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Brônquicas
Acometimento dos brônquios, ocorre: menor calibre, dilatação ou
hipersecreção
A diminuição de calibre ocorre por: edema da mucosa, aumento
de muco ou aumento do tônus broncomotor. Essas alterações
promovem: sibilos, roncos e estertores grossos na ausculta
(ainda mais se aumento de muco e broncoconstrição estiverem
associados)
Quadro clinico geral: dispneia + sensação de aperto no tórax, dor
torácica difusa, sibilância e tosse (seca ou produtiva; ocorre por irritação
do brônquio ou aumento de muco)
ASMA BRONQUICA
é uma inflamação crônica com limitação expiratória que pode ser
revertida espontaneamente ou com uso de fármacos. Os fatores
precipitantes podem ser: infecções virais, exposição ambiental a
alérgenos, inverno, exercício e stress.
A fisiopatologia consiste em liberação pelas células de interleucinas,
histamina, fator de necrose tumoral e prostaglandinas (mediadores
inflamatórios) com uma capacidade de causar broncoconstrição além
de aumentar a permeabilidade vascular que por sua vez promove o
recrutamento de mais células e edema.
Os sinais e sintomas são: tosse (se produtiva tem aspecto mucoide),
dispneia (noturna, ao acordar e após atividade física) e sibilos (não são
exclusivos da asma). Pode haver um quadro chamado de tórax
silencioso que consiste em um broncoespasmo grave, de forma que
quase não passa ar e dessa forma ocorre hipóxia e parada respiratória.
Os agravantes para asma são: rinite alérgica, pólipos, sinusite, eczema
(inflamação cutânea) e doenças gastresofágicas.
Os achados do exame físico são: na inspeção há dispneia, uso de
musculatura acessória, inspiração profunda e tiragem intercostal;
na palpação o Frêmito Toracovocal (FTV) é normal ou diminuído; a
percussão é normal ou apresenta hipersonoridade; já a ausculta
apresenta MV diminuído (ar circula/choca menos), expiração prolongada
e sibilos em ambos os campos pulmonares.
O diagnóstico é clinico, com exames complementares para acompanhar.
Esses exames são: A Espirometria que mede o volume de ar, desse
forma determina a capacidade pulmonar com resultado em gráfico
(volume-tempo; fluxo-volume), isso ajuda no diagnostico de bronco
espasmo e evolução da doença; Pode ser feito também o Pico de fluxo
expiratório que obtém três medidas por meio de inspiração e expiração
forçadas que auxiliam no controle da doença e diagnostico; além disso o
Teste de broncoprovocação também é útil.
DPOC
Geralmente está relacionada com uma predisposição genética
agravada por fumaça de cigarro principalmente. A exposição a fumaça
causa inflamação que por sua vez causa remodelamento do tecido,
por isso há diminuição de calibre e um menos fluxo expiratório. Essa
inflamação também pode causar destruição do parênquima, de forma
que a enzima elastase degrada a elastina do tecido que perde a
elasticidade e aumenta a resistência, dessa forma o ar fica
aprisionado, além disso ainda no parênquima há a hiperdistensão dos
espaços respiratórios e ruptura dos septos alveolares. O uso
constante de cigarro piora essa inflamação, o estresse oxidativo e a
liberação de proteases, isso tudo provoca uma piora do quadro da
DPOC.
Sistemicamente, a DPOC está relacionada com doenças
cardiovasculares, caxequia, fraqueza musculoesquelética, anemia,
diabetes melitus, distúrbios de sono, osteoporose, depressão e câncer
de pulmão. Esses problemas estão relacionados com incapacidade
física e mortalidade.
Os sinais e sintomas são: tosse seca ou produtiva e dispneia aos
esforços que vai se agravando paulatinamente. No padrão soprador-
rosado (Enfisematoso) o indivíduo é longilíneo, magro, fácies de
angustia, dispneia intensa, MV diminuído e com menor expectoração. Já
o pletórico-cianótico é brevilíneo, obeso, fácies pletórica (eritema
avermelhado), dispneia discreta, roncos e sibilos além de expectoração
abundante.
