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Universidade Lúrio

Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Geológica
Curso de Licenciatura em Engenharia Geológica

Semestre I, Turma do 4º ano

Material de Apoio Pedagógico

Disciplina:

MODELIZAÇÃO DE RESERVATORIOS DE PETROLÍFEROS

(Capítulo III – Unidade 3.)

Fundamentos da Modelagem e Simulação de


Reservatórios de Petróleo e Gás

Por/Docente:
Eng. Paulo M. R. Nguenha, MSc.

Pemba, Abril de 2020


MRP| CAPÍTULO III: FUNDAMENTOS DA MODELAGEM E SIMULAÇÃO DE RESERVATORIOS

Unidade 3. Fundamentos da Modelagem e Simulação de Reservatórios

Capítulo III: Fundamentos da modelagem e simulação de reservatórios

3.1. Fundamentos da simulação de reservatórios ........................................... 3

3.2. O essencial da simulação de reservatório ................................................ 3

3.3. Suposições por trás de várias Abordagens de Modelagem ..................... 6

3.3.1. Método Baseado no Conhecimento ................................................... 7

3.3.2. Método Analógico .............................................................................. 9

3.3.3. Métodos Experimentais...................................................................... 9

3.3.4. Métodos Matemáticos ........................................................................ 9

3.4. Equação do Balanço de matéria............................................................. 10

3.4.1. Curva de Declínio ............................................................................ 11

3.4.2. Método Estatístico ........................................................................... 11

3.4.3. Métodos Analíticos ........................................................................... 11

3.4.4. Métodos de Diferença-Finita ............................................................ 11

3.4.5. Lei de Darcy ........................................................................................ 13

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Unidade 3. Fundamentos da Modelagem e Simulação de Reservatórios

3.1. Fundamentos da simulação de reservatórios

Por que simular um reservatório?

É sabido que a Era da Informação é sinônimo de conhecimento. Ainda que a


ciência propriamente dita não seja totalmente utilizada, a informação por si só
também não pode garantir transparência, esta é a pré-condição para o
conhecimento. A ciência apropriada requer pensamento ou imaginação com
consciência, a própria essência da humanidade. A imaginação é necessária para
quem deseja tomar decisões baseadas na ciência e sempre começa com a
visualização, que uma outra forma de falar de simulação. Embora exista um
equívoco comumente realizado de que a experimentação física precede a
análise científica, a verdade é que a simulação é a primeira que tem que ser
trabalhada antes mesmo de projetar um experimento. É por isso que a indústria
petrolífera coloca tanta ênfase em estudos de simulação.

A indústria petrolífera é conhecida por ser a maior usuária de modelos de


computador. Mais importante, ao contrário de outras simulações em grande
escala, como pesquisa espacial e modelos meteorológicos, os modelos de
petróleo não têm a opção de serem verificados, ou seja, de poder-se contemplar
os reservatórios e os seus dados a olho nu.

Como os engenheiros de reservatório de petróleo não têm a possibilidade


navegar directamente pelo reservatório, a tarefa de modelar é a mais importante
e complexa. De fato, a partir do advento da tecnologia da computação, a indústria
petrolífera tornou-se pioneira no uso de simuladores computacionais em
praticamente todos os aspectos da tomada de decisão.

Desde a era de ouro da indústria petrolífera, quantidades muito significativas de


dólares foram investidas para desenvolver pesquisas de alguns modelos
matemáticos mais sofisticados já usados.

3.2. O essencial da simulação de reservatório

Hoje, praticamente todos os aspectos dos problemas de Engenharia de


Reservatórios são resolvidos com simuladores de reservatórios, desde testes de
poço até previsão de recuperação aprimorada do petróleo. Para cada aplicação
especifica, no entanto, há um simulador personalizado. Embora, muitas vezes,
os simuladores sejam abrangentes, e incorporam uma fração de todas as
aplicações, existem outras denominações que são usadas para descrever um

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simulador da empresa. Assim sendo, cada estudo de simulação é um processo


único, desde a descrição do reservatório até a análise final dos resultados.

