreensão do acordo. É importante que o serviço ao qual se obriga o
prestador seja definido do modo mais claro possível, assim evitando divergências a respeito do
cumprimento ou não do que fora ajustado.
Lembre-se que pode ser objeto de um contrato qualquer espécie de serviço ou trabalho lícito,
seja material ou imaterial (pode ser um trabalho braçal, intelectual etc.). Estabelecido o objeto do
contrato, devem ser listadas todas as obrigações do contratante (tomador do serviço).
As cláusulas mais comuns são aquelas que asseguram a obrigação do contratante de efetuar o
pagamento do preço devido ao prestador do serviço nas condições estabelecidas
contratualmente, bem como de fornecer todas as informações e subsídios necessários para
nortear a prestação.
De forma semelhante ao ponto anterior, devem ser explicitadas também quais são as obrigações
do prestador de serviços. A principal delas é a execução adequada, nos termos e parâmetros de
qualidade definidos no contrato, do serviço contratado. Outras obrigações usuais são fornecer
nota fiscal, criar um canal de comunicação direto com o tomador do serviço e permitir a
fiscalização dele para verificar o cumprimento ou não do contrato, dentre outras.
Em regra, todo contrato de prestação de serviços prevê uma retribuição que, normalmente, é
dada em dinheiro. A legislação aplicável não exige, entretanto, que a retribuição seja
necessariamente pecuniária, motivo pelo qual se entende que esta pode ser prestada mediante
a entrega de outros bens, conforme decidido pelas partes.
A lei também prevê que, caso o contrato seja silente quanto à retribuição, ela será fixada por
arbitramento, segundo o costume do lugar, o tempo de serviço e sua qualidade. Apesar dessa
possibilidade, é recomendado que se fixe previamente a contraprestação dos serviços, a fim de
evitar futuras divergências.
Além de fixar a retribuição, é importante estabelecer o modo de pagamento. A lei dispõe que ela
normalmente será paga depois de prestado o serviço, salvo em caso de acordo ou costume local
que estipule o adiantamento do pagamento, ou outra forma.
Em outras palavras, o contrato é quem dita se o pagamento ocorrerá antes ou depois de
prestado o serviço. Determina também se o valor a ser pago deve ser dado à vista ou parcelado,
ou qualquer outro tipo de pagamento.
Dependendo da característica da prestação, outros tipos de pagamento podem ser
estabelecidos, como o semanal, mensal e anual.
Para contratos com uma duração significativa (contratos que superem a duração de 1 ano), é
interessante estabelecer uma cláusula de reajuste que reequilibre financeiramente o contrato de
prestação de serviços com o passar do tempo, por exemplo em razão dos efeitos da inflação.
A fim de evitar divergências, é importante que seja estabelecido previamente se o reajuste
ocorrerá mediante negociação dos contratantes ou por meio da aplicação de um índice de
correção preestabelecido.
Em alguns serviços, além da mão-de-obra contratada, é preciso gastar com ferramentas e
outros materiais relacionados à prestação. É essencial redigir uma cláusula que estabeleça de
quem será a responsabilidade de arcar com essas despesas.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
A legislação brasileira estabelece que a prestação de serviço não pode ser convencionada por
período determinado superior a 4 anos.
Nada impede, entretanto, que as partes concluam o contrato de prestação de serviços por tempo
indeterminado, ou, ainda, que o sujeitem a prazo determinado diverso, disposto em semanas,
meses ou anos, desde que respeitado o limite legal de 4 anos.
O contrato pode ser extinto em diversas hipóteses, seja pelo término de seu prazo, pela
execução integral do serviço contratado, por acordo entre elas, ou, ainda, pelo descumprimento
de alguma das cláusulas do acordo.
É importante que sejam previstas as hipóteses em que o contrato será extinto, a forma como
isso ocorrerá e as suas consequências.
Por exemplo, deve ser regrado se qualquer uma das partes poderá, independentemente de justo
motivo, pôr fim à relação contratual, e, se isto for autorizado, com quanta antecedência isto
deverá ser comunicado à outra parte, qual deverá ser a forma dessa comunicação, se algum tipo
de compensação deverá ser paga etc..
Em qualquer tipo de contrato, é importante que sejam previstas multas em caso de desrespeito
ao que está disposto no contrato, inclusive nos casos de atraso na prestação do serviço ou
retribuição pecuniária por ele.
É importante que a cláusula que prevê as multas sejam bem redigidas para que nelas seja
definida qual a natureza jurídica das sanções, se elas devem incidir sobre cada descumprimento
contratual ou sobre todos em conjunto, se elas obstam ou não a cobrança de prejuízos
excedentes, e se elas permitem a tentativa de que a cláusula descumprida volte a ser
respeitada.
É a cláusula do contrato na qual é definido em que localidade eventuais conflitos entre as partes
serão resolvidos perante o Judiciário.
Deve-se ter atenção para verificar qual foro consta como eleito no acordo, a fim de evitar custos
excessivos na hipótese de ser necessária a judicialização da relação contratual.
Outras questões que não se encaixam nos tópicos anteriores, mas que são essenciais ao
contrato, seja para sua correta interpretação, seja para proteger juridicamente os envolvidos,
podem ser necessárias ou importantes caso a caso.
Assim, o contratado se obriga a executar cada unidade de serviço previamente definida por um
determinado preço acordado. O construtor contrata apenas o preço unitário de cada serviço,
recebendo pelas quantidades efetivamente executadas.
EMPREITADA POR PREÇO UNITÁRIO
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Além de o fornecedor ter que entregar o objeto do contrato, o produto deve ser entregue ao
fornecido em boas condições para uso. Dessa forma, se a coisa, ao ser entregue, estiver com
algum ―problema‖, como danificação, o fornecedor poderá responder pelos defeitos.
Como o contrato de fornecimento é de duração, assim, o fornecedor deve comunicar, em tempo
hábil ao fornecido, eventual impossibilidade de entregar a coisa na quantidade ou qualidade
ajustados.
O fornecido tem as obrigações de pagar o preço e de receber as coisas na quantidade e
qualidade acordada. Se as partes não ajustaram no contrato a forma como se deve ser feito o
pagamento, o fornecimento deverá pagar à vista.
As partes podem ajustar nessa modalidade de contrato a cláusula de exclusividade para
determinada área, determinados produtos ou até mesmo para a relação de fornecimento entre
as partes. Caso haja a quebra dessa cláusula pode acarretar a rescisão contratual e a
possibilidade de indenização.
Sobre os bens definidos no contrato, são duráveis ou consumíveis, fungíveis ou infungíveis. O
fornecimento pode incidir em:
Alienação, quando se relaciona a transferência de propriedade;
Consumo, quando o bem é usado para repor outro que foi consumido;
Gozo e Uso, quando o que é transferido tem finalidade única de ser utilizado.
Como exemplifica Silvio Venosa, na mesma ordem:
Fornecimento de propriedade transmitida (matéria-prima),
Fornecimento para abastecimento para consumo (água e alimentos para funcionários) e
Fornecimento para o uso do bem (equipamentos e máquinas para serem utilizados no
processo da contratante).
O prazo e a duração, chamados também de vigência, definidos neste contrato são sem dúvida
características cruciais quando se faz uma análise, mesmo que breve, pois estes elementos
caracterizam o contrato como de fornecimento. O prazo, determinado ou não, é vinculado a
duração da prestação de serviços, quando determinado, serve, também, para dar segurança
para as partes, ou seja, é pelo prazo que se define até quando o contrato vigora, obviamente.
Com o cumprimento da obrigação na data prevista no prazo, as partes podem se organizar de
maneira benéfica, por exemplo, procurando outros fornecedores ou até esgotando o estoque de
produtos comprados. Quando o prazo para o fim da obrigação não é determinado, a
manifestação de uma parte em terminar o contrato, deve ser feita por notificação e o fim das
obrigações depende de aviso prévio, com tempo para encerrar o contratado, podendo assim, a
parte, se organizar e não acabar sendo prejudicada pela outra, que repentinamente decidiu
terminar o contrato. Há de se falar em indenização para parte que sofreu danos por rompimento
abusivo, sem prévia notificação.
Em relação a execução, é definida nos termos do contrato ou em suas cláusulas, ou amparada
pela por elas. Refere-se a frequência de aquisição do bem, tipo de entrega e as peculiaridades
incidentes deste tipo de contrato. Em geral, a entrega pode ser, integral, parcial, continua ou
como as partes definirem. Respectivamente, na integral, é entregue uma quantidade pré-
definida de bens uma única vez; na parcial, a entrega é feita com proporções e épocas
estabelecidas, em parcelas de um montante total estabelecido; e na continua, a coisa é
entregue de forma frequente e continua, com proporções estabelecidas. Existindo, assim, a
entrega continua de bens conforme a necessidade e pedido da parte, sendo a entrega integral e
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
A extinção por fatos anteriores à formação do contrato, por sua vez, divide-se em três
subespécies: por invalidade do contrato, por cláusula de arrependimento ou por cláusula
resolutiva expressa.
A extinção por invalidade do contrato diz respeito às situações de nulidade absoluta (contrato
nulo) ou relativa (contrato anulável), com previsão expressa de hipóteses e prazos no Código
Civil.
Sobre a extinção por cláusula de arrependimento, pode-se dizer que sua ocorrência se dá
quando, no próprio contrato, há cláusula que determine sua extinção por declaração unilateral
da vontade e suas consequências. Seguindo essa mesma linha, a extinção por cláusula
resolutiva expressa ocorre quando se prevê uma condição que, se concretizada, coloca fim ao
contrato.
Em contrapartida, a extinção por fatos posteriores à formação do contrato se efetiva por meio
da rescisão contratual e pressupõe que uma das partes, em decorrência dessa extinção, tenha
prejuízo.
A rescisão do contrato acontece quando este é desfeito de forma prematura, durante sua
execução, por falta de adimplemento de uma das partes (resolução) ou por vontade de ambas
ou de uma das partes (resilição).
A resolução pode resultar de descumprimento voluntário, ocorrendo por culpa ou dolo daquele
que devia a prestação, ou involuntário, decorrendo de caso fortuito ou força maior. Também
pode ocorrer por cláusula resolutiva tácita, quando a própria lei determina, ou por onerosidade
excessiva, hipótese em que uma das partes obtém vantagem desproporcional. Já a resilição
pode ocorrer de forma bilateral ou unilateral.
Por fim, cabe ressaltar que no caso de resilição unilateral – ou seja, pela vontade de uma das
partes –, nos moldes do artigo 473 do Código Civil, se uma das partes tiver feito investimentos
consideráveis para que o contrato fosse efetivamente executado, faz-se necessário que os
efeitos da denúncia unilateral só ocorram depois passado determinado prazo compatível com a
natureza destes investimentos, dependendo do caso concreto. Vale ressaltar que essa
disposição vale tanto para o fornecedor quanto para o fornecido.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
faturamento da companhia, reduzindo o impacto ambiental e perda de água sem gerar ônus
financeiro ao poder público.
Entretanto, a Lei Nº 8.666/1993, que discorre a respeito de licitações e contratos no setor
público, impõe certos obstáculos para a implementação de projetos de desempenho. A aplicação
prática varia de acordo com os riscos que a empresa contratada se dispõe a correr,
considerando o cenário político-econômico do país, individualidades de cada concessionária e
as características de cada projeto.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
No cenário ideal, o comprador deve procurar contratar com alguns dos seus clientes (os
maiores) via arranjos de "take-or-pay" que garantam que ele, comprador, terá um fluxo financeiro
suficiente para cumprir com as suas obrigações de "take-or-pay" assumidas perante seus
fornecedores de gás (essas estruturas são conhecidas como "back-to-back provisions").
Todavia, em contratos de longo prazo com cláusulas "take-or-pay", as partes devem se certificar
de que o contrato tem condições de sobreviver caso haja alteração nas circunstâncias sob as
quais a contratação foi celebrada.
É nesse contexto que entram em cena cláusulas como a dos direitos de recomposição, direitos
de compensação, interrupção do "take-or-pay", de aumento do preço, de revisão do preço e de
renegociação. A cláusula de direitos de recomposição ("make-up rights") estabelece que, caso o
comprador de gás tenha pago pelo gás nos termos do acordo de "take-or-pay", mas não tenha
retirado o volume mínimo acordado, poderá compensar o volume de gás pago mas não retirado
contra futuros volumes retirados acima da obrigação de "take-or-pay" - ideal, portanto, que o
volume de "take-or-pay" não seja muito elevado, já que o comprador terá sempre que cumprir
com a obrigação de "take-or-pay" do período atual antes de efetuar a recomposição.
As "take-or-pay" servem para garantir estabilidade no fornecimento do gás do ponto de vista do
comprador e do vendedor
No caso dos direitos de compensação ("carry-forward rights"), o comprador compensará
volumes retirados (e pagos) acima da obrigação de "take-or-pay", com volumes retirados no
futuro que estejam abaixo da obrigação de "take-or-pay", não sendo obrigado a pagar pelo
resíduo de TOP não retirado (exatamente em razão da compensação). Se o contrato for parte de
operação de project finance, possivelmente os financiadores irão requerer limites nos prazos
para compensação, para que o direito não vigore indefinidamente durante a vigência contratual
(normalmente longa) e, com isso, o fluxo de caixa corra o risco de ser prejudicado em algum
momento.
