O documento discute a importância da afetividade no desenvolvimento humano e no processo de aprendizagem escolar de acordo com vários teóricos. Wallon considerou que o desenvolvimento da criança envolve a afetividade, a motricidade e a inteligência, e que a aprendizagem ocorre através da interação social. Vygotsky também viu a aprendizagem como um processo social e considerou que o pensamento se origina na esfera da motivação, que inclui afeto e emoção. É importante que a escola proporcione um ambiente afet
O documento discute a importância da afetividade no desenvolvimento humano e no processo de aprendizagem escolar de acordo com vários teóricos. Wallon considerou que o desenvolvimento da criança envolve a afetividade, a motricidade e a inteligência, e que a aprendizagem ocorre através da interação social. Vygotsky também viu a aprendizagem como um processo social e considerou que o pensamento se origina na esfera da motivação, que inclui afeto e emoção. É importante que a escola proporcione um ambiente afet
O documento discute a importância da afetividade no desenvolvimento humano e no processo de aprendizagem escolar de acordo com vários teóricos. Wallon considerou que o desenvolvimento da criança envolve a afetividade, a motricidade e a inteligência, e que a aprendizagem ocorre através da interação social. Vygotsky também viu a aprendizagem como um processo social e considerou que o pensamento se origina na esfera da motivação, que inclui afeto e emoção. É importante que a escola proporcione um ambiente afet
Afetividade: termo utilizado para designar e resumir não só os afetos, mas também os
sentimentos ligeiros ou matizes (gradação) de sentimentos de agrado ou desagrado.
afeto: definido como qualquer espécie de sentimento e (ou) emoção associada a ideia. Afeto na escola: os sentimentos e emoções do aluno precisam ser levados em conta, já que podem favorecer ou desfavorecer o desenvolvimento cognitivo – com o qual está intimamente relacionado desde que o bebê vem ao mundo. A emoção é a forma que o corpo encontra de exprimir o que é pessoal e socialmente agradável ou desagradável para determinado sujeito. Classificação: A afetividade positiva (AP) se refere ao tipo de emoções positivas tanto de alta energia (entusiasmo e excitação, prazer e alegria) como de baixa energia (calma e tranquilidade). afetividade negativa (AN) se refere a emoções negativas como a ansiedade, a raiva, a culpa e a tristeza (é possível que um aluno apresente alta energia em ambas dimensões (AP e AN) ao mesmo tempo: apresentar um alto nível de energia entusiasta e, ao mesmo tempo, estar irritado). Construção: Desde que a criança nasce, o ambiente precisa satisfazer suas necessidades básicas de afeto, apego, desapego, segurança, disciplina e comunicação, pois é nele que se estrutura a mais importante forma de aprendizagem: a de estabelecer vínculos, isto é, a capacidade de se relacionar, tendo-se em conta que o ser humano é um ser social. Teoria do Apego (Bowlby): postula a existência de uma organização psicológica interna situada no sistema nervoso central, responsável pela formação e manutenção de laços emocionais íntimos entre indivíduos. A propensão para estabelecer tais laços é considerada um componente básico da natureza humana, encontrando-se presente no recém-nascido em forma germinal e continuando na idade adulta e na velhice, quando os primeiros laços persistem e são complementados por outros. Além do motivo primordial de sobrevivência, Bowlby ressalta a influência no desenvolvimento da criança, em termos de saúde mental, da maneira como a criança é tratada por seus pais - sobretudo pelo cuidador principal que, em sociedades ocidentais, geralmente é a mãe. A relação complexa, rica e recompensadora com tal figura nos 1º anos de vida, enriquecida pelas relações com o pai, familiares e professores – entre outros agentes importantes de socialização – que a ciência julga estar na base do desenvolvimento da personalidade e da saúde mental. Considerar de forma integrada o desenvolvimento da afetividade com os demais âmbitos da natureza humana – em especial com o cognitivo. Piaget (afetividade): é caracterizada como instrumento propulsor das ações, estando a razão a seu serviço. A afetividade seria a energia, o que move a ação, enquanto a Razão seria o que possibilitaria ao sujeito identificar desejos, sentimentos variados, e obter êxito nas ações, não há conflito entre as duas partes. Ao pensar a Razão contra a afetividade não se deve dotar a Razão de algum poder semelhante ao da afetividade, ou seja, reconhecer nela a característica de móvel, de energia. um ambiente afetuoso pode determinar o sucesso das atividades propostas pelo professor, assim é importante considerar no cotidiano das salas de aula, ações que favoreçam o