O exame físico dos casos mais graves é caracterizado com: inspeção
com presença de tórax em barril, menor expansibilidade e dispneia; na
palpação há menor expansibilidade e menor FTV, já na percussão há
sonoridade normal ou hiper; além disso na ausculta há menor MV,
aumento da fase expiratória, menor ressonância vocal, roncos, sibilos e
estertores.
Os exames complementares que podem ser usados para acompanhar o
diagnostico clinico são: a Espirometria que diagnostica, avalia a função
e a gravidade; Oximetria/Gasometria para avaliar a saturação de O2;
Testes de exercício para orientar a execução de atividades físicas; ou
Polissonografia que constata apneia do sono e o comportamento da
saturação durante essas circunstancias (é feito pois a apneia piora o
quadro de DPOC, não permitindo uma boa resposta aos tratamentos).
Outros exames usados são os de imagem como: O RX de tórax em
qual é verificado em casos de DPOC o aumento de diâmetro AP,
diafragma rebaixado e retificado, coração alongado e verticalizado
e uma maior radiotransparência; já na TC é possível diferenciar os
tipos de enfisema, ver bronquiectasias, bolhas e perfusão em
mosaico.
BRONQUIECTASIAS
Dilatação brônquica irreversível com diâmetro maior que 2mm,
acompanhada de reação mucopurulenta/processo infeccioso com
infiltração neutrofilica. Pode estar ou não associada a Fibrose Cística.
Pode ser localizada quando causada por tumor, corpo estranho ou
tampão de muco (atelectasias e infecções de repetição), nesse caso é
possível de estar em qualquer parte do pulmão. Ou generalizada
quando causada por fibrose cística, imunodeficiência, tuberculose,
infecções fúngicas, abcessos, gases tóxicos, nessas situações são
bilaterais e mais inferiores.
Os sinais e sintomas são: tosse produtiva, expectoração purulenta e
malcheirosa, dispneia, cianose, broncoespasmo, dor torácica e
hemoptise. Lembrando que se for maior a infecção, há mais tosse,
presença de anorexia, febre, comprometimento do estado geral, e pode
chegar a SEPSE.
No exame físico os achados são variáveis. Um exemplo é as
bronquiesctasias basais extensas, em que há redução da
expansibilidade e submacicez nas bases, estertores grossos, roncos e
sibilos na ausculta.
O diagnostico é feito com ajuda de exames de imagem. Lembrando que
o raio-X nessa doença é normal, já na TC é visivel um espessamento
das paredes brônquicas e formação de estruturas tubulares irregulares
nos segmentos dilatados.
BRONQUITE AGUDA
Ocorre por vírus, micoplasma, clamídia ou bactéria, com
comprometimento desde a faringe.
Os sinais e sintomas são: febre, cefaleia, mal-estar, desconforto
retroesternal, rouquidão, tosse seca (após dias há expectoração
mucoide que se tornar mucopurulenta indica bactéria)
O exame físico indica alteração apenas na ausculta com estertores
grossos bilaterais, roncos e sibilos esparsos.
BRONQUITE CRONICA
Quando já há uma grande quantidade de muco nos brônquios. Pode
estar relaciona a asma (bronqueite asmática) e a DPOC.
Os sinais e sintomas são: tosse com expectoração mucopurulenta por
meses (entremeada por períodos de melhora e piora)
No exame físico há estertores grossos bilaterais, roncos e sibilos.