A cláusula de interrupção do "take-or-pay" ("take-or-pay holidays") prevê que a obrigação de
"take-or-pay" será reduzida nos anos iniciais do contrato. Com isso, a partir de determinado
ponto, volumes retirados a menor serão compensados a uma taxa (anual ou mensal) acordada
entre as partes - via acréscimo de percentual no volume mensal a ser retirado pelo comprador,
até que o volume não retirado no início seja completamente tomado, por exemplo.
A cláusula de aumento do preço ("price escalation") protege as partes contra variações
imprevistas no preço de mercado de produtos concorrentes do gás (ou outros comparativos
como inflação, índice de preços etc. que possam afetar o equilíbrio do contrato). No caso da
revisão do preço ("price-break"), o preço será revisto periodicamente (mensal, quinzenal,
semanalmente etc) sem qualquer razão especifica.
E, por fim, nas cláusulas de renegociação ("renegotiation clauses"), as partes especificam
alguns eventos possíveis de ocorrer durante a vigência contratual e prevêem como o contrato
deverá ser alterado para manter o equilíbrio entre as partes. Alternativamente, as partes podem
simplesmente concordar genericamente que, na ocorrência de qualquer evento que afete o
equilíbrio contratual, as partes envidarão melhores esforços para negociar uma solução que
restabeleça o status inicial. Seja qual for o mecanismo, desde que previsto no contrato, será,
muito provavelmente, a via menos onerosa e delongada de renegociação.
Embora haja uma tendência mundial à formação de mercados "spot", isso não deve eliminar a
importância das cláusulas "take-or-pay" no curto e médio prazo. Muito pelo contrário, é razoável
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
concluir que, desde que devidamente redigidas e compreendidas pelas partes, estruturas de
"take-or-pay" podem conviver com mercados "spot".
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Nesse tipo de contrato a empresa responsável também elabora o projeto e compra os materiais,
mas não executa a obra, e sim gerencia a equipe que fará isso.
Há várias vantagens em trabalhar no modelo de contrato Turn Key, também conhecido como
empreitada integral. Veja quais são algumas delas:
1. Tempo menor de obra
A primeira vantagem é o tempo menor de obra. Afinal, com apenas uma empresa cuidando de
todos os processos há menos burocracia e espaço para um planejamento mais eficiente das
atividades.
É possível, por exemplo, mobilizar equipes para trabalhar ao mesmo tempo em diferentes partes
do projeto sem que uma interfira na outra. Fazer o mesmo com diferentes empresas envolve um
esforço de coordenação muito maior.
Além disso, visto que a empresa contratada recebe pelo projeto entregue, o incentivo para que
faça tudo dentro do prazo é ainda maior. Por outro lado, em projetos tocados por vários
prestadores de serviço, se um atrasa o trabalho do outro também pode ser comprometido.
2. Simplificação logística
A gestão de contratos com fornecedores e prestadores de serviço também fica mais eficaz
quando há apenas uma empresa responsável por todas as etapas do projeto. Nesse caso, você
deve lidar com apenas um contrato, não uma série deles.
Quanto mais contratos você tiver de administrar, maior a complexidade logística da operação.
Afinal, cada contrato precisa ser seguido à risca, com seus próprios termos e condições.
Qualquer descuido pode significar descumprir um acordo, o que pode causar consequências
jurídicas e práticas, como paralisação do serviço ou cobrança de multa.
3. Menor custo de oportunidade
Pense também no custo de oportunidade quando comparar o modelo Turn Key com a
diversificação de fornecedores. Quando há mais de uma empresa executando a obra, o
acompanhamento do contratante fica mais complexo.
Mas não basta acompanhar, é preciso entender o que está sendo feito e saber se está de
acordo com o planejamento inicial. Isso exige maior conhecimento técnico do cliente.
Dependendo de quem for a pessoa que vai acompanhar o projeto, isso pode tomar tempo de
outras atividades mais importantes para o objetivo da empresa contratante.
Já o trato com apenas uma empresa responsável por toda a obra é mais prático, consome
menos tempo e permite que o cliente se dedique mais às suas atividades normais.
4. Integração de soluções
A entrega da chave não é o fim da relação entre cliente e construtora. Mas não estou falando
apenas da garantia do trabalho que mantém a relação viva. Há também a possibilidade de
integrar as soluções de manutenção do prédio.
A mesma empresa pode ficar responsável por cuidar da manutenção predial ou até treinar os
ocupantes do local sobre as melhores práticas e cuidados com as instalações.
Para quem vende o serviço é vantajoso, pois há mais uma chance de receita. Para quem
contrata é mais prático e reforça a qualidade do trabalho no longo prazo.
Existem alguns cuidados para quem contrata e para quem oferece serviços em regime Turn Key,
tais como:
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
De acordo com o dicionário Aurélio, define-se Contrato como acordo ou convenção para a
execução de algo sob determinadas condições. Assim como Gestão, é definida como gerência,
administração, ou seja, é uma atividade dinâmica e proativa, que interliga uma competência
profissional e tem por objetivo conduzir o processo de execução, fiscalização e finalização dos
contratos firmados entre duas partes.
A Gestão de Contratos não esta associada somente a gestão técnica e administrativa, ela vai
muito alem disso. Seu fluxo passa pelos pontos de SSMAC (Saude, Segurança, Meio Ambiente
e Comunidades), Responsabilidades Sociais, Valores, Politicas Internas e Responsabilidade
Legal.
Logo, a Gestão de Contratos é o conjunto das técnicas, procedimentos, medidas e controles
que visam à administração correta e eficaz de todas as variáveis envolvidas na contratação,
desde a proposta negocial, passando pela negociação do contrato, discussão e redação de
cláusulas, cautelas na formalização do contrato, até a execução, acompanhamento e entrega do
trabalho – seja ele uma obra, um projeto, um serviço, ou qualquer outra prestação de serviço
(FREITAS, 2009 apud CORDEIRO, 2013).
Segundo Padgett (2012) ―o segredo para gerenciar bem um projeto é ter expertise em um
método comprovado, estruturado e sistemático para definir, planejar e supervisionar projetos
complexos‖.
Além disso, a gestão de contratos tem a função de garantir que tudo ocorra de forma igual ou
melhor que o previsto, desenvolver análise crítica do contrato e propor alterações ou melhorias
onde for necessário e se possível, também, deve providenciar condições para comprovação do
cumprimento das obrigações contratuais: vistorias, diários, fotografias, atas, inventários, notas
fiscais, certificados, e tudo que compõe o contrato.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
O contrato é imprescindível para a concretização de um negócio, pois é nele que estão descritos
os interesses de ambas as partes. Portanto, o contrato é a base que alicerça a construção das
organizações, sendo definido também como o documento que criou o negócio, o qual define os
direitos e responsabilidades.
De acordo com o PMI (2013, p.124), ―quando um projeto é feito sob contrato, as cláusulas
contratuais geralmente são restrições‖. O problema nasce exatamente neste ponto, onde as
organizações focam seus esforços nas execuções dos projetos, e ignora a importância de gerir o
contrato, fator de extrema importância para a sobrevivência no mercado e a saúde financeira da
empresa.
A fim de manter ciência e controle dos contratos em geral, aconselha-se a implantação de um
sistema de gestão de contratos, permitindo o controle desde a sua confecção até seu
encerramento, envolvendo todas as fases do seu ciclo de vida. Santiago Júnior (2012) defende
que essa implantação se resume em três passos, sendo:
Dispor de um corpo técnico para avalizar sua realização desde o início até a sua conclusão;
Utilizar um banco de dados comum para garantir a clareza de todas as informações aos
envolvidos no negócio;
Definir perfis de risco para cada contrato e os enquadrarem de acordo com a sua importância.
Vale ressaltar que não importa a quantidade de contratos que a empresa dispõe para
implantação deste sistema, o mesmo é de extrema importância e retorno, mesmo que seja para
gerir somente um único contrato, o qual consegue sim ganhos suficientes que justifique tais
investimentos.
É importante saber que a fiscalização de contratos não envolve somente a checagem de
averiguação para saber se ele foi cumprido, validando a entrega de serviços ou produtos, a
quantidade, qualidade, preços, condições e formas de pagamentos.
Também será verificada toda a rotina, desde um questionamento sobre a necessidade ou não
de adquirir um produto ou serviço, quantidade, preço, sugestões, elaboração e alteração das
cláusulas contratuais, até mesmo uma visão mais ampla de mercado para o acompanhamento
de aumentos e reduções de preços, indagando os motivos do aumento ou então da diminuição
do consumo, visando o aumento da eficiência e da eficácia da empresa, otimizando assim os
custos (ANCHIETA, 2009, conforme citado por GONÇALVES, 2014).
Santana (2015) define que os contratos são os reflexos dos negócios firmados, podendo ser
positivos ou negativos, isso será definido após uma boa análise dos mesmos, nascendo assim a
gestão dos contratos.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
que seu gestor pode ser substituído, ou outros acontecimentos podem surgir durante a vigência
do contrato, isso evidenciará a organização da empresa.
Negócios significam relacionamentos, sejam eles com clientes, fornecedores, parceiros e
mesmo com órgãos públicos, como a Receita Federal — e, na maior parte dos casos, esses
relacionamentos precisam ser oficializados por meio de contratos. É nesse documento que estão
inseridas informações essenciais como prazos, valores, além de possíveis multas ou sanções
por descumprimento dos termos.
E, tão importante quanto fechar um contrato, é preciso saber gerenciá-los da melhor maneira
possível. Inúmeros são os benefícios acarretados pela gestão de contratos, segue abaixo alguns
citados por Freitas (2009) e revalidado por Cordeiro (2013):
Acompanhamento da vigência dos contratos, podendo analisar com antecedência se é viável
renová-lo ou não, e não correr o risco de ser pego de surpresa;
Padronização dos critérios de minuta da empresa, conforme já analisado e aprovado pelo
departamento jurídico;
Facilidade de identificação se o serviço ou o produto estiverem sido realizados e/ou entregues
dentro do prazo, sendo indicadores para a área financeira da empresa, criando assim uma
visibilidade para a liberação de pagamentos;
Armazenamento e controle de documentos para serem consultados sempre que precisar,
visto que os mesmos fazem parte do processo de contratação como especificações e
cotações, que acabam ficando perdidas no decorrer do processo.
Com uma gestão de contratos, todas as áreas envolvidas no processo de contratação terão mais
comunicação entre si. A boa gestão de contratos é apenas uma das inúmeras funções que
fazem parte da rotina de um bom empreendedor.
da sua empresa. Ou seja, não feche negócios que sua empresa não tenha capacidade de
suprir, não contrate serviços que seu negócio não é capaz de honrar;
Discriminar de maneira clara as multas e penalidades referentes a quebras de termos do
contrato para ambas as partes, fazendo com que o contrato também seja uma garantia para o
seu negócio, lembrando que uma assistência jurídica pode fazer a diferença nessa hora;
Organizar bem os contratos e a maneira que serão arquivados. É importante que eles sejam
localizados com rapidez e separados de acordo com sua natureza (contratos com clientes,
contratos com fornecedores, contratos com órgãos públicos, etc.) e por ordem de duração,
aqueles com vencimento em um mês, um semestre, um ano ou mais;
Se atentar às garantias de flexibilidade, já que a maioria delas passam despercebidas, pois é
comum que um documento já preveja determinadas mudanças, como uma renovação
automática, aumento de tarifas após determinado prazo e mesmo a aplicação de multas
conforme atrasos. A maioria das empresas não tem noção exata de quando esses valores e
condições mudarão e nem se planejam de como a empresa reagirá a essas mudanças
(considerando elas positivas ou negativas).
Visto que tem sido disseminado o conceito e a importância da gestão de contratos, de acordo
com Padgett (2012), as empresas têm optado em ter como aliadas inovações da informática, as
quais acarretam inúmeros benefícios.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
unidade de serviço, por falha ou incompetência na gestão de produção da obra, não pode
pleitear qualquer recomposição de preços alegando desequilíbrio econômicofinanceiro do
contrato.
Outro exemplo é com relação a prazo de execução. Se o prazo foi estendido por culpa exclusiva
da má gestão da obra e por consequência resultou em um aumento expressivo dos seus custos
indiretos, principalmente nos gastos com a administração local, não pode ser caracterizada uma
situação passível de ser alegado um pedido de ressarcimento por desequilíbrio econômico-
financeiro do contrato, a menos que seja por outros motivos imprevisíveis ou por iniciativa ou
culpa da contratante previstos na legislação.
Portanto a equação inicial significa que, antes de assinar o contrato, a proponente estudou,
analisou as condições e preços e concluiu-se que seja viável em executá-lo nas condições de
equilíbrio econômico-financeiro dos parâmetros citados inicialmente.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
apenas por si, mas também sobre o serviço ou a obra integralmente considerados, incluindo
todos os fatores e colaboradores que concorrem para a execução.
O Gestor tem que ter espírito de liderança com bom senso de equipe e segurança, portanto, tem
que valorizar as pessoas e não os cargos. Portanto muitas empresas estão inovando o seu
processo de contratação, onde estão selecionando os seus profissionais pelo seu caráter e
habilidades para fazerem a Gestão de seus Contratos.
