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A VERDADE SOBRE

O CÂNCER
Especialistas Convidados
ÍNDICE

Capítulo 1: Muito além da mamografia..........................................4

Capítulo 2: O que não lhe dizem....................................................7

Capítulo 3: Eles foram esquecidos.........................................................10


A verdadeira prevenção para o câncer de mama
Gostaria de iniciar nossa conversa apresentando um cenário problemático
para as mulheres e como muitas vezes lidamos de maneira errada com ele.

No Brasil, o câncer de mama representa uma das principais causas de morte


por neoplasias malignas em mulheres. O Instituto Nacional do Câncer (Inca)
estima que 66 mil mulheres serão acometidas pela doença no ano de 2020.

Então, em todos os anos, no mês de outubro, as cidades se enchem de


outdoors, anúncios em pontos de ônibus, nas estações de metrô, caminhadas,
artistas do Instagram em prol da mesma causa: incentivar mulheres a fazerem
mamografia a cada dois anos para evitar o câncer de mama, independentemente
da idade delas

Mamografia é incapaz de reduzir a mortalidade do


câncer de mama ou prevenir a doença
Claro, tudo isso é com uma boa intenção, com intenção de proteger essas
mulheres. Números divulgados endossam essa iniciativa: "a taxa de sobrevivência
é de 99% em 5 anos quando detectada em um estágio inicial, contra 26%
quando detectada em um estágio avançado".

Mas a verdade cruel que tenho a lhe dizer é que a mamografia é incapaz de
reduzir a mortalidade do câncer de mama ou prevenir a doença. Primeiro que
essa não é uma abordagem de prevenção e sim de detecção.

Além disso, a grande maioria das detecções é feita pela apalpação e não como
resultado da mamografia. E o exame pode causar mutilações desnecessárias
para as mulheres devido a diagnósticos excessivos e tratamentos exagerados.

Lembre-se de que a carga de raio-X usada é 20 vezes maior do que para um


raio-X de tórax. Não é à toa que nos países mais ricos, a recomendação é que

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se faça a mamografia após os 50 anos e a cada três anos.

Em nossas pesquisas, descobrimos o trabalho da radiologista Cécile Bour do


coletivo francês Câncer Rosa. Ela faz parte de um grupo que escreveu uma carta
aberta à ministra francesa da Saúde, Marisol Touraine, pedindo informações
mais objetivas sobre os métodos de detecção da doença.

"A mamografia é apresentada às mulheres como se fosse uma prevenção


do câncer, quando sabemos que ela não previne o câncer" Cécile Bour, do
Coletivo Francês Câncer Rosa

Preciso que você, mulher, saiba que os benefícios da mamografia não são
garantidos e que, além disso, há muitos riscos: de exagero no diagnóstico, de
falsos alertas e de radiação inútil.

Se todos os cânceres se tornassem grandes e mortais, a detecção precoce


seria interessante, mas temos cenários diferentes:

• há aqueles que sempre permanecerão


pequenos e não evoluirão

• aqueles que regredirão espontanea-


mente

• aqueles que progredirão lentamente e


para quem o tratamento é necessário

• e, finalmente, aqueles que têm


uma evolução meteórica entre duas
mamografias e são fatais, não importa
o que você faça.

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O segredo que a ciência não conta sobre os cânceres
O que não lhe dizem é que a maioria dos cânceres detectados pelo exame
não é perigosa ou não é urgente porque:

• alguns regridem espontaneamente;

Isso foi o que mostrou um estudo realizado pela universidade de Oslo e


publicado pela revista JAMA em 2008. O estudo foi realizado de 1996 a 2001
com mulheres de 50 a 64 anos que fizeram mamografias a cada dois anos.

• outros não crescem ou crescem pouco;

Como resultado, a triagem de rotina


leva muitas mulheres a experimentar
desnecessariamente um diagnóstico
assustador ("você tem câncer!"), ou mesmo
tratamentos pesados como a quimioterapia.

O objetivo aqui não é te incentivar a


abandonar qualquer tipo de tratamento ou
fazer qualquer intervenção por conta própria.
O que precisa ficar claro é que a mamografia
não serve como prevenção de câncer de
mama, como você vai ver a seguir.

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No total, de acordo com os médicos mais otimistas, 1.000 mulheres com mais
de 50 anos devem ser mamografadas a cada ano para evitar uma única morte
por câncer de mama.

Mas não se esqueça que dessas 1.000 mulheres: aproximadamente 10 mulheres


trataram desnecessariamente (inclusive com quimioterapia e remoção de
mamas).

E 200 mulheres que terão o stress de um alarme falso ... a metade de quem
terá de passar por uma biópsia!

Outro estudo feito pela International Prevention Research Institute, em Lyon, na


França, revelou que a mamografia na Holanda tem pouco ou nenhum impacto
na redução da mortalidade do câncer de mama.

Então, a mensagem que fica é a mamografia sistemática não tem poder na


mortalidade total. Por isso, tome cuidado, a mamografia generalizada não
salva vidas!

O mais importante não é a triagem e, sim, um estilo de vida saudável que


proteja contra o câncer de mama, assim como todas as doenças degenerativas.

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O que eles “esqueceram” de lhe contar durante a
campanha do Outubro Rosa
Milhões de reais estão sendo gastos em "sensibilização" em favor da triagem,
enquanto todo esse dinheiro poderia ser usado para lembrar, por exemplo,
que: o azeite de oliva com dieta mediterrânea está associado a uma redução
de 67% no câncer de mama;

Um estudo conduzido na Universidade de Granada, na Espanha, cientistas


observaram que os componentes do azeite inibiram a expressão de um gene,
o HER2, que dispara a forma mais agressiva dessa doença.

A deficiência de melatonina, hormônio produzido à noite, onde sua falta leva a


um tipo de sono não reparador com consequências as mais várias na saúde,
como a predisposição à iniciação do câncer, incluindo o de mama.

Uma pesquisa realizada por cientistas da Faculdade de Medicina de São José


do Rio Preto (Famerp) em colaboração com colegas do Hospital Henry Ford
de Detroit, em Michigan, nos Estados Unidos, e publicado na revista PLoS
One, esclareceu que essa capacidade do hormônio se deve ao papel que ele
pode desempenhar na inibição da formação de novos vasos sanguíneos já
existente do tumor, denominada angiogênese, que contribui sobremaneira
para o desenvolvimento de metástases tumorais.

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Açafrão da Terra, ou cúrcuma, também
atuam na prevenção e tratamento do
câncer de mama.

Um estudo feito no Texas mostrou que


a cúrcuma inibe o risco de metástase
do câncer de mama para os pulmões
e ossos.

Segundo um relatório divulgado em


2013 no “Journal of Breast Cancer”,
a cúrcuma inibe o crescimento de
células tumorais e a sua migração
e proliferação para outras partes do
organismo.

A cúrcuma também é conhecida por sua potente ação anti-inflamatória.

Além disso, por que não dizer aos estudantes do ensino médio que a pílula
tomada por muito tempo aumenta substancialmente o risco de câncer de mama?

Essa seria uma ótima contribuição para as mulheres, a divulgação desse


conhecimento durante o outubro rosa.

Você quer a resposta?

Porque essas recomendações podem tirar dinheiro da indústria farmacêutica.

Portanto, não se deixe enganar e aprenda com fontes independentes sem


conflito de interesses.

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