Parenquimatosas
Por consolidação
Nesse caso ocorre ocupação dos espaços alveolares por células ou
exsudato
O quadro clinico geral é marcado por dispneia, tosse seca ou produtiva
(podendo ser hemoptoica acompanhada de pus ou muco)
PNEUMONIAS
Inflamação aguda nos espaços aéreos de qualquer natureza, pode ser
causada por bactéria, vírus, fungos e parasitas. Os alvéolos ficam cheios
de microorganismos, fluidos e células, dessa forma a troca gasosa é
prejudicada. Pode ser lobar ou broncopneumonia, nesse ultimo caso
tem limites mal definidos e é entremeada por áreas sem lesões
aparentes.
A PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) ocorre fora do
ambiente hospitalar ou em ate 48 horas da admissão. Ocorre mais em
homens, tabagistas, crianças menores que 5 anos e adultos maiores que
65 anos, além disso os cardiopatas, diabéticos e portadores de DPOC
tem maior suscetibilidade, outros fatores de risco são o etilismo, má
conservação dentaria (pode haver disseminação), desnutrição micro e
macro aspiração (como no refluxo gastroesofagico), imunossupressão e
fatores ambientais. A doença ocorre quando o hospedeiro tem alguma
deficiência nos mecanismos de defesa (menor reflexo de tosse,
alteração no aparelho mucociliar ou alteração nos macrófagos
alveolares) ou quando a quantidade de microorganismos é grande.
A contaminação é feita por aspiração de secreções pela orofaringe ou
inalação de aerossóis, já no corpo, o microorganismo se dissemina
hematogenicamente e por contiguidade causando a doença ou até
promovendo reativação local, no caso de imunodeprimidos. Sobre os
agentes causadores, a Streptococcus Pneumonie é responsável por até
70% dos casos, depois vem Haemophilus Influenzae e Mycoplasma
Pneumonie.
Os sinais e sintomas são: tosse seca ou produtiva (menor quantidade
de expectoração no início, de mucoide torna-se purulenta), dor
torácica pleurítica (pontada, localizada, piora com tosse e com
inspiração profunda), se a pneumonia acomete a base pulmonar há
dor referida no abdome e região escapular. Além disso há febre (pode
estar ausente em idosos, gravidas e imunossuprimidos), dispneia (casos
graves cursam com taquipneia > 30 ipm) e fraqueza (prostração
acentuada)
No exame físico há expansibilidade diminuída na inspeção, também na
palpação, somada a aumento do FTV. Na percussão há submacicez e
macicez e na ausculta há estertores finos, broncofonia e pectoriloquia.
Se ocorrer derrame, a expansibilidade e FTV diminuem, há submacicez
ou macicez (dependendo da quantidade de liquido) e abolição do
murmúrio vesicular.
O diagnostico é feito com história clinica mais exame físico, de qualquer
forma a antibioticoterapia é iniciada antes de sair os exames
laboratoriais para que haja um controle do quadro, depois os exames
servem para confirmar e indicar um melhor tratamento. Os exames de
imagem podem ser usados para confirmar ou excluir pneumonia, são
eles: Raio-X (PA + perfil) no qual é verificável a consolidação no espaço
aéreo de um segmento ou lobo limitado pela superfície pleural, se tiver
derrame a borda superior dele estará côncava (menisco) mais alta
lateralmente que medialmente; USG (ultrassom) em que, se for esse o
caso, há pequenos derrames pleurais (uma possível loculação em que
o liquido esta envolto em uma capsula, que diminui a absorção e dificulta
a toracocentese); a TC é feita em caso de duvidas no RX, se houver
complicações ou para diferenciar pneumonia de câncer. Também pode
ser usado o hemograma em qual se mostrara uma leucocitose com
desvio a esquerda e leucopenia (indica gravidade do quadro), pode ser
observada a dosagem de PCR (inflamação) e a gasometria arterial,
que se mostrar uma saturação de O2 menos que 90%, o caso é grave.
Os diagnósticos diferenciais são: tromboemboliapulmonar (TEP), câncer,
bronquilite obliterante, tuberculose (TB), edema agudo de pulmão (EAP),
atelectasia. Se a pneumonia for de base a direita pode ser confundida
com afecções abdominais como: colecistite, abcesso subfrenico,
pancreatite aguda, e abcesso hepático amebiano.