Os Gestores com habilidades leves (traços de personalidades) tende a sobressaírem diante das
habilidades técnicas (habilidades pesadas).
Os Gestores que conhecem realmente se tem motivação para trabalhar com contratos,
certamente terão atitudes que influenciaram diretamente na Gestão de Contratos.
Autoritário/Autocrático
Estilo de gestão baseado no antigo conceito de chefe, onde ―manda quem pode, obedece
quem tem juízo‖. Muito comum em empresas com modelos hierárquicos verticalizados.
Como o próprio nome diz, a gestão costuma ser centralizadora, com pouco espaço para a
interação com o restante da equipe. O líder é o principal responsável por delegar tarefas e,
quando necessário, determinar punições.
Em algumas situações, pode ser um estilo útil, principalmente quando a equipe é formada por
profissionais mais inexperientes ou possuir integrantes pouco proativos.
Entretanto, se levado ao extremo, pode ser prejudicial à equipe.
Esse modelo de gestor costuma dar muito mais importância aos resultados da empresa,
desconsiderando as necessidades dos colaboradores.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Paternalista
Apesar desse estilo de gestão também ser regido de cima para baixo, o gestor aqui se
preocupa mais com os funcionários do que necessariamente os resultados e os lucros. Para
esse gestor, a opinião e os sentimentos dos colaboradores são importantes, por isso a sua
liderança é baseada em direitos e responsabilidades. Existe apenas o perigo de ser
paternalista e protetor demais, de modo que o profissionalismo chegue a ser deixado de lado.
A lucratividade também é importante para o negócio e não deve ser deixada de lado!
Democrático
O estilo democrático de gestão é mais aberto e flexível. Nele, o gestor permite que os
empregados expressem suas ideias e sugestões onde a participação de todos os integrantes
da equipe é encorajada.
Os colaboradores podem tomar parte no processo de decisão, expressando suas ideias e
contribuindo com sugestões. Entretanto, o gestor deve conseguir avaliar o grau de maturidade
da equipe para determinar a participação dos colaboradores.
A grande vantagem deste estilo de gestão empresarial é o desenvolvimento de
uma comunicação interna mais efetiva e empática por parte do líder, produzindo um senso de
pertencimento e motivação na equipe.
Coaching e Desenvolvimento
Este é um estilo de gestão por coaching focado no desenvolvimento de pessoas , onde o
gestor com a sua experiência e capacidade de aprendizagem assume a responsabilidade
para motivar e capacitar os funcionários de sua equipe, através de diversos treinamentos e
ferramentas, como o coaching e mentoring, por exemplo, o gestor procura identificar as
habilidades individuais dos colaboradores, investindo no seu aprimoramento. Esse é um estilo
que tem se popularizado bastante na atualidade, pois o líder assume o papel de treinador que
move, motiva e capacita os profissionais para que eles cresçam na carreira. Cumpre ressaltar
que esse estilo de gerenciamento é saudável tanto para o desenvolvimento individual do
colaborador, como também para o sucesso da equipe. No entanto, adotar esse modelo de
gestão requer certa habilidade do líder para identificar e valorizar talentos.
Costuma ser um dos modelos de gestão que mais contribuem para o índice de satisfação dos
funcionários, pois, estes, ao perceberem a preocupação do gestor no seu crescimento,
retribuem com maior engajamento e produtividade nos projetos da empresa.
Meritocrático
O estilo de gestão meritocrática tem como principais características a valorização das
pessoas, de acordo com seu potencial, empenho e resultados.
A meritocracia nas empresas é baseada em merecimento, portanto, os colaboradores serão
reconhecidos pelo seu desempenho e contribuição nos projetos da empresa.
O gestor adepto deste estilo costuma possuir um perfil mais organizado, com capacidade de
estipular metas eficientes e delegar as respectivas atribuições levando em consideração as
habilidades dos seus colaboradores.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Processos
O gestor que adota uma abordagem focada em processos costuma ter o perfil detalhista,
quase perfeccionista, preocupando-se com os procedimentos e métodos desenvolvidos na
execução das atividades organizacionais.
É necessário possuir profundo conhecimento dos processos internos realizados na empresa,
bem como das tarefas desenvolvidas por cada colaborador.
Somente assim, conseguirá executar sua política de melhoria contínua, acarretando, no
médio e longo prazos, impactos positivos nos resultados, tornando a empresa mais eficiente e
produtiva.
Saiba mais: O que é gestão por processos, um diferencial competitivo sustentável que toda
empresa deve construir
Existem outros formas de definir estilos de gestão, confira este infográfico que mostra as
características dos líderes analíticos, pragmáticos, diplomáticos e expressivos:
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
profissionais uma postura mais flexível, além de excelente capacidade para resolução de
problemas. Sendo assim, pode-se dizer que ―ser empreendedor é ter a ousadia de colocar
suas ideias em práticas‖.
Gestão de pessoas e negócios
Esta aptidão vai além de delegar funções, supervisionar tarefas e acompanhar resultados. A
gestão de pessoas e negócios é uma habilidade que exige um olhar estratégico diante do
público interno e externo.
Fazer a gestão requer, acima de tudo, senso de liderança. Isso exige uma combinação de
outras habilidades para dar certo.
Inteligência emocional e empatia, entre outras características, são fundamentais para manter
um relacionamento saudável com seus colaboradores.
Persuasão
A persuasão, ao contrário do que muitas pessoas interpretam, não é a imposição de ideias. É
e a exposição clara e lógica de informações.
É uma capacidade importante tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. Saber
argumentar ajuda durante entrevistas de emprego, a fim de que os candidatos consigam
explorar melhor suas competências.
Também auxilia na apresentação de ideias, projetos ou mesmo em pedidos de aumento
salarial. Mas ela consegue ser ainda mais ampla. É uma habilidade que facilita a
comunicação com colegas, clientes e gestores.
O primeiro passo para desenvolver essa habilidade é o autoconhecimento. Quando o
profissional se conhece, é capaz de identificar características, defeitos, prazeres e insatisfações.
Nesta avaliação, as pessoas averiguam suas definições individuais de sucesso. Se para uns a
felicidade está em altas remunerações, para outros pode ser a flexibilidade na carga horária de
trabalho.
Por serem habilidades de fácil mensuração e verificação, essas informações podem ser
comumente encontradas nos currículos de qualquer candidato a uma vaga. Isso porque, as hard
skills compõem os conhecimentos necessários para a realização do trabalho. Sendo que, as
próprias descrições das vagas listam as hard skills buscadas pelas empresas.
Anteriormente, o conhecimento técnico era fator imprescindível para a contratação de um
colaborador. Entretanto, com a rápida evolução dos conhecimentos e equipamentos, as soft
skills passaram a exercer grande influência nos resultados dos processos de contratação.
Isso ocorre porque o perfil dos colaboradores buscados pelas empresas mudou. Hoje,
profissionais que consigam atuar em ambientes sob constante pressão ou que precisem
trabalhar em ambientes colaborativos são mais interessantes para as empresas do que aqueles
que contam apenas com o conhecimento técnico.
Enquanto as hard skills são fáceis de serem mensuradas e avaliadas, as soft skills são mais
complicadas de serem reconhecidas e quantificadas. Isso porque, elas estão ligadas às
habilidades socio-comportamentais. Ou seja, as aptidões mentais e capacidade de lidar com
diferentes emoções. Portanto, podem ser definidas como as habilidades que podem são
aprendidas por cada pessoa e são facilmente quantificadas, são tangíveis.
Foi identificado que 63% dos Gestores são Sofy Skills e 37% Hard Skills.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
4.1.1. SSMAC
Em inglês, SSMAC refere-se à Health, Safety and Environment ou HSE, que em português
significa Segurança, Saúde e Meio Ambiente. Tais palavras são responsáveis por
representar as políticas existentes dentro de empresas e instituições, ou seja, o SSMA tem
como finalidade organizar e garantir que as normas prescritas pela lei sejam cumpridas.
Segue algumas políticas sustentadas pelo SSMAC:
Fatalidades;
Acidentes de grandes proporções;
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Vidas alteradas;
Legislação;
Cultura;
Custo.
Há pouco tempo vem sendo incluído o ―C” referente à COMUNIDADES nesta sigla, pois foi
visualizado o impacto das ações ao entorno das operações e também a possibilidade de
impacto global em mais de um povo, que trata-se de uma ação inegociável.
p) Solicitar Aditivos Contratuais (TAC) seja por prazo, valor ou escopo (é o detalhamento
dos trabalhos que serão realizados para entregar o produto ou serviço contratado);
q) Analisar, tratar e aprovar as solicitações de subcontratações pela Contratada;
r) Garantir a aderência da Contratada ao Código de Ética da empresa contratante, bem
como às normas de Saúde, Segurança Ocupacional, Meio Ambiente e Comunidades da
empresa;
s) Identificar, junto ao Operador/Fiscal do Contrato, as não conformidades e tomar as
providências contratuais, inclusive, se for o caso, aplicar penalidades previstas em
contrato sob ciência do Dono do Contrato;
t) Elaborar e aplicar notificações e multas à Contratada, em caso de descumprimento de
obrigações contratuais, após a ciência do Operador/Fiscal do Contrato e do Dono do
Contrato;
u) Acompanhar em conjunto com o Operador/Fiscal do Contrato a desmobilização da
contratada;
v) Executar tempestivamente o processo de encerramento do contratual;
w) Solicitar ao Administrador o registro de todas as ocorrências do contrato que poderão ser
utilizadas em melhorias do processo, para serem divulgadas para o Dono do Contrato;
x) Cumprir todas as regras estabelecidas nos processos de SSMAC (Saúde, Segurança,
Meio Ambiente e Comunidades);
y) Analisar, planejar e administrar o contrato;
z) Ler o contrato para Conhecer as cláusulas, regras, anexos, condições e aplicações das
mesmas, para que tenha um entendimento completo de seu conteúdo;
aa) Propiciar uma comunicação efetiva com as equipes;
bb) Gerenciar riscos (SSMA, Financeiros, Políticos, etc.);
cc) Cumprir a legislação vigente e normas aplicáveis;
dd) Coordenar medições (aprovações e liberações);
ee) Garantir o Compliance e a Segurança da Organização;
ff) Gerenciar expectativas e mapear oportunidades;
gg) Fazer o Punch List das principais informações.
4.2.1. Compliance
No âmbito institucional e corporativo, Compliance é o conjunto de disciplinas a fim de cumprir
e se fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes
estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como
evitar, detectar e tratar quaisquer desvios ou inconformidades que possam ocorrer.
O termo Compliance tem origem no verbo em inglês to comply, que significa agir de acordo
com uma regra, uma instrução interna, um comando ou um pedido.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
4.4. Administrador
É o responsável pela administração dos documentos referentes ao contrato, análise da
viabilidade técnica e econômica e controle do cumprimento de custos, prazos e qualidade dos
produtos ou serviços envolvidos. Acompanha os indicadores de performance físico-financeira
do contrato. Segue suas principais atribuições:
a) Emitir a RC solicitada pelo Gestor do Contrato;
b) Conhecer o contrato como um todo (2 visões);
c) Acompanhar a execução do contrato;
d) Administrar documentações, riscos e aplicação de controles do contrato;
e) Mapear os fluxos de validação de documentos;
f) Registrar todas as ocorrências do contrato que poderão ser utilizadas em melhorias do
processo, para o Gestor de Contrato divulgá-las para o Dono do Contrato;
g) Suportar as auditorias;
h) Prezar pela qualidade, acuracidade e arquivamento da documentação, mas não limitado ao
contrato e seus anexos e aditivos, notificações, atas de reunião e documentos entregues
pela contratada, pertinente a cada contrato.
4.5. Preposto
É quem, por nomeação, delegação ou incumbência recebida da Contratada, irá representá-la
junto a empresa Contratante. Ele exerce um papel importante substituindo a Contratada em
todos os processos relacionados ao contrato, portanto, deve ter conhecimento dos fatos que são
discutidos no contrato, atuando como se fosse a própria Contratada.
a) Conhecer o contrato como um todo (2 visões);
b) Acompanhar a execução do contrato e participar de reuniões;
c) Garantir uma boa comunicação entre as partes;
d) Cuidar dos registros de eventos e reportar desvios;
e) Verificar e disponibilizar documentações, riscos e aplicação de controles;
f) Gerenciar riscos (SSMA, Financeiros, Políticos, etc.);
g) Cumprir a legislação vigente e normas aplicáveis;
h) Coordenar medições (aprovações e liberações);
i) Gerenciar expectativas e mapear oportunidades;
j) Apresentar projeto de melhorias no contrato.
O profissional nomeado detém a Responsabilidade Civil, que é toda ação ou omissão que gera
violação de uma norma jurídica legal e contratual. Assim, nasce uma obrigação de reparar o ato
danoso. A responsabilidade civil é um dever jurídico sucessivo que se originou da violação de
dever jurídico originário.
A Responsabilidade Objetiva é a responsabilidade advinda da prática de um ilícito ou de uma
violação ao direito de outra pessoa, mas que para ser provada e questionada, independe da
aferição de culpa ou dolo. É exatamente o contrário da Responsabilidade Subjetiva.