A simulação é a arte de combinar física, matemática, engenharia de


reservatórios e programação computacional para desenvolver uma ferramenta
para prever o desempenho do reservatório de hidrocarbonetos em várias
estratégias operacionais.

Figura 1: Principais passos envolvidos no desenvolvimento de um simulador de


reservatório.

De acordo com a Figura 1, as seguintes etapas podem ser entendidas como:

• Formulação

Esta etapa descreve as premissas básicas inerentes ao simulador, afirma essas


suposições em termos matemáticos precisos e aplica-as a um volume de
controle no reservatório. A aproximação de Newton é usada para tornar essas
equações de volume de controle em um conjunto, ou sistemas de equações
diferenciais parciais não lineares acopladas (PDEs) que descrevem o fluxo de
fluidos através do meio poroso.

É possível contornar o passo da formulação na forma de PDEs e expressar


diretamente a equação de fluxo de fluido na forma de equação algébrica não
linear. Na verdade, ao configurar as equações algébricas diretamente, pode-se
tornar o processo simples e ainda manter a precisão. Essa abordagem é
denominada "Abordagem de Engenharia" porque está mais próxima do
pensamento do engenheiro e do significado físico dos termos nas equações de
fluxo. Tanto as abordagens de engenharia quanto matemática tratam as

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condições de fronteira com a mesma precisão. A abordagem de engenharia é


simples, geral e rigorosa.

A Abordagem Matemática refere-se aos métodos que obtêm as equações


algébricas não-lineares através da derivação e discretização dos PDEs.

• Discretização

Processo pelo as equações PDEs são discretizadas, dando origem a um


conjunto de Equações Algébricas não-Lineares. A série Taylor é usada para
discretizar as equações PDEs.

Para realizar a discretização, uma PDE é escrita para um determinado ponto no


espaço em um determinado nível de tempo. A escolha do nível de tempo (nível
de tempo antigo, nível de tempo atual ou o nível de tempo intermediário) leva ao
método de formulação explícito, implícito.

Existem três métodos disponíveis para a discretização de qualquer PDE: o


Método da Série Taylor, o Método Integral e o Método Variacional.

Da combinação do método da Série Taylor e do Integral, resulta o Método de


Diferença-Finita.

O processo de discretização resulta em um sistema de equações algébricas não


lineares. Essas equações geralmente não podem ser resolvidas com
solucionadores de equações lineares e a linearização de tais equações se torna
um passo necessário antes que as soluções possam ser obtidas.

• Linearização

As equações PDEs formados durante a etapa de formulação, se resolvidas de


forma analítica, dariam os valores da pressão do reservatório, saturações fluidas
e taxas de fluxo de poços como funções contínuas de espaço e tempo.

A linearização envolve aproximadamente termos não lineares tanto no espaço


quanto no tempo. E dela resulta um conjunto de equações algébricas lineares.
Qualquer um dos vários solucionadores (ex: linguagens de programação como
MATLAB, Fortran, C++, etc.) de equação linear pode então ser usado para obter
a solução. A solução compreende distribuições de pressão e saturação de fluidos
no reservatório e taxas de vazão de poços.

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• Solução numérica

Devido à natureza altamente não linear dos PDEs, técnicas analíticas não podem
ser utilizadas e soluções devem ser obtidas com métodos numéricos. Ao
contrário das soluções analíticas, as soluções numéricas dão os valores de
pressão e saturações de fluidos em meio poroso, apenas em pontos discretos
no reservatório e em tempos discretos.

Vários métodos numéricos podem ser usados para resolver as equações PDEs;
no entanto, a abordagem mais comum na indústria petrolífera hoje é o Método
de Diferença-Finita.

• Validação e aplicação da solução

A validação de um modelo ou de simulador de reservatório é a última etapa no


desenvolvimento de um simulador, após o qual o simulador pode ser usado para
aplicações práticas de campo. A etapa de validação é necessária para garantir
que nenhum erro tenha sido introduzido nas várias etapas de desenvolvimento
e na programação computacional.