A Pneumonia Nosocomial acontece após as 48 horas de admissão
ou até 48 horas após a alta hospitalar, ou seja, o agente causador não
estava incubado no momento da admissão. Se apresenta de duas
formas Pneumonia Relacionada aos Cuidados de Saúde (PRCS) ou
Associada a Ventilação Mecânica (PAVM).
Os fatores de risco são internação prolongada, antibioticoterapia por
mais de 24 horas nos últimos 15 dias, algum fator que favoreça a
colonização da orofaringe, residência em asilo ou similar, resistência
bacteriana, imunossupressão, gravidade/instabilidade hemodinâmica e
internação na UTI (ventilação mecânica)
Os achados clínicos são: febre (ou não), infiltrado pulmonar no RX,
leucocitose / leucopenia (gravidade) e secreção traqueal purulenta
Os agentes causadores podem ser: Streptococcus pneumonie,
Haemophilus influenzae, Staphylococcus aureus. Nesse caso há
sensibilidade a axacilia e enterobactérias.
A Pneumonia broncoaspirativa ocorre por aspiração do suco
gástrico, facilitada pela falha no reflexo da tosse que pode ocorrer por
endoscopia, anestesia, doença do refluxo gastresofágico (DRGE), perda
de consciência (como em trauma cranioencefálico- TCE), etilismo,
convulsão e doenças neurológicas.
O conteúdo da aspiração normalmente se dirige para o brônquio fonte
direito
Os diagnósticos diferenciais podem ser: outras pneumonias, TEP, infarto
pulmonar e atelectasia pós-operatória.
Se o refluxo for discreto, as aspirações passam despercebidas, já nos
casos agudos, após 1-2 horas da aspiração ocorre broncoespasmo,
tosse com expectoração espumosa rosa, cianose, dispneia, taquipneia,
hipotensão e febre, pode chegar a hipoxemia grave e Síndrome da
Angustia Respiratória do Adulto (SARA).
Na ausculta há roncos e sibilos disseminados (parecendo asma)
No Raio-X há infiltrados bilaterais, simétricos, mais nas partes
inferiores
COVID-19
Uma infecção respiratória aguda grave, com sintomas desde um
resfriado comum ate uma pneumonia grave. A doença se enquadra
como Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA)
Se houver um acumulo de angiotensina II, pode causar a Síndrome e
Miocardite Fulminante
Por causa da sequencia de RNA, os órgãos mais vulneráveis são:
pulmões, coração, fígado, rins, bexiga e íleo.
Os assintomáticos têm uma carga viral semelhante aos sintomáticos
A transmissão ocorre pelos aerossóis
A disseminação é alta na primeira semana de sintomas (é máxima no
quarto dia)
A replicação viral é ativa no trato respiratório superior
De 8 a 20 dias após a remissão de sintomas, já não há mais uma carga
viral significativa, no dia 14 a taxa já é bem pequena
Nos casos leves há febre, fadiga, tosse, anorexia, mal-estar, dor muscular,
faringite, dispneia, congestão nasal ou cefaleia.
Pode haver linfadenite mesentérica, caracterizada por aumentos de
gânglios no intestino que causa dor abdominal, náuseas e vomito.
Em pacientes idosos e imunossuprimidos, pode haver sintomas
atípicos e em gestantes o quadro clinico pode se confundir com
manifestações da gravidez.
Em caso de pneumonia, nos adultos não ha sinais graves e nem necessidade
de oxigenação suplementar, já em crianças há uma tosse ou dificuldade para
respirar, respiração acelerada (<2m: > ou = a 60ipm; 2-11m: > ou = a 50ipm; 1-
5a > ou = a 40ipm), um quadro sem sinais graves.