Em pesquisa recente, verificou-se que apenas 29% das empresas tinham ciência das suas
Responsabilidades Penal e Civil, sendo que 71% desconheciam.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
1. PLANEJAMENTO
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
de suprimentos da empresa. Esta área faz a coleta de preços e finaliza a contratação de uma
determinada empresa.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
2. CONTRATAÇÃO
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Contrato e outras partes envolvidas são responsáveis pelo esclarecimento das dúvidas técnicas.
A visita técnica será acompanhada pela área de Suprimentos, que é o responsável pelo
processo de contratação. A área de operação do contrato é responsável pela organização da
visita técnica, incluindo os custos da visita e transporte dos visitantes, se aplicável.
As propostas Técnicas e Comerciais deverão ser recebidas via Portal E-Fornecedores e após a
área de Suprimentos esgotar todas as possibilidades do Vendor List e mesmo assim receber
menos de 3 (três) propostas técnicas e comerciais, deve ser submetido para aprovação do
Gestor da área de Suprimentos a continuidade com menos de três propostas, quando aplicável.
Para os processos que não envolvam uma nova contratação (Aditivo, Reajuste, Pleito
Contratual, Repactuação, TEC e Rescisão), as propostas serão recebidas via e-mail pela área
de Suprimentos, quando aplicável.
As Propostas Técnicas enviadas pelos preponentes deve ser avaliada pela área técnica, a fim
de assegurar que nenhuma informação comercial seja encaminhada para o Requisitante na
proposta técnica. O Gestor do Contrato, pessoa responsável ou indicada pela condução do
processo nesta esfera deve realizar a análise da proposta técnica e proceder o seu Parecer
Técnico conclusivo. Em caso de dúvidas na apresentação das propostas técnicas o
Operador/Fiscal do Contrato poderá solicitar à áreas de Suprimentos esclarecimentos adicionais
junto aos proponentes, e caso necessário, realizar reunião para esclarecimento. Após o Parecer
Técnico conclusivo, as propostas comerciais serão equalizadas pela área de Suprimentos,
permitindo decidir com quais proponentes a empresa ira negociar.
Geralmente é acordado um prazo médio para avaliação e retorno da mesma para a área de
Suprimentos mediante pontuação de itens em associação ao contrato, pois a não formalização
do declínio de um fornecedor ate a data limite de apresentação das propostas será considerada
como não manifesto, ou não interesse, sendo este fornecedor desconsiderado do processo.
Segue os principais pilares da Proposta Técnica:
Aceitação do Escopo;
Apresentação da Empresa ou CNAE;
SSMA;
Atestado de Capacidade Técnica;
Certificação e Inovação;
Diferenciais.
A Aceitação do Escopo e a Apresentação da Empresa ou CNAE visa verificar a
concordância com a especificação técnica, a declaração de entendimento da proposta, a visão
2D do fornecedor, a associação de perspectivas e a venda de potencial.
A Certificação e Inovação, e Diferenciais tem como seus principais pontos a sustentabilidade,
a qualidade, os processos, as pessoas e a cultura.
A Proposta Comercial é uma avaliação exclusiva e vedada à área de Suprimentos, salve os
casos específicos e assinatura de termo de confidencialidade e aberta à participação da área
técnica. Ela pode ser negociada em vários rounds, por tomada de preços, em formato de leilão,
por análise de viabilidade, entre outros. Somente poderão ser abertas as propostas comerciais
dos preponentes que foram qualificados tecnicamente, ou seja, após enceramento do
alinhamento técnico e financeiramente.
A abertura de propostas comerciais previamente ao parecer técnico poderá ocorrer desde que
autorizado pelo Gestor de Contrato e Serviços, quando aplicável.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
52
GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Subclasses: total de 1.318 e correspondem aos dois últimos números do CNAE após o dígito
verificador.
Exemplo:
7020-4/00 — CNAE para empresa de consultoria administrativa;
6911-7/01 — CNAE para empresa de consultoria jurídica;
5611-2/02 — CNAE para bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas;
5611-2/05 — CNAE para bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas,
com entretenimento.
Uma única empresa pode ter mais de uma CNAE, ou seja, é possível definir a atividade primária
e outras atividades secundárias, desde que tenham naturezas relacionadas.
Para os empreendedores, a escolha da CNAE adequada garante a definição certa de quais
impostos devem ser pagos, bem como o enquadramento tributário correto, assim como o
sindical e a possibilidade de desoneração da folha de pagamento.
No entanto, a escolha de um código de CNAE divergente, com a intenção de pagar menos
impostos, pode levar a sérios transtornos para a empresa.
Você pode ter vários CNAEs atrelados ao seu CNPJ, mas apenas um será o principal e é por ele
que você emitirá a maioria de suas notas. Os demais serão os secundários e servirão de apoio
para as suas atividades, caso preste serviços diferentes ocasionalmente.
Cada CNAE é pertencente a um Anexo e cada Anexo possui uma tributação diferente. Ou seja,
você pode ter mais de um CNAE, portanto, para cada CNAE utilizado, pode ter uma alíquota de
imposto diferente.
No momento em que você emite nota fiscal, você deverá selecionar qual o CNAE e Item de
Serviço correspondente, de acordo com a atividade que a sua empresa executou naquele
serviço ou naquela venda.
Além disso, as empresas com atividades de comércio e alguns serviços em específicos,
possuem Inscrição Estadual, um número que representa o registro formal de seu negócio no
cadastro do ICMS.
O surgimento do CNAE foi oficializado nas Resoluções do IBGE/CONCLA do dia 4 de setembro
de 2006 (nº 01) e do dia 6 de dezembro de 2006 (nº 02), a CNAE é resultado de um trabalho
conjunto das esferas fiscalizadoras federais, estaduais e municipais.
Tecnicamente direcionada pelo IBGE, (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a
coordenação da CNAE fica a cargo da Secretaria da Receita Federal.
O objetivo do governo com a criação dessa classificação é reduzir as fraudes nos pagamentos
de impostos, levando a melhorias na gestão tributária.
Além disso, o CNAE também ajuda os órgãos públicos a tomarem soluções mais pontuais sobre
melhorias na legislação tributária.
Mas saber o que é CNAE envolve entender também o objetivo da obtenção desse código, ou
seja, para que ele serve e por que é tão importante escolher o certo na hora de abrir empresa.
Somente com a indicação de uma CNAE na Ficha Cadastral de Pessoa Jurídica (FCPJ) junto à
Receita Federal é possível obter o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica).
Um dos objetivos da CNAE é melhorar a fiscalização do governo, por meio da padronização dos
códigos de atividades econômicas exercidas no país.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Assim, as regras para fazer parte do Simples Nacional no que diz respeito ao rendimento e
enquadramento tributário são:
Faturamento anual de até R$ 360 mil para Microempresas (ME);
Faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões para Empresas de Pequeno Porte
(EPP).
Ter natureza jurídica de Sociedade Empresarial (LTDA), Sociedade Simples (SS), Sociedade
Limitada Unipessoal (SLU), Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) ou
Empresário Individual (EI);
Serem formadas apenas por pessoas físicas, ou seja, não possuem outra empresa em seu
quadro societário;
Não ter o CNPJ como participante de outro capital social de pessoa jurídica;
As somas do faturamento das empresas dos sócios que possuem outros CNPJs não
ultrapassam R$ 4,8 milhões ao ano;
Não ser uma Sociedade por Ações (S/A);
Não terem sócios residentes no exterior;
Não serem cooperativas, a não ser de consumo;
Não serem filiais, sucursais, agências ou representações de outra empresa que tenha sede
no exterior;
Não terem débitos junto à Previdência Social ou Receita Federal, estadual e/ou municipal.
Uma das etapas da abertura de empresa pelo Simples Nacional consiste na definição da CNAE.
Isso é fundamental, pois é por meio desse código que serão definidos quais impostos sua
empresa deve pagar. Por isso, para saber se uma CNAE se enquadra, ou não, no Simples
Nacional é preciso, primeiro, identificar a classificação do negócio.
Feito isso, basta acessar o site da Receita Federal e consultar a Resolução do Comitê Gestor do
Simples Nacional (CGSN). Mas antes de fazer a consulta do CNAE no Simples Nacional, você
precisa definir qual a Classificação Nacional de Atividades Econômicas da sua empresa.
3. MOBILIZAÇÃO
A Reunião de Kickoff deverá ser feita após o Handover do Contrato para o Gestor do Contrato,
por meio de reunião com a participação do Gestor do Contrato, Operador/Fiscal do contrato,
representantes das áreas de Segurança e Meio Ambiente e das Contratadas. O Gestor do
Contrato é o responsável por agendar a Reunião de Kickoff, determinar a pauta a ser discutida,
garantir que as ações principais sejam efetuadas e registrar essa reunião em ata. A Reunião de
Kickoff tem como principais objetivos:
a) Apresentação do Escopo do Serviço e obrigações mapeadas;
b) Tratar os aspectos relativos à Segurança e Meio Ambiente;
c) Validação do cronograma de execução, conforme premissas contratuais;
d) Solicitar à empresa Contratada o envio das garantias contratuais, quando aplicável, e
apólices de seguros;
e) Demais assuntos importantes para a execução do contrato;
Sempre que previsto no contrato, a Ordem de Serviço (OS) deverá ser emitida pelo Gestor do
Contrato, sendo que a OS permitirá o início da Mobilização e será o marco de início da
contagem do prazo de execução do contrato. O Gestor do Contrato poderá formalizar a emissão
da OS na Reunião de Kickoff.
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Essa prática é extremamente necessária para o gestor do contrato que deseja ter a admiração e
a dedicação da sua equipe. É uma atitude de liderança que serve para valorizar o conhecimento
e o trabalho dos profissionais que vão fazer parte da execução do contrato.
Assim, a tendência é que os resultados se tornem mais fáceis de serem alcançados, reduzindo
erros e aumentando a precisão.
a reunião de kick off também pode ser o momento ideal para apresentar os profissionais que
fazem parte da sua equipe e, assim, mostrar a qualificação dos integrantes da sua equipe.
Dessa forma a cliente também ganha mais confiança no trabalho que vai ser executado,
mostrando a capacidade da sua empresa de realizar as tarefas necessárias. Um desafio ao
fazer a gestão de uma equipe é garantir que os componentes estejam engajados e motivados,
com um alto nível de produtividade, por exemplo.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
4. EXECUÇÃO
O Gestor do Contrato deve manter o controle sobre as atividades e informações pertinentes aos
contratos, através de registros em planilha ou banco de dados desenvolvidos para esta
finalidade.
As áreas de Saúde e Segurança Ocupacional (SSO) e de Meio Ambiente (MA) devem suportar o
Gestor do Contrato e o Operador/Fiscal do Contrato no efetivo cumprimento das normas,
procedimentos e requisitos de SSO/MA, através de inspeções e auditorias periódicas, conforme
normas da empresa contratante. Ao Gestor do Contrato, cabe o conhecimento de dados
estatísticos de acidentes e do cumprimento das normas ambientais e, para isso, sua
participação nas reuniões programadas de SSO/MA é requerida. Em caso de ocorrência de
eventos significativos ou irregularidades nas inspeções/auditorias, o Gestor do Contrato deve
tomar as devidas ações conforme normas da empresa contratante. As áreas de SSO e de MA
são responsáveis por emitir o relatório mensal de ocorrências registradas no período.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Solicitação de pleitos;
Cláusula e
Reajuste de preço.
O número de ocorrência e o percentual dos motivos dos TAC’s também foram identificados,
conforme podem ser verificados na tabela 01.
Tabela 1 – Número de Ocorrência e Percentual dos Motivos dos Termos Aditivos de Contratos
NÚMERO DE
MOTIVO PERCENTUAL
OCORRÊNCIAS
Prazo 23 37,1%
Quantidade 19 30,65%
Cláusula 9 14,25%
Reajuste 8 12,90%
Pleito 2 3,23%
Escopo 1 1,61%
TOTAL 62 100%
Na tabela 1, verifica-se que o número de ocorrências dos motivos da elaboração dos TAC’s
soma 62. Desses, 23, isto é, 37,10% são devido ao prazo para concluir as atividades do
projeto. A quantidade, que se refere ao volume de material e/ou serviço, também se destaca,
pois atingiu um percentual de 30,65%, ou seja, 19 contratos.
Assim, por meio deste estudo, esta pesquisa identificou que os principais motivos da
elaboração dos TAC’s são prazo e quantidade. São responsáveis por 67,65% dos termos
aditivos contratuais nos projetos de capital.
4.6. Take-Off
Trata-se de uma documentação base dentro de uma obra, mas que é essencial para a
realização dos avanços semanais, e mensais do seu projeto. Existem várias outras opções de
entrega, de documentos e relatórios, bem como softwares, sistemas, com padrões inovadores e
diferenciados no mercado, mas não tenha dúvida de que realizando semanalmente esta
documentação, você terá uma grande base de apoio e gestão para direcionar as atividades a
serem realizadas no seu projeto.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
implicações financeiras, ou seja, o seu sentido é levantar ou estimar o que ainda falta para
completar a obra. Isso pode ser feito por meio de checklist e levantamentos, o trabalho final vai
gerar uma punshlist, ou lista daquilo que falta entregar, ou em uma tradução literal: lista de
pendências.
