UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CURSO DE LICENCITURA INTERDISCIPLINAR EM ESTUDOS

AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS

1ª AVALIAÇÃO: HISTÓRIA DO BRASIL E MARANHÃO REPÚBLICA

Aluno/a: Bruno Mondego

Data: ___/_____/_____

A ideia de proclamação da república frente à uma nação de “bestializados” compôs o

imaginário e a historiografia brasileira, paralelo a isso estava o desafio de formar as
bases de uma, finalmente, nação. Conforme tratamos nas diversas leituras, o período
que compreende 1889 a 1930 foi marcado pelo contexto de fortalecimento de regime
republicano (ainda que custasse o sufocamento de manifestações como a de Canudos),
difusão dos ideais higienistas, crescimento das cidades em suas múltiplas contradições
no fomento do espaço urbano, industrialização e movimentos organizados (seja por
meio dos/as operários/as ou do movimento negro). Diante desta intensa Primeira
República, escolha pelo menos duas temáticas estudadas ao longo da unidade e
relacione-as em um texto dissertativo analítico.
P.s: Observe atentamente para as normas de escrita, a organização textual e para a
referência adequada aos autores citados.
 RAGO, Margareth. Do cabaré ao lar – A utopia da cidade disciplinar-
Brasil: 1890-1930. Editora Paz e Terra, 1985.

A autora está focada em entender o tecido social e histórica da Republica

Velhas e suas práticas cotidianas, através das relações do operariado brasileiro.

O Brasil republicano no início do século XX, tudo é novo e inquietante.

Entender como as relações de trabalhadores se organizam, nas formas de lazer, de
educação, as sutilezas das formas de resistências frente as instancias de poder.
Repensar o papel social histórico da classe operaria, tanto na forma de suas próprias
particularidades como do seu cotidiano.

E importante os preconceitos investidos na classe trabalhadora organizada, que

há muito se constrói, de que a classe operaria era politicamente atrasada, que os
anarquistas não propunham nada, são “verdades consagradas” ao longo das décadas.

O cenário de estudo é a cidade São Paulo, do período de 1890 á 1930, seu

objetivo é o cotidiano desse operário, e os anarquistas e suas doutrinas.

Margareth tenta em sua pesquisa demonstrar as diversas formas utilizados pelo

estado para adestramento dos operários, para que possam se tornar mais doceis, gentis
e mais produtivos. Era preciso conter a classe operaria e suas reivindicações, era
preciso controlar e evitar os conflitos.

Um dos seus capítulos que tem como título “Fabricas satânicas e fabricas
Higiênicas”, demonstram de forma rica e emocionante as práticas tanto explicitas
como veladas de formas de resistência operaria. Contribui de forma de penetrar nos
interiores fabricas, os bairros e as vilas da classe operária e as formas de movimentos
anarquistas no período da primeira república.

É importante em sua obra o destaque nas tentativas de silenciamento por parte

do estado das formas de resistência, muitas delas resistência ao conjunto e regras de
doutrinar e disciplinar a classe operaria que foram conduzidas nos primeiros anos da
industrialização brasileira.
 Movimento Negro: Alguns Apontamentos Históricos, de Petrônio Domingues

O período da Primeira Republica é marcado pela trajetória do movimento

negro no início do século XX, suas organizações, suas lideranças, suas propostas.
Esse período o movimento negro, tinha como objetivo assegurar os direitos desses
novos cidadãos, que apenas em menos de um ano antes da Proclamação, tiveram sua
liberdade constituída (abolição da escravidão no Brasil, 1888).
Mesmo com fim da escravidão no Brasil, e mesmo diversas propostas de
compensação, que nunca foram concretizadas, e um novo sistema politico no país, a
população negra brasileira, precisava se organizar na luta por melhoria no país.
A marginalização, a pobreza, e o preconceito ao povo negro recém-liberto era
uma realidade muito visível. Clubes, associações, imprensa negra, eram algumas
formas de organização para reunir e agrupar essa população por reivindicações de
politicas publicas que fossem capazes de mudar essa realidade.
Alguns grêmios recreativos e culturais tinham cunho assistencialistas aos
homens de cor, como eram chamados na época. Outras tinham como base a formação
politica da classe trabalhadora negra, como os portos, as ferrovias, que produziam
uma espécie de identidade sindical.
A imprensa negra onde a população negra denunciava suas mazelas, e suas
propostas, elaboradas por sua própria população. Um dos principais foi José Correia
Leite, que defendia uma que a comunidade necessitava uma imprensa alternativa.
Alguns jornais surgiram como Raça (1935), União (1918) Alvorada em pelotas no
Rio Grande do Sul foram importantes no país na luta do movimento.
As questões sobre habitações, educação, saúde, trabalho, denunciavam e
propunham soluções para todos esses problemas concretos. Um ponto importante foi a
luta contra segregação racial no país, que aconteciam em muitas cidades, que
impediam a população negra de frequentar certos lugares, tais como, igrejas e alguns
estabelecimentos comercias.
A primeira é marcada pela agencia do sujeito negro e seu protagonismo muitas
vezes invisibilizados, nada tem a ver com a realidade histórica muitas vezes contadas
nos livros de história.