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Ano: 2º
Turma: 2L3LR1T
Discentes:
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1- INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objectivo a análise dos princípios contratuais existentes na
história do Direito Civil, dos mais clássicos aos mais modernos, todos essenciais para as
relações jurídicas por estabelecerem equilíbrio e justiça entre as partes que se obrigam
através de um contrato.como sendo proposições gerais inferidas na cultura e ordenamento
jurídico que conformam criação, revelação, interpretação e aplicação do direito segundo
Maurício Golfinho Delgado.
Tem como objectivo principal regular a relacao jurídica entre os empregadores e os empregados
que essa relacao designa- se contrato de trabalho, ou seja negocio jurídico celebrado entre as
partes, de forma especifica distanciando o âmbito da justiça civil.
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Princípios do contrato
Os princípios jurídicos podem ser entendidos como o fundamento, a base do Direito,
porque eles orientam e direcionam todo o entendimento da ordem jurídica.
Com o Direito Civil e com os seus Ramos Especiais, nomeadamente, o Direito
Comercial e o Direito do Trabalho ou Laboral não seria diferente. Portanto, existem
princípios básicos sobre os quais os contratos civis no geral, e os contratos comerciais e
Laborais ou Trabalhistas devem ser fundamentados.
No caso do Direito contratual civil, segundo a doutrina civilistica Dominante, mormente
do Direito Romano-Germânico a que pertence o sistema jurídico Moçambicano, como
Herança do Direito Português, temos os seguintes princípios:
1. Princípio da autonomia da vontade
2. Princípio do consensualismo
3. Princípio da obrigatoriedade da convenção
4. Princípio da relatividade dos efeitos do contrato
5. Princípio da boa-fé.
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nenhuma coacção ou qualquer outro vicio da vontade que possam deturpar ou perturbar
a livre adesão ao fenómeno contratual em análise.
2- Princípio do consensualismo
Para formar um contrato, é determinante, ou melhor, fundamental, a vontade das
partes. Estando duas ou mais pessoas em comum acordo, o consenso está alcançado,
portanto, o contrato pode ser firmado.
Não é preciso haver qualquer início de execução da prestação, forma, sinal, ou causa para que o
contrato seja eficaz entre as partes: é suficiente o acordo de vontades despido , o chamado
nudum pactun
Assim, o princípio do consensualismo fundamenta que basta haver o consentimento das partes
para que o contrato possa ser acordado.
Exemplo:
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O princípio em análise, para além da indiscutível substância ética, apresenta também um
relevante significdo económico: o respeito rigoroso pelos compromissos assumidos é,
de Facto e de Direito, condição para que as trocas e as outras operações de circulação da
riqueza, se desenvolvam de modo correcto e eficiente, segundo a lógica que lhes é
própria, para que não se frustrem as previsões e os cálculos dos operadores.
Logo, o princípio da obrigatoriedade da convenção determina que o contrato precisa ser
celebrado por aqueles que dele fazem parte.
Este princípio não se aplica apenas às partes, aos sujeitos, mas também ao objeto. Deste
modo, a regra é de que a realidade jurídico-contratual deve ser dos sujeitos que
participam do contrato. O contrato sobre tal realidade que não pertence aos sujeitos,
como regra, não atinge os terceiros, porém essa regra também comporta eexcepções, no
seguimento do sacrossanto máxima jusfilósoficade que não há regra sem excepção
Portanto, como regra, os efeitos do contrato atingem apenas as partes, e seu objeto é
também aquele pertencente aos ccontratantes, daí resultando que tanto a subjetividade
como a objetividade contratual comportam excepções.
Os principais exemplos destes contratos são: a estipulação em favor de terceiro(s) ou o
famoso contrato a favor de terceiro(s), o contrato coletivo de trabalho, a locação (em
certos casos) e o fideicomisso “inter vivos”.
As cláusulas gerais, por disporem sobre normas de ordem pública, referentes aos
interesses sociais, também são consideradas como limitações a este princípio.
A relação contratual firmada, estipula que o acordo deve ser plenamente cumprido, sob
pena de haver penalidades, sanções ou consequências advenientes da sua não
celebração ou cumprimento, o que nos leva às paradigmáticas figuras juscontratuais da
culpa in contrahendo ou culpa na formação dos contratos nos termos do artigo 227,
e do não cumprimento nos termos dos artigos 790e seguintes, todos do código civil.
5- princípio da boa-fé
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Este princípio pode ser descrito como um padrão ético de conduta para todas as partes
nas relações contratuais.
O princípio da boa-fé exige que as partes se comportem de forma correta, não apenas
durante a execução do contrato, mas também durante as tratativas. Está previsto no art.
422 do Código Civil: “Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do
contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.”
podemos afirmar que este princípio de boa-fé se estampa pelo dever das partes de agir
de forma correta, eticamente aceita, antes, durante e depois do contrato, isso porque,
mesmo após o cumprimento de um contrato, podem sobrar-lhes efeitos residuais.
É necessário destacar que a boa-fé pode ser considerada objectiva ou subjetiva, sendo:
Boa-fé objetiva: é baseada em comportamentos morais , éticos e legais, de
acordo com o que descreve o próprio Código Civil.
Boa-fé subjetiva: está se refere ao próprio sujeito, está, portanto,ligada à
moralidade dos atos pessoais do indivíduo.
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Fábio Ulhoa Coelho entende que a consequência para a inobservância do princípio da
função social dos contratos é a nulidade do negócio jurídico, responsabilizando os
contratantes pela indenização dos prejuízos provocados.
O princípio da função social dos contratos, então, é de suma importância para que os
interesses individuais não ultrapassem os interesses coletivos e sociais, levando para as
relações contratuais mais justiça e iguald
Conclusão
Doravante uma investigação e muita leitura, pudemos concluir que o contrato gera
obrigações, mas não necessariamente para todos os contratantes. Nesse sentido, o
contrato pode ser unilateral (quando só uma das partes possui obrigações, como a
doação pura, por exemplo), ou bilateral (quando todas as partes têm obrigações, como
na compra e venda, por exemplo).
Procurou-se demonstrar, ao longo do trabalho, a variedade de princípios a que o direito
contratual está intimamente ligado e sua importância para as relações contratuais.
As relações contratuais devem ser regidas pelos princípios da boa-fé objetiva, do
equilíbrio econômico entre os contratantes e da função social do contrato.
Os princípios contratuais, portanto, ao regularem as relações contratuais, embora
confiram a liberdade de contratar, a obrigatoriedade no cumprimento das obrigações e a
relatividade de seus efeitos, limitam os interesses individuais dos contratantes às noções
de boa-fé, de equilíbrio contratual e de função social, imprescindíveis para a justiça e
igualdade.
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Referencias Bibliográficas
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, volume 3: teoria das obrigações
contratuais e extracontratuais. 32 ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito civil, 3: contratos. 5. Ed. São Paulo: Saraiva,
2012.
Passei direto, princípios fundamentais dos contratos.
Código Civil, 5 edição., plural editores.
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