3.3. Suposições por trás de várias Abordagens de Modelagem

A indústria do petróleo se estabeleceu como pioneira na coleta de dados


subterrâneos. Historicamente, nenhuma outra disciplina teve tanto cuidado em
garantir que os dados de entrada sejam tão precisos quanto a tecnologia mais
recente permitiria. A recente variedade de tecnologias que lidam com
mapeamento de superfície, monitoramento em tempo real e dados de alta
velocidade de transferência; é a evidência do fato de que os dados de entrada
na simulação de reservatório são o elo forte da modelagem de reservatório.

Na simulação de reservatório, é usado o princípio GIGO (Garbage in and


garbage out). Este princípio implica que os dados de entrada devem ser precisos
para que os resultados da simulação sejam aceitáveis.

A fonte de dados não é um problema na indústria do petróleo, pois muitos


avanços foram feitos nas técnicas de coleta de dados. O potencial problema está
no processamento de dados (Big Data oil and gas processing).

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3.3.1. Método Baseado no Conhecimento

No entanto, para que um processo de modelagem seja baseado no


conhecimento, ele deve atender a dois critérios, a saber, a fonte deve ser
verdadeira (ou real) e o processamento subsequente deve ser verdadeiro.

Para que o processo seja baseado no conhecimento, é necessário executar as


seguintes etapas lógicas:

1. Coleta de dados

Coleta de dados com aprimoramento constante da técnica de aquisição de


dados. O conjunto de dados a ser coletado é ditada pela função objetivo, que é
parte integrante do processo de tomada de decisão. A tomada de decisão, no
entanto, não deve ocorrer sem o processo de abstração. A conexão entre a
função objetivo e os dados precisa de aperfeiçoamento constante. Esta área de
pesquisa é um dos maiores pontos fortes da indústria do petróleo, principalmente
na era da informação.

2. Conversão de dados em informação

Os dados coletados devem ser transformados em informações para que se


tornem úteis. Com a tecnologia atual, a quantidade de dados brutos é tão grande
que a necessidade de um filtro é mais importante do que nunca. É importante,
no entanto, selecionar um filtro que não incline o conjunto de dados em direção
a uma determinada decisão. Matematicamente, esses filtros precisam ser não-
linearizados.

3. Processamento das informações

As informações devem ser posteriormente processadas em "conhecimento" livre


de ideias preconcebidas ou de uma "decisão preferida". Cientificamente, esse
processo deve estar livre de lobby de informações, ativismo ambiental e outros
vieses.

A maioria dos modelos atuais incluem esses fatores como parte integrante do
processo de tomada de decisão, enquanto um modelo de conhecimento
científico deve estar livre dessas interferências, pois distorcem o processo de
abstração e prejudicam inerentemente a tomada de decisão. Para que estas
“informações-conhecimento’’ estejam livres de distorção, elas devem estar livres
de manobras não científicas.

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4. Toma de decisão final

A tomada de decisão final é Baseada no Conhecimento, apenas se a abstração


das três etapas acima tiver sido seguida sem interferência. A decisão final é uma
questão de Sim ou Não (ou Verdadeiro ou Falso ou 1 ou 0) e essa decisão será
baseada no conhecimento ou baseada em preconceitos.

Figura 2: Processo de tomada de decisão Baseada no Conhecimento.

Figura 3: Processo de tomada de decisão baseada no preconceito.

O processo de tomada de decisão com base no preconceito é ilustrado pelo


triângulo invertido. Esta representação invertida enfatiza a instabilidade inerente
e a insustentabilidade do modelo. Os dados de origem dos quais uma decisão
eventualmente surge já incorporam suas próprias justificativas, que são
acomodadas por camadas de opacidade e desinformação.

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A desinformação mencionada aqui é o que resulta quando as informações são


apresentadas ou recapituladas a serviço de intenções ocultas não declaradas ou
não reconhecidas.