Já em pneumonia grave, nos adultos há febre ou suspeita de infecção
respiratória + frequência > 30ipm, dificuldade respiratória grave, e SpO2 < ou =
a 93%. Nas crianças há tosse ou dificuldade respiratória + cianose central ou
SpO2 < 90%, dificuldade respiratória grave (gemencia e retração torácica
grave), sinais de perigo (dificuldade pra mamar, letargia, inconsciência...), além
disso pode haver respiração acelerada. Além disso pode ter nos quadros
graves: anorexia, confusão mental, tontura, faringite, rinorreia, escarro, dor
torácica, hemoptise, anosmia/hiposmia (olfato) e agrusia/disgrusia (paladar).
Ao exame físico, na ausculta há estertores, chiados, e/ou sopro
tubário. Pode haver taquicardia, taquipneia ou cianose + hipóxia
No diagnostico pode ser verificado pelos exames: leucopenia, linfopenia,
leucocitose, transaminases hepáticas altas, lactato desidrogenase alto,
PCR alta, neutrofilia, trombocitopenia, hemoglobina e albumina baixas e
comprometimento renal. Na oximetria a pO2 é menor que 90%. Pode
ser feito hemocultura e culturas do escarro além de RT-PCR por meio de
lavado ou swab orofaríngeo. No RX há infiltrados uni (25%) ou
bilaterais (75%). Na TC há áreas lobulares e subsegmentares bilaterais
com opacidade de consolidação periférica ou posterior principalmente
nos lobos inferiores.
ABCESSOS PULMONARES
São formados por processos infecciosos em uma área do parênquima
pulmonar na qual ocorre supuração, necrose e formação de
cavidade. Mais comum em homens entre 30-50 anos. Os primários
ocorrem por aspiração ou embolo séptico e os secundários por câncer,
complicação cirúrgica ou imunossupressão.
Os primários por aspiração ocorrem por agentes anaeróbios, gram-
negativos e positivos. Após 7-14 dias da entrada do patógeno, inicia-se
um quadro agudo de pneumonite anaeróbica que leva a uma
pneumonia necrosante, a qual induz resposta inflamatória fibrosante e
consequente formação de cavidades, essa pode ser de forma
subaguda (até 30 dias da contaminação) ou crônica (mais de 30). Já o
embolo séptico ocorre em situação de endocardite infecciosa no lado
direito do coração, se houver disseminação hematogênica e se o
patógeno for Staphylococcos aureus pode causar tromboflebite
infecciosa.
O quadro clinico dos abcessos pulmonares é marcado por: febre, tosse
produtiva com catarro pútrido, hemoptise (se houver necrose de algum
vaso), sudorese noturna, anorexia, dor pleurítica e emagrecimento.
Os exames que podem ser usados são: o RX que no início é semelhante
ao de uma pneumonia mas depois é possível ver cavitações, que se for
única basal-superior indica aspiração e se múltiplas caracterizam
êmbolos. A TC é usada em caso de duvida no quadro. Há aumento de
VHS e PCR e no Hemograma é possível descobrir o agente etiológico
pelas características, geralmente os exames também mostram anemia e
leucocitose.
EMBOLIA E INFARTO PULMONAR
Quando há oclusão brusca, total ou parcial da artéria pulmonar ou de
um dos seus ramos. Pode acontecer por trombos nos MMII (membros
inferiores) ou de câmaras cardíacas, em alguns casos também ocorre
por êmbolos sépticos, gordurosos, de liquido amniótico, bolhas gasosas,
tumores e corpos estranhos.
Fisiopatologia: as partes que se desprendem dos trombos (êmbolos)
causam vasoconstrição e obstrução mecânica na artéria pulmonar,
dessa forma o endotélio libera mediadores inflamatórios, há um
aumento da resistência vascular e aumento da pressão na artéria,
isso vai causando uma descompensação na circulação que culmina em
insuficiência cardíaca direita aguda que com o tempo leva ao óbito.