4.8. Cross-Check
O termo Cross-check é amplamente utilizado na aviação e trata-se de uma medida de
segurança, aparentemente simples, e que influencia diretamente em qualquer desvio que possa
vir a ocorrer com a aeronave (em um pouso de emergência, por exemplo), é um item obrigatório
e cumprido rigorosamente. Já o checklist pode ser definido como uma lista de verificação para
identificar possíveis desvios, uma avaliação ponto a ponto de itens previamente selecionados.
Para que a gestão de um contrato seja realizada com sucesso é imprescindível que o gestor e
sua equipe identifiquem a proporção do que foi acordado, além de conhecer as cláusulas
minuciosamente, afinal estas delimitam até onde pode-se agir. Fazer o acompanhamento
periódico dos itens é fundamental e em muitos casos utiliza-se uma tabela, quase um resumo,
dos principais pontos a serem gerenciados e inspecionados. Portanto os simples documentos e
até relatórios dinâmicos auxiliavam bastante a fiscalização do contrato.
Os itens mais utilizados para acompanhamento são:
Período de pagamentos;
Acompanhamento do quantitativo de serviços realizados (estimado x concluído);
Qualidade do produto e da embalagem;
Datas de vencimentos de mercadorias;
Análise sobre limpeza (qualidade, tempo e performance);
Controle de reuniões e alinhamentos;
Entre outros.
Uma infinidade de itens podem ser colocados para conferência e a periodicidade ajustada
também, pois várias empresas do ramo automotivo, mineração, redes supermercadistas e
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
muitos outros, já possuem seu próprio modelo de documento de verificação para diferentes
atividades.
Lembrando que além de ferramentas que auxiliam o gerenciamento é necessário que exista
conhecimento envolvido e nível de competência das equipes. Em muitos casos contratos mal
elaborados, seja por falhas técnicas ou ausência de intimidade com o serviço/material, ocasiona
em perdas que facilmente serão apontadas em um simples check-list. E também podemos
utilizar o cross-check em itens de segurança, uma adaptação observável foi em um sistema de
climatização hospitalar, onde semanalmente verificava-se os componentes e membros da
equipe testavam a performance do equipamento, envolver a parte intelectual para conhecer a
operação também é um ponto a ser observado e que gera boa interação e resultados.
Quanto mais significativo for o engajamento com os itens negociados maiores serão as chances
de acerto e consequentemente maior sucesso terá, pois vale a pena investir em tempo e
planejamento. Desenvolva novos potenciais para o seu negócio.
4.12. Subcontratações
A palavra subcontratação, também chamada de terceirização vem do inglês outsourcing. O
conceito do termo remete e acontece quando uma empresa é contratada para executar
determinado serviço, porém esta não detém o conhecimento técnico para a realização de todo
as etapas do processo. Então, ela usa os serviços de um terceiro, ou seja, faz uma
subcontratação. Desse modo, a empresa se concentra no que sabe fazer de melhor, conta com
a ajuda remunerada de um fornecedor e consegue entregar um produto/serviço de qualidade
para o consumidor ou contratante.
Esta modalidade de subcontratação ocorre geralmente no caso em que é necessário recorrer à
mão de obra especializada em algum tema, então, o mais usual é que contrate somente
pessoal, pois os recursos (instalações, hardware, software) serão fornecidos pelo cliente, ou de
outra forma, além de contratar pessoal também se contratam recursos. Por exemplo, uma
empresa que se dedica a realização de demolições, pode contratar uma empresa que se
encarrega unicamente da coleta dos resíduos que produz uma demolição.
De alguma maneira, a subcontratação ou terceirização se baseia na melhoria de um
determinado serviço, para que o mesmo em um nível internacional ou interno possa ser
altamente competitivo.
Para que você entenda melhor o que é subcontratação e os benefícios dessa estratégia, confira
abaixo quais são as suas principais vantagens:
1. Garantia de qualidade: a escolha da atividade se baseia na melhoria de determinado
serviço ou produto. Ao contratar uma companhia que saiba realizar melhor uma atividade, a
empresa contratante é capaz de oferecer algo de boa qualidade e um bom atendimento ao
cliente.
2. Gestão do tempo e qualidade: com pessoas especializadas realizando determinados
serviços, os funcionários da organização podem trabalhar somente em atividades que lhes
competem.
3. Redução planejada dos custos operacionais: imagem que a corporação aceita realizar
um trabalho mesmo sem ter a propriedade intelectual para completar todas as tarefas. Pior
do que isso, ela não faz questão de contratar um fornecedor ou profissional que sabe fazer
as atividades que não fazem parte do core business. É provável que os envolvidos tenham
que aprender de forma acelerada a como lidar com as partes que não têm conhecimento.
Esse processo pode ser bem sucedido ou não. Caso não seja, pode ocasionar em horas
extras e desgaste para os colaboradores, pois há acúmulo de tarefa e função, além de
pressão na curva de aprendizagem. Ainda há a possibilidade de a entrega final não ser
ideal, ocasionando na temida reprovação. A subcontratação evita o desgaste interno da
empresa e ainda diminui muito a chance do feedback negativo, pois todos os envolvidos
estão fazendo o que sabem, aumentando a produtividade e o nível de qualidade.
4. Possível inserção da contratante em novos mercados ou crescimento sem grandes
investimentos: uma entrega de qualidade pode fazer com que a organização passe a atuar
em um meio que não tem conhecimento, mas que consegue executar, pois conta com mão
de obra especializada de terceiros. Além disso, os prestadores de serviços subcontratados
dispõem de inovações na área, o que acarreta em resultados com maior impacto positivo.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
4.13. Medição
Após início de vigência de um contrato, este estará apto a movimentar os materiais e/ou serviços
negociados pelo contrato. O processo de execução do contrato no ambiente de Gestão de
Contratos recebe o nome de Medição justamente pelo fato de ter o objetivo de apurar a
realização do contrato. Assim, podemos resumir a medição como um processo de verificação e
fiscalização da realização de um serviço ou recebimento/entrega de um material. O resultado
final do processo de medição é a geração de um pedido de compra ou venda, conforme espécie
do contrato.
Com a geração dos pedidos, formaliza-se a execução de parte do contrato. É neste momento
que os saldos dos contratos serão atualizados com as quantidades já medidas. Tendo os
pedidos emitidos e fornecedores ou clientes comunicados, processa-se o recebimento ou
entrega efetiva dos materiais/serviços através da emissão de documentos de entrada ou saída,
mais uma vez atualizando os saldos do contrato com as quantidades recebidas.
A medição de um contrato deve ser realizada de acordo com os preços, prazos e os critérios
estipulados em contrato. A Contratada deve elaborar o Boletim de Medição (BM) do escopo
efetivamente executado e as evidências comprobatórias com a respectiva memória de cálculo e
enviar para aprovação do Operador do Contrato. Em seguida, o Gestor do Contrato deve validar,
à luz do contrato, a documentação da medição e emitir a Folha de Registro de Serviços (FRS)
no sistema, para a aprovação pelo Operador do Contrato com as respectivas alçadas.
Notas:
1. Identificadas inconsistências ou divergências entre os valores medidos, o Gestor do
Contrato deve formalizar o não pagamento do valor controverso e solicitar o BM revisado
para fins de liberação do pagamento. Os valores controversos devem ser discutidos com
a Contratada e nos casos devidamente justificados, reapresentados em BM
complementar ou na medição seguinte. As evidências referentes a esta negociação
devem ser registradas formalmente e arquivadas pelo Gestor do Contrato.
2. Durante o processo de aprovação da medição até a data de pagamento, o Gestor do
Contrato verifica a documentação entregue e, caso existam pendências, deverá avaliar se
estas são impeditivas para pagamento integral da medição. O Gestor do Contrato deverá,
salvo se houver disposição diversa no contrato, notificar a Contratada e, se for o caso,
informar a suspensão total ou parcial do pagamento, registrando formalmente o motivo da
não liberação e solicitando a entrega da documentação pendente.
Após a aprovação da medição, o Gestor do Contrato autoriza a Contratada a emitir a Nota
Fiscal (NF) para a empresa contratante. A NF deve ser enviada pelo fornecedor para a área
Fiscal da empresa contratante, que fará o seu registro no sistema. A NF deve ser enviada na
data do mês corrente definida pela empresa contratante, pois após esta data, a NF só poderá
ser emitida no mês seguinte. Casos excepcionais deverão ser tratados pelo Gestor de
Contrato com a s áreas de interface. Após o registro da NF, a Contratada deverá consultar a
programação de pagamentos no sistema, quando aplicável.
Na avaliação do Acordo de Nível de Serviço/Service Level Agreement (SLA), caso seja
aplicada alguma penalidade à Contratada, o Gestor do Contrato deverá emitir Nota de
Débito, que será compensada no valor a ser pago à Contratada. A área Financeira da
empresa contratante é a responsável pelo pagamento da NF de serviço/material, com as
respectivas compensações.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Linha de
Características Exemplos
Serviço
As folhas de registro de serviços são acumuladas segundo pedidos de compra da mesma forma
que os avisos de entrega. As folhas de registro de serviços para linhas de serviços não
planejadas são acumuladas somente segundo o subtotal da linha não planejada e não segundo
o preço unitário ou a quantidade.
Determinar se uma linha de serviço é planejada ou não planejada ajuda você, a saber, que
informações podem fornecer ao cliente na folha de registro de serviços.
Utiliza-se das seguintes diretrizes para determinar se uma linha de serviço é planejada ou não
planejada:
1. FRS para pedidos de compra com tolerâncias, valor esperado e limite geral
Os clientes podem passar as tolerâncias de quantidade e de preço para itens de linha
planejados e os valores Valor esperado e Limite geral para itens de linha não planejados. Você
pode exibir o Valor Esperado para itens não planejados no pedido de compra, mas não no Limite
geral. Se você tentar enviar uma folha de registro de serviços que inclui itens de linha planejados
que excedem as tolerâncias de quantidade ou de preço definidas do cliente ou itens de linha não
planejados que excedem o Limite geral, você receberá um erro que impede que você envie a
folha de registro de serviços.
2. Serviço simplificado e serviço limite
As ordens de serviço também podem incluir os tipos de serviço Serviço simplificado e Serviço
limite. Os serviços simplificados simplificam o processo de aquisição de serviços. Eles podem
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ser itens de Serviço simplificado para serviços simplificados planejados ou itens de Serviço
limite para serviços simplificados não planejados.
Os serviços simplificados planejados concentram-se em aprimorar a experiência do cliente ao
otimizar o uso de recursos existentes. Os itens de limite para serviços simplificados não
planejados, também conhecidos como serviços limite, são usados para adquirir serviços de
baixo valor não planejados que custam até um limite de gastos predefinido. Tanto o serviço
simplificado como o serviço limite reduzem o tempo e o esforço envolvidos na aquisição de itens
de baixo valor e reduzem os passos envolvidos, como o pedido, o recebimento, o
processamento de faturas, etc.
Os serviços limite podem ser comprados como serviços simplificados planejados. O comprador
não precisa especificar todos os detalhes no momento da compra. O serviço comprado é
executado até que o limite de gastos predefinido especificado pelo comprador como o valor para
o campo Valor esperado para gasto não planejado seja atingido. A seção Outras
informações em Itens de linha em um pedido de compra exibe o campo Valor esperado para
gasto não planejado que é o limite predefinido, definido pelo comprador, para o item de serviço
limite.
Ao criar uma FRS ou uma fatura de um pedido de compra com itens de Serviço
simplificado ou Serviço limite, todos os itens de linha são gerados em conjunto. Essa ação é
diferente de um pedido de compra com vários itens de linha de Serviço, em que uma folha de
registro de serviços ou uma fatura padrão pode ser criada para somente um item de linha no
pedido de compra. O fornecedor pode criar uma única folha de registro de serviços ou uma
fatura para todos os itens de linha de Serviço simplificado ou Serviço limite. O fornecedor pode
optar por excluir um ou mais itens de linha de Serviço simplificado ou Serviço limite,
desmarcando o botão de opção Incluir em relação a cada item de linha. Por padrão, todos os
itens de linha de Serviço simplificado e Serviço limite estão incluídos na folha de registro de
serviços ou fatura. Não existe uma estrutura matriz-filial para itens de Serviço
simplificado e Serviço limite. Cada item de linha existe de forma independente.
foram atingidas pelo fornecedor, muitas vezes o SLA é utilizado para bonificar ou penalizar o
fornecedor, mas não necessariamente será utilizado para este fim.
O SLA é muito importante para que o fornecedor tenha conhecimento do se espera naquela
prestação de serviços e onde você deixa claro ao fornecedor o que se espera naquela
contratação e como fica claro o que se espera não é permitido alegar o desconhecimento de
como a prestação de serviços deve ser realizada.
SLA é exigido em qualquer relação contratual de serviços de Tecnologia da Informação, está
inclusive descrito na ABNT NBR ISO-IEC 20000-1, sendo necessária a revisão constante da
norma para manter o compliance e efetividade.
A transparência e a objetividade são atributos importantíssimos no relacionamento entre a
contratada e a contratante. O SLA equaliza as expectativas entre ambos e deixa claro o que
realmente está sendo oferecido em um contrato. E o que realmente poderá ser cobrado da sua
contratada.