Os métodos dessa desinformação alcançam seu efeito apresentando evidências


ou dados brutos seletivamente, sem divulgar o fato de tal seleção ou os critérios
que orientam a seleção. Esse processo de seleção oculta qualquer distinção
entre os dados provenientes da natureza ou de qualquer caminho natural, por
um lado, e os dados de observações não verificadas ou não testadas, por outro.
Na ciência social, tais manobras são bem conhecidas, mas o reconhecimento
desse modelo afenomenal (irreal) é novo na ciência e na engenharia.

3.3.2. Método Analógico

Consiste em usar propriedades maduras do reservatório semelhantes ao


reservatório alvo para prever o comportamento do reservatório. Este método é
especialmente útil quando há limitações nos dados disponíveis. Os dados do
reservatório na mesma bacia geológica ou região podem ser aplicados para
prever o desempenho do reservatório alvo.

3.3.3. Métodos Experimentais

Eles medem as características dos modelos de reservatórios em laboratórios e


dimensionam esses resultados para todos os acúmulos de hidrocarbonetos
presentes em reservatórios.

3.3.4. Métodos Matemáticos

Este método aplica leis básicas de conservação e equações constitutivas para


formular o comportamento do fluxo no reservatório e outras características em
notações matemáticas.

As duas equações básicas são a equação de balanço de matéria ou continuidade


e a equação de movimento ou equação de impulso. Estas duas equações são
expressas para diferentes fases do fluxo no reservatório e são combinadas para
obter equações únicas para cada fase do fluxo.

No entanto, é necessário aplicar outras equações ou leis para modelagem, por


exemplo: em caso de recuperação de petróleo, a equação do equilíbrio

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energético é necessária para analisar o comportamento do reservatório para


injeção a vapor ou em reservatórios de combustão in-situ.

O modelo matemático tradicionalmente inclui a equação de equilíbrio de matéria,


curva de declínio, métodos estatísticos e também analíticos.

A lei de Darcy é quase sempre usada em todos os simuladores de reservatório


disponíveis para modelar o movimento de fluidos.

O cálculo numérico do modelo matemático obtido é baseado principalmente


sobre o Método de Diferença Finita.

3.4. Equação do Balanço de matéria

A equação do balanço de matéria é conhecida como a representação


matemática clássica do reservatório. De acordo com este princípio, a quantidade
de material restante no reservatório após uma produção no intervalo de tempo é
igual à quantidade de material originalmente presente no reservatório menos a
quantidade de material removido do reservatório devido à produção mais a
quantidade de material adicionado ao reservatório devido à injeção.

Esta equação descreve os fundamentos físicos do esquema de produção do


reservatório.

Existe várias suposições na equação de balanço de matéria:

✓ As propriedades da rocha e do fluido não mudam no espaço;


✓ A Hidrodinâmica do fluxo de fluidos no meio poroso é
adequadamente descrita pela lei de Darcy;
✓ A separação dos fluidos é espontânea e completa;
✓ A configuração geométrica do reservatório é conhecida e exata;
✓ Os Dados de PVT obtidos em laboratório com o mesmo processo
são válidos no campo;
✓ O processo é sensível às imprecisões de medida da pressão de
reservatório. O modelo quebra quando não ocorre declínio de
pressão no reservatório, como na pressão de operações de
manutenção.

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3.4.1. Curva de Declínio

A taxa de declínio da produção de petróleo geralmente segue uma das seguintes


formas matemáticas: exponencial, hiperbólica e harmônica.

As seguintes suposições se aplicam à análise da curva de declínio:

✓ Os processos passados continuam a ocorrer no futuro;


✓ As práticas de operação são assumidas como as mesmas.

3.4.2. Método Estatístico

Neste método, o desempenho passado de inúmeros reservatórios é


estatisticamente contabilizado para obter as correlações empíricas, que são
usadas para previsões futuras. Pode ser descrito como uma extensão formal do
método analógico. Os métodos estatísticos podem ter as seguintes suposições:

✓ As propriedades dos reservatórios estão dentro do limite do banco de


dados;
✓ Existe simetria no reservatório;
✓ A recuperação final é independente da taxa de produção.