surgimento e crescimento de sentimentos positivos, que possam fortalecer laços e conduzir a uma maior interação entre o grupo. Vygotsky (afetividade): considera que a aprendizagem ocorre a partir de um intenso processo de interação social, através do qual o indivíduo vai internalizando os instrumentos culturais, ou seja, as experiências vivenciadas com outras pessoas é que vão possibilitar a ressignificação individual do que foi internalizado. como um sujeito social e interativo, sendo que a criança, constrói seu conhecimento com a ajuda do adulto e de seus pares. o pensamento tem sua origem na esfera da motivação, a qual inclui inclinações, necessidades, interesses, impulsos, afeto e emoção. as crianças que desenvolvem fortes ligações afetivas têm curiosidade em conhecer o ambiente que as cerca, em explorá-lo e ainda, desenvolvem a capacidade de enfrentar situações estressantes. Wallon: o desenvolvimento da pessoa é visto como uma construção progressiva em que fases se sucedem com predominância alternadamente afetiva e cognitiva, mas também uma fase do desenvolvimento, a mais arcaica. A afetividade e inteligência estão sincreticamente misturadas, com predomínio da primeira. Corresponde à primeira manifestação do psiquismo – impulsiona o desenvolvimento cognitivo ao instaurar vínculos imediatos com o meio social, abstraindo deste seu universo simbólico, culturalmente elaborado e historicamente acumulado pela humanidade. Os instrumentos mediante os quais se desenvolverá o aprimoramento intelectual são irremediavelmente garantidos por estes vínculos estabelecidos pela consciência afetiva. Se considera essencial a influência social, pois ela estabelece um vínculo maior entre os indivíduos a fim de suprir a articulação cognitiva nos anos iniciais de vida de cada indivíduo. Desenvolvimento da afetividade na escola: quando a criança atinge a idade escolar as funções neurossensório-motoras e as demais funções cerebrais (sensação, percepção e emoção) estão ainda confusas e, por isso, a discriminação entre seu eu e sua experiência não se realiza apenas na dimensão cognitiva. a educação deve, inicialmente, se concentrar na avaliação de quatro pontos: 1)como a criança procura resolver suas dificuldades, 2) seu nível de auto-estima, 3) características de seu humor e 4) posturas da criança diante do adulto resultantes de sua relação com a família, tais como nível de autonomia, relação com figuras de autoridade e relação com estruturas de poder. Na relação professor-aluno, a afetividade deve proporcionar o desenvolvimento das relações afetivas, assim, o professor deve procurar utilizar as emoções como fonte de energia e, quando possível, as expressões emocionais dos alunos como facilitadores do conhecimento. âmbito emocional – identificar os sentimentos, expressar os sentimentos, avaliar sua intensidade, adiar a satisfação, controlar os impulsos, reduzir a tensão. âmbito cognitivo – saber a diferença entre sentimento e ação, ler e interpretar indícios sociais, compreender a perspectiva dos outros, usar etapas para resolver problemas, criar expectativas realistas sobre si, compreender normas de comportamento. âmbito comportamental – comportamentos não verbais: comunicar-se com os olhos, com gestos, com expressão facial; comportamentos verbais: fazer pedidos claros, resistir a influências negativas, ouvir os outros, responder eficientemente a críticas. o desenvolvimento da afetividade no processo educativo deve incluir a oportunidade para a manipulação da realidade e a estimulação da função simbólica, depois da construção de si mesmo – o que exige espaço para todo tipo de manifestação expressiva direta ou indireta mediante personagens susceptíveis de provocar identificação. Entre esses personagens estão os professores e, portanto, não se pode esquecer que a afetividade na própria relação professor aluno é outro aspecto fundamental a ser considerado. Afetividade está ligada à auto-estima e às formas de relacionamento entre aluno e aluno e professor aluno. Um professor que não seja afetivo com seus alunos fabricará uma distância perigosa, criará bloqueios com os alunos e deixará de estar criando um ambiente rico em afetividade. esta relação deve ter como base a confiança a ser transmitida, por um e por outro, auxiliando nas tomadas de decisão e na aprendizagem. Os professores precisam estar comprometidos com mudanças em suas idéias e posturas tradicionais, as quais trazem ranços de práticas escolares que apenas depositam informações nos alunos, desconsiderando a afetividade no processo ensino-aprendizagem. A falta de motivação do professor geralmente se reflete em sua resistência em aceitar inovações tecnológicas e em assumir novos papéis a formação, ou a falta de formação adequada, os baixos salários, a desvalorização social do