O SLA é um instrumento para se acompanhar os contratos medindo o nível de serviço que esta
sendo entregue e consequentemente o seu fornecedor se ele esta entregando com prazo, e
qualidade e se ele é um potencial fornecedor para as suas novas contratações
Ao definir o SLA de um contrato de prestação de serviço são definidas métricas,
responsabilidades e processos para lidar com todo funcionamento das atividades como reparos,
manutenção, envios ou qual quer outro aspecto relacionado. Legalmente, isso significa que as
duas partes estão cientes e de acordo com prazos e procedimentos, de modo que caso haja a
quebra destes itens ambos os lados estão resguardados. Pelo ponto de vista do contratante, é
possível controlar se os itens estipulados estão sendo cumpridos pela empresa contratada e
com qual nível de qualidade. Para o prestador do serviço, é possível prevenir atitudes indevidas
e não previstas em contrato. Ou seja, o SLA preserva os dois lados do acordo.
Um SLA deve conter as seguintes informações:
Prazos do serviço;
Metas que são mensuráveis a respeito do desempenho do trabalho;
Formato do suporte técnico que será prestado;
Outras informações que forem importantes para as partes.
Em um SLA, é preciso especificar todas as informações que determinam o que o contratante
pode, e deve esperar do contratado e vice-versa.
O principal objetivo do SLA é garantir, em termos contratuais, a qualidade, eficiência e eficácia
dos produtos e serviços que garantam a performance e a confiabilidade.
Algumas práticas estabelecidas em contratos com SLA são:
Inclusão de multas;
Definição de escopo e processos;
Priorização de medições de processos críticos e de maior impacto para o negócio;
Definição de KPIs para controle do processo;
Definição de tempo de resposta ás solicitações normais e emergenciais;
Relatórios mensais de desempenho.
Alguns exemplos praticados de SLA:
Tempo de cumprimento de Ordem de Serviço e chamados;
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Logo, é preciso que cada um desses objetivos, e ainda se existirem outros, estejam descritos no
SLA de maneira clara e objetiva.
A linguagem do Service Level Agreement deve ser um ponto de atenção para que não haja
possibilidades de erros de interpretação. Portanto, ao elaborar a SLA, lembre-se da importância
de definir, previamente, todos os pontos que deverão ser respeitados pelas partes.
O Service Level Agreement é preponderante que tanto cliente, quanto a empresa contratada
esteja de acordo para que não haja nenhum desentendimento futuro.
Outro aspecto importante do documento é a definição de o que irá acontecer caso algum ponto
não seja cumprido.
Com o estabelecimento do SLA, não só a empresa contratante, como a própria prestadora de
serviço, pode ter diversas garantias de que o vínculo será transparente e produtivo. Por isso, o
impacto e importância do SLA na credibilidade de todo o setor.
Para o contratante, por exemplo, é possível prever multas ou, até mesmo, o cancelamento do
serviço sem que sejam cobrados adicionais no caso de descumprimento de quaisquer serviços
ou metas estabelecidas, o que pode tranquilizar o gestor com relação ao contrato firmado.
Por outro lado, a empresa prestadora de serviços também se protege contra quaisquer abusos
ou cobranças indevidas por parte da empresa contratante ou obter também premiação, quando
a contratada busca fazer o que for melhor para a empresa contratante. Isso é possível porque a
contratada trabalhará com base em um roteiro pré-estabelecido. Ainda que situações
indesejadas possam acontecer durante a prestação de serviço, não é interessante que o
relacionamento com aquele cliente fique prejudicado. Por isso, o SLA deve prezar, sempre, pelo
bom relacionamento entre as partes.
medidas devem ser úteis para medir o desempenho e identificar tendências ao longo da vida
do contrato.
Os KPIs podem se concentrar tanto no desempenho geral da empresa quanto em processos
específicos de departamentos como: contratos, vendas, marketing, atendimentos, entre
outros.
Especialistas apontam que quando projetados e usados de maneira ideal, os KPIs
desempenham um papel importante na condução de metas para obter efeitos significativos
em resultados e projetos.
Para isso, os gestores de uma empresa devem entender como reconhecer, estabelecer e
monitorar os KPIs mais mensuráveis para os elementos críticos da sua gestão.
Com relação ao gerenciamento de contratos, pode ser difícil identificar quais KPIs fazem mais
sentido monitorar, visto que os contratos variam muito de uma situação para outra.
Mas pelo fato de compreender uma grande quantidade de dados que são relevantes para a
gestão, como datas, números e outras informações – é possível estabelecer escopos
mensuráveis para avaliar o desempenho das negociações.
Vale ressaltar que para a maioria dos empresários que mantém seus negócios nos trilhos, a
métrica mais importante para uma empresa voltada para vendas será quase sempre a rapidez
com que os negócios são fechados.
Pode-se traduzir KPI como a forma de mensurar quantitativamente as medidas que foram
adotadas em uma empresa, em um determinado período de tempo.
Por outro lado, os Indicadores Chave de Desempenho (KPIs) são todas as medidas
quantificáveis que serão usadas para mensurar ou comparar o desempenho dos serviços.
Levando em conta as estratégias pré-estabelecidas e os objetivos já idealizados.
O KPI é um indicador que é materializado na forma de avaliação ou relatório, que o descreve,
portanto, os KPI’s não são um acordo e por disso, não pode criar direito ou obrigações para
nenhuma das partes envolvidas no contrato, ou seja, não tem a capacidade de estabelecer
penalidades ou soluções em casos onde o algo não foi cumprido.
Sendo assim os KPIs precisam ser mensuráveis, pois, não se pode gerenciar o que não pode
ser medido. Mas um KPI não é uma métrica. Métrica é apenas algo a ser medido, o que não
significa que esse dado será ou não essencial durante a tomada de decisão, no entanto, no
momento que essa métrica passa a ser relevante para uma tomada de ação ela pode ser
considerado um KPI.
Os KPIs mostram um cenário para você avaliar se está na direção certa para atingir seus
objetivos ou se precisa mudar de direção ou estratégia. Permite analisar o progresso e as
deficiências dos processos e por meio de uma análise, indicar as ações de correções atuais e
planejar para o futuro.
Na contratação, é importante estar ciente de que mesmo pequenos desvios de desempenho
em um contrato podem ter um grande impacto em longo do tempo. Por isso, é vital ter o
controle dos contratos ativos e processos de renovação recorrentes em sua empresa.
Dito isso, pode se afirmar que geralmente os indicadores são eficazes quando projetados por
trás de objetivos articulados. Ou seja, uma abordagem útil é criar, no mínimo, até 3 categorias
de áreas-chave de objetivos e construir KPIs dentro dessas categorias, tais como:
Categoria 1 – na execução do contrato,
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2. Eficácia do Contrato
Essas métricas de desempenho podem incluir:
O número de contratos por tipo;
Valor do contrato anualizado;
Valor restante dos contratos rescindidos;
Variação do valor do pedido;
Tendências históricas do contrato;
Indicadores de Satisfação;
Indicadores de Melhorias;
Gestão de Capital Intelectual.
3. Risco do Contrato (Compliance)
As métricas de desempenho de risco do contrato podem incluir:
Variação de cláusula padrão;
Quantidade de contratos que expiram sem datas de renovação;
Número de aprovações de assinatura ou autorizações de fornecedor impróprias;
Número de aprovações atrasadas e disputas resolvidas.
Exposições de Risco;
Auditorias;
Relatórios.
4. Contribuição:
Finanças
Benchmarking
Aqui vão sugestões genéricas de KPIs, que podem ajudar na sua medição na Gestão de
Contratos:
1 – Duração do Ciclo de Vida do Contrato
Desde a negociação inicial com o cliente até a assinatura de um contrato assinado, o número
de dias envolvidos pode variar entre setores, tipos de contrato e situações exclusivas do
cliente.
Por isso, é importante que toda empresa determine um tempo de ciclo aceitável desde o início
do contrato até a assinatura em suas diferentes divisões.
Dessa forma, os gerentes ou colaboradores responsáveis pelos contratos podem acompanhar
o cronograma e quais processos eles precisam acelerar ou eliminar.
2 – Valor Anual do Contrato
O valor anual do contrato com altas taxas de renovação é bastante útil para uma empresa, ,
visto que agrega valor a todas contratações recorrentes.
Neste contexto, também é válido comparar as taxas e as receitas de contratos anteriores com
os novos contratos. Igualmente, é importante prestar atenção de receitas perdidas em função
de contratos não-renovados.
3 – Atraso nas aprovações
Como o atraso nas aprovações pode ser oriundo de ambos os lados da tabela, é importante
saber onde estão ocorrendo os contratempos. Manter as aprovações e revisões internas em
81
GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
um mínimo de tempo é essencial para que os contratos possam se manter dentro do escopo
e do orçamento.
4 – Contratos não-renovados
Em alguns setores, pode ser aceitável que uma determinada porcentagem dos contratos
expire sem renovação. No entanto, essa porcentagem tem um limite que você precisa
estabelecer para tomar ações proativas. A porcentagem de não-renovações é bastante útil
para identificar, por exemplo, os motivos da evasão de clientes.
5 – Conformidade
Esse é um indicador que fornece informações sobre se sua organização principalmente no
que tange ao armazenamento e gerenciamento de cláusulas, termos e qualidade dos
contratos. As empresas com um processo de conformidade de contrato bem definido
alcançam até 80% de economia quando comparadas com outras do mesmo setor.
Uma maneira simples de definir os indicadores é saber qual o objetivo que se deseja alcançar
e depois definir quais informações serão necessárias para chegar lá. Um método simples de
avaliar a relevância da KPI é adotar o método SMART.
S – (Especific) - O objetivo é específico?
M – (Mensurable) – É mensurável, dá para medir?
A – ( Attainable) – É realista, pode ser alcançado?
R – (Relevant) – É relevante para o seu negócio?
T – (Time) – É possível estimar um tempo para o alcance do objetivo?
Objetivando elencar os KPIs, foi desenvolvido a Pirâmide de KPIs, conforme segue:
82
GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Sistema de Consequências
É aplicado as seguintes medidas de consequências aos fornecedores que são previstas no
Sistema da empresa, em atendimento à legislação vigente:
Sanções Administrativas: advertência, suspensão, multa administrativa e proibição de
participar de licitação e de contratar com a empresa.
Impedimento de participação em processos de contratação e assinatura de contrato:
pode ocorrer por motivo de sanções aplicadas pela empresa; sanção do Portal da
Transparência aplicava à empresa; alto Grau de Risco de Integridade (GRI); baixa do
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) na Secretaria da Receita Federal; e
bloqueios cautelares.
Inabilitação em Licitação: as avaliações de desempenho podem ser utilizadas como
exigência de habilitação dos fornecedores em processos de contratação. Fornecedores
com baixo IDF podem ser inabilitados em licitações públicas sob o argumento de qualidade
técnica insatisfatória.
Desqualificação no Cadastro: o registro cadastral do fornecedor e o status das suas
famílias de bens e serviços poderá ser objeto de revisão por motivo de Baixo Desempenho,
resultando na desqualificação técnica (cancelamento) de famílias que eventualmente pode
ser revertida. Para isso, o fornecedor deve informar as justificativas e um plano de ação na
seção de Fale Conosco do Portal da empresa, sujeito a análise.
Reconhecimento anual dos fornecedores que se destacam por sua participação relevante na
entrega de bens e serviços com geração de valor, fazendo a diferença em relação ao
desempenho em prazo, qualidade, gestão, SMS, conformidade e integridade.
Os fornecedores que se destacam são agraciados com o prêmio Melhores Fornecedores.
Eles ainda podem ser reconhecidos por sua atuação específica nas categorias Destaque SMS
e Especial de Equidade.
O objetivo do IDF é estimular o empenho da Contratada em buscar a excelência e fortalecer o
espírito de colaboração e parceria, em alinhamento com as normas e expectativas da
companhia.
A avaliação de desempenho da contratada possui duas etapas:
1. O monitoramento mensal e
2. A consolidação anual.
O Monitoramento acontece a partir do recebimento do produto ou prestação do serviço,
sendo realizada para área técnica/Gestor do Contrato e segue os critérios e periodicidade
descritos nos procedimentos específicos relativos ao recebimento de material e prestação de
serviço. O resultado deve ser evidenciado no Relatório de Monitoramento e Avaliação de
Desempenho da empresa contratante, quando aplicável.
Em caso do não atendimento aos critérios definidos em um mês deve ser tomado ações
conforme segue abaixo:
84
GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Existem algumas empresas que fazem uso de outras metodologias de avaliação do IDF,
portanto, segue os critérios que uma empresa do ramo de mineração utiliza:
Classificação: os fornecedores serão classificados de acordo com sua pontuação final da
tabela abaixo.
85
GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Indica a qualidade
dos materiais,
medida pelo índice
Conformidade = Devoluções nos Mês referente aos últimos 2 meses
de devolução das 40%
(Ct) Total de Entregas Realizadas nos últimos 2 meses
mercadorias entregue
nos depósitos da
empresa
Indica a participação
do fornecedor,
através do percentual
de participação nas
Competitividade = Total de Participações (Sistema)
cotações. O 10%
(Cm) Total de Convites (Sistema)
fornecedor ganha os
pontos de acordo
com as avaliações
respondidas
Nota Final
A nota final do fornecedor será dada pela seguinte fórmula:
0,50 x Pt + 0,40 x Ct + 0,10 x Cm
100
4.15. Feedback X e Y
Em um contrato firmado no mínimo por duas partes, deve-se prezar pelo feedback com o cliente
ou fornecedor, pois compreender as expectativas, bem como as perspectivas do cliente acerca
do contrato é positivo para a gestão. Portanto, é importante que seja realizado frequentemente,
a fim de ocorrer a correção de rumo imediato.
