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Contextualização
A Geometria existe em tudo em nossa volta: basta olhar para as roupas que usamos, os jogos
infantis, as construções de edifícios convencionais ou precários, os mais diversos preparos de
culinária, etc. encontramos diferentes formas geométricas resultado ou não da accão do
homem. Mas afinal o que é a geometria?
Como a Geometria é uma área de estudos muito extensa, podemos dividi-la nas seguintes
subáreas:
Uma estranha construção feita pelos antigos persas para estudar o movimento dos astros; um
compasso antigo; um vetusto esquadro e, sob ele, a demonstração figurada do teorema de
Pitágoras; um papiro com desenhos geométricos e o busto do grande Euclides; são algumas
das etapas fundamentais no desenvolvimento da Geometria. Mas, muito antes da compilação
dos conhecimentos existentes, os homens criavam, ao sabor da experiência, as bases da
Geometria. E realizavam operações mentais que depois seriam concretizadas nas figuras
geométricas1.
No Egipto antigo, por volta dos anos 3.600 a.C., os campos agrícolas situados nas planícies
ribeirinhas do Rio Nilo, recebiam um rico limo devido às cheias que depositavam neles lamas
aluviais ricas em nutrientes, tornando o delta do rio a mais fértil terra lavrável do mundo
antigo o que constituía uma bênção para os habitantes. Contudo, as inundações típicas das
épocas chuvosas faziam desaparecer as plantações e as delimitações dos campos.
Para uma nova demarcação, os faraós instituíam tarefa a certos homens de sua confiança com
a missão de avaliar os prejuízos das cheias e restabelecer as fronteiras dos campos para as
diversas pessoas. Esses homens são os agrimensores que dividiam os campos em lotes para
novos plantios como forma de evitar conflitos entre indivíduos e comunidades sobre o uso da
terra não delimitada.
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Fonte: Dicionário Enciclopédico Conhecer - Abril Cultural
Na divisão, que devia ser em lotes retangulares, havia que se marcar “ângulos rectos” obtidos,
de modo intuitivo, com a utilização do “Teorema de Pitágoras”, para o caso de um triângulo
particular, cujos lados mediam 3,4 e 5 unidades de comprimento. Assim, os agrimensores
acabaram por aprender a determinar as áreas de lotes de terrenos dividindo-os em retângulos
e triângulos. Quando deparavam com superfícies irregulares, cartógrafos e agrimensores
utilizavam o método de triangulação (dividir um campo em porções triangulares cujas áreas
somadas davam a área total). Foi assim que nasceu a geometria
Na Babilónia havia bastante avanço quando comparado com o Egipto no que refere à
aritmética e álgebra. Os babilónicos já conheciam bem o famoso Teorema de Pitágoras, cuja
primeira demonstração é atribuída aos pitagóricos muitos séculos mais tarde. Mesmo assim, a
história aponta a Babilónia, a par do Egipto como os que deram origem a Geometria devido a
suas actividades ligadas a algumas práticas do quotidiano relacionadas o comercio, as
construções e movimento dos astros e ao plantio nas margens do rio Nilo, respectivamente.
Na Grécia, por volta de 500 a.C., as primeiras academias foram fundadas e a busca por
conhecimentos sobre geometria aumentava. A partir de Tales de Mileto (600 a.C.,
aproximadamente), surgem as primeiras tentativas de deduzir os factos geométricos.
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Importante: Falar da vida e obra de Euclides
A união da geometria com a álgebra, o que resultou na geometria analítica
(Descartes);
O diâmetro que divide o círculo em duas partes iguais (Tales de Mileto);
Os ângulos opostos pelo vértice são iguais (Tales de Mileto);
Geometria euclidiana (Euclides).
Por volta de 3500 a.C. - quando na Mesopotâmia e no Egito começaram a ser construídos os
primeiros templos - seus projetistas tiveram de encontrar unidades mais uniformes e precisas.
Adotaram a longitude das partes do corpo de um único homem (geralmente o rei) e com essas
medidas construíram réguas de madeira e metal, ou cordas com nós, que foram as primeiras
medidas oficiais de comprimento.
No que tange às figuras, tanto entre os sumérios como entre os egípcios, os campos
primitivos tinham forma retangular. Também os edifícios possuíam plantas regulares, o que
obrigava os arquitetos a construírem muitos ângulos retos (de 90º). Embora de bagagem
intelectual reduzida, aqueles homens já resolviam o problema como um desenhista de hoje.
Qualquer trio de números inteiros ou não que respeitem tal relação definem triângulos-
retângulos, que já na antiguidade foram padronizados na forma de esquadros.
Um compasso logo substituiu a corda e a estaca para traçar círculos, e o novo instrumento foi
incorporado ao arsenal dos geômetras. O conhecimento do Universo aumentava com rapidez
e a escola pitagórica chegou a afirmar que a Terra era esférica, e não plana. Surgiam novas
construções geométricas, e suas áreas e perímetros eram agora fáceis de calcular.
Uma dessas figuras foi chamada polígono, do grego polygon, que significa “muitos ângulos”.
O cálculo da altura de uma construção, de um monumento ou de uma árvore é também muito
simples: crava-se verticalmente uma estaca na terra e espera-se o instante em que a extensão
de sua sombra seja igual à sua altura. O triângulo formado pela estaca, sua sombra e a linha
que une os extremos de ambos é isósceles. Basta medir a sombra para conhecer a altura.