professor, as condições materiais em que se vê compelido a trabalhar, a falta de um sistema adequado de reforços pelo empenho em concretizar um bom trabalho, a diversidade dos alunos, a falta de uma boa administração do tempo, planejamentos deficientes, a sobrecarga de trabalho (em número de alunos, de turmas e até de escolas em que atua), a falta de envolvimento dos alunos entre outras variáveis a que estão sujeitos, conduzem à apresentação de respostas de manutenção da situação atual, de falta de iniciativa, de desinteresse pela mudança e não-engajamento efetivo em qualquer inovação. Teoria de Wallon (slide 2) Wallon considerou não só o corpo da criança em desenvolvimento, mas também suas emoções para dentro da sala de aula. Trabalhou no projeto de construir uma educação mais justa para uma sociedade mais justa, com base na solidariedade. Wallon parte da idéia de que o psiquismo humano foi e é produzido historicamente pelos próprios homens no interior das relações que estabelecem entre si e com a natureza aprimorando- se cognitivamente e desenvolvendo, assim, suas condutas e personalidade propõe o estudo integrado do desenvolvimento: afetividade, motricidade, inteligência são vistos como campos funcionais entre os quais se distribui a atividade infantil. “geneticamente social” Para ele a atividade do homem é inconcebível sem o meio social; pressupõe uma conformação determinada do cérebro, haja vista que certas perturbações de sua integridade privam o indivíduo. Implicação: Estudo integrado do desenvolvimento humano (afetividade-motricidade- inteligência), Até que a criança saiba identificar sua personalidade e a dos outros, correspondendo a primeira ao eu e as segundas à categoria do não-eu, encontra-se num estado de dispersão e indiferenciação, percebendo-se como que fundida ao outro e aderida às situações e circunstâncias. Princípios: Predominância Funcional: predominância de um determinado tipo de funcionamento mental (afetivo e cognitivo) que interfere na forma como o sujeito se relaciona com o mundo; cada fase tem suas peculiaridades, delineadas pela predominância de um tipo de atividade. Alternância Funcional: alternância entre as formas de atividades e interesses das crianças. Assim, ora o interesse para o interior, conhecimento de si e construção do “eu”– fase centrípeta, ora para o exterior, para a descoberta do mundo- fase centrífuga. Integração Funcional: a mudança de fase, assimilando o que já foi adquirido, não exclui o estágio precedente. Dá uma continuidade a tudo o que já foi adquirido. Fases: Impulsivo-emocional (1º ano de vida) afetivo (orienta as primeiras reações do bebê às pessoas, as quais intermediam sua relação com o mundo físico) - construção de si. Estágio Sensório motor e projetivo (até 3 anos) cognitivo – construção do real (compreensão do mundo físico ) aparecimento da marcha, da linguagem e da função simbólica; imitação. Estágio Personalista (3 - 6 anos) afetivo – construção de si Construção da consciência de si pela interação social (é a diferenciação psíquica da criança em relação ao outro); Estágio Categorial (6-11/12 anos) cognitivo – construção do real, pensamento pré-categorial até os 9-10 anos (classifica os objetos e as situações de acordo com a relação concreta e imediata que tem com eles). Estágio da Puberdade e da Adolescência (11-12 anos) afetivo – construção de si, ocorrência de modificações fisiológicas impostas pelo amadurecimento sexual que provocam alterações psíquicas. A afetividade precede nitidamente o aparecimento das condutas cognitivas e as possibilita, daí a afirmação de que estimular a afetividade é nutrir a inteligência; A emoção, tipo particular de manifestação afetiva, é o primeiro recurso de que o ser humano dispõe para comunicar-se e interagir com o outro (desenvolvimento da comunicabilidade do bebê: a emoção encontra-se na origem da consciência, operando a passagem do mundo orgânico para o social, do plano fisiológico para o psíquico). As necessidades de movimento são imprescindíveis ao desenvolvimento infantil: O movimento começa como manifestação da emoção, e depois passa a ser usado como meio de exploração do ambiente Quem sustenta o pensamento no início é a motricidade, que será depois inibida por ele: A criança de início apresenta uma indiferenciação entre a motricidade, a linguagem e o pensamento, comunicando-se pelo corpo. A redução da motricidade exterior e o progressivo ajustamento do movimento ao mundo físico está ligada à possibilidade de controle voluntário sobre o ato motor. O controle da criança sobre suas próprias ações: autodisciplinas mentais, é um processo lento e gradual que depende de fatores orgânicos e sociais (se manter atenta por mais tempo em uma mesma atividade, desconsiderando os vários estímulos que recebe do ambiente).