O feedback é caracterizado para contextualizar uma pessoa sob sua sugestão, onde geralmente
está atrelada a uma abordagem comportamental positiva ou negativa.
Existem dois fatores cruciais para que uma gestão de contratos tenha êxito. São eles: a busca
pela melhoria contínua e a capacidade de efetuar uma análise concisa e acima de tudo, crítica,
prezando sempre pela qualidade da execução do contrato.
Feedback X é realizada em duas etapas: A primeira é diretamente entre os Gestores e a
segunda entre Gestores e Fiscais por meio de reunião e formalizado com apoio da Ata (A), Ética
(E) e Indicadores (I).
Geralmente tende-se a ter um clima pouco mais ―pesado‖, caso o direcionamento não seja
levado para a tendência do desenvolvimento mútuo.
Na maioria dos casos se torna uma mesa de cobranças unilaterais e isso prejudica a fluidez das
negociações, além de impactar diretamente no clima contratual.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
4.17.1. Repactuação
O termo Repactuação de contratos traz a idéia de se fazer um ajuste no que já tinha sido
combinado anteriormente. As partes decidem modificar os direitos e obrigações que haviam
acordado entre si, em função da ocorrência de algum fato novo durante a execução de um
projeto.
Normalmente não se trata de um ajuste de pequeno porte, pois pequenas variações são
comumente absorvidas pelos contratantes. A repactuação se refere a um pacto novo que
deverá proporcionar condições para que o projeto possa ser finalizado de acordo com a
realidade atual.
A grande referência para a repactuação é o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Na
elaboração de uma proposta comercial, o preço do serviço é calculado pelo proponente com a
aplicação de uma margem de lucro considerada suficiente para a perfeita execução dos
serviços.
Na aprovação da proposta, o cliente aceita o preço proposto e, indiretamente, o equilíbrio nele
definido entre o valor das receitas e despesas previstas. Ao se modificar o escopo do
contrato, faz-se necessário fazer o reequilíbrio econômico-financeiro.
A prorrogação de contrato administrativo é um dos fatores que desequilibram
economicamente os contratos de obras públicas. E o mesmo acontece nos contratos
privados. Quando a prorrogação do prazo é de responsabilidade do contratado, ele é quem
fica com o ônus de seu mau desempenho. Caso contrário, a repactuação de contratos se faz
necessária.
No entanto, o reequilíbrio econômico e financeiro é de natureza mais ampla, incluindo as
consequências de modificações posteriores no escopo do contrato e dos elementos da Teoria
da Imprevisão, que consiste no reconhecimento de que eventos novos, imprevistos e
imprevisíveis pelas partes e a elas não imputáveis, possibilitam a revisão do preço.
A análise econômica para a repactuação de contratos na construção civil é efetuada com a
técnica da composição do BDI.
4.17.2. BDI
O termo BDI é uma abreviação de Benefícios e Despesas Indiretas – os quais se
relacionam com a porcentagem de lucros e de custos indiretos de uma obra.
Seu objetivo é reunir o custo total da construção e, dessa forma, cobrir com precisão as
despesas com os custos indiretos como a administração, os impostos, os seguros, as
incertezas e as despesas financeiras que terão durante a obra.
O BDI é calculado e acrescentado após o cálculo final de um empreendimento, visando incluir
o resto das despesas do projeto e adicionando o lucro desejado, a fim de que a empresa
consiga um orçamento realista de sua obra.
Mas, para que tudo isso saia conforme o esperado, é necessário realizar o cálculo, conforme
fórmula recomendada pelo Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos (IBEC):
BDI = { [ ( 1 + AC + CF + S + MI ) / ( 1 – T- L – G ) ] – 1 } x 100
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
termos do contrato. Já a revisão é a exceção, por isso, necessário analisar caso a caso, antes
de inserir uma cláusula de renúncia a direitos.
Isto é, a linha entre a abusividade e a legalidade de uma cláusula restritiva de direitos é muito
tênue, porque, com algum deslize das partes, a renúncia poderá ser considerada nula em âmbito
judicial, por violar questões sensíveis a que não se admite a disposição contratual. Portanto, não
se pode admitir, mesmo pelo princípio da vinculação obrigatória, que ocorra o desrespeito a
princípios constitucionais ou a direitos públicos.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Jurídica seu parecer nos casos de dúvidas contratual ou legal. Assim que qualquer pleito for
apresentado é recomendável que o Gestor do Contrato informe as áreas de Suprimentos e
Jurídica.
Nos casos de solicitações exclusivamente comerciais, após a análise preliminar do pleito, o
Gestor do Contrato deve encaminhar formalmente a avaliação para a área de Suprimentos.
Para os casos de solicitações exclusivamente técnicas, o Gestor do Contrato deve , com o
Operador/Fiscal do Contrato, propor reunião com a Contratada com o objetivo de esclarecer
dúvidas referentes aos itens apresentados e definir o cronograma da análise conclusiva. Em
paralelo, deve solicitar evidências às áreas envolvidas e consolidar documentos do contrato
que possam auxiliar na defesa dos itens.
O Operador/Fiscal do Contrato deve realizar a análise do pleito, junto com o Gestor do
Contrato e emitir o parecer técnico conclusivo. Nos pleitos técnicos, este é o momento
recomendável para a interface junto as áreas de Suprimentos e Jurídicas, buscando
alinhamento da estratégia a ser utilizada na negociação.
A área de Suprimentos é a responsável por avaliar a situação comercial a aprtir do parecer
técnico, sendo que, se houver pagamento, este deverá ser fundamentado e alinhado com a
área Jurídica, para formalização do pagamento.
Nos pleitos julgados com mérito, a RC do Termo Aditivo deve ser emitida somente após as
negociações e alinhamento com a área Jurídica, devidamente acompanhada da justificativa
validada pelo Gestor do Contrato e submetida a alçada de aprovação competente, conforme a
Política de Delegação de Autoridade da empresa. O documento jurídico a ser formalizado
dependerá do parecer prévio da área jurídica.
Caso o pleito não seja validado, o Gestor do Contrato deve comunicar a Contratada através
de uma notificação.
Caso o pleito da Contratada esteja envolvido com algum sinistro, o Gestor do Contrato deve
enviar os pleitos/notificações emitidas pela contratante para análise da área de Seguros.
Sendo que quando aplicável, a área de Seguros irá encaminhar as orientações para
notificação à seguradora do referido pleito/notificação no intuito de cumprir as obrigações
contratuais do seguro e prevenir caso o pleito/notificação se traduza em sinistro reembolsável
pelo seguro.
O Gestor do Contrato é responsável por arquivar toda a documentação física e/ou digital
relativa ao pleito ou solicitar ao Administrador do Contrato.
91
GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
No entanto, é possível rescindir contrato de prestação de serviço antes do fim do acordo, desde
que o motivo para fim do contrato esteja de acordo com as cláusulas de rescisão do contrato. Do
contrário, quem quebra o contrato pode ser obrigado a pagar uma multa rescisória.
O contrato de prestação de serviços é essencial para firmar entre as partes todos os
compromissos que serão assumidos entre contratado e contratante. Além do mais, um contrato
de prestação de serviços bem feito dá respaldo legal para agir nesses casos de quebra de
contrato ou até mesmo para cobrar qualquer parte quando o acordo não está indo conforme o
combinado. Essa é uma garantia para todas as partes, e é muito importante que você conte
sempre com um bom contrato de prestação de serviços na hora de fechar um negócio.
A interrupção de um acordo baseado em um contrato precisa, com antecedência, fazer a
comunicação de rescisão de contrato com a outra parte. Isso porque, por exemplo, rescindir
antes do fim dele requer com que, provavelmente, o contratante tenha que se organizar e
contratar outro prestador de serviços.
O mesmo serve para a parte que está prestando os serviços. No geral, a comunicação de
rescisão de contrato de prestação de serviços deve ser feita com 30 dias de antecedência.
Há, ainda, outras formas de se cancelar um contrato assinado além da comunicação, que é um
princípio básico na hora de requerer a rescisão. Segue abaixo algumas outras formas de
encerrar um contrato de prestação de serviços:
1. Quebra de contrato de prestação de serviço
Uma das formas de se encerrar um contrato é através da quebra de contrato. Essa é uma das
últimas alternativas que você deve usar para encerrar um contrato, pois a quebra de contrato é
algo mais grave e pode levar até mesmo às vias judiciais.
Nessa modalidade, há o desrespeito de quaisquer cláusulas presentes no documento, o que
deve levar ao cancelamento do contrato de prestação de serviços por ―justa causa‖. No entanto,
quebrar contrato pode ter consequências, como o pagamento de indenização à parte
prejudicada em alguns casos.
Vale ressaltar que a melhor forma de se encerrar um contrato ainda é através de um acordo
mútuo entre as partes.
2. Fim do prazo de contrato
Ao contrário de acordos empregatícios, o contrato de prestação de serviços tem um prazo pré-
determinado. Ao fim deste prazo, o contratante e o prestador de serviços podem estender o
contrato.
Mas, se você não pretende continuar com o contrato, saiba que você não tem mais a obrigação
de manter o acordo com a outra parte após o prazo final acertado. Alguns prazos, inclusive,
podem ser abusivos, exigindo uma fidelidade a longo prazo que pode ser prejudicial ao
prestador de serviços.
Nesse caso, converse com o contratante e estabeleça um prazo razoável que possa ser
prorrogado. Afinal, você não corre o risco de ter que quebrar contrato caso queira encerrar a
prestação de serviços.
3. Acordo mútuo entre as partes
Essa é a melhor das formas: tentar um acordo entre as partes. Conversar com o contratante ou
prestador de serviços, com um diálogo franco, sempre é a melhor opção. Coloque as cartas na
mesa e explique o porquê da decisão.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
São 3 (três) as possibilidades que permitem a uma das partes encerrar o contrato antes do
término do prazo determinado no documento:
1º. Caso uma das partes exerça o direito de rescisão nos termos da lei
Há um consenso na legislação trabalhista de cláusulas comuns aos contratos de prestação de
serviços. Geralmente, um documento de contrato de prestação de serviços inclui cláusulas que
informam:
As obrigações das partes;
Preço acertado para pagamento relativo ao serviço prestado;
Prazo de duração do contrato; e
Multas, caso houver.
No entanto, embora a redação dessas cláusulas sejam decisões concordadas entre as partes, é
preciso tomar cuidado para não infringir nenhuma lei trabalhista. Do contrário, a parte que se
sentir prejudicada perante à lei pode pedir pela rescisão do contrato de prestação de serviços na
justiça, em casos de desacordo.
Por exemplo: há como recorrer na justiça em relação a preços abusivos de multa contratual,
pois, na maioria dos casos, o valor para esse tipo de multa é de 10% sobre o valor proporcional
ao restante do tempo de contrato.
O mesmo vale para prazos abusivos de duração de contrato, já que o artigo 598, do Código
Civil, expressa o limite máximo de quatro anos de contrato de prestação de serviços.
2º. Caso uma das partes exerça o direito de rescisão de acordo com as cláusulas
contratuais
Em todo contrato ficam estabelecidos os direitos e deveres, tanto do contratante quanto do
contratado, certo? Caso alguma das cláusulas favoreça alguma das partes na hora de cancelar
o contrato, não há problema em pedir pela rescisão.
Mas, cuidado: a parte que pede pela rescisão deve ter como provar que foi prejudicada e pode
pedir pelo cancelamento do contrato. É possível, nesses casos, informar a outra parte através de
uma notificação de cancelamento.
Para fazer essa notificação, basta enviar uma carta declarando os motivos pelos quais o
contrato estaria sendo encerrado, ressaltando que a carta em questão serve como notificação de
cancelamento e, por fim, assinando com a data.
Caso a parte em questão seja o contratante, informe que o saldo devido será pago à parte
contratada, a não ser que alguma cláusula permita a isenção desse pagamento.
3º. Por comum acordo entre as partes
Como já citamos no tópico anterior, a melhor forma para se encerrar um contrato de prestação
de serviços é através do acordo comum entre as partes. Assim, você mantém relações
amigáveis e ninguém sai prejudicado. Portanto, uma conversa franca com a outra parte e
elenque os motivos pelos quais a rescisão deve seguir adiante. Afinal, se a relação já não traz
benefícios a ambas partes, não há por que continuar.
interrupção daquele contrato, sem que houvesse a necessidade de um motivo específico para
tal, logo não sendo como motivação nenhuma violação de alguma cláusula contratual ou o
inadimplemento da contratada ou da contratante.