3.4.3. Métodos Analíticos

Na maioria dos casos, o fluxo de fluido dentro da rocha porosa também é


complicado para resolver analiticamente. Esses métodos podem se aplicar a
alguns modelos simplificados. No entanto, esta solução pode ser aplicada como
a solução de marca de banco para validar as abordagens numéricas.

3.4.4. Métodos de Diferença-Finita

O Cálculo de Diferença-Finita é uma técnica matemática, que é usada para


aproximar valores de funções e suas derivadas em pontos discretos, onde eles
não são conhecidos.

Os Métodos de Diferença-Finita são amplamente aplicados na indústria de


petróleo para simular o fluxo de fluido dentro do meio poroso. As seguintes
suposições são inerentes ao método de diferença finita:

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1. A relação entre derivativos e os operadores de diferença finita, por exemplo,


operador de diferença para a frente, operador de diferença para trás e o
operador de diferença central é estabelecido através da série Taylor. A
expansão da série Taylor é o básico elemento em fornecer a forma diferencial
de uma função. Converte uma função em um polinomial de ordem infinita.
Isso fornece uma descrição aproximada de uma função, considerando um
número finito de termos e ignorando as partes de ordem superior. Em outras
palavras, assume que uma relação entre os operadores para pontos
discretos e os operadores do contínuo funções é aceitável.

2. A relação envolve truncamento da série Taylor das variáveis desconhecidas


após poucos termos. Tal truncação leva ao acúmulo de erros.
Matematicamente pode ser mostrado que a maior parte do erro ocorre nos
termos de ordem mais baixos.

a) A diferença para a frente e a diferença para trás das aproximações são


as aproximações da primeira ordem para a primeira derivada.

b) Embora a aproximação da segunda derivada pelo operador de


diferença central aumente a precisão por causa de uma aproximação
de segunda ordem, ele ainda sofre do problema da truncação.

c) À medida que o tamanho do espaçamento reduz, o erro de truncação


aproxima-se a zero mais rapidamente. Portanto, uma maior
aproximação de ordem eliminará a necessidade de mesmo número de
medições ou pontos discretos. Podendo manter o mesmo nível de
precisão; no entanto, menos informação em pontos discretos pode ser
arriscado também.

3. As soluções das equações de diferença-finita são obtidas apenas nos pontos


discretos. Estes pontos discretos são definidos de acordo com bloco
centrado ou sistema de rede distribuída. No entanto, a condição de limite,
para ser específico, a pressão constante limite, pode parecer importante na
seleção da grade do sistema com restrições inerentes e ordem superior de
aproximações.

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4. As soluções obtidas para pontos de grid (grelha) estão em contraste com às


soluções das equações contínuas.

5. No esquema de diferença-finita, a truncação do erro local ou do erro de


discretização local não é prontamente quantificável porque o cálculo envolve
ambas formas contínuas e discretas. Tal dificuldade pode ser superar
quando o tamanho da malha ou o passo do tempo ou ambos são diminuídos
levando à minimização do erro de truncação local. No entanto, ao mesmo
tempo a operação computacional aumenta, o que eventualmente aumenta o
erro de round-off.

3.4.5. Lei de Darcy

Porque praticamente todos os estudos de simulação de reservatórios envolvem


o uso da lei Darcy, é importante entender as suposições por trás desta equação
de equilíbrio de momento.

As seguintes suposições são inerentes à lei de Darcy e sua extensão:

✓ O fluido é homogêneo, em fase única e newtoniano;


✓ Não ocorre reação química entre o fluido e o meio poroso;
✓ Prevalece a condição de fluxo Laminar;
✓ A permeabilidade é uma propriedade do meio poroso, que é
independente de pressão, temperatura e do fluido;
✓ Não há efeito de deslizamento (ex: fenômeno Klinkenberg);
✓ Não há efeito eletrocinético.

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