Os sinais e sintomas são diversos e variam com o comprometimento
circulatório, mas geralmente há dispneia súbita e/ou aos esforços, dor
torácica, tosse, hemoptise, dor e edema de membro inferior, febre,
sudorese, taquicardia e tontura.
Ao exame clinico é possível verificar: na inspeção, expansibilidade
diminuída uni ou bilateral, na palpação esta também está diminuída com
aumento do FTV, na percussão há submacicez ou macicez e a
ausculta mostra a respiração brônquica substituindo o murmúrio
vesicular, broncofonia ou egofonia, pectóriloquia e estertores finos.
Os exames que podem ser feitos: RX (feito para descartar diagnósticos
diferenciais) mostra atelectasias laminares, elevação diafragmática no
lado comprometido e pequeno derrame pleural. A gasometria arterial
pode estar normal ou mostrar hipóxia ou hipercapnia. O
eletrocardiograma também se mostra normal ou com sobrecarga no
ventrículo direito. O dímero-D pode ser feito, se mostrando aumentado
em situação de coagulação, por isso é ideal para confirmar/descartar
TEP. O Doppler de MMII mostrara o trombo de TVP (Trombose Venosa
Profunda) se essa for a origem do embolo. O ecocardiograma é capaz
de mostrar trombos cavitários (se for a origem do embolo) e sobrecarga
do ventrículo direito. A cintilografia pulmonar serve também para
confirmar o quadro, visto que se apresentar totalmente normal é
descartado a TEP. A angiotomografia é usada para ver o
trombo/embolo. Por sua vez a arteriografia pulmonar é feita apenas se
os outros exames foram inconclusivos.
TUBERCULOSE (TB)
Doença causada por Mycobacterium tuberculosis, sendo observado que
geralmente a primeira infecção acontece quando criança ou
adolescente.
Etiopatogenia: a transmissão é feita por gotículas liberadas na tosse,
que ao serem inaladas atingem direto os bronquíolos e alvéolos, onde
há uma fagocitose por células no epitélio, por haver migração pro
interstício, a bactéria vai para a circulação linfática, por meio da qual se
dissemina para os ápices pulmonares, córtex renal e epífises ósseas
(onde há uma maior disponibilidade de O2).
A TB primaria representa forma ativa da doença, em qual há linfonodos
aumentados, febre baixa, inapetência, infiltrado em regiões media e
inferior do pulmão, linfoadenomegalia hilar e atelectasia por
compressão. No RX é mostrado nódulos pulmonares e/ou linfonodo
calcificado.
Já a secundaria é uma reativação da doença que ocorre geralmente de
15 a 34 anos. A clínica depende do órgão afetado, do hospedeiro e a
interação dele com o patógeno. Nas formas avançadas ocorre
cavitações em que o material vai para os brônquicos e dessa forma há
escarro. Nesses casos há tosse produtiva, hemoptise, dor pleurítica,
dispneia, febre vespertina, emagrecimento, sudorese noturna,
inapetência, fraqueza e astenia.
O exame físico na área de cavitação demonstra menor expansibilidade
na inspeção, também na palpação somado a aumento do FTV, na
percussão há sonoridade normal ou timpanismo (em casos de uma
maior quantidade de ar), já a ausculta mostra respiração brônquica ou
broncovesicular no lugar do murmúrio vesicular, ressonância vocal
aumentada e pectorilóquia.
Os exames que podem ser feitos são: hemograma que pode estar
normal ou mostrar anemia, leucocitose, monocitose ou eosinofilia. Pode
estar presente a hiponatremia (menos sódio) pois o pulmão produz
uma substancia análoga ao ADH e assim esse “sal” é eliminado. Pode
ser feito o exame do escarro, que permite realizar BAAR e a cultura da
bactéria. Somado a esses pode ser usado o RX, em qual é possível ver
opacidades alveolares heterogêneas, nódulos, estrias (principalmente
nos ápices) e as cavitações.
ATELECTASIA
Pleurais