Além disso, no que diz respeito às formas de resilição, ela poderá ser de iniciativa de ambas as
partes, chamada de bilateral, a qual se encontra no artigo 472 do Código Civil Brasileiro, ou de
uma das partes, chamada de unilateral, prevista no artigo 473 do Código Civil Brasileiro. No
entanto, vale ressaltar que há alguns limites relacionados à resilição unilateral, sendo ela uma
hipótese excepcional, pois ela é permitida apenas nos casos de contratos de execução
estendida no tempo, ou seja, a execução do projeto em questão é de longo prazo, ou de
vigência por prazo indeterminado, em que, portanto, as situações restantes poderão ser
contempladas unicamente pela resilição bilateral.
A valer, pode-se mencionar como uma das situações mais comuns em que a inexistência de
cláusulas contratuais que prevejam a resilição causam efetivos prejuízos, uma relação contratual
de prestação de serviços de execução prolongada, em que o contratante não colabora com o
fornecimento de informações e afins, o que atrasa significativamente o fim do projeto e,
consequentemente, onera a equipe de execução e a empresa contratada. Na situação retratada,
a contratada não teria a possibilidade de recorrer a resilição unilateral, ou, até mesmo, a bilateral
(caso a própria contratante já não estivesse mais interessada naquele serviço, por exemplo), na
qual, caso a contratada opte por rescindir o contrato, sem que houvesse tal previsão, tal opção a
tornaria sujeita a graves multas e sanções, devido ao descumprimento daquele.
Faz-se, portanto, essencial a existência de cláusulas que garantam o direito de resilição, com o
intuito de proteger o desejo do contratado e do contratante de optarem por não prosseguir com
determinado contrato, de forma que sejam evitados quaisquer conflitos jurídicos decorrentes de
sua manifestação diante da ausência de sua previsão.
Muito foi dito e explicado sobre resilição no tópico anterior, a qual, de maneira breve, se
configura como uma possibilidade de extinção contratual frente à simples escolha de uma ou
ambas as partes. Entretanto, este não é o único cenário de extinção contratual por fato posterior
à sua celebração, havendo também a necessidade de previsão da Rescisão e da Resolução
para a garantia de segurança jurídica.
A Rescisão pode-se conceituar como previsão de extinção contratual para acontecimentos
relacionados há alguma espécie de lesão no contrato, em que há o descumprimento de alguma
das cláusulas do mesmo por uma das partes, não havendo a possibilidade de restauro do
equilíbrio contratual. Nesse contexto, vale ressaltar que a rescisão também pode ser percebida
como gênero, enquanto a resolução e a resilição como espécies, tendo em vista que ambas são
contempladas a certo nível por aquela, porém possuem algumas especificidades que as tornam
categorias diferentes de formas de extinção de contratos.
A Resolução, por sua vez, é utilizada em casos de inadimplemento (descumprimento de
determinada obrigação) de uma das partes, seja culposo ou não, previsto no artigo 475 do
Código Civil Brasileiro, em que aquele que não cumpre com a obrigação pode ser compelido a
cumpri-la ou a indenizar a outra parte por perdas e danos. Além disso, a resolução também
poderá surgir devido à onerosidade excessiva, por conta de algum acontecimento extraordinário
e imprevisível, o que está previsto no artigo 478 do Código Civil Brasileiro. Ademais, é
importante mencionar que, nos casos de resolução por onerosidade excessiva, é possível que a
mesma seja evitada, caso a parte que estiver em extrema vantagem concorde em modificar, de
maneira igualitária, os termos do contrato.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
5.2. Desmobilização
A etapa de Desmobilização ocorre quando as atividades são encerradas ou finalizadas, onde as
empresas contratadas além de apresentar toda a documentação referente ao cumprimento das
obrigações contratuais devem realizar o procedimento de retirada dos veículos, equipamentos e
materiais de sua propriedade das áreas internas da empresa, bem como solicitar a inativação de
acesso dos terceiros alocados no contrato a ser extinto.
Outra forma muito recorrente de desmobilização ocorre quando um empregado mobilizado é
desligado da empresa prestadora de serviços. Neste caso, ainda que o contrato esteja vigente, é
imprescindível a desmobilização imediata deste terceiro no sistema.
Na desmobilização ou encerramento dos contratos de serviços, é preciso comprovar que:
Todos os produtos e serviços foram entregues e aceitos de acordo com o contrato,
Todas as obrigações financeiras decorrentes do contrato foram liquidadas,
As informações relativas ao contrato e ao desempenho do fornecedor foram atualizadas e
arquivadas.
Nos casos de contratos de prestação de serviços, é necessário consultar orientações adicionais
sobre a desmobilização dos empregados no sistema.
Em regra, após o término do contrato, é realizada uma inspeção de desmobilização e se
evidenciado que todas as ações foram sanadas, é emitido um termo de Nada Consta das áreas
envolvidas no processo (SSMAC, Gestão de Contratos e Patrimonial), pois o pagamento da
medição final está condicionado ao Nada Consta.
Nos casos de contratos de prestação de serviços no site ou interno, é necessário consultar
orientações adicionais sobre a desmobilização dos empregados no sistema de acesso.
Alguns contratos requerem que, no seu encerramento, seja feito o Termo de Encerramento
Contratual (TEC). Essa informação está disponível no contrato. Em caso de dúvidas, o
fornecedor pode entrar em contato com o gestor do seu contrato.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
demanda. Esta informação sanará possíveis dúvidas que são comuns nesta etapa. O TEC
deverá ser aprovado pelo demandante, Gestores e Patrocinador, esta aprovação poderá ser
feita durante a Reunião de Encerramento.
Para efetuar a desmobilização, o Gestor de Contrato deve tomar as providencias cabíveis e
formais para encerrar o Contrato. É necessária a certificação de que todos os produtos e/ou
serviços foram entregues e aceitos conforme Contrato, todas as obrigações financeiras e
contratuais decorrentes do contrato foram liquidadas e as informações relativas ao contrato e ao
desempenho da contratada foram atualizadas e arquivadas. Nesta etapa, o Gestor do Contrato
deve encerrar os contratos de comodato, se houver, após a realização da vistoria.
O Gestor do Contrato deve solicitar à Contratada o envio de toda a documentação final do
Contrato, com a utilização do Checklist de Entrega de Documentos Interno ou Externo,
buscando a validação das áreas de interface (Nada Consta), dentre outras requeridas pela
contratação: Saúde, Segurança Ocupacional, Meio Ambiente e Comunidade (SSMAC). Em caso
de necessidade de correção, esta deve ser solicitada e a documentação revisada até que seja
aprovada.
A Contratada deverá entregar o local livre, desimpedido, sem qualquer resíduo ou substância
que possa gerar custo de destinação final para a empresa contratante. Em caso de passivos
ambientais gerados a mesma torna-se responsável pelo mesmo e arcará com os dispositivos
legais estabelecidos na legislação brasileira aplicável.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
VI. TERCEIRIZAÇÃO
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
O Ciclo de Vida de um contrato baseia-se na trajetória deste desde sua criação até seu
encerramento, conforme figura 01. Ele depende diretamente das ações desempenhadas pela
equipe de gestão para que se tenha seu ápice. Cada fase deve ser devidamente analisada e
ponderada levando-se em consideração os prazos, custos, qualidade e a segurança.
A gestão de contratos é muito relevante para uma empresa. Ela melhora a produtividade dos
gestores e a efetivação de diferentes atividades. Devido aos diferentes dados e documentos, a
gestão dos contratos pode ficar mais complicada e até resultar em erros que interferem em
outros processos.
Um ponto importante é conhecer o Ciclo de Vida dos Contratos. Ele impacta diretamente na
saúde da empresa. Devido ao mercado competitivo e por causa do volume elevado de contratos,
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
algumas empresas não dão a atenção necessária a esse ponto. Assim, muitos documentos
perdem o prazo de renovação e outros ficam esquecidos nas gavetas ou se perdem.
O contrato serve para dar respaldo administrativo e jurídico a um negócio realizado entre as
empresas, definindo direitos e obrigações das partes. A gestão do ciclo de vida de contratos
envolve algumas etapas, que podem ser comparadas com o Ciclo de Vida de um Produto
pensada pelo economista alemão Theodore Levitt radicado nos Estados Unidos, que fez carreira
na renomada Harvard Business School. Portanto, trata-se de uma ferramenta administrativa
que permite analisar como um produto se comporta desde o seu desenvolvimento até a
retirada do mercado, levando em conta ainda seu lançamento, crescimento e maturidade
em vendas.
Levitt propôs um modelo de cinco fases para o que chamou de Ciclo de Vida do Produto.
São elas: desenvolvimento, introdução, crescimento, maturidade e declínio. É
interessante entender que o economista pensou que definir esse modelo a partir de suas
pesquisas, onde ele descobriu algo que pode parecer óbvio, mas não mapeado até então:
as características de um produto se modificam bastante durante o seu ciclo de vida. Assim,
toda a estratégia em torno dele precisa levar em conta as questões específicas de cada um
de suas etapas.
Pré-contratação ou Desenvolvimento
A finalidade nessa primeira fase é a definição do objeto do contrato conforme as demandas do
negócio. Um departamento compreende que é necessária a contratação da mão de obra
ou produto de certo cliente, iniciando assim o contrato. É a etapa em que determinamos o que
será contratado e entregue, como será realizada a entrega, em que lugar, quanto custará e
outros pontos.
Na pré-contratação, devemos determinar as condições necessárias para autorizar os contratos
de certidões que serão entregues a fornecedores, entre outras coisas. Nessa primeira fase,
surge a minuta de contrato.
É nesta fase que são definidos:
o que vai ser contratado;
o que vai ser entregue;
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Pré-execução ou Crescimento
Essa etapa se desenvolve entre a assinatura do documento até o início do cumprimento do que
foi acordado. É na pré-execução que a empresa organiza a realização técnica e administrativa
dos contratos.
O aspecto técnico analisa as tarefas necessárias para começar a execução do que foi
contratado (preparação do lugar, equipamentos requeridos e outras coisas).
O aspecto administrativo envolve o gerenciamento do contrato efetivamente. Armazenamos os
dados de modo centralizado e conferimos permissão de acesso ao grupo gestor que precisa
fazer consulta e registro de algum evento. Os pagamentos devem ser orientados ao setor
financeiro. Outro ponto a considerar nessa fase é a definição do calendário de entregas e os
termos de aceite.
Encerramos essa etapa ao avisarmos os setores envolvidos a respeito do cronograma e da
liberação para a execução.
Execução ou Maturidade
Essa etapa tende a ser a de maior duração do contrato, pois acontece o andamento do contrato
na prática, entregando o que foi combinado. Tarefas administrativas devem acompanhar o
cumprimento das ações para que tudo seja realizado de acordo com o contrato.
Devemos manter controle sobre o cronograma, as vistorias, as medições, os pagamentos e
todas as tarefas definidas no contrato. Precisamos avaliar se ficou faltando algo a ser adicionado
ou se é preciso prorrogar o prazo, fazer renovações ou até finalizar o contrato.
Na execução, é necessário acompanhar pontos como:
Cronograma de atividades e entregas;
Verificação de pagamentos;
Prazos (como data de vigência, vencimento, entre outros);
Possíveis aditivos e prorrogações;
Demais funções previstas no contrato.
A ideia é que com o acompanhamento regular, a gestão dos contratos seja mais organizada, de
forma a reduzir possíveis riscos que influenciem na plena execução do acordo.
Encerramento ou Declínio
Essa é a última etapa do ciclo de vida de contratos. Quando o contrato expirar e não for feita
nenhuma renovação, devemos avaliar se tudo que foi combinado se efetivou e se houve
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
Draft
Um esboço de contrato realizado na pré-contratação. O draft oferece contornos do que será
feito, impedindo que pontos fundamentais sejam negligenciados. O draft deve ser, portanto,
detalhado. Deve considerar objetivo, forma, prazo de entrega, bem como requisitos financeiros,
técnico e jurídico.
Negociação
Na negociação, devemos manter uma boa comunicação a fim de que os termos do contrato
sejam discutidos e desenvolvidos conforme as necessidades do contratante. Também devem
estar de acordo com as normas jurídicas que regulamentam esse relacionamento.
Armazenamento
O armazenamento deve ser efetuado pelo departamento administrativo. A administração se
responsabiliza pela compilação e guarda da documentação de forma sistematizada.
O formato digital dos documentos já se tornou recorrente nas empresas — em muitas, ele já é
um padrão. Essa preferência pelos documentos digitais/digitalizados é compreensível pela
praticidade e segurança que a opção oferece. Além disso, atualmente, já existe o Certificado
Digital e a assinatura eletrônica para facilitar o armazenamento digital.
A computação na nuvem permite o armazenamento online, que é mais seguro e permite acesso
de qualquer local, não se limita ao computador da empresa.
Ajustes
Os contratos não são documentos inalteráveis. Eles precisam atender às necessidades das
partes enquanto vigorar. Por isso, talvez seja preciso ajustá-lo para que se adeque a novas
demandas e continue satisfazendo os envolvidos.
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GESTÃO DE CONTRATOS NA PRÁTICA
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Controle Físico
Ao controlar o acervo físico dos contratos é possível ter uma visibilidade melhor dos contratos
ativos e encerrados na empresa, acompanhando os riscos e a gestão do mesmo (FREITAS,
2009).
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IX. BIBLIOGRFIAS
BRASIL. Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o Art. 37, inciso XXI, da
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e dá outras providências. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, 1993,
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